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Confidencial até o momento da aplicação. Nome do candidato Prédio Sala CarteiraInscriçãoRG HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIvErSIDADE DE SãO PAULO – HCFMUSP escola de educação permanente – eep PrOCESSO SELETIvO 001. Prova objetiva programa de residência multiprofissional e em área profissional da saúde – 2022 ENFErMAgEM Você recebeu sua folha de respostas, este caderno, contendo 40 questões objetivas, e o caderno de prova dissertativa. Confira seus dados impressos na capa deste caderno e na folha de respostas. Quando for permitido abrir o caderno, verifique se está completo ou se apresenta imperfeições. Caso haja algum problema, informe ao fiscal da sala para a devida substituição desse caderno. Leia cuidadosamente todas as questões e escolha a resposta que você considera correta. Marque, na folha de respostas, com caneta de tinta preta, a letra correspondente à alternativa que você escolheu. A duração das provas objetiva e dissertativa é de 4 horas, já incluído o tempo para o preenchimento da folha de respostas e para a transcrição dos textos definitivos. Só será permitida a saída definitiva da sala e do prédio após transcorridas 3 horas do início das provas. Deverão permanecer em cada uma das salas de prova os 3 últimos candidatos, até que o último deles entregue sua prova, assinando termo respectivo. Ao sair, você entregará ao fiscal o caderno de prova dissertativa, a folha de respostas e este caderno. Até que você saia do prédio, todas as proibições e orientações continuam válidas. AgUArDE A OrDEM DO FISCAL PArA AbrIr ESTE CADErNO. Nome do candidato Prédio Sala CarteiraInscriçãoRG Confidencial até o momento da aplicação. 3 FMHC2101/001-EnfermagemConfidencial até o momento da aplicação. ConheCimentos espeCífiCos 01. Leia atentamente a notícia a seguir. Falta de medicamentos no SUS é tema discutido em reunião ordinária do CNS 26.04.2019 Como melhorar o acesso e regular o abastecimento de medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS)? Essa foi uma das questões debatidas na 316a Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Na ocasião, a diretora do Departamento de Assistên- cia Farmacêutica e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde apresentou um panorama sobre a aquisição de medicamentos no Brasil, incluindo os insumos relacio- nados a agravos e programas de saúde específicos, no âmbito da Atenção Básica à Saúde do SUS. Os dados apontam detalhes sobre a estratégia de acesso a medicamentos, do Ministério da Saúde, no âmbito do SUS, com a evolução do número de pacientes atendidos e a programação de abastecimento para o segundo trimestre de 2019. No entanto, para os conselheiros nacionais de saúde, a falta de medicamentos para diversos tipos de patologias é uma situação grave em quase todos os estados brasileiros. Entre os problemas avaliados pelos conselheiros está a falta de planejamento estratégico, problemas de gestão e limite de gastos para a área. (http://conselho.saude.gov.br/ultimas-noticias-cns/169-falta-de- medicamentos-no-sus-e-tema-discutido-em-reuniao-ordinaria-do-cns. Acesso em: 30.09.21. Adaptado) A falta de medicamentos para diversos tipos de patologias contraria o princípio doutrinário do SUS de (A) descentralização. (B) regulamentação. (C) controle social. (D) integralidade. (E) hierarquização. 02. Considere o disposto no Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem e assinale a alternativa correta. (A) Frente a casos de violência contra crianças e adoles- centes, idosos, e pessoas incapacitadas ou sem con- dições de firmar consentimento, independentemente de autorização, o enfermeiro deve, obrigatoriamente, realizar a comunicação externa para os órgãos de responsabiliza ção criminal. (B) Os profissionais de enfermagem têm o dever de recusarem ser filmados, fotografados e expostos em mídias sociais duran te o desempenho de suas ativi- dades profissionais. (C) No exercício profissional, está dispensada a obri- gatoriedade de assinatura ou rubrica do enfermeiro quando este utilizar carimbo contendo seu nome, número e sua categoria de inscrição no Coren. (D) A inobservância das disposições do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem sujeita o infrator a penalidades, entre elas, a de advertência verbal que é de responsabilidade da Comissão de Ética de Enfermagem da instituição onde ocorreu o fato. (E) Frente à infração do Código de Ética dos Profissio- nais de Enfermagem, para a graduação da penali- dade e sua imposição, são consideradas condições agravantes: causar danos irreparáveis, realizar o ato sob coação e/ou intimidação ou grave ameaça ou sob emprego real de força física. 03. No âmbito da equipe de enfermagem, entre outras ações, é atribuição privativa do enfermeiro: (A) executar atividades de assistência de Enfermagem à parturiente. (B) após realização de curativo prescrito, registrar em prontuário do paciente/cliente, entre outros itens, as características da ferida e os procedimentos executados. (C) realizar ultrassonografia à beira do leito e no ambiente pré-hospitalar, desde que capacitado para tal. (D) atuar em equipe de enfermagem de saúde mental e em enfermagem psiquiátrica. (E) monitorar rigorosamente o gotejamento de hemo- componentes. 4FMHC2101/001-Enfermagem Confidencial até o momento da aplicação. 06. Um grupo de enfermeiros de um hospital-escola com 1 000 leitos está elaborando um projeto de pesquisa com o ob- jetivo de conhecer a prevalência de infecção urinária no momento da internação de pacientes atendidos pelo pro- grama de atenção domiciliar. Para alcançar a esse objeti- vo, devem optar pelo desenvolvimento de um estudo (A) qualitativo com delineamento etnográfico. (B) epidemiológico com delineamento transversal. (C) epidemiológico com delineamento caso-controle. (D) qualitativo com delineamento pesquisa-ação. (E) epidemiológico com delineamento ecológico. 07. O pesquisador selecionou uma amostra de 50 elemen- tos de uma população naturalmente ordenada de 500 indivíduos e, para tal, utilizando uma tabela de números aleatórios, sorteou um número de 1 a 10. Considerando o número sorteado como sendo o primeiro elemento da amostra, passou a selecionar os demais, em sequência, a cada dez indivíduos da população. Assim sendo, o pes- quisador obteve uma amostra (A) aleatória simples. (B) ocasional sem reposição. (C) aleatória sistemática. (D) estratificada. (E) por conglomerado. 08. Para a construção ou a revisão de protocolos de enfer- magem, a revisão de literatura, entendida como busca e análise crítica das publicações, constitui uma etapa es- tratégica para a identificação das melhores evidências sobre o assunto de interesse. Assim sendo, os enfermei- ros responsáveis por essas ações devem reconhecer que (A) artigos de atualização, capítulos de livros, introdução de teses, consensos, entre outros, são exemplos de revisão sistemática e estão situados no topo da pirâ- mide de hierarquia de evidência (melhor evidência). (B) a revisão narrativa compreende o uso de métodos rigorosos e explícitos de busca sistemática da lite- ratura, análise crítica dos estudos e síntese da infor- mação disponível sobre determinado tema. (C) por não ter estratégia de busca padronizada e crité- rios de inclusão e análise da literatura predefinidos, a revisão sistemática da literatura não é reprodutível, e não há como avaliar criticamente sua validade. (D) não é possível realizar revisão sistemática ou narra- tiva da literatura a partir da análise de estudos qua- litativos. (E) o método denominado Grading of Recommendations, Assessment, Development and Evaluation (GRADE) permite avaliar a qualidade das evidências científicas e graduar a força de recomendação para o uso ou não de tratamentos, cuidados, exames, entre outros. 04. De acordo com a Resolução no 466/2012 da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa – CONEP, “o respeito devido à dignidade humana exige que toda pesquisase processe com consentimento livre e esclarecido dos participantes, indivíduos ou grupos que, por si e/ou por seus representantes legais, manifestem a sua anuência à participação na pesquisa”. Assim sendo, ao executar todas as etapas do Processo de Consentimento Livre e Esclarecido, o pesquisador está atendendo ao princípio de bioética de (A) igualdade. (B) justiça. (C) respeito. (D) autonomia. (E) independência. 05. Considere os dados apresentados a seguir referentes ao Município K: População total* = 100.000 habitantes. População de menores de 18 anos* = 25.000. Casos de Covid-19, em indivíduos com idade >18 anos, existentes em 31 de agosto 2021 = 250. Casos novos de Covid-19, em indivíduos com idade >18 anos, no mês de setembro de 2021 = 500. Altas por cura da Covid-19, em indivíduos com idade >18 anos, no mês de setembro de 2021 = 380. Óbitos por Covid-19, em indivíduos com idade >18 anos, no mês de setembro de 2021 = 20. * estimada Em 30 de setembro de 2021, o Coeficiente de Prevalência de Covid-19 na população com idade >18 anos (por mil habitantes) é de (A) 9,3. (B) 6,2. (C) 5,0. (D) 4,7. (E) 3,5. 5 FMHC2101/001-EnfermagemConfidencial até o momento da aplicação. 12. Ao realizar o exame físico de P.J., 9 anos, sexo masculino, o enfermeiro constatou a presença de mancha única na pele do tórax, de cor mais clara do que a pele ao redor. Observou, ainda, que a lesão não era elevada e apresen- tava bordas mal delimitadas. A mãe da criança informou que estava preocupada desde o aparecimento dessa mancha há cerca de três meses, porque notou que a pele local era seca, não produzia suor e seu filho parecia não sentir dor no local, pois havia se arranhado em brinca- deiras e não percebeu o ferimento. Relatou ainda que seu sogro, que havia morado com a família por muitos anos, mas se mudara para outro estado há cerca de seis meses, fora diagnosticado com hanseníase recentemente. A partir dos dados obtidos, o enfermeiro deve solicitar avaliação médica suspeitando se tratar de um caso de hanseníase na forma (A) virchowiana, e manter o paciente em isolamento por contato. (B) indeterminada, sendo desnecessária a adoção de medidas especiais de isolamento por motivo da suspeita. (C) tuberculoide, e manter o paciente em isolamento respiratório. (D) tuberculoide, sendo desnecessária a adoção de medidas especiais de isolamento por motivo da suspeita. (E) multibacilar, e manter o paciente em isolamento respiratório. 13. Assinale a alternativa que apresenta a infecção que, adquirida na gestação e não diagnosticada e/ou tratada adequadamente, pode resultar em malformação cardíaca congênita no recém-nascido. (A) Sífilis. (B) Rubéola. (C) Zika. (D) Toxoplasmose. (E) Hepatite B. 09. Em uma instituição hospitalar especializada a ser inau- gurada em breve, será adotada a teoria de enfermagem de Martha Rogers (1970) para fundamentar o processo de enfermagem/sistematização da assistência de enfer- magem – SAE. Essa teoria apresenta como tema central o seguinte: (A) as intervenções de enfermagem voltadas ao desen- volvimento da personalidade do paciente para uma vida. (B) as necessidades são criadas no âmbito de modos de adaptação inter-ralacionados: autoconceito fisiológico, função, papel e independência. (C) as pessoas estão em constante contato com estres- sores no ambiente. (D) a enfermagem como a ciência e a arte de assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades humanas básicas, de torná-lo independente dessa assistência o máximo possível. (E) a ênfase na ciência e na arte da enfermagem, com a pessoa sendo o elemento central da disciplina da enfermagem. 10. Ao realizar o exame físico de um paciente recém-admitido à unidade de internação, o enfermeiro estará desenvol- vendo a etapa do processo de enfermagem denominada (A) histórico de enfermagem. (B) diagnóstico de enfermagem. (C) planejamento de enfermagem. (D) implementação. (E) avaliação de enfermagem. 11. Considere os múltiplos aspectos relacionados à tuber- culose e assinale a alternativa correta. (A) A tuberculose pulmonar ativa é a única forma da doença transmissível por via aérea. (B) Considera-se sintomático respiratório qualquer indivíduo que apresente tosse com duração de dez dias, no mínimo, acompanhada ou não de sinais e sintomas sugestivos de tuberculose, tais como febre contínua superior a 38 ºC e emagrecimento. (C) A prova tuberculínica é importante na avaliação de contatos assintomáticos de pessoas com tuberculo- se, uma vez que é utilizada, em adultos e crianças, no diagnóstico da infecção latente de tuberculose, ou seja, quando o paciente tem o bacilo no organismo, mas não desenvolve a doença. (D) Para o diagnóstico de tuberculose, a coleta de mate- rial para a baciloscopia de escarro deve ser realizada em três amostras, coletadas com intervalo de duas horas. (E) Em crianças e adultos, para a realização do teste rápido para tuberculose (TRM-TB), deve ser coleta- da uma amostra de sangue venoso, com 3 mL de volume, sendo desnecessário que o paciente/cliente esteja em jejum. 6FMHC2101/001-Enfermagem Confidencial até o momento da aplicação. 15. Ao orientar o adolescente sobre a conservação, o preparo e a aplicação da insulina por via subcutânea, o enfermeiro deve esclarecer, entre outros itens, que (A) por ser utilizada agulha de 4 mm, é desnecessário observar o rodízio de locais de aplicação da insulina. (B) quando realizada, a prega subcutânea deve ser desfeita depois de a agulha ser retirada do tecido subcutâneo. (C) a caneta para aplicação da insulina em uso deve ser mantida em temperatura ambiente até 30 ºC. (D) após pressionar o botão injetor, a agulha deve ser retirada rapidamente do tecido subcutâneo. (E) não é necessário realizar procedimentos para a retirada de ar porque não há possibilidade de ele se acumular no segmento que contém insulina. 16. Considerando as mudanças relatadas, segundo o Modelo Transteórico de Mudança de Comportamento, proposto por Prochaska e colaboradores, é correto afirmar que o adolescente se encontra no estágio de (A) ação. (B) preparação. (C) pré-contemplação. (D) manutenção. (E) contemplação. 17. Cerca de 1 a 2 de cada 1 000 recém-nascidos vivos apresentam cardiopatia congênita crítica. Cerca de 30% desses recém-nascidos recebem alta hospitalar sem o diagnóstico e evoluem para choque, hipoxia ou óbito precoce antes de receber tratamento adequado. No âmbito do SUS, o Teste para Cardiopatia Congênita Crítica (Teste do Coraçãozinho) integra a triagem neonatal, constituindo uma importante ferramenta para a detecção precoce de malformações cardíacas. Ao realizar o teste, o enfermeiro responsável deve (A) utilizar oxímetro de pulso com sensor neonatal e, preferencialmente, com sistema de proteção para artefatos de movimento, observando que o recém- -nascido esteja com as extremidades aquecidas e bem perfundidas. (B) realizar o teste apenas em recém-nascidos com idade gestacional superior a 36 semanas, e nas primeiras 12 horas de vida. (C) colocar o recém-nascido em posição de Trendelenburg e fazer a medida da oximetria de pulso nos quatro membros. (D) considerar o teste positivo quando houver saturação (SpO2) menor que 99% ou uma diferença igual ou maior a 3% entre as medidas obtidas nos lados direito e esquerdo. (E) repetir o teste após 15 e 30 minutos para confirmação do resultado, caso ele seja negativo. 14. Durante consulta de enfermagem, ao mensurar a pressão arterial (PA) de M.M., 42 anos, sexo feminino, utilizando material e técnica corretos, o enfermeiro obteve na primeira medida PA = 132 x 86 mmHg e, na segunda medida, PA = 136 x 88 mmHg. Ao ser informada, M.M. mostrou-se surpresa porque, anteriormente, sempre havia apresen- tado valores inferiores a esses em medições realizadas em campanhas ou em farmácias. Frente a essa situação, entre outras ações, o enfermeiro deve (A) considerar que a usuária apresentapré-hipertensão, orientá-la sobre a adoção de uma dieta pobre em sódio, retornando em seis meses para avaliação e acompanhamento. (B) considerar que a usuária apresenta hipertensão primária e encaminhá-la para consulta médica para início do tratamento medicamentoso. (C) considerar que a usuária apresenta hipertensão estágio 1 e iniciar tratamento farmacológico prescre- vendo o uso de diurético. (D) realizar mais uma mensuração da pressão arterial, com intervalo de 30 minutos, aplicando a Manobra de Osler para confirmar a hipertensão. (E) considerar que pode se tratar de efeito do avental branco e dar prosseguimento à investigação por meio da monitorização ambulatorial da pressão arterial – MAPA, uma vez que há equipamento disponível. Para responder às questões de números 15 e 16, considere o relato a seguir. Ao realizar o histórico de enfermagem durante a consulta de enfermagem de adolescente, 16 anos de idade, sexo mas- culino, com diagnóstico recente de diabete tipo 1, o enfermeiro constatou que o jovem se mostrava orgulhoso de ter imple- mentado mudanças em seus hábitos de vida substituindo parte do tempo de uso de equipamentos eletrônicos para recreação por atividade física e estar seguindo rigorosamente as orientações alimentares, orientadas por especialistas. Observou, ainda, que o jovem apresentava dúvidas a respeito do uso correto da caneta descartável para aplicação de insulina. Após estabelecer junto com o adolescente as metas a serem alcançadas no controle do diabete, o enfermeiro esclareceu as dúvidas e realizou as orientações necessárias. 7 FMHC2101/001-EnfermagemConfidencial até o momento da aplicação. 19. No ambulatório de cardiologia infantil, ao realizar a consulta de enfermagem de P.Y., 12 meses de ida- de, sexo feminino, submetida à cirurgia cardíaca aos 6 meses de idade, o enfermeiro obteve peso = 7.500 g e estatura = 70 cm. Entre outros procedimentos, calculou o índice de massa corporal (IMC) da criança e assinalou o resultado em gráfico próprio. 22 21 20 18 19 17 16 15 14 13 12 11 –3* –2* 0 +1* +2* +3* 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Idade (meses) * escorez Z IM C ( k g /m ) 2 1 ano O índice de massa corporal (IMC) obtido e sua interpre- tação (I) são: (A) IMC = 10,7 kg/m2; I = magreza acentuada. (B) IMC = 12,5 kg/m2; I = magreza. (C) IMC = 12,5 kg/m2; I = magreza acentuada. (D) IMC = 15,3 kg/m2; I = adequado. (E) IMC = 15,3 kg/m2; I = magreza. 18. Ao realizar visita domiciliar a uma puérpera, no 7o dia pós-parto normal, e recém-nascido, a enfermeira obser- vou que a usuária e seu marido se mostravam ansiosos e preocupados porque “o bebê não sugava” e, por isso, ofereciam chupeta para acalmar a criança quando cho- rava ao seio. Ao observar a mamada, a enfermeira cons- tatou que a criança apresentava sucção débil com maior dificuldade ao ser colocada para mamar na mama direita. Frente a essa situação, entre outras ações, a enfermeira fez as seguintes orientações: I. colocar o bebê para mamar na mama “recusada”, uti- lizando a posição de “jogador de futebol americano”, ou seja, posicionar o bebê apoiado no braço do mes- mo lado da mama a ser oferecida, corpo da criança mantido na lateral, abaixo da axila, com a mão da mãe apoiando a cabeça da criança; II. estimular as mamas, no mínimo, cinco vezes ao dia, por meio de ordenha manual ou por bomba de extra- ção de leite, enquanto o bebê não estiver sugando vigorosamente, para garantir a produção do leite; III. estimular o uso de chupeta e bicos; IV. introduzir o dedo mínimo na boca do bebê, com a ponta tocando na junção do palato duro com o palato mole, para estimulá-lo a sugar. Estão corretas as orientações apresentadas em (A) I, II, III e IV. (B) II, III e IV, apenas. (C) I, II e IV, apenas. (D) II e IV, apenas. (E) IV, apenas. 8FMHC2101/001-Enfermagem Confidencial até o momento da aplicação. 23. Os profissionais de enfermagem contribuem para a prevenção do desenvolvimento da resistência bacteriana por meio de ações tais como: I. dupla checagem das diluições e dos cálculos da dosagem de medicamentos; II. cuidados para não promover a aerossolização dos antimicrobianos, especialmente durante seu preparo; III. aprazamento de horários, respeitando o tempo de infusão de cada antimicrobiano; IV. segregação e dispensação final dos resíduos ad- vindos de medicamentos antimicrobianos de acordo com plano de gerenciamento de resíduos de serviço de saúde. Está correto o apresentado em (A) II, apenas. (B) IV, apenas. (C) III e IV, apenas. (D) II, III e IV, apenas. (E) I, II, III, IV. 24. Em uma instituição hospitalar, a enfermeira da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar – CCIH foi incumbida de participar do programa de integração de novos funcio- nários apresentando e discutindo medidas de biossegu- rança. Nessa oportunidade, entre outras orientações, ela deve esclarecer que (A) o uso de luvas de procedimentos pode ser substituído pela lavagem das mãos antes e após a execução do cuidado do paciente. (B) trabalhadores com feridas ou lesão em membros superiores só podem iniciar suas atividades após avaliação médica e apresentação de documento de liberação para o trabalho por ele emitido. (C) é permitido o consumo de bebidas e alimentos nos postos de trabalho quando a jornada de trabalho ultrapassar seis horas, desde que utilizadas embala- gens e utensílios descartáveis. (D) o manuseio de lentes de contato só é permitido nos postos de trabalho, quando necessário, em caso de desconforto. (E) o uso de calçados abertos ou semiabertos durante a jornada de trabalho é permitido desde que sejam utilizados com meias. 20. Em relação à mensuração da pressão arterial em crianças, é correto afirmar que (A) todas as crianças a partir dos seis meses de idade devem ter sua pressão arterial aferida de rotina, ao menos uma vez por ano. (B) em crianças maiores de três anos, a medida deve ser realizada utilizando-se o manguito correto, prefe- rencialmente no braço direito, com a criança sentada com o braço apoiado ao nível do coração. (C) o comprimento da bolsa inflável deve ser de 60% a 80% da circunferência do braço. (D) a largura da bolsa inflável deve ser de, no máximo, 40% da circunferência do braço. (E) em crianças menores de 1 ano, a medida deve ser realizada em membro inferior, com a criança em decúbito dorsal, com manguito de tamanho apro- priado colocado na panturrilha e o estetoscópio sobre a artéria poplítea. 21. Em um hospital especializado em cardiologia, será inau- gurada em breve uma nova unidade de internação para crianças na faixa etária de 1 a 6 anos de idade, que per- manecerão com acompanhante durante todo o período de internação. De acordo com a resolução COFEN no 0543/2017, que atualiza e estabelece parâmetros para o dimensionamento do quadro de profissionais de enfermagem nos serviços/locais em que são realizadas atividades de enfermagem, no que diz respeito ao grau de dependência desses pacientes em relação à equipe de enfermagem, o enfermeiro técnico responsável deve classificá-los, no mínimo, como de cuidados (A) intermediários. (B) de alta dependência. (C) mínimos. (D) leves. (E) semi-intensivos. 22. O enfermeiro da unidade de internação constatou que foi administrada ao paciente solução de cloreto de potássio 19,1% por via oral, em vez de ser por da via intravenosa, conforme havia sido prescrito pelo médico. Em face dessa situação, tomou as providencias neces- sárias e preencheu a ficha de notificação de erros de medicação. O relato apresentado exemplifica o tipo de erro de medi- cação de (A) omissão. (B) dispensação. (C) dose. (D) preparo. (E) apresentação. 9 FMHC2101/001-EnfermagemConfidencial até o momento da aplicação. 27. A percussão compreende uma das técnicas propedêu- ticas aplicadas durante a realização do exame físico pelo enfermeiro. Considere os sons que podem ser identificados ao ser realizada a percussão dígito-digitale suas caraterísticas e particularidades e relacione as colunas do quadro a seguir, de modo a tornar correta a associação. Som obtido à percussão Características e particularidades I. Maciço a. A sensação obtida é a de elasticidade. É obtido em regiões que contém ar, recobertas por membrana flexível, como o estômago. II. Submaciço b. A presença de ar em pequena quantida- de confere-lhe característica peculiar. III. Timpânico c. Transmite sensação de dureza e resis- tência. É obtido percutindo-se regiões desprovidas de ar, tais como osso e fígado. IV. Claro pulmonar d. Depende da presença de ar dentro dos alvéolos e das demais estrutu- ras pulmonares. É obtido quando se percute a área dos pulmões. Assinale a alternativa que apresenta a associação correta. (A) I – a; II – b; III – c; IV – d. (B) I – d; II – c; III – b; IV – a. (C) I – c; II – a; III – b; IV – d. (D) I – a; II – b; III – d; IV – c. (E) I – c; II – b; III – a; IV – d. 28. A sobrecarga circulatória pode ser uma complicação da terapia intravenosa em pacientes/clientes que apre- sentam insuficiência cardíaca ou doença renal. Assim sendo, o enfermeiro deve estar atento à presença de sinais e sintomas (SS) dessa complicação e prescrever e/ou adotar medidas preventivas para evitá-la (MP), tais como: (A) SS = edema no local de inserção do acesso veno- so ou acima dele e hipotensão arterial; MP = fazer balanço hídrico. (B) SS = hipertensão e presença de sibilos durante ausculta pulmonar; MP = monitorar o paciente durante os primeiros 15 minutos de administração de soluções por via endovenosa. (C) SS = balanço hídrico negativo e hipotensão arterial; MP = manter o paciente/cliente em posição de Fowler. (D) SS = distensão da veia jugular e presença de ester- tores durante ausculta pulmonar; MP = usar bomba de infusão para a administração de medicamentos. (E) SS = sensação de distensão no local do acesso intravenoso e dificuldade respiratória; MP = evitar a punção de veia calibrosa no dorso das mãos ou próxima a áreas de flexão, pois dificultam sua fixação. 25. Utilizando um cateter intravenoso, o enfermeiro puncio- nou a veia cefálica, em mão esquerda de um paciente adulto, com o objetivo de manter via de acesso para a infusão de medicamentos prescritos pelo médico. Ao observar a figura a seguir, é correto afirmar que o acesso periférico foi instalado na veia identificada por: III IV II I V (Fonte: Google Images) (A) I. (B) II. (C) III. (D) IV. (E) V. 26. C.K., 65 anos, sexo feminino, compareceu à unidade básica de saúde para realizar curativo em ferimento na perna esquerda. Após avaliar a lesão, o enfermeiro cons- tatou a necessidade de proceder à limpeza do leito da ferida com solução em jato. Para realizar esse procedi- mento, deve utilizar, entre outros materiais, (A) cateter de grosso calibre adaptado em seringa de 10 mL e soro fisiológico 0,9% gelado. (B) seringa de 20 mL, montada com agulha calibre 40 x 12, e solução degermante de polivinilpirrolidona iodo (PVPI). (C) frasco com 100 mL de soro fisiológico 0,9%, em temperatura ambiente, perfurado com agulha calibre 25 x 6. (D) seringa de 20 mL, montada com agulha calibre 40 x 12, e soro fisiológico 0,9% morno. (E) cateter de pequeno calibre, adaptado em seringa de 20 mL, e solução alcoólica de polivinilpirrolidona iodo a 10%. 10FMHC2101/001-Enfermagem Confidencial até o momento da aplicação. 32. Considerando que a trombose venosa profunda e a em- bolia pulmonar são algumas das complicações potenciais no período pós-operatório, a prescrição de enfermagem deve contemplar como medida de prevenção para essa situação: (A) manter o paciente em repouso absoluto por 48 horas após cirurgia de grande porte. (B) colocar e manter rolo de cobertor sob os joelhos para proporcionar conforto ao paciente. (C) manter o paciente em posição de Fowler no período pós-operatório mediato. (D) estimular exercícios de membros inferiores e a deam- bulação precoce. (E) realizar exercícios respiratórios com espirômetro de incentivo de 2/2 horas. 33. E.C., 28 anos, sexo masculino, foi submetido à apendi- cectomia de urgência há 20 horas e está internado na clínica cirúrgica. Para a atualização do plano de cuidados de enfermagem, ao realizar o exame físico do paciente, o enfermeiro observou, entre outros itens, que o pa- ciente apresentava sinais vitais dentro da normalidade, portava acesso venoso periférico, sonda nasogástrica aberta, apresentando drenagem de cor esverdeada em média quantidade e dreno no local da incisão. Durante a ausculta do abdome, o enfermeiro constatou a ausência de ruídos hidroaéreos. Frente a essa situação, é correto firmar que o enfermeiro deve (A) providenciar a retirada da sonda nasogástrica, pois a função intestinal está restabelecida. (B) iniciar a administração de líquidos por sonda naso- gástrica para estimular o peristaltismo. (C) manter o paciente em decúbito lateral direito. (D) manter sonda nasogástrica fechada. (E) considerar que o paciente apresenta sinais sugesti- vos de íleo paralítico. 34. A.C. 12 anos, sexo feminino, imigrante, foi internada na unidade de cardiologia para investigação diagnóstica. Três dias após internação, apresentou quadro exan- temático que foi diagnosticado como rubéola. Ao ser encaminhada ao setor de raios X para a realização de exame, considerando que a paciente não é portadora de Covid-19 e que, para casos de rubéola, a ANVISA reco- menda a adoção de precauções para gotículas, durante o transporte, a paciente deve estar usando, no mínimo, (A) máscara cirúrgica. (B) avental descartável. (C) avental estéril. (D) respirador tipo PFF2. (E) respirador tipo N95. 29. As valvas do coração controlam o fluxo de sangue pelo coração e para a artéria pulmonar e aorta. A valva mitral localiza-se entre o (A) ventrículo esquerdo e a aorta. (B) ventrículo direito e a artéria pulmonar. (C) átrio direito e o ventrículo direito. (D) ventrículo direito e a aorta. (E) átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo. Para responder às questões de números 30 e 31 considere o relato a seguir. Ao realizar o exame físico de G.C., 58 anos, sexo masculino, recém-internado com diagnóstico de insuficiên- cia cardíaca (IC), o enfermeiro obteve: temperatura axilar = 36,8 ºC; frequência cardíaca = 72 batimentos por minuto, respiração = 24 movimentos por minuto; pressão arterial = 130 x 88 mmHg. Observou que o paciente estava lúcido, consciente, deambulava espontaneamente, mas se queixava de cansaço aos esforços de média intensidade. Entre outras alterações, constatou que G.C. apresentava edema de mem- bros inferiores, hepatomegalia e ascite (+/4+). Ao verificar a prescrição médica, observou que o tratamento compreendia a administração de diurético antagonista da aldosterona, entre outros medicamentos. Frente aos dados obtidos, o enfermeiro estabeleceu os diagnósticos de enfermagem, entre eles, “excesso de volume de líquido relacionado à síndrome de insuficiência cardíaca”. 30. Em relação ao diagnóstico de enfermagem “excesso de volume de líquido relacionado à síndrome de insuficiência cardíaca”, a prescrição de enfermagem deve conter, entre outras intervenções: (A) manter o paciente em decúbito dorsal horizontal. (B) pesar o paciente diariamente, antes do desjejum. (C) realizar sondagem vesical de demora para o controle de diurese. (D) estimular a deambulação pelo menos quatro vezes ao dia, por 15 a 30 minutos. (E) administrar oxigênio úmido por cateter nasal, com fluxo de 10 L/minuto. 31. No que diz respeito ao diurético prescrito, o enfermeiro deve estar atento à ocorrência, entre outros sinais e sin- tomas, de (A) fadiga, náuseas e vômitos, diminuição da motilidade intestinal e parestesias decorrentes de hipopotassemia. (B) constipação intestinal, anorexia, desidratação e irrita- bilidade resultantes de um quadro de hipocalcemia. (C) fraqueza muscular, cólicas intestinais, distensão abdo- minal e câimbrasdevido à hiperpotassemia. (D) rubor, sonolência, depressão respiratória e reflexos hipoativos devido à hipomagnesemia. (E) sede, elevação da temperatura corporal, língua seca e edemaciada e letargia decorrentes de hipernatremia. 11 FMHC2101/001-EnfermagemConfidencial até o momento da aplicação. 38. Frente a uma criança com 8 anos de idade, em parada cardiorrespiratória, sem via aérea avançada, ao realizar as manobras de reanimação cardiopulmonar, a frequência (F) e a profundidade (P) das compressões torácicas devem ser de (A) F = 60 a 80 compressões por minuto; P = 3 a 6 cm. (B) F = 80 a 100 compressões por minuto; P = pelo menos 1/3 do diâmetro anteroposterior do tórax. (C) F = 80 a 120 compressões por minuto; P = 4 a 6 cm. (D) F = 100 a 120 compressões por minuto; P = pelo menos 1/3 do diâmetro anteroposterior do tórax. (E) F = 80 a 120 compressões por minuto; P = pelo menos 1/3 do diâmetro anteroposterior do tórax. 39. Entre outras condições, constitui contraindicação comum a todo imunobiológico: (A) prematuridade. (B) doença cardíaca ou neurológica estável ou pregressa com sequela presente. (C) história de hipersensibilidade a qualquer componente dos imunobiológicos. (D) o uso de corticoides por via inalatória ou tópica, ou em esquemas de altas doses em curta duração (menor do que 14 dias). (E) o uso de antibiótico, profilático ou terapêutico e antiviral. 40. A Carta dos Usuários do SUS e a Portaria no 1.820/2009, que dispõe sobre os direitos e deveres dos usuários da saú- de, estabelecem que é direito da pessoa, na rede de ser- viços de saúde, ter atendimento humanizado, acolhedor, livre de qualquer discriminação, restrição ou negação em virtude de idade, raça, cor, etnia, religião, orientação sexual, identidade de gênero, condições econômicas ou sociais, estado de saúde, de anomalia, patologia ou defi- ciência, assegurando-lhe, entre outros itens, o direito I. a uma pessoa de sua livre escolha, como acompa- nhante nas consultas e exames; II. à visita diária, não inferior a duas horas, preferencial- mente aberta, em todas as unidades de internação, exceto em situações técnicas em que não são indi- cadas; III. ao recebimento de visita, quando internado, de outros profissionais de saúde que não pertençam àquela uni- dade hospitalar, sendo facultado a esse profissional o acesso ao prontuário; IV. ao sigilo e à confidencialidade de todas as informações pessoais, mesmo após a morte, salvo nos casos de risco à saúde pública. Está correto o apresentado em (A) IV, apenas. (B) I e IV, apenas. (C) I, II, III, IV. (D) I, II e IV, apenas. (E) II, III e IV, apenas. 35. Com o propósito de prevenir infecções do trato urinário, ao inserir ou manusear um cateter urinário de demora, o enfermeiro deve (A) trocar as luvas estéreis utilizadas para a higiene íntima do paciente por luvas de procedimentos que serão utilizadas para a inserção do cateter. (B) fixar o cateter na região do hipogástrio quando se tratar de paciente do sexo feminino. (C) insuflar o balão antes de observar a drenagem de urina pelo cateter e/ou sistema coletor, que deve permanecer acima do nível da bexiga. (D) prescrever a troca da sonda vesical de demora a cada sete dias. (E) utilizar cateter de menor calibre possível para evitar trauma uretral. 36. O enfermeiro deve estar atento e monitorar a presença de efeitos colaterais apresentados por pacientes porta- dores de asma brônquica persistente em tratamento sis- têmico, de longo prazo, com prednisolona e prednisona, tais como (A) perda de peso e hiponatremia. (B) diabete e hipertensão arterial. (C) aumento na libido e leucocitose. (D) acne e hipoglicemia. (E) hipotensão e insuficiência cardíaca. 37. Em relação à oximetria de pulso (SpO2), método não invasivo para monitorar continuamente a saturação de oxigênio da hemoglobina, é correto afirmar que (A) os valores de SpO2 não são confiáveis em casos de parada cardíaca e choque. (B) os resultados obtidos por sua aplicação substituem a necessidade de realização da gasometria arterial. (C) são considerados normais os valores de SpO2 acima de 88%. (D) as luzes fluorescentes e a luz solar não afetam a precisão da oximetria de pulso. (E) as alterações da temperatura corporal, ou seja, a febre e a hipotermia, não interferem nos valores de SpO2. Confidencial até o momento da aplicação.