Buscar

Medicina de Aves Silvestres I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Medicina de aves Silvestres I 
 
 
 
 
- Perguntas relacionadas como o responsável pela 
ave e o ambiente/local no qual está o 
recinto/gaiola da ave. 
o Quem é responsável pelo animal? Quem 
trata do animal? 
o Quanto tempo por dia a pessoa se ocupa 
com a ave? Tratar da ave dá muito 
trabalho? 
o Como é o local em que a ave vive? Local 
onde a gaiola fica recebe chuva ou muito 
sol (constantemente ou nunca)? É um lugar 
ventilado? 
o O que existe próximo, vizinho ao 
recinto/gaiola? Foi realizada uma reforma 
na casa ou pintura recente? 
o Como é feita a limpeza do ambiente 
próximo ao recinto/gaiola? Quais produtos 
são usados? Qual a frequência dessa 
limpeza? Utiliza cera? Produto para 
limpeza de carpete? Cloro? Amoníaco? 
 
- Perguntas referentes ao recinto/gaiola do 
animal. 
o Existe convivência direta ou próxima com 
outros animais? São domésticos ou de vida 
livre? 
o Existe outro animal convivendo? 
o A ave tem acesso a plantas? Quais? 
o Qual é o tamanho do recinto/gaiola? 
o O que existe dentro do recinto/gaiola? 
o Têm tamanho e formato adequado para o 
hábito alimentar da ave? 
o Como é feita a higiene da gaiola e 
acessórios? Qual é o produto utilizado? 
Com qual frequência é feita a higiene? 
o Qual é o material da gaiola e seu estado de 
conservação? 
- Perguntas referentes ao animal. 
o Origem 
o Sintomas (Queixa Principal) 
o Alimentação 
o Fezes 
o Comportamento 
o Reprodução 
o Medicações 
o Histórico Médico. 
 
- Avaliar e inspecionar o ambiente/local no qual o 
recinto ou gaiola da ave está. 
- Avaliar e inspecionar o recinto do animal. 
Medicina de aves Silvestres I 
- Inspecionar o animal a distância dentro do 
recinto/gaiola. 
- Para iniciar a contenção deve-se primeiro 
conhecer o comportamento defensivo da espécie, 
a anatomia e os riscos que a ave oferece para 
posteriormente proceder com a contenção. 
- A contenção tem como objetivo controlar os 
movimentos da ave para poder manipulá-la e, ao 
mesmo tempo, proteger as pessoas de possíveis 
lesões causadas por bicos, garras, coices, vômitos 
etc. 
Aves de porte maior. 
 
Aves de porte médio/pequeno 
- Olhos e sinus infraorbital: 
o Olhos estão presentes e são plenamente 
visíveis. 
o Observar se os olhos estão bem abertos; 
animal pisca regularmente? 
o Olhos brilhantes ou com opacidade (de 
córnea ou de áreas mais profundas?) 
o Presença de lacrimejamento (aspecto e 
cor?) 
o Presença de crostas perioculares ou até 
pálpebras cobrindo parcialmente os olhos? 
o Existe simetria entre os olhos e a cabeça? 
o As pálpebras estão edemaciadas? 
Avermelhadas? 
o As pupilas estão em miose ou midríase? 
(diferenciar as estressadas durante a 
contenção – apresentarão midríase 
erroneamente confundida com quadros de 
intoxicação). 
o Qual a coloração da íris? Atenção a biologia 
da espécie. 
o A terceira pálpebra, se movimenta do 
canto medial para o canto lateral do olho. 
o Na região infra-orbital estão localizados os 
únicos sinus das aves e que poderão 
apresentar aumento de tamanho, 
preenchido com secreções em caso de 
sinusite. 
Medicina de aves Silvestres I 
 
- Avaliar o conduto auditivo. 
- Aves com hábitos diurnos o orifício é 
relativamente pequeno. 
- Aves com hábitos noturnos orifícios são maiores 
e confundidos com feridas. 
- Presença de secreção? Sangue? Pus? De que 
cor? Cheiro característico? Presença de sangue 
pode ser indicativo de trauma craniano. 
- Ectoparasitas fixados no conduto? 
- Presença de massas indicativas de neoplasia? 
- Descamação acentuada? 
- Presença de corpos estranhos? 
- Áreas avermelhadas, inchadas, na região? a 
hiperemeia do canal é comum em aves com 
sinusite 
- Obstrução: corpos estranhos, parasitas, 
massas, acúmulo de células descamadas? 
- Secreção nasal? Constante ou 
esporadicamente? Uni ou bilateral? Aspecto, cor 
cheiro? 
- Aumento de volume uni ou bilateral? 
- Na Inspeção da cera observando o aspecto da 
pele: avermelhada? Descamando? Ressecada? 
Presença de Canalículos? 
- Bico é formado por uma estrutura interna óssea 
revestida por uma camada córnea. 
o Tecido ósseo: vascularizado e inervado. 
o Tecido córneo: morto. 
- Bico normal: superfície lisa, uniforme e brilhante. 
- Formato, cor, aspecto, e consistência do bico 
variam de acordo com as espécies, idade e hábitos 
nutricionais. 
-Atobá: mergulhados narinas internas ao bico. 
- Flamingos: filtram o alimento. 
- Colhereiro: peneira lama. 
- Gansos: tômio (cartilagem pontiaguda), funciona 
como uma fileira de dentes, não possui esmalte, 
serrilhas são os “dentes” da língua. 
- Beija-flores: néctar onde o bico alcança 
 
 
- Aves de praia: presas onde o bico alcança 
 
 
 
- O formato é característico para a espécie ou 
existe deformação? 
Medicina de aves Silvestres I 
- Cor/manchas são características para a 
espécie e faixa etária? Em algumas espécies o 
bico muda de cor com o passar do tempo. 
- Presença de áreas de necrose, feridas, 
rachaduras, fraturas ou perfusões? 
- Há sangramento do bico? 
Ocorrem lesões da camada córnea com facilidade 
quando tenta abrir o bico? 
- Existem crescimento excessivo do comprimento 
do bico? 
- Existem crescimento irregular ou acentuado de 
um lado do que outro? 
- Abrir ou bico ou esperar ave vocalizar. 
- Abrir o bico com auxílio dos dedos ou objetos 
menores, como fios resistentes colocados um em 
cada parte (superior/inferior) – tração apenas 
do fio do bico inferior com cuidado. 
 
- Coloração das mucosas: hiperêmica? Cianóticas? 
– dependendo da espécie a língua e mucosas são 
escuras. 
- Superfície interna da cavidade: massas, 
tumores, aumento de volume ou parasitas? 
- Laringe: entrada da traqueia: cor – avermelhada 
ou edemaciada? 
- Avaliar coana: feda localizada no palato que 
serve como comunicação entre as narinas e a 
traqueia para a condução do ar. 
o Obstrução, massas, aumento de volume, 
corpos estranhos placas diftéricas, 
feridas? 
- Palpação da massa muscular peitoral: emas e 
avestruzes não têm musculo peitoral. 
- Avaliação do peso corporal: conhecer as 
espécies e seus respectivos pesos, nas 
diferentes faixas etárias 
- Simetria. 
- Amputação parcial ou total de falanges que 
impedem voo. 
- Palpar ossos (úmero, radio, ulna e falanges): 
calos, engrossamento, deformações, fraturas, 
luxações, movimento da articulação? 
- Tatuagens ou brincos colocados geralmente na 
membrana do patágeno (pele que eu ossos úmero 
rádio ulna) 
 
 
- Anilhas proporcionais. 
- Reflexo das garras 
- Entortamento, perda ou deformação das unhas? 
- Indicam características individuais de cada animal. 
- Crescimento excessivo indica falta de desgastes, 
hepatopatia ou parasitismo por sarna. 
Medicina de aves Silvestres I 
- Hemorragia no interior das unhas visíveis em 
unhas claras, são oriundas de traumas ou 
hepatopatias. 
 
- Coloração homogénea característica para a 
espécie. 
- Presença de manchas, defeito nas penas, linhas 
escuras transversais nas penas, indicando 
problema durante o crescimento, penas cortadas, 
bicadas, arrancadas, ou em forma de canhão 
(novas). 
- Aspecto aglutinado ou engordurado pode indicar 
problemas nutricionais. 
- Distribuição das penas não é uniforme. 
- Observar ectoparasitas, piolhos, pulgas 
carrapatos, ácaros, insetos do tipo Mallophaga, 
moscas hematófagas principalmente em pombos 
(vivem embaixo das penas). 
- Coloração: cianose, anemia, hiperemia. 
Dependendo da espécie a pele pode ser 
pigmentada. 
- Pele ou subcutâneo ligeiramente esverdeado 
indicativo de extravasamento de sangue há pelo 
menos 2 dias e sua respectiva reabsorção. 
- Feridas, crostas, escoriações, cicatrizes. 
- Pele ao redor dos globos oculares é avaliada 
quanto elasticidade (desidratação ou hidratação. 
o Hidratação pode ser avaliada pela turgidez 
da veia ulnar, consistência e elasticidade da 
pele, na região do pescoço e a pele que 
reveste os pés. 
o Maior retorno venoso, TPC pode indicar 
hipopotreinemia, anemia, desidratação ou 
choque 
- Avaliar coloração daspenas ao redor. 
o Biliverdinúria – esverdeadas 
o Animal medicado com remédio de cor 
verde, quemicetina avícola. 
- Fezes aderidas nas penas pericloacais: disfunção 
da cloaca, poliúria ou enterite. 
o Pode gerar obstrução levando a retenção 
de fezes dentro da cloaca e reto. 
o Fezes e uratos retidos ressecam e 
provocam formação de pedras cloacais 
que lesionam e causam sangramento 
cloacal. 
- Existência de prolapsos de cólon, útero, ureter, 
ou mucosa cloacal. 
- Com auxílio de otoscópio e especulo vaginal ou 
nasal humano para inspeção. 
- Avaliar a borda e mucosa: presença de 
descamação, rachaduras, feridas, sangramento, 
espessamento e hiperemia. 
- Apertar lateralmente a cloaca para expor a 
mucosa: coloração, crescimento de tecido é 
comum na papilomatose. 
o Solução de ácido acético a 5% (vinagre 
branco) pode ser usado para indicar 
papilomatose caso a mucosa fique 
esbranquiçada. 
- Temperatura: 39ºC – 42ºC. 
o Febre ou hipertermia: esforço físico, 
transporte em ambiente fechado, 
exposição ao sol ou lugar pouco ventilado e 
muito quente. 
o Aumento Fr e respiração ofegante com 
bico aberto, asas abertas procurando água 
para beber ou se molhar. 
o TºC > 43-45ºC incompatível com a vida. 
Medicina de aves Silvestres I 
o TºC < 38,5ºC – hipotermia que deve ser 
revertida mais rápido possível. 
o Penas eriçadas, pouca atividade física, 
apático, desatento quase sempre deitado 
no fundo da gaiola. 
- Presente em algumas espécies. 
- Localizada na região dorsal do final da coluna 
vertebral – pigóstilo 
- Impermeabilização das penas. 
- Observar coloração, clara e homogénea, 
conteúdo amarelado e superfície lisa. 
- Anormalidades: perda de penas no local, 
mudança de cor, alterações na superfície e 
aumento de volume decorrente de obstrução ou 
neoplasia. 
- Verificar sinais de peito seco: sinal clínico para 
desidratação, desnutrição. 
- Órgãos estão em uma única cavidade: celomática 
- Pulmão fixo entre as costelas e não se 
expandem. 
o Constituído por parabrônquios (um. 
Funcional) 
o Sacos aéreos distribuídos pela cavidade 
celomática. Fixos na parede da cavidade e 
ao movimentar das musculaturas os sacos 
aeres são preenchidos por ar (inspiração) 
e comprimidos e esvaziados (expiração) 
- Utiliza-se estetoscópio pediátrico. 
 
- Fezes não apresentam odor forte 
normalmente. 
- Aves carnívoras cheiro mais intenso e 
característico. 
- Odor azedo e pútrido: associado a candidíase, 
alterações na flora gastrointestinal e 
abcessos no aparelho digestório. 
- Aves que ingerem pouca gordura: odor 
rançoso no corpo. 
- Exames de sangue: alguns casos o 
diagnóstico é concluído através de outras 
técnicas devido a quantidade de sangue de 
acordo com o peso do animal. 
o 8% do peso das aves é sangue. 
o Máximo de sangue a ser coletado é 1-
2ml em um animal maior. 
o A relação de célula/porção líquida é 
maior que nos mamíferos 48-56% a 
quantidade de soro obtido é menor, 
dificultando a realização de exames 
bioquímicos do sangue. 
o Pode causar compensação no animal. 
o Esfregaço sanguíneo1 gota de sangue 
e Micro hematócrito que gasta 3-4 
gotas. 
▪ Contagem diferencial de 
leucócitos, morfologia das 
células sanguíneas hematócrito, 
proteína plasmática, 
hemoparasitose e coloração do 
plasma sanguíneo. 
o Coleta pode ser feita com o corte da 
unha, esfregaço e capilar. 
o Volume -> 0,2ml de sangue. 
o Jugular direita: entre a traqueia e a 
coluna cervical 
▪ Atenção animais obesos ou com 
uma camada grossa de 
Medicina de aves Silvestres I 
subcutâneo, guiar pela 
anatomia. 
- Exame de Fezes: as aves excretam urato junto 
com as fezes, cuidado ao colher amostra de fezes 
apenas. 
o Devem ser colhidas imediatamente 
após evacuação e analisadas. 
o Exame de fezes frescas em lâmina de 
microscopia coberta por lamínula e 
sem coloração: protozoários, oocistos 
de coccídeos, bactérias, leveduras, 
células sanguíneas e cristais de uratos. 
o Método de Wllis: solução de NaCl 
saturada: detectar ovos de helmintos e 
oocistos de coccídeos. > Quantidade de 
fezes. 
o Exame direto de swab é mais indicado 
para animais menores. 
- Exame de Urina: coleta de apenas uratos. 
o Exames: pH, análise de sedimento, 
glicose e densidade. 
o Principais anormalidades: hematúria, 
hemoglobinúria. 
o Esverdeada: hemólise ou hepatopatia. 
- Rx comum: 2 posições (VD e LL). Visualizar 
sistema esquelético, digestório, renal e 
respiratório. 
- Rx Contrastado: Tempo de passagem do 
contraste, tamanho do compartimento do sistema 
digestório, posição, forma, superfície e eventual 
deslocamento dos órgãos. 
- Endoscopia/Videoscopia: incluindo Laparoscopia 
exploratória, sexagem, coleta de biópsia, inspeção 
de traqueia-seringe, esôfago, inglúvio e cloaca. 
Peso mínimo 100g e sob anestesia geral. 
Equipamento deve ser esterilizado e de tamanho 
adequado. 
 
 
Caracterizam-se pelas suas adaptações à 
predação, como um bico curvo e aguçado e garras 
afiadas. Enquanto animais diurnos, estas aves têm 
normalmente um sentido da visão bastante 
apurado. Os músculos que agem sobre o cristalino 
dos olhos são de musculatura estriada, e essa 
característica pode ser considerada uma 
importante adaptação. Têm uma expectativa de 
vida média muito alta para as aves e levam muito 
tempo a atingir a maturidade sexual. Em geral a 
fêmea é maior do que o macho e fica no ninho 
para proteger os filhotes. Muitas espécies 
estabelecem relações monogâmicas. 
 
Aves de rapina, noturnas, tais como corujas, 
mochos e murucututu. São caçadoras eficientes, 
usando sobretudo seus olhos extremamente 
aguçados e movimentos rápidos. Possuem bicos 
curvos e garras muito fortes, encurvadas e 
afiadas. Contam com plumagem muito macia, o que 
reduz o ruído da batida de asas durante o 
voo e permite que as corujas localizem e se 
aproximem das presas sem serem percebidas. As 
famílias Tytonidae e Strigidae podem ser 
facilmente diferenciadas pelo formato da face: as 
corujas da família Tytonidae apresentam face em 
formato de coração, enquanto as pertencentes à 
família Strigidae não apresentam esse atributo. 
São um grupo de aves antigamente incluída nos 
Falconiformes (taxonomia de Sibley-Ahlquist, nos 
Ciconiiformes) mas atualmente elevada a uma 
Medicina de aves Silvestres I 
ordem própria. Composta por uma grande 
variedade de rapinantes diurnos de 
tamanhos variados, que em geral possuem bicos 
fortes e garras afiadas, nas quais utilizam para 
matar suas presas. Destacam-se também pela 
visão bastante aguçada, sendo capazes de 
localizar presas à grandes distâncias. Ocorrem em 
todas as regiões do planeta, exceto na Antártida, 
distribuídos em todos os tipos de habitats 
o Família Sagittariidae: O secretário 
(Sagittarius serpentarius) é endêmico da 
África, vive nas padrarias e savanas da 
região subsaariana. De aparência esquisita 
(lembrando a nossa seriema), se difere em 
várias características morfológicas e 
comportamentais das outras aves de 
rapina. De grande porte, possui tarsos 
incrivelmente longos e poderosos; 
apresenta plumagem cinza, mais clara no 
peito, contrastando com o abdômen, 
calções e penas de voo escuras, quase 
negras. Possui hábitos terrícolas, caça 
principalmente serpentes, através de 
“patadas” fortes e precisas na cabeça das 
vítimas. 
o Família Pandionidae: águia-pescadora 
(Pandion haliaetus), é uma espécie 
cosmopolita ocorrendo por quase todo o 
planeta, também é migratória em grande 
parte de sua distribuição. Sua dieta é 
constituída unicamente de peixes, os quais 
captura com as garras. A espécie se 
diferencia em aspectos genéticos e 
morfológicos das outras aves de rapina. 
Seus dedos de igual comprimento, são 
espinhosos, e o dedo externo (nº 4) é 
reversível, permitindo capturar peixes 
com dois dedos voltados para frente e dois 
para trás. 
o Família Accipitridae: Família numerosa e 
cosmopolita, especialmente abundante na 
América do Sul e com muitos gêneros 
restritos ao continente americano. Reúne 
espéciesde pequeno, médio e grande 
porte e está representada em todas as 
regiões do Brasil. São predadoras ativas, 
atacando todos os tipos de presas por 
meio de técnicas de caça variadas. A 
maioria das espécies vive solitária ou aos 
casais e poucas desenvolvem hábitos 
gregários. Usualmente nidificam em 
plataformas de galhos construídos sobre 
árvores, escarpas rochosas ou no solo, 
havendo pouca variação quanto aos 
padrões de nidificação. 
Grande ordem da classe aves, que compreendem 
a mais numerosa das ordens, incluindo quase 
6.000 espécies, mais da metade do total das 
espécies de aves existentes, possuindo grande 
diversificação morfológica, ecológica, biológica e 
comportamental. Aves canoras 
 
São os andorinhões e os beija-flores. São aves de 
pequeno porte, caracterizadas pelo bico longo e 
asas afiladas. Possuem metabolismo muito 
acelerado, (batimento cardíaco pode chegar a 
1.200bmt que batem muito depressa (80 batidas 
por segundo), úmero curto, músculos de voo muito 
desenvolvidos, penas secundárias curtas, dez 
penas caudais, pés muito pequenos com garras 
recurvadas. Uma especialidade do beija-flores 
possui capacidade de pairar no ar e realizar 
movimentos especiais com as asas que funcionam 
como hélices de helicóptero, dispensando a 
necessidade de posar para se alimentar. 
Medicina de aves Silvestres I 
 
Araras, papagaios e periquitos São algumas das 
aves mais inteligentes e que possuem o cérebro 
mais desenvolvido. Têm a capacidade de imitar, 
com grande fidelidade, todos os tipos de som, 
inclusive palavras. Animais longevos, cujas 
espécies maiores podem viver mais de 50 anos. 
São, sem dúvida, um grupo de aves distintas das 
demais, tendo uma série de características 
específicas. Têm bicos altos e aduncos, cuja 
mandíbula superior é consideravelmente maior que 
a inferior e não está completamente fixa ao 
crânio, como acontece com outras aves, estando 
ligada a este por uma espécie de “junta”, que lhe 
permite movimentá-la para cima e para baixo. A 
mandíbula inferior pode mover-se lateralmente o 
que torna o bico dessas aves, juntamente com sua 
ágil língua, um genial e versátil instrumento. A 
mandíbula superior de muitas das espécies possui 
serrilhas transversais que lhes permitem agarrar 
os alimentos com firmeza e quebrar-lhes 
facilmente a casca. A língua carnuda possui papilas 
gustativas. As pernas, providas de tarsos curtos 
e de quatro dedos oponíveis, dois virados para 
frente e dois para trás, são instrumentos 
perfeitos para segurar em ramos e para segurar 
os alimentos e levá-los ao bico, o que é único entre 
as Aves. A plumagem, bastante colorida na maioria 
das espécies, é mantida limpa com a ajuda 
do pó que se acumula na penugem do dorso. 
A glândula uropigial é pouco desenvolvida, por isso 
não ensebam as penas. A sua vida social é, 
igualmente bastante interessante. Os casais 
formam-se quase sempre para toda a vida e são 
inseparáveis. As demonstrações amorosas podem 
ser observadas ao longo de todo o ano. As aves 
tratam da plumagem uma da outra, tocam os bicos 
e alimentam-se mutuamente. Os Psittaciformes 
nidificam quase invariavelmente em cavidades e 
põem ovos brancos. Os filhotes, nidícolas, nascem 
desprovidos de penas e cegos, sendo alimentadas 
pelos progenitores do ninho durante um longo 
período. A dieta é sobretudo de origem vegetal, 
embora também capturem insetos, especialmente 
durante a alimentação das crias. A grande maioria 
das espécies é muito sociável e vive em bandos ao 
longo de todo o ano, ou pelo menos, após a 
reprodução. 
 
Ordem de pica-paus, tucanos, araçaris e afins. 
Aves de pequeno e médio porte que habitam 
preferencialmente áreas com arboreamento em 
densidade, utilizando esses ambientes como 
esconderijo, nidificação e para a alimentação 
baseada em frutos, insetos e pequenos animais. 
As aves dessa ordem precisam de fontes 
proteicas, o que explica os diversos flagrantes de 
captura de insetos e mesmo pequenos anuros e 
répteis, os pica-paus são assim denominados 
perfurarem os troncos das arvores a procura de 
comida e executa voos curtos colhendo no ar 
pequenos insetos que passam pelo seu campo de 
ação. Se distinguem também pela coloração de 
suas plumagens, sempre multicoloridas e 
vistosa, destacando-se como belos exemplares da 
avifauna. Apresentam dedos em posição 
zigodáctila, I e IV para trás e II e III para frente. 
Brasil, a ema (Rhea americana). É ave pernalta de 
grande porte, adaptada à vida terrícola e que não 
consegue voar, tanto pelo porte avantajado como 
pelo fato de não possuir carena (local de inserção 
da musculatura de voo). 
 
Ordem numerosa, maioritariamente aquática, 
incluindo duas famílias e muitas espécies 
distribuídas por todo o mundo. Entre as 
Medicina de aves Silvestres I 
características comuns, contam-se as grandes 
membranas interdigitais que ligam os três dedos 
dianteiros, as pernas curtas e um bico forte 
coberto de pele fina, cuja ponta achatada 
apresenta uma parte mais dura em forma de 
garra. O bico apresenta ainda janelas laterais que 
servem de filtro e se encaixam quando o bico 
fecha. A plumagem espessa é extremamente 
impermeável, protegendo a ave do frio e da água. 
Essa impermeabilidade se deve a uma secreção de 
consistência semelhante à cera, produzida pela 
glândula uropigial, que as aves aplicam nas penas 
com o próprio bico. O dimorfismo sexual encontra-
se extremamente desenvolvido em várias 
espécies, sendo normalmente os machos que 
apresentam maior profusão de cores, enquanto 
as fêmeas - que se ocupam de todas as tarefas 
relativas à incubação dos ovos e à criação dos 
juvenis - possuem uma plumagem que lhes 
permite passar desapercebidas. O ninho é 
geralmente construído no chão e forrado de 
penugem, que as fêmeas retiram de seu próprio 
peito. A fêmea não incuba os ovos até pôr o último 
ovo, para que os ovos eclodam simultaneamente. 
Os filhotes possuem uma densa penugem ao 
nascer e são muito independentes. Deixam o ninho, 
acompanhadas por um dos progenitores e não 
voltam a ele. Após o acasalamento, os adultos 
mudam as penas destinadas ao voo, tornando-se 
incapazes de voar por algum tempo. Nesse 
período mantém-se protegidos no meio da 
vegetação aquática. Os Anseriformes são, de um 
modo geral, ótimos e velozes voadores. 
São, na sua maioria, aves corpulentas de tamanho 
médio ou grande, com poderosos bicos 
arredondados e fortes e garras cegas, úteis para 
esgravatar o solo. De modo geral, deslocam-se no 
solo em passo muito rápido. Mantém a plumagem 
limpa esfregando-se na terra. Em muitas 
espécies, o macho é mais colorido do que a fêmea, 
que passa facilmente despercebida. Quando 
atacados, enganam os predadores largando as 
penas enquanto fogem. A época de reprodução é 
normalmente precedida por elaboradas paradas 
nupciais. Regra geral, é a fêmea que constrói o 
ninho, incuba os ovos e cuida dos filhotes. Estes 
nascem bastante desenvolvidos alimentando-se 
sozinhos. 
: 
Ordem de Pinguins. As aves dessa ordem, pela 
capacidade de sobreviver em ambientes 
considerados hostis, com índices de temperatura 
muito baixos são consideradas extremófilas: ser 
que vive em condições extremas de sobrevivência 
 
Ordem dos albatrozes e petréis, aves marinhas 
de hábitos pelágicos, ou seja, que habitam o 
oceano aberto. Estas aves caracterizam-se por 
terem as narinas em forma de tubos situados na 
parte superior do bico, que é normalmente longo 
e encurvado na ponta. Esta adaptação permite-
lhes expulsar do corpo o sal adquirido por ingestão 
de água do mar. Os Procellariiformes têm asas 
compridas e estreitas, o que lhes dá uma forma 
aerodinâmica e minimiza a energia gasta durante 
os seus longos voos. Possuem os dedos dos pés 
unidos por membranas interdigitais, estando o 
dedo posterior ausente ou pouco desenvolvido. 
Estas aves alimentam-se no alto mar de 
cefalópodes (lulas e polvos) e pequenos peixes.

Continue navegando