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Medicina de aves Silvestres I - Perguntas relacionadas como o responsável pela ave e o ambiente/local no qual está o recinto/gaiola da ave. o Quem é responsável pelo animal? Quem trata do animal? o Quanto tempo por dia a pessoa se ocupa com a ave? Tratar da ave dá muito trabalho? o Como é o local em que a ave vive? Local onde a gaiola fica recebe chuva ou muito sol (constantemente ou nunca)? É um lugar ventilado? o O que existe próximo, vizinho ao recinto/gaiola? Foi realizada uma reforma na casa ou pintura recente? o Como é feita a limpeza do ambiente próximo ao recinto/gaiola? Quais produtos são usados? Qual a frequência dessa limpeza? Utiliza cera? Produto para limpeza de carpete? Cloro? Amoníaco? - Perguntas referentes ao recinto/gaiola do animal. o Existe convivência direta ou próxima com outros animais? São domésticos ou de vida livre? o Existe outro animal convivendo? o A ave tem acesso a plantas? Quais? o Qual é o tamanho do recinto/gaiola? o O que existe dentro do recinto/gaiola? o Têm tamanho e formato adequado para o hábito alimentar da ave? o Como é feita a higiene da gaiola e acessórios? Qual é o produto utilizado? Com qual frequência é feita a higiene? o Qual é o material da gaiola e seu estado de conservação? - Perguntas referentes ao animal. o Origem o Sintomas (Queixa Principal) o Alimentação o Fezes o Comportamento o Reprodução o Medicações o Histórico Médico. - Avaliar e inspecionar o ambiente/local no qual o recinto ou gaiola da ave está. - Avaliar e inspecionar o recinto do animal. Medicina de aves Silvestres I - Inspecionar o animal a distância dentro do recinto/gaiola. - Para iniciar a contenção deve-se primeiro conhecer o comportamento defensivo da espécie, a anatomia e os riscos que a ave oferece para posteriormente proceder com a contenção. - A contenção tem como objetivo controlar os movimentos da ave para poder manipulá-la e, ao mesmo tempo, proteger as pessoas de possíveis lesões causadas por bicos, garras, coices, vômitos etc. Aves de porte maior. Aves de porte médio/pequeno - Olhos e sinus infraorbital: o Olhos estão presentes e são plenamente visíveis. o Observar se os olhos estão bem abertos; animal pisca regularmente? o Olhos brilhantes ou com opacidade (de córnea ou de áreas mais profundas?) o Presença de lacrimejamento (aspecto e cor?) o Presença de crostas perioculares ou até pálpebras cobrindo parcialmente os olhos? o Existe simetria entre os olhos e a cabeça? o As pálpebras estão edemaciadas? Avermelhadas? o As pupilas estão em miose ou midríase? (diferenciar as estressadas durante a contenção – apresentarão midríase erroneamente confundida com quadros de intoxicação). o Qual a coloração da íris? Atenção a biologia da espécie. o A terceira pálpebra, se movimenta do canto medial para o canto lateral do olho. o Na região infra-orbital estão localizados os únicos sinus das aves e que poderão apresentar aumento de tamanho, preenchido com secreções em caso de sinusite. Medicina de aves Silvestres I - Avaliar o conduto auditivo. - Aves com hábitos diurnos o orifício é relativamente pequeno. - Aves com hábitos noturnos orifícios são maiores e confundidos com feridas. - Presença de secreção? Sangue? Pus? De que cor? Cheiro característico? Presença de sangue pode ser indicativo de trauma craniano. - Ectoparasitas fixados no conduto? - Presença de massas indicativas de neoplasia? - Descamação acentuada? - Presença de corpos estranhos? - Áreas avermelhadas, inchadas, na região? a hiperemeia do canal é comum em aves com sinusite - Obstrução: corpos estranhos, parasitas, massas, acúmulo de células descamadas? - Secreção nasal? Constante ou esporadicamente? Uni ou bilateral? Aspecto, cor cheiro? - Aumento de volume uni ou bilateral? - Na Inspeção da cera observando o aspecto da pele: avermelhada? Descamando? Ressecada? Presença de Canalículos? - Bico é formado por uma estrutura interna óssea revestida por uma camada córnea. o Tecido ósseo: vascularizado e inervado. o Tecido córneo: morto. - Bico normal: superfície lisa, uniforme e brilhante. - Formato, cor, aspecto, e consistência do bico variam de acordo com as espécies, idade e hábitos nutricionais. -Atobá: mergulhados narinas internas ao bico. - Flamingos: filtram o alimento. - Colhereiro: peneira lama. - Gansos: tômio (cartilagem pontiaguda), funciona como uma fileira de dentes, não possui esmalte, serrilhas são os “dentes” da língua. - Beija-flores: néctar onde o bico alcança - Aves de praia: presas onde o bico alcança - O formato é característico para a espécie ou existe deformação? Medicina de aves Silvestres I - Cor/manchas são características para a espécie e faixa etária? Em algumas espécies o bico muda de cor com o passar do tempo. - Presença de áreas de necrose, feridas, rachaduras, fraturas ou perfusões? - Há sangramento do bico? Ocorrem lesões da camada córnea com facilidade quando tenta abrir o bico? - Existem crescimento excessivo do comprimento do bico? - Existem crescimento irregular ou acentuado de um lado do que outro? - Abrir ou bico ou esperar ave vocalizar. - Abrir o bico com auxílio dos dedos ou objetos menores, como fios resistentes colocados um em cada parte (superior/inferior) – tração apenas do fio do bico inferior com cuidado. - Coloração das mucosas: hiperêmica? Cianóticas? – dependendo da espécie a língua e mucosas são escuras. - Superfície interna da cavidade: massas, tumores, aumento de volume ou parasitas? - Laringe: entrada da traqueia: cor – avermelhada ou edemaciada? - Avaliar coana: feda localizada no palato que serve como comunicação entre as narinas e a traqueia para a condução do ar. o Obstrução, massas, aumento de volume, corpos estranhos placas diftéricas, feridas? - Palpação da massa muscular peitoral: emas e avestruzes não têm musculo peitoral. - Avaliação do peso corporal: conhecer as espécies e seus respectivos pesos, nas diferentes faixas etárias - Simetria. - Amputação parcial ou total de falanges que impedem voo. - Palpar ossos (úmero, radio, ulna e falanges): calos, engrossamento, deformações, fraturas, luxações, movimento da articulação? - Tatuagens ou brincos colocados geralmente na membrana do patágeno (pele que eu ossos úmero rádio ulna) - Anilhas proporcionais. - Reflexo das garras - Entortamento, perda ou deformação das unhas? - Indicam características individuais de cada animal. - Crescimento excessivo indica falta de desgastes, hepatopatia ou parasitismo por sarna. Medicina de aves Silvestres I - Hemorragia no interior das unhas visíveis em unhas claras, são oriundas de traumas ou hepatopatias. - Coloração homogénea característica para a espécie. - Presença de manchas, defeito nas penas, linhas escuras transversais nas penas, indicando problema durante o crescimento, penas cortadas, bicadas, arrancadas, ou em forma de canhão (novas). - Aspecto aglutinado ou engordurado pode indicar problemas nutricionais. - Distribuição das penas não é uniforme. - Observar ectoparasitas, piolhos, pulgas carrapatos, ácaros, insetos do tipo Mallophaga, moscas hematófagas principalmente em pombos (vivem embaixo das penas). - Coloração: cianose, anemia, hiperemia. Dependendo da espécie a pele pode ser pigmentada. - Pele ou subcutâneo ligeiramente esverdeado indicativo de extravasamento de sangue há pelo menos 2 dias e sua respectiva reabsorção. - Feridas, crostas, escoriações, cicatrizes. - Pele ao redor dos globos oculares é avaliada quanto elasticidade (desidratação ou hidratação. o Hidratação pode ser avaliada pela turgidez da veia ulnar, consistência e elasticidade da pele, na região do pescoço e a pele que reveste os pés. o Maior retorno venoso, TPC pode indicar hipopotreinemia, anemia, desidratação ou choque - Avaliar coloração daspenas ao redor. o Biliverdinúria – esverdeadas o Animal medicado com remédio de cor verde, quemicetina avícola. - Fezes aderidas nas penas pericloacais: disfunção da cloaca, poliúria ou enterite. o Pode gerar obstrução levando a retenção de fezes dentro da cloaca e reto. o Fezes e uratos retidos ressecam e provocam formação de pedras cloacais que lesionam e causam sangramento cloacal. - Existência de prolapsos de cólon, útero, ureter, ou mucosa cloacal. - Com auxílio de otoscópio e especulo vaginal ou nasal humano para inspeção. - Avaliar a borda e mucosa: presença de descamação, rachaduras, feridas, sangramento, espessamento e hiperemia. - Apertar lateralmente a cloaca para expor a mucosa: coloração, crescimento de tecido é comum na papilomatose. o Solução de ácido acético a 5% (vinagre branco) pode ser usado para indicar papilomatose caso a mucosa fique esbranquiçada. - Temperatura: 39ºC – 42ºC. o Febre ou hipertermia: esforço físico, transporte em ambiente fechado, exposição ao sol ou lugar pouco ventilado e muito quente. o Aumento Fr e respiração ofegante com bico aberto, asas abertas procurando água para beber ou se molhar. o TºC > 43-45ºC incompatível com a vida. Medicina de aves Silvestres I o TºC < 38,5ºC – hipotermia que deve ser revertida mais rápido possível. o Penas eriçadas, pouca atividade física, apático, desatento quase sempre deitado no fundo da gaiola. - Presente em algumas espécies. - Localizada na região dorsal do final da coluna vertebral – pigóstilo - Impermeabilização das penas. - Observar coloração, clara e homogénea, conteúdo amarelado e superfície lisa. - Anormalidades: perda de penas no local, mudança de cor, alterações na superfície e aumento de volume decorrente de obstrução ou neoplasia. - Verificar sinais de peito seco: sinal clínico para desidratação, desnutrição. - Órgãos estão em uma única cavidade: celomática - Pulmão fixo entre as costelas e não se expandem. o Constituído por parabrônquios (um. Funcional) o Sacos aéreos distribuídos pela cavidade celomática. Fixos na parede da cavidade e ao movimentar das musculaturas os sacos aeres são preenchidos por ar (inspiração) e comprimidos e esvaziados (expiração) - Utiliza-se estetoscópio pediátrico. - Fezes não apresentam odor forte normalmente. - Aves carnívoras cheiro mais intenso e característico. - Odor azedo e pútrido: associado a candidíase, alterações na flora gastrointestinal e abcessos no aparelho digestório. - Aves que ingerem pouca gordura: odor rançoso no corpo. - Exames de sangue: alguns casos o diagnóstico é concluído através de outras técnicas devido a quantidade de sangue de acordo com o peso do animal. o 8% do peso das aves é sangue. o Máximo de sangue a ser coletado é 1- 2ml em um animal maior. o A relação de célula/porção líquida é maior que nos mamíferos 48-56% a quantidade de soro obtido é menor, dificultando a realização de exames bioquímicos do sangue. o Pode causar compensação no animal. o Esfregaço sanguíneo1 gota de sangue e Micro hematócrito que gasta 3-4 gotas. ▪ Contagem diferencial de leucócitos, morfologia das células sanguíneas hematócrito, proteína plasmática, hemoparasitose e coloração do plasma sanguíneo. o Coleta pode ser feita com o corte da unha, esfregaço e capilar. o Volume -> 0,2ml de sangue. o Jugular direita: entre a traqueia e a coluna cervical ▪ Atenção animais obesos ou com uma camada grossa de Medicina de aves Silvestres I subcutâneo, guiar pela anatomia. - Exame de Fezes: as aves excretam urato junto com as fezes, cuidado ao colher amostra de fezes apenas. o Devem ser colhidas imediatamente após evacuação e analisadas. o Exame de fezes frescas em lâmina de microscopia coberta por lamínula e sem coloração: protozoários, oocistos de coccídeos, bactérias, leveduras, células sanguíneas e cristais de uratos. o Método de Wllis: solução de NaCl saturada: detectar ovos de helmintos e oocistos de coccídeos. > Quantidade de fezes. o Exame direto de swab é mais indicado para animais menores. - Exame de Urina: coleta de apenas uratos. o Exames: pH, análise de sedimento, glicose e densidade. o Principais anormalidades: hematúria, hemoglobinúria. o Esverdeada: hemólise ou hepatopatia. - Rx comum: 2 posições (VD e LL). Visualizar sistema esquelético, digestório, renal e respiratório. - Rx Contrastado: Tempo de passagem do contraste, tamanho do compartimento do sistema digestório, posição, forma, superfície e eventual deslocamento dos órgãos. - Endoscopia/Videoscopia: incluindo Laparoscopia exploratória, sexagem, coleta de biópsia, inspeção de traqueia-seringe, esôfago, inglúvio e cloaca. Peso mínimo 100g e sob anestesia geral. Equipamento deve ser esterilizado e de tamanho adequado. Caracterizam-se pelas suas adaptações à predação, como um bico curvo e aguçado e garras afiadas. Enquanto animais diurnos, estas aves têm normalmente um sentido da visão bastante apurado. Os músculos que agem sobre o cristalino dos olhos são de musculatura estriada, e essa característica pode ser considerada uma importante adaptação. Têm uma expectativa de vida média muito alta para as aves e levam muito tempo a atingir a maturidade sexual. Em geral a fêmea é maior do que o macho e fica no ninho para proteger os filhotes. Muitas espécies estabelecem relações monogâmicas. Aves de rapina, noturnas, tais como corujas, mochos e murucututu. São caçadoras eficientes, usando sobretudo seus olhos extremamente aguçados e movimentos rápidos. Possuem bicos curvos e garras muito fortes, encurvadas e afiadas. Contam com plumagem muito macia, o que reduz o ruído da batida de asas durante o voo e permite que as corujas localizem e se aproximem das presas sem serem percebidas. As famílias Tytonidae e Strigidae podem ser facilmente diferenciadas pelo formato da face: as corujas da família Tytonidae apresentam face em formato de coração, enquanto as pertencentes à família Strigidae não apresentam esse atributo. São um grupo de aves antigamente incluída nos Falconiformes (taxonomia de Sibley-Ahlquist, nos Ciconiiformes) mas atualmente elevada a uma Medicina de aves Silvestres I ordem própria. Composta por uma grande variedade de rapinantes diurnos de tamanhos variados, que em geral possuem bicos fortes e garras afiadas, nas quais utilizam para matar suas presas. Destacam-se também pela visão bastante aguçada, sendo capazes de localizar presas à grandes distâncias. Ocorrem em todas as regiões do planeta, exceto na Antártida, distribuídos em todos os tipos de habitats o Família Sagittariidae: O secretário (Sagittarius serpentarius) é endêmico da África, vive nas padrarias e savanas da região subsaariana. De aparência esquisita (lembrando a nossa seriema), se difere em várias características morfológicas e comportamentais das outras aves de rapina. De grande porte, possui tarsos incrivelmente longos e poderosos; apresenta plumagem cinza, mais clara no peito, contrastando com o abdômen, calções e penas de voo escuras, quase negras. Possui hábitos terrícolas, caça principalmente serpentes, através de “patadas” fortes e precisas na cabeça das vítimas. o Família Pandionidae: águia-pescadora (Pandion haliaetus), é uma espécie cosmopolita ocorrendo por quase todo o planeta, também é migratória em grande parte de sua distribuição. Sua dieta é constituída unicamente de peixes, os quais captura com as garras. A espécie se diferencia em aspectos genéticos e morfológicos das outras aves de rapina. Seus dedos de igual comprimento, são espinhosos, e o dedo externo (nº 4) é reversível, permitindo capturar peixes com dois dedos voltados para frente e dois para trás. o Família Accipitridae: Família numerosa e cosmopolita, especialmente abundante na América do Sul e com muitos gêneros restritos ao continente americano. Reúne espéciesde pequeno, médio e grande porte e está representada em todas as regiões do Brasil. São predadoras ativas, atacando todos os tipos de presas por meio de técnicas de caça variadas. A maioria das espécies vive solitária ou aos casais e poucas desenvolvem hábitos gregários. Usualmente nidificam em plataformas de galhos construídos sobre árvores, escarpas rochosas ou no solo, havendo pouca variação quanto aos padrões de nidificação. Grande ordem da classe aves, que compreendem a mais numerosa das ordens, incluindo quase 6.000 espécies, mais da metade do total das espécies de aves existentes, possuindo grande diversificação morfológica, ecológica, biológica e comportamental. Aves canoras São os andorinhões e os beija-flores. São aves de pequeno porte, caracterizadas pelo bico longo e asas afiladas. Possuem metabolismo muito acelerado, (batimento cardíaco pode chegar a 1.200bmt que batem muito depressa (80 batidas por segundo), úmero curto, músculos de voo muito desenvolvidos, penas secundárias curtas, dez penas caudais, pés muito pequenos com garras recurvadas. Uma especialidade do beija-flores possui capacidade de pairar no ar e realizar movimentos especiais com as asas que funcionam como hélices de helicóptero, dispensando a necessidade de posar para se alimentar. Medicina de aves Silvestres I Araras, papagaios e periquitos São algumas das aves mais inteligentes e que possuem o cérebro mais desenvolvido. Têm a capacidade de imitar, com grande fidelidade, todos os tipos de som, inclusive palavras. Animais longevos, cujas espécies maiores podem viver mais de 50 anos. São, sem dúvida, um grupo de aves distintas das demais, tendo uma série de características específicas. Têm bicos altos e aduncos, cuja mandíbula superior é consideravelmente maior que a inferior e não está completamente fixa ao crânio, como acontece com outras aves, estando ligada a este por uma espécie de “junta”, que lhe permite movimentá-la para cima e para baixo. A mandíbula inferior pode mover-se lateralmente o que torna o bico dessas aves, juntamente com sua ágil língua, um genial e versátil instrumento. A mandíbula superior de muitas das espécies possui serrilhas transversais que lhes permitem agarrar os alimentos com firmeza e quebrar-lhes facilmente a casca. A língua carnuda possui papilas gustativas. As pernas, providas de tarsos curtos e de quatro dedos oponíveis, dois virados para frente e dois para trás, são instrumentos perfeitos para segurar em ramos e para segurar os alimentos e levá-los ao bico, o que é único entre as Aves. A plumagem, bastante colorida na maioria das espécies, é mantida limpa com a ajuda do pó que se acumula na penugem do dorso. A glândula uropigial é pouco desenvolvida, por isso não ensebam as penas. A sua vida social é, igualmente bastante interessante. Os casais formam-se quase sempre para toda a vida e são inseparáveis. As demonstrações amorosas podem ser observadas ao longo de todo o ano. As aves tratam da plumagem uma da outra, tocam os bicos e alimentam-se mutuamente. Os Psittaciformes nidificam quase invariavelmente em cavidades e põem ovos brancos. Os filhotes, nidícolas, nascem desprovidos de penas e cegos, sendo alimentadas pelos progenitores do ninho durante um longo período. A dieta é sobretudo de origem vegetal, embora também capturem insetos, especialmente durante a alimentação das crias. A grande maioria das espécies é muito sociável e vive em bandos ao longo de todo o ano, ou pelo menos, após a reprodução. Ordem de pica-paus, tucanos, araçaris e afins. Aves de pequeno e médio porte que habitam preferencialmente áreas com arboreamento em densidade, utilizando esses ambientes como esconderijo, nidificação e para a alimentação baseada em frutos, insetos e pequenos animais. As aves dessa ordem precisam de fontes proteicas, o que explica os diversos flagrantes de captura de insetos e mesmo pequenos anuros e répteis, os pica-paus são assim denominados perfurarem os troncos das arvores a procura de comida e executa voos curtos colhendo no ar pequenos insetos que passam pelo seu campo de ação. Se distinguem também pela coloração de suas plumagens, sempre multicoloridas e vistosa, destacando-se como belos exemplares da avifauna. Apresentam dedos em posição zigodáctila, I e IV para trás e II e III para frente. Brasil, a ema (Rhea americana). É ave pernalta de grande porte, adaptada à vida terrícola e que não consegue voar, tanto pelo porte avantajado como pelo fato de não possuir carena (local de inserção da musculatura de voo). Ordem numerosa, maioritariamente aquática, incluindo duas famílias e muitas espécies distribuídas por todo o mundo. Entre as Medicina de aves Silvestres I características comuns, contam-se as grandes membranas interdigitais que ligam os três dedos dianteiros, as pernas curtas e um bico forte coberto de pele fina, cuja ponta achatada apresenta uma parte mais dura em forma de garra. O bico apresenta ainda janelas laterais que servem de filtro e se encaixam quando o bico fecha. A plumagem espessa é extremamente impermeável, protegendo a ave do frio e da água. Essa impermeabilidade se deve a uma secreção de consistência semelhante à cera, produzida pela glândula uropigial, que as aves aplicam nas penas com o próprio bico. O dimorfismo sexual encontra- se extremamente desenvolvido em várias espécies, sendo normalmente os machos que apresentam maior profusão de cores, enquanto as fêmeas - que se ocupam de todas as tarefas relativas à incubação dos ovos e à criação dos juvenis - possuem uma plumagem que lhes permite passar desapercebidas. O ninho é geralmente construído no chão e forrado de penugem, que as fêmeas retiram de seu próprio peito. A fêmea não incuba os ovos até pôr o último ovo, para que os ovos eclodam simultaneamente. Os filhotes possuem uma densa penugem ao nascer e são muito independentes. Deixam o ninho, acompanhadas por um dos progenitores e não voltam a ele. Após o acasalamento, os adultos mudam as penas destinadas ao voo, tornando-se incapazes de voar por algum tempo. Nesse período mantém-se protegidos no meio da vegetação aquática. Os Anseriformes são, de um modo geral, ótimos e velozes voadores. São, na sua maioria, aves corpulentas de tamanho médio ou grande, com poderosos bicos arredondados e fortes e garras cegas, úteis para esgravatar o solo. De modo geral, deslocam-se no solo em passo muito rápido. Mantém a plumagem limpa esfregando-se na terra. Em muitas espécies, o macho é mais colorido do que a fêmea, que passa facilmente despercebida. Quando atacados, enganam os predadores largando as penas enquanto fogem. A época de reprodução é normalmente precedida por elaboradas paradas nupciais. Regra geral, é a fêmea que constrói o ninho, incuba os ovos e cuida dos filhotes. Estes nascem bastante desenvolvidos alimentando-se sozinhos. : Ordem de Pinguins. As aves dessa ordem, pela capacidade de sobreviver em ambientes considerados hostis, com índices de temperatura muito baixos são consideradas extremófilas: ser que vive em condições extremas de sobrevivência Ordem dos albatrozes e petréis, aves marinhas de hábitos pelágicos, ou seja, que habitam o oceano aberto. Estas aves caracterizam-se por terem as narinas em forma de tubos situados na parte superior do bico, que é normalmente longo e encurvado na ponta. Esta adaptação permite- lhes expulsar do corpo o sal adquirido por ingestão de água do mar. Os Procellariiformes têm asas compridas e estreitas, o que lhes dá uma forma aerodinâmica e minimiza a energia gasta durante os seus longos voos. Possuem os dedos dos pés unidos por membranas interdigitais, estando o dedo posterior ausente ou pouco desenvolvido. Estas aves alimentam-se no alto mar de cefalópodes (lulas e polvos) e pequenos peixes.
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