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SISTEMA DE ENSINO
LEGISLAÇÃO
Lei nº 12.830/2013 (Investigação criminal 
conduzida pelo Delegado de Polícia). Lei 
nº 9.296/1996. Lei nº 7.960/1989
Livro Eletrônico
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Pericles Mendonça de Rezende Junior
Lei nº 12.830/2013 (Investigação criminal conduzida pelo Delegado de Polícia). Lei nº 9.296/1996. Lei nº 7.960/1989
LEGISLAÇÃO
Lei 9.296/96 – Lei de Interceptação Telefônica ............................................................................... 3
Lei 7.960/89 – Das Prisões Temporárias .......................................................................................... 13
Os Crimes ......................................................................................................................................................... 16
Lei 12.830 – Investigação Criminal Conduzida por Delegado de Polícia ............................ 20
Questões de Concurso .............................................................................................................................. 23
Gabarito............................................................................................................................................................ 33
Gabarito Comentado .................................................................................................................................. 34
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Lei nº 12.830/2013 (Investigação criminal conduzida pelo Delegado de Polícia). Lei nº 9.296/1996. Lei nº 7.960/1989
LEGISLAÇÃO
Dando continuidade ao nosso curso de Legislação Penal Especial, vamos estudar agora 
algumas leis importantes de seu edital: a Lei 9.296/96 que trata sobre as interceptações tele-
fônicas, a Lei 7.960/89 tratando a respeito das prisões temporárias e, por fim, a Lei 12.830/13 
que dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia.
Lei 9.296/96 – Lei de interceptação teLefônica
Art. 1º A interceptação de comunicações telefônicas, de qualquer natureza, para prova em inves-
tigação criminal e em instrução processual penal, observará o disposto nesta Lei e dependerá de 
ordem do juiz competente da ação principal, sob segredo de justiça.
Parágrafo único. O disposto nesta Lei aplica-se à interceptação do fluxo de comunicações em sis-
temas de informática e telemática.
A edição dessa lei veio para regulamentar o previsto no inciso XII do artigo 5º da Consti-
tuição Federal de 1988.
XII – é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das co-
municações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a 
lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;
Como bem sabemos, não há direito ou garantia absolutos no ordenamento jurídico e, por 
isso mesmo, a inviolabilidade do sigilo das comunicações poderá ser quebrada mediante or-
dem judicial, nos casos previstos em lei.
Existe uma divergência doutrinária no tocante à violabilidade do sigilo das correspon-
dências, comunicações telegráficas e de dados, pelo fato de o legislador ter inserido o termo 
“salvo, no último caso”. Porém, não acredito que essa temática será objeto de sua prova, visto 
que não é pacífico esse entendimento.
A Interceptação
O objeto de regulamentação da nossa lei é a interceptação telefônica, que é diferente de 
escuta, de interceptação ambiental, e de diversos outros institutos utilizados para a gravação 
de conversas.
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LEGISLAÇÃO
A interceptação telefônica é quando um terceiro capta a conversa de duas pessoas que 
desconhecem essa situação. É muito comum vermos nos jornais televisivos trechos de in-
terceptações realizadas pela polícia. Aquelas duas pessoas que ali estão conversando e 
muitas vezes narrando seus crimes, desconhecem que existe uma terceira pessoa ouvindo 
a conversa.
O legislador deixou bem clara a exigência de autorização do magistrado competente, por-
tanto uma interceptação sem ordem judicial é completamente ilegal e deverá ser desentra-
nhada do processo.
Outro ponto que o artigo 1º deixa claro é que essa modalidade de investigação somente 
será aplicada nos casos de processos penais; portanto, o Superior Tribunal de Justiça já ad-
mitiu a sua utilização em processos administrativos, desde que respeitado o devido processo 
legal, inclusive os princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa.
Esse posicionamento é bastante criticado por parte da doutrina, que entende que somente 
seria lícito se a falta administrativa apurada também constituísse crime.
Os processos que tratam sobre interceptação telefônica, por expressa previsão legal, de-
vem correr em segredo de justiça.
Esse entendimento é bem tranquilo de se compreender. Imagine que a pessoa saiba que 
está sendo gravada, você acha que ela continuará com conversas escusas? Claro que não, 
e por isso a importância do sigilo.
Art. 2º Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando ocorrer qualquer 
das seguintes hipóteses:
I – não houver indícios razoáveis da autoria ou participação em infração penal;
II – a prova puder ser feita por outros meios disponíveis;
III – o fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com pena de detenção.
Parágrafo único. Em qualquer hipótese deve ser descrita com clareza a situação objeto da investi-
gação, inclusive com a indicação e qualificação dos investigados, salvo impossibilidade manifesta, 
devidamente justificada.
O artigo 2º traz hipóteses em que não são permitidas a utilização da interceptação 
telefônica.
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Boa parte da doutrina critica a redação desse artigo, que vem de uma forma negativa, 
sendo que o legislador poderia ter optado por trazer quais seriam as situações permitidas 
pela lei.
Indícios razoáveis de autoria ou participação: esse pré-requisito não permite que uma 
investigação se inicie com a interceptação telefônica. Veja que são necessários indícios su-
ficientes de autoria.
Portanto, fica claro que, para que seja autorizada a interceptação telefônica, é fundamen-
tal haver elementos suficientes, demonstrando que determinado agente concorre para a prá-
tica de infração penal.
A prova podendo ser feita por outros meios: esse requisito demonstra a subsidiariedade 
da interceptação telefônica como meio de prova.
Se for possível a demonstração de materialidade e autoria por outras provas, não será 
autorizada a realização da interceptação.
Mesmo que não haja outras provas, não poderá a interceptação telefônica ser realizada 
em primeiro, já que, como vimos, ela possuio caráter subsidiário e não principal.
Infração penal punida com detenção: não foi permitido pelo legislador a interceptação 
telefônica de situações em que os crimes sejam apenados com detenção, ou seja, existe a 
obrigatoriedade de que o crime seja punido com reclusão.
O Supremo entende que as infrações penais apenadas com detenção comportam inter-
ceptação telefônica, desde que sejam conexas aos crimes cuja pena seja de reclusão.
Por fim, o legislador exigiu que seja descrita com clareza a situação da investigação, in-
clusive indicando e qualificando os investigados.
Se essa qualificação não for possível por algum motivo, deverá a autoridade policial ou 
membro do Ministério Público justificar essa impossibilidade.
Questão 1 (CESPE/TJDFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/2015) A interceptação telefônica, para 
fins de investigação criminal ou instrução processual penal, somente será permitida quando, 
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havendo indícios razoáveis de autoria ou participação em infração, a prova não puder ser ob-
tida por outros meios disponíveis, e quando o fato investigado constituir infração penal para 
a qual se preveja, ao menos, pena de detenção.
Errado.
O examinador trouxe a questão quase toda correta. Iniciamos muito bem trazendo os requisi-
tos conforme o artigo 2º da lei, porém, no final da questão ele afirma que será aos crimes cuja 
pena é de detenção, porém, como acabamos de ver, a pena deverá ser de reclusão.
Questão 2 (MPE-SC/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2014) Conforme expressamente 
determina a Lei n. 9.296/96, quando todos os fatos investigados constituem infração penal pu-
nida com pena de detenção, não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas.
Certo.
Olha aí, o examinador não tem muita criatividade, então quando as leis são menores, eles 
costumam cobrar a mesma coisa.
Como vimos, deverá os crimes investigados serem ao menos punidos com reclusão.
Art. 3º A interceptação das comunicações telefônicas poderá ser determinada pelo juiz, de ofício 
ou a requerimento:
I – da autoridade policial, na investigação criminal;
II – do representante do Ministério Público, na investigação criminal e na instrução processual 
penal.
Veja que o juiz poderá de ofício determinar a interceptação telefônica. Quando estudamos 
direito Processual Penal, vimos que um dos princípios que regem o processo penal é o da 
busca da verdade real.
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Em homenagem a esse princípio, o magistrado poderá requerer essa interceptação sem re-
querimento das partes, é claro que observados os requisitos do artigo anterior (art. 2º).
Apesar de o legislador ter inserido o termo “requerimento” no caput do artigo, somente os mem-
bros do Ministério Público fazem tal requerimento, visto que são os titulares da ação penal.
A autoridade policial, que não é parte, deverá representar pela interceptação.
Essas palavrinhas podem não significar nada, mas o examinador poderá tentar nos confundir 
na hora da prova, portanto, fique atento (a).
A lei não trouxe expressamente autorizado a realizar o requerimento de interceptação telefô-
nica a figura do querelante, seja na ação penal privada ou na ação penal privada subsidiária 
da pública, porém, a doutrina entende que por equiparação ele poderá requerer a intercepta-
ção diretamente ao juiz.
Art. 4º O pedido de interceptação de comunicação telefônica conterá a demonstração de que a sua 
realização é necessária à apuração de infração penal, com indicação dos meios a serem empre-
gados.
§ 1º Excepcionalmente, o juiz poderá admitir que o pedido seja formulado verbalmente, desde que 
estejam presentes os pressupostos que autorizem a interceptação, caso em que a concessão será 
condicionada à sua redução a termo.
§ 2º O juiz, no prazo máximo de vinte e quatro horas, decidirá sobre o pedido.
O caput do artigo 4º traz o que falamos até agora, que somente será autorizada a intercepta-
ção telefônica em casos que sejam demonstrados a sua real necessidade, já que essa forma 
de investigação é subsidiária.
O parágrafo primeiro traz uma hipótese em que o pedido poderá ser feito verbalmente, como 
forma de agilizar o processo de concessão da interceptação telefônica, porém esse pedido 
deverá ser reduzido a termo, ou seja, deverá ser colocado por escrito posteriormente.
Fique atento (a) que, nos casos de interceptação telefônica, o magistrado possui um prazo 
bem apertado para decidir, que é de 24 (vinte e quatro) horas.
Questão 3 (CESPE/PCDF/AGENTE DE POLÍCIA/2013) O juiz poderá, em regra, admitir re-
querimento verbal de interceptação de comunicação telefônica desde que este seja formula-
do pela autoridade policial durante investigação criminal.
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Errado.
O examinador foi bem malicioso nessa questão. Veja que ele trouxe uma informação correta 
sobre o requerimento ser admitido de forma verbal, porém essa não é a regra e sim a exceção.
Art. 5º A decisão será fundamentada, sob pena de nulidade, indicando também a forma de execu-
ção da diligência, que não poderá exceder o prazo de quinze dias, renovável por igual tempo uma 
vez comprovada a indispensabilidade do meio de prova.
O fato de dizer que a decisão do magistrado deverá ser fundamentada é “chover no molhado” 
(rsrsrs), já que todas as decisões do Poder Judiciário deverão ser devidamente fundamentadas.
O artigo 5º também trata do prazo para a concessão de interceptação telefônica.
A interceptação telefônica não poderá exceder o prazo de 15 (quinze) dias, renovável por igual 
período.
Existe uma divergência doutrinária sobre como seria essa renovação. Alguns doutrinado-
res entendem que somente pode ser renovado por um período, ou seja, 15 + 15.
O entendimento jurisprudencial é que essa renovação não é limitada a um período, por-
tanto deverá ser comprovada todas as vezes a sua necessidade.
O que devemos observar é a razoabilidade, ou seja, não é possível interceptarmos as co-
municações de uma pessoa por tempo indeterminado.
O STJ em uma de suas decisões, entendeu que uma interceptação de 2 anos (sucessivas 
renovações) extrapola a razoabilidade e, por isso, decidiu pela ilicitude da prova.
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Questão 4 (CESPE/DPF/DELEGADO/2013) Apesar de a lei prever o prazo máximo de quinze 
dias para a interceptação telefônica, renovável por mais quinze, não há qualquer restrição ao 
número de prorrogações, desde que haja decisão fundamentando a dilatação do período.
Certo.
Exatamente como acabamos de ver, o prazo estipulado pela lei é de quinze dias, podendo ser 
prorrogado por mais quinze dias, sucessivamente, desde que devidamente fundamentado.
Art. 6º Deferido o pedido, a autoridade policial conduzirá os procedimentos de interceptação, dan-
do ciência ao Ministério Público, que poderá acompanhar a sua realização.
§ 1º No caso de a diligência possibilitar a gravação da comunicação interceptada, será determina-
da a sua transcrição.
§ 2º Cumprida a diligência, a autoridade policial encaminhará o resultado da interceptação ao juiz, 
acompanhado de auto circunstanciado, que deverá conter o resumo das operações realizadas.
§ 3º Recebidos esses elementos, o  juiz determinará a providência do art. 8º, ciente o Ministério 
Público.
O legislador definiu que o Ministério Público acompanhará a realização das intercepta-
ções. Bom, o  MP realmente é o fiscal na atividade policial, por isso, essa determinação é 
bastante natural.
Veja que o legislador foi bem enfático ao dizer que a autoridade policial conduzirá os pro-
cessos investigativos, ou seja, via de regra essa autoridade é o delegado de polícia.
Digo via de regra, porque a justiça militar poderá autorizar a polícia judiciária militar a in-
vestigar crimes militares através de interceptação telefônica.
Ainda sobre esse assunto, o Conselho Nacional do Ministério Público, em uma resolução 
autorizou os membros do MP a realizarem a interceptação telefônica nas investigações con-
duzidas pelo Parquet.
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O caso chegou ao Supremo, que agora no mês de abril decidiu não ser inconstitucional a 
essa previsão; portanto, seria permitido que os membros do MP conduzam os procedimentos 
investigatórios, desde que autorizados pelo judiciário.
A lei fala que, no caso de a diligência possibilitar a gravação, esta deverá ser feita com 
a sua devida transcrição, ou seja, colocar por escrito o conteúdo dos diálogos. A  título de 
curiosidade, na prática, essa gravação é realizada sempre, até mesmo para ser utilizada como 
meio de prova. A transcrição dos áudios fundamentará inclusive os pedidos de renovação da 
interceptação telefônica.
Art. 7º Para os procedimentos de interceptação de que trata esta Lei, a autoridade policial poderá 
requisitar serviços e técnicos especializados às concessionárias de serviço público.
Esse artigo trata sobre a requisição de apoio técnico do pessoal especializado, até mesmo 
porque a polícia judiciária não teria condições de realizar a interceptação sem o apoio das 
operadores de telefonia, por exemplo.
Então na prática, o judiciário autoriza a interceptação e é enviado um ofício para as ope-
radoras de telefonia, que implementarão o recurso da interceptação.
No caso de recusa das operadoras, elas incorrerão na prática do crime de desobediência.
Art. 8º A interceptação de comunicação telefônica, de qualquer natureza, ocorrerá em autos apar-
tados, apensados aos autos do inquérito policial ou do processo criminal, preservando-se o sigilo 
das diligências, gravações e transcrições respectivas.
Parágrafo único. A apensação somente poderá ser realizada imediatamente antes do relatório da 
autoridade, quando se tratar de inquérito policial (Código de Processo Penal, art.10, § 1º) ou na 
conclusão do processo ao juiz para o despacho decorrente do disposto nos arts. 407, 502 ou 538 
do Código de Processo Penal.
Mais uma vez o legislador trouxe a previsão do sigilo das diligências, determinando inclu-
sive que estejam em autos apartados, ou seja, separados.
Art. 8º-A. Para investigação ou instrução criminal, poderá ser autorizada pelo juiz, a requerimento 
da autoridade policial ou do Ministério Público, a captação ambiental de sinais eletromagnéticos, 
ópticos ou acústicos, quando:
I – a prova não puder ser feita por outros meios disponíveis e igualmente eficazes; e
II – houver elementos probatórios razoáveis de autoria e participação em infrações criminais cujas 
penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos ou em infrações penais conexas.
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§ 1º O requerimento deverá descrever circunstanciadamente o local e a forma de instalação do 
dispositivo de captação ambiental.
§ 2º (VETADO).
§ 3º A captação ambiental não poderá exceder o prazo de 15 (quinze) dias, renovável por decisão 
judicial por iguais períodos, se comprovada a indispensabilidade do meio de prova e quando pre-
sente atividade criminal permanente, habitual ou continuada.
§ 4º (VETADO).
§ 5º Aplicam-se subsidiariamente à captação ambiental as regras previstas na legislação especí-
fica para a interceptação telefônica e telemática.
O artigo 8º-A foi uma das inovações trazidas pelo Pacote Anticrime, regulando a imple-
mentação da captação ambiental, aplicando a ela, além das regras expressamente previstas, 
as regulações previstas para a interceptação telefônica e telemática.
Art. 9º A gravação que não interessar à prova será inutilizada por decisão judicial, durante o inqué-
rito, a instrução processual ou após esta, em virtude de requerimento do Ministério Público ou da 
parte interessada.
Parágrafo único. O incidente de inutilização será assistido pelo Ministério Público, sendo facultada 
a presença do acusado ou de seu representante legal.
Durante uma investigação, é  evidente que surgirão diálogos estranhos ao crime e, por 
isso, deverão ser descartados, preservando o direito a intimidade.
Art. 10. Constitui crime realizar interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou te-
lemática, promover escuta ambiental ou quebrar segredo da Justiça, sem autorização judicial ou 
com objetivos não autorizados em lei:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena a autoridade judicial que determina a execução de condu-
ta prevista no caput deste artigo com objetivo não autorizado em lei.
O legislador definiu como crime a prática de três condutas, quais sejam, a realização de 
interceptação telefônica, informática ou telemática, bem como a escuta ambiental, sem a de-
vida autorização judicial, e a quebra do segredo de justiça.
O sujeito ativo desse crime pode ser qualquer pessoa, portanto, estamos diante de um 
crime comum, e o sujeito passivo é a pessoa que teve a sua comunicação interceptada ilegal-
mente ou o sigilo quebrado, indevidamente.
Não existe a previsão culposa, por isso temos um crime que só será punido a título de dolo.
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Este artigo foi alterado pela nova lei de abuso de autoridades, Lei 13.869/19.
A Lei 13.964/19 trouxe também o artigo 10-A, que dispõe:
Art. 10-A. Realizar captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos para in-
vestigação ou instrução criminal sem autorização judicial, quando esta for exigida:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
§ 1º Não há crime se a captação é realizada por um dos interlocutores.
§ 2º A pena será aplicada em dobro ao funcionário público que descumprir determinação de sigilo 
das investigações que envolvam a captação ambiental ou revelar o conteúdo das gravações en-
quanto mantido o sigilo judicial.
Tivemos duas recentes alterações nesta parte final da lei, uma promovida pela nova lei de 
abuso de autoridades e outra pelo pacote anticrime.
Perceba que tanto o artigo 10, quanto o artigo 10-A traz como crime a realização e “escuta 
ambiental” sem a devida autorização judicial. Apesar da redundância, o artigo 10-A também 
traz outros pontos dignos de nota.
O primeiro deles, no §1º afirmando que não constituirá crime se um dos interlocutores 
estiver realizando a captação. No parágrafo segundo, temos uma previsão de aumento de 
pena para o funcionário público que descumprir determinação do sigilo das investigações 
envolvendo captação ambiental, ou ainda, que revelar o conteúdo das gravações quando o 
sigilo estiver mantido.
Este dispositivo busca prevenir o vazamento de informações durante a manutenção do 
sigilo, buscando o bom andamento das investigações.
Questão 5 (CESPE/ABIN/OFICIAL DE INTELIGÊNCIA/2018) Situação hipotética: Duran-
te uma inundação, Abel interrompeu dolosamente o serviço telefônico da região. Assertiva: 
Nessa situação, Abel responderá por crime previsto na Lei de Interceptação Telefônica, com a 
circunstância agravante de tê-lo praticado durante calamidade pública.
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LEGISLAÇÃO
Errado.
O examinador trouxe a descrição de um crime, porém em nada tem a ver com a Lei de Inter-
ceptação Telefônica. Como acabamos de ver, o legislador só trouxe a previsão de um crime 
em nossa lei.
A conduta de Abel está adequada ao delito previsto no artigo 266, §2º do Código Penal.
Questão 6 (MPE-SC/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2016) A Lei n. 9.296/96 (Intercep-
tação Telefônica), que expressamente regulamenta o inciso XII, parte final, do art. 5º da Cons-
tituição Federal, prevê pena de reclusão e multa, na realização de interceptação telefônica de 
comunicação, de informática ou telemática, ou quebrar segredo de Justiça, sem autorização 
judicial ou com objetivos não autorizados em lei.
Certo.
Exatamente como acabamos de ver, a Lei 9.296/96 prevê somente um crime em seu bojo e é 
exatamente conforme narrado pelo examinador.
Lei 7.960/89 – das prisões temporárias
Meu (minha) querido(a), conforme preceitua o artigo 283 do CPP,”ninguém poderá ser pre-
so senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária 
competente, em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado ou, no curso da 
investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva”.
A prisão temporária é uma medida cautelar que se dará no curso da investigação.
Art. 1º Caberá prisão temporária:
I – quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;
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II – quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclare-
cimento de sua identidade;
III – quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, 
de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:
a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2º);
b) sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1º e 2º);
c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1º, 2º e 3º);
d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1º e 2º);
e) extorsão mediante sequestro (art. 159, caput, e seus §§ 1º, 2º e 3º);
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único); (Vide De-
creto-Lei n. 2.848, de 1940)
g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo 
único); (Vide Decreto-Lei n. 2.848, de 1940)
h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo único); (Vide Decre-
to-Lei n. 2.848, de 1940)
i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1º);
j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte 
(art. 270, caput, combinado com art. 285);
l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal;
m) genocídio (arts. 1º, 2º e 3º da Lei n. 2.889, de 1º de outubro de 1956), em qualquer de sua formas 
típicas;
n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n. 6.368, de 21 de outubro de 1976);
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n. 7.492, de 16 de junho de 1986).
p) crimes previstos na Lei de Terrorismo.
Como eu disse anteriormente, a prisão temporária é uma espécie de prisão cautelar que 
tem a finalidade de assegurar a investigação criminal.
O legislador trouxe três requisitos previstos, respectivamente, nos incisos I, II e III. A maio-
ria da doutrina entende que esses requisitos não são cumulativos (todos os três), mas para a 
sua decretação é necessário que a situação esteja adequada ao inciso III (os tipos de crimes) 
e um dos incisos anteriores, ou seja, I e III ou II e III.
O STJ entende que a gravidade dos delitos não é requisito suficiente para decretação de 
uma prisão temporária, até mesmo porque existe um rol de delitos previstos.
A prisão temporária é uma medida urgente, lastreada na conveniência da investigação 
policial, justamente para, prendendo legalmente um suspeito, conseguir formar, com rapidez, 
o conjunto probatório referente tanto à materialidade quanto a autoria.
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O delegado de polícia deverá demonstrar a imprescindibilidade da prisão para as investi-
gações, evitando assim que esse instituto seja banalizado.
A prisãonão cabe somente ao indiciado, já que, por vezes somente após a prisão, será 
necessário o indiciamento do suspeito.
Um ponto importante que devemos observar é que essa modalidade de prisão não poderá 
ser decretada durante o curso do processo judicial.
Obs.: � Prisão Temporária
 � “Cuida-se de espécie de prisão cautelar decretada pela autoridade judiciária compe-
tente, com prazo preestabelecido de duração, cabível exclusivamente durante a fase 
preliminar de investigações quando a privação da liberdade de locomoção do indiví-
duo for indispensável para a identificação de fontes de prova e obtenção de elemen-
tos de informação quanto à autoria e a materialidade das infrações penais menciona-
das no artigo 1º, III, da Lei 7.960/89, assim como em relação aos crimes hediondos e 
equiparados”.(Renato Brasileiro)
Questão 7 (CESPE/TRF–1ªREGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2017) A decretação de prisão 
temporária é cabível quando houver fundadas razões de autoria e participação em qualquer 
crime doloso punível com pena privativa de liberdade superior a quatro anos de reclusão e 
quando for imprescindível às investigações do inquérito policial.
Errado.
É muito comum isso acontecer nas questões que tratam sobre a prisão temporária.
O examinador misturou os requisitos da temporária com a preventiva.
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os crimes
A Lei 7.960/89 trouxe um rol de crimes, como vimos no artigo 1º, III, e estes podem ser 
consumados ou tentados. Alguns crimes são bem autoexplicativos, como, por exemplo, o ho-
micídio doloso, o sequestro e o cárcere privado, o roubo, etc. A alínea “d” trata sobre a extor-
são, porém sem incluir o parágrafo 3º que trata sobre o “sequestro relâmpago”.
Após a alteração do Código Penal, nem a lei de crimes hediondos e nem a lei de prisão 
temporária foram alteradas para a inserção desse parágrafo, portanto, numa visão legalista, 
não podemos inserir esse delito em nenhuma das duas leis.
Existem doutrinadores que defendem um posicionamento mais constitucionalista, no qual 
acreditam que o delito de “sequestro relâmpago”, por ser mais grave que os demais, deveria ser 
incluído sim no rol de crimes hediondos e da prisão temporária. Portanto, para a nossa prova de-
vemos ficar com primeiro posicionamento, já que não admitimos uma analogia in malam partem.
A Lei 12.015/09 revogou o delito do artigo 233, caput e parágrafo único, e trouxe a figura 
do estupro de vulnerável previsto no artigo 217-A do CP. Veja que o legislador não teve o cui-
dado de inserir esse artigo aqui, porém o fez na Lei de Crimes Hediondos, portanto a maioria 
da doutrina tem o entendimento de que admite a prisão temporária.
Já o delito trazido pelo inciso “g”, o “rapto violento” foi revogado pela Lei 12.015/09.
Outro ponto em que o legislador esqueceu de alterar foi sobre o crime de “quadrilha ou 
bando”, já que esse delito foi alterado para o crime de associação criminosa. A doutrina en-
tende ser passível a decretação de prisão temporária para esse crime, mesmo não estando 
expresso na legislação.
A alínea “n” traz a previsão do delito de tráfico de drogas, porém faz referência ao artigo 12 
da Lei 6.368/76. Devemos lembrar que essa Lei foi alterada pela Lei 11.343/06 e o novo artigo 
que trata sobre o tráfico é o artigo 33.
Questão 8 (MPE-SC/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2016) Na forma da Lei n. 7.960/89 
(Prisão Temporária), caberá prisão temporária quando houver fundadas razões, de acordo 
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com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria e participação do indiciado no 
crime previsto no art. 267, caput, do Código Penal.
Errado.
Veja que, em uma prova para ser membro do MP de Santa Catarina, a questão não é tão 
complicada né?
Bastava você saber que esse crime não está presente no rol do artigo 1º, III, o que consta é o 
do art. 267, §1º (com resultado morte).
Art. 2º A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade poli-
cial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual 
período em caso de extrema e comprovada necessidade.
§ 1º Na hipótese de representação da autoridade policial, o Juiz, antes de decidir, ouvirá o Minis-
tério Público.
§ 2º O despacho que decretar a prisão temporária deverá ser fundamentado e prolatado dentro 
do prazo de 24 (vinte e quatro) horas, contadas a partir do recebimento da representação ou do 
requerimento.
§ 3º O Juiz poderá, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público e do Advogado, determinar 
que o preso lhe seja apresentado, solicitar informações e esclarecimentos da autoridade policial e 
submetê-lo a exame de corpo de delito.
§ 4º Decretada a prisão temporária, expedir-se-á mandado de prisão, em duas vias, uma das quais 
será entregue ao indiciado e servirá como nota de culpa.
O §4º-A é uma novidade legislativa e, por isso mesmo, devemos ficar muito atentos, já 
que poderá ser objeto de nossa prova. O legislador afirma que é necessário que contenha no 
mandado de prisão o período em que a prisão terá duração.
§ 4º-A O mandado de prisão conterá necessariamente o período de duração da prisão temporária 
estabelecido no caput deste artigo, bem como o dia em que o preso deverá ser libertado.
§ 5º A prisão somente poderá ser executada depois da expedição de mandado judicial.
§ 6º Efetuada a prisão, a autoridade policial informará o preso dos direitos previstos no art. 5º da 
Constituição Federal.
§  7º Decorrido o prazo contido no mandado de prisão, a  autoridade responsável pela custódia 
deverá, independentemente de nova ordem da autoridade judicial, pôr imediatamente o preso em 
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liberdade, salvo se já tiver sido comunicada da prorrogação da prisão temporária ou da decretação 
da prisão preventiva.
§  8º Inclui-se o dia do cumprimento do mandado de prisão no cômputo do prazo de prisão 
temporária
Veja que a definição de que a prisão temporária deverá ser decretada pelo juiz cumpre o 
previsto no artigo 5º, LXI da Constituição, já que somente é permitida a prisão decretada por 
autoridade judiciária competente, em ordem escrita e fundamentada. Como estamos no pe-
ríodo investigativo, é necessário o requerimento do Ministério Público ou a representação da 
autoridade policial.
Sobre o prazo, fique bastante atento(a), porque a prorrogação somente se dará por uma vez, 
ou seja, a prisão será no máximo de 5 dias mais 5, sendo que essa prorrogação se dará em ca-sos extremos. Quando estudamos os crimes hediondos vimos que lá o prazo muda um pouco.
Enquanto a Lei 7.960/89 traz um prazo de 5 dias prorrogáveis por mais 5, a lei de crimes 
hediondos traz um prazo de trinta dias prorrogáveis por igual período; então, o suspeito, po-
derá ficar detido por até 60 dias, no caso de cometimento de algum crime hediondo ou equi-
parado a hediondo.
Como vimos anteriormente, a prisão poderá ser solicitada mediante representação do de-
legado de polícia, porém, nesse caso o magistrado ouvirá previamente o Ministério Público.
Quando o legislador fala em despacho fundamentado, cumpre uma previsão trazida pelo 
artigo 93, IX da Constituição, na qual consta que as decisões dos magistrados devem ser 
fundamentadas.
A previsão legal de que deve haver um mandado de prisão é um tanto quanto desnecessá-
ria, já que a pessoa somente será presa após a expedição do devido mandado.
Por fim, o  legislador deixou claro que, decorrido o prazo da prisão temporária, o preso 
deverá ser posto em liberdade imediatamente. Esse parágrafo também foi recentemente alte-
rado, trazendo em seu texto agora não mais a soltura em decorrência do prazo de 5 dias, mas 
em decorrência do prazo estipulado no mde prisão, salvo se já tiver sido decretada a prisão 
preventiva ou até mesmo tiver sido prorrogada a prisão temporária.
O parágrafo 8º, que também é uma inovação legislativa, não traz nenhuma novidade, já 
que sabemos que os prazos nesses casos seguem o disposto no artigo 10 do Código Penal.
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Questão 9 (CESPE/TRF–1ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2017) A prisão temporária 
pode ser decretada pelo juiz, de ofício, pelo prazo de cinco dias, prorrogável, excepcionalmen-
te, por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade para as investigações 
policiais.
Errado.
Fique atento (a) para esse tipo de item, a prisão temporária, apesar de estar na categoria de 
cautelar, não poderá ser decretada de ofício pelo juiz.
Art.  3º Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente, separados dos demais 
detentos.
A lei é bem clara no sentido de que os presos temporários devem permanecer separados 
dos demais, e não abriu exceção, ou seja, inclusive aqueles que estão cumprindo outro tipo 
de prisão cautelar, como, por exemplo, a preventiva, devem permanecer separados dos que 
cumprem a prisão temporária.
É muito importante que se tenha essa separação, até mesmo porque os presos temporá-
rios podem ser meros suspeitos do cometimento de ilícitos, não podendo ser colocados em 
contato com condenados ou pessoas que respondem a um processo-crime.
Art. 4º O art. 4º da Lei n. 4.898, de 9 de dezembro de 1965, fica acrescido da alínea i, ...
Sobre o artigo 4º não temos muito o que comentar, já que ele basicamente só incluiu a 
alínea “i” na lei de abuso de autoridade, portanto estudamos essa previsão na aula que trata 
sobre a referida lei.
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Art.  5º Em todas as comarcas e seções judiciárias haverá um plantão permanente de vinte e 
quatro horas do Poder Judiciário e do Ministério Público para apreciação dos pedidos de prisão 
temporária.
O legislador trouxe essa previsão para evitar que investigações tidas como “urgentes” 
sejam prejudicadas por falta de magistrado para decretar a prisão temporária.
Lei 12.830 – investigação criminaL conduzida por deLegado de poLícia
Essa lei contém poucos artigos e dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo 
delegado de polícia.
A ideia do legislador foi fortalecer a carreira do delegado de polícia, mas boa parte da dou-
trina entende que não teria necessidade da edição dessa lei da forma como está. Mas, como 
não estamos aqui para criticar lei “a” ou “b”, vamos ao que interessa.
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia.
O legislador trouxe a expressão investigação criminal, porém, na prática temos que, basi-
camente, o delegado de polícia presidirá o inquérito policial.
Art. 2º As funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais exercidas pelo delegado de 
polícia são de natureza jurídica, essenciais e exclusivas de Estado.
§1º Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe a condução da investigação 
criminal por meio de inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei, que tem como objeti-
vo a apuração das circunstâncias, da materialidade e da autoria das infrações penais.
Este artigo traz um conceito já conhecido por nós, que é a indicação do delegado de po-
lícia como sendo a autoridade policial, sendo que ele, nesta qualidade, presidirá o inquérito 
policial, com o objetivo de apurar a materialidade e autoridade das infrações penais.
§2º Durante a investigação criminal, cabe ao delegado de polícia a requisição de perícia, informa-
ções, documentos e dados que interessem à apuração dos fatos
Veja que este parágrafo é uma consequência lógica do previsto no anterior, já que cabe ao 
delegado a presidência do inquérito, caberá a ele também a solicitação e requisição de deter-
minadas medidas, como por exemplo a requisição de perícia.
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§3º (VETADO).
§4º O inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso somente poderá ser avo-
cado ou redistribuído por superior hierárquico, mediante despacho fundamentado, por motivo de 
interesse público ou nas hipóteses de inobservância dos procedimentos previstos em regulamento 
da corporação que prejudique a eficácia da investigação.
A ideia do legislador foi a proteção do interesse público, mais do que isso, conforme ex-
pressa Guilherme Nucci, o legislador trouxe algo semelhante ao princípio do juiz natural.
O superior hierárquico do delegado de polícia somente poderá avocar ou redistribuir a pre-
sidência do inquérito, sob duas condições, quais sejam o interesse público ou em alguma hi-
pótese de inobservância de procedimentos previstos, por exemplo, em regulamentos internos.
§5º A remoção do delegado de polícia dar-se-á somente por ato fundamentado
Ainda no tocante às garantias ao delegado de polícia, temos uma inamovibilidade do de-
legado, mas veja que esta é relativa, já que poderá ocorrer por um ato fundamentado.
A importância desse dispositivo se dá para que não ocorra movimentações meramente 
políticas com o intuito de prejudicar investigações importantes.
§6º O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, mediante 
análise técnico-jurídicado fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias.
Esse indiciamento consiste basicamente em apontar um suspeito formalmente como o 
autor de determinado crime.
Essa atividade é privativa do delegado de polícia e se dará por meio de seu convencimento.
Sobre a fundamentação, exigida pelo legislador, não é necessário que esta se iguale a uma 
decisão judicial de condenação, por exemplo, mas exige-se um mínimo de plausibilidade.
Art. 3º O cargo de delegado de polícia é privativo de bacharel em Direito, devendo-lhe ser dispen-
sado o mesmo tratamento protocolar que recebem os magistrados, os membros da Defensoria 
Pública e do Ministério Público e os advogados.
Este artigo traz somente um dos requisitos para o ingresso na carreira de delegado de 
polícia, sendo que cada Estado ou ainda a Polícia Federal trazem outros requisitos, como, por 
exemplo, atividade jurídica ou tempo de atividade policial.
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Sobre os tratamentos dados ao delegado de polícia, a lei afirma que devem ser os mes-
mos garantidos aos magistrados, defensores públicos, membros do MP e advogados, basi-
camente, seria o tratamento por “doutor”.
Terminamos aqui a nossa aula. Veja que, mesmo sendo uma aula com três leis diferentes 
como estas, não são extensas. Eu espero que a aula não tenha ficado cansativa.
Grande abraço, bons estudos e sucesso!
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (CESPE/TJ-AM/OFICIAL DE JUSTIÇA/2019) Hugo é investigado pela prática de 
lesão corporal seguida de morte contra Márcia, crime esse cometido em Manaus. A auto-
ridade policial realizou interceptação telefônica e tomou conhecimento de que Hugo havia 
confessado ser o autor do crime ao irmão da vítima, Miguel.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o item a seguir, com base no que dispõe a legislação 
de regência.
Por se tratar de crime de lesão corporal seguida de morte, não se admite o emprego de inter-
ceptação telefônica nas investigações.
Questão 2 (CESPE/TJ-AM/OFICIAL DE JUSTIÇA/2019) Não havendo autorização do juízo 
competente, a interceptação de comunicações telefônicas será prova ilícita.
Questão 3 (CESPE/CGE-CE/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO/2019) De acordo com a Lei 
n. 9.296/1996, a interceptação de comunicações telefônicas
a) poderá ser determinada de ofício por delegado.
b) não será admitida se a prova puder ser obtida por outros meios disponíveis.
c) será admitida somente nos casos de crimes em que a pena mínima for igual ou superior a 
dois anos de detenção.
d) será conduzida por membro do Ministério Público, com vistas ao delegado, que poderá 
acompanhar os procedimentos.
e) poderá ser prorrogada a cada trinta dias, desde que respeitado o prazo máximo legal de 
trezentos e sessenta dias.
Questão 4 (FCC/DPE-AP/DEFENSOR PÚBLICO/2018) A interceptação de comunicações 
telefônicas pode ser realizada
a) mesmo que a prova possa ser feita por outros meios disponíveis.
b) por ato fundamentado de Delegado de Polícia no curso do inquérito policial em caso de 
crime hediondo ou equiparado.
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c) pelo prazo de quinze dias, que só pode ser prorrogado por igual prazo em caso de indispen-
sabilidade do meio de prova.
d) pela autoridade policial em caso de prisão em flagrante apenas para acesso de dados de 
aplicativos como Whatsapp e Facebook, independentemente de ordem judicial.
Questão 5 (CESPE/PC-MA/INVESTIGADOR/2018) Com relação às provas no processo pe-
nal, julgue os itens a seguir.
I – A interceptação telefônica, a escuta ambiental e a gravação clandestina são métodos 
iguais e, por isso, devem ser utilizadas da mesma forma.
II – A interceptação telefônica não será admitida quando a prova puder ser obtida por ou-
tros meios disponíveis.
III – O juiz não pode determinar de ofício a interceptação telefônica, sob risco de ferir o 
sistema acusatório.
IV – A decisão que defere o pedido de interceptação telefônica deve indicar o prazo de exe-
cução da diligência, que poderá ser renovado se comprovada a indispensabilidade da 
prova.
Estão certos apenas os itens
a) I e II
b) I e III
c) II e IV
d) I, III e IV
e) II, III e IV
Questão 6 (IBFC/TJ-PE/ANALISTA JUDICIÁRIO/2017) O expediente de interceptação de 
comunicações telefônicas vem descrito em lei específica e tem como objetivo auxiliar na co-
leta de elementos de prova sobre condutas criminosas. Assinale a alternativa correta sobre a 
interceptação telefônica:
a) A interceptação é admitida quando o fato investigado constituir infração punida com pena 
de reclusão.
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b) A medida de interceptação telefônica não pode ser determinada de ofício pelo juiz.
c) O pedido para interceptação de terminais telefônicos será feito unicamente por escrito.
d) O expediente de acompanhamento das interceptações ficará à cargo do Ministério Público, 
sem que haja possibilidade de avaliação do material pela Polícia Judiciária.
e) O prazo de duração da interceptação telefônica é de 30 (trinta) dias, podendo ser renovado 
diante de comprovada indispensabilidade do meio de prova.
Questão 7 (CESPE/PJC-MT/DELEGADO DE POLÍCIA/2017) Acerca dos procedimentos e 
pressupostos legais da interceptação telefônica, assinale a opção correta.
a) É possível a interceptação telefônica em investigação criminal destinada à apuração de 
delito de ameaça ocorrido em âmbito doméstico e abrangido pela Lei Maria da Penha.
b) Pode o juiz, excepcionalmente, admitir o pedido de interceptação telefônica feito pela auto-
ridade policial de forma verbal, condicionada a sua concessão à redução do pedido a termo.
c) No curso das investigações e no decorrer da instrução criminal, a interceptação telefônica 
poderá ser determinada de ofício pelo juiz.
d) Decisão judicial que indefira pedido de interceptação telefônica formulado por autoridade 
policial será irrecorrível; aquela decisão que indeferir requerimento formulado pelo MP poderá 
ser impugnada porrecurso em sentido estrito.
e) A interceptação telefônica inicialmente realizada sem autorização judicial poderá, median-
te consentimento dos interlocutores, ser validada posteriormente pelo juiz da causa.
Questão 8 (CESPE/PC-MA/INVESTIGADOR/2018) De acordo com a legislação pertinente, 
caberá prisão temporária para o agente dos crimes de
a) aborto, estupro e lesão corporal gravíssima.
b) homicídio doloso, estupro e sequestro ou cárcere privado.
c) quadrilha ou bando, lesão corporal e induzimento ou instigação ao suicídio.
d) furto e invasão de domicílio.
e) estupro, epidemia com resultado de morte e aborto.
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Questão 9 (CESPE/PC-MA/DELEGADO DE POLÍCIA/2018) Considere que, no curso de de-
terminada investigação, a autoridade policial tenha representado ao competente juízo pela 
prisão temporária do indiciado. Nessa situação,
a) a prisão requerida apenas poderá ser decretada para se inquirir o indiciado, devendo a au-
toridade policial, após o ato, representar pela sua soltura.
b) mesmo que a autoridade policial não tivesse requerido a prisão temporária, o juiz poderia 
tê-la decretado de ofício.
c) caso se trate de crime hediondo, o prazo máximo da prisão eventualmente decretada será 
de noventa dias.
d) a prisão não poderá ser decretada após a fase inquisitória da persecução penal.
e) decretada a prisão temporária, o inquérito policial deverá ser concluído no prazo máximo 
de dez dias.
Questão 10 (FEPESE/PC-SC/ESCRIVÃO DE POLÍCIA/2017) Assinale a alternativa que indica 
corretamente o prazo da prisão temporária.
a) 5 dias, prorrogável por igual período
b) 10 dias, prorrogável por igual período
c) 15 dias, prorrogável por igual período
d) 30 dias, vedada prorrogação
e) 180 dias.
Questão 11 (FCC/2017/TJ-SC/JUIZ SUBSTITUTO) Recebendo o juiz os autos do inquérito 
policial com pedido de prazo para conclusão, sem provocação da autoridade policial ou do 
Ministério Público,
a) poderá o juiz decretar a prisão temporária do investigado por cinco dias, ainda que não haja 
representação da autoridade policial ou requerimento do Ministério Público.
b) não poderá decretar a prisão temporária do investigado, pois não há previsão legal de pri-
são temporária decretada de ofício pelo Juiz.
c) não poderá decretar a prisão temporária do investigado, pois a prisão temporária somente 
poderá ser decretada após a conclusão do inquérito policial.
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d) poderá decretar a prisão temporária do investigado, desde que tenha por fundamento a 
garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou 
para assegurar a aplicação da lei penal e haja prova do crime e indício suficiente de autoria.
e) poderá o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e decre-
tar a prisão do investigado.
Questão 12 (VUNESP/PC-SP/DELEGADO DE POLÍCIA/2018) Nos termos da Lei n. 
12.830/2013 (Investigação Criminal Conduzida pelo Delegado), assinale a alternativa correta.
a) Durante a investigação criminal, cabe ao Escrivão de Polícia a requisição de documentos e 
dados que interessem à apuração dos fatos.
b) O cargo de delegado de polícia é privativo de bacharel em direito com inscrição da OAB.
c) As funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais exercidas pelo Delegado 
de Polícia são consideradas de natureza jurídica, essenciais e exclusivas de Estado.
d) A remoção do Delegado de Polícia dar-se-á somente por ato fundamentado do Governador 
do Estado.
e) A remoção do Delegado de Polícia dar-se-á somente por ato fundamentado do Secretário 
de Segurança Pública.
Questão 13 (NUCEPE/PC-PI/DELEGADO DE POLÍCIA/2018) No que dispõe a legislação so-
bre a investigação criminal, conduzida pelo delegado de polícia é CORRETO afirmar que:
a) O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, mediante 
análise técnico-jurídica do fato, devendo indicar a autoria e a materialidade apenas.
b) O cargo de delegado é privativo de bacharel em direito, mas não deve lhe ser dispensado o 
mesmo tratamento protocolar que recebem os magistrados.
c) Cabe ao delegado de polícia e aos investigadores de polícia a condução da investigação 
criminal, por meio do inquérito policial.
d) A remoção do delegado de polícia dar-se-á somente por ato fundamentado.
e) Na qualidade de autoridade policial, o delegado não poderá permitir que o inquérito policial 
seja avocado por superior hierárquico, nos termos da legislação e da Constituição Federal.
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Questão 14 (FUNDATEC/PC-RS/DELEGADO DE POLÍCIA/2018) Considerando a Lei n. 
12.830/2013 e sua interpretação jurisprudencial, assinale a alternativa correta.
a) As funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais exercidas pelo delegado 
de polícia são de natureza técnica, essenciais e exclusivas de Estado.
b) O indiciamento dar-se-á por ato fundamentado do delegado de polícia, ao final do inquérito 
policial, com posterior remessa dos autos ao juiz competente.
c) Conforme jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, o magistrado poderá requisitar 
o indiciamento do suspeito ao delegado de polícia, desde que presentes indícios de autoria e 
prova da materialidade delitiva.
d) O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, me-
diante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas 
circunstâncias.
e) O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade policial, 
senão para novas diligências e indiciamento, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.
Questão 15 (CESPE/PC-MA/DELEGADO DE POLÍCIA/2018) No caso de um delegado de po-
lícia instaurar inquérito policial para apurar a conduta delitiva supostamente praticada por 
determinado cidadão, o delegado-geral de polícia
a) poderá promover a remoção do delegado com o objetivo de frustrar a sua atuação no in-
quérito, independentemente de justificativa, em razão de sua posição hierárquica.
b) poderá determinar a redistribuição do inquérito por motivo de interesse público devida-
mente demonstrado.
c) não poderá, em regra, determinar a redistribuição do inquérito policial, ressalvado apenas o 
caso de morte do delegado que determinar a sua instauração.
d) poderá proceder à redistribuição do inquérito, independentemente de justificativa, em razão 
de sua posição hierárquica.
e) não poderá avocar o inquérito policial,salvo em caso de inobservância dos procedimentos 
previstos em regulamento da corporação policial que prejudique a eficácia da investigação.
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Questão 16 (FEPESE/PC-SC/AGENTE DE POLÍCIA/2017) É correto afirmar sobre a investiga-
ção conduzida por delegado de polícia:
a) A apuração de infrações penais de menor potencial ofensivo, que não possuírem natureza 
jurídica, poderá ser delegada a terceiros.
b) O delegado de polícia durante a investigação criminal somente poderá requisitar a produ-
ção de provas após ouvido o Ministério Público.
c) O procedimento investigatório em curso poderá, a qualquer tempo, ser avocado ou redistri-
buído por superior hierárquico.
d) A função de polícia judiciária é considerada essencial e exclusiva de Estado.
e) A autonomia investigatória do delegado de polícia o desobriga a observância aos procedi-
mentos previstos em regulamento da corporação.
Questão 17 (IBADE/PC-AC/ESCRIVÃO DE POLÍCIA/2017) Acerca da Lei n. 12.830/2013, 
a qual dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia, assinale a 
alternativa correta,
a) O inquérito policial não poderá ser avocado, ainda que por motivo de interesse público me-
diante fundamentação do superior hierárquico.
b) Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe a condução da investi-
gação criminal por meio de inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei, que tem 
como objetivo a apuração das circunstâncias, da materialidade e da autoria das infrações 
administrativas.
c) O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, me-
diante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas 
circunstâncias.
d) Durante o processo criminal, cabe ao delegado de polícia a requisição de perícia, informa-
ções, documentos e dados que interessem à apuração dos fatos.
e) A remoção do delegado de polida independe de ato fundamentado.
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Questão 18 (IBADE/PC-AC/DELEGADO DE POLÍCIA/2017) No que tange à investigação cri-
minal conduzida pelo delegado de polícia (Lei n. 12.830/2013), assinale a alternativa correta.
a) As funções de polícia judiciária bem como a administrativa e a apuração de infrações pe-
nais exercidas pelo delegado de polícia são de natureza jurídica, essenciais e exclusivas de 
Estado.
b) O cargo de delegado de polícia é privativo de bacharel em Direito, devendo-lhe ser dispen-
sado o mesmo tratamento protocolar que recebem os magistrados, os membros da Defenso-
ria Pública e do Ministério Público e os advogados.
c) Durante a investigação criminal, cabe ao delegado de polícia a requisição de perícia, desde 
que autorizada pela autoridade judiciária.
d) A remoção do delegado de polícia dar-se-á somente por ato fundamentado, exceto nos 
casos previstos em lei.
e) O inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso poderá ser avocado ou 
redistribuído por superior hierárquico, independentemente de despacho fundamentado
Questão 19 (CESPE/PC-PE/ESCRIVÃO DE POLÍCIA/2016) Com base no disposto na Lei de 
Investigação Criminal (Lei n.º 12.830/2013), assinale a opção correta.
a) Exigido o indiciamento por meio de requisição do Ministério Público, o delegado de polícia 
ficará dispensado de fundamentá-lo.
b) O indiciamento realiza-se mediante análise técnico-jurídica do fato, devendo indicar pelo 
menos a materialidade do crime se a autoria permanecer incerta.
c) O indiciamento é ato obrigatório para a conclusão do inquérito policial e necessário para o 
oferecimento da denúncia.
d) A apuração de infrações penais realizada por delegado de polícia por meio de inquérito 
policial é de natureza administrativa, dada a ausência de contraditório.
e) Cabe ao delegado de polícia, durante a investigação criminal, a  requisição de perícias e 
informações que interessem à apuração do fato.
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Questão 20 (CESPE/PC-PE/DELEGADO DE POLÍCIA/2016) Com base nos dispositivos da Lei 
n.º 12.830/2013, que dispõe sobre a investigação criminal conduzida por delegado de polícia, 
assinale a opção correta.
a) São de natureza jurídica, essenciais e exclusivas de Estado as funções de polícia judiciária 
e a apuração de infrações penais pelo delegado de polícia.
b) A redistribuição ou a avocação de procedimento de investigação criminal poderá ocorrer de 
forma casuística, desde que determinada por superior hierárquico.
c) A remoção de delegado de polícia de determinada unidade policial somente será motivada 
se ocorrer de uma circunscrição para outra, não incidindo a exigência de motivação nas re-
moções de delegados de uma delegacia para outra no âmbito da mesma localidade.
d) A decisão final sobre a realização ou não de diligencias no âmbito do inquérito policial per-
tence exclusivamente ao delegado de polícia que preside os autos.
e) A investigação de crimes é atividade exclusiva das polícias civil e federal.
Questão 21 (FAPEMS/PC-MS/DELEGADO DE POLÍCIA/2017) Acerca da investigação criminal,
[...] a autoridade policial não é parte no processo penal, não tem interesse que possa deduzir 
em juízo e a investigação criminal não guarda autonomia, ela existe orientada ao exercício 
futuro da ação. A constatação de comportamentos do indiciado prejudiciais à investigação 
deve ser compartilhada entre a autoridade policial e o Ministério Público (ou o querelante, 
conforme o caso), para que o autor da ação penal ajuíze seu real interesse em ver a prisão 
decretada.
PRADO, Geraldo. Medidas cautetares no processo penal: prisões e suas alternativas. Sõo 
Paulo: Revista dos Tribunais, 2011, p. 67.
As funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais exercidas pelo delegado de 
polícia são de natureza jurídica, essenciais e exclusivas de Estado.
BRASIL. Lei n- 12.830. Dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo delegado de po-
lícia. Art. 2$. 2013.
Isso considerado, assinale a alternativa correta.
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a) O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato discricionário, me-
diante análise fática da ocorrência do fato, e deverá indicar a autoria, materialidade e suas 
circunstâncias.
b) O inquérito policial em curso poderá ser avocado ou redistribuído por superior hierárquico, 
independentemente de despacho fundamentado.
c) A participação de membro do Ministério Público na fase investigatória criminal acarreta o 
seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia.
d) Da decisão do delegado de polícia que nega o pedido de abertura de inquérito policial for-
mulado pelo ofendido ou seu representante legal, caberá mandado de segurança.
e) Durante a investigação criminal, cabe ao delegado de polícia a requisição de perícia, infor-
mações, documentos e dados que interessem à apuração dos fatos.
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GABARITO
1. E
2. C
3. b
4. c
5. c
6. a
7. b
8. b
9. d
10. a
11. b
12. c
13. d
14. d
15. b
16. d
17. c
18. b
19. e
20. a
21. e
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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (CESPE/TJ-AM/OFICIAL DE JUSTIÇA/2019) Hugo é investigado pela prática de 
lesão corporal seguida de morte contra Márcia, crime esse cometido em Manaus. A auto-
ridade policial realizou interceptação telefônica e tomou conhecimento de que Hugo havia 
confessado ser o autor do crime ao irmão da vítima, Miguel.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o item a seguir, com base no que dispõe a legislação 
de regência.
Por se tratar de crime de lesão corporal seguida de morte, não se admite o emprego de inter-
ceptação telefônica nas investigações.
Errado.
Temos o crime de lesão corporal seguida de morte que é punido com reclusão de 4 a 12 anos. 
Existem algumas situações previstas na lei em que não será admita a interceptação telefôni-
ca e são elas:
Não houver indícios razoáveis de autoria ou participação: esse pré-requisito não permite que 
uma investigação se inicie com a interceptação telefônica. Veja que são necessários indícios 
suficientes de autoria.
Portanto, fica claro que, para que seja autorizada a interceptação telefônica, é fundamental 
haver elementos suficientes, demonstrando que determinado agente concorre para a prática 
de infração penal.
A prova podendo ser feita por outros meios: esse requisito demonstra a subsidiariedade da 
interceptação telefônica como meio de prova.
Se for possível a demonstração de materialidade e autoria por outras provas, não será auto-
rizada a realização da interceptação.
Mesmo que não haja outras provas, não poderá a interceptação telefônica a primeira a ser 
realizada, já que, como vimos, ela possui o caráter subsidiário e não principal.
Infração penal punida com detenção: não foi permitido pelo legislador a interceptação telefô-
nica de situações em que os crimes sejam apenados com detenção, ou seja, existe a obriga-
toriedade de que o crime seja punido com reclusão.
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Questão 2 (CESPE/TJ-AM/OFICIAL DE JUSTIÇA/2019) Não havendo autorização do juízo 
competente, a interceptação de comunicações telefônicas será prova ilícita.
Certo.
Conforme prevê a Constituição Federal, é  inviolável o sigilo das comunicações telefônicas, 
salvo, por ordem judicial; sendo assim, se tivermos uma interceptação sem a devida autoriza-
ção do juízo competente, esta será uma prova ilícita.
Questão 3 (CESPE/CGE-CE/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO/2019) De acordo com a Lei 
n. 9.296/1996, a interceptação de comunicações telefônicas
a) poderá ser determinada de ofício por delegado.
b) não será admitida se a prova puder ser obtida por outros meios disponíveis.
c) será admitida somente nos casos de crimes em que a pena mínima for igual ou superior a 
dois anos de detenção.
d) será conduzida por membro do Ministério Público, com vistas ao delegado, que poderá 
acompanhar os procedimentos.
e) poderá ser prorrogada a cada trinta dias, desde que respeitado o prazo máximo legal de 
trezentos e sessenta dias.
Letra b.
�a) Errada. A autoridade policial (Delegado de Polícia) não poderá determinar a interceptação 
de ofício, sendo necessário requerer a autoridade judiciária que decidirá sobre o assunto;
�b) Certa. Se a prova poder ser obtida por outros meios não será admita a interceptação tele-
fônica (art. 2º, II);
�c) Errada. Não existe a previsão de pena mínima somente a necessidade de ser apenado com 
reclusão;
�d) Errada. Quem conduzirá será a autoridade policial (delegado), que dará ciência ao MP;
e) Errada. A prorrogação se dá a cada quinze dias e não trinta.
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Questão 4 (FCC/DPE-AP/DEFENSOR PÚBLICO/2018) A interceptação de comunicações 
telefônicas pode ser realizada
a) mesmo que a prova possa ser feita por outros meios disponíveis.
b) por ato fundamentado de Delegado de Polícia no curso do inquérito policial em caso de 
crime hediondo ou equiparado.
c) pelo prazo de quinze dias, que só pode ser prorrogado por igual prazo em caso de indispen-
sabilidade do meio de prova.
d) pela autoridade policial em caso de prisão em flagrante apenas para acesso de dados de 
aplicativos como Whatsapp e Facebook, independentemente de ordem judicial.
Letra c.
�a) Errada. Quando prova puder ser obtida por outros meios disponíveis, não será autorizada a 
interceptação telefônica;
�b)Errada. O ato fundamentado não é do delegado de polícia, este deve representar ao juiz 
para que o magistrado decida fundamentadamente.
�c) Certa. Como vimos em nossa aula, o prazo para a interceptação é de 15 dias podendo ser 
prorrogado por igual período. Vamos lembrar que essa prorrogação poderá se dar por suces-
sivas vezes.
d) Errada. Ameaça tem pena de detenção e, portanto, não pode ser objeto de interceptação e 
muito menos independente de ordem judicial.
Questão 5 (CESPE/PC-MA/INVESTIGADOR/2018) Com relação às provas no processo pe-
nal, julgue os itens a seguir.
I – A interceptação telefônica,

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