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HISTÓRIA, REGRAS GERAIS E CARACTERÍSTICAS DAS CATEGORIAS DE ATUAÇÃO NO VÔLEI ADAPTADO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
DISCIPLINA: ESPORTE ADAPTADO
PROFESSORA ANDRÉA DIAS REIS
HISTÓRIA, REGRAS GERAIS E CARACTERÍSTICAS DAS CATEGORIAS DE ATUAÇÃO NO VÔLEI ADAPTADO
ANDRÉ SANTOS, GUSTAVO CARVALHO, HELOSINE VAL, JHULLYE SANTOS, LAURIANE SENA, PAULO MONROE, WADSON VINICIUS. 
SÃO LUÍS -MA -
2022
 
RESUMO
O vôlei sentado é um esporte que se apresenta como uma alternativa para a inclusão de pessoas com algum tipo de incapacidade física ou locomotiva. Assim sendo, contribui significativamente para a reinserção das pessoas com necessidades especiais na sociedade, bem como proporciona benefícios relacionados à melhor aceitação da deficiência física. 
Palavras-chave: Vôlei sentado; incapacidade física; reinserção; aceitação; qualidade de vida 
1. INTRODUÇÃO
O Voleibol Sentado é um esporte paralímpico que surgiu em 1956, criado por meio da mesclagem do vôlei tradicional e do sitzbal (jogo sentado no chão, sem rede, de origem alemã) para facilitar o acesso de pessoas com deficiência física a praticar o vôlei. Sendo portanto, semelhante ao voleibol tradicional com algumas adaptações, como: marcação do campo, altura da rede e algumas regras. 
Esse desporto paralímpico é um meio de potencializar as capacidades físicas e melhorar a qualidade de vida de indivíduos que sofrem com os distúrbios físicos e psicológicos causados pela incapacidade de locomoção. Visto que, o impacto da deficiência física, psicológica e ou motora na vida de um indivíduo o atinge intensamente, pois impõe que ele aprenda novas formas de se locomover, de se equilibrar e impacta em diferentes graus suas relações consigo e com os outros. 
O vôlei sentado possui quatro categorias de atuação, sendo elas a reabilitação, oportunidade social, recrutamento e continuidade no esporte. As duas formas mais comuns de entrada no esporte adaptado são a reabilitação (geralmente por recomendação médica ou fisioterapêutica) e a oportunidade de convívio social com indivíduos com as mesmas condições. (BRAZUNA; MAUERBERG-DE CASTRO, 2001). 
A prática do Voleibol adaptado possibilita que diversos portadores de deficiência encontrem um sentido para suas vidas, tal como ensina que estes não precisam se identificar como deficientes físicos, mas como atletas. O que propicia ganhos na independência e autoconfiança, bem como melhorias no autoconceito e autoestima elevando a qualidade de vida.
2. HISTÓRIA E EVOLUÇÃO ESPORTIVA
Uma das heranças da Segunda Guerra Mundial foi a grande quantidade de sobreviventes, em sua maioria militares, que ficaram amputados, cadeirantes, cegos, e com traumas psicológicos. Foi então que surgiu uma necessidade de utilizar o esporte para auxiliar na reabilitação desses pacientes. 
Desse modo, neurologista Ludwig Guttmann, em união com outros médicos iniciou o método de tratamento que utilizava o esporte para ajudar na recuperação das vítimas da guerra. Tal método, repercutiu em proporções tamanhas incentivando médicos do mundo inteiro a usar o esporte para recapacitar pacientes portadores de alguma deficiência, o que corroborou com o surgimento de diversas modalidades adaptadas. 
Posto isso, na década de 1950 surgiu o vôlei sentado de uma fusão entre a categoria tradicional e outra de origem germânica com o intuito de reintegrar os pacientes na sociedade, como membros respeitáveis e úteis. Inicialmente, essa modalidade adaptada tinha duas variáveis: “sentado” e “em pé” até os anos 2000, após esse período o Comitê Paralímpico Internacional optou por manter única e exclusivamente a variável “sentado”, batizando-o como Voleibol Sentado. 
Desde 1967 ocorreram competições internacionais, mas apenas após 1978 a International Sports Organisation for the Disabled (ISOD) acolheu o vôlei sentado no seu programa. E em 2000, o esporte foi incluído no programa de competições dos Jogos Paraolímpicos de Arnhem, Holanda. 
Desse modo, o esporte foi ganhado espaço e contemporaneamente é um dos paradesportos mais complexos devido aos seus fundamentos (toque, manchete, saque, corte), sendo jogado em mais de 50 países. Além disso, a modalidade vem proporcionando prazer e bem-estar para corpo e mente, além de promover a melhora da autoestima, e, consequentemente causando melhoria na qualidade de vida e da saúde como um todo. 
3. REGRAS GERAIS
O vôlei sentado guarda muitas semelhanças quanto as regras em relação ao vôlei convencional, no entanto o desporto paralímpico possui suas especificidades adaptadas para melhor favorecer os atletas. A competição desse paradesporto é composta por 06 atletas com necessidades especiais, nos membros inferiores ou que apresentem outros tipos de deficiência locomotora. 
São exigências do voleibol sentado: as dimensões da quadra de jogo medindo 10m x 6m; As linhas de ataque desenhadas a 2m de distância do eixo da linha central; A rede tem 6.50 a 7.00m de comprimento e 0.80 de largura; A altura da rede é de 1.15m para homens e 1.05m para mulheres; A arbitragem é dividida entre juiz principal, segundo juiz e dois árbitros de linha; O primeiro árbitro realiza suas funções de pé no solo no poste em uma das extremidades da rede. 
Cada equipe constitui-se de 12 atletas, destes apenas 02 (máximo) podem ser classificados como “inabilidade mínima”. Além disso, devem compor a equipe o técnico, o assistente técnico, o médico e um preparador físico. Sendo que 06 jogadores entram em quadra e 06 são reservas, e desses 06 em jogo apenas um pode apresentar “inabilidade mínima”. 
Em relação ao jogo, portanto, é necessário que as posições dos jogadores sejam estipuladas e controladas pelo posicionamento dos glúteos. Dessa forma, o contato com o chão deve ser mantido em toda e qualquer ação, sendo permitido perder o contato somente nos deslocamentos, e para salvar bolas difíceis. Inclusive um jogador de defesa pode realizar qualquer tipo de golpe de ataque de qualquer altura, desde que no momento do golpe os glúteos do jogador não toque ou cruzem sobre a linha de ataque; Quanto aos jogadores da linha de ataque é lícito que possam realizar um golpe de ataque do saque ao adversário, quando a bola estiver na zona de ataque e completamente acima do topo da rede, e os jogadores da linha de frente estão permitidos de bloquear o saque adversário. 
Em relação ao sistema de pontuação o jogo é decidido em 5 sets, tendo 25 pontos corridos cada set e no tie-break (um set com menor duração) 15 pontos corridos. 
Quanto a classificação funcional do voleibol, segmenta-se em amputados e les autres. Em les autres encontra-se pessoas com alguma deficiência motora, como paralisados cerebrais ou afetados na medula espinhal. Enquanto os amputados dividem-se em 09 classes com códigos específicos. 
- Classe A1: Duplo AK. - Classe A2: AKsimples. -Classe A3: Duplo BK
- Classe A4: BK simples. - Classe A5: Duplo AE - Classe A6: AE simples.
 - Classe A7: Duplo BE. - Classe A8: BE simples
- Classe A9: Amputações de membros superiores e inferiores.
Códigos: 
AK= Acima ou através da articulação do joelho; AE= Acima ou através da articulação do cotovelo; BK= Abaixo do joelho, mas através ou em cima da articulação talus-calcanear; BE= Acima da articulação do pulso, abaixo do cotovelo. 
 
4. CARACTERISTICAS DAS CATEGORIAS DO VÔLEI SENTADO
A iniciação ao esporte adaptado pode ser classificada em quatro categorias, sendo reabilitação, oportunidade social, recrutamento e continuidade no esporte (WHEELER et al., 1999). 
4.1 REABILITAÇÃO 
O Esporte no geral é um importante meio para a reabilitação física, psicológica e social dos indivíduos. No esporte adaptado não é diferente, essas práticas abrangem uma infinidade de modificações e adaptações em metodologias, regras, materiais e espaços. A busca de uma melhora na qualidade de vida, fez com que uma grande quantidade de pessoas com deficiência optasse, por indicação de profissionais da saúde ou por vontade própria, por essa prática, tendo em vista a busca por um aumento em suas potencialidades e possibilidades, com relaçãoao seu eu bem-estar físico, psicológico e social.
A realização de atividades esportivas para pessoas com deficiência é de grande importância para a promoção da qualidade de vida das mesmas, sendo assim, o esporte adaptado tem um papel crucial no processo de melhoria e evolução dos adeptos, segundo Melo e López (2002) é a oportunidade de testar seus limites e potencial, prevenir as enfermidades consequentes de sua deficiência e promover a integração social do indivíduo.
 Portanto o objetivo da reabilitação é assegurar à pessoa com deficiência, seja qual for a origem dela, uma maior participação na vida social e favorecer o maior crescimento possível da independência em atividades da vida diária.
O esporte adaptado é indicado desde o início do tratamento do processo de reabilitação, desse modo, os projetos de reabilitação no meio esportivo visam ao desenvolvimento de capacidades, habilidades e recursos pessoais. Assim, através do vôlei adaptado também é proporcionado condições para que os grupos de praticantes de todas as categorias também se reconheçam como seres humanos e alcancem um maior grau de desenvolvimento de forma lúdica e prazerosa.
 Grandes benefícios são adquiridos com a prática do voleibol sentado, entre estes destaco a reabilitação física, psicológica e social, melhoria da aptidão física no geral, ganhos na independência e autoconfiança para a realização de atividades no cotidiano, além de uma grande melhora do autoconceito e da autoestima dos praticantes.
4.1 PROMOÇÃO DE SAÚDE
Muitos estudos relatam que a prática dos esportes e sua constância previne e é coadjuvante no tratamento de diversas doenças, estima-se que o aumento da prática regular dos esportes pode promover benefícios relacionados à saúde. O vôlei sentado, no que lhe concerne, é uma modalidade do esporte voleibol que foi adaptada para pessoas que possuem algum tipo de deficiência física relacionada à locomoção. No entanto, ele também pode ser praticado por pessoas que não possuem deficiência física, o que torna a modalidade em questão, um meio para se promover qualidade de vida e saúde, isso porque o vôlei sentado melhora a aptidão física, os reflexos, a agilidade e a coordenação motora. Além disso, é um esporte muito divertido, empolgante e emocionante, tanto para quem assiste e para quem está dentro da quadra jogando, pois ajuda a diminuir a ansiedade e as dores musculares.
Entretanto, a falta dessas atividades pode gerar uma sequência de condições adversas para a saúde de qualquer indivíduo, essa redução das atividades também se refere à redução do esforço físico ocupacional, ou seja, das alterações nas atividades de lazer, que passam de atividades de gasto acentuado, como práticas esportivas, para longas horas diante da televisão, computador, videogame entre outros, caracterizando-se por uma rotina sedentária/inativa, típica de alguém com deficiência física. Sabe-se ainda que o sedentarismo desta população pode promover o aumento de doenças crônico- degenerativas, da obesidade, da diabetes, da hipertensão (FILHO et al., 2006); nesse sentido, gerando mais incapacidades. 
Para além de todos esses benefícios já mencionados, o vôlei sentado também é uma atividade que estimula a interação social e a comunicação, por ser um esporte coletivo. Assim sendo, a distração, o convívio social, a recreação e a energia vão influenciar no humor, contribuindo para a sensação de felicidade e satisfação. O vôlei sentado é uma ótima atividade para se trabalhar dentro das escolas, pois, pode gerar maior consciência coletiva em alunos não-deficientes sobre as dificuldades encontradas por pessoas deficientes e como algumas as superam por meio do esporte. 
O esporte remete a qualidade de vida e de superação, e quando somos levados a pensar sobre os esportes adaptados e os seus respectivos praticantes, essas questões também são evidenciadas, mostrando que o vôlei sentado é uma boa oportunidade para dar continuidade a vida e principalmente para dar retorno a autoconfiança. 
4.2 OPORTUNIDADE SOCIAL
Os esportes adaptados, aparentemente, foram criados com o intuito de ajudar nos processos terapêuticos e de reabilitação, podendo isso em questão, ser evidenciado no período pós Segunda Guerra Mundial (1945), a qual “o esporte era entendido como acelerador do processo de reabilitação” (ARAÚJO, 2009, p. 337). Conquanto, o esporte adaptado atualmente também está dividido em outras dimensões, sendo elas: esporte de rendimento, esporte de lazer e o esporte educacional. Nesse sentido, podemos perceber uma ampliação de suas dimensões e finalidades a serem trabalhadas.
Não obstante ao assunto tratado, acredita-se ainda, que os esportes adaptados, hoje, contribuem significativamente para a inserção das pessoas com deficiência na sociedade. Quando analisamos o vôlei sentado, observamos os seus benefícios relacionados à melhor aceitação da deficiência, melhor interação com as pessoas ao seu redor, melhora da aptidão física, autoconfiança para a realização das atividades diárias, dentre outras. As oportunidades sociais também, são alvos de observações, visto que o ganho da independência por meio do esporte se tornou frequente e uma grande marca na sociedade atual, fazendo jus aos esportes como ponte de comércio, indústria e ideologia. Neste sentido, tornando possível ampliar o entendimento acerca da avaliação do esporte adaptado a fim de torná-lo mais abrangente e efetivo. Logo, o vôlei sentado, se coloca como uma destas possibilidades, sendo um construto complexo que não pode ser encarado de forma reduzida à condição de preparação física, reabilitação ou ao "status" de “ferramenta de inclusão”.
Segundo GIOIA et al (2008), dentro da filosofia em que se fundamentam os direitos humanos é evidente que todos devem ter as mesmas oportunidades de aprender e de desenvolver as suas capacidades para assim alcançar a independência social e econômica, bem como poder se integrar à vida comunitária. Nesse mesmo viés, a adesão do esporte adaptado foi tamanha que, mesmo precisando enfrentar barreiras criadas pelo preconceito, o Brasil participa de todos os Jogos Paralímpicos desde 1984, mostrando que o esporte adaptado pode abrir diversos caminhos e possibilidades aos praticantes portadores de deficiência. Atualmente, já é possível investir em uma carreira profissional e se dedicar exclusivamente aos esportes, em suas diversas modalidades.
4.3 RECRUTAMENTO NO ESPORTE
O vôlei sentado é um esporte em que automaticamente já carrega o fenômeno da inclusão e socialização, pois para a prática dessa modalidade, é preciso formar uma equipe, sendo essa com no mínimo 6 atletas. Por esse fator, o esporte é procurado como forma de manutenção e melhora da saúde e para pessoas que procuram socializar, desenvolver e aprimorar habilidades motoras. Vale lembrar que a prática dessa modalidade pode ser feita por todos. Outro fator a ser citado é a procura de representatividade, em que pessoas com deficiência buscam maneiras de se incluir no meio social. O vôlei sentado é uma modalidade paralímpica, contando com equipes e seleções profissionais de diversos países, impulsionando a prática da modalidade e até abrindo portas e possibilitando melhoras e qualidade de vida para pessoas de mundo a fora.
Em 27 de Maio de 2022 saiu uma matéria no site da prefeitura de Barueri divulgando a convocação de um atleta da modalidade para a seleção masculina, com o intuito de divulgar a prática da modalidade e enriquecer o esporte, o atleta, José Clinio de Oliveira Silva, de 35 anos, e também conhecido com Júnior.
4.4 CONTINUIDADE NO ESPORTE
Muitas são as dificuldades encontradas para a inicialização na prática desportiva do voleibol, ainda que sendo um esporte popular, pouco se conhece de sua forma paradesportiva, o vôlei sentado. Assim, por muitas vezes por falta dessa divulgação de informação, sendo em suma, a divulgação da modalidade de vôlei sentado, Ádria, atleta da seleção brasileira de voleibol relata que conheceu a respeito da modalidade no serviço após ser chamada pelo treinador José AntônioGuedes, em uma de suas falas ela diz sobre ter sentido receio em ir, pois, não sabia executar nenhum dos fundamentos.
A Gizele, também integrante da seleção brasileira de vôlei sentado conta que desde muito nova foi atleta da modalidade de voleibol, em entrevista ela relata sua angustia, por ter que parar com a pratica esportiva de vôlei em decorrência de ter sido acometida por uma lesão. Também se faz presente em um trecho de sua fala sobre a falta de conhecimento por muitos, até mesmo profissionais da área da saúde sobre o esporte adaptado, algo que devia ser de conhecimento de todos. Gizele em entrevista fala:
“Era a minha vida, eu adorava aquilo, eu respirava. Não me via fora da quadra, apesar de ser voleibol amador, eu era competitiva, estava em campeonatos, disputando jogos regionais com as minhas cidades lá e tal... Nunca joguei pela minha cidade, joguei pela cidade dos outros. (Risos) Joguei por Ferraz 11 anos. E os médicos falaram que eu não poderia mais praticar esporte, entrei em depressão. Aí, falei com um amigo meu, conversando com ele, então: por que você não vem pro vôlei sentado? para deficientes. Aí eu falei: nossa, mas será que eu me encaixo?” (GIZELE, 2018, p. 1).
No vôlei sentado a Gizele encontrou a atividade física que era tão presente em sua vida antes da lesão. Assim devolvendo a prática esportiva para sua vida, sendo uma forma de também de ter continuidade no mesmo esporte. O esporte adaptado foi muito importante para Gizele, pois, ela estava inserida novamente na modalidade em que ela tanto se dedicou, praticou e identificou. Ter conhecido essa forma do esporte a possibilitou junto com sua vontade e amor pelo vôlei em sua convocação para participar da seleção de vôlei sentado e representar o país, sendo assim um exemplo de superação.
4.5 ALTO RENDIMENTO
Assim como vários outros esportes o vôlei adaptado é um esporte considerado de alto rendimento, o que acaba por contribuir com o desenvolvimento da autoestima, da autoconfiança, das condições e capacidades físicas, atuando como um estimulo positivo em relação à autoimagem, independência, superação e ainda prevenindo deficiências secundárias (BRAZUNA; MAUERBERG-DE-CASTRO, 2002; MAUERBERG-DE-CASTRO, 2005).
O nível técnico e alto desempenho apresentado pelos atletas impressiona cada vez mais, competições internacionais como os jogos Parapan-Americanos e as paraolimpíadas, por exemplo, são sempre disputadas com jogos cada vez mais carregados de emoção, o que não deixa a desejar, em nada ao vôlei dito convencional, o esforço exigido dos atletas muitas vezes é o mesmo, quiçá maior.
Como um esporte de alto rendimento o vôlei adaptado exige muito dos atletas e em diversos quesitos como uma boa forma física para treinos e competições, controle emocional, capacidade de trabalho em equipe, espirito de competitividade e outros.
No Brasil temos a Confederação Brasileira de Voleibol para Deficientes (CBVD) que é filiada ao Comitê Paraolímpico Brasileiro, e é a entidade máxima para organização do Vôlei Adaptado no país.
Falando em termos de seleção, a masculina é atualmente o quarto lugar geral do Ranking do World Paravolley com 3673 pontos (dados de 16 de janeiro de 2022) e seus principais títulos são o vice lugar do campeonato mundial em 2014, o tricampeonato nos Jogos Parapan-Americanos (2007, 2011 e 2015).
Já a feminina ocupa também o quarto lugar no Ranking com 3503 pontos e suas principais conquistas são a medalha de bronze nas Paraolimpíadas do Rio de Janeiro em 2016 e as pratas nos Jogos Parapan-Americanos de 2003 e 2015.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A prática esportiva por parte dos deficientes físicos está constantemente se expandindo, visto que a mesma possibilita significativas melhoras nas condições de saúde e melhoria do bem-estar dos mesmos. 
Partindo do pressuposto de que as atividades esportivas contribuem para o crescimento e desenvolvimento físico, não só desses indivíduos, mas de toda população e pode ser uma ferramenta de reabilitação e inclusão dos deficientes junto à sociedade, estudos realizados em 1999, (Wheeler et al,. 1999), descobriram quais os principais aspectos de incentivo eram mais relevantes e de maior importância para a iniciação nos esportes para portadores de deficiências. Utilizaram quatro categorias, sendo: reabilitação, oportunidade social, recrutamento e continuidade no esporte (BRAZUNA E CASTRO, 2006) e ainda afirmam que os aspectos da reabilitação e da oportunidade de inclusão social são, sem dúvidas, uma grande estratégia que propiciam aos indivíduos uma forma de superar barreiras que foram criadas pelas deficiências e o preconceito, nesse caso o esporte é uma grande alternativa para amenizar os problemas de saúde e incentivar a inclusão social.
Diante do estudo realizado, o vôlei sentado é uma dessas modalidades de esporte adaptado que atende as quatro categorias, possibilitando aos seus praticantes a melhora da qualidade de vida, nos aspectos físico e psicológico.
REFERÊNCIAS
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CARDOSO, Vinícius Denardin. A reabilitação de pessoas com deficiência através do desporto adaptado. Revista Brasileira de Ciências do Esporte [online]. 2011, v. 33, n. 2 [Acessado 12 Julho 2022] , pp. 529-539. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0101-32892011000200017>. Epub 09 Dez 2011. ISSN 2179-3255. https://doi.org/10.1590/S0101-32892011000200017
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FILHO, J. A.O.; SALVETTI, X. M.; MELLO, M. T.; DA SILVA, A. C.; FILHO, B. L. Coronary risk in a cohort of Paralympic athletes. British Journalof Sports Medicine, London v. 40, n.11, p. 918-922, 2006.
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GORGATTI, Márcia Greguol; COSTA, Roberto Fernandes da. Atividade física Adaptada: Qualidade de vida para pessoas com necessidades especiais. 2. ed. Barueri, Sp: Manole, 2008. 660 p.
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