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DIREITO CONST CONTROLE DE CONST - revisão 2bi

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1. Habeas Corpus
O habeas corpus é uma ação constitucional utilizada sempre que uma pessoa ver o seu direito à liberdade ameaçado ou cessado por uma ilegalidade ou abuso de poder. Esse remédio constitucional está previsto no art. 5º, inciso LXVIII da CF, que diz: Art. 5º, inciso LXVIII – conceder-se-á “habeas-corpus” sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.
Ele pode ser liberatório, quando alguém já foi privado da liberdade, ou preventivo, quando existe uma ameaça ao direito de ir e vir de um cidadão.
Quanto ao seu cabimento, as hipóteses foram delimitadas no art. 648 do Código de Processo Penal, sendo elas:
Art. 648.  A coação considerar-se-á ilegal:
I – quando não houver justa causa;
II – quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei;
III – quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo;
IV – quando houver cessado o motivo que autorizou a coação;
V – quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza;
VI – quando o processo for manifestamente nulo;
VII – quando extinta a punibilidade.
Vale destacar que o habeas corpus, além de ser gratuito, é o único remédio constitucional que não necessita de advogado para ser impetrado.
Para saber mais sobre essa ação constitucional, leia nosso artigo completo sobre habeas corpus.
1. INTRODUÇÃO:
O habeas corpus é um remédio constitucional que tem como finalidade evitar ou fazer cessar uma violência ou coação à liberdade de locomoção que decorre da ilegalidade ou abuso de poder.
Com isso a Constituição Federal, dentre outras garantias individuais, prevê a possibilidade de habeas corpus, com o sentido de oferecer meios aos cidadãos para provocar a intervenção das autoridades competentes visando sanar ou corrigir ilegalidade ou abuso de poder.
O presente artigo tem como escopo apresentar habeas corpus, que é um remédio constitucional, que tem como principal função coibir as ameaças ou situações que coloque em risco a liberdade de locomoção do indivíduo, trazendo conceitos, espécies, competência, efeitos e as peculiaridades do habeas corpus, tendo como principal intuito trazer um maior conhecimento sobre o tema que foi abordado e demonstrar a sua importância.
            Trata-se de uma ação penal popular com assento constitucional, voltada à tutela da liberdade de locomoção, sempre que ocorrer qualquer dos casos elencados no artigo 648 do CPP.
 
1. CONCEITO:
A liberdade de locomoção é um dos direitos mais sagrados do homem, direito este que não pode sofrer qualquer restrição ou limitação, senão as previstas em Lei. Para assegurar tal direito a CRFB outorga a qualquer pessoa, brasileiro ou não, a garantia de impetrar o habeas corpus.
O habeas corpus é tratado como uma ação autônoma, de natureza constitucional. Ou seja, desde que a violência ou coação ao direito subjetivo de ir , vir e ficar decorra da ilegalidade ou abuso de poder.
A Constituição Federal prevê no art. 5º, LXVIII, que conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. Sendo que se concede apenas para pessoa física.
O código de processo penal trata o habeas corpus como um recurso, porém embora possa vez ou outra, ser utilizado como verdadeiro recurso, o habeas corpus não tem natureza jurídica.
Um dos motivos pelo qual se pode afirmar que o habeas corpus não é um recurso é que o recurso é um instrumento de impugnação de decisões judiciais, já o habeas corpus pode ser impetrado contra decisões judiciais e contra atos administrativos ou de particulares e ainda um recurso pressupõe a existência de um processo, o habeas corpus pode ser impetrado independentemente da existência do processo penal em curso.
Portanto, o habeas corpus é tratado como uma ação autônoma de impugnação, e não de um recurso, esta relacionada à tutela da liberdade de locomoção, que poderá ser ajuizada por qualquer pessoa.
 
 
1. ESPÉCIES:
 
3.1) LIBERATORIO:
O habeas corpus liberatório como o próprio nome já diz, traz a ideia de liberdade, ou seja, tem a finalidade de afastar constrangimento ilegal à liberdade de locomoção já existente, portanto quando o ato constritivo de liberdade de locomoção, por ilegalidade de abuso de poder já estiver sido consumado. Tem como finalidade sanar violência ou uma coação que já foi concretizada.
Para Renato de Lima, o habeas corpus liberatório é denominado: Denomina-se liberatório o habeas corpus que se volta contra ordem ilegal ou abuso de poder já perpetrados, cuja coação concretizou-se (ou está em vias de se concretizar). Concedida a ordem de habeas corpus, o juiz ou tribunal devem determinar a cessação da coação: se o paciente estiver preso, deve ser expedido alvará de soltura, restaurando-se o direito de ir, vir e ficar, salvo se por outro motivo deva o agente ser mantido na prisão (CPP, art. 660, § 1º); se o mandado de prisão ainda não tiver sido cumprido, deve ser expedido contramandado de prisão.
 
3.2) PREVENTIVO:
            Já o habeas corpus preventivo será impetrado quando existir apenas uma ameaça a liberdade de locomoção, ou seja, somente ocorrerá quando alguém se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção por uma ilegalidade ou abuso de poder.
            Portanto o habeas corpus poderá ser concedido quando a liberdade de alguém está sendo ameaçada, ou seja, quando ainda não há um dano, mas apenas uma ameaça de dano.
            O doutrinador Renato de Lima, classifica o habeas corpus preventivo como: Denomina-se preventivo o habeas corpus que se ajuíza contra ameaça de constrangimento ilegal à liberdade de locomoção, visando a prevenir sua materialização. Nesse caso, o juiz ou tribunal profere ordem impeditiva da coação, que se chama salvo-conduto. Como estabelece o CPP, se a ordem de habeas corpus for concedida para evitar ameaça de violência ou coação ilegal, dar-se-á ao paciente salvo-conduto assinado pelo juiz (art. 660, § 4º).
            Para que o habeas corpus preventivo seja conhecido, a ameaça de constrangimento ao ius libertatis deve constituir-se objetivamente, de forma iminente e plausível. Logo, se não forem apontados atos concretos que possam causar, direta ou indiretamente, perigo ou restrição à liberdade de locomoção de um paciente, num caso concreto, mas apenas hipoteticamente, será inviável a utilização do habeas corpus.
 
1. DA LEGITIMIDADE:
 
1. PACIENTE:
Qualquer pessoa, brasileiro ou não, natural, presente no Brasil pode ser sujeito passivo nesse instrumento, ou seja, poderá impetrar habeas corpus em favor de alguém, independente de possuir habilitação técnica ou não.
É a pessoa natural que está sofrendo ou na iminência de sofrer restrição a sua liberdade de locomoção em face da coação ilegal.
Ainda poderá o Ministério Público ingressar com o habeas corpus em favor de qualquer pessoa, inclusive do réu do processo no qual ele figura com acusador. Poderá o delegado ou juiz impetrar habeas corpus com relação a pessoa que não se vincule com a investigação ou processo por ele comandado.
Portanto o habeas corpus pode ser impetrado por qualquer pessoa, inclusive pelo próprio beneficiário, tenha ou não capacidade postulatória.
Para Fernando da Costa Tourinho Filho: "O Habeas Corpus pode ser impetrado por qualquer pessoa, inclusive pelo próprio beneficiário, tenha ou não capacidade postulatória. Se o paciente for analfabeto, alguém poderá assiná-lo a seu rogo. Se o impetrante for um advogado, ou mesmo outra pessoa sem capacidade postulacional, não haverá necessidade de o paciente lhe outorgar procuração. O Ministério Público pode impetrá-lo. Em suma: pode o Habeas Corpus ser impetrado pelo maior e pelo menor, pelo nacional ou estrangeiro".
1. PASSIVO: Autoridade coautora
Aqui é a autoridade coautora que é aquela apontada como autora da coação, ou seja, é o polo passivo do Habeas Corpus. Aqui não se refere a pessoa, mas sim ao cargo ou órgão que praticoua infração ilegal. A grande maioria são as autoridades públicas, como desembargador, juiz, inclusive órgãos colegiados.
É aquela que determinou o ato caracterizador do abuso ou ilegalidade, ou seja,é aquele de quem emanou a ordem. Poderá ainda ter autoridades coatoras particulares, como por exemplo, escolas, hospitais, autoridade administrativa.
1. ATIVO: Impetrante
 
Pode o habeas corpus ser impetrado por qualquer pessoa, independente de habilitação ou representação de advogado, aqui não há necessidade de procuração.
 
1. HIPÓTESES DE CABIMENTO:
 
As hipóteses de cabimento do Habeas Corpus encontram-se enumeradas no art. 648, do CPP:
 
Art. 648. A coação considerar-se-á ilegal:
I - quando não houver justa causa;
II - quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei;
III - quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo;
IV - quando houver cessado o motivo que autorizou a coação;
V - quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza;
VI - quando o processo for manifestamente nulo;
VII - quando extinta a punibilidade.
 
 
1. COMPETÊNCIA:
A competência para julgamento do habeas corpus via de regra, será sempre a autoridade judiciária hierarquicamente superior àquela que determinou o ato impugnado.
A competência do Habeas Corpus depende da autoridade coatora, essa autoridade pode ser um juiz de 1ª instância ou o presidente do Tribunal Local.
Competência do Juiz de 1ª Instância cabe HC contra o delegado ou qualquer particular, portanto contra um delegado ou particular será de competência do juiz de primeira instância.
Já a competência do Tribunal quando o Habeas Corpus for contra um Juiz ligado ao Tribunal. A maioria dos HC é de competência do Tribunal porque sempre é responsabilidade do Juiz.
Nos Tribunais Superiores é cabível Habeas Corpus somente nas hipóteses previstas na CRFB.
2. Habeas Data
O habeas data é um instrumento constitucional utilizado para garantir o acesso a informações relativas à pessoa do impetrante e que estejam inseridas no banco de dados ou registros de órgãos governamentais ou de caráter público.
Além disso, esse remédio constitucional também pode ser impetrado caso o cidadão deseje retificar algum dos seus dados perante às mencionadas entidades.
Essa ação ganha grande destaque com o advento da Lei Geral de Proteção de Dados, uma vez que as pessoas estão cada vez mais preocupadas com suas informações sensíveis e sigilosas perante bancos de dados.
A previsão do habeas data está no artigo 5º, inciso LXXII, da Constituição Federal:
LXXII – conceder-se-á “habeas-data”:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.
Vale destacar que o habeas data possui regulamentação própria na Lei 9.507/1997.
Para ser impetrado, deve haver prova da tentativa de acesso ou correção de dados de forma administrativa perante o órgão público. 
Ademais, essa ação é gratuita e necessita de advogado para ser ajuizada.
Para saber mais, leia nosso artigo completo sobre habeas data.
O habeas data faz parte do cenário jurídico brasileiro. Conforme a definição constitucional, no inciso LXXII do art. 5º da Carta Magna, trata-se de um meio posto à disposição dos cidadãos para que conheçam as informações a seu respeito presentes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público.
Além disso, permite ainda que seja feita a correção dos dados e informações referentes ao requerente eventualmente anexados. Sendo uma garantia constitucional dos direitos à intimidade, privacidade, honra e imagem. 
Com esse propósito, a Constituição Federal de 1988 instituiu o habeas data, que é um remédio constitucional que visa à tutela dos direitos e garantias à informação. Você verá nesse artigo como funciona, qual sua origem e qual o objetivo desse remédio constitucional. Acompanhe!
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O que significa Habeas Data?
Etimologicamente, a palavra Habeas Data vem do latim e tem como significado “tenha o dado”. No ramo do direito, o habeas data é um termo jurídico que significa uma ação que assegura o livre acesso de qualquer cidadão a informações a ele próprio relativas.
O habeas data é também chamado de remédio constitucional, previsto no artigo 5º, inciso LXXII, que dispõe:
“Conceder-se-á habeas data:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros públicos ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.”
Designado a garantir aos cidadãos o acesso a dados e informações pessoais que estejam sob jurisdição do Estado brasileiro. Isto é, o direito de ter conhecimento sobre o que o governo sabe sobre você. 
Qual é a origem do Habeas Data?
O surgimento do habeas data se deu pelo período de ditadura que transitou o Brasil entre os anos de 1964 até 1985. 
Como frutos do regime militar, houve a interrupção de garantias constitucionais, até mesmo o habeas corpus, como também encerrou direitos políticos, limitou o Congresso Nacional, retirando magistrados e integrantes do Supremo Tribunal Federal.
Com o desfecho da ditadura militar e o processo de redemocratização do país, houve a necessidade de conservar o direito do cidadão de obter de órgãos públicos ou de entidades públicas, informações que detinham sobre os indivíduos. 
Tempos antes da Constituição  de 1988, para se obter esses dados, os cidadãos utilizavam-se de outros remédios constitucionais, como por exemplo, o mandado de segurança e também, o habeas corpus. Porém, não era encontrado muito efeito dessa forma.
Desse modo, o estatuto do habeas data foi consagrado pela Constituição Federal de 1988, sendo inspirado pelas legislações de Portugal, Espanha e Estados Unidos, que desde os anos 1970 passaram a incluir o direito ao cidadão de acessarem informações pessoais em bancos de dados registradas em órgãos do Estado, conforme afirma o artigo 5º, inciso LXXII.
Qual é o objetivo do habeas data?
O habeas data trata-se de uma ação judicial, uma vez que alega uma tutela jurisdicional, devendo preencher todos os requisitos e condições da ação. 
Dispõe caráter civil, porque não trata de lides penais, assim como tem conteúdo mandamental ou constitutivo, pois apresenta uma pretensão a que o Poder Público envie um comando a uma autoridade coercitiva, para que faça alguma coisa, apresentando o dado que se pretende conhecer, ou corrigir dados do requerente em seus títulos. 
Por dispor o objetivo de proteger o direito líquido e certo do requerente, o habeas data tem um rito sumário, tomando prova pré-constituída para conhecer dados e registros relativos à sua identidade. 
A finalidade do habeas data, em outras palavras, é garantir o direito de ciência de informações referentes à pessoa do requerente.
Além disso, objetiva o writ a eventual exclusão de dados que possam ser sensíveis a intimidade e a honra da pessoa, relativos por exemplo, a origem racial, orientações políticas, ideológicas, filosóficas, credo religioso, orientação sexual, entre outros dados com fins ilícitos.
Como funciona um processo de habeas data?
Após dez anos da instituição do habeas data pela Constituição Federal, o legislador disciplinou um rito processual próprio através dos vinte e três artigos da Lei nº 9.507 de 1997. 
No 8º parágrafo, exige que o impetrante comprove a recusa ao acesso ou retificação das informações ou decurso injustificado de prazo pela autoridade, sob pena de extinção do processo, que assim explica:
Parágrafo único. A petição inicial deverá ser instruída com prova:
I- da recusa ao acesso às informações ou do decurso de mais de dez dias sem decisão;
II- da recusa em fazer-se a retificação ou do decurso de mais de quinze dias, sem decisão; ou
III- da recusa emfazer-se a anotação a que se refere o §2º do art. 4º ou do decurso de mais de quinze dias sem decisão”.
Nas resoluções legais mencionadas, é determinado que o interessado apresentará requerimento ao órgão ou entidade confidente do registro ou banco de dados, para conhecer seus dados pessoais ou retificá-los, sendo concedido prazos curtos ao órgão ou entidade para responder a solicitação do interessado.
Quando for entidade governamental, caso o responsável pelo registro ou banco de dados não se manifeste no prazo estabelecido, além da possibilidade jurídica de ingressar com o writ, o requerente poderá representar administrativamente aquele por seu descuido.
Assim como qualquer ação de conhecimento, para que seja manejado regularmente o habeas data, o requerente deve comprovar a conjunção de três condições:
· interesse processual ou interesse de agir;
· legitimidade das partes ou legitimidade ad causam ativa e passiva e
· possibilidade jurídica do pedido.
Quem pode requerer o habeas data?
O legitimado para requerer o habeas data é exclusivamente a pessoa física ou jurídica diretamente interessada nos registros mencionados no inc. LXXII, a e b, do Art. 5º da CF.
Em outras palavras é garantido a todo o cidadão brasileiro o direito de requerer habeas data. A ação é gratuita, não são cobradas custas judiciais. Entretanto, o cidadão precisa acionar um advogado. 
Vale ressaltar que o requerente pode pedir acesso apenas a seus próprios dados e não de terceiros. Uma exceção a essa regra é quando um cônjuge solicita a liberação de dados do parceiro falecido.
Além disso, pessoas jurídicas, como já mencionado, também possuem direito de ajuizar ações de habeas data.
Quando é cabível o habeas data?
De acordo com a súmula do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o habeas data só é cabível se antes disso o cidadão solicitar o acesso a dados pessoais a um órgão público e esse se negar a disponibilizar os dados. Sem que haja essa negação prévia, o pedido de habeas data é negado.
Por esse motivo, o cidadão precisa se atentar ao rito estabelecido na lei 9.507/97, que como sabemos, regula o habeas data. Antes de tudo, a pessoa deve apresentar um pedido de acesso aos dados para o órgão público, este possui dois dias para analisar o pedido. Após a análise, o cidadão é informado em 24 horas da decisão do órgão. Se for recusado o requerimento, cabe o habeas data.
De quem é a competência do habeas data?
A designação do órgão jurisdicional competente para julgar o habeas data é feita em razão da qualidade da autoridade dita coatora.
Originariamente, compete ao  Supremo Tribunal Federal compete processar e julgar o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador Geral da República e do próprio Tribunal (CF,  artigo 102, inciso I, alínea ‘d’).
Compete igualmente ao Supremo Tribunal Federal o julgamento, em recurso ordinário, do habeas data decidido em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão (CF, artigo 102, inciso II, alínea ‘a’).
Compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar, originariamente, o habeas data contra atos de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ou do próprio Tribunal (CF, artigo 105, inciso I, alínea ‘b’).
Já no âmbito da Justiça Estadual, serão os próprios Estados-membros que estabelecerão a competência para julgamento do habeas data entre seus Tribunais e juízes, conforme as Constituições e Leis de Organização Judiciária Estadual (CF, artigo 125).
Qual é o papel do advogado no processo de habeas data?
O advogado possui um papel de muita importância no habeas data, pois ele deve analisar a situação do cliente antes de requerer o habeas data, sem embargo das suas razões. 
Caso após a análise ele identifique as hipóteses previstas na Lei, é possível assim, dar início ao processo judicial e continuidade da petição.
Além do papel de analisar a situação, o advogado possui um dever muito importante em relação a orientação do cidadão referente ao processo de habeas data, sendo responsável por tirar todas suas possíveis dúvidas e informando-lhe o melhor caminho a seguir. 
O que acontece após o processo de habeas data?
Após o prazo de análise, e ouvido o representante, os autos serão conclusos ao juiz para decisão a ser proferida em cinco dias. Na decisão, se julgar procedente o pedido, o juiz marcará data e horário para que o coagente:
I – apresente ao impetrante as informações a seu respeito, constantes de registros ou bancos de dadas; ou
II – apresente em juízo a prova da retificação ou da anotação feita nos assentamentos do impetrante.
A decisão será comunicada ao coagente, por correio, com aviso de recebimento, ou por telegrama, radiograma ou telefonema, conforme o requerer o impetrante. Da sentença que conceder ou negar o habeas data,  caberá a apelação.
3. Mandado de Segurança
Também faz parte da lista o mandado de segurança.
Esse remédio constitucional tem como objetivo proteger um direito líquido e certo que está sob ameaça ou foi violado por uma autoridade ou órgão público.
Seu cabimento é subsidiário, ou seja, somente será utilizado nos casos em que não for cabível habeas corpus ou habeas data.
Ou seja, é utilizado sempre que um cidadão desejar combater um ato ilegal ou abusivo, que fira algum de seus direitos constitucionais, desde que não seja o direito de ir e vir (liberdade) e o acesso à informação.
Além disso, ele pode ser dividido em individual e coletivo, sendo o primeiro referente a direitos individuais, e o segundo referente a direitos de determinadas entidades.
O mandado de segurança está previsto no art. 5º, incisos LXIX e LXX da Constituição Federal:
LXIX – conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por “habeas-corpus” ou “habeas-data”, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
LXX – o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados.
Diferente do habeas corpus e habeas data, o mandado de segurança não é gratuito. Para ser impetrado, é necessário contar com um advogado.
Para saber mais, leia nosso artigo completo sobre mandado de segurança.
4. Mandado de Injunção
Outra ação considerada remédio constitucional é o mandado de injunção.
Seu objetivo é fazer valer uma norma constitucional, quando não existir uma lei regulamentando o exercício de um determinado direito fundamental.
Em outras palavras, é um instrumento para legitimar a aplicação da Constituição Federal, como forma de tornar todos os direitos fundamentais exercíveis e acessíveis.
O mandado de injunção está previsto no art. 5º, inciso LXXI, da CF:
LXXI – conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.
Tal qual o mandado de segurança, ele necessita de advogado e não é gratuito.
Para saber mais, leia nosso artigo completo sobre mandado de injunção.
Comumente confundido com a ação de inconstitucionalidade por omissão, o mandado de injunção tem como objetivo fazer com que o texto da Constituição Federal seja aplicável e válido.
Forma de garantir a aplicabilidade dos direitos e garantias fundamentais da Constituição Federal de 1988, o mandado de injunção é um remédio constitucional que tem como objetivo forçar o Poder Judiciário a criar uma solução a uma omissão legislativa ou normativa do Poder Público.
Neste artigo, exploraremos as características do mandado de injunção e os motivos da sua importância para a manutenção dos direitos da sociedade e da soberania da Constituição Federal.
Você verá,neste artigo, o que é o mandado de injunção, como ele funciona, quando ele é cabível, quais são as leis que o regulamentam, exemplos e outras particularidades. Boa leitura!
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O que é mandado de injunção?
O mandado de injunção é um dos cinco remédios constitucionais, onde estão inclusos, também, o habeas corpus, o habeas data, o mandado de segurança e a ação popular. Ele está previsto no artigo 5º da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, no inciso LXXI, que afirma:
“Art. 5º, LXXI – conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania”.
O mandado de injunção, então, é uma prerrogativa que busca legitimar a aplicação da Constituição Federal de 1988, fazendo com que os direitos estabelecidos na Carta Magna sejam exercíveis e acessíveis a toda a sociedade. É um mecanismo de defesa da letra expressa no próprio documento.
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Para que ele serve?
O mandado de injunção tem como objetivo tornar viável os direitos garantidos pela Constituição Federal, dando soluções para que esses direitos sejam válidos mesmo que não existam leis ou normas que os regulamentem.
A Constituição Federal determina direitos, deveres e normas a serem seguidas para que a nação mantenha a sua soberania e a sua organização social.
Entretanto, nem tudo o que está escrito na Constituição no Brasil é regulamentado por lei, fazendo com que o direito, mesmo existente, não possua respaldo legal.
Dessa forma, o mandado de injunção é um remédio constitucional, ou seja, tem como objetivo remediar um problema gerado pela omissão do Poder Público na normalização de um direito já previsto constitucionalmente.
O mandado de injunção, então, é um instrumento criado pela Constituição Federal que procura resolver essas omissões do Poder Público, fazendo com que os direitos previstos na Carta Magna sejam protegidos e efetivamente exercíveis pela população.
Fundamentos jurídicos do mandado de injunção
Como vimos anteriormente, o mandado de injunção foi estipulado na Constituição Federal com o intuito de fazer com que os direitos previstos pela mesma fossem cumpridos, tornando-os acessíveis, independente da sua regulação por meio de normas.
Os dispositivos presentes na Constituição que não estão regulamentados pelos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, então, não teriam efeito prático caso a própria Constituição Federal não previsse os remédios constitucionais, mandado de injunção incluso.
Essa falta de normas regulamentadoras de direitos previstos na Constituição Federal é chamada, pelos doutrinadores, de “síndrome da inefetividade das normas constitucionais”. As normas existem, porém não possuem efeito prático por omissão do Poder Público.
Dessa forma, o mandado de injunção tem como fundamentação a necessidade de soberania das palavras da Constituição Federal dentro do país, fazendo com que a sua aplicabilidade seja prática, não fazendo com que os direitos e deveres previstos sejam apenas letra morta.
O mandado de injunção foi incluso na Constituição Federal de 1988 baseado em exemplos presentes em outros países, como os “injunctions” da Inglaterra e o “juicio de amparo“, do México, que também têm como objetivo fazer com que as palavras das constituições em questão tenham validade, não sendo apenas escritos não aplicáveis.
Exemplo de mandado de injunção
Um dos exemplos práticos e verídicos da utilização do mandado de injunção ocorreu em 2007, no julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), dos mandados de injunção 670, 708 e 712, todos relacionados ao direito de greve dos servidores públicos.
Na época, representantes do Sindicato dos Servidores Policiais Civis do Espírito Santo (Sindpol), Sindicato dos Trabalhadores em Educação de João Pessoa (Sintem) e Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário do Pará (Sinjep) entraram com os pedidos, afirmando que não havia leis que regulamentassem o direito de greve, assegurado pela Constituição Federal.
O artigo 37, inciso VII da Constituição Federal prevê o direito à greve, especificando-o da seguinte maneira:
“Art. 37, VII – o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica”.
Nesse caso, o inciso VII do artigo 37 da Constituição Federal é um dispositivo constitucional de eficácia limitada, pois o direito à greve está assegurado, mas, no caso dos servidores públicos, não há leis específicas que o regulamentem.
A partir dos mandados de injunção dos sindicatos, foi decidido pelo STF que, enquanto uma lei específica não fosse feita, normatizando o direito à greve dos servidores públicos, valeriam as regras previstas para os trabalhadores do setor privado, que são regidas pela Lei nº 7.783/89.
Esse é um exemplo que elucida a finalidade do mandado de injunção. Já que o judiciário não pode legislar e nem interferir na autonomia do Poder Legislativo, mas também não pode deixar que um direito constitucional não possa ser exercido, definiu que, enquanto a situação não fosse regulamentada, regras já existentes fossem adaptadas para encaixar aquele direito constitucional.
Mandado de injunção x ação de inconstitucionalidade por omissão
Uma confusão comum entre advogados é a aplicabilidade do mandado de injunção e sua suposta relação de semelhança com a Ação de Inconstitucionalidade (ADIn) por Omissão.
O mandado de injunção busca tornar um direito subjetivo, presente na Constituição Federal, concreto.
O indivíduo ou coletivo que entra com o mandado de injunção tem como objetivo fazer com que um direito subjetivo possa ser exercido. Cabe ao julgador suprimir o problema, dando uma solução para o mesmo.
Já a ação de inconstitucionalidade por omissão busca preservar o direito objetivo e sua aplicação. Há um direito objetivo, regulamentado, que não foi considerado ou aplicado corretamente pelo Poder Público.
O objetivo da ADIn por omissão é mostrar que o Poder Público não respeitou uma lei objetiva. Busca-se a proteção do direito alheio e o funcionamento correto da aplicação jurídica.
Enquanto o mandado de injunção mostra a ausência de uma lei ou norma regulamentadora de um direito subjetivo constitucional, na ação de inconstitucionalidade por omissão é escancarado a omissão jurídica no exercício de um direito objetivo.
Quando é cabível o mandado de injunção?
O mandado de injunção depende de dois requisitos constitucionais para que qualquer pessoa interessada entre com o pedido: a existência de uma norma de eficácia limitada e a ausência de uma norma reguladora.
A existência de uma norma de eficácia limitada faz jus a um direito constitucional que existe, mas que o exercício do mesmo não seja possível ou seja limitado.
No exemplo que utilizamos, seria o direito de greve, que existe, mas não era possível ser exercido plenamente por servidores públicos por falta de lei reguladora.
A ausência de uma norma reguladora, por sua vez, compreende a falta de uma lei ou dispositivo do Poder Público que faça com que o direito previsto na Constituição Federal possa ser aplicado na sociedade, garantindo-o ou regulamentando-o.
Vale ressaltar que apenas indivíduos ou coletivos cujo direito constitucional represente seus interesses próprios podem entrar com o mandado de injunção, impedindo que pessoas entrem com o mandado para contemplar interesses exclusivamente alheios.
De quem é a competência para julgar mandado de injunção?
A competência para julgar e propor resoluções para situações onde o mandado de injunção é pedido é do Supremo Tribunal Federal (STF).
Cabe às turmas do STF o julgamento dos mandados de injunção, além de propor formas para a resolução dos mesmos.
O Supremo Tribunal Federal pode decretar que o Poder responsável pela regularização do direito deve resolver o problema ou pode suprir a omissão do Poder Público ao definir que, enquanto o problema não for resolvido com a criação de norma específica,deve-se adotar outro modo para assegurar o direito, como no exemplo dado anteriormente.
Há também a possibilidade de mandado de injunção em nível estadual, desde que o mesmo esteja regulamentado na Constituição Estadual em questão, conforme pede o artigo 125, parágrafo 1º da Constituição Federal.
No caso de mandado de injunção em nível estadual, cabem aos órgãos colegiados estaduais julgar a procedência do pedido.
Mandado de injunção individual
Os mandados de injunção são divididos em duas espécies diferentes: o individual e o coletivo. Veremos um pouco mais de cada um deles.
O mandado de injunção individual pode ser requerido por qualquer pessoa física ou jurídica que perceba que um direito constitucional seu está tendo sua eficácia limitada por conta da falta de norma regularizadora.
É importante destacar que o indivíduo só pode entrar com mandado de injunção para pedir um direito que seja de seu interesse próprio, entrando com o pedido em seu nome. Ou seja: não é permitido entrar com mandado de injunção em benefício exclusivo de terceiros.
Mandado de injunção coletivo
O mandado de injunção coletivo, por sua vez, foi regulamentado pela Lei nº 13.300/16, que será abordada de forma mais exaustiva mais adiante neste artigo.
O mandado de injunção coletivo só pode ser proposto pelas entidades restritas no artigo 12 da lei 13.300/16, que são:
“Art. 12. O mandado de injunção coletivo pode ser promovido:
I – pelo Ministério Público, quando a tutela requerida for especialmente relevante para a defesa da ordem jurídica, do regime democrático ou dos interesses sociais ou individuais indisponíveis;
II – por partido político com representação no Congresso Nacional, para assegurar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas de seus integrantes ou relacionados com a finalidade partidária;
III – por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 1 (um) ano, para assegurar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas em favor da totalidade ou de parte de seus membros ou associados, na forma de seus estatutos e desde que pertinentes a suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial;
IV – pela Defensoria Pública, quando a tutela requerida for especialmente relevante para a promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º da Constituição Federal”.
Essas entidades podem entrar com o mandado de injunção caso em nome próprio, mas em defesa do direito alheio. Esse pedido, como o individual, pode ser feito quando se perceber que um direito constitucional não se faz viável por falta de norma regulamentadora.
O parágrafo único do artigo 12 da Lei 13.300/16 determina que “os direitos, as liberdades e as prerrogativas protegidos por mandado de injunção coletivo são os pertencentes, indistintamente, a uma coletividade indeterminada de pessoas ou determinada por grupo, classe ou categoria”.
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A regulamentação da Lei 13.300/16
Por mais irônico que seja, o mandado de injunção, que busca tornar direitos subjetivos da constituição aplicáveis por meio da regulamentação dos mesmos, só foi devidamente regulamentado em 2016, por meio da Lei 13.300.
Antes disso, o Supremo Tribunal Federal determinou, em 1990, que os procedimentos do mandado de injunção deveriam seguir os mesmos do mandado de segurança.
A Lei 13.300/16 estipula os trâmites do mandado de injunção, quem pode entrar com o pedido e como funciona todo o processo.
Foi na Lei 13.300/16 que foi regulamentada a possibilidade do mandado de injunção coletivo. Embora a Constituição Federal não apresentasse a possibilidade do mesmo, já era entendimento do STF a sua possibilidade.
Um dos pontos mais importantes que a Lei 13.300/16 destaca é que o mandado de injunção garante a aplicação do direito subjetivo constitucional apenas às partes interessadas, com algumas ressalvas, conforme apresenta o seu artigo 9:
“Art. 9º A decisão terá eficácia subjetiva limitada às partes e produzirá efeitos até o advento da norma regulamentadora.
§ 1º Poderá ser conferida eficácia ultra partes ou erga omnes à decisão, quando isso for inerente ou indispensável ao exercício do direito, da liberdade ou da prerrogativa objeto da impetração;
§ 2º Transitada em julgado a decisão, seus efeitos poderão ser estendidos aos casos análogos por decisão monocrática do relator”.
Aplicação subsidiária da Lei 12.016/2009
Mesmo com lei regulamentadora específica desde 2016, a aplicação subsidiária das normas do mandado de segurança ainda se aplicam  em casos de mandado de injunção, conforme o Supremo Tribunal Federal decidiu, em 1990.
A aplicação subsidiária da Lei 12.016/09 é estabelecida no artigo 14 da lei do mandado de injunção, que diz:
“Art. 14. Aplicam-se subsidiariamente ao mandado de injunção as normas do mandado de segurança, disciplinado pela Lei nº 12.016, de 7 de agosto de 2009 , e do Código de Processo Civil, instituído pela Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 , e pela Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 , observado o disposto em seus arts. 1.045 e 1.046”.
Também se pode perceber que, caso a Lei específica não seja suficiente para definir e regulamentar o mandado de injunção, as normas do Código de Processo Civil também valem.
Perguntas frequentes sobre mandado de injunção
O que é mandado de injunção?
Mandado de injunção é o remédio constitucional utilizado sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.
Para que serve o mandado de injunção?
O mandado de injunção tem como objetivo tornar viável os direitos garantidos pela Constituição Federal, dando soluções para que esses direitos sejam válidos mesmo que não existam leis ou normas que os regulamentem.
Quando é cabível o mandado de injunção?
O mandado de injunção depende de dois requisitos constitucionais para que qualquer pessoa interessada entre com o pedido: a existência de uma norma de eficácia limitada e a ausência de uma norma reguladora.
Quais são os tipos de mandado de injunção?
Existem dois tipos de mandados de injunção: o individual e o coletivo.
Conclusão
O mandado de injunção é uma das ferramentas mais importantes da Constituição Federal de 1988.
Ele, junto com os demais remédios constitucionais, tem a finalidade de garantir que o texto da Carta Magna tenha efeito direto e concreto na sociedade brasileira, não se tornando apenas um direito inexistente.
O mandado de injunção existe justamente para garantir a superioridade e aplicabilidade real e soberana da Constituição Federal no Brasil, além de preservar o princípio da aplicabilidade dos direitos constitucionais.
Embora o mandado de injunção já fosse aplicado e regulamentado de forma subsidiária em outra lei, a Lei 13.300/16 foi criada para reforçar a necessidade de combater a omissão do Poder Público no que tange a aplicação dos direitos constitucionais, que necessitam de regulamentação sem mora do Legislativo e do Executivo.
Sinta-se livre para comentar, discutir, fazer contribuições e enviar dúvidas a respeito do mandado de injunção na sessão de comentários abaixo. A sua participação é muito importante para nós!
5. Ação Popular
A ação popular é o remédio constitucional utilizado para proteger diferentes bens da sociedade, quando estes são objeto de algum ato lesivo da Administração Pública.
Os bens e direitos amparados por essa lei são a moralidade administrativa, o meio ambiente e o patrimônio histórico e cultural.
A ação popular está prevista no art. 5º, inciso LXXIII da Constituição Federal, que diz:
LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovadamá-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.
Esse remédio constitucional tem regulamentação própria na Lei 4.717/65, é gratuito e necessita de advogado para ser ajuizado.
Além disso, a lei prevê que quais atos são considerados nulos, a competência para julgamento da referida ação, os sujeitos passivos do processo e todas as etapas do procedimento judicial.
6. Ação Civil Pública
A ação civil é outro remédio constitucional, que se diferencia no aspecto do seu ajuizamento.
Enquanto para os demais remédios o cidadão pode ajuizar a ação, por meio de advogado, no caso da ação civil pública ele não pode fazê-lo; apenas as entidades indicadas em lei específica podem ajuizá-la.
O objetivo da ação civil pública é proteger direitos difusos e coletivos da sociedade, ou seja, bens que são de interesse de todos os cidadãos ou de grupos específicos. São eles:
· o meio ambiente;
· direitos do consumidor;
· bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
· interesses difusos ou coletivos;
· a ordem econômica; 
· a ordem urbanística;
· a honra e a dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos;
· o patrimônio público e social.  
A possibilidade de ajuizamento da ação civil pública está prevista no art. 129, inciso III, da Constituição Federal, que diz:
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
[…]
III – promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;
Mas, vale destacar, não é apenas o Ministério Público que pode ajuizá-la. 
A Lei 7.347/85, responsável por regulamentar a ação civil pública, define que o remédio constitucional também pode ser ajuizado pela Defensoria Pública, pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, por autarquias, empresas públicas, fundações e sociedades de economia mista, bem como associações que cumprirem os requisitos legais.
Para saber mais, leia nosso artigo completo sobre ação civil pública.
Perguntas frequentes sobre remédios constitucionais
O que é um remédio constitucional?
Os remédios constitucionais são instrumentos jurídicos previstos na Constituição Federal, por meio dos quais os cidadãos podem proteger determinados direitos e interesses individuais e fundamentais e impedir ou corrigir ilegalidades ou abuso de poder provenientes de autoridades.
Quais são os remédios constitucionais?
O habeas corpus, habeas data, mandado de segurança, mandado de injunção, ação popular e ação civil pública.
Quais remédios constitucionais são gratuitos?
Os remédios constitucionais gratuitos são o habeas corpus e o habeas data.
Quem pode entrar com remédios constitucionais?
Qualquer cidadão pode ingressar com os remédios constitucionais, com exceção da Ação Civil Pública.
O habeas corpus é o único remédio constitucional que não necessita de advogado; todos os demais precisam da presença do profissional judicialmente.
Conclusão
Diante do exposto, nota-se que os remédios constitucionais são instrumentos de grande valia para os cidadãos, pois contribuem para assegurar diversos de seus direitos fundamentais.
Por outro lado, o tema é de essencial conhecimento, também, para os advogados, visto que para boa parte deles é necessário a presença do profissional para ingressar com a ação.

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