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A mesma coisa acontece com acadêmicos de direito ao prestar a prova da OAB, com acadêmicos de medicina ao prestar o exame de residência, até mesmo nas autoescolas, que não ensinam a dirigir, ensinam a tirar carta, se você quiser aprender a dirigir irá precisar fazer um curso de direção defensiva... Essa existência de cursinhos e o fracasso da educação brasileira se dá, principalmente, por culpa dos pais! São eles que se mantêm cobrando as coisas erradas: notas, boletins e diplomas; e não aprendizagem. Se isso mudasse, talvez não precisássemos mais de cursinhos. 2º Sintoma: ainda bem que existe a Tunísia O PISA - Programa Internacional de Avaliação de Alunos - é um teste que avalia, basicamente, inteligência. Nas palavras dos pedagogos que não gostam muito de inteligência (percebe-se): competências e habilidades. Como interpretação de textos e gráficos, correlações de informações, raciocínio lógico, etc. É realizado por alunos de 15 anos de dezenas de países. Em 2003 o Brasil ficou em penúltimo lugar: na frente apenas da Tunísia! Ao perceber a catástrofe, as autoridades do ensino correram para tomar medidas "drásticas". Em situações anteriores, sempre que percebiam que o ensino brasileiro ia de mal a pior, faziam coisas do tipo denominar o "curso primário" e o "ginásio" de "1º grau". Obviamente sem efeito nenhum. Depois de "perceberem" isso, renomearam o 1º grau para "ensino fundamental". Outra bela medida para melhorar a educação brasileira. Pressionados pelo resultado do PISA de 2003, e já que não podiam mais mudar os nomes, eles resolveram mudar algo mais importante: os números! A 1ª série virou 2º ano. E é isso! (é sério). Por consequência óbvia, em 2006 repetimos o resultado deprimente. A Finlândia possuía o melhor sistema educacional do mundo nesse ano, mas as pedagogas foram aprender na... ESPANHA! Por quê? Porque elas quiseram! Em 2009, ainda como consequência óbvia, o Brasil ficou na posição 57 de 65 países que participaram do PISA. A Finlândia, que utiliza em seu modelo educacional alguns dos princípios que são utilizados em cursinhos sérios aqui no Brasil continuou nos primeiros lugares (atrás da China). Já o Brasil, foi passado até pela Tunísia. No PISA de 2012 conquistamos a 53ª posição. Mas pelo menos estávamos novamente na frente da Tunísia e da Argentina (quem cunhou o termo construtivismo foi a psicóloga argentina Emília Ferreiro, aluna de Piaget. O sistema educacional argentino mergulhou no construtivismo e isso explica seus "maravilhosos" resultados). Um país como o Cazaquistão, imerso em muitos mais problemas do que o Brasil, conseguiu evoluir substancialmente enquanto nós ou nos mantivemos estagnados ou regressamos ainda mais. O porquê disso é simples: nenhum partido político deseja eleitores cultos e inteligentes, e as pedagogas com seus fantásticos cabides de emprego no Ministério da Educação passaram a faculdade inteira lendo sobre autores construtivistas, ao se formar, em vez de irem dar aulas, elas entraram no mestrado, com a intenção de ganhar mais, nele estudaram e desenvolveram uma dissertação inteiramente construtivista, cheio de autores que nunca pisaram em uma sala de aula. Não satisfeitas, as pedagogas entraram no doutorado, com a mesma intenção de antes: mais autores construtivistas que nunca pisaram em uma sala de aula. No pós-doutorado, a mesma coisa. Autores construtivistas, ideias construtivistas, banca construtivistas: e ninguém nunca pisou em uma sala de aula. Ao chegarem em seus fabulosos empregos no MEC, eles ditam normas absurdas que afundam ainda mais a educação brasileira. E é claro que nenhum desses pedagogos jamais pensaria estar errado, afinal além de serem "autoridades máximas" no assunto, eles passaram a vida inteira o “estudando”. Seria um suicídio intelectual admitir estar errado. A solução para isso é buscar a cumplicidade das famílias para mudar as regras do ensino. Para então podermos ter escolas que ensinem de verdade. PISA 2015: Brasil ficou na posição 63 de 70. PISA 2018: Brasil ficou na posição 66 de 77. PISA 2021: foi adiado para 2022. Confira os resultados oficiais do PISA aqui Parte 2 - O diagnóstico Somos todos mal-educados As três causas mais relevantes da doença do sistema educacional brasileiro são: a) Os alunos (inclusive os adultos) não sabem mais se comportar durante uma aula. b) Os alunos (inclusive os adultos) não sabem estudar. c) Os alunos (inclusive os adultos) não gostam de livros/ler. a) A falta de respeito nas aulas ou ambientes públicos diversos se dá, principalmente, pela utilização de TVs (e outros aparelhos tecnológicos diversos). Com a TV, nós aprendemos a ignorar os barulhos e focar apenas no nosso interlocutor mais próximo, que nem sempre é humano. Chega-se ao ponto, então, de ignorar o que qualquer pessoa está falando, até mesmo um professor ou palestrante, em prol de conversinhas em grupo ou de tempo mexendo em aparelhos tecnológicos. Além da culpa do excesso de eletrônicos, é claro que há também a culpa da educação. Lembrando sempre que a escola não deve educar ninguém, ela deve instruir. https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/avaliacao-e-exames-educacionais/pisa/resultados Os pais que devem educar seus filhos. Sem ser amiguinho deles. Estabelecendo uma relação de autoridade (e não autoritarismo), ou seja, saber colocar limites com firmeza, e estabelecer um diálogo franco e aberto. E é claro, ser disciplinado e educado para poder dar o exemplo. O exemplo é o maior educador. Recomendação de leitura: Professor não é educador – Armindo Moreira. As azaleias não florescem b) Em nossas escolas, o termômetro se tornou mais importante do que a temperatura. Todo mundo estuda para tirar nota e ninguém estuda para aprender. Os alunos saem do ensino médio (e até mesmo da faculdade) com históricos muito bons, notas espetaculares, mas sem saber absolutamente nada. Ir bem nas provas, tirar boas notas e passar de ano até pode significar ser um bom aluno, mas isso não significa ser um bom estudante, muito menos significa aprender de verdade. Aprender significa adquirir um conhecimento que será carregado para o resto da vida. Se você não lembra, não aprendeu de verdade. Mesmo que tenha tirado uma boa nota naquilo ou passado de ano. Os vestibulares e concursos são as grandes auditorias externas para desmascarar a farsa de pensar que se aprendeu algo que não se aprendeu. Com relação aos filhos, você não precisa conferir se ele está estudando,precisa conferir se ele está aprendendo. Não pergunte pelas notas, e sim pelas coisas interessantes que ele viu no dia. Você verifica a educação de seu filho e ainda tem a possibilidade de se reciclar e relembrar alguns temas. Somos todos analfabetos c) Apesar das estatísticas oficiais dizerem que somente 10% da população brasileira é analfabeta, a realidade é bem mais dura: no Brasil, apenas aproximadamente 8% da população é verdadeiramente alfabetizada. 2% do sexo masculino e 6% do sexo feminino. Podem até ler porcaria, mas pelo menos leem. [Não encontrei a fonte]. O fato de as crianças antigamente passarem horas e mais horas na frente da televisão foi substituído por horas e mais horas no computador, celular ou videogame. Algo ainda pior e mais imbecilizante do que a TV. As crianças e jovens não leem, primeiro porque seus pais também não leem, e segundo porque a escola e os idiotas que fazem as regras tornaram a leitura obrigatória e valendo nota. Pior, um monte de professores e pedagogos que também não leem um livro por prazer obrigando as pobres crianças e adolescentes a lerem porcarias pedantes. Como alguém vai se interessar pela leitura lendo José de Alencar? É óbvio que os clássicos são importantes, mas não como primeiro contato de leitura, e pior ainda da maneira que as escolas fazem. Já os livros infantis indicados por essas mesmas pessoas são piores ainda. Que tal Monteiro Lobato, o autor infantil mais idolatrado: e tremendamente racista! Além de escrever mal. Os principais problemas encontrados em alunos recém-saídos do ensino médio (e provavelmente encontrados em adultos também): https://amzn.to/3OCfZ3P 1. Não conseguem resolver uma questão, não por não saberem o conteúdo, mas por não conseguirem entender o que está escrito no enunciado. 2. Deficiência de vocabulário. 3. Não sabem articular redações. 4. Lerdeza na leitura. Quem não lê muito demora para interpretar textos. Parte 3 - A cura Ordem unida a) O problema de as pessoas não saberem se comportar durante uma aula pode ser resumido em uma só coisa: má educação. Os pais tentam transferir o dever de educar para as escolas, que obviamente não são capazes de fazer isso. Isso, aliado à defesa dos "direitos" das crianças nas escolas, que impossibilita os professores de fazer qualquer coisa em relação aos alunos mal-educados. E é claro, a superproteção de alguns pais. Antigamente, quando um aluno fazia algo errado, seus pais eram chamados e ele era punido em casa. Hoje em dia, quando a mesma situação ocorre, os pais culpam os professores, alegando "perseguição". Essa educação libertária é destruidora. O que falta para os alunos e para as pessoas em geral é DISCIPLINA. Por isso que escolas militares são melhores do que as outras, porque nelas é dada grande importância para a disciplina. E o que falar da falta de respeito então, o respeito deveria começar - assim como em escolas orientais -, com os alunos levantando com a chegada do professor. Não é à toa que os países orientais estão tão na frente com seus sistemas educacionais. Ao contrário do que alguns falam, no Brasil existem sim bons professores capazes de instruir corretamente. O problema é que se eles precisam passar grande parte do tempo da aula chamando a atenção de alunos por vários motivos, quase não sobra tempo para verdadeiramente instruir. A cura para isso é a disciplina começando em casa. Claro, sem autoritarismo. O problema é que muitos pais compactuam com a falta de respeito e má educação dos filhos. Por isso, em cenários maiores, é praticamente impossível mudar alguma coisa. Mas é possível mudar dentro de cada casa. Da sua casa. O TDAH não tem origem neurológica, mas sim COMPORTAMENTAL, por exemplo. E mesmo assim inúmeros diagnósticos são dados para cada criança má educada por aí. Sempre graças a tentativa que alguns pais têm de sempre fugir de suas próprias responsabilidades. Dar Ritalina é mais fácil do que educar. Outro exemplo é Freud, que publicou um trabalho (Über Coca) dizendo que o consumo de cocaína era benéfico para problemas como dor, ansiedade, insônia, etc. Algumas marcas começaram a lançar produtos com cocaína, com o passar do tempo várias pessoas tiveram as consequências desastrosas do consumo de drogas: abstinência, dependência, etc. É o mesmo princípio que explica porque a farsa do TDAH ainda se mantém. Da mesma forma, o uso de redes sociais e internet é estimulado por todos (e financiado com bilhões), mesmo que existam pesquisas apontando que seus efeitos são parecidos com os de drogas. Causando dependência e crises de abstinência, por exemplo. Leia sobre a suposta farsa do TDAH aqui Leia "Über Coca" de Freud aqui Leia uma das pesquisas sobre vício em redes sociais aqui (artigo original - em inglês) Escrevendo na areia b) Aprender é como escrever aquela informação no cérebro. Se dividirmos o cérebro em três partes teremos: 1. Cerebelo: é a forma mais penosa de se escrever no cérebro. Leva tempo e muito esforço. Aprender a andar de bicicleta é escrever no cerebelo, por exemplo. Tão difícil quanto escrever é apagar aquela informação. 2. Sistema límbico e hipocampo: é muito fácil escrever aqui, mas também é muito fácil apagar as informações daqui. É a memória de curto prazo, basicamente. As informações ficam retidas apenas por alguns minutos, ou no máximo por algumas horas. 3. Córtex: mantém as informações para sempre. O problema é que é impossível escrever diretamente nele. É apenas possível copiar informações para ele. Durante o sono REM (rapid eye moviment), inicia-se uma rotina de reconfiguração das redes neurais. Assim é possível copiar pelo menos uma parte daquilo que foi escrito no hipocampo para a memória permanente. Mas as informações que são armazenadas nesse processo são apenas as que foram escritas mais profundamente no hipocampo. Ou seja, o melhor estudo é aquele que escreve as informações mais profundamente no sistema límbico. O estudo feito por 99% dos alunos do ensino fundamental ao doutorado e em cima da hora grava informações apenas de forma volátil na memória de curto prazo. Ao contrário de um computador que copia informações da RAM para o HD sem se alterar fisicamente, no cérebro humano isso não acontece. Essa não-alteração física só acontece na memória de curto prazo, mas para copiar informações para memória de longo prazo, é necessário alterar fisicamente o cérebro. Toda vez que algo é gravado na memória de longo prazo, situada no córtex, o circuito do cérebro se altera. Ocorre uma reconfiguração das redes neurais, alterando o "mapa" dos percursos seguidos pelos impulsos nervosos no ato de "pensar". Dessa forma, a gravação de informações de forma permanente depende da criação, desligamento, reforço ou inibição das sinapses, alterando assim os caminhos que as correntes elétricas irão seguir. Esse é um processo bastante traumatizante e deveria ter como efeito colateral convulsões e alucinações. É por isso que só é feito durante o sono. Durante o sono uma estrutura denominada ponte desliga o sistema nervoso central do corpo e nos torna tetraplégicos. As convulsões, https://universoracionalista.org/sera-o-transtorno-de-deficit-de-atencao-e-hiperatividade-tdha-uma-grande-farsa/ https://appoa.org.br/uploads/arquivos/revistas/revista26_-_uber_coca.pdf https://akjournals.com/view/journals/2006/8/1/article-p169.xml https://akjournals.com/view/journals/2006/8/1/article-p169.xml portanto, passam a ser virtuais. Já as alucinações são os sonhos. Em experiências sobre o sono, pessoas foram submetidas a testes que os acordavam toda vez que chegavam ao sono REM: em poucos dias, mesmos acordados essas pessoas tinham tremores e até convulsões, sintomas de desiquilíbrio mental e uma grande incapacidade de aprendizado. A maneira de colocar o conhecimento na memória de longo prazo é estudando hoje a aula dada hoje. E revisando também no mesmo dia. Antes que a noite de sono apagueessas informações. Para os pais, deve-se estimular esses hábitos em seus filhos: que eles estudem a matéria no mesmo dia da aula. Estudar pouco, mas estudar todo dia, todo dia, todo dia. O sistema de ensino finlandês é exatamente assim, por exemplo. Mas o Prof. Pier e o cursinho em que ele trabalhava faziam isso 60 anos antes do exame PISA. Quando os gênios do MEC foram para a Finlândia observar como eram dadas as aulas, obviamente, não perceberam que eles não deveriam buscar novas forma de ensinar, mas sim velhas formas de aprender. Ninguém aprende alguma coisa se não for autodidata. É o estudo solitário pós-aula que permite aprender. Além disso, é claro, é necessário fazer para aprender. Sem fazer não se aprende. Escrever ou resolver exercícios, basicamente. Mas também pode ser ensinar outros (mesmo que os outros nem existam). O processo de aprendizagem no cerebelo é penoso e necessariamente tão repetitivo porque é feito acordado. Entendimento e aprendizagem são duas fases interligadas, porém distintas do processo. Sabrina c) Somente se consegue um bom rendimento intelectual se houver muita habilidade em se lidar com textos. E apenas se consegue essa habilidade lendo MUITO. E só lê muito quem lê por prazer. A tarefa primordial dos pais é criar esse prazer de leitura em seus filhos. Além, claro, de darem o exemplo ao eles mesmos lerem. E é necessário ler muito sim. É um dos poucos casos em que a quantidade se sobressai a qualidade. Parte 4 - A profilaxia Evitando infecções A TV é a talidomida do Século XX e a internet a do Século XXI. A TV e a internet imbecilizam de maneira enorme. Os pais devem colocar restrições no uso desses aparelhos. É claro que existem programas de TV e jogos que fazem bem, mas a maioria apenas imbeciliza realmente. A TV é uma grande propaganda para o consumismo, ou para a manipulação política. Ler é a melhor atividade que alguém pode realizar. E ensina a escrever muito mais do que aulinhas de redação. Leia mais sobre a Talidomida aqui (artigo científico) Entre o tédio e o pânico Uma escola ideal deve regular o nível de desafio ligeiramente acima da situação de conforto do aluno. A educação ideal deve ser assim. Fazendo com que os estudantes se mantenham subindo de nível gradativamente. É muito difícil encontrar uma escola assim, portanto, os próprios pais devem realizar esses desafios controlados. E os autodidatas também precisam se desafiar, obviamente. Em qualquer área, seja intelectual, ou mesmo prática, os desafios são importantíssimos. Ou seja, a escola não deve ser difícil demais, como aquelas escolas particulares que só infernizam a vida das crianças, e nem fraca demais, como a maioria das escolas públicas é. Não achando a escola ideal, trate de você mesmo desafiar seus filhos. Recomendação de leitura: FLOW – A psicologia do alto desempenho e da felicidade – Mihaly Csikszentmihalyi O resgate do professor O professor, atualmente, é um profissional desprestigiado, muito mal remunerado e que foi destituído de autoridade por regras imbecis elaboradas por idiotas que nunca pisaram em uma sala de aula. E ainda "contam" com a péssima contribuição das famílias. Os pais devem ir contra a maré que assola a modernidade, ou o futuro de seus filhos será tão patético quanto o de outras crianças. Respeitar os professores, não utilizar eletrônicos, se alimentar corretamente, praticar exercícios, etc., todas são atividades necessárias e que devem ser realizadas mesmo que os pais dos coleguinhas não façam. Autoridade e disciplina sempre. Nós precisamos resgatar o prestígio e o respeito pelo mestre. Parte 5 – Convalescendo O Q.I. e a cor dos olhos A inteligência não é uma característica genética. Mas sim algo variável, que pode ser moldado de acordo com o meio ambiente. Quando se mede o QI, o resultado dado não é "você tem x de QI", mas sim "você está com x de QI". O QI é variável e depende do treino. Por muito tempo se acreditou que a inteligência era uma predisposição genética, como a cor dos olhos, principalmente pelos estudos em gêmeos univitelinos que cresceram https://www.scielo.br/j/hcsm/a/d3GWCXL8dxLYMpQyRyKJfPd/?lang=pt https://amzn.to/3aPTSJj https://amzn.to/3aPTSJj separados e em situações sociais, econômicas e de meio-ambiente diferentes. Ao testar o QI destes, ambos apresentavam resultados parecidos. Mas várias coisas derrubam essa hipótese (ideológica e até racista em alguns casos): a primeira delas pode ter sido uma pesquisa realizada na França que buscava determinar se o signo zodiacal era determinante nas características das pessoas. Independentemente do resultado específico em si, observou-se que pessoas dos signos de Capricórnio, Aquário e Peixes tinham um QI maior do que os outros signos. Isso se dava porque na França, quem é desses signos nasce no inverno, logo, desestimulando que seus pais saíssem de casa, consequentemente eles passavam mais tempo com os bebês. Mais carinho, estímulos e maior presença dos pais, mesmo nos primeiros dias de vida, gera um fator determinante para um maior desenvolvimento intelectual. [Não encontrei a fonte] Ou seja, apesar de existir sim um fator genético que diferencia a inteligência das pessoas, o fator ambiental é muito mais significativo no desenvolvimento da inteligência, do talento ou mesmo da vocação. A influência hereditária no nível de QI de uma criança é apenas em seu nível inicial. Mas o QI é uma evolução constante. Valores inicialmente baixos de QI tendem a permanecerem baixos ou até mesmo diminuírem mais ainda. Óbvio que eles podem aumentar, mas apenas com a interferência educacional correta. Já os valores inicialmente altos, tendem a se manterem altos ou mesmo aumentarem ainda mais. Isso é um processo autoalimentado, QI inicialmente baixo geralmente está associado à preguiça mental, falta de curiosidade, apatia e busca por diversão fácil. Já os níveis inicialmente altos tendem a gerar curiosidade intelectual, prazer pelo desafio e autoconfiança. Ou seja, uma evolução constante. A verdadeira missão das escolas e dos pais é, portanto, aumentar ao máximo os níveis de inteligência de seus filhos. E cada um também tem a responsabilidade de aumentar seu próprio nível. Para os que tem o nível inicialmente baixo, não podem se acomodar. Justamente o contrário do que fazem normalmente. Quando os pais descobrem que uma criança tem QI baixo, ou "problemas de dificuldade de aprendizagem", geralmente o tratam como um coitadinho que precisa de ajuda. A criança realmente precisa de ajuda, mas para se tornar mais inteligente, se desafiar mais. Em síntese, não se acomodar porque é "mais difícil para ele". Já para as crianças cujo os pais descobrem serem mais inteligentes do que a média o segredo é também não se acomodar e sim buscar cada vez mais a evolução dessa inteligência. Nunca parar: o crescimento intelectual não tem limites. Pode ser mais lento para alguns, mais rápido para outros, mas não há limites. A felicidade não é uma estação, é o próprio trem. Ou seja, o caminho, a vida. Deve ser assim com a inteligência também, uma evolução constante, sem querer chegar à uma "estação" definida. Mas sim continuar evoluindo constantemente. Leia mais sobre o desenvolvimento cognitivo de gêmeos univitelinos aqui (artigo científico - em inglês) E aqui (artigo científico) https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0191886922001477 https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0191886922001477 https://www.scielo.br/j/pcp/a/3QRfLcGq83mmWrjZgzndGTr/?lang=pt Conclusão Devemos mudar o sistema educacional brasileiro por baixo, em cada casa, mudando o jogo primeiro dentro de casa e depois passando para cada escola. Devemos voltar a respeitar os valores que devem ser respeitados, e não políticos burros politicando a educação, ou a baixaria que grande parte das pessoas está inserida. Começando de si próprios, para então, quem sabe,mudarmos o Brasil. Referências The Computational Brain - Patricia S. Churchland, Terrence J. 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