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História e Crise dos Paradigmas

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HISTÓRIA E CRISE DOS PARADIGMAS - OS CAMPOS DA HISTÓRIA E A MULTIPLICIDADE DE ALTERNATIVAS NA HISTORIOGRAFIA CONTEMPORÂNEA.
Objetivo da Aula 02
Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1. Apreender um pouco da diversidade da historiografia contemporânea; 
2. aprofundar a compreensão sobre os conceitos de campo histórico e paradigma; 
3. conhecer, para posterior posicionamento crítico, a discussão das últimas décadas sobre a crise dos paradigmas. 
Conteúdo 
Atentar para os seguintes pontos:
1) O que é teoria e qual o lugar da reflexão teórica para o trabalho do historiador? Procure também compreender algumas noções importantes, como “paradigma”, “correntes históricas” e “campo histórico”.
2) Os caminhos e abordagens que caracterizam o fazer historiográfico atualmente.
3) A importância da história econômico-social ao longo do século XX e as diferenças entre história quantitativa e história serial.
A História, desde o momento em que começou a postular um status de cientificidade, não cessou de se tornar cada vez mais complexa, abrangente, sofisticada, e internamente diversificada. Já em princípios do século XIX, começaram a se contrapor diferentes maneiras de conceber a história, e variadas maneiras de entendê-la como ciência.
A primeira modificação importante no novo universo historiográfico foi o incremento, na passagem do século XVIII ao XIX, da chamada “crítica documental” – uma expressão que remete aos cuidados e procedimentos que devem orientar os historiadores ao abordarem suas fontes históricas.
De igual maneira, desde essa época, os historiadores começaram a perceber que poderiam ser utilizados como fontes históricas quaisquer vestígios, resíduos, discursos, imagens ou objetos materiais deixados pelos homens de uma época anterior. No século XIX ainda predominou, no trabalho historiográfico, a utilização de fontes textuais; mas a partir do século XX assistimos a uma inovação crescente com relação aos tipos de fontes históricas que poderiam ser utilizadas pelos historiadores.
Ao mesmo tempo em que os historiadores, nos dois últimos séculos, assistiram a uma extraordinária expansão do seu universo de possíveis fontes históricas, também houve uma expansão igualmente significativa com relação aos objetos de estudo dos historiadores. 
No século XIX, estes ainda se concentravam no universo político e institucional: os historiadores de então estudavam principalmente as guerras, as revoluções, as relações entre as grandes potências, a história de grandes instituições como a Igreja, a vida dos generais, políticos e outros personagens que se tornaram famosos. 
Com o tempo, contudo, os historiadores foram se ocupando também de outros aspectos tão importantes para a compreensão das diversas sociedades humanas quanto a dimensão política. 
Assim, começaram a surgir estudos sobre aspectos materiais, econômicos, culturais e mentais. 
Particularmente, as primeiras décadas do século XX podem ser apontadas como o momento no qual essa expansão de objetos históricos começa a se intensificar.
Além da expansão de fontes históricas e objetos de estudos, outro aspecto de crescente complexidade no mundo dos historiadores foi o diálogo que estes passaram a estabelecer com outros campos de saber. 
No início do século XX, disciplinas como a Geografia, Antropologia, Sociologia e Economia já estavam suficientemente desenvolvidas para atrair o interesse dos historiadores com relação às possibilidades de utilização de conceitos, métodos e abordagens desenvolvidas no âmbito destas disciplinas. 
Logo viriam outros diálogos da História com os demais campos de saber, tais como a Linguística e a Psicologia, entre outros. Mesmo a Literatura, como forma de expressão, passou a se abrir aos historiadores como diálogo que permitiria uma constante rediscussão de suas instâncias estética e narrativa. 
Chamamos a este diálogo de um campo de saber com outros de Interdisciplinaridade. À medida que a História vai avançando no século XX, os seus diálogos interdisciplinares foram se tornando mais diversificados e mais intensos.

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