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Teoria da História tds desafios e exercícios

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Desafio
Atualmente, no âmbito da história, são muito vivos os debates acerca dos fundamentos científicos dessa. De um lado, historiadores vinculados às correntes pós-modernas defendem que a história não pode ser considerada uma ciência. Em outra via, historiadores que são partidários da história científica argumentam que esta tem teorias próprias e metodologias científicas. Outros historiadores tentam ajustar um meio termo, afirmando que a história é sim uma ciência, porém uma ciência de tipo peculiar.
Você, como historiador, está participando de um congresso. 
​​​​​​​Baseado nesta situação, responda:
a) Quais argumentos você utilizaria para comprovar o seu ponto de vista, caso você precisasse defender a história ciência?
b) Quais argumentos você utilizaria para comprovar o seu ponto de vista, caso você precisasse defender a não cientificidade da história?
Resposta:
A história é uma ciência, pois o historiador, ao estudar o seu objeto de estudos, isto é, o passado, elabora hipóteses, buscando construir um conhecimento que faça sentido e seja racional. Para isso, o historiador se vale de teorias da história (ou teorias de outras áreas do conhecimento que sejam aplicáveis) para compreender e explicar o seu objeto. Da mesma maneira, o historiador baseia o seu trabalho sobre as fontes históricas e bibliográficas a partir de métodos rigorosos e precisos, que fornecem o instrumental adequado para a reconstrução do passado em sua narrativa. Portanto, a história é oriunda da pesquisa científica, rigorosa teórica e metodologicamente.
Não é possível afirmar que a história é uma ciência, pois ela não tem um método único. Quando perguntados, os historiadores não conseguem explicar convincentemente qual é o método utilizado. Isso se dá, pois o objeto de estudo do historiador não é acessível diretamente. Na impossibilidade de se examinar diretamente o passado, os historiadores não podem analisá-lo cientificamente como qualquer outra ciência faz com os seus objetos, aos quais acessa objetivamente. Portanto, a história é apenas uma narrativa, construída sobre resíduos do passado, que não pode ser reconstruída como foi exatamente. Ou seja, a história é uma narrativa de fatos que acontecerem, mas apenas isso, aproximando-se de outros gêneros narrativos.
Exercícios
1. 
A discussão sobre se a história é uma ciência, ou não, remonta há séculos. E ela não se encerrará tão cedo, devido à natureza peculiar do trabalho do historiador e de seu objeto de estudo que é o passado. Portanto, os historiadores sempre devem estar prontos para confrontar essa problemática, de forma a se obter avanços sobre o tema. Muitos historiadores utilizam um argumento específico para comprovar a cientificidade da pesquisa histórica, que era justamente algo que faltava na perspectiva historiográfica de Leopold von Ranke. Qual seria esse elemento principal que torna a história uma ciência?
A. Definir se utilizará um método ou uma teoria.
B. As teorias da história, pois é a partir delas que o historiador pode produzir o conhecimento histórico.
C. A rigorosa manipulação das fontes, sobretudo as oficiais.
D. A criação de uma teoria específica para o objeto em estudo.
E. A busca de fontes que se expliquem por si só.
2. 
Em seu ofício, o historiador deve estar atento para não se tornar apenas um compilador de fatos, os quais ele busca constatar a veracidade ou não. Nesse sentido, é necessário que, ao entrar em contato com o seu objeto de estudo, ou seja, as suas fontes, o historiador esteja disponível para pensar sobre elas. Essa reflexão, que é feita a partir de seu método e da teoria escolhida para o entendimento do objeto, será fundamental para que o historiador possa escrever seu texto e proceder com a comunicação dos resultados. De que forma isso deve ser feito de maneira que o processo inteiro adquira sentido?​​​​​​​
A. Buscar os sentidos ocultos fora das fontes de maneira a não contaminar a sua ótica sobre o processo como um todo.
B. Estabelecer parâmetros narrativos anteriormente às suas hipóteses.
C. Desenvolver novos processos dando ênfase ao grau de ineditismo do objeto.
D. Compilar uma base de fontes que apresentem um sentido imanente.
E. Elaborar hipóteses sobre os seus objetos, de forma a criar um processo racional e com sentido.
3. 
O século XIX foi um século de grandes transformações. A Revolução Industrial fez com que um novo mundo surgisse, com aumento da população urbana, novas classes sociais, conquista de novos territórios por parte dos europeus em busca de matérias-primas e novos mercados. Dessa forma, toda a sociedade europeia foi afetada em maior ou menor grau. Os avanços científicos do período também tiveram forte impacto no imaginário social e na produção intelectual. O Positivismo foi uma doutrina fortemente influenciada pelas novidades desse contexto histórico. Por sua vez, o Positivismo também influenciou a produção historiográfica do século XIX. Quais são as principais influências do Positivismo sobre os historiadores do século XIX?
A. A fé na chamada religião da humanidade, criada por Auguste Comte.
B. A visão de que o historiador deve levar a subjetividade em conta na sua produção.
C. O paradigma de que o historiador deve se apresentar absolutamente objetivo perante as suas fontes, bem como a defesa de uma total separação entre sujeito e objeto.
D. A concepção de que a história não é uma ciência de fato, portanto, não devendo utilizar em suas pesquisas metodologias das ciências naturais.
E. O uso de fontes de vários tipos de forma a diversificar a produção historiográfica.
4. 
A chamada “terceira geração” da Escola de Annales, surgida na década de 1960, diversificou enormemente os temas de pesquisa dos historiadores. Ao passarem do “porão ao sótão”, isto é, da historiografia materialista para uma história cultural, historiadores como Philippe Ariès descobriram como é importante levarmos em consideração o contexto histórico para descobrirmos as sensibilidades de uma determinada época e como elas são diferentes de outros tempos. Da mesma forma, Jean Delumeau, em trabalho monumental, estudou os medos das pessoas através de vários séculos, demonstrando uma grande variação entre eles. Ariès descobriu que na Idade Média não havia a ideia de infância, com as crianças sendo vistas como adultos em miniatura. Que tipo de conexão Ariès fez para sustentar a sua descoberta?
A. Conexões entre a produção material e a social.
B. Conexões entre crenças religiosas e doutrinas econômicas.
C. Para os homens medievais, as crianças não tinham importância, pois não podiam guerrear.
D. As crianças eram vistas como um estorvo.
E. O autor estabeleceu conexões entre fatos naturais ( a infância ) e sociais ( o modo que a sociedade lidava com essa fase da vida ).
5. 
Lucien Febvre afirmou certa vez que o anacronismo, para o historiador, é o "pecado dos pecados", isto é, o erro mais grave que se pode cometer no estudo e na escrita da história. No âmbito da história, o anacronismo pode ser entendido como o uso de conceitos que fazem sentido na época do historiador, mas que se apresentam completamente estranhos à época sobre a qual o pesquisador dedica a sua investigação. Também poder ser compreendido como o uso de termos que na atualidade têm um determinado sentido e na época estudada não existiam ou tinham sentido diverso. Tendo em vista o exposto, como o historiador pode evitar o anacronismo?
A. Estudando linguística e observando as origens dos idiomas.
B. Observando as formas dominantes de escrita em determinada região.
C. Tendo domínio conceitual e redação precisa.
D. Evitando discussões que possam utilizar termos dúbios.
E. Tendo domínio do contexto histórico estudado e dos conceitos utilizados.
Desafio
De que forma o conhecimento histórico é produzido? Existe um respaldo social para a produção sobre o passado? O conhecimento histórico escolar tem alguma relação com essas formas de saber? Tais questionamentos refletem o papel da História na sociedade e também da relevância da atuação de seus profissionais, historiadorese professores de História.
Como você se posicionaria diante de tais questionamentos?
a) O que existiu em 1964 não foi um Golpe, mas, sim, uma Revolução.
b) Tenho parentes que viveram no período e afirmaram que não existia repressão porque o Governo Militar só perseguia comunistas que eram inimigos da Nação e queriam instaurar uma Ditadura Comunista no Brasil.
c) A sociedade civil não pode ser culpada, porque o governo foi dos militares.
Resposta:
a) O conceito de Revolução pressupõe uma mudança total na sociedade, geralmente colocando indivíduos que são excluídos e marginalizados ao topo da hierararquia social. No dia 1º de abril de 1964, o evento que levou os militares ao poder no país foi sustentado pelo fechamento do Congresso, uma atitude contra o Estado Democrático de Direito, o que se configura como um Golpe de Estado.
b) A História não pode ser vista de uma forma maniqueísta. Análises feitas como "lado bom e lado ruim" ou "lado certo e lado errado" são genéricas, superficiais e tendenciosas. Você deve lembrar que, em um contexto histórico, grupos antagônicos atuam em busca do benefício em comum, por isso setores sociais são atingidos e interpretam um mesmo evento de maneira diferenciada. Durante a escravidão no Brasil, existiam escravos que ganhavam a vida capturando outros escravizados, os capitães-do-mato. Na Alemanha nazista, dentro dos campos de concentração, existiam os sonderkommando, judeus responsáveis por auxiliarem os alemães no processo de extermínio dos seus iguais. O que eles têm em comum? A contribuição de indivíduos com um regime opressor por trocas de benefícios pessoais que aumentam o sofrimento de uma coletividade.
c) Todo regime instaurado tem, em níveis distintos, certo aval da sociedade. No Brasil, antes de 1964, a burguesia não via com bons olhos o crescimento de ideias socialistas e o engajamento da classe trabalhadora. Soma-se o fato de a Igreja Católica realizar manifestações, entre os dias 19 de março e 8 de junho de 1964, conhecidas como "Marcha da Família com Deus e Liberdade ". Você deve lembrar que o conhecimento histórico é produzido por profissionais, por isso você deve estar ciente das discussões historiográficas sobre o tema. Procure sempre as produções e discussões mais atuais e relevantes. Sobre o tema, destaca-se 1964: História do Regime Militar Brasileiro, do historiador Marcos Napolitano.
Exercícios
1. 
Ao definir uma tipologia da consciência histórica, Jörn Rüsen organizou-a em quatro tipos distintos: tradicional, exemplar, crítica e genética. De acordo com seu pensamento, é a partir delas que o ser humano irá desenvolver argumentações para sua vida prática. 
Considerando os pressupostos teóricos, assinale a alternativa abaixo que corresponde à teoria de Rüssen sobre a consciência histórica e sua compreensão acerca da experiência do tempo e do raciocínio moral.
A. A Consciência Tradicional, em relação à experiência do tempo, não admite uma origem e repetição de um modelo cultural e de vida obrigatório. Já em relação ao raciocínio moral, a razão subjacente aos valores é um suposto efetivo que não permite o consenso sobre questões morais.
B. A Consciência Exemplar, em relação à experiência do tempo, percebe uma variedade de casos representativos, mas que não servem de regras gerais de conduta ou sistemas de valores. Já em relação ao raciocínio moral, a moralidade não é a generalidade da obrigação dos valores e sistemas de valores.
C. A Consciência Crítica, em relação à experiência do tempo, admite poucos desvios problematizadores dos modelos religiosos e de vida atuais. Já em relação ao raciocínio moral, existe uma critica aos valores dominantes, mas que não se dirige à idelogia, como estratégia do discurso moral.
D. A Consciência Tradicional, em relação à experiência do tempo, admite uma origem e repetição de um modelo social e de vida relativo. Já em relação ao raciocínio moral, a razão subjacente aos valores é um suposto efetivo que  permite o consenso sobre questões morais.
E. A Consciência Genética, em relação à experiência do tempo, admite transformações dos modelos culturais e de vida alheios em outros próprios e aceitáveis. Já em relação com o raciocínio moral, a mudança temporal  se converte em um elemento decisivo para a validade dos valores morais.
2. 
A noção de patrimônio pode ser percebida como uma forma de compreender como as sociedades relacionam-se com o seu passado, sendo possível entender esses aspectos por meio da sua preservação ou destruição.
Atualmente, o conceito de patrimônio engloba desde a preservação de bens materiais até os patrimônios intangíveis. Entretanto, sua concepção foi cunhada dentro de um contexto específico.
Em relação à conjuntura sociopolítica em que esse termo surgiu, podemos afirmar que:
A. A noção de patrimônio desenvolvida durante a Revolução Francesa, em 1789, restringiu-se apenas à concepção dos bens materiais, os quais eram de suma importância para a manutenção do governo na época e carregavam um simbolismo próprio do Antigo Regime.
B. O surgimento de um modelo burguês de Estado-Nação após a Revolução Francesa, além de provocar transformações políticas e sociais, contribuiu também para a ampliação do entendimento do “patrimônio", trazendo para a discussão a necessidade de preservação do bem público.
C. O conceito de patrimônio foi criado para atender apenas aos ensejos políticos da época, associando-se à ideia de que o “bem público” pertence exclusivamente aos governantes e, portanto, cabe a esses a sua organização e preservação.
D. A destruição patrimonial, material e simbólica provocada no período da Revolução Francesa, e seus desdobramentos posteriores, foi entendida como algo natural ao decurso momentâneo, em nada contribuindo para as discussões em torno da ideia de patrimônio.
E. A noção de patrimônio restringe-se aos elementos materiais, como prédios históricos, que devem ser resguardados e protegidos pela Secretaria de Arquitetura e órgãos responsáveis dos municípios. Outros modelos, embora também devam ser protegidos, não podem ser considerados patrimônio. 
3. 
A educação patrimonial e suas manifestações no espaço escolar podem refletir os embates e debates na sociedade em relação ao passado, perpassando elementos que articulam o saber histórico, o saber histórico escolar e a cultura histórica de uma sociedade.
​​​​​​​Nesse sentido, a discussão em torno da questão patrimonial no Brasil se deu por volta da primeira metade do século XX.
Sobre os fatores que contribuíram para acentuar esses debates, pode-se inferir que:
A. O movimento modernista propôs a criação de vários projetos em relação ao patrimônio e influenciou o novo modelo de política nacional proposto pelo Estado Novo, durante o governo do presidente Getúlio Vargas.
B. O surgimento do IPHAN, em 1937, foi o grande marco para ampliar os debates em torno do patrimônio imaterial, levantando questões como a preservação das comunidades tradicionais no Brasil.
C. As missões de pesquisas folclóricas, idealizadas por Mário de Andrade, contribuíram para a discussão em torno do patrimônio material brasileiro, uma vez que teve como objetivo catalogar os monumentos históricos do Brasil.
D. A criação do IPHAN, o movimento modernista e as missões folclóricas foram eventos que atenderam exclusivamente às necessidades eminentes do Estado Novo, que visavam à preservação do patrimônio brasileiro.
E. A noção de patrimônio, e sua necessidade de preservação, surge no Brasil no início da Primeira República, iniciada pelo presidente Campos Sales, utilizando o modelo da reforma e modernização de Paris.
4. 
O revisionismo histórico é uma ferramente utilizada para (re)escrever e alterar visões consideradas consagradas pela historiografia e pela memória coletiva. Seu uso faz parte do ofício do historiador, tornando-se necessário quando o aparato teórico e metodológico é revisto pelos historiadores. Entretanto, seu uso é amplamente debatido e criticado no meio acadêmico quando é associado a formas de expressão do negacionismo histórico.
Qual alternativaabaixo reflete o debate e problemáticas atuais desse contexto?
A. O conhecimento histórico é um saber produzido e acabado, não sendo necessário "reescrever" a História, uma vez que visões consagradas pela historiografia sustentam-se por contra própria.
B. O conhecimento sobre o passado reflete os anseios e visões da sociedade no presente, mostrando as forças contraditórias que tornam possível a interpretação anacrônica do passado.
C. É impossível obter um conhecimento verídico sobre o passado, uma vez que as fontes primárias estão repletas de preconceito dos autores que a produziram, sendo impossível qualquer forma de conhecimento histórico.
D. A História não se preocupa em demonstrar ou entender o passado, uma vez que o conhecimento de eventos passados é uma prática comum a todos os povos, não sendo necessária a organização de um campo específico para tanto.
E. O revisionismo é aliado do negacionismo, correndo risco de silenciar e falsificar o conhecimento sobre o passado, servindo a propósitos políticos e ideológicos que geralmente refletem o posicionamento de grupos dominantes.
5. 
O espaço escolar é um local privilegiado para o contato de grupos sociais com interesses distintos, organizados por meio de uma prática inclusiva e democrática. O saber histórico escolar revela as relações de forças presentes nessa sociedade e materializa as disputas de memórias.​​​​​​
Dessa forma, como o conhecimento histórico relaciona-se com essa questão?
A. O conhecimento histórico, produzido no âmbito acadêmico e apropriado pelo conhecimento histórico escolar, deve demonstrar as formas de consciência histórica na qual os indivíduos estão inseridos e refletir a representatividade dos grupos sociais e políticos.
B. A cultura dominante de uma sociedade deve ser o modelo padrão ensinado, pois a maioria deve se curvar à minoria, refletindo uma lógica matemática que ordena a sociedade e reforça os papéis sociais desempenhados pelos indivíduos e seus respectivos grupos.
C. Historicamente a formação do Brasil foi ancorada em três segmentos étnicos: o europeu-português, o africano-negro e o indígena-americano. Por isso, o saber histórico escolar deve refletir, exclusivamente, as contribuições de cada segmento para o processo de colonização brasileira.
D. No final do século XIX e início do século XX, uma nova dinâmica étnica e social foi inserida na sociedade brasileira, com a presença de imigrantes europeus, árabes e asiáticos. Entretanto, com respeito à colonização brasileira, a contribuição desses povos deve ser relativizada e amenizada.
E. A colonização brasileira organizou três grupos antagônicos que se relacionaram pacificamente por meio da habilidade nata do português em colonizar. O ensino de História do Brasil deve reforçar o caráter benéfico da colonização portuguesa e refletir a organização pacífica da nossa sociedade.
Desafio
Um bom desempenho como professor não requer apenas conhecimento sobre os acontecimentos situados no tempo e no espaço. É importante que o docente também tenha domínio sobre Teoria da História, para poder ajudar o aluno na compreensão da importância de estudar a disciplina e como ela estrutura o seu conhecimento.
Suponha que você é um professor de História de uma turma de 1º ano do Ensino Médio, e está dando uma aula de Introdução à História. Durante a sua fala, você comenta como o pesquisador da área de História interpreta as fontes e que a disciplina não é dotada de uma verdade absoluta. Em meio a esse contexto, um de seus alunos faz as seguintes perguntas:
a) Como pode a História ser uma ciência se não há como comprovar a veracidade por meio de uma fórmula (como na Matemática ou na Física) ou a partir de uma experiência (como na Química)?
b) Pode o historiador determinar o que aconteceu e estabelecer isso como uma verdade?
Após a consideração do seu aluno, como você responderia a esse Desafio?
Resposta:
a) De fato, a atividade do historiador não é dotada da mesma forma de objetividade que as Ciências Exatas ou Naturais. Não é possível – pelo menos não a partir de uma fórmula ou de um experimento – chegar à veracidade na disciplina, pois a História pertence ao campo das Ciências Humanas. No entanto, o fato de não apresentar a mesma objetividade de áreas como Matemática ou Química não a desqualifica enquanto ciência.
O fato histórico por si só é dotado de objetividade e materialidade, pois ele aconteceu e existe independente da vontade do historiador, sobrevivendo para a posteridade por meio de vestígios do passado – que chamamos de fontes. O que o historiador faz é, a partir da interpretação da documentação, tentar chegar o mais perto possível da veracidade dos fatos, mesmo sabendo que é impossível reconstituir o fato “tal qual aconteceu”.
b) Quanto ao historiador, apesar de pesquisador e do seu comprometimento com a objetividade na pesquisa, ele também é sujeito histórico de seu próprio tempo. Entretanto, a subjetividade não deve ser vista como algo que impede o seu exercício; apenas como um fator limitador inerente à própria disciplina. Ao estar mais consciente disso, o pesquisador pode trabalhar melhor quais são os limites que enfrenta na sua atividade e garantir a qualidade do seu trabalho.
Exercícios
1. 
As questões relativas à objetividade e à subjetividade na História talvez sejam um dos pontos mais sensíveis da disciplina. Adam Sachff, em sua obra História e Verdade, discutiu sobre essas relações, dialogando com seus limites na historiografia. A respeito das discussões entre objetividade e subjetividade na historiografia moderna, assinale a alternativa correta:
A. A objetividade não deve ser almejada pelo pesquisador, pois a história é uma Ciência Humana.
B. O fato histórico em si é dotado de uma objetividade, pois existe independente da vontade do historiador.
C. O objeto de estudo do pesquisador representa um conhecimento objetivo, porém não isento de carga emocional.
D. A ideia do pesquisador neutro ainda faz parte das concepções historiográficas.
E. O historiador está suscetível às limitações de seu tempo, tais como seus laços socioculturais, mas estes nada influenciam no seu papel como pesquisador.
2. 
A Escola Metódica organizou-se a partir do Positivismo e representa a corrente historiográfica francesa, a partir da qual a História afirmou-se enquanto ciência. Como se trata da afirmação da História como ciência, os pressupostos historiográficos estão conciliados com os do Positivismo de Augusto Comte. Sobre tais pressupostos, marque a alternativa correta:
A. Compreendia a História enquanto suscetível às Leis Gerais, tal como as Ciências Naturais.
B. A posição do historiador é relativa e ele não é neutro frente ao conhecimento produzido.
C. Foi influenciado pelas ideias de progresso de Ranke e de Droysen.
D. Representam os mesmos do Historik.
E. Culminaram na organização da Escola Metódica Francesa, que primava pela erudição e pelas narrativas historiográficas.
3. 
“A partir da segunda metade do século XIX, a posição intermediária ocupada pela ciência histórica – entre a especulação filosófica e a explicação causal das ciências naturais – levou historiadores, filósofos, filólogos e sociólogos a investigarem e ressaltarem a especificidade metodológica das ciências humanas. (...) Para Droysen, a história lida costumeiramente com fenômenos que não se deixam entender de maneira determinista. A tarefa do historiador seria, portanto, reconstruir eventos e decifrar significados do passado que se tornaram pouco ou nada evidentes ao olhar contemporâneo.”
ASSIS, Arthur. A teoria da história de Jörn Rüsen: uma introdução. Goiânia: Editora UFG, 2010. p. 8.
As noções sobre a subjetividade do historiador talvez tenham sido um dos principais fatores que influenciaram historiadores contemporâneos e estiveram presentes desde a organização da História como disciplina. Sobre o Historicismo alemão, pode-se afirmar que:
A. Johan Gustav Droysen (1808-1884), Leopold von Ranke (1795-1886) e Émile Durkheim são seus principais representantes.
B. A subjetividade é vista comoum problema que acometia a disciplina.
C. O Historicismo preocupou-se com a explicação da história a partir de modelos explicativos gerais.
D. Utilizou-se da hermenêutica no trato com as fontes textuais.
E. Seus ideais serviram aos interesses da burguesia industrial e à noção de progresso.
4. 
"À primeira vista, a 'lei dos três estados' apresenta-se como uma teoria do conhecimento; considerando-a de mais perto, revela-se também como uma filosofia da história. Com efeito, ao passo que Hegel encara a marcha do Espírito segundo os três tempos da dialética, Comte imagina a progressão do espírito humano por etapa, segundo o ritmo igualmente ternário, mas diferente na sua essência dos três estados."
BOURDÉ, Guy; MARTIN, Hervé. As Escolas Históricas. Lisboa: Europa-América,1990. p. 53.
A "lei dos três estados" refere-se à maneira que o Positivismo explicava as etapas pelas quais as sociedades humanas passavam no tempo. Tal concepção foi influenciada por qual outra corrente filosófica ou histórica?
A. Historicismo.
B. Iluminismo.
C. Romantismo.
D. Historik.
E.  Ciências exatas.
5. 
As chamadas "Escolas Históricas" do século XIX, que marcaram a sua organização enquanto disciplina nas universidades europeias, foram influenciadas por movimentos filosóficos, estéticos e intelectuais. Assinale a alternativa correta quanto às influências sofridas pela historiografia do século XIX quanto à organização dos seus pressupostos teóricos:
A. O Positivismo consiste na corrente filosófica que privilegia a concepção da história como processo.
B. O Historicismo compreende a passagem do tempo como rumo ao progresso.
C. O Romantismo influenciou o movimento historicista no que tange à subjetividade do pesquisador.
D. O Iluminismo influenciou a corrente positivista francesa quanto ao entendimento das particularidades nas sociedades.
E. A Escola Metódica Francesa diferencia-se da corrente Positivista Francesa quanto aos seus pressupostos epistemológicos.
Desafio
A micro-história é uma das perspectivas historiográficas mais importantes surgidas no século XX, a qual afirma ser possível compreender importantes características de um determinado período histórico partindo do estudo de casos muitos específicos. Foi a partir deste processo que o historiador italiano Carlo Ginzburg escreveu a célebre obra O Queijo e os Vermes, que conta a história de Domenico Scandela, um moleiro italiano da primeira metade do século XVI, acusado de heresia pela Inquisição.  
Utilizando a documentação produzida durante o processo de acusação pelo qual Scandela passou, Ginzburg estabeleceu uma conexão entre as leituras acumuladas pelo moleiro ao longo da vida, a sua visão de mundo e a tradição oral da região. Dessa forma, com base na história de um único homem, Ginzburg retratou a mudança na mentalidade ocorrida no período de transição do medievo para a Idade Moderna.  
Neste Desafio, você é um historiador que se deparou com uma situação similar.
Com base nessas informações, como você explicaria a mudança de mentalidade do professor Nelson ao longo do período ditatorial?
Resposta
O processo de fechamento do regime militar de 1964 foi gradual. No início, ainda existia relativa liberdade política e de imprensa, de forma que muitos desmandos do governo eram denunciados pela oposição e pelos jornais. Contudo, com a implementação do AI-5 em 1968, o regime se fechou, cassando mandatos políticos, estabelecendo eleições indiretas para todos os níveis do Executivo e aplicando a censura escancarada sobre a imprensa.
Dessa forma, o noticiário não continha mais nenhum tipo de notícia negativa em relação ao governo, muito menos denúncias de irregularidades ou de medidas arbitrárias.
Por outro lado, a narrativa criada pelo governo sobre o perigo iminente de uma revolução comunista foi habilmente divulgada pela imprensa, o que assustou parcelas significativas da população que, por temer uma ditadura comunista, passou a abraçar as medidas do governo de maneira irrefletida, frequentemente mudando sua posição no espectro político da esquerda para a direita.
Da mesma forma, a forte propaganda de teor nacionalista colocada em prática pelo governo também contribuiu para a criação de um imaginário ufanista, em que o Brasil seria o “país do futuro”. Em resumo, a censura aos jornais e as narrativas oficiais fizeram com que Nelson, sem acesso a visões contrapostas, passasse a apoiar lealmente o governo e suas medidas.
Exercícios
1. 
Ao longo do tempo, ao analisar diferentes produções historiográficas, acaba-se por identificar diferenças substanciais entre umas e outras. Portanto, conclui-se a existência de fatores (que podem ser identificados) que atuam sobre a escrita da História. Considere a seguinte afirmação: o estudo da História da historiografia demonstra que a escrita da História revela mais sobre seu tempo do que sobre seu objeto. Por que isso ocorre?
A. Pelo tipo de idioma utilizado.
B. Pela influência das condições materiais, culturais, sociais e ideológicas.
C. Pelas origens das fontes utilizadas e pelo tipo de ocupação secundária do historiador.
D. Pelas mudanças nas normas técnicas de redação, bem como pelas transformações nas técnicas de impressão.
E. Pelos objetivos diferentes em cada trabalho e pela atenção ao público consumidor.
2. 
Nas últimas décadas, diversas transformações nas ciências humanas impactaram o ofício do historiador, que passou a utilizar categorias e conceitos oriundos de áreas como a Psicanálise, a Linguística e a Antropologia. Assim, qual a importância do simbólico e das representações da pesquisa histórica?
A. Tornar evidentes as relações de causa e efeito.
B. Ampliar o escopo de atuação do historiador.
C. Tornar mais atraente a leitura de textos.
D. Compreender os modos de sentir e o imaginário do período estudado.
E. Desvelar o uso de símbolos em diferentes culturas.
3. 
Ao longo dos séculos, as formas da narrativa histórica passaram por transformações oriundas das formações sociais nas quais estavam inseridas. Dessa forma, é possível determinar a correspondência entre a escrita da História e o período histórico. Portanto, assinale a alternativa que contém as formas de narrativa correspondentes, respectivamente, às idades Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea. ​​​​​​​
A. Mitológica, hagiográfica, nacional e científica.
B. Simbólica, técnica, nacional e científica.
C. Mitológica, moderna, hagiográfica e científica.
D. Mitológica, nacional, científica e simbólica.
E. Pré-histórica, mitológica, hagiográfica e nacional
4. 
Uma das mais importantes tendências historiográficas dos últimos tempos é a história do corpo, a qual afirma que as diferentes visões do corpo podem ajudar na melhor compreensão das sociedades ao longo do tempo. Dessa forma, é possível compreender as relações do imaginário de uma sociedade utilizando um elemento concreto como o corpo humano. Como a concepção do corpo revela a articulação com outros elementos constitutivos de uma sociedade? 
A. Pela maneira como uma sociedade concebe o corpo aprendemos sobre seus discursos dominantes.
B. A forma como uma sociedade representa o corpo humano nos informa sobre a sua genética.
C. A representação do corpo humano explica fatores estritamente religiosos.
D. A divisão entre corpos masculinos e femininos não se explica pelos fenômenos sociais.
E. A representação do corpo reflete valores universais.
5. 
Atualmente, a interdisciplinaridade é uma característica das ciências humanas. A partir da segunda metade do século passado, a Antropologia, a Etnologia, a Psicologia e a Linguística passaram a exercer forte influência sobre o ofício do historiador. Quais os mais importantes conceitos que essas áreas do conhecimento levaram para a História?
A. A longa duração e o presenteísmo.
B. O presenteísmo e as classes sociais.
C. As classes sociais e a revolução.
D. A representação e o simbólico.
E. O simbólico e a longa duração.
Desafio
A Nova História Cultural é multi e interdisciplinar, utilizando-se, principalmente, da Antropologia, da Sociologiae da História da Arte e Literária para pesquisas e elaboração do conhecimento histórico. Assim, embora não se espere que os historiadores culturais sejam vistos como heróis a resolverem os problemas cotidianos contemporâneos, afirma que o estudo da história cultural deve permitir às pessoas pensarem com mais lucidez os problemas e questionamentos da vida. A emergência da Nova História Cultural trouxe um alargamento de temas e abordagens no historiográfico. Fruto do diálogo com várias disciplinas, configura-se como uma história polifônica, cuja expansão trouxe possibilidades.
Imagine que você está na sala de aula discutindo com seus alunos sobre a história da mulher em diferentes contextos no decorrer do tempo. E a turma conduz a discussão para o sentido de o que é ser mulher, qual a definição biológica ou social, e qual dessas definições prevalece diante da sociedade nos dias atuais.
Sendo assim, responda:
a) Qual objeto de aprendizagem poderia ser utilizado para explanar a temática?
b) Como você poderá mediar a curiosidade ingênua para transformá-la em curiosidade epistemológica?
Resposta
a) Com o espaço aberto e o suporte dado pelos debates que vêm se realizando no campo da pesquisa histórica, desde o pós-guerra, os movimentos feministas e os seus aliados ampliam a sua discussão teórica chegando a propor uma nova categoria de análise para a história: o gênero. Tendo como um grande nome o de John Scott, esta autora diz que o gênero não é adquirido ao nascer nem determinado pelo biológico, mas é formado pela cultura.
b) Poderá ser utilizada a Nova História Cultural para abordar a história da mulher, na perspectiva de gênero, e explanar sobre a ideia de que as categorias homem e mulher são socialmente construídas e não podem ser consideradas naturais, fixas ou predeterminadas. Sendo assim, não se pode negar a importância do processo cultural na formação de uma pessoa.
Exercícios
1. 
A Nova História Cultural (NHC) não é apenas a gradual constituição de um novo repertório conceitual, mas também o deslocamento para novas abordagens. As aberturas apontam na direção de um aumento cada vez maior da percepção da complexidade pertinente aos aspectos culturais. Conforme Burke (2008), a Nova História Cultural (NHC) é hoje um novo paradigma de pesquisa e sua ascensão é conhecida como “teoria cultural”.
Por que o autor afirma que a NHC é um novo paradigma de pesquisa?
A. Por causa da teoria cultural, que tem o seu reforço em teóricos como: Jurgen Habermas, Mikhail Baktin, Norbert Elias, Michel Foucault e Pierre Bourdieu.
B. Justamente por causa da aproximação com as outras áreas do conhecimento e com o desenvolvimento da micro-história, chamando atenção para as especificidades locais.
C. Devido às críticas dos marxistas afirmando que a história e a cultura "ficam no ar", falta relação com a base econômica ou social, subestima-se a homogeneidade cultural e os conflitos de culturas distintas em uma mesma sociedade.
D. Devido à aproximação específica com a antropologia, os historiadores conseguem explicar a importância dos valores para a produção, a acumulação e o consumo da população.
E. As fontes e o seu tratamento, os métodos e as conclusões que têm confiabilidade relativa, pois são produzidas e selecionadas com alto grau de condicionamento.
2. 
Inicialmente, a Escola de Annales tinha os seus interesses e foco de investigação voltados para as perspectivas de uma história social e econômica, o que acabava contradizendo as teorias da história tradicional baseada nos feitos dos grandes heróis nacionais.
Diante disso, qual é a relação entre a Escola de Annales e a Nova História Cultural?
A. A Nova História Cultural se dedica às diferenças, aos debates e aos conflitos das tradições compartilhadas em culturas inteiras, enquanto a Escola de Annales buscou apenas o estudo da história em uma perspectiva econômica generalista.
B. A condição de subordinação da mulher ao homem foi um dos principais estudos da Nova História Cultural, sistematizada no estudo do gênero, temática não abordada pela Escola de Annales.
C. À medida que as atividades econômicas eram ligadas ao desenvolvimento da sociedade e das famílias, a temática sobre economia passou a fazer parte dos estudos da Escola de Annales, o que não ocorria na Nova História Cultural.
D. A terceira geração da Escola de Annales, caracterizada por pesquisas históricas sistematizadas em assuntos advindos da cultura, possibilitou a base de surgimento da Nova História Cultural.
E. A relação entre a Escola de Annales e a Nova História Cultural (NHC) se desenvolveu a partir da antropologia histórica, fundamentada no modo de vida dos povos que viveram na antiguidade clássica.
3. 
Conforme Barros (2011), todo objeto historiográfico se entretece no cruzamento não de um, mas de alguns campos históricos que ajudam a constituí-lo. É nesse sentido que se revela a importância de compreender como se dá as noções de “prática” e de “representação” na vertente historiográfica da Nova História Cultural.
Diante do exposto, como podemos definir as noções “prática” e “representação”?
A. As noções complementares de “práticas” e “representações” têm sido muito úteis aos historiadores culturais, particularmente, porque, por meio delas, podemos examinar os objetos culturais produzidos.
B. As noções complementares de “práticas” e “representações” têm sido muito úteis aos historiadores culturais, particularmente, porque, por meio delas, podemos examinar os sujeitos produtores e receptores de cultura.
C. As “práticas” e as “representações” são sempre resultantes de determinadas motivações e necessidades sociais, elas têm um caráter de complementariedade, porque, por meio delas, podemos examinar tanto os objetos culturais como os sujeitos produtores e receptores de cultura.
D. Essas noções são os processos que envolvem a difusão cultural, os sistemas que dão suporte a esses processos e sujeitos e, por fim, as normas a que se conformam as sociedades.
E. Essas noções são as modalidades historiográficas que ocupam um lugar de maior destaque na historiografia, sem demérito para os inúmeros outros campos históricos, das últimas décadas do século XXI.
4. 
A Nova História Cultural percebe a cultura ou a diversidade das formações culturais como um processo que pode ser analisado na esfera da relação interativa entre os sujeitos e os objetos culturais, sendo que, tanto os objetos culturais são criados pelas práticas e representações como os sujeitos receptores e produtores de culturas que fazem parte integrante dos dois elementos.
Diante do exposto, escolha a alternativa que mais se relaciona com essa afirmação​​​​​​​:
A. Todo objeto historiográfico se entretece na relação interativa e no cruzamento não de um, mas de alguns processos e campos históricos que ajudam a constituí-lo.
B. As práticas culturais, além de gerarem, por vezes, produtos culturais no sentido literário e artístico, geram padrões de vida cotidiana (“cultura” no moderno sentido antropológico).
C. A escolha do objeto historiográfico estudado causará determinada tendência de conexão entre História Cultural e História Social, por vezes conclamando também a História Política.
D. As definições, o modo de pensar, a metodologia e a abordagem, tanto na vertente histórica tradicional como na vertente da Nova História Cultural, precisam ser revistos constantemente.
E. A leitura complexa e multidimensional de objetos culturais, representações e práticas tem levado historiadores diversos a ampliar as suas perspectivas de estudos e interesses.
5. 
A narrativa na História Cultural, antes ligada à visão tradicional, volta para dar voz às pessoas comuns, histórias de vida, narrativas culturais, suas estruturas e versões que interferem sobre a percepção do leitor. O desafio é fazer isso sem dar à história um enredo triunfalista e enfatizar a crítica e o conflito de visões e de sentido de cada narrativa.
Diante disso, qual é o teórico com a sua respectiva linha de pesquisa que corresponde a essa afirmação?​​​​​​​
A. Norbert Elias – os conceitosde processo civilizador, embora criticado, foram usados nas pesquisas dos historiadores.
B. Michel Foucault – conceitos dos contrários: progresso e evolução, pensou as descontinuidades culturais e rupturas e a ideia de invenção da cultura, de redes de ideias e pensamentos de dado período, bem como as práticas no nível da microfísica do poder.
C. Pierre Bourdieu – ideia de reprodução cultural da teoria e da prática de habitus, que é diferente de regras, emprego de bens, produção e capital ligado à cultura e à teoria da estratégia de distinção cultural para afirmar a identidade social.
D. Keith Thomas – defendia os pressupostos teóricos da NHC e das representações coletivas como construções culturais da realidade.
E. Mikhail Bakhtin – conceitos de carnavalização e subversão, penetração da alta cultura pela baixa e as muitas vozes de um texto polifônico.
Desafio
Resposta

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