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Colégios Militares 
1º ano 
 
a) Gêneros textuais (poema, cordel, contos, dissertação argumentativa, sarau, textos do cotidiano, 
resumo, textos digitais, letras de música, dissertação expositiva e textos regionais): -interpretar textos 
com auxílio de material gráfico diverso, compreendendo o texto como um recurso multimodal; -identificar 
a finalidade de textos de diferentes gêneros; -localizar informações implícitas em um texto; -reconhecer 
as diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em 
função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido; identificar os objetivos 
de textos através da relação entre tal objetivo e o percurso do autor para alcançá-lo (tese e os argumentos 
que a sustentam); -reconhecer efeitos de ironia ou humor em textos variados; e -reconhecer os efeitos de 
sentido construídos através da escolha lexical ......................................................................................... 1 
b) Conjunção: noções básicas / valor semântico-discursivo; Frase, oração e período / perspectiva 
semântico-discursiva; Processos de composição do período/coordenação e subordinação; Orações 
substantivas / valor semântico-discursivo; Conjunções subordinativas/valor semânticodiscursivo; Orações 
adverbiais / valor semântico-discursivo; Pronome relativo / valor semântico-discursivo; Orações adjetivas 
/ valor semântico-discursivo; Conjunção coordenativa/valor semântico-discursivo; Orações coordenadas: 
-reconhecer as relações de coordenação e subordinação no período composto; -identificar o efeito de 
sentido decorrente da exploração de pronomes relativos; -estabelecer relações de comparação 
semântico-discursivas presentes nos períodos; -compreender as relações semânticas que são 
constituídas através de elementos de composição dos períodos; -perceber as relações de causa e 
consequência oriundas do uso de recursos semânticos; e -perceber as relações de oposição ou contraste 
oriundas do uso de recursos semânticos ................................................................................................ 49 
c) Regência verbal e nominal / valor semântico-discursivo; regência verbal e nominal (crase): -aplicar 
as regras de regência nominal e verbal e uso da crase; e -aplicar as regras de colocação pronominal, de 
acordo com os níveis de linguagem ....................................................................................................... 74 
d) Produção textual escrita: -produzir textos de acordo com os temas propostos (adequação ao tema); 
-produzir textos de acordo com a finalidade e o objetivo comunicativo de cada proposta e gênero 
(adequação ao tipo textual); -empregar adequadamente os principais recursos coesivos (coesão). -
produzir texto coerente, sem ambiguidade (coerência); -selecionar o melhor percurso argumentativo para 
atender ao objetivo do texto (argumentação); -redigir períodos completos; -compreender o texto como um 
recurso multimodal (paragrafação, título, margem, alinhamento, separação silábica); -empregar 
Apostila gerada especialmente para: Thiane Luisa Fagundes 001.581.100-05
 
2 
 
vocabulário específico com o tipo de texto solicitado (adequação vocabular); -dominar a ortografia da 
Língua; e -empregar adequadamente os sinais de pontuação e acentuação ....................................... 100 
e) Alterações introduzidas na ortografia da língua portuguesa pelo Acordo Ortográfico da Língua 
Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, por Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e 
Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e, posteriormente, por Timor Leste, aprovado no Brasil 
pelo Decreto nº 6.583, de 29 de setembro de 2008 e alterado pelo Decreto nº 7.875, de 27 de dezembro 
de 2012 ................................................................................................................................................ 201 
 
 
 
 
 
 
Candidatos ao Vestibular, 
O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br 
para dúvidas relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos 
para um bom desempenho na prova. 
As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, 
portanto, ao entrar em contato, informe: 
• Apostila (universidade); 
• Disciplina (matéria); 
• Número da página onde se encontra a dúvida; e 
• Qual a dúvida. 
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails 
separados. O professor terá até cinco dias úteis para respondê-la. 
Bons estudos! 
 
Apostila gerada especialmente para: Thiane Luisa Fagundes 001.581.100-05
 
1 
 
 
 
Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante 
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica 
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida 
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente 
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores @maxieduca.com.br 
 
GÊNEROS TEXTUAIS 
 
O gênero textual é a forma como a língua é empregada nos textos em suas diversas situações de 
comunicação, de acordo com o seu uso temos gêneros textuais diferentes. É importante lembrar que um 
texto não precisa ter apenas um gênero textual, porém há apenas um que se sobressai. 
Os textos, tanto orais quanto escritos, que têm o objetivo de estabelecer algum tipo de comunicação, 
possuem algumas características básicas que fazem com que possamos saber em qual gênero textual o 
texto se encaixa. Algumas dessas características são: o tipo de assunto abordado, quem está falando, 
para quem está falando, qual a finalidade do texto, qual o tipo do texto (narrativo, argumentativo, 
instrucional, etc.). 
 
Distinguindo 
É essencial saber distinguir o que é gênero textual, gênero literário e tipo textual. Cada uma dessas 
classificações é referente aos textos, porém é preciso ter atenção, cada uma possui um significado 
totalmente diferente da outra. Veja uma breve descrição do que é um gênero literário e um tipo textual: 
Gênero Literário - nestes os textos abordados são apenas os literários, diferente do gênero textual, 
que abrange todo tipo de texto. O gênero literário é classificado de acordo com a sua forma, podendo ser 
do gênero líricos, dramático, épico, narrativo e etc. 
Tipo textual – este é a forma como o texto se apresenta, podendo ser classificado como narrativo, 
argumentativo, dissertativo, descritivo, informativo ou injuntivo. Cada uma dessas classificações varia de 
acordo como o texto se apresenta e com a finalidade para o qual foi escrito. 
Os gêneros textuais são infinitos e cada um deles possui o seu próprio estilo de escrita e de estrutura. 
Desta forma fica mais fácil compreender as diferenças entre cada um deles e poder classifica-los de 
acordo com suas características. 
 
Exemplos de gêneros textuais1 
 
Diário 
É escrito em linguagem informal, sempre consta a data e não há um destinatário específico, 
geralmente, é para a própria pessoa que está escrevendo, é um relato dos acontecimentos do dia. O 
objetivo desse tipo de texto é guardar as lembranças e em alguns momentos desabafar. Veja um exemplo: 
“Domingo, 14 de junho de 1942 
 
1 http://www.portuguesxconcursos.com.br/p/tipologia-textual-tipos-generos.html 
http://www.estudopratico.com.br/generos-textuais/ 
 
a) Gêneros textuais (poema, cordel, contos, dissertação argumentativa, 
sarau, textos do cotidiano, resumo, textos digitais, letras de música, 
dissertação expositiva e textos regionais): -interpretar textos com auxílio de 
material gráfico diverso, compreendendo o texto como um recurso 
multimodal; -identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros;-
localizar informações implícitas em um texto; -reconhecer as diferentes 
formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do 
mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas 
em que será recebido; identificar os objetivos de textos através da relação 
entre tal objetivo e o percurso do autor para alcançá-lo (tese e os 
argumentos que a sustentam); -reconhecer efeitos de ironia ou humor em 
textos variados; e -reconhecer os efeitos de sentido construídos através da 
escolha lexical 
Apostila gerada especialmente para: Thiane Luisa Fagundes 001.581.100-05
 
2 
 
Vou começar a partir do momento em que ganhei você, quando o vi na mesa, no meio dos meus outros 
presentes de aniversário. (Eu estava junto quando você foi comprado, e com isso eu não contava.) 
 
Na sexta-feira, 12 de junho, acordei às seis horas, o que não é de espantar; afinal, era meu aniversário. 
Mas não me deixam levantar a essa hora; por isso, tive de controlar minha curiosidade até quinze para 
as sete. Quando não dava mais para esperar, fui até a sala de jantar, onde Moortje (a gata) me deu as 
boas-vindas, esfregando-se em minhas pernas.” 
Trecho retirado do livro “Diário de Anne Frank”. 
 
Carta 
Esta, dependendo do destinatário pode ser informal, quando é destinada a algum amigo ou pessoa 
com quem se tem intimidade. E formal quando destinada a alguém mais culto ou que não se tenha 
intimidade. Dependendo do objetivo da carta a mesma terá diferentes estilos de escrita, podendo ser 
dissertativa, narrativa ou descritiva. As cartas se iniciam com a data, em seguida vem a saudação, o corpo 
da carta e para finalizar a despedida. 
 
Propaganda 
Este gênero geralmente aparece na forma oral, diferente da maioria dos outros gêneros. Suas 
principais características são a linguagem argumentativa e expositiva, pois a intenção da propaganda é 
fazer com que o destinatário se interesse pelo produto da propaganda. O texto pode conter algum tipo de 
descrição e sempre é claro e objetivo. 
 
Notícia 
Este é um dos tipos de texto que é mais fácil de identificar. Sua linguagem é narrativa e descritiva e o 
objetivo desse texto é informar algo que aconteceu. 
 
Artigo de Opinião 
É comum2 encontrar circulando no rádio, na TV, nas revistas, nos jornais, temas polêmicos que exigem 
uma posição por parte dos ouvintes, espectadores e leitores, por isso, o autor geralmente apresenta seu 
ponto de vista sobre o tema em questão através do artigo de opinião. 
Nos gêneros argumentativos, o autor geralmente tem a intenção de convencer seus interlocutores e, 
para isso, precisa apresentar bons argumentos, que consistem em verdades e opiniões. 
O artigo de opinião é fundamentado em impressões pessoais do autor do texto e, por isso, são fáceis 
de contestar. 
 
Para produzir um bom artigo de opinião é aconselhável seguir algumas orientações. Observe: 
a) Após a leitura de vários pontos de vista, anote num papel os argumentos que mais lhe agradam, 
eles podem ser úteis para fundamentar o ponto de vista que você irá desenvolver. 
 
b) Ao compor seu texto, leve em consideração o interlocutor: quem irá ler a sua produção. A linguagem 
deve ser adequada ao gênero e ao perfil do público leitor. 
 
c) Escolha os argumentos, entre os que anotou, que podem fundamentar a ideia principal do texto de 
modo mais consciente, e desenvolva-os. 
 
d) Pense num enunciado capaz de expressar a ideia principal que pretende defender. 
 
e) Pense na melhor forma possível de concluir seu texto: retome o que foi exposto, ou confirme a ideia 
principal, ou faça uma citação de algum escritor ou alguém importante na área relativa ao tema debatido. 
 
f) Crie um título que desperte o interesse e a curiosidade do leitor. 
 
g) Após o término do texto, releia e observe se nele você se posiciona claramente sobre o tema; se a 
ideia está fundamentada em argumentos fortes e se estão bem desenvolvidos; se a linguagem está 
adequada ao gênero; se o texto apresenta título e se é convidativo e, por fim, observe se o texto como 
um todo é persuasivo. 
 
 
 
2 http://www.odiarioonline.com.br/noticia/43077/VENDEDOR-BRASILEIRO-ESTA-MENOS-SIMPATICO 
Apostila gerada especialmente para: Thiane Luisa Fagundes 001.581.100-05
 
3 
 
Argumentações de Artigos de Opinião 
Argumento de Causa 
Propor uma relação com uma causa e consequência em sua argumentação. 
 
Argumento de Autoridade 
Sempre usar uma fonte, ou um estudo confiável para ter uma credibilidade ao que você defende. 
 
Argumento de Exemplificação 
Mostrar inúmeras comparações e exemplos para ilustrar o seu argumento. 
 
Veja um exemplo de Artigo de Opinião: 
 
Vendedor brasileiro está menos simpático 
Por Bruno Caetano 
 
O brasileiro é sorridente, certo? Nem sempre... Pesquisa realizada pela empresa sueca Better 
Business World Wide, divulgada no final de agosto, mostra o Brasil no penúltimo lugar na classificação 
sobre atendimento a clientes iniciados com um sorriso. Ou seja, o consumidor entra na loja e muitas vezes 
encontra o vendedor de cara fechada. Será que a simpatia deixou de ser uma das nossas marcas 
registradas? O levantamento em questão, chamado Smiling Report, foi feito em 2014 em 69 países e 
resultou em um ranking com 16 posições. A liderança é dos irlandeses, com 97% de atendimentos 
começados com sorriso. O Brasil aparece em 15º, com 79%, na frente apenas do Japão. 
Como se não bastasse o mau posicionamento, pioramos nesse quesito, já que na edição de 2013 da 
pesquisa estávamos na nona colocação. Pela conclusão da Shopper Experience, empresa parceira da 
pesquisa no Brasil, é grave o fato de dois em cada dez consumidores entrarem nas lojas do nosso País 
e serem recebidos sem um sorriso, dada a quantidade de estabelecimentos. E realmente é, pois estamos 
falando de milhares de pontos de venda de produtos e serviços, onde o contato direto com o público tem 
papel determinante para a imagem da empresa. O levantamento aponta que também estamos mal no 
índice de vendas adicionais conquistadas pelos atendentes. A média dos países nesse item foi de 52%; 
o Brasil ficou em 37%, de novo apenas antes do Japão. Honduras foi o líder nesse indicador, com 97%. 
Não tem segredo para melhorar a situação: é preciso investir em atendimento de qualidade. 
Quando preços e produtos são iguais ou similares, é o relacionamento com o cliente que faz a 
diferença, pois é capaz de despertar no consumidor a vontade de adquirir algo e ainda fidelizá-lo. O dono 
de um negócio deve, portanto, escolher muito bem os integrantes da sua equipe, treiná-los e motivá-los 
para que o sorriso apareça, seja sincero e o público se sinta bem no estabelecimento. Com tanta 
concorrência, é fácil o cliente virar as costas porque não se sentiu bem recebido e preferir gastar seu 
dinheiro em outra loja. Além disso, na atual conjuntura econômica, em que as pessoas estão mais 
seletivas e com poder de compra reduzido, perder negócio porque o vendedor está de mau humor ou é 
impensável. 
Bruno Caetano é diretor superintendente do Sebrae-SP 
 
Carta 
A carta é um dos instrumentos mais úteis em situações diversas. É um dos mais antigos meios de 
comunicação. Em uma carta formal é preciso ter cuidado na coerência do tratamento, por exemplo, se 
começamos a carta no tratamento em terceira pessoa devemos ir até o fim em terceira pessoa: se, si, 
consigo, o, a, lhe, sua, diga, não digas, etc., seguindo também os pronomes e formas verbais na terceira 
pessoa. 
Atenção aos pronomes de tratamento como Vossa Senhoria, Vossa Excelência, eles devem concordar 
sempre na terceira pessoa. 
Há vários tipos de cartas, a forma da carta depende do seu conteúdo: 
 
- Carta Pessoal é a carta que escrevemos para amigos, parentes, namorado(a), o remetente é a 
própria pessoa que assina a carta, estas cartas não têm um modelo pronto, são escritas de uma maneira 
particular. 
- Carta Comercial se torna o meio mais efetivo e seguro de comunicação dentro deuma organização. 
A linguagem deve ser clara, simples, correta e objetiva. Existem alguns tipos de carta comercial: 
 
- Particular, familiar ou social: são tipos de correspondência que são trocadas entre particulares, 
cujo assunto, se enquadra em particular, íntimo e pessoal. 
Apostila gerada especialmente para: Thiane Luisa Fagundes 001.581.100-05
 
4 
 
- Bancária: este é focalizado nos assuntos relacionados à vida bancária. 
- Comercial: associado às transações industriais ou comerciais. 
- Oficial: Destinada ao serviço militar, público ou civil. 
 
A documentação comercial compreende os papéis empregados em todas as transações da empresa 
como: Carta, Telegrama, Cheque, Pedido de Duplicatas, Faturas, Memorandos, Relatórios, Avisos, 
Recibos, Fax. Na correspondência a linguagem mais correta é aquela que é adequada ao contexto, ao 
momento, e à relação entre o emissor e o destinatário. 
 
Correspondência oficial 
Correspondência oficial e comercial, que nos é enviada pelos poderes políticos ou por empresas 
privadas (comunicações de multas de trânsito, mudanças de endereço e telefone, propostas para renovar 
assinaturas de revistas, etc.). 
Este tipo de carta caracteriza-se por seguir modelos prontos, em que o remetente só altera alguns 
dados. Apresentam uma linguagem padronizada (repare que elas são extremamente parecidas, 
começando geralmente por “Vimos por meio desta…”) e normalmente são redigidas na linguagem formal 
culta. Nesse tipo de correspondência, mesmo que venha assinada por uma pessoa física, o emissor é 
uma pessoa jurídica (órgão público ou empresa privada), no caso, devidamente representada por um 
funcionário. 
 
Carta Pessoal 
Outro tipo de correspondência é a carta pessoal, que utilizamos para estabelecer contato com amigos, 
parentes, namorado(a). Tais cartas, por serem mais informais que a correspondência oficial e comercial, 
não seguem modelos prontos, caracterizando-se pela linguagem coloquial. Nesse caso o remetente é a 
própria pessoa que assina a correspondência. 
 
Partes da Carta 
- local e data; 
- destinatário; 
- saudação; 
- interlocução com o destinatário; 
- despedida; 
- assinatura. 
Esses itens estão na ordem em que devem aparecer. Caso se esqueça de dizer algo importante e já 
tenha finalizado a carta é só acrescentar a abreviação latina P.S (post scriptum) ou Obs. (observação). 
Essa sigla é originada do verbo latino “post scribere” que significa “escrever depois”. 
 
As Expressões Surradas 
Na produção de textos, devemos evitar frases feitas e expressões surradas (os chamados clichês), 
como “nos píncaros da glória”, “silêncio sepulcral”, “nos primórdios da humanidade”, etc. Na carta, não é 
diferente. Fuja de expressões surradas que já apareceram em milhares de cartas, como “Escrevo-lhes 
estas mal traçadas linhas” ou “Espero que esta vá encontrá-lo gozando de saúde”. 
 
A Coerência no Tratamento 
Na carta formal, é necessário a coerência no tratamento. Se a iniciamos tratando o destinatário por tu, 
devemos manter esse tratamento até o fim, tomando todo o cuidado com pronome e formas verbais. 
Nesse tipo de carta, são comuns os erros de uniformidade de tratamento como o que apresentamos 
abaixo: 
“Você deverá comparecer à reunião. Espero-te ansiosamente. Não se esqueça de trazer tua agenda.” 
 
Observe que não há nenhuma uniformidade de tratamento: começa-se por você (terceira pessoa), 
depois se passa para a segunda pessoa (te), volta-se à terceira (se), terminando com a segunda (tua). 
Ainda com relação à uniformidade, fique atento ao emprego de pronomes de tratamento como Vossa 
Senhoria, Vossa Excelência, etc. Embora se refiram às pessoas com quem falamos, esses pronomes 
devem concordar na terceira pessoa. Veja: 
“Aguardo que Vossa Senhoria possa enviar-me ainda hoje os relatórios de sua autoria. 
Vossa Excelência não precisa preocupar-se com seus auxiliares.” 
 
 
Apostila gerada especialmente para: Thiane Luisa Fagundes 001.581.100-05
 
5 
 
Carta aberta 
A Carta Aberta3 é um modelo de carta (texto epistolar) que tem como principal característica informar, 
instruir, alertar, protestar, reivindicar ou argumentar sobre determinado assunto. 
É um veículo de comunicação coletiva, ou seja, é destinada a várias pessoas (algum público, 
sindicatos, representações, comunidade, etc.). 
Portanto, o destinatário e o remetente da carta aberta não são seres individuais e por isso, ela é 
diferente das cartas pessoais. 
A carta aberta não está reduzida a somente um gênero textual, ou seja, ela pode ser um texto 
instrucional, expositivo, argumentativo ou descritivo. 
Diante disso, vale lembrar que ela pode englobar mais de um gênero, ou seja, ela pode ser ao mesmo 
tempo descritiva e argumentativa. 
Dessa maneira, a carta aberta representa uma importante ferramenta de participação política dos 
cidadãos, uma vez que apresenta determinado assunto de interesse coletivo. 
Lembre-se que a carta aberta não é um texto muito extenso e sua linguagem é clara, coesa e está de 
acordo com as normas gramaticais. 
Geralmente são veiculadas nos meios de comunicação (televisão, rádio, internet, etc.) sendo que os 
assuntos mais abordados apontam algum problema, demanda da comunidade, apoio a uma causa, dentre 
outros. 
 
Estrutura: Como fazer uma Carta Aberta? 
Para produzir uma carta aberta, devemos estar atentos a seguinte estrutura: 
Título: geralmente é acrescentado um título que indica a quem será destinada a carta (comunidade, 
associação, instituição, organização, entidade, autoridade municipais, estaduais e nacionais, etc.) 
Introdução: tal qual um texto dissertativo, ela apresenta introdução, desenvolvimento e conclusão. Na 
introdução, as principais ideias são abordadas pelos destinatários. 
Desenvolvimento: segundo a proposta da carta, nesse momento serão apontados os principais 
argumentos e pontos de vista referentes ao assunto abordado. 
Conclusão: momento de arrematar a ideia e sugerir alguma ação dos interlocutores ou possível 
resolução do problema posto em causa. Na conclusão, ocorre o fechamento da ideia e busca de soluções. 
Despedida: com saudações cordiais e assinatura dos remetentes, a despedida finaliza a carta aberta. 
 
Para compreender melhor o conceito, segue abaixo um exemplo de Carta Aberta: 
 
Carta Aberta a Comunidade de Manaus 
 
De acordo com os problemas que temos passado durante os últimos dias no centro de Manaus, 
resolvemos apontar alguns temas para a reflexão, os quais consideramos de suma importância para a 
comunidade manauara. 
Primeiramente, devemos salientar que o pagamento dos espaços destinados à comercialização dos 
produtos artesanais inclui todos os profissionais que comercializam seus produtos no centro do município. 
Assim, após a inscrição na Prefeitura Municipal, os inscritos deverão pagar a matrícula do espaço 
alugado e ainda um valor de 20% das vendas anuais. 
Esse evento de mudança na legislação a partir do mês de outubro, acarretou diversos problemas para 
os artesões que sofreram com a fiscalização na semana passada no centro da cidade. 
Visto a repercussão do episódio, decidimos entrar em contato com o órgão responsável para ampliar 
o tempo de cadastramento de todos os artesãos, visto a desorganização das últimas inscrições, bem 
como a falta de informação. 
Além disso, depois de nosso contato, a rádio e canal local de televisão, ficaram encarregadas de 
divulgar durante um mês, informações sobre a nova legislação, bem como a importância do 
cadastramento e detalhes sobre o pagamento dos espaços locais. 
Esperamos que todos estejam atentos uma vez que o trabalho de produção e comercialização de 
produtos artesanais representa uma parte considerável de nosso patrimônio, e, portanto, possui um valor 
inestimável para a comunidade. 
 
Atenciosamente, 
 
Associação de Artesãos de Manaus 
 
3 https://www.todamateria.com.br/carta-aberta/ 
Apostila gerada especialmente para: Thiane Luisa Fagundes 001.581.100-056 
 
Carta de reclamação 
A carta de reclamação4 é utilizada quando o remetente descreve um problema ocorrido a um 
destinatário que pode resolvê-lo. É considerado um texto persuasivo, pois o interlocutor tenta convencer 
o receptor da mensagem a encontrar uma solução para o problema apontado na carta. 
Por este motivo, quem reclama deve se utilizar de um discurso argumentativo: descrevendo de maneira 
clara o(s) problema(s), motivo(s) pelo qual pode ter ocorrido, as consequências se não for resolvido. A 
exposição dos fatos deve comprovar que o remetente é quem tem razão, o qual pode ainda, apontar as 
possíveis soluções para que haja entendimento entre as partes. 
É essencial que a carta de reclamação tenha: identificação do remetente e do destinatário, data e local, 
assinatura, documentos em anexo (caso necessário). 
Lembre-se de expor claramente os antecedentes, pois neles estão os motivos pelos quais a 
reclamação está sendo feita. 
A carta deve ser preferencialmente digitada, pois facilita a leitura e evita equívocos. 
 
Veja um exemplo: 
 
Remetente: 
João da Silva 
Rua dos Joaquins, nº 01, Bairro JJ 
000-000 Campinas do Sul 
Destinatário: 
COMPUTERLY, LTDA. 
Rua do equívoco, nº 2 
0000-000 Campinas do Sul 
Campinas do Sul, 29 de Fevereiro de 2009. 
Assunto: computador entregue com estragos aparentes 
 
 
Exmo(s). Senhor (es), 
 
No último dia 05 de Fevereiro, dirigi-me ao seu estabelecimento, situado na Rua do Equívoco, nº 
2, como endereçado, a fim de comprar um computador. Após escolher o modelo que me interessou, 
solicitei que a mercadoria fosse entregue na minha casa. Para tanto, assinei a nota de encomenda 
e paguei a taxa para que fosse realizado o serviço. No dia 10 do mesmo mês, foi-me entregue o 
computador encomendado, no entanto, após ligar o aparelho na tomada constatei que o mesmo 
emitia mais de 8 apitos e não funcionava. 
Diante deste fato, recusei o computador e solicitei que me fosse enviado outro exemplar em 
excelente estado, o que faria jus ao valor já pago. Entretanto, até a presente data continuo à espera. 
O atraso na resolução do problema vem ocasionado vários transtornos ao meu cotidiano. Por este 
motivo, demando que outro computador de mesma marca e modelo seja entregue, sem falta, dentro 
de 3 dias úteis. Caso contrário, anularei a compra e exijo o dinheiro do pagamento de volta. 
 
Sem mais, 
 
João da Silva. 
 
Anexos: fotocópias da nota fiscal de compra e do recibo da taxa de entrega. 
 
Importante: Sempre tenha uma cópia e caso entregue em mão, solicite a assinatura de quem recebeu 
com a data, se possível carimbada (no caso de empresa). 
 
Carta de solicitação 
A carta de solicitação5 faz parte das cartas comerciais e deverá possuir: timbre da empresa, iniciais do 
departamento, número da carta, local e data, destinatário, referência, assunto, saudação, corpo do texto, 
despedida e assinatura. 
 
 
4 http://brasilescola.uol.com.br/redacao/carta-reclamacao.htm 
5 https://brasilcola.wordpress.com/category/carta-de-solicitacao/ 
Apostila gerada especialmente para: Thiane Luisa Fagundes 001.581.100-05
 
7 
 
O objetivo desse tipo de carta, como o próprio nome já diz, é fazer um pedido (solicitar algo) ao 
destinatário. 
 
Veja um exemplo: 
 
Timbre da empresa 
Dep. de vendas 
Nº 02/09 
 
Ao Diretor do Dep.de Faturamento 
João Esleveriano da Costa 
 
Recife, _____ de fevereiro de 2009. 
 
Prezado Senhor, 
Solicito a esse departamento, do qual V.Sª. é diretor, que tenha a gentileza de enviar-me a tabela de 
faturamento do último mês, a fim de que possamos conferir algumas vendas realizadas. 
 
Antecipo-lhe meus agradecimentos, certo de que serei prontamente atendido, dada a eficiência desta 
seção. 
 
Subscrevo-me. 
 
Cordialmente, 
 
Antonie Bernardo da Luz. 
Chefe do departamento de vendas. 
 
Há alguns sinônimos que podem ser utilizados: estimado senhor, peço-lhe o obséquio de, peço-lhe a 
gentileza, solicito a V.Sª. A especial fineza de, informar-me, comunicar-me, desde já, apresento-lhe meus 
agradecimentos, antecipadamente grato, me firmo. 
 
Carta do leitor 
A Carta do leitor6 é um tipo de carta (gênero epistolar) veiculada geralmente em jornais e revistas, 
onde os leitores podem apresentar suas opiniões. 
É um espaço reservado donde as opiniões, sugestões, críticas, perguntas, elogios e reclamações dos 
leitores são publicadas e podem ser visualizadas por qualquer indivíduo. 
Possui uma função relevante para os meios de comunicação, de modo que a carta do leitor assegura 
uma resposta (feed-back) de seus leitores. 
É um importante instrumento de comunicação cujo leitor pode interagir com o meio de comunicação, 
expondo assim, seu ponto de vista sobre uma notícia, reportagem, pesquisa ou qualquer outro assunto 
atual. 
Além disso, ele pode sugerir algum tema a ser abordado. Por esse motivo, é uma importante 
ferramenta de produção de pauta para os veículos de comunicação. 
Desse modo, devemos lembrar que a carta do leitor possui um remetente (emissor ou locutor) e 
destinatário (receptor ou interlocutor). 
Antes de ser publicada ela passa pela equipe de revisão, a qual adaptará o texto e corrigirá possíveis 
erros. 
Por esse motivo, não existe um modelo específico, uma vez que segue o padrão de apresentação e o 
espaço destinado para esse fim determinado pelo meio de comunicação. 
Vale lembrar que a carta do leitor é uma pequena seção do veículo de comunicação, a qual pode ser 
publicada na íntegra, ou somente trechos relevantes. 
Como será publicada, as expressões de baixo calão, ou posições preconceituosas não devem ser 
pronunciadas. 
Além disso, o leitor deve evitar expressões populares, gírias, vícios de linguagem, apresentando seu 
texto numa linguagem formal, ou seja, que segue a norma culta da língua. 
 
6 https://www.todamateria.com.br/carta-do-leitor/ 
Apostila gerada especialmente para: Thiane Luisa Fagundes 001.581.100-05
 
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Importante destacar que, de acordo com o público, a linguagem pode ser mais descontraída, por 
exemplo, numa revista para adolescentes. 
 
Características 
As principais características da carta do leitor são: 
Textos breves e escritos em 1ª pessoa 
Temas atuais e de caráter subjetivo 
Linguagem simples, clara e objetiva 
Presença de destinatário e remetente 
Texto expositivo e argumentativo 
 
Estrutura: Como Fazer uma Carta do Leitor? 
Geralmente as cartas dos leitores não seguem uma estrutura padrão, no entanto, devem apresentar 
alguns elementos estruturais: 
Vocativo: aparece o nome da revista ou do jornal e pode vir acompanhada de local e data (chamado 
de cabeçalho). 
Introdução: pequeno trecho que aborda o assunto que será apresentado e explorado pelo leitor. 
Desenvolvimento: desenvolvimento da argumentação do leitor sobre sua ideia central. 
Conclusão: o leitor arremata suas ideias, e geralmente inclui uma sugestão para o assunto abordado. 
Despedida: representa as saudações finais do leitor, por exemplo, atenciosamente, cordialmente, 
abraços, etc. 
Assinatura: O leitor assina seu nome, o qual pode aparecer em forma de sigla, por exemplo, Afonso 
Miguel Pereira dos Santos (A.M.P.S.) 
 
Exemplos 
Para compreender melhor o conceito de carta do leitor, segue abaixo dois exemplos, donde o primeiro 
apresenta uma linguagem formal e o segundo uma linguagem informal: 
 
Exemplo 1 
 
São Paulo, 12 de dezembro de 2013 
 
Caros Editores da Revista Viagens e Lazer, 
 
Antes de mais nada, gostaria de agradecer a matéria publicada no mês de outubro intitulada “Lugares 
Inóspitos do Planeta” pela riqueza de detalhes e das fotos acrescidas ao texto. 
Após ler a matéria, fiz uma lista dos locais que me interessam conhecer, uma vez que sou antropólogo 
e um grande viajante e explorador de lugares. 
Quanto a isso, tenho uma sugestão para o próximo mês, a inclusão de uma matéria sobre as ilhas Fiji. 
Estive ali durante dois anos de minha vida e pude contemplarbelezas naturais estonteantes. Parabéns 
pelo trabalho! 
 
Agradeço a atenção! 
 
João Ribeiro, Porto Alegre (Rio Grande do Sul) 
 
Editorial 
O editorial é um tipo de texto jornalístico que geralmente aparece no início das colunas. Diferente dos 
outros textos que compõem um jornal, de caráter informativo, os editoriais são textos opinativos. 
Embora sejam textos de caráter subjetivo, podem apresentar certa objetividade. Isso porque são os 
editoriais que apresentam os assuntos que serão abordados em cada seção do jornal, ou seja, Política, 
Economia, Cultura, Esporte, Turismo, País, Cidade, Classificados, entre outros. 
Os textos são organizados pelos editorialistas, que expressam as opiniões da equipe e, por isso, não 
recebem a assinatura do autor. No geral, eles apresentam a opinião do meio de comunicação (revista, 
jornal, rádio, etc.). 
Tanto nos jornais como nas revistas podemos encontrar os editoriais intitulados como “Carta ao Leitor” 
ou “Carta do Editor”. 
Em relação ao discurso apresentado, esse costuma se apoiar em fatos polêmicos ligados ao cotidiano 
social. E quando falamos em discurso, logo nos atemos à questão da linguagem que, mesmo em se 
Apostila gerada especialmente para: Thiane Luisa Fagundes 001.581.100-05
 
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tratando de impressões pessoais, o predomínio do padrão formal, fazendo com que prevaleça o emprego 
da 3ª pessoa do singular, ocupa lugar de destaque. 
 
Estrutura de um editorial: 
- Uma síntese: constituída por uma apresentação - geralmente 1º e 2º parágrafos, refere-se à 
exposição da ideia principal com base na ideia a ser defendida. 
- O corpo do editorial: Revela os argumentos que fundamentam a ideia principal em relação ao 
posicionamento atribuído pelo veículo de comunicação em referência. 
- A conclusão: Refere-se a uma possível solução para o problema levantado ou, em determinados 
casos, incita o leitor a uma reflexão sobre o assunto em pauta. 
 
Notícia 
A notícia é um dos principais tipos de textos jornalísticos existentes e tem como intenção nos informar 
acerca de determinada ocorrência. Bastante recorrente nos meios de comunicação em geral, seja na 
televisão, em sites pela internet ou impresso em jornais ou revistas. 
Caracteriza-se por apresentar uma linguagem simples, clara, objetiva e precisa, pautando-se no relato 
de fatos que interessam ao público em geral. 
 
Estrutura de uma notícia: 
- Manchete ou título principal: Geralmente é grafado de forma bastante evidente, com o objetivo de 
chamar a atenção do leitor. 
- Título auxiliar: Serve como um complemento do principal, com o acréscimo de algumas informações, 
a fim de torná-lo ainda mais chamativo ao leitor. 
- Lide (lead): Corresponde ao primeiro parágrafo e nele são expostas as informações que mais 
despertar a atenção do leitor para continuar com a leitura do texto. Busca responder às questões: Quem? 
Onde? O que? Como? Quando? Por quê? Esta estratégia é bastante utilizada em jornais devido ao seu 
caráter informativo e por poder levar informações rápidas e claras ao leitor. 
- Corpo da notícia: Trata-se da informação propriamente dita, com a exposição mais detalhada dos 
acontecimentos mencionados. Após trazer as informações mais importantes no primeiro parágrafo, os 
parágrafos seguintes apresentam os outros acontecimentos sempre em ordem decrescente de 
relevância. As informações realmente necessárias para o entendimento dos fatos – tais como as 
personagens, o espaço e o tempo – são priorizadas. 
A linguagem é clara, precisa e objetiva, uma vez que se trata de uma informação. 
 
 
Reportagem 
Reportagem é um texto jornalístico amplamente divulgado nos meios de comunicação de massa. A 
reportagem informa, de modo mais aprofundado, fatos de interesse público. Ela situa-se no 
questionamento de causa e efeito, na interpretação e no impacto, somando as diferentes versões de um 
mesmo acontecimento. 
A reportagem não possui uma estrutura rígida, mas geralmente costuma estabelecer conexões com 
o fato central, anunciado no que chamamos de lead (foi visto em Notícia). A partir daí, desenvolve-se a 
narrativa do fato principal, ampliada e composta por meio de citações, trechos de entrevistas, 
depoimentos, dados estatísticos, pequenos resumos, dentre outros recursos. É sempre iniciada por um 
título, como todo texto jornalístico. 
O objetivo de uma reportagem é apresentar ao leitor várias versões para um mesmo fato, informando-
o, orientando-o e contribuindo para formar sua opinião. 
A linguagem utilizada nesse tipo de texto é objetiva, dinâmica e clara, ajustada ao padrão linguístico 
divulgado nos meios de comunicação de massa, que se caracteriza como uma linguagem acessível a 
todos os públicos, mas pode variar de formal para mais informal dependendo do público a que se destina. 
Embora seja impessoal, às vezes é possível perceber a opinião do repórter sobre os fatos ou sua 
interpretação.7 
Para se produzir uma boa reportagem, é fundamental que o repórter ouça todas as versões de um 
fato, a fim de que a verdade apurada seja realmente a verdade que possa ser comprovada, não aquela 
que se imagina que é a verdade. 
Cuidado para não confundir o gênero reportagem com notícia. A reportagem apresenta elementos que 
não são próprios do gênero notícia, entre eles o levantamento de dados, entrevistas com testemunhas 
 
7 CEREJA, William Roberto & MAGALHÃES, Thereza Cochar. Texto e interação. São Paulo, Atual Editora, 2000 
Apostila gerada especialmente para: Thiane Luisa Fagundes 001.581.100-05
 
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e/ou especialistas e uma análise detalhada dos fatos. Embora preze pela objetividade, característica 
importante dos gêneros jornalísticos, a reportagem invariavelmente apresenta um retrato do assunto a 
partir de um ângulo pessoal, por isso, ao contrário da notícia, ela é assinada pelo repórter. Nesse gênero 
é comum encontrar também o recurso da polifonia, pois nele existem outras vozes que não a do repórter, 
por isso o equilíbrio entre os discursos direto e indireto. A finalidade maior da polifonia é permitir que o 
repórter aborde o tema de maneira global e, dessa maneira, isente-se da apresentação dos fatos. 
 
Resenha 
A resenha é um resumo crítico, o autor faz uma descrição breve sobre a obra (pode ser 
cinematográfica, musical, teatral ou literária) a fim de divulgar este trabalho de forma resumida. 
Na verdade a resenha é uma análise sobre a obra, com uma linguagem mais ou menos formal, 
geralmente os resenhistas são pessoas da área devido o vocabulário específico, são estudiosos do 
assunto, e podem influenciar a venda do produto devido a suas críticas ou elogios. 
 
Tipos de resenha 
Resenha crítica 
Avalia e julga obras culturais como filmes, livros e peças teatrais, bem como trabalhos acadêmicos. É 
um texto que descreve o objeto do qual trata e apresenta o juízo de valor do resenhista sobre tal. A 
resenha crítica precisa ter uma contextualização da obra avaliada, assim como suas referências 
completas, de acordo com as regras da ABNT; título a partir do enfoque da análise; considerações sobre 
o que foi avaliado; crítica a respeito dos conteúdos; e indicação para alunos de áreas afins ou possível 
público de interesse. 
 
Resenha descritiva 
A resenha descritiva se assemelha ao resumo descritivo. Ele sintetiza uma obra, apresentando seu 
autor e seus aspectos formais além de contextualizar seus assuntos. Mas, aqui, diferentemente da 
resenha crítica, não há inferência do resenhista, sendo assim, não cabe avaliação ou juízo de valor. 
 
Compreensão de textos informativos, argumentativos e de textos de ordem prática (ordens de 
serviço, instruções, cartas e ofícios) 
 
Compreensão de Textos8 
Confunde-se muito compreensão com interpretação textual. Você sabe dizer a diferença entre ambas? 
Se não, observe, se sim revise: Compreender o texto nada mais é do que ler o que exatamente vem 
escrito nele. 
A compreensão está propensa a três erros: Extrapolação, Redução e Contradição:Extrapolação 
Quando você faz deduções sem ter base no texto, de forma aleatória, de acordo com o seu achismo; 
Vamos simular? Se a frase afirma: Nem todos os candidatos são classificados nos concursos. 
Se você afirmar que todos os candidatos são classificados nos concursos não haveria vagas 
suficientes e você estaria extrapolando, falando algo que não está no texto; 
Redução 
Quando você reduz o significado de determinado trecho do que foi escrito; Se a frase afirma: Nem 
todos os candidatos são classificados nos concursos. E você afirma que nenhum candidato é classificado 
nos concursos. Nesse caso você restringiu o sentido mudando o termo de nem todos para nenhum de 
maneira inadequada, alterando o significado do que está escrito. 
Contradição 
Quando você deduz algo que é oposto ao real significado do que está texto. Se a frase afirma: Nem 
todos os candidatos são classificados nos concursos. E você afirma que todos os candidatos são 
classificados. Então, além de extrapolar você entra em contradição, pois não é isso que o texto afirma. 
Logo, uma forma adequada de reescrever a frase mantendo o seu sentido seria: Alguns candidatos são 
classificados nos concursos. 
 
Interpretação de Texto 
Interpretar o texto requer ir além do que foi escrito pelo autor, torna-se indispensável deduzir a sua 
intencionalidade, por meio de informações implícitas ou explícitas, com o auxílio de alguns itens. São 
eles: 
 
8 Fonte: http://pt.slideshare.net/Nilberte/slide-de-portugus-01-curso-sac (Adaptado) 
Apostila gerada especialmente para: Thiane Luisa Fagundes 001.581.100-05
 
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Raciocínio, que pode ser indutivo ou dedutivo; 
- Indutivo será quando você utilizar uma afirmativa do autor (de caráter particular) para desenvolver 
sua conclusão(geral) a respeito do que foi escrito. Mas, cuidado! Essa alternativa de raciocínio está 
propensa a extrapolação: Vamos simular! 
Se a frase afirma: “Os médicos entrevistados declararam que seus pacientes tiveram uma boa reação 
ao genérico Amoxicilina.” Com base nisso, Você se sente confiante e afirma que essa situação é suficiente 
para justificar que o uso do medicamento genérico pode ser utilizado com a mesma eficácia que o original. 
Neste caso você extrapolou o significado do texto porque o resultado em um grupo de pacientes pode 
não ser igual em todos os outros pacientes. Portanto, esse tipo de raciocínio nem sempre é válido para 
resolver questões, pois está indo além do que foi escrito no texto (além da compreensão). Nessa situação, 
você não compreendeu e sim interpretou, de forma imprecisa e desnecessária. 
- Dedutivo será quando você utilizar uma afirmativa do autor (de caráter geral) para apenas se 
certificar, confirmar, uma conclusão específica. Por exemplo, se a frase afirma: A violência é uma 
característica das cidades grandes de todo o mundo. Com base nisso, você sente segurança suficiente 
para afirmar que O Rio de Janeiro é uma das cidades mais violentas do mundo. Essa é uma boa dedução 
porque se as cidades grandes tem como característica a violência e o Rio de Janeiro é uma Cidade 
Grande, logo, torna-se válida essa conclusão por meio da interpretação do texto, pois você utilizou o que 
estava escrito para fazer analogia com outra situação semelhante. 
 
Tipos de Ofícios Requerimento 
 
Conforme a definição de um dicionário é derivado do verbo requerer, que significa na forma denotativa 
(literal) solicitar, pedir, estar em busca de algo. Logo, redigir um requerimento tem a finalidade de solicitar 
aprovação (deferimento) de algo por escrito a um órgão (Público ou Privado) como uma Secretaria, um 
Colégio, uma Faculdade, etc. 
Portanto, observe uma dica para te auxiliar a identificar um requerimento: 
- Quanto ao desfecho não pode faltar: 
- A fórmula convencional: “Nestes termos, pede deferimento” 
 
Ata 
A ata tem como objetivo registrar qualquer evento em uma instituição, possui formalidades, é uma 
redação técnica. 
Ex. Ata referente ao primeiro conselho de classe realizado pela (nome completo da instituição) Aos 
vinte e três de março de 2010, às dezessete horas e trinta minutos, sob o comando do diretor (nome 
completo), da coordenadora pedagógica (nome completo) e demais professores, realizou-se o primeiro 
conselho de classe referente ao 1º bimestre, tendo por objetivo a análise do rendimento de todos os 
educandos, usando como instrumento de verificação as avaliações formais. Dentre as propostas 
inerentes ao evento, destacaram-se as medidas a serem tomadas no que diz respeito às possíveis falhas 
obtidas mediante o processo avaliativo, com vistas a contorná-las. Constatados e discutidos todos os 
propósitos, a reunião se encerrou, na qual eu (nome da secretária escolar) lavrei a ata, lida e assinada 
por todos os presentes. Belo Horizonte, 23 de março de 2010. 
(Extraído do site www.brasilescola.com.br) 
 
Carta Comercial 
Tem por finalidade estabelecer uma comunicação comercial, entre pessoas e empresas ou somente 
entre empresas. 
Loja da Maria e Cia. Ltda. Comércio de utensílios Av. João, 1000 Goiânia – GO Goiânia, 03 de março 
de 2008. Ao diretor Joaquim Silva Rua das Amendoeiras, 600 Belo Horizonte – MG Prezado Senhor: 
Confirmamos ter recebido uma reivindicação de depósito no valor três mil reais referente ao mês de 
fevereiro. Informamos-lhe que o referido valor foi depositado no dia 1º de março, na agência 0003, conta 
corrente 3225, Banco dos empresários. Por favor, pedimos que o Sr. verifique o extrato e nos comunique 
o pagamento. Pedimos escusas por não termos feito o depósito anteriormente, mas não tínhamos ainda 
a nova conta bancária. Nada mais havendo, reafirmamos os nossos protestos de elevada estima e 
consideração. Atenciosamente, Amélia Sousa Gerente comercial 
(Extraído do site www.brasilescola.com.br) 
 
Procuração 
Tem como finalidade transferir os poderes de alguém (outorgado) para agir em nome de outra pessoa 
(outorgante). 
Apostila gerada especialmente para: Thiane Luisa Fagundes 001.581.100-05
 
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Eu, Eloá Oliveira, brasileira, natural de Marilândia, casada, Residente e Domiciliada em Belo Horizonte, 
MG, Rua Joaquina Silvério, nº 444, RG 4254748, CPF 263.362.421.12, NOMEIO MEU PROCURADOR 
O Sr. João da Silva, brasileiro, natural de Marilândia, casado, Residente e Domiciliado em Belo Horizonte, 
MG, Rua Joaquina Silvério, nº 444, RG 2542636, CPF 263.895.325-13, PARA FINS DE efetivar matrícula, 
junto à Universidade Federal de Minas Gerais, PODENDO em meu nome, fazer a inscrição no curso de 
Pedagogia, para o qual fui selecionada no Processo Seletivo de 2008. Belo Horizonte, 03 de março de 
2009. ___________________ Eloá Oliveira 
(Extraído do site www.brasilescola.com.br) 
 
GÊNEROS LITERÁRIOS 
 
Gênero Narrativo 
Na Antiguidade Clássica, os padrões literários reconhecidos eram apenas o épico, o lírico e o 
dramático. Com o passar dos anos, o gênero épico passou a ser considerado apenas uma variante do 
gênero literário narrativo, devido ao surgimento de concepções de prosa com características diferentes: 
o romance, a novela, o conto, a crônica, a fábula. Porém, praticamente todas as obras narrativas possuem 
elementos estruturais e estilísticos em comum e devem responder a questionamentos, como: quem? o 
que? quando? onde? por quê? Vejamos a seguir: 
 
Épico (ou Epopeia) 
Os textos épicos são geralmente longos e narram histórias de um povo ou de uma nação, envolvem 
aventuras, guerras, viagens, gestos heroicos, etc. Normalmente apresentam um tom de exaltação, isto é, 
de valorização de seus heróis e seus feitos. Dois exemplos são Os Lusíadas, de Luís de Camões, 
e Odisseia, de Homero. 
 
Romance 
É um texto completo, com tempo, espaço e personagens bem definidos e de caráter 
mais aceitável. Também conta as façanhas de um herói, mas principalmente uma história de amor vivida 
por ele e uma mulher, muitas vezes, “proibida” para ele. Apesar dos obstáculos que o separam, o casal 
vive sua paixãoproibida, física, adúltera, pecaminosa e, por isso, costuma ser punido no final. É o tipo de 
narrativa mais comum na Idade Média. Ex: Tristão e Isolda. 
 
Novela 
É um texto caracterizado por ser intermediário entre a longevidade do romance e a brevidade do conto. 
Como exemplos de novelas, podem ser citadas as obras O Alienista, de Machado de Assis, e A 
Metamorfose, de Kafka. 
 
Conto 
É um texto narrativo breve, e de ficção, geralmente em prosa, que conta situações rotineiras, anedotas 
e até folclores. Inicialmente, fazia parte da literatura oral. Boccacio foi o primeiro a reproduzi-lo de forma 
escrita com a publicação de Decamerão. Diversos tipos do gênero textual conto surgiram na tipologia 
textual narrativa: conto de fadas, que envolve personagens do mundo da fantasia; contos de aventura, 
que envolvem personagens em um contexto mais próximo da realidade; contos folclóricos (conto popular); 
contos de terror ou assombração, que se desenrolam em um contexto sombrio e objetivam causar medo 
no expectador; contos de mistério, que envolvem o suspense e a solução de um mistério. 
 
Fábula 
É um texto de caráter fantástico que busca ser inverossímil. As personagens principais são não 
humanos e a finalidade é transmitir alguma lição de moral. 
 
Crônica 
É uma narrativa informal, breve, ligada à vida cotidiana, com linguagem coloquial. Pode ter um tom 
humorístico ou um toque de crítica indireta, especialmente, quando aparece em seção ou artigo de jornal, 
revistas e programas da TV. 
 
Crônica narrativo-descritiva 
Apresenta alternância entre os momentos narrativos e manifestos descritivos. 
 
 
Apostila gerada especialmente para: Thiane Luisa Fagundes 001.581.100-05
 
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Ensaio 
É um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, expondo ideias, críticas e reflexões 
morais e filosóficas a respeito de certo tema. É menos formal e mais flexível que o tratado. Consiste 
também na defesa de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófico, 
político, social, cultural, moral, comportamental, etc.), sem que se paute em formalidades como 
documentos ou provas empíricas ou dedutivas de caráter científico. Exemplo: Ensaio sobre a tolerância, 
de John Locke. 
 
Gênero Dramático 
Trata-se do texto escrito para ser encenado no teatro. Nesse tipo de texto, não há um narrador 
contando a história. Ela “acontece” no palco, ou seja, é representada por atores, que assumem os papéis 
das personagens nas cenas. 
 
Tragédia 
É a representação de um fato trágico, suscetível de provocar compaixão e terror. Aristóteles afirmava 
que a tragédia era "uma representação duma ação grave, de alguma extensão e completa, em linguagem 
figurada, com atores agindo, não narrando, inspirando dó e terror". Ex. Romeu e Julieta, de Shakespeare. 
 
Farsa 
A farsa consiste no exagero do cômico, graças ao emprego de processos como o absurdo, as 
incongruências, os equívocos, a caricatura, o humor primário, as situações ridículas e, em especial, o 
engano. 
 
Comédia 
É a representação de um fato inspirado na vida e no sentimento comum, de riso fácil. Sua origem 
grega está ligada às festas populares. 
 
Tragicomédia 
Modalidade em que se misturam elementos trágicos e cômicos. Originalmente, significava a mistura 
do real com o imaginário. 
 
Poesia de cordel 
Texto tipicamente brasileiro em que se retrata, com forte apelo linguístico e cultural nordestinos, fatos 
diversos da sociedade e da realidade vivida por este povo. 
 
Gênero Lírico 
É certo tipo de texto no qual um eu lírico (a voz que fala no poema e que nem sempre corresponde à 
do autor) exprime suas emoções, ideias e impressões em face do mundo exterior. Normalmente os 
pronomes e os verbos estão em 1ª pessoa e há o predomínio da função emotiva da linguagem. 
 
Elegia 
Um texto de exaltação à morte de alguém, sendo que a morte é elevada como o ponto máximo do 
texto. O emissor expressa tristeza, saudade, ciúme, decepção, desejo de morte. É um poema 
melancólico. Um bom exemplo é a peça Roan e Yufa, de William Shakespeare. 
 
Epitalâmia 
Um texto relativo às noites nupciais líricas, ou seja, noites românticas com poemas e cantigas. Um 
bom exemplo de epitalâmia é a peça Romeu e Julieta nas noites nupciais. 
 
Ode (ou hino) 
É o poema lírico em que o emissor faz uma homenagem à pátria (e aos seus símbolos), às divindades, 
à mulher amada, ou a alguém ou algo importante para ele. O hino é uma ode com acompanhamento 
musical. 
 
Idílio (ou écloga) 
Poema lírico em que o emissor expressa uma homenagem à natureza, às belezas e às riquezas que 
ela dá ao homem. É o poema bucólico, ou seja, que expressa o desejo de desfrutar de tais belezas e 
riquezas ao lado da amada (pastora), que enriquece ainda mais a paisagem, espaço ideal para a paixão. 
A écloga é um idílio com diálogos (muito rara); 
Apostila gerada especialmente para: Thiane Luisa Fagundes 001.581.100-05
 
14 
 
Sátira 
É o poema lírico em que o emissor faz uma crítica a alguém ou a algo, em tom sério ou irônico. Tem 
um forte sarcasmo, pode abordar críticas sociais, a costumes de determinada época, assuntos políticos, 
ou pessoas de relevância social. 
 
Acalanto 
Canção de ninar. 
 
Acróstico 
(Akros = extremidade; stikos = linha), composição lírica na qual as letras iniciais de cada verso formam 
uma palavra ou frase. Ex. 
 
https://www.todamateria.com.br/acrostico/ 
 
Balada 
Uma das mais primitivas manifestações poéticas, são cantigas de amigo (elegias) com ritmo 
característico e refrão vocal que se destinam à dança. 
 
Canção (ou Cantiga, Trova) 
Poema oral com acompanhamento musical. 
 
Gazal (ou Gazel) 
Poesia amorosa dos persas e árabes; odes do oriente médio. 
 
Haicai 
Expressão japonesa que significa “versos cômicos” (=sátira). E o poema japonês formado de três 
versos que somam 17 sílabas assim distribuídas: 1° verso= 5 sílabas; 2° verso = 7 sílabas; 3° verso 5 
sílabas; 
 
Soneto 
É um texto em poesia com 14 versos, dividido em dois quartetos e dois tercetos, com rima geralmente 
em a-ba-b a-b-b-a c-d-c d-c-d. Ex. 
 
 
http://loucura-por-leituras.blogspot.com/2015/07/genero-lirico-o-soneto.html 
 
Vilancete 
São as cantigas de autoria dos poetas vilões (cantigas de escárnio e de maldizer); satíricas, portanto. 
 
 
Apostila gerada especialmente para: Thiane Luisa Fagundes 001.581.100-05
 
15 
 
Gêneros não literários 
 
A linguagem não literária9 apresenta peculiaridades que a diferem da linguagem literária, entre elas o 
emprego de uma linguagem convencional e denotativa, e tem a finalidade de informar de maneira clara e 
sucinta, desconsiderando aspectos estilísticos próprios da linguagem literária. 
Diferentemente do que acontece com os textos literários, nos quais há uma preocupação com o objeto 
linguístico e também com o estilo, os textos não literários apresentam características bem delimitadas 
para que possam cumprir sua principal missão, que é, na maioria das vezes, a de informar. Quando 
pensamos em informação, alguns elementos devem ser elencados, como a objetividade, a transparência 
e o compromisso com uma linguagem não literária, afastando assim possíveis equívocos na interpretação 
de um texto. Para ilustrar melhor as diferenças entre linguagem literária e não literária, observe dois textos 
cuja temática, embora comum a ambos, é abordada em diferentes perspectivas e com escolhas 
vocabulares bem distintas: 
 
Texto 1 (exemplo de linguagem não literária): 
 
Piratininga virou São Paulo: o colégio é hoje uma metrópole 
Os padres jesuítas José de Anchieta e Manoel da Nóbrega subiram a Serra do Mar, nos idos de 1553, 
a fim de buscar um local seguro para se instalar e catequizar os índios. Ao atingir o planalto de Piratininga, 
encontraram o ponto ideal. Tinha “ares frios e temperados como os de Espanha” e “uma terra mui sadia, 
fresca e de boas águas”. Os religiosos construíram um colégio numa pequena colina, próxima aos rios 
Tamanduateí e Anhangabaú, onde celebraram uma missa.Era o dia 25 de janeiro de 1554, data que 
marca o aniversário de São Paulo. Quase cinco séculos depois, o povoado de Piratininga se transformou 
numa cidade de 11 milhões de habitantes. Daqueles tempos, restam apenas as fundações da construção 
feita pelos padres e índios no Pateo do Collegio. 
Piratininga demorou 157 anos para se tornar uma cidade chamada São Paulo, decisão ratificada pelo 
rei de Portugal. Nessa época, São Paulo ainda era o ponto de partida das bandeiras, expedições que 
cortavam o interior do Brasil. Tinham como objetivos a busca de minerais preciosos e o aprisionamento 
de índios para trabalhar como escravos nas minas e lavouras. 
(Disponível em http://www.cidadedesaopaulo.com/sp/br/a-cidade-de-sao-paulo) 
 
Texto 2 (exemplo de linguagem literária) 
 
Soneto sentimental à cidade de São Paulo 
Ó cidade tão lírica e tão fria! 
Mercenária, que importa - basta! - importa 
Que à noite, quando te repousas morta 
Lenta e cruel te envolve uma agonia 
 
Não te amo à luz plácida do dia 
Amo-te quando a neblina te transporta 
Nesse momento, amante, abres-me a porta 
E eu te possuo nua e fugidia. 
 
Sinto como a tua íris fosforeja 
Entre um poema, um riso e uma cerveja 
E que mal há se o lar onde se espera 
 
Traz saudade de alguma Baviera 
Se a poesia é tua, e em cada mesa 
Há um pecador morrendo de beleza? 
(Vinícius de Moraes) 
 
O primeiro texto, publicado em um site de informações sobre a cidade de São Paulo, é um claro 
exemplo de linguagem não literária. A função é transmitir um pouco da história da capital paulista, de 
forma objetiva, clara, sem recursos de linguagem estilísticos, como figuras de linguagem, ou 
características dos textos literários. 
 
9 http://pt.slideshare.net/reinildesdias2010/simone-marcuschi; 
http://pratica2pvsufcg.blogspot.com.br/2013/03/lingua-portuguesa-dominio-discursivo-e.html (Adaptado) 
Apostila gerada especialmente para: Thiane Luisa Fagundes 001.581.100-05
 
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No segundo texto, o poema de Vinícius de Moraes, está claro um linguagem poética, preocupação 
com o estilo, maior expressividade. 
 Em ambos os textos o objeto é o mesmo, a cidade de São Paulo, no entanto, existem grandes 
diferenças no que diz respeito ao plano da linguagem. 
No discurso não literário deve predominar uma linguagem objetiva, clara e concisa a fim de que a 
informação seja repassada de maneira eficiente, livre de possíveis dificuldades que prejudiquem o 
entendimento do texto. 
 
Gêneros como Práticas Histórico-Sociais 
 
Segundo Marcuschi os gêneros textuais são fenômenos históricos, profundamente vinculados à vida 
cultural e social, portanto, são entidades sócio discursivas e formas de ação social em qualquer situação 
comunicativa. 
Caracterizam-se como eventos textuais altamente flexíveis e dinâmicos e muito mais por sus funções 
comunicativas, cognitivas e institucionais, do que por suas peculiaridades linguísticas e estruturais. 
 
Definição e funcionalidade 
Muito se tem falado sobre a diferença entre “tipos textuais” e “gêneros textuais”. 
Alguns teóricos denominam narração; descrição e dissertação como “modos de organização textual”, 
diferenciando-os das terminologias que são considerados “gêneros textuais”. 
Partindo desse pressuposto e pautando-se no estudo de Marcuschi definimos a seguir: 
Tipos textuais: sequência definida pela natureza linguística de sua composição (narração, descrição e 
dissertação); 
 
Gêneros Textuais 
 
São os textos encontrados no nosso cotidiano e apresentam características sócio comunicativas (carta 
pessoal ou comercial, diários, agendas, e-mail, facebook, lista de compras, cardápio entre outros). 
 
Com referência a Bakhtin, concluímos que é impossível se comunicar verbalmente a não ser por um 
texto e obriga-nos a compreender tanto as características estruturais (como ele é feito) como as condições 
sociais (como ele funciona na sociedade). 
 
Tipos textuais voltados para as funções sociais dos textos. 
Informativos. 
Expositivos. 
Numerados. 
Prescritivos. 
Literário. 
Argumentativo. 
 
Segundo Bakhtin, os gêneros são tipos relativamente estáveis de enunciados elaborados pelas mais 
diversas esferas da atividade humana. Por essa relatividade a que se refere o autor, pode-se entender 
que o gênero permite certa flexibilidade quanto à sua composição, favorecendo uma categorização no 
próprio gênero, isto é, a criação de um subgênero. 
 
Tipos textuais como ferramenta. 
Para Bakhtin, quando um indivíduo utiliza a língua, sempre o faz por meio de um tipo de texto ainda 
que possa não ter consciência dessa, ou seja, a escolha de um tipo é um dos passos se não o primeiro 
a ser seguido no processo de comunicação. 
Por isso, os tipos textuais podem ser uma ferramenta que está à disposição do falante, sendo por ele 
escolhidos da maneira que melhor lhe convém para, no processo de comunicação, auxiliá-lo na sua 
expressão linguística. 
Tomar um tipo textual como uma estrutura básica normalmente usada em uma determinada situação 
o torna uma valiosa “ferramenta” que o falante procura, guia e controla para poder expressar a função 
maior da linguagem que é atingir uma comunicação, em maior ou menor grau argumentativo, ou seja, 
uma comunicação cujo objetivo é efetivamente alcançado e concretizado; daí dizer que a argumentação 
está inscrita no uso da língua. 
 
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Gêneros e Domínios Discursivos 
 
Definição de domínio discursivo – Usamos a expressão domínio discursivo para designar uma 
esfera ou instância de produção discursiva ou de atividade humana. – Esses domínios não são textos 
nem discursos, mas propiciam o surgimento de discursos bastante específicos. – Do ponto de vista dos 
domínios, falamos em discurso jurídico, discurso jornalístico, discurso religioso etc., já que as atividades 
jurídica, jornalística ou religiosa não abrangem um gênero em particular, mas dão origem a vários deles. 
– Constituem práticas discursivas nas quais podemos identificar um conjunto de gêneros textuais que, às 
vezes, lhe são próprios (em certos casos exclusivos) como práticas ou rotinas comunicativas 
institucionalizadas. 
Para compreendermos mais facilmente os domínios discursivos com seus respectivos gêneros 
textuais, analisaremos a tabela abaixo: 
 
DISCURSOS 
(FORMAÇÕES DISCURSIVAS/DOMÍNIO 
DISCURSIVO) 
GÊNEROS DO 
DISCURSO/GÊNEROSTEXTUAIS 
RELIGIOSO 
Prece/oração 
Ladainha 
Reza 
Sermão 
Hagiografia 
Parábola 
Homilia etc. 
JORNALÍSTICO 
Notícia 
Reportagem 
Editorial 
Crônica 
Tirinha 
Breves/curtas 
Artigo jornalístico 
Carta de leitor 
Entrevista 
Debate 
Manchete etc. 
ACADÊMICO 
Dissertação 
Tese 
Ensaio 
Resumo 
Resenha 
Artigo científico 
Paper 
Sumário 
Hand-out 
Abstrato 
Palestra 
Conferência etc. 
LITERÁRIO 
Conto 
Romance 
Novela 
Poema 
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18 
 
Tragédia 
Comédia 
Folhetim 
Dedicatória 
Crônica 
Diário 
Fábula 
Epopeia 
Lenda 
Biografia 
Autobiografia etc. 
ELETRÔNICO / DIGITAL 
Chat/bate/papo virtual 
Aula chat 
E-mail/endereço eletrônico 
Blog 
Fotoblog 
Banner 
Barra etc. 
PUBLICITÁRIO 
Anúncio 
Cartaz 
Filmete 
Jingle 
Outdoor/Busdoor/ Bikedoor/Taxidoor 
Panfleto 
Spot 
COTIDIANO 
Conversação e seus tipos 
Bilhete 
Diário 
Anedota 
Piada 
Anotação 
Recado 
Convite etc. 
ESCOLAR 
Aula 
Prova (escrita/oral) 
Ditado 
Protocolo 
Resumo etc. 
 
Questões 
 
01. (TRT 1ª Região - Técnico Judiciário - INST.AOCP/2018) 
A indústria do espírito 
JORDI SOLER – 23 DEZ 2017 - 21:00 
 
O filósofo Daniel Dennett propõe uma fórmula para alcançar a felicidade: “Procure algo mais importante 
que você e dedique sua vida a isso”. 
Essa fórmula vai na contracorrente do que propõe a indústria do espírito no século XXI, que nos diz 
que não há felicidade maior do que essa que sai de dentro de si mesmo, o quepode ser verdade no caso 
de um monge tibetano, mas não para quem é o objeto da indústria do espírito, o atribulado cidadão comum 
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do Ocidente que costuma encontrar a felicidade do lado de fora, em outra pessoa, no seu entorno familiar 
e social, em seu trabalho, em um passatempo, etc. [...] 
A indústria do espírito, uma das operações mercantis mais bem-sucedidas de nosso tempo, cresceu 
exponencialmente nos últimos anos, é só ver a quantidade de instrutores e pupilos de mindfulness e de 
ioga que existem ao nosso redor. Mindfulness e ioga em sua versão pop para o Ocidente, não 
precisamente as antigas disciplinas praticadas pelos mestres orientais, mas um produto prático e de 
rápida aprendizagem que conserva sua estética, seu merchandising e suas toxinas culturais. [...] 
Frente ao argumento de que a humanidade, finalmente, tomou consciência de sua vida interior, por 
que demoramos tanto em alcançar esse degrau evolutivo ?, proporia que, mais exatamente, a burguesia 
ocidental é o objetivo de uma grande operação mercantil que tem mais a ver com a economia do que com 
o espírito, a saúde e a felicidade da espécie humana. [...] 
A indústria do espírito é um produto das sociedades industrializadas em que as pessoas já têm muito 
bem resolvidas as necessidades básicas, da moradia à comida até o Netflix e o Spotify. Uma vez instalada 
no angustiante vazio produzido pelas necessidades resolvidas, a pessoa se movimenta para participar de 
um grupo que lhe procure outra necessidade. 
Esse crescente coletivo de pessoas que cavam em si mesmas buscando a felicidade já conseguiu 
instalar um novo narcisismo, um egocentrismo new age, um egoísmo raivosamente autorreferencial que, 
pelo caminho, veio alterar o famoso equilíbrio latino de mens sana in corpore sano, desviando-o 
descaradamente para o corpo. [...] 
Esse inovador egocentrismo new age encaixa divinamente nessa compulsão contemporânea de 
cultivar o físico, não importa a idade, de se antepor o corpore à mens. Ao longo da história da humanidade 
o objetivo havia sido tornar-se mais inteligente à medida que se envelhecia; os idosos eram sábios, esse 
era seu valor, mas agora vemos sua claudicação: os idosos já não querem ser sábios, preferem estar 
robustos e musculosos, e deixam a sabedoria nas mãos do primeiro iluminado que se preste a dar cursos. 
[...] 
Parece que o requisito para se salvar no século XXI é inscrever-se em um curso, pagar a alguém que 
nos diga o que fazer com nós mesmos e os passos que se deve seguir para viver cada instante com plena 
consciência. Seria saudável não perder de vista que o objetivo principal dessas sessões pagas não é 
tanto salvar a si mesmo, mas manter estável a economia do espírito que, sem seus milhões de 
subscritores, regressaria ao nível que tinha no século XX, aquela época dourada do hedonismo suicida, 
em que o mindfulness era patrimônio dos monges, a ioga era praticada por quatro gatos pingados e o 
espírito era cultivado lendo livros em gratificante solidão. 
(Adaptado de: <https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/26/opinion/1506452714_976157.html>. Acesso em 27 mar. 2018) 
 
Sobre tipologia e gêneros textuais, assinale a alternativa correta. 
(A) O texto “A indústria do espírito” apresenta, majoritariamente, a tipologia narrativa, a qual 
tipicamente emprega verbos no pretérito, como é possível notar neste excerto: “A indústria do espírito, 
uma das operações mercantis mais bem-sucedidas de nosso tempo, cresceu exponencialmente nos 
últimos anos [...]”. 
(B) Não há um número definido de tipologias textuais, uma vez que elas surgem e desaparecem 
conforme as necessidades sociodiscursivas de determinada comunidade. 
(C) O segundo parágrafo do texto “A indústria do espírito” é composto por períodos simples, típicos da 
tipologia injuntiva. 
(D) A maneira com que o texto “A indústria do espírito” se inicia, utilizando uma citação, é comum no 
gênero textual carta aberta. 
(E) O texto “A indústria do espírito” é um exemplar do gênero textual artigo de opinião. 
 
02. (IF/SC - Professor de Língua Portuguesa - IF/SC/2017) De acordo com Bakhtin, os usos da 
língua são tão variados quanto as possibilidades de interação humana. Assim, enunciados específicos 
para determinadas situações sociais, constituídos historicamente, configuram aquilo que esse autor 
chama de____________________________. 
 
Assinale a alternativa que preenche CORRETAMENTE a lacuna do texto acima. 
(A) Textos 
(B) Tipos textuais 
(C) Gêneros 
(D) Discursos 
(E) Contextos 
 
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03. (Pref. de Teresina/PI - Professor de Língua Portuguesa - NUCEPE/2016) Ainda sobre gênero, 
é correto afirmar que uma característica predominante nos gêneros textuais é a: 
 
(A) forma linguística. 
(B) clareza das ideias. 
(C) função sociocomunicativa. 
(D) assunto temático. 
(E) correção gramatical. 
 
04. (SEE/PE - Professor - FGV/2016) Os diversos gêneros textuais destacam uma qualificação 
predominante para cada enunciador; em um texto informativo, por exemplo, o enunciador tem como 
marca específica 
 
(A) o interesse de convencimento. 
(B) o domínio de um conhecimento. 
(C) a necessidade de expressão de uma emoção. 
(D) a condição de prever conhecimentos futuros. 
(E) o objetivo de ensinar procedimentos. 
 
05. (IFB - Professor - IFB/2017) De acordo com as afirmações de Marcuschi (2010) acerca dos tipos 
e gêneros discursivos, estão corretas as alternativas abaixo, EXCETO: 
(A É impossível não se comunicar verbalmente por algum gênero, assim como é impossível não se 
comunicar verbalmente por algum texto. 
(B) Quando dominamos um gênero textual, não dominamos uma forma linguística e sim uma forma de 
realizar linguisticamente objetivos específicos em situações particulares. 
(C) O tipo caracteriza-se muito mais como sequências linguísticas (sequências retóricas) do que como 
textos materializados; a rigor, são modos textuais. 
(D) Os tipos textuais abrangem categorias conhecidas como: narração, argumentação, exposição, 
descrição, injunção. O conjunto de categorias para designar tipos textuais é ilimitado e com tendência a 
aumentar 
(E) Os gêneros textuais são os textos que encontramos em nossa vida diária e que apresentam 
padrões sociocomunicativos característicos definidos por composições funcionais, objetivos enunciativos 
e estilos realizados na integração de forças históricas, sociais, institucionais e técnicas. 
 
 
Gabarito 
 
01.E / 02.C / 03.C / 04.B /05.D 
 
Comentários 
 
01. Resposta: E 
Artigo de opinião é um texto onde o autor apresenta uma opinião ou ponto de vista, neste texto, o autor 
começa propondo ou afirmando uma fórmula mágica para encontrar a felicidade. A frase inicial “Dennett 
propõe uma fórmula para alcançar a felicidade: Procure algo mais importante que você e dedique sua 
vida a isso”, deixa claro uma opinião ou afirmação onde as pessoas podem encontrar a felicidade. 
 
2. Resposta: C 
De acordo com Bakhtin, os usos da língua tão variados dá-se o nome de gêneros. 
 
3. Resposta: C 
Todos os gêneros textuais tem a característica sociocomunicativa, por mais que divergem quanto ao 
conteúdo e forma, todos tem a finalidade da comunicação. Ou seja, a função sociocomunicativa. 
 
04. Resposta: B 
A característica principal de um texto informativo é a informação clara e objetiva, e determinado 
domínio e conhecimento do assunto falado, uma vez que tem a necessidade de transmitir algo preciso, 
claro e correto. 
 
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05. Resposta: D 
Não, os gêneros textuais são limitados, os tipos textuais geralmente abrangem de 5 a 9 tipos. 
 
INTERPRETAÇÃO 
 
Cada vez mais, é comprovada a dificuldade dos estudantes, de qualquer idade, e para qualquer 
finalidade de compreender o que se pede em textos, e também dos enunciados. Qual a importância de 
entender umtexto? 
Para se compreender um texto precisa entender o que um texto não é conforme diz Platão e Fiorin: 
 
“Não é amontoando os ingredientes que se prepara uma receita; assim também não é superpondo 
frases que se constrói um texto”.10 
 
Ou seja, um texto não é um aglomerado de frases, ele tem um começo, meio, fim, uma mensagem a 
transmitir, tem coerência, e cada frase faz parte de um todo. 
Na verdade, o texto pode ser a questão em si, a leitura que fazemos antes de resolver o exercício. E 
como é possível cometer um erro numa simples leitura de enunciado? Mais fácil de acontecer do que se 
imagina. Se na hora da leitura, deixamos de prestar atenção numa só palavra, como um “não”, já muda 
o interpretar. Veja a diferença: 
Qual opção abaixo não pertence ao grupo? 
Qual opção abaixo pertence ao grupo? 
 
Isso já muda totalmente a questão, e se o leitor está desatento, vai marcar a primeira opção que 
encontrar correta. Pode parecer exagero pelo exemplo dado, mas tenha certeza que isso acontece mais 
do que imaginamos, ainda mais na pressão da prova, tempo curto e muitas questões. 
Partindo desse princípio, se podemos errar num simples enunciado, que é um texto curto, imagine os 
erros que podemos cometer ao ler um texto maior, sem prestar devida atenção aos detalhes. É por isso 
que é preciso melhorar a capacidade de leitura e compreensão. 
 
Texto: conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo significativo capaz 
de produzir interação comunicativa (capacidade de codificar e decodificar). 
 
Contexto: um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há certa informação que a 
faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a estruturação do conteúdo a ser 
transmitido. A essa interligação dá-se o nome de contexto. Nota-se que o relacionamento entre as frases 
é tão grande, que se uma frase for retirada de seu contexto original e analisada separadamente, poderá 
ter um significado diferente daquele inicial. O contexto pode ser entendido como unidade linguística maior 
onde se encaixa uma unidade linguística menor.11 
 
Intertexto: quando um texto retoma outro, constrói-se com base em outro. 
 
Intertextualidade: é exatamente a relação entre dois textos. 
 
Interpretação de Texto: o primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a identificação de sua 
ideia principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias, ou fundamentações, as argumentações 
ou explicações que levem ao esclarecimento das questões apresentadas na prova. 
 
Normalmente, numa prova o candidato é convidado a: 
 
Identificar: reconhecer os elementos fundamentais de uma argumentação, de um processo, de uma 
época (neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo). 
Comparar: descobrir as relações de semelhança ou de diferenças entre as situações do texto. 
Comentar: relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade, opinando a respeito. 
Resumir: concentrar as ideias centrais e/ou secundárias em um só parágrafo. 
Parafrasear: reescrever o texto com outras palavras. Exemplo: 
 
 
10 PLATÃO, Fiorin, Lições sobre o texto. Ática 2011. 
11 PLATÂO, Fiorin, Para entender o texto, Ática, 1990. 
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Título do Texto Paráfrases 
 
“O Homem Unido” 
A integração do mundo. 
A integração da humanidade. 
A união do homem. 
Homem + Homem = Mundo. 
A macacada se uniu. (sátira) 
 
Condições Básicas para Interpretar 
 
Faz-se necessário: 
- Conhecimento histórico/literário (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), leitura e prática. 
- Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) e semântico. Na semântica (significado 
das palavras) incluem-se: homônimos e parônimos, denotação e conotação, sinonímia e antonímia, 
polissemia, figuras de linguagem, entre outros. 
- Capacidade de observação e de síntese. 
- Capacidade de raciocínio. 
 
Interpretar X Compreender 
 
Interpretar significa Compreender significa 
Explicar, comentar, julgar, tirar 
conclusões, deduzir. 
Tipos de enunciados: 
- através do texto, infere-se que... 
- é possível deduzir que... 
- o autor permite concluir que... 
- qual é a intenção do autor ao afirmar 
que... 
Intelecção, entendimento, atenção ao que 
realmente está escrito. 
Tipos de enunciados: 
- o texto diz que... 
- é sugerido pelo autor que... 
- de acordo com o texto, é correta ou errada 
a afirmação... 
- o narrador afirma... 
 
Erros de Interpretação 
 
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de interpretação. Os mais frequentes 
são: 
Extrapolação (viagem): ocorre quando se sai do contexto, acrescentando ideias que não estão no 
texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela imaginação. 
Redução: é o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto, esquecendo que o texto 
é um conjunto de ideias, o que pode ser insuficiente para o total do entendimento do tema desenvolvido. 
Contradição: não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões 
equivocadas e, consequentemente, errando a questão. 
 
Atenção: Muitos pensam que há a ótica do escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas 
numa prova de concurso o que deve ser levado em consideração é o que o autor diz e nada mais. 
 
Coesão 
É o emprego de mecanismo de sintaxe que relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre 
si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um pronome relativo, uma conjunção (nexos), 
ou um pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se vai dizer e o que já foi dito. 
São muitos os erros de coesão no dia a dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e do 
pronome oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele do seu antecedente. Não se pode 
esquecer também de que os pronomes relativos têm, cada um, um valor semântico, por isso a 
necessidade de adequação ao antecedente. 
 
Vícios de Linguagem 
Há os vícios de linguagem clássicos (barbarismo, solecismo, cacofonia); no dia a dia, porém, existem 
expressões que são mal empregadas, e por força desse hábito cometem-se erros graves como: 
- “Ele correu risco de vida”, quando a verdade o risco era de morte. 
- “Senhor professor, eu lhe vi ontem”. Neste caso, o pronome oblíquo átono correto é “o”. 
- “No bar: me vê um café”. Erro de posição do pronome, que deveria vir após o verbo (vê-me). 
 
Apostila gerada especialmente para: Thiane Luisa Fagundes 001.581.100-05
 
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Algumas dicas para interpretar um texto 
 
- Leia bastante textos de diversas áreas, assuntos distintos nos trazem diferentes formas de pensar. 
Leia textos de bom nível. 
- Pratique com exercícios de interpretação. Questões simples, mas que nos ajuda a ter certeza que 
estamos prestando atenção na leitura. 
- Cuidado com o “olho ninja”, aquele que quando damos conta, já está no final da página, e nem 
lembramos o que lemos no meio dela. Talvez seja hora de descansar um pouco, ou voltar a leitura num 
ponto que estávamos prestando atenção, e reler. 
- Ative seu conhecimento prévio antes de iniciar o texto. Qualquer informação, mínima que seja, nos 
ajuda a compreender melhor o assunto do texto. 
- Faça uma primeira leitura superficial, para identificar a ideia central do texto, e assim, levantar 
hipóteses e saber sobre o que se fala. 
- Leia as questões antes de fazer uma segunda leitura mais detalhada. Assim, você economiza tempo 
se no meio da leitura identificar uma possível resposta. 
- Preste atenção nas informações não verbais. Tudo que vem junto com o texto, é para ser usado ao 
seu favor. Por isso, imagens, gráficos, tabelas, etc., servem para facilitar nossa leitura. 
- Use o texto. Rabisque, anote, grife, circule... enfim, procure a melhor forma para você, pois cada um 
tem seu jeito de resumir e pontuar melhor os assuntos de um texto. 
 
Além dessas dicas importantes,

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