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Prévia do material em texto

DMAE Uberlândia (Departamento Municipal de 
Água e Esgoto do Município de Uberlândia-MG) 
 
Oficial Administrativo - Nível Médio 
 
 
 
 
Língua Portuguesa 
 
Compreensão e interpretação de textos; ................................................................................................................... 1 
Gêneros e tipos de texto; .............................................................................................................................................. 6 
Figuras de Sintaxe; Figuras de Linguagem; ............................................................................................................ 16 
Articulação textual, coesão e coerência textual; .................................................................................................... 19 
Morfossintaxe; Verbos: flexão, conjugação, vozes, correlação entre tempos e modos verbais; ................... 23 
Concordância verbal e nominal; ............................................................................................................................... 46 
Regência verbal e nominal; ....................................................................................................................................... 49 
Crase; ............................................................................................................................................................................. 53 
Colocação pronominal; .............................................................................................................................................. 56 
Estrutura da oração e do período: aspectos sintáticos e semânticos; ............................................................... 57 
Acentuação gráfica; .................................................................................................................................................... 68 
Ortografia; .................................................................................................................................................................... 70 
Pontuação; .................................................................................................................................................................... 77 
Variação linguística. .................................................................................................................................................... 78 
 
Raciocínio Lógico 
 
RACIOCÍNIO LÓGICO DEDUTIVO: 1. Estruturas lógicas. 2. Lógica de argumentação: analogias, inferências, 
deduções e conclusões. 3. Lógica sentencial (ou proposicional). 3.1 Proposições simples e compostas. 3.2 
Tabelas – verdade de proposições compostas. 3.3 Equivalências. 3.4 Leis de De Morgan. 3.5 Diagramas lógicos. 
4. Lógica de primeira ordem. ............................................................................................................................................. 1 
5. Operações com conjuntos. ..................................................................................................................................... 27 
6. Raciocínio lógico envolvendo problemas aritméticos e matriciais. ............................................................... 30 
PROPORCIONALIDADE: 1. Razões e proporções. 2. Grandezas direta e inversamente proporcionais. 3. 
Regra de três simples e composta. ................................................................................................................................. 34 
4. Porcentagens. ........................................................................................................................................................... 40 
5. Juros simples e compostos. .................................................................................................................................... 41 
ANÁLISE COMBINATÓRIA E PROBABILIDADE: 1. Resolução de situações problemas envolvendo o 
Princípio Fundamental da Contagem. 2. Identificação do espaço amostral e evento de experimentos aleatórios. 
3. Resolução de Problemas envolvendo probabilidade simples. ............................................................................. 44 
ESTATÍSTICA: 1. Conceitos fundamentais de estatística descritiva (população, amostra e 
amostragem).......... ............................................................................................................................................................ 51 
2. Organização de dados (tabelas e gráficos). ......................................................................................................... 55 
3. Medidas de tendência central (média, moda e mediana). ................................................................................ 59 
 
 
 
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Atualidades 
 
Fatos e notícias locais e nacionais acerca de aspectos históricos, geográficos, políticos, econômicos, 
culturais e sociais ligados à atualidade e divulgados pelos principais meios de comunicação impressos ou 
digitais, como jornais, rádios, Internet e televisão. ........................................................................................................ 1 
 
Legislação 
 
Conhecimento da legislação municipal referente ao Estatuto dos Servidores e à Lei Orgânica do 
Município de Uberlândia. ............................................................................................................................... 1 
 
Conhecimentos Específicos 
 
Análise e redação de documentos. Expedientes, sumários, requerimentos, requisições, formulários, 
relatórios, memorandos, cartas comerciais, ofícios, circulares, pareceres, atas, minutas, portarias, declarações, 
notificações, certidões, gráficos, mapas, empenhos, liquidações, demonstrativos. Editais, procurações, 
protocolos, contratos, correspondência, mensagens eletrônicas. ............................................................................... 1 
Atendimento. ................................................................................................................................................................ 21 
Arquivos, conceitos e atividades correlatas. ........................................................................................................... 26 
Supervisão e controle. ................................................................................................................................................. 31 
Administração, fundamentos, funções, conceitos, princípios. Práticas da administração. Fundamentos da 
administração pública. ..................................................................................................................................................... 37 
Contratos. Gestão de contratos. ................................................................................................................................ 51 
Licitações. Conceitos e práticas. Lei de licitações – Lei 8.666 de 1993. ............................................................ 53 
Comunicação. Comunicação na empresa. ............................................................................................................. 102 
Informática, conceitos, práticas fundamentais e sistemas. ................................................................................ 107 
MS Office 2010. .......................................................................................................................................................... 130 
Estoques. Gestão de estoques e almoxarifado. Atividades correlatas. ............................................................. 153 
Inventário e práticas de inventário. .......................................................................................................................159 
Compras, gestão de compras, atividades correlatas. ........................................................................................... 162 
Recursos humanos, gestão de pessoas, práticas de recursos humanos. .......................................................... 168 
Treinamentos. ............................................................................................................................................................ 176 
Reuniões, assembleias. ............................................................................................................................................. 181 
Noções de finanças. Finanças empresariais. Juros, capitalização e descontos. .............................................. 182 
Empréstimos e financiamentos. .............................................................................................................................. 193 
Noções de contabilidade. .......................................................................................................................................... 194 
Registros. Escrituração. ............................................................................................................................................ 202 
Demonstrativos. ......................................................................................................................................................... 207 
Orçamento. Noções de orçamento. Princípios. Orçamento tradicional. Orçamento moderno. ................... 214 
Demonstrativos contábil-financeiros. Planejamento. Conceitos. Estudos. Previsões. .................................. 220 
Rotina e trabalho. ....................................................................................................................................................... 234 
Administração de serviços. ...................................................................................................................................... 236 
Programas e projetos. Conceitos fundamentais. .................................................................................................. 239 
Supervisão e controle. ............................................................................................................................................... 243 
Uso e conservação de equipamentos. ..................................................................................................................... 243 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 1 
 
 
 
COMPREENSÃO DO TEXTO 
 
Há duas operações diferentes no entendimento de um texto. 
A primeira é a apreensão, que é a captação das relações que 
cada parte mantém com as outras no interior do texto. No 
entanto, ela não é suficiente para entender o sentido integral. 
Uma pessoa que conhecesse todas as palavras do texto, mas 
não conhecesse o universo dos discursos, não entenderia o 
significado do mesmo. Por isso, é preciso colocar o texto 
dentro do universo discursivo a que ele pertence e no interior 
do qual ganha sentido. Alguns teóricos chamam o universo 
discursivo de “conhecimento de mundo”, mas chamaremos essa 
operação de compreensão. 
E assim teremos: 
 
Apreensão + Compreensão = Entendimento do texto 
 
Para ler e entender um texto é preciso atingir dois níveis 
de leitura, sendo a primeira a informativa e a segunda à de 
reconhecimento. 
A primeira deve ser feita cuidadosamente por ser o 
primeiro contato com o texto, extraindo-se informações e se 
preparando para a leitura interpretativa. Durante a 
interpretação grife palavras-chave, passagens importantes; 
tente ligar uma palavra à ideia central de cada parágrafo. 
A última fase de interpretação concentra-se nas perguntas 
e opções de respostas. Marque palavras como não, exceto, 
respectivamente, etc., pois fazem diferença na escolha 
adequada. 
Retorne ao texto mesmo que pareça ser perda de tempo. 
Leia a frase anterior e posterior para ter ideia do sentido global 
proposto pelo autor. 
Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias 
seletas e organizadas, através dos parágrafos que é composto 
pela ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a 
conclusão do texto. 
A alusão histórica serve para dividir o texto em pontos 
menores, tendo em vista os diversos enfoques. 
Convencionalmente, o parágrafo é indicado através da 
mudança de linha e um espaçamento da margem esquerda. 
Uma das partes bem distintas do parágrafo é o tópico 
frasal, ou seja, a ideia central extraída de maneira clara e 
resumida. 
Atentando-se para a ideia principal de cada parágrafo, 
asseguramos um caminho que nos levará à compreensão do 
texto. 
Produzir um texto é semelhante à arte de produzir um 
tecido, o fio deve ser trabalhado com muito cuidado para que 
o trabalho não se perca. Por isso se faz necessária a 
compressão da coesão e coerência. 
 
Coesão 
 
É a amarração entre as várias partes do texto. Os principais 
elementos de coesão são os conectivos e vocábulos 
gramaticais, que estabelecem conexão entre palavras ou 
partes de uma frase. O texto deve ser organizado por nexos 
adequados, com sequência de ideias encadeadas logicamente, 
evitando frases e períodos desconexos. Para perceber a falta 
de coesão, a melhor atitude é ler atentamenteo seu texto, 
procurando estabelecer as possíveis relações entre palavras 
que formam a oração e as orações que formam o período e, 
finalmente, entre os vários períodos que formam o texto. Um 
texto bem trabalhado sintática e semanticamente resulta num 
texto coeso. 
 
Coerência 
 
A coerência está diretamente ligada à possibilidade de 
estabelecer um sentido para o texto, ou seja, ela é que faz com 
que o texto tenha sentido para quem lê. Na avaliação da 
coerência será levado em conta o tipo de texto. Em um texto 
dissertativo, será avaliada a capacidade de relacionar os 
argumentos e de organizá-los de forma a extrair deles 
conclusões apropriadas; num texto narrativo, será avaliada 
sua capacidade de construir personagens e de relacionar ações 
e motivações. 
 
Tipos de Composição 
 
Descrição: é representar verbalmente um objeto, uma 
pessoa, um lugar, mediante a indicação de aspectos 
característicos, de pormenores individualizantes. Requer 
observação cuidadosa, para tornar aquilo que vai ser descrito 
um modelo inconfundível. Não se trata de enumerar uma série 
de elementos, mas de captar os traços capazes de transmitir 
uma impressão autêntica. Descrever é mais que apontar, é 
muito mais que fotografar. É pintar, é criar. Por isso, impõe-se 
o uso de palavras específicas, exatas. 
 
Narração: é um relato organizado de acontecimentos reais 
ou imaginários. São seus elementos constitutivos: 
personagens, circunstâncias, ação; o seu núcleo é o incidente, 
o episódio, e o que a distingue da descrição é a presença de 
personagens atuantes, que estão quase sempre em conflito. A 
narração envolve: 
- Quem? Personagem; 
- Quê? Fatos, enredo; 
- Quando? A época em que ocorreram os acontecimentos; 
- Onde? O lugar da ocorrência; 
- Como? O modo como se desenvolveram os 
acontecimentos; 
- Por quê? A causa dos acontecimentos; 
 
Dissertação: é apresentar ideias, analisá-las, é estabelecer 
um ponto de vista baseado em argumentos lógicos; é 
estabelecer relações de causa e efeito. Aqui não basta expor, 
narrar ou descrever, é necessário explanar e explicar. O 
raciocínio é que deve imperar neste tipo de composição, e 
quanto maior a fundamentação argumentativa, mais brilhante 
será o desempenho. 
 
Sentidos Próprio e Figurado 
 
Comumente afirma-se que certas ocorrências de discurso 
têm sentido próprio e sentido figurado. Geralmente os 
exemplos de tais ocorrências são metáforas. Assim, em “Maria 
é uma flor” diz-se que “flor” tem um sentido próprio e um 
sentido figurado. O sentido próprio é o mesmo do enunciado: 
“parte do vegetal que gera a semente”. O sentido figurado é o 
mesmo de “Maria, mulher bela, etc.” O sentido próprio, na 
acepção tradicional não é próprio ao contexto, mas ao termo. 
O sentido tradicionalmente dito próprio sempre 
corresponde ao que definimos aqui como sentido imediato do 
enunciado. Além disso, alguns autores o julgam como sendo o 
sentido preferencial, o que comumente ocorre. 
O sentido dito figurado é o do enunciado que substitui a 
metáfora, e que em leitura imediata leva à mesma mensagem 
que se obtém pela decifração da metáfora. 
Compreensão e 
interpretação de textos; 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 2 
O conceito de sentido próprio nasce do mito da existência 
da leitura ingênua, que ocorre esporadicamente, é verdade, 
mas nunca mais que esporadicamente. 
Não há muito que criticar na adoção dos conceitos de 
sentido próprio e sentido figurado, pois ela abre um caminho 
de abordagem do fenômeno da metáfora. O que é passível de 
crítica é a atribuição de status diferenciado para cada uma das 
categorias. Tradicionalmente o sentido próprio carrega uma 
conotação de sentido “natural”, sentido “primeiro”. 
Invertendo a perspectiva, com os mesmos argumentos, 
poderíamos afirmar que “natural”, “primeiro” é o sentido 
figurado, afinal, é o sentido figurado que possibilita a correta 
interpretação do enunciado e não o sentido próprio. Se o 
sentido figurado é o “verdadeiro” para o enunciado, por que 
não chamá-lo de “natural”, “primeiro”? 
Pela lógica da Retórica tradicional, essa inversão de 
perspectiva não é possível, pois o sentido figurado está 
impregnado de uma conotação desfavorável. O sentido 
figurado é visto como anormal e o sentido próprio, não. Ele 
carrega uma conotação positiva, logo, é natural, primeiro. 
A Retórica tradicional é impregnada de moralismo e 
estetização e até a geração de categorias se ressente disso. 
Essa tendência para atribuir status às categorias é uma 
constante do pensamento antigo, cuja índole era 
hierarquizante, sempre buscando uma estrutura piramidal 
para o conhecimento, o que se estende até hoje em algumas 
teorias modernas. 
Ainda hoje, apesar da imparcialidade típica e necessária ao 
conhecimento científico, vemos conotações de valor sendo 
atribuídas a categorias retóricas a partir de considerações 
totalmente externas a ela. Um exemplo: o retórico que tenha 
para si a convicção de que a qualidade de qualquer discurso se 
fundamenta na sua novidade, originalidade, imprevisibilidade, 
tenderá a descrever os recursos retóricos como “desvios da 
normalidade”, pois o que lhe interessa é pôr esses recursos 
retóricos a serviço de sua concepção estética. 
 
Sentido Imediato 
 
Sentido imediato é o que resulta de uma leitura imediata 
que, com certa reserva, poderia ser chamada de leitura 
ingênua ou leitura de máquina de ler. 
Uma leitura imediata é aquela em que se supõe a existência 
de uma série de premissas que restringem a decodificação tais 
como: 
- As frases seguem modelos completos de oração da língua. 
- O discurso é lógico. 
- Se a forma usada no discurso é a mesma usada para 
estabelecer identidades lógicas ou atribuições, então, tem-se, 
respectivamente, identidade lógica e atribuição. 
- Os significados são os encontrados no dicionário. 
- Existe concordância entre termos sintáticos. 
- Abstrai-se a conotação. 
- Supõe-se que não há anomalias linguísticas. 
- Abstrai-se o gestual, o entoativo e editorial enquanto 
modificadores do código linguístico. 
- Supõe-se pertinência ao contexto. 
- Abstrai-se iconias. 
- Abstrai-se alegorias, ironias, paráfrases, trocadilhos, etc. 
- Não se concebe a existência de locuções e frases feitas. 
- Supõe-se que o uso do discurso é comunicativo. Abstrai-
se o uso expressivo, cerimonial. 
 
Admitindo essas premissas, o discurso será indecifrável, 
ininteligível ou compreendido parcialmente toda vez que nele 
surgirem elipses, metáforas, metonímias, oximoros, ironias, 
alegorias, anomalias, etc. Também passam despercebidas as 
conotações, as iconias, os modificadores gestuais, entoativos, 
editoriais, etc. 
Na verdade, não existe o leitor absolutamente ingênuo, que 
se comporte como uma máquina de ler, o que faz do conceito 
de leitura imediata apenas um pressuposto metodológico. O 
que existe são ocorrências eventuais que se aproximam de 
uma leitura imediata, como quando alguém toma o sentido 
literal pelo figurado, quando não capta uma ironia ou fica 
perplexo diante de um oximoro. 
Há quem chame o discurso que admite leitura imediata de 
grau zero da escritura, identificando-a como uma forma mais 
primitiva de expressão. Esse grau zero não tem realidade, é 
apenas um pressuposto. Os recursos de Retórica são 
anteriores a ele. 
 
Sentido Preferencial 
Para compreender o sentido preferencial é preciso 
conceber o enunciado descontextualizado ou em contexto de 
dicionário. Quando um enunciado é realizado em contexto 
muito rarefeito, como é o contexto em que se encontra uma 
palavra no dicionário, dizemos que ela está 
descontextualizada. Nesta situação, o sentido preferencial é o 
que, na média, primeiro se impõe para o enunciado. Óbvio, o 
sentido que primeiro se impõe paraum receptor pode não ser 
o mesmo para outro. Por isso a definição tem de considerar o 
resultado médio, o que não impede que pela necessidade 
momentânea consideremos o significado preferencial para 
dado indivíduo. 
Algumas regularidades podem ser observadas nos 
significados preferenciais. Por exemplo: o sentido preferencial 
da palavra porco costuma ser: “animal criado em granja para 
abate”, e nunca o de “indivíduo sem higiene”. Em outras 
palavras, geralmente o sentido que admite leitura imediata se 
impõe sobre o que teve origem em processos metafóricos, 
alegóricos, metonímicos. Mas esta regra não é geral. Vejamos 
o seguinte exemplo: “Um caminhão de cimento”. O sentido 
preferencial para a frase dada é o mesmo de “caminhão 
carregado com cimento” e não o de “caminhão construído com 
cimento”. Neste caso o sentido preferencial é o metonímico, o 
que contrapõe a tese que diz que o sentido “figurado” não é o 
“primeiro significado da palavra”. Também é comum o sentido 
mais usado se impor sobre o menos usado. 
Para certos termos é difícil estabelecer o sentido 
preferencial. Um exemplo: Qual o sentido preferencial de 
manga? O de fruto ou de uma parte da roupa? 
 
Questões 
 
01. (SEDS/PE - Sargento Polícia Militar - 
MS/CONCURSOS) O preenchimento adequado da manchete: 
“Pelé afirma que a seleção está bem, ______Portugal e Espanha 
também estão bem preparadas.” faz parte de um recurso de: 
(A) Adequação vocabular. 
(B) Falta de coesão. 
(C) Incoerência. 
(D) Coesão. 
(E) Coerência. 
 
02. (SEDUC/PI - Professor - NUCEP) O sentido da frase: 
Equivale dizer, ainda, que nós somos sujeitos de nossa história 
e de nossa realidade, considerando-se a palavra destacada, 
continuará inalterado, em: 
(A) Equivale dizer, talvez, que nós somos sujeitos de nossa 
história e de nossa realidade. 
(B) Equivale dizer, por outro lado, que nós somos sujeitos 
de nossa história e de nossa realidade. 
(C) Equivale dizer, preferencialmente, que nós somos 
sujeitos de nossa história e de nossa realidade. 
(D) Equivale dizer, novamente, que nós somos sujeitos de 
nossa história e de nossa realidade. 
(E) Equivale dizer, também, que nós somos sujeitos de 
nossa história e de nossa realidade. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 3 
03. (TJ/SP - Agente de Fiscalização Judiciária - 
VUNESP) 
 
No fim da década de 90, atormentado pelos chás de cadeira 
que enfrentou no Brasil, Levine resolveu fazer um 
levantamento em grandes cidades de 31 países para descobrir 
como diferentes culturas lidam com a questão do tempo. A 
conclusão foi que os brasileiros estão entre os povos mais 
atrasados - do ponto de vista temporal, bem entendido - do 
mundo. Foram analisadas a velocidade com que as pessoas 
percorrem determinada distância a pé no centro da cidade, o 
número de relógios corretamente ajustados e a eficiência dos 
correios. Os brasileiros pontuaram muito mal nos dois 
primeiros quesitos. No ranking geral, os suíços ocupam o 
primeiro lugar. O país dos relógios é, portanto, o que tem o 
povo mais pontual. Já as oito últimas posições no ranking são 
ocupadas por países pobres. 
O estudo de Robert Levine associa a administração do 
tempo aos traços culturais de um país. "Nos Estados Unidos, 
por exemplo, a ideia de que tempo é dinheiro tem um alto valor 
cultural. Os brasileiros, em comparação, dão mais importância 
às relações sociais e são mais dispostos a perdoar atrasos", diz 
o psicólogo. Uma série de entrevistas com cariocas, por 
exemplo, revelou que a maioria considera aceitável que um 
convidado chegue mais de duas horas depois do combinado a 
uma festa de aniversário. Pode-se argumentar que os 
brasileiros são obrigados a ser mais flexíveis com os horários 
porque a infraestrutura não ajuda. Como ser pontual se o 
trânsito é um pesadelo e não se pode confiar no transporte 
público? 
(Veja, 2009.) 
 
Há emprego do sentido figurado das palavras em: 
(A) ... os brasileiros estão entre os povos mais atrasados... 
(B) No ranking geral, os suíços ocupam o primeiro lugar. 
(C) Os brasileiros ... dão mais importância às relações 
sociais... 
(D) Como ser pontual se o trânsito é um pesadelo... 
(E) ... não se pode confiar no serviço público? 
 
04. (UNESP - Assistente Administrativo - 
VUNESP/2016) 
 
O gavião 
 
Gente olhando para o céu: não é mais disco voador. Disco 
voador perdeu o cartaz com tanto satélite beirando o sol e a 
lua. Olhamos todos para o céu em busca de algo mais 
sensacional e comovente – o gavião malvado, que mata 
pombas. 
O centro da cidade do Rio de Janeiro retorna assim à 
contemplação de um drama bem antigo, e há o partido das 
pombas e o partido do gavião. Os pombistas ou pombeiros 
(qualquer palavra é melhor que “columbófilo”) querem matar 
o gavião. Os amigos deste dizem que ele não é malvado tal; na 
verdade come a sua pombinha com a mesma inocência com 
que a pomba come seu grão de milho. 
Não tomarei partido; admiro a túrgida inocência das 
pombas e também o lance magnífico em que o gavião se 
despenca sobre uma delas. Comer pombas é, como diria Saint-
Exupéry, “a verdade do gavião”, mas matar um gavião no ar 
com um belo tiro pode também ser a verdade do caçador. 
Que o gavião mate a pomba e o homem mate alegremente 
o gavião; ao homem, se não houver outro bicho que o mate, 
pode lhe suceder que ele encontre seu gavião em outro 
homem. 
 (Rubem Braga. Ai de ti, Copacabana, 1999) 
 
O termo gavião, destacado em sua última ocorrência no 
texto – … pode lhe suceder que ele encontre seu gavião em 
outro homem. –, é empregado com sentido: 
(A) próprio, equivalendo a inspiração. 
(B) próprio, equivalendo a conquistador. 
(C) figurado, equivalendo a ave de rapina. 
(D) figurado, equivalendo a alimento. 
(E) figurado, equivalendo a predador. 
 
Gabarito 
01.D / 02.E / 03.D / 04.E 
 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
 
A leitura é o meio mais importante para chegarmos ao 
conhecimento, portanto, precisamos aprender a ler e não 
apenas “passar os olhos sobre algum texto”. Ler, na verdade, é 
dar sentido à vida e ao mundo, é dominar a riqueza de 
qualquer texto, seja literário, informativo, persuasivo, 
narrativo, possibilidades que se misturam e as tornam 
infinitas. É preciso, para uma boa leitura, exercitar-se na arte 
de pensar, de captar ideias, de investigar as palavras… Para 
isso, devemos entender, primeiro, algumas definições 
importantes: 
 
Texto 
O texto (do latim textum: tecido) é uma unidade básica de 
organização e transmissão de ideias, conceitos e informações 
de modo geral. Em sentido amplo, uma escultura, um quadro, 
um símbolo, um sinal de trânsito, uma foto, um filme, uma 
novela de televisão também são formas textuais. 
 
Interlocutor 
É a pessoa a quem o texto se dirige. 
 
Texto-modelo 
“Não é preciso muito para sentir ciúme. Bastam três – você, 
uma pessoa amada e uma intrusa. Por isso todo mundo sente. 
Se sua amiga disser que não, está mentindo ou se enganando. 
Quem agüenta ver o namorado conversando todo animado 
com outra menina sem sentir uma pontinha de não-sei-o-quê? 
(…) 
É normal você querer o máximo de atenção do seu 
namorado, das suas amigas, dos seus pais. Eles são a parte 
mais importante da sua vida.” 
(Revista Capricho) 
 
Modelo de Perguntas 
1) Considerando o texto-modelo, é possível identificar 
quem é o seu interlocutor preferencial? 
Um leitor jovem. 
 
2) Quais são as informações (explícitas ou não) que 
permitem a você identificar o interlocutor preferencial do 
texto? 
Do contexto podemos extrair indícios do interlocutor 
preferencial do texto: uma jovem adolescente, que pode ser 
acometida pelo ciúme. Observa-se ainda , que a revista 
Capricho tem como público-alvo preferencial: meninas 
adolescentes. 
A linguagem informal típica dos adolescentes. 
 
09 DICASPARA MELHORAR A INTERPRETAÇÃO DE 
TEXTOS 
01) Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do 
assunto; 
02) Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa 
a leitura; 
03) Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto 
pelo menos duas vezes; 
04) Inferir; 
05) Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; 
 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 4 
06) Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do 
autor; 
07) Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor 
compreensão; 
08) Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada 
questão; 
09) O autor defende ideias e você deve percebê-las; 
Fonte: http://portuguesemfoco.com/09-dicas-para-
melhorar-a-interpretacao-de-textos-em-provas/ 
 
Não saber interpretar corretamente um texto pode gerar 
inúmeros problemas, afetando não só o desenvolvimento 
profissional, mas também o desenvolvimento pessoal. O 
mundo moderno cobra de nós inúmeras competências, uma 
delas é a proficiência na língua, e isso não se refere apenas a 
uma boa comunicação verbal, mas também à capacidade de 
entender aquilo que está sendo lido. O analfabetismo funcional 
está relacionado com a dificuldade de decifrar as entrelinhas 
do código, pois a leitura mecânica é bem diferente da leitura 
interpretativa, aquela que fazemos ao estabelecer analogias e 
criar inferências. Para que você não sofra mais com a análise 
de textos, elaboramos algumas dicas para você seguir e tirar 
suas dúvidas. 
Uma interpretação de texto competente depende de 
inúmeros fatores, mas nem por isso deixaremos de contemplar 
alguns que se fazem essenciais para esse exercício. Muitas 
vezes, apressados, descuidamo-nos das minúcias presentes 
em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz 
suficiente, o que não é verdade. Interpretar demanda paciência 
e, por isso, sempre releia, pois uma segunda leitura pode 
apresentar aspectos surpreendentes que não foram 
observados anteriormente. Para auxiliar na busca de sentidos 
do texto, você pode também retirar dele os tópicos frasais 
presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na 
apreensão do conteúdo exposto. Lembre-se de que os 
parágrafos não estão organizados, pelo menos em um bom 
texto, de maneira aleatória, se estão no lugar que estão, é 
porque ali se fazem necessários, estabelecendo uma relação 
hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias 
supracitadas ou apresentando novos conceitos. 
Para finalizar, concentre-se nas ideias que de fato foram 
explicitadas pelo autor: os textos argumentativos não 
costumam conceder espaço para divagações ou hipóteses, 
supostamente contidas nas entrelinhas. Devemos nos ater às 
ideias do autor, isso não quer dizer que você precise ficar preso 
na superfície do texto, mas é fundamental que não criemos, à 
revelia do autor, suposições vagas e inespecíficas. Quem lê com 
cuidado certamente incorre menos no risco de tornar-se um 
analfabeto funcional e ler com atenção é um exercício que deve 
ser praticado à exaustão, assim como uma técnica, que fará de 
nós leitores proficientes e sagazes. Agora que você já conhece 
nossas dicas, desejamos a você uma boa leitura e bons estudos! 
Fonte: http://portugues.uol.com.br/redacao/dicas-para-uma-boa-
interpretacao-texto.html 
 
Questões 
 
O uso da bicicleta no Brasil 
 
A utilização da bicicleta como meio de locomoção no Brasil 
ainda conta com poucos adeptos, em comparação com países 
como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos quais a bicicleta 
é um dos principais veículos nas ruas. Apesar disso, cada vez 
mais pessoas começam a acreditar que a bicicleta é, numa 
comparação entre todos os meios de transporte, um dos que 
oferecem mais vantagens. 
A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicletas e 
a outros veículos que, por lei, devem andar na via e jamais na 
calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são todos 
considerados veículos, com direito de circulação pelas ruas e 
prioridade sobre os automotores. 
Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à 
bicicleta no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade, 
pois as bikes não emitem gases nocivos ao ambiente, não 
consomem petróleo e produzem muito menos sucata de 
metais, plásticos e borracha; a diminuição dos 
congestionamentos por excesso de veículos motorizados, que 
atingem principalmente as grandes cidades; o favorecimento 
da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito bom; e a 
economia no combustível, na manutenção, no seguro e, claro, 
nos impostos. 
No Brasil, está sendo implantado o sistema de 
compartilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por 
exemplo, o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da 
Prefeitura, em parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA, 
com quase um ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São 
Paulo, Santos, Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo país 
aderirem a esse sistema, mais duas capitais já estão com o 
projeto pronto em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do 
compartilhamento é semelhante em todas as cidades. Em 
Porto Alegre, os usuários devem fazer um cadastro pelo site. O 
valor do passe mensal é R$ 10 e o do passe diário, R$ 5, 
podendo-se utilizar o sistema durante todo o dia, das 6h às 
22h, nas duas modalidades. Em todas as cidades que já 
aderiram ao projeto, as bicicletas estão espalhadas em pontos 
estratégicos. 
A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção não 
está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda não sabem 
que a bicicleta já é considerada um meio de transporte, ou 
desconhecem as leis que abrangem a bike. Na confusão de um 
trânsito caótico numa cidade grande, carros, motocicletas, 
ônibus e, agora, bicicletas, misturam-se, causando, muitas 
vezes, discussões e acidentes que poderiam ser evitados. 
Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. A 
verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles estão 
totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. Por isso é 
tão importante usar capacete e outros itens de segurança. A 
maior parte dos motoristas de carros, ônibus, motocicletas e 
caminhões desconhece as leis que abrangem os direitos dos 
ciclistas. Mas muitos ciclistas também ignoram seus direitos e 
deveres. Alguém que resolve integrar a bike ao seu estilo de 
vida e usá-la como meio de locomoção precisa compreender 
que deverá gastar com alguns apetrechos necessários para 
poder trafegar. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, 
as bicicletas devem, obrigatoriamente, ser equipadas com 
campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e 
nos pedais, além de espelho retrovisor do lado esquerdo. 
(Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. Adaptado) 
 
01. De acordo com o texto, o uso da bicicleta como meio de 
locomoção nas metrópoles brasileiras 
(A) decresce em comparação com Holanda e Inglaterra 
devido à falta de regulamentação. 
(B) vem se intensificando paulatinamente e tem sido 
incentivado em várias cidades. 
(C) tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela 
maioria dos moradores. 
(D) é uma alternativa dispendiosa em comparação com os 
demais meios de transporte. 
(E) tem sido rejeitado por consistir em uma atividade 
arriscada e pouco salutar. 
 
02. A partir da leitura, é correto concluir que um dos 
objetivos centrais do texto é 
(A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do 
ciclista. 
(B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta é 
mais seguro do que dirigir um carro. 
(C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bicicleta 
no Brasil. 
 
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Língua Portuguesa 5 
(D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como meio 
de locomoção se consolidou no Brasil. 
(E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista 
deve dar prioridade ao pedestre. 
 
03. Considere o cartum de Evandro Alves. 
 
Afogado no Trânsito 
 
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br) 
 
Considerando a relação entre o título e a imagem, é correto 
concluir que um dos temas diretamente explorados no cartum 
é 
(A) o aumento da circulação de ciclistas nas vias públicas. 
(B) a má qualidade da pavimentação em algumas ruas. 
(C) a arbitrariedade na definição dos valores das multas. 
(D) o número excessivo de automóveis nas ruas. 
(E) o uso de novas tecnologias no transporte público. 
 
04. Considere o cartum de Douglas Vieira. 
 
Televisão 
 
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br. Adaptado) 
 
É correto concluir que, de acordo com o cartum , 
(A) os tipos de entretenimento disponibilizados pelo livro 
ou pela TV são equivalentes. 
(B) o livro, em comparação com a TV, leva a uma 
imaginação mais ativa. 
(C) o indivíduo que prefere ler a assistir televisão é alguém 
que não sabe se distrair. 
(D) a leitura de um bom livro é tão instrutiva quanto 
assistir a um programa de televisão. 
(E) a televisão e o livro estimulam a imaginação de modo 
idêntico, embora ler seja mais prazeroso. 
 
Leia o texto para responder às questões: 
 
Propensão à ira de trânsito 
 
Dirigir um carro é estressante, além de inerentemente 
perigoso. Mesmo que o indivíduo seja o motorista mais seguro 
do mundo, existem muitas variáveis de risco no trânsito, como 
clima, acidentes de trânsito e obras nas ruas. 
 
E com relação a todas as outras pessoas nas ruas? Algumas 
não são apenas maus motoristas, sem condições de dirigir, mas 
também se engajam num comportamento de risco – algumas 
até agem especificamente para irritar o outro motorista ou 
impedir que este chegue onde precisa. 
Essa é a evolução de pensamento que alguém poderá ter 
antes de passar para a ira de trânsito de fato, levando um 
motorista a tomar decisões irracionais. 
Dirigir pode ser uma experiência arriscada e emocionante. 
Para muitos de nós, os carros são a extensão de nossa 
personalidade e podem ser o bem mais valioso que possuímos. 
Dirigir pode ser a expressão de liberdade para alguns, mas 
também é uma atividade que tende a aumentar os níveis de 
estresse, mesmo que não tenhamos consciência disso no 
momento. 
Dirigir é também uma atividade comunitária. Uma vez que 
entra no trânsito, você se junta a uma comunidade de outros 
motoristas, todos com seus objetivos, medos e habilidades ao 
volante. Os psicólogos Leon James e Diane Nahl dizem que um 
dos fatores da ira de trânsito é a tendência de nos 
concentrarmos em nós mesmos, descartando o aspecto 
comunitário do ato de dirigir. 
Como perito do Congresso em Psicologia do Trânsito, o Dr. 
James acredita que a causa principal da ira de trânsito não são 
os congestionamentos ou mais motoristas nas ruas, e sim 
como nossa cultura visualiza a direção agressiva. As crianças 
aprendem que as regras normais em relação ao 
comportamento e à civilidade não se aplicam quando 
dirigimos um carro. Elas podem ver seus pais envolvidos em 
comportamentos de disputa ao volante, mudando de faixa 
continuamente ou dirigindo em alta velocidade, sempre com 
pressa para chegar ao destino. 
Para complicar as coisas, por vários anos psicólogos 
sugeriam que o melhor meio para aliviar a raiva era 
descarregar a frustração. Estudos mostram, no entanto, que a 
descarga de frustrações não ajuda a aliviar a raiva. Em uma 
situação de ira de trânsito, a descarga de frustrações pode 
transformar um incidente em uma violenta briga. 
Com isso em mente, não é surpresa que brigas violentas 
aconteçam algumas vezes. A maioria das pessoas está 
predisposta a apresentar um comportamento irracional 
quando dirige. Dr. James vai ainda além e afirma que a maior 
parte das pessoas fica emocionalmente incapacitada quando 
dirige. O que deve ser feito, dizem os psicólogos, é estar ciente 
de seu estado emocional e fazer as escolhas corretas, mesmo 
quando estiver tentado a agir só com a emoção. 
(Jonathan Strickland. Disponível em: http://carros.hsw.uol.com.br/furia-no-
transito1 .htm. Acesso em: 01.08.2013. Adaptado) 
 
05. Tomando por base as informações contidas no texto, é 
correto afirmar que 
(A) os comportamentos de disputa ao volante acontecem à 
medida que os motoristas se envolvem em decisões 
conscientes. 
(B) segundo psicólogos, as brigas no trânsito são causadas 
pela constante preocupação dos motoristas com o aspecto 
comunitário do ato de dirigir. 
(C) para Dr. James, o grande número de carros nas ruas é o 
principal motivo que provoca, nos motoristas, uma direção 
agressiva. 
(D) o ato de dirigir um carro envolve uma série de 
experiências e atividades não só individuais como também 
sociais. 
(E) dirigir mal pode estar associado à falta de controle das 
emoções positivas por parte dos motoristas. 
 
Gabarito 
 
1. (B) / 2. (A) / 3. (D) / 4. (B) / 5. (D) 
 
 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 6 
 
 
GÊNEROS TEXTUAIS 
 
Os gêneros textuais são classificados conforme as 
características comuns que os textos apresentam em relação à 
linguagem e ao conteúdo. 
Existem muitos gêneros textuais, os quais promovem uma 
interação entre os interlocutores (emissor e receptor) de 
determinado discurso. 
São exemplos resenha crítica jornalística, publicidade, 
receita de bolo, menu do restaurante, bilhete ou lista de 
supermercado. 
É importante considerar seu contexto, função e finalidade, 
pois o gênero textual pode conter mais de um tipo textual. Isso, 
por exemplo, quer dizer que uma receita de bolo apresenta a 
lista de ingredientes necessários (texto descritivo) e o modo 
de preparo (texto injuntivo).1 
 
Distinguindo 
 
É essencial saber distinguir o que é gênero textual, gênero 
literário e tipo textual. Cada uma dessas classificações é 
referente aos textos, porém é preciso ter atenção, cada uma 
possui um significado totalmente diferente da outra. Veja uma 
breve descrição do que é um gênero literário e um tipo textual: 
Gênero Literário - é classificado de acordo com a sua 
forma, podendo ser do gênero líricos, dramático, épico, 
narrativo e etc. 
Tipo Textual - este é a forma como o texto se apresenta, 
podendo ser classificado como narrativo, argumentativo, 
dissertativo, descritivo, informativo ou injuntivo. Cada uma 
dessas classificações varia de acordo como o texto se 
apresenta e com a finalidade para o qual foi escrito. 
 
Tipos de Gêneros Textuais 
 
Cada texto possuiu uma linguagem e estrutura. Note que 
existem inúmeros gêneros textuais dentro das categorias 
tipológicas de texto. Em outras palavras, gêneros textuais são 
estruturas textuais peculiares que surgem dos tipos de textos: 
narrativo, descritivo, dissertativo-argumentativo, expositivo e 
injuntivo. 
 
Texto Narrativo 
Os textos narrativos apresentam ações de personagens no 
tempo e no espaço. A estrutura da narração é dividida em: 
apresentação, desenvolvimento, clímax e desfecho. 
 
Alguns exemplos de gêneros textuais narrativos: 
• Romance 
• Novela 
• Crônica 
• Contos de Fada 
• Fábula 
• Lendas 
 
Texto Descritivo 
Os textos descritivos se ocupam de relatar e expor 
determinada pessoa, objeto, lugar, acontecimento. Dessa 
forma, são textos repletos de adjetivos, os quais descrevem ou 
apresentam imagens a partir das percepções sensoriais do 
locutor (emissor). 
 
São exemplos de gêneros textuais descritivos: 
 
1 https://www.todamateria.com.br/generos-textuais/ 
• Diário 
• Relatos (viagens, históricos, etc.) 
• Biografia e autobiografia 
• Notícia• Currículo 
• Lista de compras 
• Cardápio 
• Anúncios de classificados 
 
Texto Dissertativo-Argumentativo 
Os textos dissertativos são aqueles encarregados de expor 
um tema ou assunto por meio de argumentações. São 
marcados pela defesa de um ponto de vista, ao mesmo tempo 
que tentam persuadir o leitor. Sua estrutura textual é dividida 
em três partes: tese (apresentação), antítese 
(desenvolvimento), nova tese (conclusão). 
 
Exemplos de gêneros textuais dissertativos: 
• Editorial Jornalístico 
• Carta de opinião 
• Resenha 
• Artigo 
• Ensaio 
• Monografia, dissertação de mestrado e tese de doutorado 
 
Texto Expositivo 
Os textos expositivos possuem a função de expor 
determinada ideia, por meio de recursos como: definição, 
conceituação, informação, descrição e comparação. 
 
Alguns exemplos de gêneros textuais expositivos: 
• Seminários 
• Palestras 
• Conferências 
• Entrevistas 
• Trabalhos acadêmicos 
• Enciclopédia 
• Verbetes de dicionários 
 
Texto Injuntivo 
O texto injuntivo, também chamado de texto instrucional, 
é aquele que indica uma ordem, de modo que o locutor 
(emissor) objetiva orientar e persuadir o interlocutor 
(receptor). Por isso, apresentam, na maioria dos casos, verbos 
no imperativo. 
 
Alguns exemplos de gêneros textuais injuntivos: 
• Propaganda 
• Receita culinária 
• Bula de remédio 
• Manual de instruções 
• Regulamento 
• Textos prescritivos 
 
Outros Exemplos 
 
Carta 
Esta, dependendo do destinatário pode ser informal, 
quando é destinada a algum amigo ou pessoa com quem se tem 
intimidade. E formal quando destinada a alguém mais culto ou 
que não se tenha intimidade. 
Dependendo do objetivo da carta a mesma terá diferentes 
estilos de escrita, podendo ser dissertativa, narrativa ou 
descritiva. As cartas se iniciam com a data, em seguida vem a 
saudação, o corpo da carta e para finalizar a despedida. 
 
 
 
Gêneros e tipos de texto; 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 7 
Propaganda 
Este gênero geralmente aparece na forma oral, diferente 
da maioria dos outros gêneros. Suas principais características 
são a linguagem argumentativa e expositiva, pois a intenção da 
propaganda é fazer com que o destinatário se interesse pelo 
produto da propaganda. O texto pode conter algum tipo de 
descrição e sempre é claro e objetivo. 
 
Notícia 
Este é um dos tipos de texto que é mais fácil de identificar. 
Sua linguagem é narrativa e descritiva e o objetivo desse texto 
é informar algo que aconteceu. 
A notícia é um dos principais tipos de textos jornalísticos 
existentes e tem como intenção nos informar acerca de 
determinada ocorrência. Bastante recorrente nos meios de 
comunicação em geral, seja na televisão, em sites pela internet 
ou impresso em jornais ou revistas. 
Caracteriza-se por apresentar uma linguagem simples, 
clara, objetiva e precisa, pautando-se no relato de fatos que 
interessam ao público em geral. A linguagem é clara, precisa e 
objetiva, uma vez que se trata de uma informação. 
 
Editorial 
O editorial é um tipo de texto jornalístico que geralmente 
aparece no início das colunas. Diferente dos outros textos que 
compõem um jornal, de caráter informativo, os editoriais são 
textos opinativos. 
Embora sejam textos de caráter subjetivo, podem 
apresentar certa objetividade. Isso porque são os editoriais 
que apresentam os assuntos que serão abordados em cada 
seção do jornal, ou seja, Política, Economia, Cultura, Esporte, 
Turismo, País, Cidade, Classificados, entre outros. 
Os textos são organizados pelos editorialistas, que 
expressam as opiniões da equipe e, por isso, não recebem a 
assinatura do autor. No geral, eles apresentam a opinião do 
meio de comunicação (revista, jornal, rádio, etc.). 
Tanto nos jornais como nas revistas podemos encontrar os 
editoriais intitulados como “Carta ao Leitor” ou “Carta do 
Editor”. 
Em relação ao discurso apresentado, esse costuma se 
apoiar em fatos polêmicos ligados ao cotidiano social. E 
quando falamos em discurso, logo nos atemos à questão da 
linguagem que, mesmo em se tratando de impressões 
pessoais, o predomínio do padrão formal, fazendo com que 
prevaleça o emprego da 3ª pessoa do singular, ocupa lugar de 
destaque. 
 
Reportagem 
Reportagem é um texto jornalístico amplamente divulgado 
nos meios de comunicação de massa. A reportagem informa, 
de modo mais aprofundado, fatos de interesse público. Ela 
situa-se no questionamento de causa e efeito, na interpretação 
e no impacto, somando as diferentes versões de um mesmo 
acontecimento. 
A reportagem não possui uma estrutura rígida, mas 
geralmente costuma estabelecer conexões com o fato central, 
anunciado no que chamamos de lead. A partir daí, desenvolve-
se a narrativa do fato principal, ampliada e composta por meio 
de citações, trechos de entrevistas, depoimentos, dados 
estatísticos, pequenos resumos, dentre outros recursos. É 
sempre iniciada por um título, como todo texto jornalístico. 
O objetivo de uma reportagem é apresentar ao leitor várias 
versões para um mesmo fato, informando-o, orientando-o e 
contribuindo para formar sua opinião. 
A linguagem utilizada nesse tipo de texto é objetiva, 
dinâmica e clara, ajustada ao padrão linguístico divulgado nos 
meios de comunicação de massa, que se caracteriza como uma 
 
2 CEREJA, William Roberto & MAGALHÃES, Thereza Cochar. Texto e interação. 
São Paulo, Atual Editora, 2000 
linguagem acessível a todos os públicos, mas pode variar de 
formal para mais informal dependendo do público a que se 
destina. Embora seja impessoal, às vezes é possível perceber a 
opinião do repórter sobre os fatos ou sua interpretação.2 
 
Gêneros Textuais e Gêneros Literários 
 
Conforme o próprio nome indica, os gêneros textuais se 
referem a qualquer tipo de texto, enquanto os gêneros 
literários se referem apenas aos textos literários. 
Os gêneros literários são divisões feitas segundo 
características formais comuns em obras literárias, 
agrupando-as conforme critérios estruturais, contextuais e 
semânticos, entre outros. 
- Gênero lírico; 
- Gênero épico ou narrativo; 
- Gênero dramático. 
 
Gênero Lírico 
É certo tipo de texto no qual um eu lírico (a voz que fala no 
poema e que nem sempre corresponde à do autor) exprime 
suas emoções, ideias e impressões em face do mundo exterior. 
Normalmente os pronomes e os verbos estão em 1ª pessoa e 
há o predomínio da função emotiva da linguagem. 
 
Elegia 
Um texto de exaltação à morte de alguém, sendo que a 
morte é elevada como o ponto máximo do texto. O emissor 
expressa tristeza, saudade, ciúme, decepção, desejo de morte. 
É um poema melancólico. Um bom exemplo é a peça Roan e 
Yufa, de William Shakespeare. 
 
Epitalâmia 
Um texto relativo às noites nupciais líricas, ou seja, noites 
românticas com poemas e cantigas. Um bom exemplo de 
epitalâmia é a peça Romeu e Julieta nas noites nupciais. 
 
Ode (ou hino) 
É o poema lírico em que o emissor faz uma homenagem à 
pátria (e aos seus símbolos), às divindades, à mulher amada, 
ou a alguém ou algo importante para ele. O hino é uma ode com 
acompanhamento musical. 
 
Idílio (ou écloga) 
Poema lírico em que o emissor expressa uma homenagem 
à natureza, às belezas e às riquezas que ela dá ao homem. É o 
poema bucólico, ou seja, que expressa o desejo de desfrutar de 
tais belezas e riquezas ao lado da amada (pastora), que 
enriquece ainda mais a paisagem, espaço ideal para a paixão. 
A écloga é um idílio com diálogos (muito rara). 
 
Sátira 
É o poema lírico em que o emissor faz uma crítica a alguém 
ou a algo, em tom sério ou irônico. Tem um forte sarcasmo, 
pode abordar críticas sociais, a costumes de determinada 
época, assuntos políticos, ou pessoas de relevância social. 
 
Acalanto 
Canção de ninar. 
 
AcrósticoComposição lírica na qual as letras iniciais de cada verso 
formam uma palavra ou frase. Ex.: 
 
Amigos são 
Muitas vezes os 
Irmãos que escolhemos. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 8 
Zelosos, eles nos 
Ajudam e 
Dedicam-se por nós, para que nossa relação seja verdadeira 
e 
Eterna 
https://www.todamateria.com.br/acrostico/ 
 
Balada 
Uma das mais primitivas manifestações poéticas, são 
cantigas de amigo (elegias) com ritmo característico e refrão 
vocal que se destinam à dança. 
 
Canção (ou Cantiga, Trova) 
Poema oral com acompanhamento musical. 
 
Gazal (ou Gazel) 
Poesia amorosa dos persas e árabes; odes do oriente 
médio. 
 
Soneto 
É um texto em poesia com 14 versos, dividido em dois 
quartetos e dois tercetos. 
 
Vilancete 
São as cantigas de autoria dos poetas vilões (cantigas de 
escárnio e de maldizer); satíricas, portanto. 
 
Gênero Épico ou Narrativo 
Na Antiguidade Clássica, os padrões literários 
reconhecidos eram apenas o épico, o lírico e o dramático. Com 
o passar dos anos, o gênero épico passou a ser considerado 
apenas uma variante do gênero literário narrativo, devido ao 
surgimento de concepções de prosa com características 
diferentes: o romance, a novela, o conto, a crônica, a fábula. 
 
Épico (ou Epopeia) 
Os textos épicos são geralmente longos e narram histórias 
de um povo ou de uma nação, envolvem aventuras, guerras, 
viagens, gestos heroicos, etc. Normalmente apresentam um 
tom de exaltação, isto é, de valorização de seus heróis e seus 
feitos. Dois exemplos são Os Lusíadas, de Luís de Camões, 
e Odisseia, de Homero. 
 
Ensaio 
É um texto literário breve, situado entre o poético e o 
didático, expondo ideias, críticas e reflexões morais e 
filosóficas a respeito de certo tema. É menos formal e mais 
flexível que o tratado. 
Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal e 
subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófico, político, 
social, cultural, moral, comportamental, etc.), sem que se paute 
em formalidades como documentos ou provas empíricas ou 
dedutivas de caráter científico. Exemplo: Ensaio sobre a 
tolerância, de John Locke. 
 
Gênero Dramático 
Trata-se do texto escrito para ser encenado no teatro. 
Nesse tipo de texto, não há um narrador contando a história. 
Ela “acontece” no palco, ou seja, é representada por atores, que 
assumem os papéis das personagens nas cenas. 
 
Tragédia 
É a representação de um fato trágico, suscetível de 
provocar compaixão e terror. Aristóteles afirmava que a 
tragédia era "uma representação duma ação grave, de alguma 
extensão e completa, em linguagem figurada, com atores 
agindo, não narrando, inspirando dó e terror". Ex.: Romeu e 
Julieta, de Shakespeare. 
 
 
Farsa 
A farsa consiste no exagero do cômico, graças ao emprego 
de processos como o absurdo, as incongruências, os equívocos, 
a caricatura, o humor primário, as situações ridículas e, em 
especial, o engano. 
 
Comédia 
É a representação de um fato inspirado na vida e no 
sentimento comum, de riso fácil. Sua origem grega está ligada 
às festas populares. 
 
Tragicomédia 
Modalidade em que se misturam elementos trágicos e 
cômicos. Originalmente, significava a mistura do real com o 
imaginário. 
 
Poesia de cordel 
Texto tipicamente brasileiro em que se retrata, com forte 
apelo linguístico e cultural nordestinos, fatos diversos da 
sociedade e da realidade vivida por este povo. 
 
Questões 
 
01. (Pref. Teresina/PI - Professor de Língua 
Portuguesa - NUCEPE/2016) Ainda sobre gênero, é correto 
afirmar que uma característica predominante nos gêneros 
textuais é a: 
(A) forma linguística. 
(B) clareza das ideias. 
(C) função sociocomunicativa. 
(D) assunto temático. 
(E) correção gramatical. 
 
02. (MPE/GO - Secretário Auxiliar - 2018) 
 
A Outra Noite 
 
Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite 
de vento sul e chuva, tanto lá como aqui. Quando vinha para 
casa de táxi, encontrei um amigo e o trouxe até Copacabana; e 
contei a ele que lá em cima, além das nuvens, estava um luar 
lindo, de Lua cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade 
eram, vistas de cima, enluaradas, colchões de sonho, alvas, 
uma paisagem irreal. 
Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer 
aproveitou um sinal fechado para voltar-se para mim: 
– O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua 
conversa. Mas, tem mesmo luar lá em cima? 
Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e enlamaçada e 
torpe havia uma outra - pura, perfeita e linda. 
– Mas, que coisa... 
Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o céu 
fechado de chuva. Depois continuou guiando mais lentamente. 
Não sei se sonhava em ser aviador ou pensava em outra coisa. 
– Ora, sim senhor... 
E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse um "boa 
noite" e um "muito obrigado ao senhor" tão sinceros, tão 
veementes, como se eu lhe tivesse feito um presente de rei. 
(Rubem Braga, Ai, Copacabana, disponível em 
http://biscoitocafeenovela.blogspot.com.br/2014/09/sessao-leitura-outra-noite-
rubembraga.html. Acesso em 14/01/2018) 
 
Quanto ao gênero, o texto sob análise apresenta 
características de: 
(A) Uma crônica. 
(B) Uma fábula. 
(C) Um artigo. 
(D) Um ensaio. 
(E) Nenhuma das alternativas. 
 
 
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Língua Portuguesa 9 
03. (SEE/PE - Professor - FGV/2016) Os diversos 
gêneros textuais destacam uma qualificação predominante 
para cada enunciador; em um texto informativo, por exemplo, 
o enunciador tem como marca específica 
(A) o interesse de convencimento. 
(B) o domínio de um conhecimento. 
(C) a necessidade de expressão de uma emoção. 
(D) a condição de prever conhecimentos futuros. 
(E) o objetivo de ensinar procedimentos. 
 
04 (IF/PA - Professor - Letras - IF/PA/2015) A inserção 
dos gêneros textuais no ensino vem mudando a dinâmica da 
educação em língua portuguesa no Brasil. É importante 
trabalhar a língua em uso, através de textos e dos gêneros nos 
quais eles se manifestam isso tem mobilizado professores e 
educadores, que procuram adaptar‐ se a essas novas 
perspectivas. De acordo com os estudos sobre os gêneros 
textuais podemos afirmar que os exemplos de textos como, 
receita culinária, tutorial, manual de instruções, guia 
rodoviário tem em comum por possuírem um caráter: 
(A) injuntivo. 
(B) prescritivo. 
(C) descritivo. 
(D) expositivo. 
(E) dissertativo. 
 
05. (FGV - Professor de Ensino Fundamental II e Médio 
- SME/SP/2016) Os diversos textos a serem interpretados em 
um livro didático devem ser distribuídos segundo o seguinte 
critério: 
(A) textos literários e não literários. 
(B) textos de épocas variadas. 
(C) textos de gêneros textuais variados. 
(D) textos de vários gêneros literários. 
(E) textos de linguagem formal e informal. 
 
Gabarito 
 
01.C / 02.A / 03.B / 04.A / 05.C 
 
TIPOS TEXTUAIS 
 
É a forma como um texto se apresenta. É importante que 
não se confunda tipo textual com gênero textual. 
Existe uma variedade enorme de entendimentos sobre a 
forma correta de definir os tipos de texto. Embora haja uma 
discordância entre várias fontes sobre a quantidade exata de 
tipos textuais, vamos trabalhar aqui com 5 tipos essenciais: 
- Texto Descritivo; 
- Texto Narrativo; 
- Texto Dissertativo; 
- Texto Injuntivo; 
- Texto Expositivo. 
 
Texto Descritivo 
 
É a representação com palavras de um objeto, lugar, 
situação ou coisa, onde procuramos mostrar os traços mais 
particulares ou individuais do que se descreve. É qualquer 
elemento que seja apreendido pelos sentidose transformado, 
com palavras, em imagens. 
Não é, por norma, um tipo de texto autônomo, 
encontrando-se presente em outros textos, como o texto 
narrativo. Passagens descritivas ocorrem no meio da narração 
quando há uma pausa no desenrolar dos acontecimentos para 
caracterizar pormenorizadamente um objeto, um lugar ou 
uma pessoa, sendo um recurso útil e importante para capturar 
a atenção do leitor. 
 
 
Exemplo: 
Chamava-se Raimundo este pequeno, e era mole, aplicado, 
inteligência tarda. Raimundo gastava duas horas em reter 
aquilo que a outros levava apenas trinta ou cinquenta minutos; 
vencia com o tempo o que não podia fazer logo com o cérebro. 
Reunia a isso grande medo ao pai. Era uma criança fina, pálida, 
cara doente; raramente estava alegre. Entrava na escola depois 
do pai e retirava-se antes. O mestre era mais severo com ele do 
que conosco. 
(Machado de Assis. "Conto de escola". Contos. 3ed. São Paulo, Ática, 1974) 
 
Esse texto traça o perfil de Raimundo, o filho do professor 
da escola que o escritor frequentava. 
Deve-se notar: 
- que todas as frases expõem ocorrências simultâneas (ao 
mesmo tempo que gastava duas horas para reter aquilo que os 
outros levavam trinta ou cinquenta minutos, Raimundo tinha 
grande medo ao pai); 
- por isso, não existe uma ocorrência que possa ser 
considerada cronologicamente anterior a outra do ponto de 
vista do relato (no nível dos acontecimentos, entrar na escola 
é cronologicamente anterior a retirar-se dela; no nível do 
relato, porém, a ordem dessas duas ocorrências é indiferente: 
o que o escritor quer é explicitar uma característica do menino, 
e não traçar a cronologia de suas ações); 
- ainda que se fale de ações (como entrava, retirava-se), 
todas elas estão no pretérito imperfeito, que indica 
concomitância em relação a um marco temporal instalado no 
texto (no caso, o ano de 1840, em que o escritor frequentava a 
escola da Rua da Costa) e, portanto, não denota nenhuma 
transformação de estado; 
- se invertêssemos a sequência dos enunciados, não 
correríamos o risco de alterar nenhuma relação 
cronológica - poderíamos mesmo colocar o últímo período em 
primeiro lugar e ler o texto do fim para o começo: O mestre era 
mais severo com ele do que conosco. Entrava na escola depois 
do pai e retirava-se antes... 
 
Estrutura 
 
Introdução: Primeiramente é feita a identificação do ser 
ou objeto que será descrito, de modo a que o leitor foque sua 
atenção nesse ser ou objeto. 
Desenvolvimento: Ocorre então a descrição do objeto ou 
ser em foco, apresentando seus aspectos mais gerais e mais 
pormenorizados, havendo caracterizações mais objetivas e 
outras mais subjetivas. 
Conclusão: A descrição está concluída quando a 
caracterização do objeto ou ser estiver terminada. 
 
Características 
 
O texto descritivo não se encontra limitado por noções 
temporais ou relações espaciais, visto descrever algo estático, 
sem ordem fixa para a realização da descrição. Há uma notória 
predominância de substantivos, adjetivos e locuções adjetivas, 
em detrimento de verbos, sendo maioritariamente necessária 
a utilização de verbos de estado, como ser, estar, parecer, 
permanecer, ficar, continuar, tornar-se, andar... 
O uso de uma linguagem clara e dinâmica, com vocabulário 
rico e variado, bem como o uso de enumerações e 
comparações, ou outras figuras de linguagem, servem para 
melhor apresentar o objeto ou ser em descrição, enriquecendo 
o texto e tornando-o mais interessante para o leitor. 
A descrição pode ser mais objetiva, focalizando aspectos 
físicos, ou mais subjetiva, focalizando aspectos emocionais e 
psicológicos. Nas melhores descrições, há um equilíbrio entre 
os dois tipos de descrição, sendo o objeto ou ser descrito 
apresentado nas suas diversas vertentes. 
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Língua Portuguesa 10 
Na descrição de pessoas, há a descrição de aspectos físicos, 
ou seja, aquilo que pode ser observado e a descrição de 
aspectos psicológicos e comportamentais, como o caráter, 
personalidade, humor…, apreendidos pelo convívio com a 
pessoa e pela observação de suas atitudes. Na descrição de 
lugares ocorre tanto a descrição de aspectos físicos, como a 
descrição do ambiente social, econômico, político... Na 
descrição de objetos, embora predomine a descrição de 
aspectos físicos, pode ocorrer uma descrição sensorial, que 
estimule os sentidos do leitor. 
 
A descrição, ao contrário da narrativa, não supõe ação. É 
uma estrutura pictórica, em que os aspectos sensoriais 
predominam. Porque toda técnica descritiva implica 
contemplação e apreensão de algo objetivo ou subjetivo, o 
redator, ao descrever, precisa possuir certo grau de 
sensibilidade. Assim como o pintor capta o mundo exterior ou 
interior em suas telas, o autor de uma descrição focaliza cenas 
ou imagens, conforme o permita sua sensibilidade. 
 
Texto Narrativo 
 
O texto narrativo é caracterizado por narrar uma história, 
ou seja, contar uma história através de uma sequência de 
várias ações reais ou imaginárias. Essa sucessão de 
acontecimentos é contada por um narrador e está estruturada 
em introdução, desenvolvimento e conclusão.3 
Ao longo dessa estrutura narrativa são apresentados os 
principais elementos da narração: espaço, tempo, 
personagem, enredo e narrador. 
Todas as vezes que uma história é contada (é narrada), o 
narrador acaba sempre contando onde, quando, como e com 
quem ocorreu o episódio. É por isso que numa narração 
predomina a ação: o texto narrativo é um conjunto de ações; 
assim sendo, a maioria dos verbos que compõem esse tipo de 
texto são os verbos de ação. O conjunto de ações que compõem 
o texto narrativo, ou seja, a história que é contada nesse tipo 
de texto recebe o nome de enredo. 
As ações contidas no texto narrativo são praticadas pelas 
personagens, que são justamente as pessoas envolvidas no 
episódio que está sendo contado. As personagens são 
identificadas (nomeadas) no texto narrativo pelos 
substantivos próprios. 
Quando o narrador conta um episódio, às vezes (mesmo 
sem querer) ele acaba contando "onde" (em que lugar) as 
ações do enredo foram realizadas pelas personagens. O lugar 
onde ocorre uma ação ou ações é chamado de espaço, 
representado no texto pelos advérbios de lugar. 
Além de contar onde, o narrador também pode esclarecer 
"quando" ocorreram as ações da história. Esse elemento da 
narrativa é o tempo, representado no texto narrativo através 
dos tempos verbais, mas principalmente pelos advérbios de 
tempo. É o tempo que ordena as ações no texto narrativo: é ele 
que indica ao leitor "como" o fato narrado aconteceu. 
A história contada, por isso, passa por uma introdução 
(parte inicial da história, também chamada de prólogo), pelo 
desenvolvimento do enredo (é a história propriamente dita, 
o meio, o "miolo" da narrativa, também chamada de trama) e 
termina com a conclusão da história (é o final ou epílogo). 
Aquele que conta a história é o narrador, que pode ser 
pessoal (narra em 1ª pessoa: Eu) ou impessoal (narra em 3ª 
pessoa: Ele). 
Assim, o texto narrativo é sempre estruturado por verbos 
de ação, por advérbios de tempo, por advérbios de lugar e 
pelos substantivos que nomeiam as personagens, que são os 
agentes do texto, ou seja, aquelas pessoas que fazem as ações 
expressas pelos verbos, formando uma rede: a própria história 
contada. 
 
3 https://www.normaculta.com.br/texto-narrativo/ 
Tudo na narrativa depende do narrador, da voz que conta 
a história. 
 
Principais elementos da narrativa 
Os principais elementos da narrativa, também chamados 
de elementos da narração, são: 
Espaço: O espaço se refere ao local onde se desenrola a 
ação. Pode ser físico (no colégio, no Brasil, na praça,…), social 
(características do ambientesocial) e psicológico (vivências, 
pensamento e sentimentos do sujeito,…). 
Tempo: O tempo se refere à duração da ação e ao 
desenrolar dos acontecimentos. O tempo cronológico indica a 
sucessão cronológica dos fatos, pelas horas, dias, anos,… O 
tempo psicológico se refere às lembranças e vivências das 
personagens, sendo subjetivo e influenciado pelo estado de 
espírito das personagens em cada momento. 
Personagens: São caracterizadas através de qualidades 
físicas e psicológicas, podendo essa caracterização ser feita de 
modo direto (explicitada pelo narrador ou por outras 
personagens, através de autocaracterização ou 
heterocaracterização) ou de modo indireto (feita com base nas 
atitudes e comportamento das personagens). 
 
As personagens possuem diferentes importâncias na 
narração, havendo personagens principais e personagens 
secundárias. As personagens principais desempenham papéis 
essenciais no enredo, podendo ser protagonistas (que deseja, 
tenta, consegue) ou antagonistas (que dificulta, atrapalha, 
impede). As personagens secundárias desempenham papéis 
menores e podem ser coadjuvantes (ajudam as personagens 
principais em ações secundárias) ou figurantes (ajudam na 
caracterização de um espaço social). 
Podem ser dinâmicas, apresentando diferentes 
comportamentos ao longo da narração (personagem 
modelada ou redonda), bem como estáticas, não se 
modificando no decorrer da ação (personagem plana). Há 
ainda personagens que representam um grupo específico 
(personagem-tipo). 
 
Enredo: Também chamado de intriga, trama ou ação, o 
enredo é composto pelos acontecimentos que ocorrem num 
determinado tempo e espaço e são vivenciados pelas 
personagens. As ações seguem-se umas às outras por 
encadeamento, encaixe e alternância. 
 
Existem ações principais e ações secundárias, mediante a 
importância que apresentam na narração. Além disso, o 
enredo pode estar fechado, estando definido e conhecido o 
final da história, ou aberto, não havendo um final definitivo e 
conhecido para a narrativa. 
 
Narrador: O narrador é o responsável pela narração, ou 
seja, é quem conta a história. Existem vários tipos de narrador: 
Narrador onisciente e onipresente: Conhece 
intimamente as personagens e a totalidade do enredo, de 
forma pormenorizada. Utiliza maioritariamente a narração na 
3.ª pessoa, mas pode narrar na 1.ª pessoa, em discurso indireto 
livre, tendo sua voz confundida com a voz das personagens, tal 
é o seu conhecimento e intimidade com a narrativa. 
Narrador personagem, participante ou presente: Conta 
a história na 1.ª pessoa, do ponto de vista da personagem que 
é. Apenas conhece seus próprios pensamentos e as ações que 
se vão desenrolando, nas quais também participa. Tem 
conhecimentos limitados sobre as restantes personagens e 
sobre a totalidade do enredo. Este tipo de narração é mais 
subjetivo, transmitindo o ponto de vista e as emoções do 
narrador. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 11 
Narrador observador, não participante ou ausente: 
Limita-se a contar a história, sem se envolver nela. Embora 
tenha conhecimento das ações, não conhece o íntimo das 
personagens, mantendo uma narrativa imparcial e objetiva. 
Utiliza a narração na 3.ª pessoa. 
Nos textos narrativos, é através da voz do narrador que 
conhecemos o desenrolar da história e as ações das 
personagens, mas é através da voz das personagens que 
conhecemos as suas ideias, opiniões e sentimentos. A forma 
como a voz das personagens é introduzida na voz do narrador 
é chamada de discurso. 
 
Através de uma correta utilização dos tipos de discurso, a 
narrativa poderá assumir um caráter mais ou menos dinâmico, 
mais ou menos natural, mais ou menos interessante, mais ou 
menos objetivo,… Existem três tipos de discurso, ou seja, três 
formas de introdução das falas das personagens na narrativa: 
- O discurso direto é caracterizado por ser uma 
transcrição exata da fala das personagens, sem participação do 
narrador. 
- O discurso indireto é caracterizado por ser uma 
intervenção do narrador no discurso ao utilizar as suas 
próprias palavras para reproduzir as falas das personagens. 
- O discurso indireto livre é caracterizado por permitir 
que os acontecimentos sejam narrados em simultâneo, 
estando as falas das personagens direta e integralmente 
inseridas dentro do discurso do narrador. 
 
Exemplo - Personagens 
 
"Aboletado na varanda, lendo Graciliano Ramos, O Dr. 
Amâncio não viu a mulher chegar. 
- Não quer que se carpa o quintal, moço? 
Estava um caco: mal vestida, cheirando a fumaça, a face 
escalavrada. Mas os olhos... (sempre guardam alguma coisa do 
passado, os olhos)." 
(Kiefer, Charles. A dentadura postiça. Porto Alegre: 
Mercado Aberto) 
 
Exemplo - Espaço 
 
Considerarei longamente meu pequeno deserto, a 
redondeza escura e uniforme dos seixos. Seria o leito seco de 
algum rio. Não havia, em todo o caso, como negar-lhe a 
insipidez." 
(Linda, Ieda. As amazonas segundo tio Hermann. Porto 
Alegre: Movimento, 1981) 
 
Exemplo - Tempo 
 
“Sete da manhã. Honorato Madeira acorda e lembra-se: a 
mulher lhe pediu que a chamasse cedo." 
(Veríssimo, Érico. Caminhos Cruzados) 
 
Estrutura: 
- Apresentação: é a parte do texto em que são 
apresentados alguns personagens e expostas algumas 
circunstâncias da história, como o momento e o lugar onde a 
ação se desenvolverá. 
- Complicação: é a parte do texto em que se inicia 
propriamente a ação. Encadeados, os episódios se sucedem, 
conduzindo ao clímax. 
- Clímax: é o ponto da narrativa em que a ação atinge seu 
momento crítico, tornando o desfecho inevitável. 
- Desfecho: é a solução do conflito produzido pelas ações 
dos personagens. 
 
Tipos de Personagens: 
Os personagens têm muita importância na construção de 
um texto narrativo, são elementos vitais. Podem ser 
principais ou secundários, conforme o papel que 
desempenham no enredo, podem ser apresentados direta ou 
indiretamente. 
A apresentação direta acontece quando o personagem 
aparece de forma clara no texto, retratando suas 
características físicas e/ou psicológicas, já a apresentação 
indireta se dá quando os personagens aparecem aos poucos e 
o leitor vai construindo a sua imagem com o desenrolar do 
enredo, ou seja, a partir de suas ações, do que ela vai fazendo e 
do modo como vai fazendo. 
 
- Em 1ª pessoa: 
 
Personagem Principal: há um “eu” participante que conta 
a história e é o protagonista. Exemplo: 
 
“Parei na varanda, ia tonto, atordoado, as pernas bambas, o 
coração parecendo querer sair-me pela boca fora. Não me 
atrevia a descer à chácara, e passar ao quintal vizinho. Comecei 
a andar de um lado para outro, estacando para amparar-me, e 
andava outra vez e estacava.” 
(Machado de Assis. Dom Casmurro) 
 
Observador: é como se dissesse: É verdade, pode 
acreditar, eu estava lá e vi. Exemplo: 
 
“Batia nos noventa anos o corpo magro, mas sempre teso do 
Jango Jorge, um que foi capitão duma maloca de contrabandista 
que fez cancha nos banhados do Brocai. 
Esse gaúcho desamotinado levou a existência inteira a 
cruzar os campos da fronteira; à luz do Sol, no desmaiado da 
Lua, na escuridão das noites, na cerração das madrugadas...; 
ainda que chovesse reiúnos acolherados ou que ventasse como 
por alma de padre, nunca errou vau, nunca perdeu atalho, nunca 
desandou cruzada! ... 
(...) 
Aqui há poucos - coitado! - pousei no arranchamento dele. 
Casado ou doutro jeito, afamilhado. Não nos víamos desde muito 
tempo. (...) 
Fiquei verdeando, à espera, e fui dando um ajutório na 
matança dos leitões e no tiramento dos assados com couro.” 
(J. Simões Lopes Neto – Contrabandista) 
 
- Em 3ª pessoa: 
 
Onisciente: não há um eu que conta; é uma terceira 
pessoa. Exemplo: 
 
“Devia andar lá pelos cinco

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