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RESUMO - DIREITO P PENAL - INQUÉRITO POLICIAL

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1 
 
 
 
INQUÉRITO POLICIAL 
Procedimento administrativo: Possui caráter inquisitivo, ocorre antes do processo. 
Preparatório: Coleta de elementos acerca da existência da materialidade e sua autoria. 
Conduzido pela polícia judiciária: caráter repressivo/posterior – Polícia Civil e Polícia Federal; e o MP: controle 
externo da atividade policial (art. 129, VII, CF). 
Polícia Administrativa X polícia judiciária: administrativa possui caráter ostensivo, enquanto a judiciária, possui 
um caráter mais repressiva, agindo de forma posterior. 
Objetivo do IP: apuração das infrações penais e a sua autoria. 
Dispensável: O IP pode ser dispensável, visto que é plenamente possível existir um processo penal sem que 
tenha havido o inquérito policial. 
Busca formar a opinio delicti do Ministério Público ou para a propositura da ação pela vítima; 
Colheita de provas urgentes: o delegado poderá solicitar perante o juiz medidas para colheita de provas que 
podem se perder no curso do processo ou que não podem ser repetidas, e que, portanto, devem ser colhidas 
o mais rápido possível. Exemplos: mandado de busca e apreensão, interceptação telefônica, perícia. 
Valor probatório relativo: O inquérito policial é um procedimento escrito e sigiloso, não pode por si só embasar 
uma condenação, pois após haverá o devido processo legal, no qual todas os elementos de prova deverão ser 
confirmados na fase de instrução. 
Art. 155, CPP. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida 
em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos 
elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, 
não repetíveis e antecipadas. 
 
 Provas Cautelares Prova Não Repetível Provas Antecipadas 
Conceito 
São aquelas em que risco de 
desaparecimento do objeto 
da prova em razão do 
decurso do tempo. 
É aquela que, uma vez 
produzida, não tem como 
ser novamente coletada ou 
produzida, em virtude do 
desaparecimento, da 
destruição ou do 
perecimento da fonte 
probatória. 
São aquelas produzidas com a 
observância do contraditório real, 
perante a autoridade judicial, em 
momento processual distinto daquele 
legalmente previsto, ou até mesmo 
antes do início do processo, em 
virtude de situação de urgência e 
relevância. 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
 
 
 
 
2 
Momento e 
(des) 
necessidade de 
Autorização 
Judicial 
Podem ser produzidas no 
curso da fase investigatória 
ou durante a fase judicial, 
sendo que, em regra, 
dependem de autorização 
judicial. 
Podem ser produzidas na 
fase investigatória e em 
juízo, sendo que, em regra, 
não dependem de 
autorização judicial. 
Podem ser produzidas na fase 
investigatória e em juízo, sendo 
indispensável prévia autorização 
judicial. 
Espécie de 
Contraditório 
Diferido ou postergado ou 
adiado ou sobre a prova. 
Diferido ou postergado ou 
adiado sobre a prova. 
Real ou para a prova. 
Exemplo 
Interceptação telefônica nos 
termos da Lei n. 9.296/1996 
Exame de corpo de delito 
em vítima de lesões 
corporais leves. 
Oitiva de testemunha que está prestes 
a falecer, nos termos do art. 225 do 
CPP. 
 
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL 
 Inquisitivo – Não há incidência de contraditório e ampla defesa. Porém, se o 
investigado apontar um advogado, o delegado deve respeitar isso. 
EXCEÇÃO: IP para decretação de expulsão de estrangeiro. 
 Inexistência de nulidades (regra): se ocorrer alguma ilegalidade na investigação, o MP precisa ter o 
cuidado para não levar isso até a denúncia, pois, em regra, a possibilidade de propor uma ação penal 
não é contaminada por essa possível nulidade. 
 Escrito (Art. 9º, CPP). 
 Sigiloso (Art. 20, CPP) - Súmula Vinculante n. 14: se dá no sigilo externo, mas o acesso amplo poderá 
ser realizado dos documentos já documentados. 
 
Súmula Vinculante n. 14 
 
É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos 
de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão 
com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de 
defesa. 
Essa medida evita a frustração das investigações. 
 Oficialidade: Trata-se de um órgão oficial do Estado. 
 Autoritariedade: Autoridade pública no bojo do inquérito policial, ou seja, quem preside é o delegado 
de polícia civil ou federal. 
 Oficiosidade: em regra, o inquérito inicia-se de ofício. Entretanto, nas ações penais privadas e 
condicionadas à representação depende do ofendido. 
 Indisponibilidade - art. 17, CPP: a autoridade policial não poderá mandar arquivar 
autos de inquérito. Uma vez instaurada a investigação, o delegado não pode se dispor. O delegado de 
polícia não participa do arquivamento ou não do IP. 
 
 
 
 
3 
 Dispensabilidade: o inquérito policial não é a única possibilidade de realizar uma investigação criminal. 
Contudo, se o IP for a base para a propositura da ação, este acompanhará a inicial acusatória 
apresentada (art. 12, CPP). 
Art. 39, § 5º O órgão do MP dispensará o inquérito, se com a representação forem 
oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal e, neste caso, 
oferecerá a denúncia no prazo de quinze dias. 
INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL – ART. 5º, CPP 
 
DE OFÍCIO (REGRA) Instauração por portaria 
 
POR REQUISIÇÃO DO MINISTÉRIO 
PÚBLICO OU DO JUIZ 
POR REQUERIMENTO DO OFENDIDO OU 
SEU REPRESENTANTE LEGAL 
Instauração por portaria 
OBS.: Indeferido o requerimento de abertura de 
inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia. 
PELA PRISÃO EM FLAGRANTE Instauração pelo Auto de Prisão em Flagrante 
Requisição do juiz: muito criticada pela doutrina, visto que há um sistema acusatório para ser seguido. 
Importante lembrar que a incomunicabilidade do investigado não foi recepcionada pela CF/88 – Art. 21, CPP. 
FORMAS DE INSTAURAÇÃO IP – ART. 8º (301 A 310, CPP) 
TERMO CIRCUNSTANCIADO (ART. 61, LEI N. 9.099/95): é lavrado quando ocorre uma infração de menor 
potencial ofensivo. 
INQUÉRITO POLICIAL (ART 4º, CPP): Instauração por Portaria X Auto de prisão em flagrante. 
AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE PORTARIA 
 
 CRIMES AÇÃO PÚBLICA DEPENDENTE DE REPRESENTAÇÃO: não poderá sem ela ser iniciado – 
Art. 5º, § 4º CPP. Assim, não caberá abertura de ofício do IP. 
 CRIMES DE AÇÃO PRIVADA: a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a 
requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la - Art. 5º, § 5º CPP. 
 DELAÇÃO POR TERCEIRO: Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de 
infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à 
autoridade policial Art. 5º, § 3º CPP. Válida apenas para as ações públicas. 
 
 
 
 
4 
 
 A instauração do inquérito policial não interrompe a prescrição penal. 
NOTITIA CRIMINIS 
Cognição direta/imediata/espontânea: quando fica sabendo espontaneamente. 
Cognição Indireta/mediata: depende de um terceiro, como: ofendido, MP, qualquer do povo. 
Cognição coercitiva: refere-se à prisão em flagrante, visto que alguém foi conduzido coercitivamente e o 
delegado deverá analisar aquela situação e se ele procederá com o auto de prisão em flagrante ou se a irá 
liberá-la. 
Cognição inqualificada: denúncia anônima, delação apócrifa – delatio criminis anônima – notitia criminis 
inqualificada. 
DENÚNCIA ANÔNIMA 
 As notícias anônimas (“denúncias anônimas”) não autorizam, por si só, a propositura 
de ação penal. 
 Constitui fonte de informação e de provas. 
 Não podem ser descartadas devendo a autoridade policial: 
1) Realizar investigações preliminares para confirmar a credibilidade da “denúncia”; 
2) Sendo confirmado que a “denúncia anônima” possui aparência mínima de procedência, instaura-se inquérito 
policial; 
3) Instaurado o inquérito, a autoridade policial deverá buscar outros meios de provas. 
 Não pode decretar medida de busca e apreensão baseado unicamente em denúncia anônima; 
 Não pode decretarinterceptação telefônica baseado unicamente em denúncia anônima; 
 É ilícita a prova obtida por meio de revista íntima realizada com base em denúncia anônima. 
AVERIGUAÇÃO DE INFRAÇÃO 
 O investigado/indiciado não está obrigado a participar da reprodução simulada dos fatos, pois 
ninguém pode ser compelido a produzir prova contra si mesmo (nemo tenetur se detegere), segundo a 
posição do Superior Tribunal Federal (STF). 
Art. 7º Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de 
determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada 
dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública. 
 
 
 
 
5 
Ninguém é obrigado ao ir ao BAR - Bafômetro, Acareação e Reconstituição do crime. 
 Pode ser convocado a participar da reprodução simulada dos fatos, mas não é obrigado a adotar 
conduta ativa. 
 Por outro lado, na conduta passiva, ele pode ser colocado para reconhecimento, visto que ele não 
tomará nenhuma atitude que possa fazer com que ele produza prova contra si. 
CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL 
RELATÓRIO FINAL: 
Concluída a investigação: 
 Fará minucioso relatório 
 Enviará os autos ao MP 
 Deve detalhar as circunstâncias do fato 
 Justificar as razões que levaram à classificação do delito. 
Deve informar ainda: 
o Testemunhas não ouvidas; 
o Fato de difícil elucidação: com o acusado solto, poderá requerer ao juiz a devolução dos autos, para 
ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz. 
o Os instrumentos do crime acompanharão os autos (art. 11). 
o A devolução à autoridade policial só ocorrerá mediante novas diligências requisitadas pelo MP (Art. 
16). 
Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à 
autoridade policial, senão para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da 
denúncia. 
 
Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à prova, 
acompanharão os autos do inquérito. 
 Se há um crime de homicídio doloso, por exemplo, havendo a apreensão da arma de fogo, esta 
acompanhará os autos do inquérito. 
 Deve ser lido em conformidade com a cadeia de custódia, observando todo um procedimento, para 
que se tenha certeza de que a arma de fogo que está acompanhando o inquérito é a mesma arma que 
chegará ao fim da ação penal. 
 A mesma arma de fogo utilizada na cena do crime, no fato criminoso. 
 
 
 
 
6 
 O delegado pode ordenar diligências em outra circunscrição, sem necessidade de precatória ou 
requisição. (Art. 22, CPP) 
 Os dados relativos à infração penal e à pessoa do indiciado, ao fazer a remessa dos autos do IP será 
oficiado o Instituto de Identificação e Estatística (Art. 23, CPP). 
PROVIDÊNCIAS DO MP APÓS O RECEBIMENTO DO INQUÉRITO: 
1. Requerer novas diligências; 
2. Declínio de competência; 
3. Conflito de competência; 
4. Arquivamento do inquérito policial; 
5. Formalização de Acordo de Não Persecução Penal; 
6. Oferecimento de denúncia. 
INQUÉRITO POLICIAL – AÇÃO PENAL PRIVADA 
Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito serão remetidos ao juízo 
competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou serão entregues ao 
requerente, se o pedir, mediante traslado. 
 Prazo decadencial – é de seis meses, contados do dia que o ofendido sabe quem é o 
autor do crime, nos termos do artigo 38, CPP. Senão ocorrer a decadência, os autos serão arquivados 
com a extinção de punibilidade do autor do fato. 
 
PRAZO PARA CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL 
 
LEGISLAÇÃO PRESO SOLTO 
CPP – ART. 10 
10 dias (Preso em 
flagrante/Preventivamente). 
Não pode ser prorrogado, 
Se prorrogado deve ser solto. 
 Contado o prazo, a partir do dia 
em que se executar a ordem de 
prisão 
30 dias 
Prorrogável por mais 30 dias + 30 dias e 
sucessivamente 
 
Entretanto, uma investigação não pode durar ad 
eternum, o que ensejaria constrangimentos em 
excesso e a possibilidade de HC para 
trancamento do inquérito policial, por 
constrangimento ilegal. 
ART. 51, LEI 11.343/06 – 
LEI DE DROGAS 
30 dias (Preso em 
flagrante/Preventivamente) 
Os prazos podem ser duplicados 
90 dias 
 
Os prazos podem ser duplicados 
 
 
 
 
7 
INQUÉRITO POLICIAL 
FEDERAL (ART. 66, DA LEI 
N. 5.010/1966). 
15 dias (Preso em 
flagrante/Preventivamente) 
 
Pode ser prorrogado + 15 dias 
 
30 dias 
CRIMES CONTRA A 
ECONOMIA POPULAR E 
SAÚDE PÚBLICA 
10 dias 
10 dias 
 
 
 
CRIMES MILITARES 20 dias 
40 dias, pode ser prorrogado por 20 dias. 
 
 
DILIGÊNCIAS INVESTIGATÓRIAS – ART 6º CPP 
o Rol Exemplificativo e não obrigatório: 
Dirige-se ao local e conserva as coisas até a chegada dos peritos; 
 Apreende objetos relacionados com o fato 
 Colhe as provas 
 Ouve o ofendido e o indiciado 
 Procede o reconhecimento das pessoas 
 Determinar o exame de corpo de delito 
 Ordena a identificação do indiciado 
 Averigua a vida pregressa e outros elementos para apreciação do caráter 
 Colhe informações sobre a existência de filhos 
Além dessas iniciativas/diligências pela autoridade policial, o ofendido e o indiciado 
poderão requerer diligências. 
 
Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer 
qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade. 
Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial: 
I – fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e 
julgamento dos processos; 
II – realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público; 
III – cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias; 
IV – representar acerca da prisão preventiva. 
 
 
 
 
8 
 
 
 Prisão preventiva e temporária precisam de autorização do juiz. 
 É vedada a condução coercitiva de investigados, tendo o art. 260, CPP sua eficácia suspensa por 
contrariedade à CF. 
 Contudo, não foi analisada a condução de outras pessoas como: 
 Ofendido: 
 
Art. 201. (...) § 1º Se, intimado para esse fim, deixar de comparecer sem motivo justo, 
o ofendido poderá ser conduzido à presença da autoridade. 
 Testemunhas: 
Art. 218. Se, regularmente intimada, a testemunha deixar de comparecer sem 
motivo justificado, o juiz poderá requisitar à autoridade policial a sua apresentação 
ou determinar seja conduzida por oficial de justiça, que poderá solicitar o auxílio da 
força pública. 
OUTRAS ATRIBUIÇÕES DO DELEGADO 
 
Representar: 
1) Medidas cautelares pessoais (prisão preventiva e medidas cautelares diversas) 
2) Arbitrar fianças 
3) Restituição das coisas apreendidas 
4) Exame de insanidade mental 
REPRESENTAR MEDIDAS CAUTELARES PESSOAIS (PRISÃO PREVENTIVA E MEDIDAS CAUTELARES 
DIVERSAS) 
Em termos de jurisdição a decretação das medidas cautelares são feitas pelo juiz, e o delegado de polícia não 
é parte, mas é um dos legitimados para REPRESENTAR: a prisão preventiva, prisão temporária, representação 
pela busca e apreensão e a interceptação telefônica, aplicação da tornozeleira eletrônica, pelo afastamento do 
lar VD dentre outras estabelecidas nos arts. 319 e 320 
Art. 282. (...) 
 
§ 2º As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz a requerimento das partes ou, 
quando no curso da investigação criminal, por representação da autoridade policial 
ou mediante requerimento do Ministério Público. (Redação dada pela Lei n. 13.964, 
de 2019) 
Delegado – Representa 
MP/Partes - 
Requerimento 
 
 
 
 
9 
 
Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a 
prisão preventiva decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério Público, do 
querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial. (Redação 
dada pela Lei n. 13.964, de 2019). 
Art. 2º - Lei 7.960/89. A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da 
representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá 
o prazo de 5 (cinco)dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e 
comprovada necessidade. 
§1º Na hipótese de representação da autoridade policial, o Juiz, antes de decidir, 
ouvirá o Ministério Público. 
ARBITRAMENTO DE FIANÇA 
 
Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração 
cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos. 
 
Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz, que decidirá em 
48 (quarenta e oito) horas. 
Exceção: Lei Maria da Penha, em caso de descumprimento de medida protetiva. Preso em flagrante, não pode 
ser fixada fiança. 
RESTITUIÇÃO DAS COISAS APREENDIDAS 
Art. 120. A restituição, quando cabível, poderá ser ordenada pela autoridade policial 
ou juiz mediante termo nos autos, desde que não exista dúvida quanto ao direito do 
reclamante. 
No entanto, em algumas hipóteses apenas o juiz criminal poderá devolver e em outras hipóteses apenas os 
juízes cíveis, para os casos em que há necessidade de dilação probatória, quando houver um terceiro de boa-
fé. 
 
EXAME DE INSANIDADE MENTAL 
Art. 149. Quando houver dúvida sobre a integridade mental do acusado, o juiz 
ordenará, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, do defensor, do curador, 
do ascendente, descendente, irmão ou cônjuge do acusado, seja este submetido a 
exame médico-legal. 
§ 1º O exame poderá ser ordenado ainda na fase do inquérito, mediante 
representação da autoridade policial ao juiz competente. 
 
§ 2º O juiz nomeará curador ao acusado, quando determinar o exame, ficando 
suspenso o processo, se já iniciada a ação penal, salvo quanto às diligências que 
possam ser prejudicadas pelo adiamento. 
Não 
Superior a 4 
anos 
 
 
 
 
 
10 
 Observe que o delegado não pode ordenar diretamente o exame de sanidade mental. 
SUSPEIÇÃO 
Art. 107. Não se poderá opor suspeição às autoridades policiais nos atos do inquérito, 
mas deverão elas declarar-se suspeitas, quando ocorrer motivo legal. 
 Na fase procedimental, não há como opor essa exceção. 
 O delegado se declarará suspeito. 
 As partes não poderão opor exceção em face do delegado. 
INDICIAMENTO 
Lei n. 12.830/2013 
§ 6º O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, 
mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade 
e suas circunstâncias. 
 
Não existe fundamento jurídico que autorize o magistrado, após receber a denúncia requisitar ao delegado de 
polícia o indiciamento de determinada pessoa, pois incompatível com o sistema acusatório. 
Indiciamento Direto (Presente): Quando sabe onde é possível encontrar o investigado. 
Indiciamento Indireto (Foragido): Quando seu paradeiro é incerto, mas o indiciamento é realizado ainda que 
na ausência do indiciado. 
OBS.: O indiciamento é um ato privativo da autoridade policial durante a investigação. 
Consequências do Indiciamento 
Suspeito  Indiciado 
Em caso de indiciamento de servidor público, este não poderá ser afastado do exercício de suas funções, pois 
muito embora a lei preveja a ADI 4911 considerou esse dispositivo inconstitucional. 
Desindiciamento: 
 Na conclusão do inquérito policial é identificado que o investigado não era autor; ou 
 Quando há alteração do tipo do crime (furto/roubo) é feito desindiciar quanto ao crime 1 e indiciar ao 
crime correlato. 
 Indiciar APENAS o delegado pode indiciar. 
 Já o desindiciamento pode ser feito pela autoridade judiciária perante constrangimento ilegal. 
ARQUIVAMENTO DO IP 
 
 
 
 
11 
 Mesmo não chegando à autoria ou diante de uma conduta considerada atípica formal o delegado não mandará 
arquivar o IP, assim ele relatará, enviará ao juízo competente e este remeterá ao MP, e se for o caso o MP pedirá 
o arquivamento. 
Ato complexo: Juiz – MP; art. 17, CPP – MP promove o arquivamento + juiz homologa 
Arquivamento faz coisa julgada formal e material; 
 
ANTES DO 
PACOTE 
ANTICRIME 
 MP requisitava o 
arquivamento ao juiz. 
 
 Juiz homologava ou não; 
 
 
 A discordância sobre o 
arquivamento (controle 
judicial), remetia o processo ao 
Procurador-Geral. 
 
Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao 
invés de apresentar a denúncia, requerer o 
arquivamento do inquérito policial ou de 
quaisquer peças de informação, o juiz, no caso 
de considerar improcedentes as razões 
invocadas, fará remessa do inquérito ou peças 
de informação ao procurador-geral, e este 
oferecerá a denúncia, designará outro órgão do 
Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá 
no pedido de arquivamento, ao qual só então 
estará o juiz obrigado a atender. 
 
 
>>>>> Ativismo judicial <<<<<< 
DEPOIS DO 
PACOTE 
ANTICRIME 
 MP ordena o arquivamento e 
remete os autos à instância de 
revisão ministerial para fins de 
homologação. 
 
 Arquivamento no âmbito do 
MP. 
 
 Além disso, o ofendido poderá 
discordar do arquivamento do 
IP. 
Artigo está com eficácia suspensa Pacote 
Anticrime 
 
DESARQUIVAMENTO DO IP 
 
Desarquivamento: art. 18, CPP; Súmula 524, STF. 
 
Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, 
por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas 
pesquisas, se de outras provas tiver notícia. 
 
 
 
 
12 
Súmula 524, STF: arquivado o inquérito policial por despacho do juiz, a requerimento 
do promotor de Justiça, não pode a ação penal ser iniciada sem novas provas. 
 
A depender do motivo arquivamento, este fará uma coisa julgada material a impedir a nova discussão daquele 
caso. Ex.: atipicidade. 
Coisa Julgada Material – Denomina-se coisa julgada material a eficácia, que torna imutável e indiscutível a 
sentença, não mais sujeita a recurso ordinário ou extraordinário. 
Coisa Julgada Formal - é a impossibilidade de modificação da sentença no mesmo processo. Só tem eficácia 
dentro do processo em que surgiu e, por isso, não impede que o tema volte a ser agitado em nova relação 
processual. 
 
MOTIVOS DE ARQUIVAMENTO (ARTIGOS 395 E 397, CPP). 
 
COISA JULGADA FORMAL 
São motivos fracos, faz coisa julgada formal. Além 
disso, pode ser utilizado o art. 18 e Súmula 524 
• Insuficiências de provas 
• Ausência de pressuposto processual; 
 
• Ausência de condições da ação; 
 
• Falta de justa causa para ação penal – falta de elementos 
mínimos 
 
COISA JULGADA MATERIAL 
São motivos fortes, faz coisa julgada material, 
impossibilitando a rediscussão, o 
desarquivamento e a continuidade das 
investigações. 
Mesmo surgindo nova prova não aplica o art. 18 e 
súmula 524 CPP. 
 
• Atipicidade (formal ou material) ***; 
 
• Existência manifesta de excludente de punibilidade, salvo 
certidão de óbito falsa; 
 
• Existência manifesta de causas de excludente de culpabilidade 
(doutrina). 
DIVERGÊNCIA NOS TRIBUNAIS 
STJ 
Arquivamento do inquérito policial com base na existência de 
causa excludente da ilicitude faz coisa julgada material e impede 
a rediscussão do caso penal. (Info 554). 
 
 
 
 
13 
STF 
Arquivamento de inquérito policial em razão do 
reconhecimento de excludente de ilicitude não faz coisa julgada 
material. 
Logo, surgindo novas provas seria possível reabrir o inquérito 
policial, com base no art. 18 do CPP e na Súmula 524 do STF. 
(Info 858) 
 
TIPOS DE ARQUIVAMENTOS 
 
 Arquivamento Implícito Tácito Objetivo: não será permitido o arquivamento implícito objetivo. 
Quando tratar-se de omissão a fatos investigados. Exemplo: omissão de outros crimes ou omissão de 
qualificadoras. 
 Arquivamento Implícito Tácito Subjetivo: quando tratar-se de omissão de indiciados. O MP não 
está obrigado a denunciar todos os envolvidos no fato tido por delituoso. 
 NÃO se pode falar em arquivamento implícito em relação a quem/ao fato que não foi denunciado. 
 O parquet é livre para formar sua convicção, incluindo na denúncia as pessoas que ele entenda terem 
praticado o crime, mediante a constatação de indíciosde autoria e materialidade (STJ 6 turma, RHC 34.223-
SP). 
 Arquivamento Indireto: Não tendo o órgão do Ministério Público atribuições para atuar no feito, 
deverá requerer a remessa dos autos ao juízo competente, onde atuará o Promotor com atribuições 
para o caso. 
 
 Arquivamento Provisório: A ação penal pública condicionada à representação possui uma condição 
específica da ação penal, logo, para se ter o oferecimento da denúncia pelo MP, é preciso que se 
preencha o requisito especial para a representação, sendo que existe um prazo de 6 meses para que 
se faça a representação contado do dia que ela sabe quem é o autor do fato. Sendo assim, esse 
procedimento está provisoriamente arquivado, visto que não pode ter sequência pelo oferecimento 
da denúncia enquanto não for apresentada a representação. Considere que a vítima não ofereceu a 
denúncia, logo o arquivamento provisório será transformado em permanente, pois será extinta a 
punibilidade pela decadência. 
 
 O arquivamento poderá perdurar até que a vítima represente/volte a representar. 
ART. 14-A (DEPOIS DO PACOTE ANTICRIME) 
 
Art. 14-A. Nos casos em que servidores vinculados às instituições dispostas no art. 
144 da Constituição Federal (polícia federal; polícia rodoviária federal; polícia 
ferroviária federal; polícias civis; polícias militares e corpos de bombeiros militares; 
Exclui o fato 
delituoso. 
Exclui o autor do 
crime 
Ausência de 
Condição de 
Procedibilidade 
(art. 38, CPP) 
 
 
 
 
 
14 
polícias penais federal, estaduais e distrital) figurarem como investigados em 
inquéritos policiais, inquéritos policiais militares e demais procedimentos 
extrajudiciais, cujo objeto for a investigação de fatos relacionados ao uso da força 
letal praticados no exercício profissional, de forma consumada ou tentada, incluindo 
as situações dispostas no art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 
(Código Penal), o indiciado poderá constituir defensor. 
§ 1º Para os casos previstos no caput deste artigo, o investigado deverá ser citado da 
instauração do procedimento investigatório, podendo constituir defensor no prazo de 
até 48 horas a contar do recebimento da citação. 
 
§ 2º Esgotado o prazo disposto no § 1º deste artigo com ausência de nomeação de 
defensor pelo investigado, a autoridade responsável pela investigação deverá intimar 
a instituição a que estava vinculado o investigado à época da ocorrência dos fatos, 
para que essa, no prazo de 48 horas, indique defensor para a representação do 
investigado. 
 
§ 6º As disposições constantes deste artigo se aplicam aos servidores militares 
vinculados às instituições dispostas no art. 142 da Constituição Federal, desde que 
os fatos investigados digam respeito a missões para a Garantia da Lei e da Ordem. 
OBS.: Traz a exceção ao IP quanto à característica inquisitiva. 
 
 Contraditório e ampla defesa no inquérito policial contra servidores que atuam na segurança pública 
investigados por uso de força letal. 
 Facultativa, a investigação acontece mesmo que não tenha constituído o defensor. 
 Fere o princípio da isonomia, segundo a doutrina, pois não é estendido isso a todos os outros 
investigados. 
TRANCAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL 
O agente se valerá de um habeas corpus com o objetivo de trancamento de inquérito policial, isto é admitido 
pela jurisprudência em situações excepcionais. 
Trancamento do Inquérito Policial: 
• encerramento anômalo do inquérito 
• determinado pelo Poder Judiciário 
• excepcional 
 
 
 
 
15 
• manifesta atipicidade da conduta 
• causa extintiva de punibilidade 
• Exemplo: crime de ação penal de iniciativa privada ou ação penal pública condicionada à representação que 
houve instauração sem requerimento. O delegado está com a investigação e com o inquérito em andamento, 
entretanto, por se tratar de um crime de ação penal de iniciativa privada, a vítima precisaria requerer. Sendo 
assim, o inquérito não poderá prosseguir. 
 
Súmula n. 234 do STJ 
A participação de membro do Ministério Público na fase investigatória criminal não acarreta o seu 
impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia. 
Súmula n. 444 do STJ 
É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena-base. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIA 
AULAS ASSISTIDAS 
BRASIL. Código de Processo Penal, DECRETO-LEI Nº 3.689/1941. Brasília, 3 de outubro de 1941. 
Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm> 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 1988. 
Brasília, 5 de outubro de 1988 Disponível 
em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm.> 
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. STF. Disponível 
em:< http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumarioSumulas.asp> 
BRASIL. Superior Tribunal da Justiça. STJ. Disponível 
em:< https://scon.stj.jus.br/SCON/sumanot/>

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