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Teoria Geral do Estado - Direito Constitucional II

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Direito Constitucional II
Teoria Geral do Estado
AULA 01
Formas de Estado
Introdução
A classificação formal dos Estados distingue-os pelo modo como se dá a distribuição territorial do exercício do poder político dentro do Estado, organização territorial do Estado. Trataremos de uma separação descritiva, não prescritiva. A distribuição territorial dos fatores depende de várias coisas. É a teoria que deve refletir a realidade. Tal análise e falível, pode-se exemplificar Porto Rico.
Classificação quanto à forma: simples ou unitários
São simples ou unitários os Estados que têm apenas um centro real de poder, toda a autoridade estatal deriva desse poder, há uma unidade orgânica, uma única ordem jurídica. A estrutura administrativa tem um único chefe. É a forma mais simples de organização do poder, porém, ao longo do tempo, com o aumento do Estado, acaba se tornando inevitável uma descentralização. Atualmente, só pequenos Estados, como o Vaticano, operam dessa maneira. Há Estados unitários descentralizados. Como são marcados por um único centro de poder, exercem um poder delegado, podem ter a autonomia obliterada a qualquer momento. Obviamente, não é o caso do Brasil, tudo funciona como uma pirâmide. Adotar um Estado unitário ou não é uma opção. A primeira vantagem é (i) a exaltação da unidade nacional em detrimento de localidades; (ii) racionalidade e eficiência na administração pública decorrente da unidade; (iii) são mais suscetíveis à ocorrência da arbitrariedade; (iv) a descentralização aproxima o poder das pessoas; a distância distância, além de dificultar o controle, impede que interesses sejam difundidos, abertura do Estado aos anseios populares.
Os Estados Compostos
Estados em que há mais de um centro de poder político, sendo eles relativamente autônomos entre si. Há diversas modalidades de Estados compostos, o Brasil e um deles.
Estados Compostos: União Real
Dois ou mais Estados soberanos se fundem formando um só Estado soberano, porém retendo a capacidade de decidirem sozinhos algumas questões. Quando esses Estados se fundem, também fundem diversos órgãos de soberania.
Um exemplo tradicional é o Império Austro-Húngaro, Áustria e Hungria continuaram com parlamentos distintos, compartilhavam o rei e três ministérios. Em geral, órgãos de soberania.
A união real se distingue de outras figuras parecidas, é a única que é Estado composto; as outras são: (i) união pessoal: não há fusão nem de Estados, nem de órgãos de soberania, como ser rei de dois tronos, rei da Inglaterra; (ii) união incorporada: nela, há, de fato, a fusão de dois Estados, mas não existe nenhum grau de autonomia, como o Reino Unido (Escócia, País de Gales, Inglaterra).
Estados Compostos: Estado Regional
Figura relativamente nova. A doutrina ainda não sabe bem como enquadrá-lo: se como algo sui generis, algo estranho. É mais descentralizado que um unitário, mas não chega a ser uma federação. Nos Estados regionais, uma constituição garante autonomia às regiões, mas a especificação das competências é feita por lei do poder central, não via constitucional. Um exemplo é a Espanha. A liberdade seria uma espécie de assunto a ser regulado.
Estados Compostos: Estado Federal
Em linhas gerais, a própria constituição garante e especifica a autonomia das sublimidades políticas. A própria constituição distribui as competências. Típico de onde figura a supremacia da Constituição.
Uniões de Estados
São distintos, não há que se falar em forma de Estado, porque são dois Estados nitidamente diferentes. O Reino Unido é um Estado; Espnha e um Estado; Vaticano é um Estado.
Confederações
Espécie de ancestral dos Estados Federais, associação de Estados soberanos vinculados por um tratado internacional que retém a sua condição de pessoa jurídica de Direito Internacional, tendo liberdade para dissociarem-se. As confederações são criadas também para gerir assuntos de interesses comuns, há órgãos representados por diplomatas. São pessoas jurídicas de Direito Internacional. Há quem diga que a UE é uma confederação.
Estados Associados
Segundo o Professor Celso Melo, é eufemismo para protetorado. Estado pequeno, de pouca relevância política e econômica, pode-se exemplificar Mônaco, Vaticano, San Marino em relação à Itália. Porto Rico pode ser qualificada como uma comunidade territorial dependente. 
AULA 02
Estado Federal
Relativamente recente, o primeiro de que se tem notícia são os EUA. Inicialmente, surgiu uma confederação que era uma associação fraca, não tinha órgãos independentes de grande relevância. As ex-colônias, então, criaram as federações. De muitos, um. Foi editada uma Constituição rígida, suprema e transformou Estados soberanos em entes federativos e, simultaneamente, criou outro ente chamado EUA (aqui, União) que responde pelo interesse comum dos Estados. A própria Constituição Americana disciplina a formação da União, tudo eu não cabe a ela, cabe aos estados. Impõe limites à União e aos estados. Em outras palavras, a Constituição protege a competência desses entes, são competência originárias.
O controle de constitucionalidade dos EUA é uma projeção do federalismo, ao contrário do Brasil onde protege mais os direitos fundamentais. A Constituião Americana é criadas antes de sua teorização.
Elementos
Um Estado
A federação e um só Estado; um único povo, um único território e um único poder político. Ajuda a diferenciar federação de confederação.
Descentralização
No Estado Federal, há vários pontos de poder político. Qualquer pessoa submeter-se-á a duas ordens jurídicas autônomas (União e Estados). No nosso caso, DF e municípios também. Não há hierarquia entre os entes federativos. Ente global: União; entes periféricos: estados e municípios. A diferença é, também, territorial.
Autonomia
Autonomia é o poder de decidir livremente, sem ingerência externa no espaço definido pela Constituição. Podem decidir da maneira que quiserem dentro do que a Constituição lhes concede. Aa autonomia federativa desdobra-se em três prerrogativas: (i) auto-organização: observados os limites da Constituição, os entes federativos podem instituir e organizar os seus próprios órgãos de poder, distribuir competências entre eles; aqui, no Brasil, essa capacidade se torna clara na competência de se editar atos normativos de caráter constitucional (constituições estaduais e leis orgânicas municipais); (ii) auto governo: cabe ao poder de cada lugar eleger seus representantes e editar direta ou indiretamente as suas próprias leis; (iii) auto administração: os entes federativos podem dar execução às suas próprias leis, prestar os seus próprios serviços píublicos e praticar todos os demais atos de administração necessários para a satisfação dessas finalidades: criar bens, vende-los, criar empresas.
Instância Neutra
É necessário que haja uma instância neutra para a resolução de conflitos. Criação de uma hierarquia entre entes federativos. O Judiciário é estrutura para ser protegido de interesses político-partidários, vide as vantagens do status de magistrado.
Participação
Muita gente diz que a participação dos estados na formação da vontade da União é uma das bases do Estado Federal. A Câmara dos Deputados representa o povo; o Senado representa, paritariamente, os estados. Na Carta Central Americana, os senadores eram escolhidos pelas câmaras estaduais; eram mais claramente representantes desses governos estaduais, mas não funciona ainda dessa forma, enfraquecendo a ideia de que o Senado representasse, rigorosamente, os estados. Além disso, o perfil das câmaras altas varia muito, desde o número de senadores à sua competência. No Canadá, os senadores são escolhidos pelo governador-geral. O bicameralismo não é particularidade das federações e, a partir do momento em que os senadores são eleitos democraticamente, servem mais para defender seu próprio partido do que seu estado; Destarte, deve mais ao povo e confunde-se com os deputados federais.
Para Thiago Magalhães, essa participação é prescindível, os municípios, como exemplo, não são representados nos legislativos estaduais.Classificação
Federalismo por agregação (Estados Unidos) e por desagregação (Brasil Unitário > Regional e Federal). Estados Soberanos > Federação.
Federalismo centralizado (mais competências na União)
Federalismo descentralizado (menos competência). Por agregação, tende a ser mais descentralizado.
Federalismo Dual e Federalismo Cooperativo
Classificação que tem em mira a técnica de repartição de competência entre os entes federativos. O Dual distribui competências exclusivas (privativas). 
São esferas de competência que não se chocam. No cooperativismo, há um grupo de competências que é compartilhado por mais de um ente, competência correntes ou comuns.
Na prática, uma hora, as competências, até no dual, chocar-se-ão; por isso, não se pode mais falar em Estados seguidores a risca do modelo dual.
Federalismo Simétrico e Assimétrico
Procura examinar o conceito conforme sua homogeneidade. No plano, jurídico, simétrico é quando os regimes foram idênticos; assimétricos quando diferentes. No Brasil. Nenhum estado pode mais que outro; portanto, é simétrico. Do ponto de vista fático, essa classificação é utilizada para comparar os entes federativos (SP-AC), a questão é ser mais simétrico ou menos simétrico. Isso tem consequências políticas, como a representação na Câmara. (Acre – 8, São Paulo – 70). Quem vota no Acre, tem mais peso do que quem vota em São Paulo. Por isso, Norte e Nordeste controlam o Senado.
AULA 03
Federalismo Simétrico e Assimétrico
É uma classe que procura classificar os entes federais que conforme sua homogeneidade.
Plano Jurídico: quando os entes federativos de uma mesma categoria têm regimes jurídicos idênticos, mesmas competências. O Brasil, por exemplo, é simétrico nesse planos.
Plano Fático: para comparar os entes federativos. Embora Acre e São Paulo tenham as mesmas competência tributárias, São Paulo é mais excluído e arrecada mais. Acre depende de mais repasses, arrecadações diferentes, embora haja igualdade jurídica. Esse plano é da realidade.
A representação dos estados na Câmara dos Deputados varia, mas possui um limite (AC – 8 deputados; SP – 70 deputados). Voto no Acre vale mais.
Formas de Governo
Introdução
Monarquia versus República
Classificação separada
Monarquia: hereditariedade, vitaliciedade, irresponsabilidade;
República: eletividade, temporalidade, prestação de contas.
Introdução
Essa classificação existe na realidade, mas vem sendo muito questionada. Procura distinguir os Estados segundo o modo pelo qual alguém chega a posição de governante e como se dá a relação governante-governados.
A expressão formas de governo vem da Antiguidade. Uma das mais importantes classificações é a aristotélica que mesclava dois critérios: (i) quem ou quantos governam; (ii) como governam.
Dessa forma, cegou-se a seis formas de governo conforme uma, poucas ou muitas pessoas governassem, de forma boa ou ruim. Puras: governam em benefício dos governantes; Impuras: governam para si mesmos, injustas.
Puras: Um: Monarquia; Poucos: Aristocracia; Muitos: Politeia;
Impuras: Um: Tirania; Poucos: Oligarquia; Muitos: Democracia, governo das massas.
Democracia, para Aristóteles, é ruim. Época em que o apogeu democrático grego já passou há muito temo. Há quem diga que ele se referia à “demagogia”, politeia falam que é “nossa democracia”.
Bobbio chama atenção pela abertura dos órgãos de poder a todas as classes. A composição de interesses é diferente da de classes, maior estabilidade. Reunião das classes.
Essa classificação aristotélica foi sendo abandonada, mas houve autores que tentaram resgatá-la e aprimorá-la. Forma de governo exercida em nome de um Deus, quem exerce o poder é algo atemporal: Deus, um espírito, uma ideia...(Seria uma quarta forma).
Forma pura: quem exerce o poder é essa coisa e os sacerdote/ideólogos seriam os servos dessa divindade, instrumentos. > Ideocracia.
Forma impura: classes de ideólogos exerce o poder em seu próprio benefício, governo injusto; valendo-se da idolatria, manipulação de símbolos religiosos > Ideocracia
Não foi para frente. Sacerdotes são poucos de muitos, cai na classificação de Aristóteles.
Nossa classificação é formal. Abandonamos a distinção: bom x ruim. Essa amoralidade do conceito vem com Maquiavel. Ele afirmava que todos os Estados que já existiram classificavam-se como: principados (Monarquia Aristocrática) ou Repúblicas (aristocráticas ou democráticas, pela quantidade de governantes). Maquiavel bipartiu as formas e subdividiu as Repúblicas.
O conceito adotado por Maquiavel mudou, mas a bipartição continua: monarquia e repúblicas, sem a distinção das repúblicas, bipartição simples.
A palavra República já foi utilizada como sinônimo de Estado, já foi usada como conotação positiva (bons Estados). Esse uso não corresponde a nenhum deles, é que se contrapõe à monarquia. Todo Estado se encaixa em um dos dois.
Monarquia versus República
Na monarquia, assume o pode por pertencer a uma família determinada. Na República, os cargos são ocupados mediante eleições, escolha popular. Essa eleição pode ser direta (povo escolhe, exemplo do Brasil) ou indireta (povo escolhe representantes que escolherão o chefe de estado; exemplo: Governo Militar, EUA). As monarquias caracterizam-se pela vitaliciedade, monarca permanece na função por toda vida, só sai quando morre. A República possui temporariedade do exercício dos cargos, deve exercer o cargo por período limitado-mandato e é muito frequente a limitação do número de reeleições, a fim de haver rotatividade, evita a apropriação indevida dos cargos; mudança no pensamento político dominante, evitar a confusão público x privado.
Na monarquia, há irresponsabilidade do monarca: não responde ele ao povo pelo que faz e não pode ser responsável pelo que faz. Não precisa prestar cotas. Nas Repúblicas, as autoridades tem dever de prestar contas do que faz no final das contas, o poder é do povo (isso serve para todos os cargos políticos). Em alguma medida, o governante pode ser responsabilizado.
Classificação Superadas ?
Três grandes problemas dessa classificação das formas de governo.
Muito simples: ajuda a entender, mas não alcança toda a complexidade da realidade. Complicado classificar todos os Estados como um dos tipos, exemplo: Irã. Além disso, há monarquias eletivas, exemplo: Vaticano, SIRG. Há monarquias que são temporárias, o monarca da Malásia é eleito entre os monarcas locais e governo por 5 anos. A classificação é ruim por ser dicotômica.
Monarquias atuais não são iguais às antigas: na maioria, são monarquias constitucionais, nas quais o monarca não exerce a condução política do país, não tem papel político governamental importante. Em geral, são parlamentaristas. O 1º Ministro governo (critérios da República). As pessoas que governam se aproximam dos critérios republicanos. Exemplo: Inglaterra, Espanha, Japão. Monarca como símbolo da perpetuidade do Estado, peso político pouco relevante.
A ideia de República tem um conteúdo, sentido material, que não se esgota nessa classificação formal: princípio republicano e republicanismo. Res Publica: coisa do povo (latim). Por ser do ‘povo’, os critérios devem ser respeitados. Princípio Republicano: condução voltada ao interesse público, moralidade política, República x Apropriação Privada. Foi esse princípio que motivou o STF a declarar constitucional a resolução do STJ que proibia o nepotismo; entende o nepostismo como inconstitucional. República; Princípio Republicanista x Privatização/Apropriação do cargo público. Fazer para o povo.
Republicanismo: várias correntes, tem em comum o realce à ideia de auto governo popular, o Estado como resultado da autodeterminação coletiva, tem deveres de patriotismo, solidariedade. Impõe direitos e deveres positivos aos administrados (cargo público) e aos cidadãos (exaltação das virtudes cívicas).
Há monarquias mais republicanas que certas repúblicas. Pode-se citar Suíça e Brasil. Quando eiva-se o conceito até fundamentos, a classificação perde o sentido.
Essa classificação é cientificamente irrelevante. Relevante é o regime de governo(demo – autocrático) e o sistema de governo.
AULA 04
Sistemas de Governo
Introdução
A classificação dos sistemas de governo se baseia na interação entre os órgãos de caráter mais político do sistema. Ela procura investigar como se relacionam os Poderes Executivo e Legislativo. Há dois modelos tradicionais e um híbrido (semipressidencialismo). Que vem assumindo mais importância. Não é o fato de haver um Parlamento que faz com que o Estado seja parlamentarista. O que caracteriza o sistema parlamentarista de governo é a combinação de três requisitos:
I. A existência de um Executivo dual, as atribuições que tradicionalmente competem aos Executivo são repartidos em dois órgãos, há um chefe de Estado e um Chefe de Governo, são distintos. O Chefe de Estado pode ser um monarca ou um presidente, seja como for, ele não dispõe de atribuições políticas relevantes. Não é o Chefe de Estado que conduz a política externa ou interna do país. Quem faz isso num Estado parlamentarista é o chamado Governo, em cujo centro está o Gabinete, que é o conjunto de ministros, sob a liderança do não do Chefe de Estado, mas do Chefe de Governo, geralmente chamado de I Ministro. Portanto, cabe ao Gabinete e ao I Ministro a condução do país. As funções do Chefe de Estado geralmente são simbólicas e tudo que ele faz é por conselho do Gabinete. Portanto, muitas decisões da Rainha da Inglaterra são, na verdade, do I Ministro. Ainda assim não se pode desprezar o papel simbólico do Chefe de Estado num governo parlamentarista.
O parlamentarismo caracteriza-se por ter uma separação flexível de poderes. Há uma grande interdependência entre o Executivo e o Legislativo. Aqueles que ocupam cargos Legislativos e Executivos dependem uns dos outros para chegar e permanecer no poder. Geralmente, o I Ministro é nomeado dentre os integrantes do partido majoritário do Parlamento. Portanto, é a composição do Legislativo que determina quem vai chegar ao Executivo. Isso significa que o mesmo I Ministro pode permanecer no cargo por vários anos. Margareth Thatcher, por exemplo, ficou 11 anos no poder. No Reino Unido também é comum que os integrantes do Gabinete sejam parlamentares, e eles enquanto ministros continuam sendo parlamentares, votando no Parlamento.
Mas o Executivo também interfere no Legislativo, já que este tem um incentivo natural de apoiar o Governo. O fato de o I Ministro estar lá pode dar algum controle dele pelo Legislativo, o Parlamento tem a tendência de apoiar as decisões do Executivo pelo fato de os parlamentares quererem manter-se e manter seu líder no poder. Se começarem a votar contra. Nesse sentido, o Parlamentarismo dá demasiada importância aos partidos em si, não aos candidatos. Em alguns países, o I Ministro pode punir um parlamentar de seu partido por votar contra ele.
Há responsabilidade política do Executivo perante o Legislativo. Se um governo só está porque tem o apoio parlamentar; no momento, que o apoio for perdido e o governo cair, forma-se outro governo. Há situações em que o Parlamento começa a discordar das políticas de governo. Essa desconfiança, em geral, manifesta-se através do voto ou noção de desconfiança, em que o Parlamento declara que o governo não tem mais o seu apoio. O Parlamento pode também rejeitar um pedido de confiança do governo, o que é a mesma coisa. Com isso, o governo pode renunciar coletivamente, formando-se um novo governo, novo I Ministro, escolhido pelo Parlamento. Nessa hipótese, diz-se que o governo caiu. Mas é possível também que o governo, ao invés de renunciar, peça ao Chefe de Governo a dissolução do Parlamento, encerrando-se, assim, todos os mandatos parlamentares. Ocorrem novas eleições; se a população optar pela oposição, o I Ministro cai, e se a população votar pelo partido que tenha maioria, o governo continua.
Parlamentarismo é um sistema em que se verifica uma interdependência forte entre Legislativo e Executivo, um pode tirar o outro do poder. O Parlamentarismo é fruto da prática; ao longo dos anos, chegou-se a esse modelo. No Reino Unido, isso ocorreu com o prestígio que o Parlamento foi ganhando ao longo do tempo, em contrapartida com o decréscimo de crédito no monarca. Isso se relaciona com a ascensão ao trono inglês de reis alemães, que mal sabia falar inglês; na prática, o governo ficava nas mãos do I Ministro. Antigamente, se os ministros do Parlamento perdessem o apoio do rei, poderia sofrer um impeachment, e assim renunciavam, daí esse costume. No Brasil, o parlamentarismo ocorreu duas vezes; no Império, com o parlamentarismo às avessas; na República, durante o Governo de João Goulart. Posteriormente à promulgação da Magna Carta, houve eleições para saber se o Brasil seria uma República ou uma Monarquia; Presidencialismo ou Parlamentarismo.
A certidão de nascimento do presidencialismo é a Constituição Americana. No presidencialismo, o Executivo é uno, uma única autoridade exerce as funções de Chefe de Estado e Chefe de Governo, a interdependência do parlamentarismo não é tão forte nesse sistema, que é marcado por uma rígida separação de poderes, há certa independência. No presidencialismo, há dois centros de convergência democrática (Executivo e Legislativo). Sendo assim, um não depende do outro para chegar e permanecer no poder. É possível que um Presidente governo sem o apoio do Parlamento, embora seja complicado. O Presidente necessita do voto dos parlamentares para aprovar leis. Por fim, não perde o cargo pela mera circunstância de eventualmente não ter o apoio do Legislativo. O presidente só sai do cargo no fim do mandato; com sua morte; com sua incapacidade; por condenação criminal ou por impeachment. O impeachment não equivale à responsabilidade política do parlamentarismo, apesar de o Presidente sair por determinação do Parlamento, mas ocorre de forma bem distinta do parlamentarismo, não ocorre por mera vontade parlamentar, é preciso uma situação grave para que isso aconteça.
O Parlamentarismo é vantajoso por haver uma sintonia entre Executivo e Legislativo, aumentando a governabilidade. O Parlamentarismo valoriza os partidos e tenta fazer que eles sejam mais pragmáticos e menos pessoais, é necessário que haja uma linha ideológica bem definida teoricamente, pelo menos.
Do ponto de vista da estabilidade, isso depende. Embora os governos tendam a ser mais instáveis no parlamentarismo, mormente quando há uma grande fragmentação partidária, o sistema como um todo tende a ser mais estável, pois incorpora um mecanismo institucional de resolver as divergências entre Executivo e Legislativo. Já no presidencialismo se o Legislativo não gostar do Presidente, não muito a ser feito, o que pode gerar uma ruptura em casos extremos. No presidencialismo, para se tirar o presidente, é necessário se recorrer ao ilícito.
No ponto de vista de concentração do poder, o presidencialismo é mais vantajoso, pois a rigidez da separação dos poderes dá ao Legislativo e ao Executivo independência suficiente para controlar as decisões tomadas pelo outro, enquanto no Parlamentarismo a tendência é a concordância; no Executivo, não muito como controlar o Parlamento e vice-versa.
É por isso que, na tentativa de ganhar vantagens e anular as desvantagens, formou-se o semipresidencialismo.
O principal país que adota esse modelo é a França, embora Portugal também o faça. Adota-se um modelo dual, mas o Chefe de Estado tem funções políticas relevantes. Na França, a condução externa cabe ao presidente, enquanto o I Ministro fica mais com a parte interna. O importante é que ambos tenham funções políticas relevantes.
AULA 05
Regimes de Governo – I
Introdução
Não mais a análise formal da estruturação do Estado. A partir de agora, a perspectiva é crítica; a classificação dos governos tem a ver com justiça, legitimidade.
Aristóteles chamava de governo despótico aquele em que o governo se portava em relação aos governados como um senhor em relação a seus escravos. Há quem diga que isso não era uma crítica àqueles regimes, pois Aristóteles: (i) admitia a escravidão; (ii) para ele, haveria povos naturalmentecondicionados a um status de servidor, como os persas. Ao longo do tempo, o uso dessa palavra foi repetido.
Com o Iluminismo, o termo ganhou sentido negativo. Os iluministas não admitiam a escravidão, qualquer escravocrata é injusto. De todo modo, por conta dessa associação histórica, nem todos utilizam o termo déspota para designar regimes injustos, utiliza-me muito os termos autoritarismo, ditadura etc. Para nossos fins, todos os regimes anti democráticos são considerados autoritários.
Autoritarismo
A primeira característica é a direção em que a autoridade é transmitida. Na democracia, o poder vai do povo para os governantes. No autoritarismo, o poder é exercido para de cima para baixo, os governantes consideram-se a fonte do poder. Por isso, Parlamento, eleições quando existem, são meramente cerimoniais. No regime autoritário, é o governante quem estabelece qual é o interesse do povo.
O grau de autonomia dos subsistemas políticos é um termo técnico para designar partidos, sindicatos, associações. Entes que integram-se ao sistema político como um todo, mas que não fazem parte do Estado. Num regime autoritário, a autonomia desses entes é muito baixa. As reuniões são proibidas, vigiadas ou, no máximo, permitidas.
Ditadura
A palavra ditadura surge no Direito Romano. A Ditadura Romana era uma magistratura extraordinária, era breve; em casos especiais, o Senado autoriza os cônsules a nomearem um ditador com grandes poderes. Outras magistraturas não podiam vetar os atos do ditador. A ditadura romana não era um regime de governo e era legítima, assemelha-se ao nosso estado de sítio.
As nossas ditaduras são regimes de governo autoritários que são, em geral, marcados pelo: (i) caráter ilimitado do poder; (ii) precariedade das regras de sucessão no poder. O poder do ditadora ou da elite ditatorial não tem limites, não há Rule Of The Law.; a lei é usada para traduzir a vontade do ditador. A precariedade decorre da investidura do ditador ou dessa elite. Como ele não chega ao poder democraticamente ou hereditariamente, mas pela força ou pelo carisma pessoal, o regime é personalista em demasia; quando o líder cai, não há mecanismos de clara sucessão. Em alguma medida, os que se opunham àquele líder tentarão tomar o poder. As modalidades, para todos os gostos, separa as ditaduras através do grau de penetração no tecido social. São elas:
I – Simples ou Autoritárias: baixa penetração no tecido social. Fundamentalmente, baseia-se graças aos controles dos meios de coação estatal. A ditadura de 1963 pode ser encaixar nessa categoria; apoia-se graças à pouca participação popular na política, sociedade apolítica. O Presidente tem gerência, mas não controla os meios de coação.
II – Cesaristas: há busca de algum apoio popular. Às vezes, valem-se de plebiscitos. Há forte propaganda. Pode-se citar os governos de Perón, Vargas e Chávez.
Por último, as ditaduras totalitárias as quais envolvem grande penetração no tecido social, surgiu no século XX. Só existiram dois regimes, por unanimidade, totalitários: Alemanha Nazista e URSS Stalinista. Nem o fascismo italiano. Todo espaço é público, máxima supressão do espaço privado. Exigem uma mobilização permanente de todos, o indivíduo deve servir ao Estado.
Totalitarismo
I – Ideologia
A ideologia totalitária pretende estabelecer uma verdade absoluta sobre o passado, o presente e o futuro. Por estabelecer esse dogma, a ideologia em questão não depende do empirismo ou admite crítica, é a verdade por si mesma. A ideologia totalitária vale-se de uma espécie de lente, fornece uma visão deformada e pseudo científica.
II – Partido Único
O Partido é a expressão da ideologia totalitária, é sua manifestação. Há unipartidarismo, visto que há uma só verdade. O partido único é uma estrutura de poder paralela ao Estado e superior a ele, pois o partido controla e aparelha o Estado para a perquirição de seus fins. O partido está em toda a sociedade. O partido está em todos os subsistemas políticos.
III – Ditador/Líder
É peça chave, portador da ideologia. Nessa linha, não exerce um poder delegado, exerce um poder naturalmente seu; é raio, luz, inspiração, é como um Deus.
IV – Terror
É o que mais destaca o totalitarismo. Procura concretizar a ideologia. O terror totalitário não persegue só os opositores reais do regime, volta-se também contra seus “opositores naturais” os quais a mera existência coloca em xeque a ideologia difundida, são inimigos naturais. Às vezes, até pessoas aleatórias são perseguidas, criação do medo.
O totalitarismo, de certa forma, é o produto irracional do racionalismo, pois poucas coisas expressam a vontade de querer controlar tudo, querem explicar tudo, mas não usam a ciência. Ele tem como consequência mais destrutiva a obliteração da pessoa, de sua dignidade, de sua individualidade. O homem passa a ser mero instrumento da ideologia. Não basta destruir a capacidade política. A vida humana perde seu valor.
AULA 05
Regimes de Governo – II
Democracia
A igual dignidade é seu fundamento. Não há poder legítimo que se exerça sem o consentimento de todos. O regime democrático enxerga o Estado como um projeto de auto governo coletivo. A ideia de dignidade implica autonomia privada e pública (participar da soberania, das decisões do Estado. Essa é a ideia de democracia).
O berço da democracia é Atenas, onde todos os cidadãos poderiam tomar parte das deliberações coletivas (com limites, lembrar-se que mulheres, escravos e estrangeiros não podiam votar). Com a dominação, a democracia ateniense acaba. A ideia de soberania popular ressurge na Idade Média. Igualdade e liberdade ganham força com o liberalismo. Para Rousseau, liberdade é obedecer apenas a si próprio, de modo que a liberdade seria garantida somente através da vontade geral.
Cidadão > Vontade > Vontade Geral > Imposição > Cidadão > Vontade...
A partir de Rousseau, o debate de democracia foi retomado. Destaque para as duas primeiras revoluções liberais: Revolução Americana e Revolução Francesa. A partir daí, a democracia expandiu-se consideravelmente, não só externamente, mas também internamente. (ampliação do sufrágio, antes era masculino censitário; ao longo do tempo, mulheres foram incluídas, racionalização da política). Dizer que as barreiras formais foram superadas não quer dizer que todos tenham condição de exercer seu direito de voto. Outro problema é que nem todas as barreiras formais acabaram (capacidade civil, estrangeiros).
As Três Dimensões da Democracia
Para um regime ser democrático, o poder deve emanar do povo (fala-se em delegação de funções). O povo é titular da soberania. É a dimensão organizacional da democracia, o poder é exercido pela forma escolhida pelo povo. O exercício não pode se esgotar no Estado, o regime democrático pressupõe procedimentos que garantam a contínua participação do povo nas deliberações políticas (eleições). O povo delega o poder, mas não abdica dele. Não basta que haja processos formais, esses procedimentos devem garantir duas coisas: (i) responsabilidade dos governantes às demandas populares, sinônimo de permeabilidade: as demandas populares devem chegar aos agentes políticos para concretizá-las; (ii) controle social do exercício do poder (accountability), controle social, sua ideia congrega tanto a publicidade dos atos estatais e a possibilidade de responsabilização dos agentes que se comportem inadequadamente ou que não atendam os interesses populares. Infelizmente, até na democracia, há uma elite no poder (lei de ferro da oligarquia – teoria elitista de Robert Michels). Para tentar atenuar isso, é preciso eliminar barreiras econômicas, geográficas, sociais para o ingresso em cargos públicos de relevância.
O segundo problema da democracia é o reforço da comunicação entre a elite e as massas, reforço material da democracia. Quem está no poder deve ser sensível às demandas populares e sujeitar-se à fiscalização popular.
A palavra democracia tem muitos sentidos. Rousseau defendia a democracia direta, em que os próprios cidadãos participam diretamente da vontade do Estado.O plebiscito total é inviável. Por isso, desenvolveu-se a ideia de democracia representativa: os cidadãos elegem seus representantes. O mando é um contrato de Direito Privado. Na modernidade, surgiu o chamado contrato imperativo: o representante está vinculado às orientações do representado; na prática, é inviável. Essa ideia foi abandonada pelo mandato livre, o representante vota com sua própria consciência. A barganha é inevitável para governar. Outro problema é que o parlamentar fica obrigado a representar a todos.
AULA 06
Regimes de Governo – Democracia II
Democracia Representativa
Espécie de “mal necessário”. Surge com um caráter aristocrático, “medo das massas”. Havia um certo temor que a participação forte do povo conduzisse a extremismos, esse é o argumento elitista. Na democracia representativa, o poder é do povo, mas quem governa é o governador, isso nas palavras de Paulo Bonavides.
Em países como o nosso, essa ficção jurídica é até vista de forma negativa. Para atenuar esse problema, foram criados mecanismos da democracia semi direta. São eles sócios das democracias representativas. Esse mecanismos permitem a participação popular direta. No Brasil, tem-se plebiscito, referendo e iniciativa popular.
O plebiscito e o referendo são muito parecidos, o que muda é o momento em que o povo é chamado para se manifestar (Lei 9.709); são consultas formuladas ao povo para que delibere em matéria de acentuada relevância. O plebiscito acontece antes da criação do ato; o referendo depois. O Congresso não fica necessariamente vinculado. A competência é do Legislativo.
Na iniciativa popular, o povo pode criar um projeto de lei; na prática, fica muito inviabilizadas.
Art. 14 - A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: (Regulamentado pela L-009.709-1998)
Art. 61, parágrafo 2º - A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.
No veto popular, a população, manifestando-se com um certo número de eleitores, faz com que determinada medida só entre em vigor depois de uma consulta popular, o efeito é vinculante, Seria uma espécie de referente de iniciativa popular. Pedido de voto de veto > Voto de veto > Veto.
O recall funciona como uma espécie de revogação do mandato político. São recolhidas assinaturas para convoca-lo; depois, faz-se novas eleições. O recall pode ser individual ou coletivo (todo o Parlamento).
Democracia Participativa
Integra a democracia representativa. Traz-se o povo para a discussão política. Existem vários instrumentos utilizados para essa finalidade, como o orçamento participativo (Porto Alegre). O povo é ouvido, há um procedimento administrativo para promover a oitiva, semelhante a uma reunião de pequena associação.
Há, também, outros mecanismos como conselhos municipais que reúnem pessoas físicas e jurídicas. A audiência pública, a consulta pública podem, também, serem citadas.
Questões Específicas
Regra da maioria é uma técnica da democracia. As maiorias não são permanentes (há demasiada heterogeneidade). Para tentar diminuir os problemas da regra majoritária: (i) pode-se exigir maiorias mais qualitativas para certas discussões (2/3; 4/5); (ii) pode-se criar sistemas em que as maiorias diferentes são obrigadas a conciliar seus interesses para deliberar; (iii) constitucionalismo.
A CF, visando proteger minorias, predefiniu algumas coisas para que as minorias sejam respeitadas, há limites ao Poder Constituinte Derivado. Destaque para a dignidade da pessoa humana. A dúvida é se a CF é democrática, pois é uma Carta que não foi votada por todos. Para que obedecer a mortos?
O ideal democrático pretende ser um regime justo de governo, que garanta a justiça em suas deliberações. Só se pode garantir que a democracia funcione de forma justa se alguns pressupostos forem cumpridos: respeito aos direitos fundamentais. O Estado limita a democracia para garanti-a, o constitucionalismo também. Precisa haver condições de legitimidade.

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