Buscar

Apostila de Medicina do Trabalho

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Página 1 
Amanda Longo Louzada 
 
 
APOSTILA DE 
MEDICINA DO 
TRABALHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Página 2 
Amanda Longo Louzada 
SUMÁRIO: 
 Introdução a Medicina do Trabalho ........................................................................................ Página 3 
 Ergonomia .............................................................................................................................. Página 8 
 Equipamentos de Proteção Individual .................................................................................... Página 9 
 SEMST ................................................................................................................................... Página 11 
 Insalubridade e Periculosidade .............................................................................................. Página 15 
 Doença Ocupacional .............................................................................................................. Página 19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Página 3 
Amanda Longo Louzada 
 
TRABALHO COMO PROCESSO SOCIAL E 
HISTÓRICO: 
 Ao longo dos anos houve sempre quem se 
preocupasse com a saúde dos trabalhadores, 
mas sem o rigor técnico científico necessário; 
 Importância no reconhecimento do processo 
social e histórico: marcos no desenvolvimento do 
raciocínio clínico e histórico em Saúde 
Ocupacional; 
 Constante evolução dos aspectos históricos e 
sociais. 
ANTIGUIDADE: 
 Fatores naturais ou sobrenaturais; 
 Manifestações divinas; 
 Causas: externas ao homem; 
 Agente passivo. 
 Homens primitivos – caça, pesca, guerras (maior 
parte das atividades eram manuais) – ameaças a 
integridade física – diminuíam a capacidade 
produtiva; 
 2360 a.C. - Papiro Seller II, egípcio - 1 as 
referências escritas a doenças do trabalho. 
 Hipócrates: 
 Pai da medicina – na sua obra “Água, Ares e 
Lugares”: menção a casos de intoxicação por 
contato de chumbo; 
 Primeiros relatos sobre a relação entre patologia 
clínica e ocupações profissionais (existência de 
moléstias entre mineiros e metalúrgicos); 
 Apesar de descrever o quadro, omite totalmente 
o ambiente de trabalho e a ocupação. 
 Descreve a intoxicação por Pb em “Ares, Águas 
e Lugares”; 
 Plínio, o velho (23 a 79 dC): 
 Descreve o aspecto dos trabalhadores expostos 
ao chumbo, ao mercúrio e à poeira; 
 Menciona a tentativa dos escravos em usar 
panos ou membranas (bexiga de carneiro) para 
atenuar a exposição às poeiras – Precursor do 
EPIS? 
 Descreve aspectos da exposição ao Pb, Hg, 
poeiras e uso máscaras protetoras 
SÉCULO XVI: 
 Georgius Agrícola (1556): estuda os problemas 
relacionados a extração de minerais e a fundição 
de prata e ouro. Discute os acidentes do trabalho 
e as doenças mais comuns entre mineiros (asma 
dos mineiros); 
 Livro: De Re Metallica: 
 No último capítulo descreve sobre acidentes 
de trabalho e doenças mais comuns entre os 
mineiros, onde dá destaque à Asma dos 
Mineiros; 
 A descrição da doença sugere que se tratava 
da SILICOSE. “As mulheres chegavam a 
casar-se sete vezes, devido a morte prematura 
de seus maridos encontrada na ocupação que 
exerciam 
 Paracelso (1567) “Dos Ofícios e das Doenças da 
Montanha” (Paracelso) – aborda centro mineiro 
na Boêmia e relaciona métodos de trabalho, 
substâncias manuseadas e doenças (em especial 
a intoxicação pelo MERCÚRIO e a silicose). 
SÉCULOS XVIII E XIX: 
 1700 – Bernadino Ramazzini - "O Pai da Medicina 
do Trabalho", em seu livro De Morbis Artificum 
Diatriba descreve doenças em cerca de 50 
ocupações e ressalta a importância do trabalho 
como causa de dano a saúde; 
 Séc XVIII: George Baker – “Cólica de Devonshire” 
utilização de chumbo na indústria de vinho de 
maçã; 
 Percival Pott – câncer escrotal nos limpadores de 
chaminé da Inglaterra; 
 Séc XIX: Charles Trackrah e Percival Pott 
escreveram um tratado com 200 páginas sobre 
medicina ocupacional. 
 1760 a 1830 - A revolução industrial: A expansão 
das industrias e a formação de cidades 
esquálidas; as precárias condições de trabalho e 
a utilização de mão-de-obra barata 
(principalmente mulheres e crianças); os 
acidentes e as doenças ("a febre das fábricas"). 
 1802 – aprovação da “Lei de Saúde e Moral dos 
Aprendizes” - 1ª Lei de Proteção aos 
Trabalhadores - estabelecia o limite de 12h de 
trabalho por dia, proibia o trabalho noturno, 
obrigava os empregadores a lavar as paredes das 
fábricas 2 vezes ao ano e obrigava haver 
ventilação nos ambientes; 
 1833 - Factory Act, Inglaterra - 1ª legislação 
eficiente – aplicada a empresas têxteis, proibia o 
trabalho noturno a menores de 18 anos, restringia 
as horas de trabalho destes a 12h por dia, 
estabelecia que as fábricas precisavam ter 
escolas e que a idade mínima para o trabalho era 
de 9 anos. 
 Revolução Industrial (1730-1830): 
 Inglaterra - marco inicial da moderna 
industrialização da 1ª máquina de fiar – custo 
elevado das máquinas não permitiu que o 
artesão as possuísse; 
 Desenvolvimento tecnológico reúne pessoas 
para trabalhar sob um mesmo teto, com uso de 
máquinas em cidades distantes daquelas de 
sua origem resultou em severos efeitos de 
deslocamentos da sociedade; 
 Ritmo de trabalho determinado pelas máquinas 
e não mais por si próprio - Homens, materiais e 
máquinas tratados com um mínimo de despesa 
e rejeitados quando não mais efetivos – 
Trabalho sem proteção, em ambientes fechados 
com ventilação precária e nível de ruído 
altíssimo, sem o estabelecimento de jornada de 
trabalho. 
Página 4 
Amanda Longo Louzada 
SÉCULO XX: 
 1906 – 1° Congresso Internacional de Doenças 
do Trabalho, Milão; 
 1919 – 1919 - fim da 1ª Guerra Mundial: Tratado 
de Versailles – dedica a parte nº XIII a saúde e 
educação – resultou na criação da OIT – 
Organização Internacional do Trabalho : objetivo 
de promover a melhoria das condições mundiais 
de trabalho e das condições de vida do 
trabalhador; 
 1950 e 1959 - OIT/OMS - definição dos objetivos 
da Medicina do Trabalho e objetivo e funções dos 
Serviços Médicos nas empresas (Recomendação 
112) – SESMT??. 
 Na América Latina e Brasil: A Industrialização 
como alternativa para a sair do estado de 
subdesenvolvimento e a necessidade de resolver 
as consequências sociais e sanitárias desta 
alternativa: 
 1919 – 1ª Lei de acidentes do trabalho – “risco 
profissional” (Obs: Apesar de a 1ª Lei de 
Acidentes do Trabalho datar de 1919, no Brasil 
os primeiros passos dados efetivamente no 
campo da Saúde Ocupacional datam da década 
de trinta); 
 1930 - É criado o Ministério do Trabalho, 
Indústria e Comércio e bem definida a sua ação 
no campo da higiene e segurança no trabalho; 
Década de 30: Começam os estudos sobre as 
doenças ocupacionais, entre elas, a Silicose e 
Asbestose. 
 1934 – Inspetoria de Higiene e Segurança do 
Trabalho; 
 Constituição Brasileira de 1934: 1ª constituição 
a cuidar da Saúde, Higiene e Segurança no 
Trabalho – art. 121, h:“assistência médica e 
sanitária ao trabalhador e a gestante”; 
 1943: Promulgação da CLT – Consolidação das 
Leis do Trabalho por Getúlio Vargas (Decreto-lei 
no 5.452, Tit, II, cap. V, art. 154 a 201 - 
estipulam a Segurança e Medicina do Trabalho 
por meio dos direitos e obrigações do governo, 
dos empresários e dos trabalhadores 
 1966 – Fundacentro (Fundação Jorge Duprat de 
Figueiredo de Segurança e Medicina do 
Trabalho); 
 Voltada para o estudo e pesquisa das 
condições dos ambientes de trabalho; 
 Dispõe de uma rede de laboratórios em 
segurança, higiene e saúde no trabalho e de 
uma das mais completas bibliotecas 
especializadas, além de profissionais 
formados em várias áreas, muitos deles pós-
graduados no Brasil e exterior; 
 Atua no desenvolvimento de pesquisas em 
segurança e saúde no trabalho, difusão de 
conhecimento por meio de ações educativas e 
prestação de serviços à comunidade e 
assessoria técnica a órgãospúblicos, 
empresariais e de trabalhadores; 
 Fundação pública vinculada ao Ministério do 
Trabalho. 
 Plano de Valorização do Trabalhador – 
Portaria n° 3237, de junho de 1972, torna 
obrigatória a existência de Serviços Médicos, e 
de Higiene e Segurança em todas as empresa 
onde trabalham 100 ou mais pessoas; 
 Lei 6514, de 12 de dezembro de 1977 – altera 
o capitulo V do Título II da Consolidação das 
Leis do Trabalho, relativo a Segurança e 
Medicina do Trabalho - Portaria n° 3214, de 8 
de junho de 1978 – Aprova as normas 
regulamentadoras – NR – do Capítulo V, Título 
II, da CLT. 
 Constituição Federal, 1888: 
 das responsabilidades relativas aos orgãos 
públicos, empresas e empregados; 
 inspeção, embargo e interdição, orgãos de 
saúde e medicina do trabalho nas empresas; 
 equipamento de proteção individual, medidas 
preventivas de medicina do trabalho; 
 conforto térmico, instalações elétricas, 
movimentação, armazenagem e manuseio de 
materiais, máquinas e equipamentos, atividades 
insalubres ou perigosas, prevenção da fadiga, 
penalidades, entre outros. 
LEGISLAÇÃO ACIDENTÁRIA NO BRASIL: 
 Processo contínuo e dinâmico no 
estabelecimento de atos legislativos e 
regulamentadores que preconizem medidas 
preventivas, visando minimizar os riscos de 
acidentes no trabalho e doenças ocupacionais 
 
CONCEITOS: 
SAÚDE OCUPACIONAL: 
 Ramo da saúde que tem por objetivo: 
 A promoção e a manutenção, no mais alto grau 
do bem-estar físico, mental e social dos 
trabalhadores em todas as ocupações; 
 A prevenção, entre os trabalhadores, de doenças 
ocupacionais causadas por suas condições de 
trabalho; 
 A proteção dos trabalhadores em seus labores, 
dos riscos resultantes de fatores adversos à 
saúde; 
 A colocação e conservação dos trabalhadores 
nos ambientes ocupacionais adaptados as suas 
aptidões fisiológicas e psicológicas; 
 Adaptação do trabalho ao homem e de cada 
homem ao seu próprio trabalho, ou seja, é o 
trabalho que se adapta ao homem, e não ao 
contrário 
MEDICINA OCUPACIONAL: 
 A avaliação, manutenção, recuperação e melhoria 
da saúde do trabalhador, através da aplicação de 
princípios da Medicina Preventiva, de Medicina de 
Emergência , de Reabilitação e Medicina do 
Ambiente; 
 A promoção de uma produtiva e satisfatória 
interação do trabalhador com seu trabalho, 
Página 5 
Amanda Longo Louzada 
através de aplicação de princípios do 
comportamento humano; 
 A ativa apreciação das necessidades e 
responsabilidades sociais, econômicas e 
administrativas do trabalhador e da Comunidade 
trabalhadora. 
MEDICINA DO TRABALHO: 
 Exames Médicos Ocupacionais; 
 Seleção e colocação dos trabalhadores de acordo 
com suas aptidões físicas e emocionais; 
 Supervisão das facilidades de primeiros socorros; 
 Programa de educação sanitária; 
 Manipulação dos casos de compensação 
segundo a lei; 
 Diagnóstico e tratamento de doenças 
ocupacionais / do trabalho e acidentes do 
trabalho; 
 Programas de imunização e de alimentação; 
 Estudos das estatísticas de absenteísmo e 
outras; 
 Participação das comissões internas de 
prevenção de acidentes (CIPA); 
 Aconselhamentos à gerência da empresa em 
todo assunto relacionando com a saúde dos 
trabalhadores. 
ACIDENTES E DOENÇAS DE TRABALHO: 
ACIDENTE TÍPICO: 
 Acidente que ocorre dentro das dependências da 
empresa, ou quando o colaborador se encontra a 
serviço da empresa provocando lesão corporal 
ou perturbação funcional que cause a morte ou a 
perda ou redução, permanente ou temporária, da 
capacidade para o trabalho. 
ACIDENTE DE TRAJETO: 
 Percurso residência – trabalho; trabalho – 
residência; 
 Não é acidente quando há alteração no trajeto 
normal, nem quando este for interrompido. 
DOENÇA PROFISSIONAL: 
 Produzida ou desencadeada pelo exercício do 
trabalho peculiar à determinada atividade e 
constante da respectiva relação elaborada pelo 
Ministério do Trabalho e Emprego e o da 
Previdência Social; 
 Comprovação do nexo causal, ou seja, o 
trabalhador deverá comprovar haver adquirido a 
doença no exercício do trabalho; 
 Ex: Saturnismo (intoxicação provocada pelo 
chumbo) e Silicose (sílica). 
 Adoecimento Relacionado ao Trabalho: 
 I-Trabalho como Causa Necessária: intoxicação 
por chumbo, silicose, doenças profissionais 
legalmente prescritas e outras 
 II-Trabalho como Fator Contributivo mas não 
Necessário: doença coronariana, do aparelho 
locomotor, câncer, varizes dos membros 
inferiores e outras 
 III- Trabalho como provocador de um Distúrbio 
Latente, ou Agravador de Doença já 
Estabelecida: bronquite crônica, dermatite de 
contato alérgica, asma, doenças mentais e 
outras. 
DOENÇA DE TRABALHO: 
 É aquela adquirida ou desencadeada em função 
de condições especiais em que o trabalho é 
realizado e com ele se relacione diretamente 
(também constante da relação supracitada); 
 Ex: Disacusia (surdez) em trabalho realizado em 
local extremamente ruidoso. 
INCIDENTE: 
 Evento não planejado que tem o potencial de 
levar a um acidente, ou seja, é um episódio 
imprevisto, porém sem consequências 
desastrosas. 
 (Exemplo: Ao ingressar na empresa, um objeto 
leve cai próximo ao trabalhador, sem causar 
lesão que gere incapacidade); Não há lesão ao 
trabalhador e/ou perda da capacidade laborativa, 
portanto não se trata de acidente e sim de 
incidente 
ACIDENTE ATÍPICO: 
 São acidentes sem qualquer relação com o 
desempenho da atividade, assim sendo, não são 
considerados acidentes de trabalho mesmo que 
tenham ocorrido nas dependências da empresa 
ou trajeto. 
CLASSIFICAÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS DE 
TRABALHO: 
 Sem Afastamento: É todo acidente que 
possibilita ao acidentado voltar à sua ocupação 
habitual no mesmo dia ou no dia seguinte 
imediato ao do acidente, no horário 
regulamentar, resultando incapacidade 
temporária parcial. 
 Com Afastamento: É todo acidente que 
impossibilita ao acidentado retornar ao trabalho 
até o dia imediato ao do acidente, no horário 
regulamentar, podendo dele resultar morte, 
incapacidade permanente total ou parcial e 
incapacidade temporária total. 
CAUSAS DE ACIDENTE DE TRABALHO: 
 A lesão sofrida por um trabalhador, no exercício 
de suas atividades profissionais, obedece a uma 
sequencia de fatores: Hereditariedade e ambiente 
social, Causa pessoal e Causa mecânica 
 A prevenção começa pela eliminação ou 
neutralização das causas dos acidentes. 
MÉDICO DO TRABALHO: 
 Deve estar apto para apontar as causas do 
acidente, consequências do acidente, meios 
para evitar o acidente e conscientizar o 
acidentado 
Página 6 
Amanda Longo Louzada 
RIAT: 
 Relatório de investigação de acidente e incidente 
de trabalho 
 Todo acidente de trabalho deve ser 
imediatamente comunicado à empresa pelo 
acidentado ou por qualquer pessoa que dele 
tiver conhecimento através do CAT. 
 No SESMT, o colaborador acidentado 
preencherá o RIAT, juntamente com um 
profissional da área. Vale lembrar que as 
informações fornecidas pelo colaborador 
acidentado serão avaliadas, bem como as 
causas do acidente. 
CAT: 
 Comunicação de acidente de trabalho 
 A empresa deverá comunicar o acidente do 
trabalho à Previdência Social até o primeiro dia 
útil seguinte ao da ocorrência; 
 Em caso de morte a comunicação ao INSS 
deverá ser imediata, sendo obrigatória a 
comunicação à autoridade policial. 
 O médico que não é da empresa não é obrigado 
a comunicar 
 Pode ser comunicado por um médico do trabalho 
da empresa, recursos humanos, o próprio 
trabalhador e outros funcionários da empresa 
CONSEQUÊNCIAS DO ACIDENTE DE 
TRABALHO: 
PARA O TRABALHADOR: 
 Sofrimento físico 
 Incapacidade para o trabalho 
 Morte 
 Desemprego 
 Baixa renda 
 Desamparo familiar 
PARA A EMPRESA: 
 Gastos com primeiros socorros 
 Transporte com acidentados 
 Sobrecarga dos outros empregados 
 Substituição do empregado por outro 
 Má impressão da empresa com o cliente 
 Atraso na produçãoPARA O PAÍS: 
 Perda temporária ou permanente do cidadão 
produtivo 
 Mais dependentes para o INSS 
 Aumento de impostos e seguros 
 Baixos salários para os aposentados 
 Contribuição para o aumento do custo de vida 
ATESTADO MÉDICO E INSS: 
 Absenteísmo: é o afastamento do trabalho 
 Atestado Médico: Expedido para justificar o 
afastamento do trabalho de 1 a 15 dias, período 
pago pela Empresa 
 O laudo ou atestado precisa está legível e não 
pode ter rasuras (rabiscos ou qualquer 
anotação que não tenha haver com o 
documento médico); 
 O laudo ou atestado precisa está assinado pelo 
médico e também precisa da identificação dele, 
que é feita pelo carimbo com nome e CRM; 
 Não pode faltar no laudo informações sobre a 
doença e o Código Internacional de Doença – 
CID, o CID só 
 Prazo estimado de repouso necessário. Assim, 
sempre peça para o seu médico anotar qual o 
tempo de recuperação (Exemplo: três meses, 
30 dias...). 
 Resolução do CFM: 
 Art. 3º: Na elaboração do atestado médico, o 
médico assistente observará os seguintes 
procedimentos: 
 I – Especificar o tempo concedido de 
dispensa à atividade, necessário para a 
recuperação do paciente 
 II - estabelecer o diagnóstico, quando 
expressamente autorizado pelo paciente; 
 III - registrar os dados de maneira legível; … 
 Parágrafo único:Quando o atestado for 
solicitado pelo paciente ou seu representante 
legal PARA FINS DE PERÍCIA MÉDICA 
deverá observar: 
 I -o diagnóstico; 
 II -os resultados dos exames 
complementares 
 III -a conduta terapêutica 
 IV -o prognóstico; 
 V -as consequências à saúde do paciente; 
 VI – O provável tempo de repouso estimado 
necessário para a sua recuperação, que 
complementará o parecer fundamentado do 
médico perito, a quem cabe legalmente a 
decisão do benefício previdenciário, tais 
como: aposentadoria, invalidez definitiva ou 
readaptação;... 
 Pontos Importantes: 
 Atestado Médico Odontológico: 
 Lei Federal (605 / 1949 e 5.081 / 1966), 
somente médicos e odontólogos podem 
emitir atestados para fins de abonos de 
faltas trabalhistas (no Direito Privado ou 
para funcionários públicos regidos pela 
CLT); 
 Na mesma esteira, vem o texto da 
Resolução 1.658 / 2002 do Conselho 
Federal de Medicina, que assim coloca “... 
Art. 6: Somente aos médicos e aos 
odontólogos, este no estrito âmbito de sua 
profissão é facultada a prerrogativa do 
fornecimento de atestado de afastamento 
do trabalho". 
 Atestado e Declaração de Comparecimento: 
 Não existe amparo legal para a "Declaração 
de Comparecimento“; 
 Caso não haja previsão na convenção não 
há obrigatoriedade da empresa abonar as 
horas; 
Página 7 
Amanda Longo Louzada 
 Vejo que é sensato da empresa reconhecer 
e abonar, afinal, é claro que temos algumas 
exceções, mas ninguém gosta de ficar 
doente, porém considerando que há 
pessoas dotadas de má-fé, vejo que seja 
ideal que a empresa abone as horas, porém 
sempre levando em consideração o devido 
tempo do trajeto, conforme mencionado 
acima por outro colega, e de forma 
preventiva, sempre orientar os empregados 
para que agendem consultas em horários 
fora do expediente de trabalho. 
 Declaração de Comparecimento em Turnos 
Diferentes o funcionário deve comparecer ao 
trabalho 
 Atestado emitido por laboratório e clínicas não 
tem validade 
 Atestado de Acompanhante: 
 A legislação Federal trouxe novidades 
quanto ao abono de faltas em virtude de 
atestado de acompanhamento médico 
(aquele que é fornecido à mãe ou ao pai que 
acompanha o filho ou cônjuge até o médico), 
por meio da Lei 13.257/2016, que incluiu os 
incisos X e XI no art. 473 da CLT, in verbis: 
 Art. 473. O empregado poderá deixar de 
comparecer ao serviço, sem prejuízo do 
salário: (...) 
 X - até 2 (dois) dias para acompanhar 
consultas médicas e exames 
complementares durante o período de 
gravidez de sua esposa ou companheira; 
(Inclusão dada pela Lei 13.257/2016). 
 XI - por 1 (um) dia por ano para acompanhar 
filho de até 6 (seis) anos em consulta 
médica. (Inclusão dada pela Lei 
13.257/2016). 
 Afastamento Previdenciário: Inicia a partir do 16º 
dia / Requer “Perícia Médica” – Incapacidade 
 Doença Comum: Benefícios 31, 32, 33, 34. 
Responsabilidade do INSS, pode ser demitida 
 Acidente/Doença Ocupacional: Benefícios 91, 
92, 93, 94. Responsabilidade da Empresa, 
estabilidade financeira ao funcionário por 12 
meses, ação regressiva, ação jurisprudência e 
direito ao SAT e FGTS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. 
Página 8 
Amanda Longo Louzada 
 
DEFINIÇÃO DE ERGONOMIA: 
 ERGOS = TRABALHO e NOMOS = LEI, REGRA; 
 Ergonomia (ou "fatores humanos") é a disciplina científica relacionada ao entendimento das interações entre 
seres humanos e outros elementos de um sistema; 
 Análise Ergonômica do Trabalho: Através dos estudos ergonômicos, estipulamos as sugestões e 
recomendações, procurando oferecer mais de uma solução ergonômica, e treinamos os funcionários. 
CONCEITOS DE ERGONOMIA: 
 “A ergonomia é o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho, equipamento e ambiente, e 
particularmente a aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução surgida neste 
relacionamento”. 
 Adaptar o trabalho ao homem (não o contrário)!!! 
 Estuda o complexo formado pelo operador humano e seu trabalho. 
EVOLUÇÃO DA ERGONOMIA: 
 Desde a pré-história a Ergonomia já estava presente. O homem pré-histórico, ao fixar na ponta de uma vara 
uma lasca de pedra afiada para facilitar a caça de uma forma mais confortável, segura e eficaz estava 
inconscientemente realizando ergonomia 
PRINCIPAIS FATORES QUE CONTRIBUEM PARA O APARECIMENTO DE DORT: 
 Pagamentos de prêmios de produção 
 Ausência de pausas no trabalho; 
 Práticas de horas extras; 
 Jornadas duplas no trabalho; 
 Ausência de uma AET e outros... 
DORT - DISTÚRBIOS OSTEOMUSCULARES RELACIONADOS AO TRABALHO: 
 Postura Inadequada (com ângulo-limite) 
 Força excessiva aplicada em uma região do corpo 
 Repetitividade (fazer uma só coisas e muitas vezes) 
 Compressão de tecido em um ponto do corpo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Página 9 
Amanda Longo Louzada 
 
INTRODUÇÃO: 
 EPI é todo dispositivo ou produto, com Certificado 
de Aprovação válido, de uso individual utilizado 
pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos 
suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde 
no trabalho; 
 A empresa é obrigada a fornecer aos 
empregados, gratuitamente, equipamento de 
proteção individual adequado ao risco e em 
perfeito estado de conservação e funcionamento, 
sempre que as medidas de ordem geral não 
ofereçam completa proteção contra os riscos de 
acidentes e danos à saúde dos empregados. 
PARA PROTEÇÃO DA CABEÇA: 
 Capacete: Possuem, geralmente, uma cor para 
cada função na obra (engenheiros, encarregados 
ou mestres, carpinteiros, armadores, eletricistas 
 Capuz: Capuz de segurança confeccionado em 
lona tratada com fechamento em velcro. Proteção 
do usuário contra riscos térmicos (calor) 
ÓCULOS: 
 Óculos em policarbonato resistente a impactos e 
choques físicos de materiais sólidos e líquidos 
como: fragmentos de madeira, ferro, respingos 
de produtos ácidos, cáusticos, entre outros. 
PROTETOR FACIAL: 
 Produzido com lente de policarbonato. Com ele o 
trabalhador tem seu rosto protegido contra 
partículas,estilhaços, farpas e respingos. O 
protetor é basculante, podendo ser levantado 
quando seu uso for desnecessário. 
MÁSCARA DE SOLDA: 
 Composto de escudo confeccionado em fibra 
prensada, com carneira de plástico com 
regulagem de tamanho. O Escudo é fabricado 
com visor fixo que suporta uma placa de 
cobertura e o filtro de luz. Protege os olhos e 
face do usuário contra impactos de partículas 
volantes multi-direcionais e radiações 
provenientes de serviços de soldagem. 
TIPOS DE PROTETOR AURICULAR: Protetor auditivo circum-auricular. 
 Protetor auditivo de inserção para proteção do 
sistema auditivo. 
 Protetor auditivo semi-auricular. 
 
PARA PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA: 
 Respirador purificador de ar para proteção contra 
fumos, névoas e poeiras, sem manutenção com 
filtro, de peça semifacial com válvula de 
exalação. 
 Seleção do Tipo de Respirador: 
 Respirador Semifacial Descartável (Peça 
Semifacial Filtrante ou Purificadores de Ar): É 
composto de material “não tecido” que prende 
as partículas nocivas. São livres de 
manutenção. 
 
 
 Respirador de Peça Semifacial\ Peça Quarto 
Facial\ Semifacial Reutilizável (Purificadores de 
Ar): Protegem contra gases, vapores e 
partículas, de acordo com o filtro utilizado. 
Todas as peças são substituíveis. 
 
 Respirador de Peça Facial Inteira: Protege 
simultaneamente os olhos e as vias 
respiratórias contra gases, vapores e partículas, 
de acordo com o filtro utilizado. Todas as peças 
são substituíveis. 
 
Página 10 
Amanda Longo Louzada 
 Máscara de Adução de Ar (Linha de Ar): 
Protegem contra a falta de oxigênio e 
temperaturas externas, além de altas 
concentrações de pó, fumaça, névoa, gases e 
vapores. O ar chega até a peça facial por meio 
de mangueira ligada a um compressor 
 
 Equipamentos Autônomos de Ar: A mesma 
proteção anterior, com a vantagme do ar ser 
fornecido por um cilindro que fica nas costas do 
usuário. O cilindro pode fornecer 30, 40 ou 60 
min, de autonomia, dependendo do seu 
tamanho. 
 
LUVAS: 
 Proteção das mãos contra agentes abrasivos e 
escoriantes; 
 Proteção das mãos contra agentes cortantes e 
perfurantes; 
 Proteção das mãos contra choques elétricos; 
 Proteção das mãos contra agentes térmicos; 
 Proteção das mãos contra agentes biológicos; 
 Proteção das mãos contra agentes químicos; 
 Proteção das mãos contra vibrações; 
 Proteção das mãos contra radiações ionizantes. 
MANGA: 
 Do braço e do antebraço contra choques 
elétricos; 
 Do braço e do antebraço contra agentes 
abrasivos e escoriantes; 
 Do braço e do antebraço contra agentes cortantes 
e perfurantes. 
PERNEIRA: 
 Perneira de segurança para proteção da perna 
contra agentes abrasivos e escoriantes; 
 Perneira de segurança para proteção da perna 
contra agentes térmicos; 
CALÇADO: 
 Utilizado para proteção dos pés contra torção, 
escoriações, derrapagens e umidade. 
CINTURÃO: 
 Cinturão de segurança para proteção do usuário 
contra riscos de queda em trabalhos em altura; 
 Cinturão de segurança para proteção do usuário 
contra riscos de queda no posicionamento em 
trabalhos em altura. 
IMPORTÂNCIA DO CERTIFICADO DE 
APROVAÇÃO (CA): 
 Certificado de Aprovação - CA é o documento 
expedido pelo órgão nacional competente do 
MTE, após todas as formalidades análises e 
testes cabíveis, através do qual um EPI de 
fabricação nacional ou importado, poderá ser 
comercializado e utilizado pelo trabalhador. 
OBRIGAÇÃO DO EMPREGADO: 
 Usar utilizando-o apenas para a finalidade a que 
se destina; 
 Responsabilizar-se pela guarda e conservação; 
 Comunicar ao empregador qualquer alteração 
que o torne impróprio para o uso; 
 Devolver à empresa, no caso de desligamento, 
todos os EPIs sob sua posse. 
OBRIGAÇÃO DO EMPREGADOR: 
 Exigir e fiscalizar seu uso; 
 Fornecer e gratuitamente ao colaborador somente 
o EPI com CA válido; 
 Manter ficha de controle de entrega; 
 Orientar e treinar o colaborador quanto às 
adequadas formas de uso, guarda, conservação, 
substituição ou troca; 
 Substituir imediatamente, quando danificado ou 
extraviado; 
 
 
 
 
 
 
 
 
Página 11 
Amanda Longo Louzada 
 
DEFINIÇÃO 
 Serviço especializado em engenharia de 
segurança e em medicina do trabalho 
 Grupo formado por profissionais da Segurança e 
da Medicina do Trabalho que atuam nas 
empresas com a finalidade de aplicar os 
conhecimentos de modo a reduzir até eliminar os 
riscos existentes no ambiente de trabalho à 
saúde do trabalhador. 
QUEM POSSUA: 
 Toda empresa que possua empregados regidos 
pela consolidação das leis do trabalho deve, 
obrigatoriamente, manter Serviços 
Especializados Em Engenharia De Segurança e 
Em Medicina Do Trabalho - SESMT 
DIMENSIONAMENTO: 
 O dimensionamento dos Serviços Especializados 
em Engenharia de Segurança e em Medicina do 
Trabalho vincula-se à gradação do risco da 
atividade principal e ao número total de 
empregados do estabelecimento. 
 Composição: médico, enfermeiro, engenheiro, 
técnico de segurança e auxiliar de enfermagem 
do trabalho. 
OBJETIVOS: 
 Este serviço visa manter a saúde e integridade 
física do trabalhador; 
 Promover segurança e saúde no ambiente de 
trabalho, através de técnicas educativas, medidas 
de engenharia e medicina. 
 Elaborar programas como PPRA, PMCSO entre 
outros 
 Avaliar e controlar riscos ambientais 
 Especificar EPI 
 Analisar e investigar acidente 
 Palestras e treinamentos de conscientização de 
segurança 
 Emitir CAT 
 Realizar exames periódicos 
 Criar procedimentos e normas de segurança 
 Inspecionar locais de trabalho 
 Suporte técnico a CIPA 
NR5 - CIPA: 
 A partir de 100 trabalhadores 
DEFINIÇÃO: 
 A CIPA é uma comissão constituída por 
representantes indicados pelo empregador e 
membros eleitos pelos trabalhadores, de FORMA 
PARITÁRIA, em cada estabelecimento da 
empresa, que tem a finalidade de prevenir 
acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de 
modo a tornar compatível permanentemente o 
trabalho com a preservação da vida e a promoção 
da saúde do trabalhador; 
 A CIPA tem suporte legal no artigo 163 da CLT e 
na NRº 5; 
 As empresas devem constituir CIPA nos 
estabelecimentos que se enquadrem no Quadro I 
da NR 05, de acordo com a atividade econômica 
e o número de empregados; 
 A CIPA deverá ter mandato de um ano, e ser 
assim constituída: igual número de 
representantes do empregador (indicados pela 
empresa) e de representantes dos empregados 
(eleitos). 
 Os membros possuem estabilidade durante a 
composição do CIPA e um ano após ter feito 
parte 
OBJETIVOS: 
 Observar e relatar condições de risco nos 
ambientes de trabalho; 
 Solicitar medidas para reduzir até eliminar ou 
neutralizar os riscos existentes; 
 Discutir os acidentes ocorridos, encaminhando 
relatório ao SESMT e ao empregador; 
 Solicitar medidas que previnam acidentes 
semelhantes; 
 Orientar os demais trabalhadores quanto à 
prevenção de acidentes. 
SIPAT: 
 Semana interna de prevenção de acidentes do 
trabalho 
 Realizada pela CIPA anualmente com o apoio do 
SESMT, objetivando a participação e 
conscientização dos trabalhadores quanto a 
Segurança, Saúde e Meio Ambiente. 
NR15 - RISCOS AMBIENTAIS: 
GRUPO I - RISCO FÍSICO: 
 Todo risco que não tem interação entre 
moléculas. Ruídos, Vibrações, Radiações não 
ionizantes, Frio, Calor, Pressões anormais e 
Umidade 
 Anexo 9 - Frio: 
 Ambiente frio – balanço negativo entre produção 
e troca de calor com alteração no equilíbrio da 
homeostase; 
 Agravamento de doenças cardiovasculares e 
vasculares periféricas pré-existentes; 
 Ocorre em temperaturas ambientes < 18,3 °c ou 
em água com temperatura < 22,2 
°c; Condutividade térmica da água é 25 vezes > 
que do ar; 
 Redução de atividade mental, da capacidade de 
decisão racional e morte. 
 Frostbite: geladura ou queimadura pelo frio. 
 Todo o trabalhador que se necessite trabalhar 
em ambiente artificialmente frio tem direito ao 
intervalo previsto no artigo 253 da CLT - 20 min 
a cada 1h40 trabalhada. Esse intervalo é 
necessário para a recuperação térmica do 
trabalhador; 
Página 12 
Amanda Longo Louzada 
 NR 36: Considera-se artificialmente frio, o que 
for inferior, na primeira, segunda e terceira 
zonas climáticas a 15º C, na quarta zona a 12º 
C, e nas zonas quinta, sexta e sétima, a 10º C, 
conforme mapa oficial do IBGE; 
 Para os trabalhadores que desenvolvem 
atividades exercidas diretamente no processoprodutivo, ou seja, desde a recepção até a 
expedição, onde são exigidas repetitividade 
e/ou sobrecarga muscular estática ou 
dinâmica do pescoço, ombros, dorso e 
membros superiores e inferiores, devem ser 
asseguradas pausas psicofisiológicas 
distribuídas (NR 36). 
 Anexo 3 - Calor: 
 Exaustão do Calor: É decorrente de uma 
insuficiência do suprimento de sangue ao córtex 
cerebral, resultante da dilatação dos vasos 
sanguíneos em resposta ao calor; 
 Desidratação: Em seu estágio inicial, a 
desidratação atua, principalmente, reduzindo o 
volume de sangue e promovendo a exaustão do 
calor. Mas, em casos extremos, produz 
distúrbios na função celular, provocando até a 
deterioração do organismo; Ineficiência 
muscular, redução da secreção (especialmente 
das glândulas salivares), perda de apetite, 
dificuldade de engolir, acumulo de ácido nos 
tecidos irão ocorrer com elevada intensidade. 
Uremia temporária, febre e morte ainda podem 
ocorrer. 
 Câimbras de Calor: Ocorrem espasmos 
musculares, seguindo-se a uma redução do 
cloreto de sódio no sangue, de modo a atingir 
concentrações inferiores a um certo nível critico. 
A alta perda de cloreto de sódio é facilitada pela 
intensa sudorese e falta de aclimatação; 
 Choque Térmico: Ocorre quando a temperatura 
do núcleo do corpo é tal, que põe em risco 
algum tecido vital que permanece em continuo 
funcionamento. É devido a um distúrbio no 
mecanismo termo-regulador, que fica 
impossibilitado de manter um adequado 
equilíbrio térmico entre o individuo e o meio 
 Anexo 8 - Vibrações: 
 A vibração é um movimento oscilatório de um 
corpo, devido a forças desequilibradas de 
componentes rotativos e movimentos alternados 
de uma máquina ou equipamento; 
 Como todo corpo com movimento oscilatório, 
um corpo que vibra, descreve um movimento 
periódico, que envolve um deslocamento num 
certo tempo. Daí resulta a velocidade, bem 
como a aceleração do movimento em questão. 
 Outro fator importante é a frequência desse 
movimento, isto é, o número de ciclos 
(movimentos completos) realizado num período 
de tempo; 
 No caso de ciclos por segundo, utiliza-se a 
unidade Hertz (Hz); 
 Ao contrário de muitos agentes ambientais, a 
vibração somente será problema quando houver 
efetivo contato físico entre um indivíduo e a 
fonte, o que auxilia no reconhecimento da 
exposição. 
 Sintomas: 
 Influência nos Movimentos Respiratórios: 4-8 
Hz 
 Sensação Geral de Desconforto e Contrações 
Musculares: 4-9 Hz 
 Dor Abdominal: 4-10 Hz 
 Dor no Peito: 5-7 Hz 
 Maxilar: 6-8 Hz 
 Desejo de Urinar: 10-18 Hz 
 Garganta: 12-19 Hz 
 Aumento do Tonus Muscular, Influência na 
Linguagem e Sintomas na Cabeça: 13-20 Hz 
 Os primeiros sintomas da síndrome são: 
formigamentos ou adormecimentos leves, 
sendo, intermitente ou ambos, que são 
usualmente ignorados por não interferirem no 
trabalho e outras atividades; 
 Posteriormente, o paciente pode experimentar 
branqueamento de dedos, primeiramente 
limitados às extremidades. Entretanto, com a 
continuidade da exposição, pode se estender à 
base do dedo. 
 Nos casos avançados, devido aos repetidos 
surtos isquêmicos, o tato e a sensibilidade à 
temperatura ficam comprometidos; 
 Há a perda de destreza e incapacidade para a 
realização de trabalhos finos; 
 Prosseguindo a exposição, o número de 
ataques de branqueamento reduz, sendo 
substituído por uma aparência cianótica dos 
dedos (acrocianose). 
 Gera doenças osteomuscular (sobretudo 
coluna lombar) e alteração de humor 
 Anexos 1 e 2 - Ruído: 
 Ruído: É uma sensação sonora desagradável, 
pode ser mensurado, não desejado ou inútil; 
 Som: É uma variação de pressão sonora capaz 
de sensibilizar os ouvidos. 
 Classificação: 
 Ruídos Suportáveis: 
 Rádios e televisores em alto volume; 
 Várias pessoas falando ao mesmo tempo; 
 Ruídos provenientes das ruas 
 Ruídos que Causam Perturbações Nervosas: 
 Buzinas estridentes; 
 Alto-falantes; 
 Descargas livres de automóveis; 
 Máquinas e motores de indústrias em 
funcionamento permanente. 
 PAINSPE: perda auditiva induzida por níveis de 
pressão sonora elevados 
 É a perda provocada pela exposição por 
tempo prolongado a elevados níveis de 
pressão sonora (ruído) 
 É uma perda neurossensorial, bilateral e 
simétrico 
 É sempre até 40 db 
 PAIR: perda auditiva induzida por ruídos, caiu 
em desuso pois não é todo ruído que causa isso 
 Efeitos Indesejáveis Causados Pelo Ruído: 
Página 13 
Amanda Longo Louzada 
 Psicológicos: nervosismo, neuroses, prejudica 
a concentração, causa irritabilidade e prejudica 
o sono; 
 Deficiência de Comunicação: altera o estado 
emocional dos interlocutores, prejudica a 
qualidade de trabalho; 
 Fisiológicos: perda de audição, dor de cabeça, 
vômitos, diminuição do controle muscular. 
 PCA - Programa de Conservação Auditiva: 
prevenção de perdas auditivas ocupacionais 
 Anexo 6 - Pressões Anormais\ Condições 
Hiperbáricas: 
 Hipobárica: quando o homem está sujeito a 
pressões menores que a pressão atmosférica. 
Estas situações ocorrem a elevadas altitudes. 
(sintomas: prurido, dores musculares, vômitos, 
hemorragias pelo ouvido e ruptura do tímpano) ; 
 Hiperbárica: quando o homem fica sujeito a 
pressões maiores que a atmosférica. (mergulho 
e uso de ar comprimido). 
 Pacientes expostos a câmara hiperbárica 
podem ter uma necrose asséptica da cabeça do 
fêmur, lesão da articulação coxofemoral 
 Anexo 10 - Umidade: As atividades ou operações 
executadas em locais alagados ou encharcados, 
com umidade excessiva, capazes de produzir 
danos à saúde dos trabalhadores, serão 
consideradas insalubres em decorrência de laudo 
de inspeção realizada no local de trabalho. 
 Não confundir umidade nos ambientes de 
trabalho com umidade relativa do ar 
GRUPO II - RISCO QUÍMICO: 
 Poeiras, fumos, neblinas, gases, vapores e 
substâncias compostas ou produtos químicos em 
geral 
GRUPO II I - RISCO BIOLÓGICO: 
 Vírus, bactérias, fungos, parasitas e bacilos 
 NR 9: agentes biológicos nos ambientes de 
trabalho que são capazes de causar danos à 
saúde do trabalhador, em função de sua 
natureza, concentração ou intensidade e tempo 
de exposição; 
 NR 32: risco biológico é a probabilidade de 
exposição ocupacional a agentes biológicos. 
 São seres vivos ou suas partes com potencial de 
causar danos à saúde humana; 
 Tipos de Danos: 
 Infecções: micobactérias; 
 Parasitoses: esquistossomo, tripanossomo; 
 Intoxicação: toxina botulínica, venenos de 
cobras; 
 Alergias: pólen, fungos, fezes de ácaros; 
 Doenças autoimunes: estreptococo do grupo A; 
 Carcinogênicos: HPV, vírus das hepatites B e 
C; 
 Teratogênicos: rubéola. 
GRUPO IV - RISCO ERGONÔMICO: 
 Adaptação do trabalhador ao meio. esforço físico 
intenso, levantamento e transporte manual e 
peso, controle rígido de produtividade, imposição 
de ritmos excessivos, trabalho em turno e 
noturno, jornadas de trabalho prolongadas, 
monotonia e repetitividade e outras situações 
causadoras de stress físico e\ou químico. 
GRUPO V - RISCO DE ACIDENTE: 
 Arranjo físico inadequado, máquina e 
equipamento, iluminação inadequada, 
eletricidade, probabilidade de incêndio ou 
explosão, armazenamento inadequado, animais 
peçonhentos e outras situações de risco que 
poderão contribuir para a ocorrência de 
acidentes. 
RADIAÇÕES: 
 Forma de energia que se transmite por onda 
 Propriedades: podem ser refletidas, refratadas, 
difratadas, absorvidas. 
 Interação com a Matéria: 
 Ionizantes: a energia é suficiente para ionizar 
os átomos dos meios no qual ela incide; 
capazes de ionizar: 
 Alfa, beta, gama, raio x e nêutron 
 Beta, gama e raio x são as mais encontradas 
 Beta: elétron 
 Gama e x são ondas eletromagnéticas 
 Não-ionizantes: energia insuficiente para 
ionização do átomo. Capazes de excitar e 
aumentar a energia interna de um átomo. 
 Efeitos: são dose-dependentes 
 Somáticos: Doenças e danos agudos e 
crônicos,tais como catarata, infertilidade, 
anemia, leucemia, câncer de tireóide e de pele; 
 Genéticos: Mutações que podem levar a 
alterações como aniridia e cataratas, entre 
outras. 
LER\DORT: 
 São as doenças do trabalho provocadas pelo 
uso inadequado e excessivo do sistema que 
agrupa ossos, nervos, músculos e tendões; 
 Os distúrbios osteomusculares ocupacionais 
mais frequentes são as tendinites 
(particularmente do ombro, cotovelo e punho), as 
lombalgias (dores na região lombar) e as 
mialgias (dores musculares) em diversos locais 
do corpo 
 LER é a sigla para “Lesões por Esforços 
Repetitivos” e representa um grupo de afecções 
do sistema musculoesquelético 
 DORT: significa distúrbios osteomusculares 
relacionados ao trabalho e foi introduzida para 
substituir a sigla LER, particularmente por duas 
razões: 
 (1) primeiro porque a maioria dos trabalhadores 
com sintomas no sistema musculoesquelético 
não apresenta evidência de lesão em qualquer 
estrutura; 
 (2) a outra razão é que além do esforço 
repetitivo (sobrecarga dinâmica), outros tipos 
de sobrecargas no trabalho podem ser nocivas 
para o trabalhador como sobrecarga estática 
(uso de contração muscular por períodos 
Página 14 
Amanda Longo Louzada 
prolongados para manutenção de postura); 
excesso de força empregada para execução de 
tarefas; uso de instrumentos que transmitam 
vibração excessiva; trabalhos executados com 
posturas inadequadas. 
CONTAMINANTES DO SISTEMA 
RESPIRATÓRIO: 
 Poeira: As poeiras são formadas quando um 
material sólido é quebrado, moído ou triturado. 
Quanto menor a partícula, mais tempo ela ficará 
suspensa no ar, sendo maior a chance de ser 
inalada. Ex: minério, madeira, poeiras de grãos, 
amianto, sílica, etc. 
 Névoas: As névoas são encontradas quando 
líquidos são pulverizados, como operação em 
pinturas. São formadas normalmente quando há 
geração de spray 
 Fumos: Os fumos ocorrem quando um metal ou 
plástico é fundido (aquecido), vaporizado e 
resfriado rapidamente, formando partículas muito 
finas que ficam suspensas no ar. Ex: soldagem, 
fundição, extrusão de plásticos, etc. 
 Gases: Os gases são substâncias não líquidas 
ou sólidas nas condições normais de 
temperatura e pressão, tais como oxigênio, 
nitrogênio, gás carbônico, etc. 
 Vapores: Os vapores ocorrem através da 
evaporação de líquidos ou sólidos, geralmente 
são caracterizados pelos odores (cheiro), tais 
como gasolina, querosene, solvente de tintas, 
etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Página 15 
Amanda Longo Louzada 
 
NR9 - PROGRAMA DE RISCOS AMBIENTAIS: 
 Estabelece a obrigatoriedade da elaboração e 
implementação, por parte de todos os 
empregadores e instituições que admitam 
trabalhadores como empregados, do Programa 
de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA. 
PPRA: 
 Objetivos do PPRA: preservação da saúde e da 
integridade dos trabalhadores, através da 
antecipação, reconhecimento, avaliação e 
consequente controle da ocorrência de riscos 
ambientais existentes ou que venham a existir no 
ambiente de trabalho, tendo em consideração a 
proteção do meio ambiente e dos recursos 
naturais. 
 Abrangência e profundidade: depende das 
características de riscos e das necessidade de 
controle. 
 O PPRA deve estar alinhado com o Programa de 
Controle Médico de Saúde Ocupacional - 
PCMSO. 
 NR 9 estabelece parâmetros mínimos e diretrizes 
gerais a serem observados na execução do 
PPRA. 
 Quem elabora é um técnico de segurança, e só 
pode ser assinado por um médico ou engenheiro 
do trabalho 
RISCOS AMBIENTAIS: 
 Consideram-se riscos ambientais os agentes 
físicos, químicos e biológicos existentes nos 
ambientes de trabalho que, em função de sua 
natureza, concentração ou intensidade e tempo 
de exposição, são capazes de causar danos à 
saúde do trabalhador. 
PCMSO - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO 
DE SAÚDE OCUPACIONAL (NR 07): 
 A implementação do PCMSO é obrigatória para 
todas as pessoas, físicas ou jurídicas, que 
admitirem trabalhadores como empregados, 
regidos pela CLT, ainda que o empregador 
possua um único empregado. 
 Somente médico do trabalho pode assinar esse 
programa 
OBJETIVOS: 
 Promover e preservar a saúde dos trabalhadores 
através de medidas preventivas, diagnosticando 
precocemente os agravos à saúde relacionados 
ou não ao trabalho. 
COORDENADOR DO PCMSO: 
 Médico do Trabalho – contratado 
obrigatoriamente pela empresa; 
 Responderá pelas ações necessárias ao 
Programa e pelos resultados esperados; 
 Elaborado a partir de visitas técnicas a empresa 
que o contratou: 
 Procede um reconhecimento prévio dos riscos 
ocupacionais existentes, do processo produtivo, 
dos postos de trabalho, das possíveis fontes de 
doenças ocupacionais, etc. 
 Sem essa análise do local de trabalho, será 
impossível traçar as diretrizes para a elaboração 
do PCMSO. 
 Orienta-se que as empresas devem remeter a 
exame médico todo funcionário que tiver 
mudança de função desenvolvida — mesmo que 
não haja mudança de risco; No caso de fériaas 
não tem necessidade 
 Não é permitido repassar os custos do PCMSO 
ao trabalhador; 
 O empregador deverá guardar os recibos de 
pagamento dos serviços médicos ou laboratoriais 
(prova que custeou os exames); 
 Ao final de cada ano de vigência do PCMSO, o 
médico do trabalho deverá fazer um relatório 
anual de trabalho. 
EXAMES OCUPACIONAIS: 
 Admissional; 
 Periódico; 
 Retorno ao trabalho: em caso de afastamento 
superior a 30 dias; 
 Mudança efetiva de função: deve ser feito antes 
de ocorrer a transferência; 
 Demissional 
 PCMSO não precisa ser registrado ou 
homologado em lugar nenhum: basta ficar na 
empresa à disposição do agente de inspeção do 
trabalho (fiscal do trabalho), podendo, inclusive, 
existir como arquivo informatizado. 
 Por meio de Exames Ocupacionais são 
observadas ocorrências (agravos à saúde) 
relacionados ou não ao trabalho; 
 Pode haver a necessidade de solicitar exames 
complementares, a depender dos riscos 
específicos de cada atividade. 
ASO- ATESTADO DE SAÚDE OCUPACIONAL: 
 Define a aptidão do funcionário para a realização 
de suas funções dentro da empresa; deve ser 
dado pelo médico do trabalho 
DADOS RELEVANTES: 
 Identificação completa do trabalhador; 
 Número de identidade; 
 Função exercida; 
 Riscos existentes na execução de suas tarefas; 
 Procedimentos médicos a que foi submetido 
(incluindo exames complementares e a data em 
que foram realizados); 
 Nome do médico e CRM e carimbo. 
Página 16 
Amanda Longo Louzada 
APTO: 
 Não quer dizer que a pessoa não tenha doenças 
— quer dizer que, para aquela função que vai 
citada no ASO, a pessoa está pronta a executá-
la; 
INAPTO: 
 Não quer dizer que a pessoa tenha doenças 
graves ou sérias — quer dizer que, para aquela 
função que vai citada no ASO, a pessoa está 
contraindicada; 
VIAS: 
 Para cada exame realizado, o médico emitirá em 
2 vias o ASO. 
 1ª via: ficará arquivada no local de trabalho 
inclusive frente de trabalho ou canteiro de obras 
a disposição da fiscalização do trabalho. 
 2ª via: será obrigatoriamente entregue ao 
trabalhador mediante recibo na 1ª via. 
OUTROS ATESTADOS: 
 Em relação ao direito trabalhista o mais correto é 
que o atestado médico seja fornecido sempre 
dentro do contexto já determinado do PCMSO; É 
possível que um atestado de saúde seja aceito 
pela empresa não existindo o PCMSO. 
 Ocorrerão nestes casos duas situações: 
 A empresa não será notificada ou multada pela 
falta do atestado médico mas poderá ser 
notificada ou multada pela falta do PCMSO; 
 É preciso que o atestado fornecido fora de um 
PCMSO previamente estabelecido tenha, 
obrigatoriamente, a forma legal prevista pela 
própria NR-7 
AUSÊNCIA DO PCMSO: 
 Acarreta multa que pode ser estabelecida pelo 
fiscal do trabalho (Agente de Inspeção do 
Trabalho) da DRT (DelegaciaRegional do 
Trabalho). 
 Acarreta futuras Ações na Justiça movidas por 
funcionários que podem alegar que os danos à 
saúde apresentados foram adquiridos no período 
em que trabalharam nesta empresa. Ausência do 
PCMSO 
 Valor das multas: NR-28 traz uma tabela 
indicando os valores das multas que podem ser 
aplicadas as faltas em medicina e segurança do 
trabalho. Como os valores comportam variação, 
caberá a DRT determinar o valor que desejará 
aplicar à multa para um caso específico. 
UTILIZAÇÃO DE SOFTWARES: 
 Realizam montagem do PCMSO, convocação 
para exames periódicos, requisição de exame 
individual, emissão do ASO, relatório anual, 
controle de exames vencidos, entre outros 
 
 
 
NR 7 X DEMAIS NRS: 
 Ex: Se ao implementar a NR-9 (PPRA — 
Programa de Prevenção de Risco Ambiental) 
encontra-se ruído insalubre no ambiente, o 
PCMSO determinará a realização de 
audiometrias; 
 Se a NR-6 recomenda o protetor auricular como 
EPI, o médico deverá indicá-lo para aquele 
trabalho (se medidas preventivas e/ ou coletivas 
ainda não forem eficientes ou possíveis). 
MUDANÇAS ATUAIS: 
 NR7 (PCMSO – Programa de Controle Médico de 
Saúde Ocupacional): 
 Serão exigidos apenas exames médicos que 
avaliem questões de saúde realmente pertinentes 
ao trabalho exercido pelo empregado na 
empresa, o que trará redução de custos; 
 Novos protocolos com padrões de procedimentos 
para garantir a segurança dos trabalhadores, 
concedendo mais clareza aos empregadores para 
que saibam exatamente como agir em situações 
de risco ocupacional (principalmente naquelas de 
alto risco, como exposição à poeira, a 
substâncias químicas cancerígenas, radiações 
ionizantes e trabalho em condições hiperbáricas). 
CHOOSING WISELY: 
 Em 2012 a American Board of Internal Medicine 
Foundation – ABIM lançou a campanha 
Choosing Wisely (escolher Sabiamente, em 
tradução livre) voltada para a redução dos 
procedimentos de baixo valor, ou seja, aqueles 
que agregam pouca ou nenhuma melhoria nos 
desfechos, mas que aumentam os custos para o 
sistema de saúde; 
EXAMES COMPLEMENTARES: 
 Em Saúde Ocupacional toda tomada de decisão, 
prática ocupacional e rol de exames 
complementares necessários para o 
monitoramento da saúde laboral é descrita no 
Programa de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional – PCMSO: 
RISCO OCUPACIONAL ESPECÍFICO: 
 Biológico: agentes biológico, infectocontagiosos 
(bactérias, protozoários, vírus, fungos, príons, 
parasitas e outros (03.01.001) 
 Ergonômico: frequente deslocamento a pé 
durante a jornada de trabalho (04.01.004), 
postura de pé por longos períodos (04.01.003) 
 Acidente: objetos cortantes e\ou perfurocortantes 
(05.01.029) 
EXAMES: 
 Anti-HbS: deve ser feito após 1 ano da admissão, 
periodicamente a cada 5 anos e quando houver 
mudança de função. 
 Exame clínico: deve ser feito na admissão, uma 
vez por ano, mudança de função e demissão 
 Hepatite B- HbSAg: deve ser feito na admissão 
Página 17 
Amanda Longo Louzada 
 Hemograma Completo com Contagem de 
Plaquetas: deve ser feito na admissão, uma vez 
por ano, em caso de mudança de função e 
demissão 
NR 15 E 16: INSALUBRIDADE E 
PERICULOSIDADE 
 A caracterização que justifica o pagamento de 
adicional de insalubridade ou periculosidade deve 
ser feita por meio de laudo elaborado nos termos 
das NR’s 15 ou 16 (15 para insalubridade e 16 
para periculosidade); 
 O laudo deve ser elaborado por profissional 
designado pelo Ministério do Trabalho e 
Emprego, que seja médico com especialização 
em Medicina do Trabalho ou Engenheiro com 
especialização em Segurança do trabalho 
INSALUBRIDADE: 
 O funcionário deverá estar exposto, em caráter 
habitual e permanente, a locais insalubres ou em 
contato permanente com substâncias, que 
podem vir a causar adoecimento nos termos já 
previstos na NR 15. Neste caso, a exposição e 
permanência, são os principais causadores de 
um possível adoecimento; 
 O adicional de insalubridade deve ser pago ao 
trabalhador que está exposto a um agente 
nocivo durante a jornada de trabalho. Até os dias 
atuais é pago sobre o salário mínimo (apesar 
das discussões) e pode se de 20 , 30 ou 40 % do 
salário mínimo; 
 Define “Limites de Tolerância” e as atividades e 
operações consideradas insalubres e sua 
graduação (“graus de insalubridade”), que são 
relacionadas em 14 (quatorze) anexos à referida 
norma que são os seguintes: 
 Anexo 1 - Limites de tolerância para ruído 
contínuo ou intermitente; 
 Anexo 2 - Limites de tolerância para ruídos de 
impacto; 
 Anexo 3 - Limites de tolerância para exposição 
ao calor; 
 Anexo 5 - Limite de tolerância para radiações 
ionizantes; 
 Anexo 6 - Trabalhos sob condições 
hiperbáricas; 
 Anexo 7 - Radiações não ionizantes; 
 Anexo 8 - Vibrações; 
 Anexo 9 - Frio ; 
 Anexo 10 - Umidade; 
 Anexo 11 - Agentes químicos cuja insalubridade 
é caracterizada por limite de tolerância e 
inspeção no local de trabalho; 
 Anexo 12 - Limites de tolerância para poeiras 
minerais (asbestos, manganês e seus 
compostos e sílica livre cristalizada); 
 Anexo 13 - Agentes químicos; 
 Anexo 14 - Agentes biológicos. 
 No caso de caracterização da insalubridade é 
assegurado ao trabalhador pagamento de 
adicional, que deve ser calculado sobre o salário 
mínimo da região (discussão em vários 
segmentos se não deveria ser sobre salário 
mínimo profissional, pois vincular salário mínimo 
é contra a Constituição Federal)mas até hoje 
continua o salário mínimo até que os diversos 
processos sejam julgados: 
 40 %(quarenta por cento), para insalubridade de 
grau máximo; 
 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau 
médio; 
 10% (dez por cento), para insalubridade de grau 
mínimo. 
 Alguns profissionais podem aposentar com 
aposentadoria especial. 
PERICULOSIDADE: 
 O que motiva o pagamento é o risco de ocorrer 
uma fatalidade. Nela o risco é mais iminente, 
existe risco de morte imediata. Um exemplo é o 
trabalhador que trabalha na fábrica de fogos de 
artifícios. Na ocorrência de um acidente 
envolvendo os fogos as chances de fatalidade 
são grandes; 
 O trabalho em condições de periculosidade 
assegura ao trabalhador um adicional de 30%, 
incidente sobre o salário, sem os acréscimos 
resultantes de gratificações, prêmios ou 
participação nos lucros da empresa. 
 Estabelece as atividades e operações perigosas 
assim como as áreas de risco para fins de 
pagamento do adicional de periculosidade aos 
trabalhadores, as quais estão relacionadas nos 
anexos à referida norma que são: 
 Anexo 1 - Atividades e operações perigosas 
com explosivos; 
 Anexo 2 - Atividades e operações perigosas 
com inflamáveis; 
 Anexo 3 - Atividades e operações perigosas 
com risco de roubos ou outras espécies de 
violência física nas atividades profissionais de 
segurança pessoal ou patrimonial (2013); 
 Anexo 4- Atividades perigosas com energia 
elétrica (2014); 
 Anexo 5 – Atividades perigosas em motocicletas 
(2014); 
 Anexo * - Atividades e operações ionizantes ou 
substâncias radioativas (1987) 
APOSENTADORIA ESPECIAL: 
 É o benefício concedido pelo Instituto Nacional de 
Seguridade Social – INSS àqueles trabalhadores 
que laboraram em atividades insalubres ou 
perigosas, ou seja, em ambientes nocivos à 
saúde humana por um período de 15, 20 ou 25 
anos; 
 “Documentos Necessários": PPP e LTCAT – 
Laudo Técnico das condições Ambientais do 
Trabalho, além da contribuição INSS. 
PPP – PERFIL PROFISSIOGRÁFICO 
PREVIDENCIÁRIO: 
 É um formulário próprio do INSS informativo e 
comprobatório de que o trabalhador atuou 
exposto a agentes nocivos à saúde. Deve ser 
Página 18 
Amanda Longo Louzada 
assinado pelo responsável pela empresa. Neste 
documento há campos a serem preenchidos com 
todas as informações relativas ao empregado, 
como por exemplo, à atividade que exerce, o 
agente nocivo ao qual é exposto, a intensidade e 
a concentração do agente, exames médicos 
clínicos, além de dados referentes à empresa.MUDANÇAS ATUAIS: 
 NR 9 (PPRA – Programa de Prevenção de Riscos 
Ambientais): 
 O PPRA passa a se chamar Programa-Geral de 
Riscos (PGR). O texto em vigor é basicamente 
voltado para indústrias, tratando 
especificamente da metodologia para a 
avaliação da exposição aos agentes ambientais 
químicos, físicos e biológicos, como poeira, 
ruído, calor e radiação. 
 O novo PGR passa a incluir outros riscos, tais 
como os ergonômicos. 
 Atualmente, temos 36 NRs em vigor no Brasil 
(eram 37; uma delas foi revogada), sendo que as 
NRs de 1 a 28 foram publicadas em 1978 e as 
seguintes foram elaboradas ao longo dos últimos 
25 anos. Cerca de 20% dos textos normativos 
não foram alterados desde sua criação, nas 
décadas de 1970/1980, ou seja, estão bastante 
defasados, já que o mundo mudou bastante de lá 
para cá; 
 Em virtude disso, em 30 de julho de 2019, a 
Secretaria Especial de Previdência e Trabalho 
(antigo Ministério do Trabalho), realizou a 
modernização das NRs em Segurança e Saúde 
ocupacional, justificando que as mudanças se 
faziam necessárias devido ao seguinte cenário: 
 Incapacidade de identificação do universo de 
regulamentações do trabalho; 
 Normas obsoletas em vigor; 
 Legislação esparsa; 
 Superposição de normas. 
OBJETIVOS: 
 Reduzir os custos previdenciários (pensão por 
morte, auxíliodoença, auxílio-acidente); 
 Reduzir os custos tanto imediatos quanto de 
longo prazo com os gastos com saúde pública 
(SUS); 
 Reduzir custos também para os empresários, 
inclusive aqueles decorrentes de faltas no 
trabalho (afastamento por acidente ou doença); 
 Reduzir os custos sociais, os quais acabam 
também impactando diretamente nos 
trabalhadores, já que estes são contribuintes com 
impostos e a própria força de trabalho. 
 A elaboração/revisão das NR originalmente foi 
realizada pelo (agora extinto) Ministério do 
Trabalho, com base em um sistema tripartite 
paritário, ou seja, por meio de grupos e 
comissões compostos por representantes do 
governo, de empregadores e de empregados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Página 19 
Amanda Longo Louzada 
 
CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA: 
 Designação de várias doenças que causam 
alterações na saúde do trabalhador, provocadas 
por fatores relacionados com o ambiente de 
trabalho. Elas se dividem em doenças 
profissionais típicas ou clássicas ou tecnopatias, 
que são causadas por fatores inerentes à 
atividade laboral, e doenças do trabalho ou 
doença adquirida pelas condições especiais em 
que o trabalho é realizado ou mesopatias, que 
são causadas pelas circunstâncias do trabalho. 
As primeiras possuem nexo causal presumido, 
mas nas segundas a relação com o trabalho deve 
ser comprovada. 
 Não serão consideradas como doenças do 
trabalho: 
 Doença degenerativa 
 a que não produz incapacidade laborativa; 
 a doença endêmica adquirida por segurados 
habitantes de região em que ela desenvolva, 
salvo comparação de que resultou de exposição 
ou contato direto determinado pela natureza do 
trabalho; 
 Em caso excepcional, constatando-se que a 
doença não incluída na relação prevista nos 
incisos I e II resultou de condições especiais em 
que o trabalho é executado e com ele se 
relaciona diretamente, a Previdência Social 
deve considerá-la acidente do trabalho. 
CONCAUSALIDADE: 
 Embora não seja a causa única, haja contribuído 
diretamente para a morte, redução ou perda da 
capacidade para o trabalho 
CAUSALIDADE INDIRETA: 
 Ocorrido no local e horário de trabalho: ato de 
agressão, ofensa física, ato culposo de colega, 
desabamento. 
 Ocorrido fora do local e horário do trabalho – mas 
com realização de serviço sob autoridade da 
empresa: viagem a serviço, acidente de trajeto. 
PNEUMOCONIOSES: 
 Alguns exemplos são as causadas pela poeira da 
sílica (silicose) e do asbesto (asbestose), além da 
asma ocupacional; 
 Substâncias agressivas inaladas no ambiente de 
trabalho se depositam nos pulmões, provocando 
falta de ar, tosse, chiadeira no peito, espirros e 
lacrimejamento; 
 Ex: sílica, asbesto, carvão mineral. 
Conseqüências: silicose (quartzo), asbestose 
(amianto), pneumoconiose dos minérios de 
carvão (mineral); 
 Depois de inaladas. as fibras de amianto fixam-se 
profundamente nos pulmões, causando cicatrizes. 
A inalação de amianto pode também produzir o 
espessamento dos dois folhetos da membrana 
que reveste os pulmões (a pleura). 
SILICOSE: 
 A silicose é uma forma de pneumoconiose 
causada pela inalação de finas partículas de sílica 
cristalina é caracterizada por inflamação e 
cicatrização em forma de lesões nodulares nos 
lóbulos superiores do pulmão; 
 Mais antiga e mais grave das doenças 
pulmonares relacionadas é também a mais 
prevalente à inalação de poeiras minerais; 
 A sílica se deposita nos alvéolos pulmonares 
furando células e rompendo os lisossomos que 
derramam suas enzimas que destroem as 
células, ação conhecida como autólise e como 
consequência os alvéolos; •Não tem cura - 
tratamento tem como foco em administrar e aliviar 
os sintomas, complicações e evitar infecções 
respiratórias. 
ABESTOSE: 
 Amplamente utilizado na fabricação de materiais 
para a construção civil ao longo de décadas, o 
amianto foi incluído no grupo de substâncias 
cancerígenas pela OMS; 
 125 milhões de pessoas estão expostas à 
substância em todo o mundo, e pelo menos 107 
mil morrem anualmente de doenças associadas a 
ela; 
 O amianto já foi banido em mais de 60 países; 
 Até a proibição do uso de amianto no país em 
2017, Brasil era o terceiro maior produtor e o 
segundo maior exportador mundial de amianto, 
notadamente da a variedade CRISOTILA; 
 Fabricação de telhas, revestimento, tubos e 
caixas d'água. Na indústria automobilística 
produtos de fricção (freios, embreagens); 
PAINSPE: 
 Diminuição gradual da audição decorrente da 
exposição continua a níveis elevados de ruídos. 
Além da perda auditiva, outra alterações 
importantes podem prejudicar a qualidade de vida 
do trabalhador; 
 A perda auditiva típica observada com as 
pessoas que possuem uma longa história de 
exposição a ruído no trabalho é caracterizada por 
perda de audição na faixa entre 3000 e 6000 Hz; 
 Na fase precoce à exposição uma perda de 
audição temporária é observada ao fim de um 
período de trabalho, mas desaparece após várias 
horas; 
 A exposição contínua ao ruído resultará em perda 
auditiva permanente que será de natureza 
progressiva e se tornará notável subjetivamente 
ao trabalhador no decorrer do tempo. 
MÉTODO DE PREVENÇÃO: 
 Incentivo e conscientização sobre a utilização dos 
protetores auriculares e EPI’s em geral; 
Página 20 
Amanda Longo Louzada 
 Programa de manutenção periódica do 
maquinário, pois peças gastas, soltas, falta de 
lubrificação, falta de ajustes e disfunções 
mecânicas implicam na geração desnecessária 
de ruído; 
 Instalação de barreiras, que deverão ser 
colocadas entre as fontes de ruído e os 
trabalhadores, podendo ser formadas por painéis 
fixos ou móveis, constituídos com materiais 
isolantes, minimizando o ruído; 
 Monitoramento auditivo. 
b. Tratamento: não existe nenhum tipo de tratamento 
clínico ou cirúrgico 
TRAUMA ACÚSTICO: 
 O trauma acústico é uma lesão do ouvido interno 
que normalmente é provocada pela exposição a 
ruídos muito elevados; 
 O dano auditivo pode ser relacionada a um único 
ruído alto - como uma explosão - ou pela 
exposição a ruídos mais baixos só que por um 
tempo prolongado; 
 Profissionais que trabalham em ambientes 
barulhentos, como indústrias ou reparo de 
rodovias, pessoas que praticam tiro ou outros 
esportes com ruídos elevados como a Fórmula 1, 
pessoas que frequentam ou trabalham em shows 
com sons elevados, entre outros 
 Pode ocasionar lesão timpânica. 
INTOXICAÇÕES EXÓGENAS: 
MERCÚRIO\ HIDRARGIRISMO: 
 O contato com a substância se dá por meio da 
inalação, absorção cutânea ou via oral da 
substância; ocorrecom trabalhadores que lidam 
com extração do mineral ou fabricação de tintas; 
 O mercúrio é obtido pela combustão do seu 
sulfeto ao ar livre; 
 Seu uso industrial é bastante amplo podendo ser 
usado em: 
 Termômetros; 
 Barômetros; 
 Lâmpadas; 
 Medicamentos; 
 Corantes, entre outros. 
 É uma intoxicação mais severa e aguda pelo 
mercúrio; 
 Após exposição intensa ou prolongada dos 
vapores de mercúrio no processo de trabalho; 
 Apesar de menos pronunciada do que as 
alterações causadas pelo chumbo, alterações 
significativas têm sido observadas em casos de 
exposição ocupacional ao mercúrio, por causar 
uma desordem neurológica; 
 O trabalhador que lida com o mercúrio metálico é 
o mais exposto aos vapores invisíveis 
desprendidos pelo produto 
 Intoxicação Aguda: 
 Dor intensa; 
 Vômitos (podem ser até sanguinolentos); 
 Sangramento nas gengivas; 
 Sabor metálico na boca; 
 Ardência no aparelho digestivo; 
 Diarréia grave ou sanguinolenta; 
 Estomatite; 
 Glossite; 
 Tumefação da mucosa da gengiva; 
 Nefrose nos rins; 
 Problemas hepáticos graves; 
 Pode causar até morte rápida (1 ou 2 dias). 
 Intoxicação Crônica: 
 Transtornos digestivos; 
 Transtornos nervosos(irritação, cefaléia); 
 Caquexia; 
 Salivação; 
 Mau hálito; 
 Inapetência; 
 Anemia; 
 Hipertensão; 
 Afrouxamento dos dentes e queda; 
 Problemas no sistema nervoso central; 
 Transtornos renais leves; 
 Possibilidade de alteração cromossômica. 
 Prevenção e Tratamento: 
 Afastar o paciente do local ou fonte de 
intoxicação; 
 Manter nutrição por via endovenosa ou oral 
 Tratar a oligúria; 
 Fazer terapia de sustentação e substâncias 
queladoras; 
 A incidência de trabalhadores apresentando os 
sintomas, requer uma reavaliação do ambiente 
de trabalho e reavaliação do Programa de 
Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) 
MANGANÊS\ MANGANISMO: 
 As exposições ocupacionais mais significativas 
ocorrem pelos fumos e poeiras do manganês, 
sendo o sistema respiratório a principal via de 
introdução e absorção. O manganês também 
pode ser absorvido ao longo de todo o intestino 
delgado quando veiculado na alimentação; 
 O Manganês em pequenas quantidades, é 
essencial para o ser humano: 
 Sistema digestivo (metabolização da vitamina 
B1); 
 Sistema esquelético (atua no processo de 
ossificação juntamente com o cálcio); 
 SNC: atuam nas sinapses entre SNC e 
músculos; 
 Sistema reprodutivo (gametogênese). 
 No entanto, quando presente no organismo em 
elevadas quantidades pode causar efeitos tóxicos 
a diferentes níveis sendo os mais preocupantes a 
nível do Sistema Nervoso Central (SNC); 
 95% do manganês - na indústria metalúrgica; 
 Produção e uso de fertilizantes, fungicidas, como 
secantes em tintas e vernizes; 
 Na produção de vidros, cerâmica e produtos 
farmacêuticos. 
 Fisiopatologia no Sistema Nervoso Central: 
 Após instalada a partícula de manganês ocorre 
uma oxidação do manganês na substância 
negra, implicando na distribuição da dopamina; 
Página 21 
Amanda Longo Louzada 
 Com a diminuição da dopamina, pode causar 
toxidade como sintomas que se comparam com 
mal de Parkinson; 
 Sintomas Parkinsonianos ou Parkinsonismo 
 Prevenção: 
 Reduzir a exposição ao mineral; 
 Uso de EPIs 
 Após detectado os primeiros sinais, prevenção é 
feita por exames neurológicos específicos e por 
meio de dosagem de manganês na urina; 
 A incidência de trabalhadores apresentando os 
sintomas, requer uma reavaliação do ambiente 
de trabalho e reavaliação do Programa de 
Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). 
SOLVENTES ORGÂNICOS\ BENZENISMO: 
 Por serem tóxicos e agressivos, podem 
contaminar trabalhadores de refinarias de 
petróleo e indústrias de transformação. 
PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA 
(PPR): 
 Conjunto de medidas práticas e administrativas; 
 Devem ser adotadas por toda empresa onde for 
necessário o uso de respiradores; 
 É obrigatório desde 15 de agosto de 1994; 
 Instrução Normativa N-1 de 11 de Abril de 1994; 
 Visa o controle de doenças ocupacionais 
provocadas pela inalação de poeiras, fumos, 
névoas, fumaças, gases e vapores; 
 Apresenta recomendações para elaboração, 
implantação e administração de um programa de 
como selecionar e usar corretamente os 
equipamentos de proteção respiratória. 
DORT: DOENÇAS OSTEOMUSCULARES 
RELACIONADOS AO TRABALHO 
 DORT significa “Distúrbios Osteomusculares 
Relacionados ao Trabalho” e foi introduzida para 
substituir a sigla LER, particularmente por duas 
razões: 
 (1) primeiro porque a maioria dos trabalhadores 
com sintomas no sistema musculoesquelético 
não apresenta evidência de lesão em qualquer 
estrutura; 
 (2) a outra razão é que além do esforço 
repetitivo (sobrecarga dinâmica), outros tipos de 
sobrecargas no trabalho podem ser nocivas 
para o trabalhador como sobrecarga estática 
(uso de contração muscular por períodos 
prolongados para manutenção de postura); 
excesso de força empregada para execução de 
tarefas; uso de instrumentos que transmitam 
vibração excessiva; trabalhos executados com 
posturas inadequadas. 
 Os distúrbios osteomusculares ocupacionais mais 
frequentes são as tendinites (particularmente do 
ombro, cotovelo e punho), as lombalgias (dores 
na região lombar) e as mialgias (dores 
musculares) em diversos locais do corpo; 
 
PREVENÇÃO: 
 O melhor jeito de evitar as doenças que fazem 
parte do quadro das LER/DORT é dar atenção às 
questões da ergonomia e das condições de 
trabalho 
 Usar mobiliário adequado; 
 Adotar uma postura correta 
 Verificar o ritmo de trabalho e o excesso de carga 
horária; 
 Realizar pausas durante as atividades manuais 
ou que provocam repetição de movimentos; 
 Fazer exercícios de relaxamento e alongamento 
para irrigar os tecidos. 
DERMATOSES OCUPACIONAIS: 
 São alterações da pele e das mucosas causadas, 
mantidas ou agravadas, direta ou indiretamente, 
por determinadas atividades profissionais; 
 São provocadas por agentes químicos e podem 
ocasionar irritação ou até mesmo alergia; 
 Ex: Indústria de corantes, cimenteiras, indústrias 
que processam aços inoxidáveis e outras ligas 
metálicas. 
FATORES PREDISPONENTES: 
 Idade: trabalhadores jovens e menos experientes 
costumam ser mais afetados; 
 Sexo: homens e mulheres são igualmente 
afetados mas nas mulheres os quadros são 
menos graves e melhoram mais rapidamente; 
 Etnia: pessoas da raça amarela ou da negra são 
melhores protegidos contra a ação da luz solar 
que pessoas da raça branca; 
 Clima: temperatura ambiental e umidade 
influenciam o aparecimento de dermatoses como 
infecções por bactérias (piodermites) e fungos 
(micoses). 
CAUSAS: 
 Agentes Químicos: responsáveis por cerca de 
80% das dermatoses ocupacionais, destacando-
se o cimento, borracha, derivados de petróleo, 
óleos de corte, cromo e seus derivados, níquel, 
cobalto, madeira e resina epóxi; 
 Agentes Biológicos: bactérias, fungos, leveduras 
e insetos, especialmente nos trabalhos de 
manipulação de couro ou carne animal, tratadores 
de aves ou animais, peixeiros, açougueiros, 
jardineiros, balconistas de bar, barbeiros, 
atendentes de sauna, entre outros; 
 Agentes Físicos: calor, frio, vibrações, 
eletricidade, radiações ionizantes e não 
ionizantes, microondas, laser e agentes 
mecânicos 
 As dermatoses ocupacionais são classificadas, 
segundo o tipo de ação dos agentes produtores, 
em dois grande grupos: 
 Irritativas: Atingem principalmente as mãos, 
antebraços, pescoço, face e pernas do paciente 
quando entra em contato direto com alguma 
substância que causa irritação nas camadas 
mais superficiais da pele. 
Página 22 
Amanda Longo Louzada 
 Alérgicas: É quando o indivíduo responde ao 
contato com reagente danosos através de uma 
reação alérgica. Nesta etapa da doença, 
primeiro o paciente entra em contato com o 
produto apenas uma vez. Se a mesma 
substância atacar a pele em uma segunda 
ocasião, aí se desencadeiam os sintomasalérgicos. 
c. Prevenção e Tratamento: 
 Pomadas e cremes contendo corticóide e 
antimicóticos 
 Varia de acordo com a gravidade das lesões e 
com as causas que as determinam e deve ser 
orientado por especialista 
 Evitar contato da pele com agentes químicos 
irritantes ou alérgico através da eliminação dos 
agentes nocivos ou substituição da sua forma de 
apresentação; 
 Medidas de higiene pessoal e coletiva (lavatórios 
– chuveiros – vestiários - sanitários); 
 Uso de equipamentos de proteção individual 
(EPIs) tais como luvas, pomadas protetoras, 
mangas, aventais, roupas especiais, máscaras, 
botas, entre outros

Outros materiais