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Gestão de Produção e Operações

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15/07/2022 18:21 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/18
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GESTÃO DE PRODUÇÃO E
OPERAÇÕES
AULA 2
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15/07/2022 18:21 UNINTER
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Prof. Paulo Friesen
CONVERSA INICIAL
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA PRODUÇÃO
Na unidade de estudo anterior, vimos onde tudo começou e como hoje a palavra “produção”
carrega um significado amplo nos fazendo pensar em fábricas, indústrias e grandes organizações
que, através de um processo coordenado, produzem algum tipo de produto manufaturado em série
ou, se você preferir, grandes organizações com uma linha de produção. Agora conhecendo as
características históricas dos métodos utilizados para se chegar a uma produção em grande escala,
fica mais coerente refletirmos sobre as grandes estruturas que compõem o setor de manufatura,
como o que é necessário para tornar possível o processo produtivo manufatureiro que tanto ouvimos
falar, o que está por trás das metodologias Taylorismo, Fordismo e Toyotismo que os permitiram
pensar “apenas” no melhor formato para executar as atividades. Verificaremos, na mesma medida, o
setor de serviços, que, assim como o setor de manufatura, necessita de uma estrutura que possibilite
o perfeito planejamento e a execução das atividades que atendam a diferentes necessidades do
mercado.
CONTEXTUALIZANDO
Todo projeto tem um idealizador, alguém que parou para pensar, sopesar e decidir se valia a
pena empreender em determinado ramo. No setor produtivo não é diferente, do mesmo jeito ocorre
o planejamento realizado por alguém que decide investir em determinado segmento de forma
independente ou mesmo por meio de sociedades que busquem um mesmo objetivo com as mesmas
ideias representadas no ramo que se deseja atuar. Quando existe essa motivação e disposição por
parte de um idealizador ou sociedades promissoras, ocorrem os investimentos em locais previamente
planejados para receberem a estrutura necessária para o que se deseja produzir. E tirar isso tudo do
papel não é tarefa fácil, isso porque a estrutura necessária para a operacionalização de um negócio,
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seja na produção de manufaturados ou na prestação de serviços, se faz necessário um número
significativo de variantes como local, prédio, máquinas, móveis, insumos e participantes que
tornaram possível o negócio na prática, ou seja, é preciso além de tudo, pessoas.
É diante dessas variáveis que conheceremos as diferentes áreas do setor produtivo,
compreendendo como é possível toda uma operação de manufatura e serviços, o que está por trás
do produto acabado e de nossas necessidades atendidas na ponta final. Entenderemos desde os
níveis organizacionais até as elementares estruturas básicas operacionais de uma linha de produção e
prestação de serviços. Veremos o quanto uma operação necessita de amparo para seu perfeito
funcionamento e como a interdependência é fator primordial para o trabalho em equipe, como os
tipos de arranjos físicos podem favorecer ou prejudicar o funcionamento de toda uma estrutura
organizacional seja na manufatura ou prestação de serviços e terminaremos falando sobre algo
negligenciado no passado mas hoje é título de muitas ações empresariais com a seguinte ideia: “Não
há nível de produtividade que supere a vida humana”, nesse sentido veremos a ergonomia nos
postos de trabalho.
TEMA 1 – NÍVEIS ORGANIZACIONAIS
Toda e qualquer organização possui seus níveis organizacionais, mesmo que a organização não
saiba, ela tem. Você vai concordar comigo após olharmos no detalhe de cada um dos níveis, mas
antes é bom esclarecermos que os níveis organizacionais não têm nada a ver com um nível ser mais
importante que outro. São três níveis e ambos têm o mesmo grau de importância para o negócio, o
que os diferencia é a atuação, pois cada um atua sob uma perspectiva, parte de um princípio e se
preocupa com resultados distintos uns dos outros.
Esse esclarecimento é necessário inicialmente, para que seja possível a perfeita compreensão do
todo e justamente como cada parte de uma organização tem sua relevância, cumprindo funções que
muitas vezes, sob o olhar externo, representam pouca importância no processo, aliás, aqui cabe uma
reflexão: se não compreendermos inicialmente que uma organização é feita por pessoas e que cada
pessoa cumpre um papel fundamental na organização, não seremos capazes de compreender que os
níveis organizacionais representam as diferentes frentes de atuação necessárias para sobrevivência de
um negócio e não há diferenciação de quem é mais importante.
Vamos a eles:
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Figura 1 – Níveis organizacionais
Fonte: Paulo Friesen (2021).
Quando comentamos sobre “alguém” sopesar, planejar, decidir e empreender em determinado
ramo de forma independente ou através de sociedades, estamos falando do nível estratégico de uma
organização, que, em grande medida, são os diretores e fundadores do negócio ou da organização. É
possível que você ainda não tenha empreendido, mas se empreendeu certamente não foi a um curto
prazo, pelo menos não deveria ser e é justamente aí que mora a principal diferença de perspectiva do
nível estratégico, o qual atua sob a perspectiva do longo prazo, pensa em ações que deverão ser
medidas em um mínimo de cinco anos, isso porque pensar a longo prazo remete a considerar de 5 a
10 anos, o que estamos dizendo é que não se espera resultados extraordinários como lucros pujantes
antes de um mínimo de 5 anos. Pode parecer exagero, mas não é, pois se olharmos para todo o
investimento que um negócio no setor de manufatura exige, veremos que só a documentação
necessária para começar a tirar o planejamento do papel exige bastante tempo e dinheiro, depois
vem a compra ou locação de espaço, construção de áreas físicas necessárias para a operacionalização
do negócio e outras tantas mais variáveis que comentamos como necessárias, então desempenhar
todo esse trabalho para operar um ano não parece uma ação inteligente.
Todo nível estratégico, após tirar seus planejamentos do papel, necessita de um nível tático, no
qual geralmente encontramos as nomenclaturas de cargos como supervisor, coordenador e gerente.
Eles consideram como parâmetro para suas ações o médio prazo, ou seja, suas decisões geralmente
partem de uma projeção de resultados de 2 a 5 anos, suas ações em geral apresentam resultados no
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médio prazo e consideram pelo menos um mínimo de 2 anos, sendo que uma das características
mais predominantes que devem ter as pessoas inseridas no nível tático de uma organização é a
competência da comunicação, pois, como transformadores, eles recebem informações e decisões de
impacto no longo prazo (estratégico), precisam colocá-las em prática sob um parâmetro de médio
prazo, para pessoas que trabalham com decisões e resultados no curto prazo (operacional).
O nível operacional é no qual as coisas acontecem de fato na manufatura, mais conhecido como
a “mão na massa”, popularmente chamado de “chão de fábrica”. É aí que está o nível operacional,
que tem esse nome justamente por operacionalizar tudo que foi planejado e decidido nos
parâmetros de longo e médio prazos. É diante dessas diferenças que é possível afirmar: o nível tático
deve ter por principal característica a habilidade na comunicação em transformar as decisões do
estratégico para o operacional, que atua sob uma perspectiva de curto prazo.
Verifique no quadro a seguir as principais características de cada nível organizacional e sob qual
perspectiva de prazo cada um trabalha:
Quadro 1 – Níveis organizacionais
Fonte: Paulo Friesen (2021).
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Todos realizam atividades de extrema relevância para a organização e isso está muito claro,visto
que um nível organizacional depende diretamente do outro, mas o que precisamos compreender no
detalhe são as atividades que cada um realiza e sob qual perspectiva, qual foco e parâmetro que
cada nível deve considerar em suas decisões e atuação. Esse é o detalhe que determinará o sucesso
de uma tomada de decisão, justamente por considerar as variáveis que de fato interagem com cada
nível organizacional e sua respectiva autonomia na tomada de decisão.
TEMA 2 – A INTEGRAÇÃO DOS DEPARTAMENTOS
Agora, sim, sabemos com clareza o ponto de partida e sob qual perspectiva atuam os níveis
organizacionais, cada um com sua representatividade de atuação e respectiva importância. Note que
começamos nossa reflexão acerca da Estrutura Organizacional da Produção pelas pessoas,
conhecendo no detalhe como cada grupo de pessoas atua em uma organização, mas não sem razão,
é nas pessoas que está a organização, é de pessoas que é feito qualquer negócio, é através de
pessoas que todo e qualquer tipo de produção ou oferta de serviços se torna realidade. Nesse
sentido, é preciso falarmos sobre a colaboração entre níveis e setores, afinal de contas somos seres
sociais, vivemos em “grupos” e ninguém faz nada sozinho.
É exatamente sob essa ideia de colaboração mútua que chegamos à integração dos
departamentos, onde termina a atuação de um e começa a atuação do outro. É dessa forma, “dê mão
em mão” que a “mágica” acontece. Para falarmos sobre essa integração dos departamentos, é
importante abordar um conceito-chave que lhe ajudará a conceituar essa parte tão especial da
organização, responsável pela operacionalização de absolutamente tudo que tenha sido planejado
em algum momento, a interdependência e colaboração mútua. Há os provérbios chineses, que nada
mais são do que uma forma didática de transmitir um ensinamento com sabedoria; eles são muito
antigos e resistem ao tempo nos trazendo ensinamentos de forma simplificada e marcante, como o a
seguir.
Figura 2 – Provérbio chinês
Interdependência e colaboração mútua
“Se dois homens vêm andando por uma estrada, cada um com um pão, e, ao se encontrarem, trocarem os pães, cada um vai
embora com um. Se dois homens vêm andando por uma estrada, cada um com uma ideia, e, ao se encontrarem, trocarem
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as ideias, cada um vai embora com duas”.
Provérbio Chinês
Fonte: Paulo Friesen (2021).
Percebeu que interessante é a troca de informações e ideia que diferem da troca de objetos, pois
na primeira ocorre a soma, o crescimento de repertório de ambos e todos os envolvidos saem maior
do que entraram. É nessa linha que se deve observar, o que está por trás da grande necessidade de
um bom relacionamento e integração dos departamentos e setores. Essa relevância aumenta quando
chegamos no chão de fábrica, por exemplo; é comum que em algumas organizações exista certa
rivalidade entre o chão de fábrica e o administrativo, isso geralmente ocorre por equívocos de um
olhar menos apurado, que se apega em evidências isoladas para determinar se uma área é mais
privilegiada que outra. Um exemplo é a utilização de ar-condicionado. O que é uma grande
bobagem, trata-se na maioria das vezes de uma questão simples: aplicar aclimatização com um ar-
condicionado em uma sala 2 x 2 metros é tarefa simples, agora aplicar um sistema de climatização
em um barracão com 1 mil metros quadrados, que dispõe muitas vezes de máquinas que geram
calor e aquecem o ar interno, entre outras variantes, climatizar o chão de fábrica nessas condições
seria inviável economicamente para o negócio da empresa, isso explica e justifica tal diferença, não
significa em nenhuma medida uma diferenciação de importância entre setores.
Figura 3 – Ciclo do processo produtivo
Fonte: Paulo Friesen (2021).
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Geralmente representado por um gerente de PCP (Programação e Controle de Produção) e seus
respectivos analistas, o setor comercial e de programação de uma organização apresenta as vendas e
a programação de produção do mês corrente aos supervisores e coordenadores de chão de fábrica.
Quando o setor comercial vende, ele precisa lançar mão de bons prazos, se certificar de que
consegue oferecer um bom preço, buscar formas de competitividade para ganhar mercado e superar
a concorrência e, na maioria das vezes, quem torna isso tudo possível é o nível operacional que “tira
água de pedra” para entregar no prazo prometido, para tornar menos custoso o processo através de
otimização de recursos e mão de obra, assim como buscando soluções em meio a todo o processo
produtivo.
Perceba que existem duas formas de compreender essa integração de departamentos: o chão de
fábrica pode comprar a briga, assumir a responsabilidade de tornar realidade todas as promessas
realizadas pelo setor comercial, que busca um cliente satisfeito e maior representatividade de
mercado para organização: colaboração mútua. Ou o chão de fábrica pode apresentar o que
chamaremos de “síndrome do funcionário”, que consiste justamente em olhar de forma rasa o
processo e se colocar na posição de vítima, olhar tudo com maus olhos como se tudo que chega até
ele é para prejudicá-lo. Esse tipo de postura pode ocorrer por parte de qualquer departamento, não
apenas no chão de fábrica, isso geralmente ocorre em locais que não estimulam as atividades em
grupo, demonstrando que todos ocupam posição de relevância, mas em formatos e atividades
diferentes.
TEMA 3 – TIPOS DE ARRANJO FÍSICO PARA A MANUFATURA
Como um “desenho”, é necessário criar um fluxo para o processo produtivo que melhor atenda
aos requisitos “tempo e produtividade”; esses requisitos juntos definirão o lead time (tempo de
produção) mais competitivo. Esse “desenho” mencionado é também chamado de leiaute e é preciso
encontrar o mais adequado para as particularidades do que se deseja produzir é fundamental, isso
porque podemos estar falando da linha de montagem de aviões que necessitam do manuseio e de
montagem de milhares de dispositivos mecânicos, eletrônicos e hidráulicos, por exemplo, ou até a
montagem de uma simples caneta com apenas quatro componentes pequenos e de fácil montagem.
Salvo as devidas proporções, ambos deverão apresentar um lead time competitivo para valer a
pena o custo e o nível de produtividade esperado para a sustentabilidade financeira do negócio. A
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seguir, são mostradas as particularidades que devem ser consideradas no momento de decidir o
melhor tipo de arranjo físico para a manufatura, entre outros pontos relevantes:
Fluxo: a depender do tipo e da particularidade de cada produto, deve ser estabelecido o
melhor fluxo físico, assim como de informações, afinal as pessoas se comunicam no setor de
manufatura e esse fluxo precisa ser considerado através da clareza nos caminhos e veículos a
serem utilizados para o melhoramento e aperfeiçoamento do fluxo físico e de informações.
Quantidade: em casos de grande volume de produção, é importante considerar no
posicionamento de leiaute a possibilidade de automatização de parte do processo; já em casos
de pouco volume de produção, geralmente existe um tempo maior dedicado em cada etapa,
diminuindo a quantidade, mas elevando o valor agregado.
Sortimento: diante de um número grande de variedade, com diferentes tipos de produto, é
necessário considerar uma flexibilização do arranjo físico de forma a otimizar o tempo gasto em
mudanças no processo produtivo.
Acessibilidade: todos os equipamentos, dispositivos e máquinas devem estar dispostos de uma
forma que possibilite acesso suficiente para limpeza e manutenção.
Segurança: nem sempre o arranjo físico mais produtivo será o mais seguro, isso precisa ser
levado em conta, passivo de autuação trabalhista amparada na NR12 (Norma Regulamentadora
– Segurança do Trabalho).
Nesse sentido, o planejamento do arranjo físicodeve considerar o melhor posicionamento de
recursos físicos, pensando também no fluxo de informações, acessibilidade e segurança. Conforme
mencionado, existem normas regulamentadoras de segurança no trabalho que podem exigir certos
cuidados previstos em lei e não podem ser negligenciados neste momento estratégico de
consideração do melhor leiaute. De acordo com todos os pontos que tratamos até aqui, como
fundamentais para esse tipo de definição, vamos conhecer os principais arranjos físicos mais
utilizados em processos de manufatura:
Arranjo físico posicional: também conhecido como arranjo físico de posição fixa, sua principal
característica é em relação ao produto manufaturado não se movimentar, seja pelo tamanho ou
qualquer outro motivo que torne inviável que o produto se mova entre as etapas do processo.
Em geral, é um tipo de arranjo físico de baixa produtividade e, por esse fato, as empresas que
os utilizam, terceirizam grande parte das etapas do processo para empresas especializadas,
entretanto esse arranjo físico permite alto grau de customização, as produções que se utilizam
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desse arranjo, geralmente se dedicam a produtos únicos ou em pequenas quantidades. Ex.:
produção de aeronaves e navios.
Arranjo físico funcional: também conhecido como arranjo físico por processo, a lógica desse
tipo de arranjo é a de agrupar os recursos com função similar no processo de manufatura.
Exemplo: na indústria é onde as furadeiras ficam todas no setor de furação, as máquinas de
usinagem no setor de usinagem e assim sucessivamente, o produto segue pelos setores e
etapas necessárias. Esse arranjo é muito flexível por atender diferentes fluxos de produtividade,
entretanto a presença de muitos fluxos ou sortimento de materiais deve ser planejada para não
comprometer os níveis de produtividade operacional.
Arranjo físico celular: ocorre onde recursos não similares, ou seja, de diferentes atuações, são
agrupados para processar um grupo de itens que requeiram similares etapas de
processamento. A célula em questão é arranjada similar a um arranjo físico funcional, depois de
serem processados na célula, os recursos transformados podem prosseguir para outra célula e,
nesse sentido, o arranjo físico celular é uma tentativa de trazer alguma ordem para a
complexidade de fluxo que caracteriza muitas vezes o arranjo físico funcional, visto que a
maioria das células tem o formato em “U” e geralmente os produtos iniciam e terminam a
produção/montagem na mesma célula.
Arranjo físico por produto: Também conhecido por arranjo físico em linha, é usado quando se
requer uma sequência linear de operações para fabricar o produto, além de ser muito
adequado a produtos com alto grau de padronização e com pouca ou nenhuma diversificação,
geralmente produzidos em grandes quantidades e de forma contínua. O fluxo de materiais
passa a ser totalmente previsível e pode se ajustar a diferentes fluxos, entretanto não é
recomendado trabalhar com produções baixas justamente por exigir altos investimentos em
capital. Ex.: leiaute utilizado em linhas de montagem de veículos.
Além dos principais arranjos físicos que vimos, existem organizações que trabalham com
arranjos físicos mistos, isso porque em determinado momento o produto pode exigir um tipo de
arranjo e num segundo momento, seja mais viável outro tipo de arranjo físico, isso sempre vai
depender da particularidade do produto e do processo produtivo. É comum grandes fábricas e
indústrias utilizarem vários arranjos, de acordo com a etapa da manufatura, o fato é que
independentemente do tipo de arranjo físico, o foco deve ser no lead time competitivo de acordo
com as particularidades do produto e mercado.
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TEMA 4 – ARRANJOS FÍSICOS PARA SERVIÇOS
Ao tratarmos dos arranjos físicos na manufatura, fica mais fácil compreender e imaginar o
andamento de um processo produtivo, isso porque ao pensarmos em determinado produto
passando por uma linha de produção, etapa por etapa, estamos falando de algo palpável e visível. Na
área de serviços, ou podemos chamar também de operações, é onde não existe um produto em si,
mas sim o atendimento de uma necessidade com a prestação de um serviço que muitas vezes pode
ser braçal ou até de comunicação, como o que está ocorrendo entre eu (professor) e você (aluno): é
uma operação na qual eu me comunico com você atuando como facilitador do seu maior
esclarecimento e aumento de capacidade intelectiva.
Figura 4 – Alunos
Crédito: Monkey Business Images/Shutterstock.
Você se lembra quando estudava no Ensino Médio e até Fundamental, dependendo de colégio
para colégio a dinâmica era os alunos mudarem de sala de aula durante o período de estudos, por
exemplo, no primeiro horário estudava Matemática na sala 1 e no segundo horário, os alunos se
dirigiam para a sala 5 para ter aula de Química. Nesse formato, o serviço de ensino que estava sendo
prestado fazia uso de um arranjo físico funcional em sua operação, cujos recursos para a prestação
do serviço (professor e sala de aula) ficam parados e os alunos passam de etapa por etapa. Contudo,
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existem colégios onde o professor é quem muda de sala e os alunos permanecem parados e a cada
horário, muda o professor e respectiva matéria, então nesse caso estaríamos diante do arranjo físico
posicional.
Assim, os mesmos arranjos físicos que vimos para o mais perfeito funcionamento de processos
de manufatura podem ser utilizados na prestação de serviço, em que não se tem um produto em
questão, mas sim uma necessidade sendo atendida. Esse tipo de operação pode ser apenas em
formato de comunicação, o que hoje é possível de ser realizado de forma muitas vezes remota, o que
alterou completamente o tipo de estrutura e arranjo físico necessário para os profissionais de
serviços nesse formato. O que antes seria necessário, por exemplo, o deslocamento de um
profissional, cliente a cliente, para a execução do serviço, hoje essas operações podem perfeitamente
ser realizadas remotamente sem a necessidade de o profissional se deslocar.
Para a prestação de serviços onde a mão de obra executa uma atividade no solicitante ou no
local do solicitante, aí então os arranjos físicos se fazem necessários. Por exemplo: um profissional
que conserta geladeira. Existem pelo menos duas formas de arranjo físico para este tipo de operação:
arranjo físico fixo, no qual o serviço vai até o produto ou local e muitas vezes esses profissionais
carregam todos os equipamentos e ferramentas necessárias em um veículo adaptado, ou então, a
geladeira deveria ser transportada até a oficina do prestador de serviço, o que nesse segundo caso
seria o arranjo físico celular que agrupa diferentes recursos para atender a produtos de necessidades
similares.
Vamos aos tipos de arranjos físicos sob a perspectiva de operações na prestação de serviços:
Arranjo físico posicional: também conhecido como arranjo físico de posição fixa, caracteriza-
se pelo fato de a pessoa beneficiada pela operação ficar parada por impossibilidade ou até por
inviabilidade ou conveniência. Um exemplo é em casos de cirurgias onde o paciente não pode
ser movido por questões médicas, então são os médicos cirurgiões que se articulam para
atender à necessidade do paciente.
Arranjo físico funcional: também conhecido por arranjo físico por processo, é provavelmente
o arranjo da maioria das operações de prestação de serviços, onde os centros de serviços são
agrupados de acordo com a função que desempenham e as pessoas se deslocam até eles, de
acordo com a necessidade. A título de exemplos, temos hospitais, escolas e bancos.
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Arranjo físico celular: ocorre onde recursos de diferentes atuações são agrupados para
atender às necessidadesde um grupo de pessoas que requeiram similares processos de
atendimento. Exemplo é o setor de maternidade em um hospital: os pacientes que necessitam
de atendimento em maternidade formam um grupo que pode ser tratado junto, onde a
probabilidade é pequena de necessitar de cuidados de outras partes do hospital ao mesmo
tempo em que requerem cuidados específicos de maternidade.
Arranjo físico por produto: também conhecido por arranjo físico em linha, é pouco usual na
área de prestação de serviços, mas para dar um exemplo onde as necessidades dos clientes têm
uma sequência comum é o caso de recrutas que se alistam para o exército, no qual
provavelmente serão direcionados a um processo de alistamento organizado segundo um
arranjo físico por produto, em que o “cliente” se desloca pelos recursos desejados ou
necessários.
Todo fluxo, seja de materiais ou clientes, deve ser sinalizado de forma clara e evidente para
funcionários e clientes, a fim de garantir o que se planejou com o arranjo físico determinado. Por
exemplo, as operações de manufatura geralmente possuem corredores claramente identificados e as
operações de serviços tendem a usar rotas sinalizadas, como os hospitais que geralmente
apresentam linhas coloridas pintadas no chão para indicar as rotas aos diversos departamentos.
TEMA 5 – A SEGURANÇA NOS POSTOS DE TRABALHO
Em determinado momento de nossos estudos, ao falarmos sobre segurança no trabalho
conhecendo os tipos de arranjos físicos, foi citado a NR-12. Precisamos compreender no detalhe o
que são NRs e quais são seus papeis no mundo do trabalho. No total existem 37 NRs, normas
regulamentadoras que fornecem instruções e orientações sobre obrigatoriedades relacionadas à
saúde ocupacional do trabalhador sob regime de contratação CLT. Elas são periodicamente revisadas
pelos órgãos competentes, como Ministério do Trabalho e Previdência Social, não somente para
trabalhadores em regime de contratação CLT, pois algumas empresas tomam como base as NRs para
determinar normas internas onde todo e qualquer trabalhador, independentemente do regime de
contratação, simplesmente por estar no interior da empresa, deve fazer cumprir as normas
estabelecidas.
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Um exemplo é a NR-12 que fala sobre Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos. Ela
estabelece procedimentos de caráter obrigatório para locais destinados a máquinas e equipamentos
e isso inclui desde a circulação de pessoas, os respectivos trabalhadores e possíveis operadores das
máquinas em questão, assim como a proteção e manutenção de máquinas e equipamentos.
A NR-12, assim como as demais NRs, dispõe de subcapítulos com a intenção de tratar de forma
mais pontual alguns detalhes que merecem atenção específica e orientações detalhadas acerca dos
cuidados necessários para a garantia da segurança na atividade laboral. Por exemplo, no caso da NR-
12 no item 12.2 “Arranjo físico e instalações”, ela especifica o seguinte:
Nos locais de instalação de máquinas e equipamentos, as áreas de circulação devem ser
devidamente demarcadas em conformidade com as normas técnicas oficiais. É permitida a
demarcação das áreas de circulação utilizando-se marcos, balizas ou outros meios físicos. As áreas
de circulação devem ser mantidas desobstruídas. A distância mínima entre máquinas, em
conformidade com suas características e aplicações, deve resguardar a segurança dos trabalhadores
durante sua operação, manutenção, ajuste, limpeza e inspeção, e permitir a movimentação dos
segmentos corporais, em face da natureza da tarefa.
Assim como a NR-12 determina e orienta situações relacionadas aos arranjos físicos, as demais
tratam de assuntos distintos como a NR-11, que fala sobre Transporte, Movimentação, Armazenagem
e Manuseio de Materiais, ou seja, ela trata sobre aspectos relacionados à intralogística de uma
organização, que geralmente contempla setores como almoxarifado, expedição e recebimento de
materiais. E para mudar um pouco de área e entendermos que as NRs abrangem todas as áreas de
uma organização, temos a NR-35 que trata sobre Trabalho em Altura, ou seja, toda vez que um
trabalhador se coloca em uma situação acima de 2 metros de altura, é necessário seguir as
orientações previstas nessa NR.
Esse cuidado com a saúde ocupacional do trabalhador, muitas vezes é visto como complicador,
isso porque em muitos casos o lead time da organização pode ser prejudicado se estabelecidos os
parâmetros corretos que previnem e protegem a saúde ocupacional do trabalhador. Cautela! “não há
nível de produtividade que supere a vida humana” e é nesse sentido que devemos estar dispostos a
colocar em prática todas as NRs competentes a atividade que desejamos desempenhar, para isso, a
organização deve dispor de um Técnico de Segurança do trabalho, que fará toda a orientação e o
acompanhamento necessário para que as atividades e os arranjos físicos estejam de acordo com o
que prevê a lei e suas respectivas normas regulamentadoras.
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Apesar de existirem 37 NRs e atualizações periódicas por parte dos órgãos regulamentadores, a
questão da segurança no trabalho ainda é muito negligenciada por parte dos empregadores e
trabalhadores no Brasil, que ainda ignoram as orientações de segurança no trabalho. Vamos aos
números para termos uma ideia da seriedade do tema, de acordo com os indicadores atualizados do
Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho , elaborado pelo Ministério Público do Trabalho
(MPT) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT): de 2012 a 2020, 21.467 trabalhadores e
trabalhadoras sofreram acidentes fatais no Brasil, com uma taxa de mortalidade de 6 óbitos a cada
100 mil vínculos de emprego no mercado de trabalho formal, o que mostra que ainda temos muito
que nos esforçar com os cuidados relacionados a esse tema de segurança no trabalho.
TROCANDO IDEIAS
Conhecendo os níveis organizacionais de uma empresa e sabendo da importância de integração
entre os departamentos que são feitos por pessoas, como uma companhia, agora precisamos falar da
operacionalização do chão de fábrica, de como as coisas acontecem no processo de manufatura,
através da melhor alocação dos recursos físicos que contemplam uma linha de produção. Por
exemplo, na empresa onde você trabalha ou até na cozinha da sua casa onde são preparadas as
receitas, o posicionamento de máquinas, móveis como armários, bancadas e estantes, oferece
praticidade e ganho de operacionalidade ao processo de manufatura? Conte no fórum da disciplina
sobre arranjos físicos.
Nós refletimos sobre a “manipulação” correta dos recursos disponíveis em um processo, falamos
sobre alocar, posicionar e organizar as pessoas de acordo com suas expertises. Isso vale, em grande
medida, no manejo e posicionamento das máquinas e estruturas físicas também, exatamente porque
uma posição mal planejada pode tornar o tempo de produção muito maior e, consequentemente,
fazer com que o processo se torne oneroso. Afinal, determinado produto pode demorar mais tempo
para ser montado em relação a outro, mas a margem de lucro por unidade produzida pode ser
diferente também.
NA PRÁTICA
É necessário olhar o todo, compreender que ambos os setores de uma empresa devem trabalhar
de forma integrada e não como concorrentes. Aliás, é comum dentro de uma organização a
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utilização da seguinte ideia: “Cliente interno”. Explique como funciona essa ideia de “Cliente Interno”
e como funciona o fluxo de informações sob está perspectiva. Esses assuntos serão tratados na
videoaula.
Esse termo é utilizado justamente para deixar claro que todos os departamentos de forma
integrada se atendem, isso mesmo, quando fazemos parte de determinado departamento de uma
organização, temos os nossos clientes internos, ou seja, os demais setores que dependem
diretamente denós, recebendo o processo após a atuação de nosso departamento, então dá
sequência no processo produtivo, ou nós somos clientes de algum outro departamento e damos
sequência no processo produtivo agregando valor ao produto ou serviço.
Figura 5 – Ciclo clientes internos
Fonte: Paulo Friesen (2021).
FINALIZANDO
Conhecemos os níveis organizacionais de uma empresa e qual a perspectiva de prazo que cada
nível trabalha. Nível operacional: atua de forma isolada focando na realização de suas atividades a
curto prazo; nível tático: atua de forma mais planejada e detalhada considerando o que chamamos
de células ou setores no médio prazo; nível estratégico: atua considerando o todo, isso porque suas
tomadas de decisão afetam toda a organização no longo prazo.
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Falamos sobre a integração dos departamentos que pode ocorrer de forma física com a
passagem de uma peça manufaturada, por exemplo, de departamento em departamento ou no fluxo
de informações e serviços, que devem ser executados para que o produto possa ser entregue ao
cliente. Nos dois formatos podemos ser clientes internos, seja atendendo ou sendo atendido, o fato é
que de forma completamente integrada, uma organização só consegue atuar perfeitamente com
seus processos e operações se houver a integração entre os departamentos.
E finalizamos olhando a ergonomia nos postos de trabalho, compreendendo que ninguém
começa negligenciando uma atitude muito grave, geralmente esse descuido com a atividade laboral
vai acontecendo aos poucos, como quando o trabalhador se depara com as questões ergonômicas
relacionadas às atividades exercidas em um processo de manufatura ou prestação de serviço.
REFERÊNCIAS
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pessoal, familiar, nos negócios e na sociedade. São Paulo: Pioneira, 1993.
BRASIL. Secretaria do Trabalho. Normas Regulamentadoras. Disponível em:
<https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/normas-
regulamentadoras-nrs>. Acesso em: 9 ago. 2021.
FALCONI, Vicente. Gerenciamento da rotina do trabalho do dia a dia. Belo Horizonte: Falconi,
2013.
FALZON, Pierre. Ergonomia. São Paulo: Edgar Blucher, 2007
KIT, Wong. O livro completo Do Tai Chi Chuan: um manual pormenorizado dos seus princípios
e práticas. São Paulo: Pensamento, 2001.
LACOMBE, Patrícia. Ergonomia: boas práticas para manter uma boa postura no trabalho.
Disponível em: <http://patricialacombe.com.br/blog/ergonomia-boas-praticas-para-manter-uma-
boa-postura-no-trabalho/>. Acesso em: 9 ago. 2021.
MONDEN, Yasuhiro. Sistema Toyota de produção uma abordagem integrada ao Just-in-
Time. Porto Alegre: Bookman, 2014.
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ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. Disponível em:
<https://www.ilo.org/brasilia/lang--es/index.htm>. Acesso em: 9 ago. 2021.
PANSONATO, Roberto. Projeto de fábrica e arranjo físico. Curitiba: Contentus, 2020.
SMART LAB. Disponível em: <https://smartlabbr.org/sst>. Acesso em: 9 ago. 2021.

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