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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO

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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 
 
1 O ESTUDO DA FILOSOFIA 
 
 Fonte: pt.slideshare.net 
"A Filosofia contribui para o estudo da Ética e Moral, demanda social 
negligenciada na formação do cidadão brasileiro" - Arthur Meucci. Desde 2006, 
Filosofia é disciplina obrigatória no Ensino Médio brasileiro. Para muitos, perda de 
tempo, pois exige maturidade intelectual que a maioria dos alunos não tem. Mas há 
defensores fervorosos de sua inclusão no currículo, caso do filósofo e psicanalista 
Arthur Meucci. "É a única disciplina da grade escolar que faz a ponte entre o 
português, a sociologia, a história e a matemática, além de contribuir para o estudo da 
Ética e Moral, demanda social negligenciada na formação do cidadão brasileiro", 
destaca. 
2 O QUE É FILOSOFIA? 
A filosofia não é um conjunto de conhecimentos prontos, um sistema acabado, 
fechado em si mesmo. A filosofia é uma maneira de pensar e é também uma postura 
diante do mundo. 
Antes de mais nada, ela é uma forma de observar a realidade que procura 
pensar os acontecimentos além da sua aparência imediata. Ela pode se voltar para 
qualquer objeto: pode pensar sobre a ciência, seus valores e seus métodos; pode 
pensar sobre a religião, a arte; o seu cotidiano, o próprio homem em sua cultura e 
imagem. A filosofia em síntese não é tão somente uma interpretação do já vivido, 
daquilo que esta você possa estar objetivando, mais também a interpretação das 
aspirações e desejos do que ainda está por vir e do que está para chegar. Para iniciar 
 
o exercício de filosofa, a primeira coisa a fazer é admitir o que vivemos e vivenciamos 
valores e que é preciso saber quais são eles. Filosofia é inventariar os valores que 
explicam e orientam nossa vida e a vida da sociedade, e que dimensionam as 
finalidades da prática humana. O segundo momento é o momento da crítica que é um 
modo de penetrar dentro desses valores, descobrindo -lhe a sua existência. 
A filosofia e educação estão vinculadas no tempo e no espaço. A pedagogia 
inclui mais elementos do que o pressuposto filosófico da educação, tais como os 
processos socioculturais, a concepção psicológica do educando e a forma do 
processo educacional. Para que possamos compreender ainda mais essa filosofia e 
como ela é parte de uma educação inteiramente possuía pela realidade e construção 
cultural, segundo o filósofo e educador Demerval Saviani, a reflexão filosófica deve 
possuir as seguintes características: 
 
 
RADICALIDADE CONTEXTUALIDADE RIGOR 
Chegar até a raiz dos 
acontecimentos, isto é, 
aos seus fundamentos; 
à sua origem, não só 
cronológica, mas no 
sentido de chegar aos 
valores originais que 
possibilitaram o fato. A 
reflexão filosófica, 
portanto, é uma reflexão 
em profundidade. 
Seguir um método 
adequado ao objeto em 
estudo, com todo o 
rigor, colocando em 
questão as respostas 
mais superficiais, 
comuns à sabedoria 
popular e a algumas 
generalizações 
científicas apressadas. 
A filosofia não considera os 
problemas isoladamente, 
mas dentro de um conjunto 
de fatos, fatores e valores 
que estão relacionados 
entre si. A reflexão filosófica 
contextualiza os problemas 
tanto verticalmente, dentro 
do desenvolvimento 
histórico, quanto 
horizontalmente. 
 
3 ANTIGAS CONCEPÇÕES DA HISTÓRIA 
A história resulta da necessidade de reconstituirmos o passado, relatando os 
acontecimentos que decorreram da ação transformadora dos indivíduos no tempo, 
por meio da seleção e da construção dos fatos considerados relevantes e que serão 
interpretados a partir de métodos diversos. Os povos tribais, por exemplo, não 
privilegiam os acontecimentos da vida da comunidade, porque, para eles, o passado 
os remete aos “primórdios”, às origens dos tempos sagrados em que os deuses 
realizaram seus feitos extraordinários. Fazer história, nesse caso, é recontar os mitos, 
os acontecimentos sagrados que são “reatualizados” nos rituais, pela imitação dos 
 
gestos dos deuses. A civilização micênica a.C., quando ainda predominava o 
pensamento mítico: constatamos nesse período a ações humanas. 
 
Fonte: www.hotfrog.com.br 
A partir do século VI a.C., a filosofia surgiu na colônia grega da Jônia (atual 
Turquia) como uma maneira reflexiva de pensar o mundo, que rejeita a prevalência 
religiosa do mito e admite a pluralidade de interpretações racionais sobre a realidade. 
Para os gregos, o Universo era dividido em mundo sublunar e supralunar: o primeiro 
é o mundo terreno, temporal, sujeito à mudança, à corrupção e à morte, enquanto o 
supralunar é o mundo perfeito das esferas fixas, constituído pela “quinta essência” e, 
portanto, imóvel e eterno. Apesar da novidade dessa investigação histórica, aberta à 
mudança, o que permaneceu na antiguidade e na Idade Média foi a visão platônica-
aristotélica de um mundo estático em que se busca o universal, o que não garantia à 
história o status de ciência, sendo vista, portanto, como uma forma menor de retórica 
destituída de rigor e na qual, segundo alguns historiadores, eram feitas concessões 
demais à imaginação no relato dos fatos. Cabe a cada homem exercitar o seu “ser 
filósofo”, pôr-se em busca de uma apreensão significativa da cultura, de uma crítica 
leitura da realidade e de uma ação engajada no mundo. 
A reflexão filosófica organiza-se em torno de três grandes conjuntos de 
perguntas ou questões: 
 Por que pensamos o que pensamos, dizemos o que dizemos e fazemos o que 
fazemos? 
 O que queremos pensar quando pensamos, o que queremos dizer quando 
falamos, o que queremos fazer quando agimos? 
 Para que pensamos o que pensamos, dizemos o que dizemos, fazemos o que 
fazemos? 
 
 HISTÓRIA MODERNA E CONTEMPORÂNEA 
As imagens, assim como quadros, retratam a bem a fundamentação e 
característica história dentro de uma perspectiva transcendente da época, seja antiga 
ou moderna. Somente a partir da modernidade, com as mudanças que começaram a 
ocorrer no século XVII, o estudo da história tomou nova configuração, consolidada no 
Iluminismo do século XVIII. A história cíclica foi então substituída pela descrição linear 
dos fatos no tempo, segundo as relações de causa e efeito, então os historiadores 
não mais se orientavam pelo passado como modelo a seguir, mas desenvolveram a 
noção de processo, de progresso, investigando o que entendiam por 
“Aperfeiçoamento da humanidade”. 
 
 
www.slideplayer.com.br 
 
3.1.1 A pintura barroca na Itália 
Características: 
 Disposição de elementos dos quadros, que sempre forma uma composição em 
diagonal; 
 Contraste de claro-escuro nas cenas, o que intensifica a expressão dos 
sentimentos; 
 Realismo, retratando não só a vida na burguesia, mas a vida do povo simples. 
A história da educação é um dos meios mais eficazes para cultivar um saudável 
ceticismo que evita a “agitação” e promove a “consciência” crítica. História que nasce 
nos problemas do presente e que surge pontos de vista ancorados num estudo 
rigoroso do passado. Uma das funções principais do historiador da educação é 
http://www.slideplayer.com.br/
http://www.slideplayer.com.br/
http://www.slideplayer.com.br/
 
compreender esta lógica de “múltiplas identidades”, por meio da qual se definem 
memórias e tradições, pertenças e filiações, crenças e solidariedades. 
As palavras do cineasta Manuel de Oliveira na apresentação do seu último filme 
merecem ser recordadas: “O presente não existe sem o passado, e estamos a fabricar 
o passado todos os dias. Ele é um elemento de nossa memória, é graças a ele que 
sabemos quem fomos e como somos”. Com base nessas duas funções da história da 
educação devem exercer fecunda influência na política educacional, sobretudo nas 
situações críticas em que são gestadas as reformas educativas, depois transformadas 
em leis, a fim de que se possa defender a implantação de uma educação pública 
democrática e de qualidade. 
4 OMATERIALISMO HISTÓRICO E DIALÉTICO 
Com o pensamento de Marx (1818-1883) estamos diante do processo de 
desmascaramento da política liberal. O liberalismo, com a sua ênfase no homem como 
indivíduo que busca a satisfação de suas necessidades, subjugando a natureza, 
obtendo riquezas e bem-estar crescentes. 
 
Fonte:www.aulasdeyoruba.blogspot.com.br 
Nessa concepção o pressuposto subjacente é a de que a propriedade privada 
é um direito natural, socialmente útil e moralmente legítimo, uma vez que estimula o 
trabalho concorrencial e competitivo, combatendo o vício da preguiça e estimulando o 
crescimento social. Contudo, Marx parte de outro pressuposto. O homem é 
essencialmente ser histórico e social, marcado pela produção de sua existência em 
 
sociedade. Marx e Engels escrevem: "nós conhecemos somente uma única ciência: a 
ciência da história". 
 Para Marx, o nosso jeito de ser e pensar é determinado pelas relações sociais 
de produção. Isso significa o termo materialismo. Nele, a consciência humana é 
determinada a pensar as ideias oriundas das condições materiais. Materialismo se 
opõe a idealismo. No caso, Marx se opõe ao idealismo de Hegel, que considera que 
são as ideias que movem o mundo. Para Marx. Hegel é pensador utópico, que 
interpreta o mundo de cabeça para baixo: é ideológico. Para Hegel, as instituições 
existentes derivam de necessidades racionais, legitimando uma certa ordem como 
imutável. Assim, Hegel, na concepção de Marx, transforma em verdades filosóficas 
dados que são puros fatos históricos e empíricos. Exemplificando, seria o mesmo que 
dizer que a constituição cria o povo, ou a religião cria o homem. É um pensamento 
essencialista, a-histórico, que fica nas frases e não mergulha no mundo real do qual 
as frases são um reflexo. 
Marx une a teoria à prática. Busca perceber as relações existentes entre ideias 
e fatos. Percebe que a prática, os conflitos, a luta entre os homens / classes é que 
gera as ideias e não o contrário. Estamos diante de fatos produzidos e não diante de 
leis a priori, eternas. Fazer essa inversão é ideologia, criticada por Marx. Para Marx, 
somos decorrência das práxis, da ação, dos conflitos históricos. O materialismo é 
histórico, pois a sociedade e política não são de instituição divina nem naturalmente 
dadas. Ao contrário, nascem e dependem da ação concreta dos seres humanos 
situados no tempo, fazendo história. 
O materialismo histórico pretende-se explicativo da história das sociedades 
humanas, em todas as épocas, através dos fatos materiais, essencialmente 
econômicos e técnicos. "No caso do estado moderno, as ideias de estado de natureza, 
direito natural, contrato social e direito civil fundam o poder político na vontade dos 
proprietários dos meios de produção, que se apresentam como indivíduos livres e 
iguais que transferem seus direitos naturais ao poder político, instituindo a autoridade 
do estado e das leis" (CHAUÍ, M. Convite à filosofia, 2003, p.386). A sociedade é 
comparada a um edifício no qual as fundações, a infraestrutura, seriam representadas 
pelas forças econômicas, enquanto o edifício em si, a superestrutura, representaria 
as ideias, costumes, instituições (políticas, religiosas, jurídicas, etc.). A base da 
sociedade é a produção econômica. Sobre esta base econômica se ergue uma 
 
superestrutura, um estado e as ideias econômicas, sociais, políticas, morais, 
filosóficas e artísticas. 
Para Marx, as relações sociais são inteiramente interligadas às forças 
produtivas, econômicas, sendo estas as determinantes. Adquirindo novas forças 
produtivas, os homens modificam o seu modo de produção, bem como modificam a 
maneira de ganhar a vida, modificando todas as relações sociais. Na medida em que 
mudam os modos de produção, a consciência dos seres humanos também se 
transforma. Por isso, ao contrário do que muitos afirmam, não são as ideias humanas 
que movem a história, mas as condições históricas que produzem as ideias em cada 
época. O modo de produção da vida material condiciona o processo da vida social, 
política e espiritual. Mas uma vez, dizemos, portanto: "não é a consciência do homem 
que determina o seu ser, mas, pelo contrário, o seu ser social é que determina a sua 
consciência". 
Assim, diz Meier (2009) em seu artigo “Karl Marx e a crítica à consciência 
moderna”, que Marx tentou demonstrar que no capitalismo sempre haveria injustiça 
social, onde a riqueza é resultante de um processo de exploração sobre o trabalhador. 
O capitalismo, de acordo com Marx é selvagem, considerando que o operário produz 
para o seu patrão, produz riqueza e colhe pobreza. O capitalismo se apresenta 
necessariamente como um regime econômico de exploração e degradação da vida, 
sendo a mais-valia a lei fundamental do sistema. 
Considerando que o fruto do trabalho não pertence ao trabalhador, e este 
permanece preso ao patrão, ocorre então o fenômeno da alienação, do trabalho 
alienado, na medida em que se manifesta como produção de um objeto que é alheio 
ao sujeito criador. Dessa forma, o operário se nega (é negado) no objeto criado. É o 
processo de objetificação, coisificação ou reificação. Por isso, o trabalho que é 
alienado permanece alienado até que o valor nele incorporado pela força de trabalho 
seja apropriado integralmente pelo trabalhador. Havendo essa apropriação do valor 
incorporado ao objeto graças à força de trabalho do sujeito produtor, promove-se a 
negação da negação. Ora, se a negação é alienação, a negação da negação é a 
desalienação, a libertação. 
 
5 A EDUCAÇÃO E A TRANSFORMAÇÃO DA SOCIEDADE 
Durante muito tempo se pensou que a educação formal, ou escolarização, seria 
um instrumento fundamental para o desenvolvimento social, cultural e econômico de 
um país. As grandes polêmicas do passado sobre escola pública ou privada, ensino 
leigo ou religioso, educação técnica ou humanística, partiam do suposto de que o que 
se estava decidindo era o próprio futuro do país. 
Educação e sociedade: redenção, reprodução e transformação 
 Não há pedagogia que esteja isenta de pressupostos filosóficos 
 Que sentido pode ser dado à educação, como um todo, dentro da sociedade? 
Fonte: www.pt.slideshare.net 
Esta visão otimista do papel da educação coincidiu com os anos de grande 
expansão e modernização da sociedade brasileira, pela formação de grandes centros 
urbanos, o desenvolvimento da indústria e dos serviços e a expansão do setor público. 
Neste quadro de expansão e crescimento, ir à escola e obter as qualificações formais 
equivalia a adquirir o direito de acesso às novas oportunidades. 
Esta visão otimista da educação formal é hoje muito discutida, e existem muitos 
que acham que, na realidade, as escolas trazem muito mais malefícios do que 
benefícios à sociedade. Os críticos da educação formal se utilizam, 
principalmente, dos seguintes argumentos: 
 O ensino formal discrimina contra as pessoas de origem social mais humilde, e 
não permite, de fato, nenhuma mobilidade social. As pessoas mais pobres têm 
mais dificuldade de ir à escola e aprender os conteúdos dos cursos, que são 
vasados em linguagem e cultura das classes mais favorecidas. Ao final dos 
estudos, os filhos de classes sociais mais favorecidas continuam nas melhores 
posições, e os das classes menos favorecidas, nas piores. 
 Muito pouco do que é ensinado nas escolas realmente serve para alguma 
coisa. A maioria dos conteúdos transmitidos, em todos os níveis, são 
conhecimentos fragmentados e estéreis, sem ligação com a vida real das 
crianças e dos adultos. O processo educacional, ao invés de ser formativo, se 
transforma na maioria das vezes em um ritual burocrático de memorização e 
repetição de informações inúteis, que penaliza as pessoas mais criativas e não 
conformistas. 
http://www.pt.slideshare.net/
http://www.pt.slideshare.net/
 
 A imposição de conteúdos homogêneos a todo osistema de ensino, 
principalmente no ensino da língua, leva à destruição da variedade linguística 
e cultural do país, intensificando a hierarquia e a discriminação entre campo e 
cidade, ricos e pobres, centro e periferia. 
 Dada a pouca relevância e pertinência dos conteúdos transmitidos nas escolas, 
as exigências de diplomas para o trabalho profissional só servem para garantir 
os privilégios dos diplomados contra os demais, sob o manto da busca da 
competência e da qualificação. 
O surgimento da visão pessimista da educação formal coincide com o 
esgotamento do processo de expansão e modernização acelerados da sociedade 
brasileira. Ao final da década de 80, o Brasil é um país predominantemente urbano, a 
industrialização pela substituição fácil de importações já chegou a seus limites, as 
burocracias governamentais incharam tanto quanto podiam, e os empregos de classe 
média já não se expandem de forma a absorver o número crescente de pessoas que 
saem das escolas. 
 O LUGAR EFETIVO DA EDUCAÇÃO NAS SOCIEDADES MODERNAS 
Os adeptos mais fervorosos da visão pessimista da educação chegam ao 
extremo de propor o fim da escola formal, e sua substituição por uma grande 
variedade de mecanismos informais, espontâneos e não hierárquicos de 
transmissão de conhecimentos e desenvolvimento da criatividade e competência. 
 
Apesar de nunca termos atingido o nível de investimentos em 
educação de outros países mais adiantados, e de nunca termos dado à 
educação a prioridade que ela recebe em outros tempos e lugares, o fato 
é que já acumulamos um volume suficientemente de problemas, 
equívocos e dificuldades que não recomenda a prumais dinheiro em nosso 
sistema educacional, sem, ao m esmo tempo, examinarmos em 
profundidade seus problemas, e tratarmos de procurar suas soluções. 
 (SIMON, 1987) 
 
No entanto, da mesma forma que a Escola formal não pode, sozinha, promover 
o progresso social e eliminar as desigualdades, sua eliminação tampouco poderia 
 
produzir estes efeitos, e o mais provável é que aumentasse, ainda mais, os problemas 
com que hoje nos defrontamos. 
A realidade é que o Brasil de hoje precisa, mais do que nunca, de um sistema 
educacional moderno, adequado, que possa preparar nossa população para um 
mundo onde o manejo adequado da língua falada e escrita, do raciocínio formal e 
abstrato e da informação são cada vez mais importantes. 
Mas esta necessidade, para se transformar em realidade, não pode ser 
atingida com a ingenuidade dos que achavam, trinta ou quarenta anos atrás, que 
educar era, simplesmente, construir escolas. 
 ESTRUTURA E DINÂMICA DO ENSINO NO BRASIL 
 O ensino primário está praticamente estacionado em seu crescimento. Ele 
atende pouco mais de 80% da população, principalmente nos centros urbanos 
de centro-sul; a qualidade tende a ser baixa. 
 O ensino secundário tem crescido mais, mas atende a uma parcela pequena 
da população, não proporciona formação profissional, dado o fracasso da lei 
7044 de 1970; as melhores escolas são os particulares, e são as que 
selecionam para o vestibular. 
 Existe ainda um pequeno ensino técnico de qualidade, englobando os sistemas 
SESI-SENAI e algumas escolas técnicas e agrícolas. 
 Todo o ensino brasileiro está marcado por grandes discriminações sociais. A 
pré-escola, e principalmente o ensino superior, são quase privativos dos grupos 
de renda mais alta; os que ganham até um salário mínimo dificilmente terminam 
o primeiro grau; os de 2 a 5, dificilmente chegam ao segundo. 
 O ensino superior é altamente estratificado, com divisões entre: 
 Pós-graduação e graduação 
 Centro sul e Nordeste 
 Profissões tradicionais e novas profissões setor público e setor privado. 
 
 
 
 
 
 OS DONOS DO SABER E O SABER DOS DONOS 
 
Fonte: www.overmundo.com.br 
Nenhum profissional pode considerar-se capacitado no momento em que 
recebe o diploma de graduação, pois ele nada mais é do que uma “chave” com a qual 
abrirá novas portas em busca de novos desafios, assim refletir acerca do 
conhecimento e da utilização do mesmo torna-se essencial no processo de formação 
do profissional das diferentes áreas. Todo aquele que quer ensinar-aprender, deve 
estar de posse da arte de manter-se firme em suas convicções sem ser dogmático, e 
respeitoso das convicções alheias sem ser subserviente. O conhecimento traz à luz 
da realidade e a partir dele é que a mesma pode ser transformada. Do ponto de vista 
da Filosofia o conhecimento que se pode ter do mundo humano pode oferecer bases 
mais sólidas nas interações sociais que produzem, mantêm ou transformam a 
sociedade. 
O estudante só apreende na medida em que aquilo que é ensinado é 
significativo para esse estudante, é compreendido como capaz de satisfazer suas 
necessidades. Dessa forma, passa-se a entender que todos os programas de ensino 
devem ter as necessidades dos alunos, no contexto do mundo em que vivem como 
ponto de partida para que sejam alcançados os objetivos educacionais mais amplos. 
Por um lado, na concepção da educação, o estudante passa a ser visto como 
o centro e o sujeito do processo educativo; por outro lado, os métodos ativos de 
aprendizagem passam a ser cada vez mais considerados como os mais adequados 
para a eficiência do processo educativo. A filosofia, em contrapartida às demais áreas 
científicas, preocupadas com o entendimento adequado de algo a elas externo, 
debruça-se sobre si mesma, a fim de expor o procedimento do pensar enquanto tal. 
Ela legitima sua importância para a educação pela prática de um procedimento 
autocrítico. 
 
A educação está fundada em vertentes pedagógicas que divergem quanto a 
sua concepção de ser humano, que refletem claramente na prática educativa, já que 
convergem para um ideal de educação em função de metas e fins. Por isso, é que nos 
deparamos com o momento atual da educação em que sentimos a necessidade de 
unir as formas de pensamento que já vigoraram, buscando horizontes e novas 
perspectivas. 
A ênfase da pós-modernidade deve estar na sensibilidade, na flexibilidade e na 
cultura da imagem. A educação deve cumprir os compromissos que lhe são dados 
pelo seu tempo, fazendo o conhecimento ser vivenciado. A escola e os próprios alunos 
também exigem que ele atenda a outras necessidades que não a de educar. Há um 
certo esquecimento da formação do sujeito e o que é ensinado na escola afastou-se 
da vida dos alunos. Sem esta proximidade extremamente necessária, os alunos estão 
se afastando das escolas, o que implica numa série de problemas de ordem social, 
como a marginalização e a proliferação da violência. Por tudo isso, é que se faz 
necessária a reformulação da prática educativa. Faz-se necessário retomar velhos 
preceitos, aprender com antigas teorias, remodelar as novas e assim enfrentar os 
desafios da pós-modernidade, onde não podemos nos prender a nada, mas sim 
utilizar de nossa liberdade para formarmos nossa própria ação. 
6 SOCIALIZAÇÃO E EDUCAÇÃO 
 
 
O que é socialização afinal? A socialização pressupõe a interação social, a 
capacidade de integrar-se a um grupo, assimilando padrões sociais. O que interfere 
na maneira como o sujeito percebe o mundo, o outro e a si mesmo. O processo de 
 
interação, a socialização, inicia-se no nascimento do sujeito e só se encerra com a 
morte, fazendo uso da linguagem para interagir e integrar os indivíduos. 
O ato de educar acontece no processo histórico/filosófico de cada grupo social 
no qual são repassadas as tradições, mas também, os valores e normas no sentido 
de contribuir com a personalidade do jovem estudante. 
Notadamente, educar vai além de transmissão de conhecimentos. É a forma de 
fornecer a alguém os cuidados necessários ao pleno desenvolvimento físico, 
intelectual e moral. É promover o processo de formação do outro como ser humano 
integral. 
Destacamos quea educação escolarizada não é o único espaço na sociedade 
que promove processos educativos e que orienta a vivência dos estudantes. Ao 
contrário, o estudante quando chega à universidade traz experiências e concepções 
construídas na família e na comunidade e em outros espaços. Tais experiências e 
concepções construídas, muitas vezes, entram em choque com os valores e normas 
estabelecidas pela educação escolarizada. O debate sobre papel de ser educador e 
como este necessita pensar sobre a realidade em que estamos inseridos é fundante 
para que nossos estudantes compreendam que vamos precisar de pessoas éticas e 
responsáveis para construir outra nação. Daí a necessidade de professores/as e 
estudantes discutirem no mundo contemporâneo as suas práticas e lutarem 
decididamente por relações em que todos e todas se sintam sujeitos históricos. 
7 PRINCIPAIS REPRESENTANTES 
 JEAN JACQUES ROUSSEAU 
 
Fonte:www.oespiritualismoocidental.blogspot.com.br 
Na história das ideias, o nome do suíço Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) 
se liga inevitavelmente à Revolução Francesa. Dos três lemas dos revolucionários - 
liberdade, igualdade e fraternidade -, apenas o último não foi objeto de exame 
 
profundo na obra do filósofo, e os mais apaixonados líderes da revolta contra o regime 
monárquico francês, o admiravam com devoção. 
O princípio fundamental de toda a obra de Rousseau, pelo qual ela é definida 
até os dias atuais, é que o homem é bom por natureza, mas está submetido à 
influência corruptora da sociedade. Um dos sintomas das falhas da civilização em 
atingir o bem comum, segundo o pensador, é a desigualdade, que pode ser de dois 
tipos: a que se deve às características individuais de cada ser humano e aquela 
causada por circunstâncias sociais. 
Entre essas causas, Rousseau inclui desde o surgimento do ciúme nas 
relações amorosas até a institucionalização da propriedade privada como pilar do 
funcionamento econômico. O primeiro tipo de desigualdade, para o filósofo, é natural; 
o segundo deve ser combatido. A desigualdade nociva teria suprimido gradativamente 
a liberdade dos indivíduos e em seu lugar restaram artifícios como o culto das 
aparências e as regras de polidez. Ao renunciar à liberdade, o homem, nas palavras 
de Rousseau, abre mão da própria qualidade que o define como humano. 
Ele não está apenas impedido de agir, mas privado do instrumento essencial 
para a realização do espírito. Para recobrar a liberdade perdida nos descaminhos 
tomados pela sociedade, o filósofo preconiza um mergulho interior por parte do 
indivíduo rumo ao autoconhecimento. Mas isso não se dá por meio da razão, e sim da 
emoção, e traduz-se numa entrega sensorial à natureza. 
Até aqui o pensamento de Rousseau pode ser tomado como uma doutrina 
individualista ou uma denúncia da falência da civilização, mas não é bem isso. O mito 
criado pelo filósofo em torno da figura do bom selvagem - o ser humano em seu estado 
natural, não contaminado por constrangimentos sociais - deve ser entendido como 
uma idealização teórica. Além disso, a obra de Rousseau não pretende negar os 
ganhos da civilização, mas sugerir caminhos para reconduzir a espécie humana à 
felicidade. 
Não basta a via individual. Como a vida em sociedade é inevitável, a melhor 
maneira de garantir o máximo possível de liberdade para cada um é a democracia, 
concebida como um regime em que todos se submetem à lei, porque ela foi elaborada 
de acordo com a vontade geral. Não foi por acaso que Rousseau escolheu publicar 
simultaneamente, em 1762, suas duas obras principais, Do Contrato Social - em que 
expõe sua concepção de ordem política - e Emílio - minucioso tratado sobre educação, 
 
no qual prescreve o passo-a-passo da formação de um jovem fictício, do nascimento 
aos 25 anos. 
 PENSADORES INFLUENCIADOS PELO PENSAMENTO DE ROUSSEAU 
 
Fonte:www.pensador.com 
Johann Friedrich Herbart: 
Nasceu em Oldenburgo, Alemanha, em maio de 1776, vindo a falecer em 
agosto de 1841. Filho de um brilhante advogado e mãe inteligente com forte gosto 
literário a qual sempre o acompanhou em seus estudos. Seu pai enviou-o Iena com o 
objetivo de prepará-lo para a profissão de advogado, no entanto Herbart não 
apresentava nenhuma inclinação para o Direito. Tornou-se filósofo, psicólogo e teórico 
da educação a partir de sua experiência como preceptor particular dos três filhos do 
governador de Interlaken, na Suíça e também sob a influência de “Schiller, que nesta 
época, estava escrevendo suas Cartas sobre a Educação Estética do Homem”. (EBY, 
1978, p.409) 
Foi educando seus três alunos que Herbart confrontou-se com situações 
práticas de ensino, daí surgindo toda a sua contribuição para a pedagogia como 
ciência, dando rigor e cientificidade ao seu método; sendo o primeiro também a 
elaborar uma pedagogia que pretendia ser uma ciência da educação, foi o precursor 
de uma psicologia experimental aplicada pedagogia. Por isso acabou sendo 
considerado o “Pai da Psicologia Moderna” e “Pai da moderna ciência da educação”. 
 
Friedrich Froebel: 
Natural de Oberweibach na Alemanha, filho de um pastor protestante, ficou 
órfão de mãe em tenra idade e foi criado com certa aspereza pela sua madrasta, dos 
10 aos 14 anos foi morar com seu tio materno, também pastor, anos que considerou 
feliz. Resultado de seu temperamento introspectivo passou a observar e interpretar as 
atividades das crianças, despertando nele um grande interesse pelas experiências de 
natureza infantil. Após várias tentativas em encontrar uma profissão de acordo com 
sua vocação, acabou por descobrir na atividade educativa uma sua aptidão que 
 
correspondia aos seus anseios. Sua vida acadêmica iniciou-se com a escola primária, 
depois entrou para a Universidade de Iena, onde revelou grande aptidão para a 
matemática, ciências naturais, agricultura e arquitetura. Tornou-se em seguida, 
professor da escola de Grüner, discípulo de Pestalozzi a quem visitou em Yverdun. 
Para Froebel, a unidade social era sempre um princípio de unidade universal, 
inclusive cósmica. Esse propósito de naturalização de um sentimento de amor pelo 
universo criado por Deus e transferido para a sociedade deveria ser compreendido e 
defendido pela educação. A identificação da educação com o desenvolvimento, a 
subordinação da ação educativa atividade interessada da criança, a utilização do jogo 
e do trabalho manual como instrumentos da aprendizagem, são caracteres do sistema 
froebeliano que o tornam precursor das teorias educacionais contemporâneas. 
Todavia, a pedagogia científica rejeita o método das formas geométricas de Froebel, 
por abstrato e artificial. 
8 A EDUCAÇÂO COMO CENTRO FILOSÓFICO 
 
Fonte: www.slideplayer.com.br 
A Educação na Idade Média é marcada predominantemente pela filosofia 
religiosa e heranças culturais Greco-romanas, Germânicas, Bizantinas e Islâmicas 
adaptadas ao Cristianismo. Restringia-se à preservação dos princípios religiosos em 
que a razão se encontrava a serviço da fé. Sua finalidade era a salvação da alma e a 
vida eterna. 
A Idade Média compreendeu um período de mil anos, desde a queda do Império 
Romano (476) até a tomada de Constantinopla (atual Istambul) pelos turcos (1453). 
Esse período sofreu diversas transformações econômicas, sociais e culturais; porém 
a educação permaneceu praticamente estática, sem grandes alterações e progressos. 
Com a decadência do antigo Império Romano do Ocidente provocada pela 
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fragmentação em inúmeros reinos bárbaros de diversas origens no início do século V, 
o Império Bizantino ou Romano do Oriente em contrapartida, manteve-se econômico 
e culturalmente adiantado. 
9 A EDUCAÇÃO BIZANTINA 
O Império Bizantino foi herdeiro do Império Romano do Oriente tendo sua 
capital em Constantinopla ou Nova Roma. Durante o seu período de existência,o 
grande governante que teve em sua região foi Justiniano, um legislador que mandou 
compilar as leis romanas desde a República até o Império; combateu as heresias, 
procurando dar unidade ao cristianismo, o que facilitaria na monarquia. 
Internamente enfrentou a Revolta de Nika (fruto da insatisfação popular contra 
a opressão geral dos governantes e aos elevados tributos), já no aspecto externo 
realizou diversas conquistas, pois tinha o objetivo de reconstruir o antigo Império 
Romano. Contudo, esse império conseguiu atravessar toda a Idade Média como um 
dos Estados mais fortes e poderosos do mundo mediterrâneo. É importante ressaltar 
que o Império Bizantino ficou conhecido por muito tempo por Império Romano do 
Oriente. No entanto, este não foi capaz de resistir à migração ocorrida por germanos 
e por hunos, o que acabou por fragmentar em reinos independentes. 
Como população teve a concentração dos Sírios, Judeus, Gregos e Egípcios. 
Destacando-se três governadores durante todo império: Constantino (fundador de 
Constantinopla); Teodósio (dividiu efetivamente o império); e, Justiniano. Este durante 
o seu governo atingiu o apogeu da civilização bizantina. Pois, teve uma política 
externa; retomou vários territórios; modificou aspectos do antigo Direito Romano (o 
Corpus juris Civilis – Corpo do Direito Civil); e ainda, realizou a construção da Igreja 
de Santa Sofia, altamente importante por seu legado cultural arquitetônico. 
Com a utilização de uma política déspota e teocêntrica, utilizou uma economia 
com intervenção estatal, com comércio e desenvolvimento agrícola. Além do mais, 
durante o período denominado por Império Bizantino, a economia era bastante 
movimentada, principalmente no comércio marítimo e sob o controle o estado. Sendo 
que, o seu controle deu-se por Constantinopla até o século XI. 
 
9.1.1 MURALHAS DE CONSTANTINOPLA 
 
Fonte: www.papodehomem.com.br 
A sociedade urbana demonstrou enorme interesse pelos assuntos religiosos, 
facilitando o surgimento de heresias, como por exemplo, a dos monofisistas e dos 
iconoclastas, e de disputas políticas. No âmbito religioso, as heresias deram-se 
através do arianismo que negaram a Santíssima Trindade; além do caso do arianismo, 
teve ainda, a questão monofisista, esta nega a natureza humana de Cristo, afirmando 
que Cristo tinha apenas natureza divina (o monofisismo foi difundido nas províncias 
do Império Bizantino e acabou identificada com aspirações de 48 independência por 
parte da população do Egito e da Síria); por fim, no tocante à iconoclastia, ocorre a 
grande destruição de imagens e a proibição das mesmas nos templos. Durante o 
período que ficou conhecido por Cisma do Oriente, ocorre a divisão da Igreja do 
Oriente, a igreja divide-se em Católica Romana e Ortodoxa Grega. 
9.1.2 A EDUCAÇÃO ISLÂMICA 
 
Fonte: www.academiaislamica.org.br 
 
Por volta do século VII, a Arábia era ocupada por tribos de origem semita, hostis 
entre si, politeístas, místicas e supersticiosas. Eram cerca de trezentas tribos, 
distribuídas no litoral da península Arábica (tribos urbanas) e no deserto (beduínos). 
As tribos urbanas tinham boas condições de sobrevivência, vivendo da agricultura e 
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do comércio; já a vida no deserto era muito difícil e os beduínos não conseguiam 
sobreviver só como pastores e, por isso, praticavam o butim (saques a caravanas). 
A cidade de Meca era o centro comercial e religioso mais importante da Arábia 
pré-islâmica; ali eram realizadas as feiras, e ali ficava o santuário da Caaba, com a 
Pedra Negra e as diversas imagens cultuadas pelas tribos de então. Foi nesse cenário 
que nasceu Maomé, na tribo dos coraixitas, guardiã da Caaba. Ele era de uma família 
pobre e ficou órfão aos seis anos de idade; aos quinze, passou a trabalhar como guia 
de caravanas, que percorriam os desertos do Oriente Médio. Nessas viagens, fez 
contato com povos e religiões diferentes, que muito iriam influenciar o seu futuro. 
Conheceu o judaísmo e o cristianismo, assimilou os ensinamentos dessas religiões e 
integrou-as num sincretismo, isto é, somou elementos das duas religiões e alguns 
costumes e tradições árabes, surgindo assim, o Islamismo. 
Isso só foi possível graças ao seu casamento com Cadidja, uma viúva rica, que 
possibilitou a Maomé a tranquilidade econômica para que ele pudesse dedicar-se à 
meditação. Maomé, então, iniciou a propagação do Islamismo (abandono à vontade 
de Alá). Se sentido seguro começou a pregação pública aos coraixitas, de quem viria 
a maior oposição, visto que estavam ligados ao politeísmo que dominava a Arábia. A 
perseguição e uma tentativa de assassinato fizeram com que Maomé fugisse de Meca 
para Medina em 622. É a Hégira, ou a fuga, que marca o início do calendário 
muçulmano. 
Em Medina, Maomé conseguiu adeptos e começou a atacar caravanas, cujos 
hábitos ele conhecia muito bem. Seus êxitos militares eram transformados em prova 
da existência de Alá. Seu prestígio cresceu na mesma proporção que aumentaram os 
problemas de Meca. Em 630, com o apoio dos árabes do deserto, Maomé destruiu os 
ídolos da Caaba, menos a Pedra Negra. Estava implantado o monoteísmo e com ele 
surgia o Islão, o mundo dos submissos de coração a Alá e obedientes ao seu 
representante, o Profeta Maomé. Dessa forma, a Arábia foi unificada como um Estado 
teocrático. 
 
9.1.3 ESCOLAS MONACAIS 
 
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Com a queda do Império, escolas leigas e pagãs continuaram funcionando 
precariamente em algumas cidades e com a decadência da sociedade merovíngia as 
escolas entraram também em desagregação, então surgiram as escolas cristas, ao 
lado dos mosteiros e catedrais, e com isso os funcionários leigos do Estado passaram 
a ser substituídos por religiosos, que eram os únicos que sabiam escrever e ler. 
O monarquismo é um movimento religioso que começou lentamente com a vida 
solitária dos monges e com o tempo exerceu influência na cultura da Alta Idade Média. 
Criar escolas não era a finalidade principal dos mosteiros, porém as atividades 
pedagógicas tornaram-se inevitável à medida que era preciso instruir os novos irmãos, 
então começaram a surgir novas escolas monacais em que se aprendiam o latim e as 
humanidades, os melhores alunos coroavam a aprendizagem com o estudo da 
filosofia e a teologia. 
Os Mosteiros foram assumindo o monopólio da ciência, tornando-se principal 
reduto da cultura medieval, guardavam nas bibliotecas grandes tesouros da cultura 
greco-latina e traduziam obras para o latim adaptando algumas e reinterpretavam 
outras à luz do cristianismo. 
 
 
 
 
 
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 RENASCIMENTO CAROLÍNGIO 
 
Fonte: www.pt.slideshare.net 
Logo após a coroação de Carlos Magno como imperador dos Francos, o 
mesmo introduziu uma moeda, uma escrita e um sistema de pesos e medidas comuns 
no império. Carlos Magno, consagrado como eficiente comandante que, junto aos 
seus dozes pares, cristianizou e modernizou a Europa, também impulsionou as artes 
e as ciências. Em torno de si ele reuniu os mais importantes pensadores da época e 
os incumbiu de compilar todo o saber conhecido até o período, o que estabeleceu um 
florescimento cultural, conhecido como renascimento carolíngio. 
Carlos Magno criou escolas nos mosteiros, nas catedrais e nos palácios, 
conhecidas como Escolas Palacianas. A principal escola palaciana foi criada em 
Aachen, capital do Império Franco. Esse "Renascimento carolíngio" é de fenomenal 
importância, pois foi através dele que os francos se tornaram um elo entre a 
Antiguidade e a Europa da Idade Média. Com isso o medievo ficou definitivamente 
influenciado pelas ideias dos mestres da Antiguidade. As primeiras universidades 
Europeia, como foramos casos de Bolonha e Oxford, surgiram dessa tradição criada 
por Carlos Magno, principalmente dos conhecimentos produzidos nos mosteiros. 
 
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9.2.1 PERFIL DE CARLOS MAGNO 
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Carlos Magno foi um grande líder militar da Idade Média. Expandiu os seus 
domínios, sobretudo em duas frentes: a leste conquista a Saxónia e a Caríntia e impõe 
derrotas aos povos pagãos - ávaros e eslavos; a sul, adquire domínios na região 
itálica, apropriando-se mesmo da Lombardia em 774. Todas estas campanhas 
granjearam-lhe, mais tarde, os estatutos de Imperador, Patrício dos Romanos e 
Protector da Santa Sé, visto que foi responsável pela difusão do Cristianismo. 
Recuperou a glória imperial que já havia sido testemunhada no Império Romano. Para 
além disso, enriqueceu, em parte, a economia estatal porque, ao alargar o seu 
território, conseguiu impor novos impostos sobre as populações agora submetidas ao 
seu poder. 
Com amargura, não conseguiu concretizar o sonho de tomar a Península 
Ibérica, na altura dominada maioritariamente pelos muçulmanos, isto sem falar dos 
imprevisíveis montanheses bascos (vascões) que, com as suas emboscadas, 
causaram sérias baixas nas suas tropas (em Roncesvales - 778, a retaguarda do 
exército carolíngio foi mesmo varrida, tendo mesmo tombado em combate o conde 
Rolando, importante vassalo de Carlos Magno). Mesmo assim, as forças cristãs 
conseguiriam, mais tarde, chegar até Barcelona que cairá entre 800 e 801 d. C. (feito 
que se deve a Luís, o Pio - filho de Carlos Magno que o tinha enviado), gerando assim 
a Marca Hispânica. 
Mas Carlos Magno não foi apenas mais um grande soberano medieval que 
somou variados e elogiosos triunfos no campo belicista, até porque a sua genialidade 
propagou um notável eco na vertente cultural. A necessidade de criar um povo mais 
astuto fazia parte dos objetivos prioritários do seu reinado. 
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Inicialmente as escolas não tinham acomodações adequadas e os mestres 
recebiam os alunos em diferentes locais. No século XIII a burguesia dividiu-se entre o 
rico praticamente urbano, dedicado as atividades bancarias, e os seguimentos de 
pequenos comerciantes e artesões. Os primeiros começaram a se aproximar a classe 
nobre então dirigente desprezando o trabalho manual dos artesões, com 
consequência disso eles preferiram uma educação voltada para a cultura 
desinteressada deixando para a burguesia plebeia as escolas profissionais em que 
leitura e escrita se achavam reduzida mínimo. 
Por volta do século XI, o comércio ressurge, as moedas voltas a circular, as 
cidades crescem e aos poucos as vilas se libertam e transforma-se em comunas ou 
cidades livres. As modificações no sistema de educação fazem surgir às escolas 
seculares. Secular significa do século, do mundo, qualquer atividade não religiosa. O 
desenvolvimento do comércio faz reaparecer a necessidade de se aprender a ler, 
escrever e calcular. Os burgueses de início frequentaram as escolas monacais e 
catedrais, mas logo procuraram uma educação que atendia aos objetivos da vida 
prática. Por volta do século XII surgem pequenas escolas nas cidades mais 
importantes, com professores leigos nomeados pela autoridade municipal. O latim foi 
substituído pela língua nacional. As escolas seculares prefiguram uma revolução, 
contestando o ensino religioso contrapondo umas propostas ativas, voltadas para os 
interesses da classe burguesa em ascensão. No início as escolas não dispõem de 
acomodações adequadas. Procuraram restabelecer a educação voltada para a cultura 
“desinteressada”, deixando para a burguesia plebeia as escolas profissionais em que 
a leitura e escrita se acham reduzidas ao mínimo. 
Outro elemento na educação secular da Idade Média foi constituído pelo 
desenvolvimento da cavalaria. A educação do cavaleiro realizava-se no seio da 
família. Dos sete aos quinze anos, eram mandados para outro castelo a ser pajem. 
Aos vinte e um anos, após rigorosas provas de valentia, o escudeiro é sagrado 
cavaleiro. A educação deles não destacava as atividades intelectuais, muitos não 
sabiam ler e escrever, mas valorizava as habilidades da caça e da guerra e cuidavam 
mais com a formação espiritual. 
 
 
 
 
 
21 COMO ERA A EDUCAÇÃO NA IDADE MÉDIA? 
 
A educação era para poucos, pois só os filhos (nem todos) dos nobres 
estudavam a maioria era analfabeta. Marcada pela influência da Igreja, ensinava-se o 
latim, doutrinas religiosas e táticas de guerras. Grande parte da população medieval 
era analfabeta e não tinha acesso aos livros. A Igreja era a dona da cultura e 
conhecimento, pois controlava grande parte do saber herdado da Antiguidade 
Clássica. Os mosteiros medievais ficaram célebres por sua política de hospitalidade, 
dando abrigo temporário a peregrinos e andarilhos e pelas minuciosas e caprichosas 
cópias manuais de textos e livros da Antiguidade Clássica. Como os livros, 
pergaminhos, manuscritos e documentos ficavam nos mosteiros e nas universidades 
da igreja, os padres detinham praticamente o monopólio da cultura erudita que, 
segundo a visão predominante na época, representava um perigo para as mentes e 
as crenças cristãs (isso foi bem retratado no filme O Nome da Rosa). 
Educação bizantina: Inicialmente, não era para pobres, era só para filhos de 
ricos, as escolas bizantinas baseavam a instrução na literatura grega clássica. Os 
escritores imitavam a prosa de Tucídides, porque foi o mais profundo historiador da 
antiguidade, e tinha uma visão realista e racional, pois se preocupava em narrar os 
acontecimentos com imparcialidade e precisão, explicando suas causas. A educação 
feminina: As moças de famílias nobres não iam às escolas, mas tutores particulares 
as orientavam com boa educação em sua própria casa, mesmo assim havia mulheres 
que eram médicas. 
 AS UNIVERSIDADES 
 
Fonte: www.pt.slideshare.net 
As universidades surgidas na Idade Média representaram um modelo novo e 
original de educação superior que exerce até hoje um importante papel de 
desenvolvimento da cultura. No século XII, procurava-se ampliar os estudos de 
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filosofia, teologia, leis e medicina, a fim de atender as solicitações de uma sociedade 
mais complexa, surgindo a necessidade de certos mestres. 
A atividade docente na universidade era desenvolvida conforme o método da 
Escolástica, baseado na literatura e nas discussões, pelas quais os estudantes 
exercitavam as artes da dialética. A universidade tornou-se centro de fermentação 
intelectual, a Igreja que mantivera a hegemonia da cultura e espiritualidade no 
Ocidente passou a ser afrontada, o temor provocado pelas heresias teve a 
difusão do ressurgimento da cidade. A Igreja conservadora resolveu instalar a 
Inquisição ou Santo Ofício, para apontar o “desvio da fé”. 
As universidades entraram em decadência no século XIV, pelo dogmatismo 
decorrente da ausência de debate, resistindo às mudanças, tentavam manter a 
influência escolástica de recusa à observação e experimentação, das tendências que 
prenunciavam o nascimento da ciência moderna. 
 A EDUCAÇÃO DAS MULHERES 
 
Fonte: www.slideplayer.com.br 
 
Na Idade Média as mulheres não tinham acesso à educação formal, a mulher 
pobre trabalhava muito ao lado do marido e permaneciam analfabeta, as meninas 
nobres só aprendiam algumas coisas quando recebiam aulas em seu próprio castelo, 
estudavam músicas, religião, artes liberais. As meninas da burguesia começaram a 
ter acesso à educação apenas quando surgiram as escolas seculares. 
No século VI os mosteiros recebiam meninas de 6 ou 7 anos a fim de serem 
educadas a consagradas servas de Deus, aprendiam a ler, escrever, ocupavam-secom as artes da miniatura e com cópia de manuscritos. 
 
 
 
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10 ANTIGUIDADE ROMANA: EDUCAÇÃO HEROICO-PATRÍCIA 
Os aristocratas patrícios (proprietários e guerreiros) recebem uma educação 
que visa perpetuar os valores da nobreza de sangue e cultuar os ancestrais. Na 
Antiguidade, a família não era nuclear como a nossa, mas extensa (composta por pais, 
filhos solteiros e casados, escravos e clientes dos quais o paterfamilias é proprietário, 
juiz e chefe religioso). Até os sete anos as crianças permanecem sob os cuidados da 
mãe ou de outra matrona, “mulher especial”. 
Depois dos sete anos, as meninas continuam no lar aprendendo os serviços 
domésticos, enquanto o pai se encarrega pessoalmente do filho. O menino 
acompanha o pai às festas e aos acontecimentos mais importantes, ouve o relato as 
histórias dos heróis e dos antepassados, decora a Lei das Doze Tábuas, 
desenvolvendo a sua consciência histórica e o patriotismo. O menino aprende a cuidar 
da terra, trabalho que coloca lado a lado o senhor e o escravo. Aprende a ler, escrever 
e contar. Torna-se hábil no manejo das armas, na natação, na luta e na equitação. 
Aos 15 anos, o menino acompanha o pai ao foro, praça central onde se faz o 
comércio e são tratados os assuntos públicos e privados, e em torno do qual se 
erguem os principais monumentos da cidade, inclusive o tribunal, onde aprende o 
civismo. Aos 16 anos, o jovem é encaminhado para a função militar ou política. 
(Educação voltado mais para a formação moral, que intelectual) à Aprendizagem 
baseada na vivência cotidiana, entremeada de exemplos que reforçam a importância 
da imitação de modelos representados pelo pai e pelos antepassados. 
 
 
 
 EDUCAÇÃO COSMOPOLITA 
 
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Roma republicana: desenvolvimento do comércio, enriquecimento de uma 
camada de plebeus e início da expansão romana tornam mais complexa a sociedade 
romana, exigindo outro modo de educar. Século IV a.C: criação de escolas 
elementares particulares – escolas do ludi (jogo, divertimento) magister (mestre), nas 
quais aprende-se demoradamente a ler, escrever e contar, dos sete aos doze anos. 
Os mestres eram pessoas simples e mal remuneradas. Para desempenhar seu ofício, 
ajeitavam-se em qualquer espaço. As crianças escreviam com estiletes em tabuinhas 
enceradas, aprendendo tudo de cor, ameaçados por castigos. Com o contato com os 
povos helênicos, inúmeros professores gregos ensinam a sua língua, dando início à 
formação bilíngue dos romanos. 
Surgiram as escolas dos gramáticos, em que os jovens de 12 a 16 anos 
conheciam os clássicos gregos, ampliando seus conhecimentos literários. Ao mesmo 
tempo estudavam geografia, aritmética, geometria e astronomia (disciplinas reais). 
Iniciavam-se na arte de bem escrever e bem falar. Surge um terceiro grau de 
educação (escola do retor = professor de retórica), pois a retórica exigia o 
aprofundamento do conteúdo e da forma do discurso. Diferentemente dos ludi 
magister e dos gramáticos, os retores eram professores mais respeitados e bem 
remunerados. 
As escolas superiores: 
 Desenvolveram-se no decorrer do século I a.C e cresceram durante o Império. 
 Eram frequentadas pelos jovens da elite, que se destacavam na vida pública e 
que, por isso, deveriam se preparar para as assembleias e tribunas. Estudavam 
política, direito e filosofia, sem esquecer as disciplinas reais, próprios de um 
saber enciclopédico. 
 
 A educação física mereceu a atenção dos romanos, mas com características 
mais voltadas para as artes marciais. 
 EDUCAÇÃO NO IMPÉRIO 
 
Fonte: www.slideplayer.com.br 
 
Aumenta a intervenção do Estado nos assuntos educacionais: um bem 
montado máquina burocrática para a administração do império requeria funcionários 
com instrução elementar, pelo menos. Notável procura por cursos de estenografia 
(taquigrafia) – sistema de notação rápida. Recurso exigido cada vez mais na atividade 
dos notários (hoje conhecidos como tabeliões, mas inicialmente eram apenas 
secretários incumbidos de fazer anotações, ao acompanhar os magistrados e altos 
funcionários). 
Século I a.C: o Estado estimulou a criação de escolas municipais em todo o 
Império. O próprio César concedeu o direito de cidadania aos mestres de arte liberais. 
Século I d.C: Vespasiano libera de impostos os professores de ensino médio e 
superior e institui o pagamento a alguns cursos de retórica, de que beneficia o mestre 
Quintiliano. Trajano manda alimentar os estudantes pobres. Outros importantes 
imperadores legislam sobre a exigência de as escolas particulares pagarem com 
pontualidade os professores, definindo o montante a lhes ser pago. 
Juliano, no ano 362, oficializou toda a nomeação de professor pelo Estado. 
Opunha-se à expansão do cristianismo e pretendia, impedir a contratação de 
professores cristãos, com essa medida. Outro destaque da época do Império é o 
desenvolvimento do ensino terciário, com os cursos de filosofia e retórica e a criação 
de cátedras de medicina, matemática, mecânica e escolas de direito. 
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11 FILOSOFIA TOMISTA: TOMÁS DE AQUINO 
Teve uma vida inteiramente dedicada a Igreja Católica, com muita meditação e 
estudo. Mas a sua filosofia parte da pergunta: Deus existe? 
Contribuiu muito com a Filosofia e a Teologia, mas ao contrário de Agostinho 
ele via a filosofia e a teologia como ciências distintas. 
Escreveu valiosos tratados, como a “Suma Teológica, ” onde relata as cinco 
vias para a prova da existência de Deus. Tomás de Aquino foi totalmente Aristotélico, 
e como atribuem a Agostinho a cristianização do pensamento de Platão, a ele é 
atribuída a cristianização da Filosofia de Aristóteles. 
 
5 VIAS PARA APROVA DA EXISTÊNCIA DE DEUS 
 
 1ª Via: Movimento – Utiliza-se do pensamento de Ato e Potência de Aristóteles, 
definindo o Movimento não como mero movimentar, mas as 
mudanças do ser. Se tudo é movimento é preciso que reconheça um primeiro 
motor a movimentar todas as coisas. 
 2º Via: Causalidade Eficiente – Fundamentada no pensamento Socrático, e tem 
muito a ver com a primeira via. O Movimento é limitado? Quem nasceu primeiro 
o ovo ou a galinha? Sim o movimento e finito, por todo causa chega-se a um 
causante, se investigar a fundo chega a um causante incausado. A quem ele 
atribui a Deus. 
 3º Via: Contingente – Também partindo de uma investigação de ato e potência. 
Nem tudo tem sua razão por existi em si mesmo, por se chega a compreensão 
de um ser incontingente. 
 4º Via: Graus de Perfeição – Da filosofia platônica, Tomás de Aquino diz que 
na observância do mundo se percebe em todas as coisas a hierarquia, uma 
escada de submissão. Do m menos não é possível se extrair o que for mais. 
“Os estercos servem as ervas, as ervas a vaca, que dela se alimenta. A vaca 
serve ao homem com o leite. E o homem a quem serve se não a Deus? 
 5º Via: Ordem do Universo – Há uma ordem perfeita em todas as coisas, não 
existe ordem sem haver uma inteligência ordenadora. Seria impossível 
acreditar que foi uma mera explosão que deu origem ao Universo, explosão é 
caos e não ordem. Como as águas estão perfeitamente reunidas no oceano? 
 
As estações do ano, Distância exata do Sol a Terra, nem próximo demais que 
mate todos queimados, e nem distante de mais que congelasse toda a 
superfície da Terra. 
33 ANTIGUIDADE ROMANA: A HUMANISTAS 
Podemos distinguir três fases na educação romana: a latina original, de 
natureza patriarcal; depois, a influência do heletismo é criticada pelos defensores da 
tradição; por fim, dá-se a fusão entre a cultura romana e a helenística, que já supõe 
elementos orientas, mas nítida supremacia dos valores gregos. 
A educação na Roma arcaica teve, sobretudo, caráterprático, familiar e civil, 
destinada e formar em particular os civis romanos, superior aos outros povos pela 
consciência do direito como fundamento da própria “romanidade”. 
 
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Os civis romanos era, porém, formado antes de tudo em família pelo papel 
central do pai, mas também da mãe, por sua vez menos submissa e menos marginal 
na vida da família em comparação com a Grécia. A mulher em Roma era valorizada 
como manter famílias, portanto reconhecida como sujeito educativo, que controlava 
a educação dos filhos, confiando-os a pedagogos e mestres. Diferente, entretanto, é 
o papel do pai, cuja autorias, destinada a formar o futuro cidadão, é colocada no 
centro da vida familiar e por ele exercida com dureza, abarcando cada aspecto da 
vida do filho (desde a moral até os estudos, as letras, a vida social). Para as mulheres, 
porém, a educação era voltada a preparar seu papel de esposas e mães, mesmo se 
depois, gradativamente, a mulher tenha conquistado maior autonomia na sociedade 
romana. O ideal romano da mulher, fiel e operosa, atribui a ela, porém, um papel 
familiar e educativo. 
Os romanos tinham uma mentalidade prática; procuravam alcançar resultados 
concretos adaptando os meios aos fins. Enquanto os gregos julgavam e mediam 
 
todas as coisas pelo padrão da racionalidade, da harmonia ou da proporção, os 
romanos julgavam tudo pelo critério da utilidade ou da eficácia. Por isso os romanos 
sempre consideraram os gregos como um povo visionário e ineficiente, enquanto os 
gregos consideravam os romanos como bárbaros sórdidos, com força de caráter e 
valor militar, mas incapazes de apreciar os aspectos superiores da vida. 
12 EXISTENCIALISMO 
 
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Para o existencialismo a essência humana se constrói na existência concreta. 
O homem nasce sem essência, e somente depois, a partir de sua existência, irá 
construir sua essência como homem. 
Esta essência dependerá da decisão que o homem tomará. Poderá ele 
acomodar-se com os fatos, não correr o risco da liberdade, e assim deixar-se tragar 
pela massa insossa constituída por todos os outros, e assim perder sua identidade, 
assumindo a moral do rebanho. Será então o inautêntico, o nojento, repleto de vícios, 
o homem de "má-fé" que existe como coisa, pois não teve coragem para assumir o 
risco da liberdade. Ou então, o homem poderá assumir o verdadeiro risco da 
liberdade. Assim enfrentará o nada, e a possibilidade da morte, que o fará inicialmente 
sentir-se angustiado perante o fato de que a morte seja o fim de todos os projetos e 
possibilidades, mas depois de encarado tal desafio, ele finalmente se tornará 
autêntico, construindo sua essência como ser humano. 
Assim, para o existencialista, a educação verdadeira é aquela que possibilita o 
homem a construção de sua essência a partir da liberdade. A educação deve 
transformar o homem em ser autêntico, e não em apenas mais um no rebanho. 
Portanto a educação como impositora de normas para a reprodução do sistema não 
serve para o existencialismo, pois transforma o homem em inautêntico, já que o ensina 
a respeitar a moral da aceitação e da submissão. 
http://www.pt.slideshare.net/
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A educação, então, deverá libertar o homem das amarras, permitir a ele que se 
construa como homem dentro do processo histórico, sem que seja condicionado por 
forças que lhe vendam os olhos e que lhe impeça de construir sua existência/essência. 
O homem existencialista é o homem da luta, da coragem, que não tem medo 
do terrível desafio que a liberdade lhe impõe com todo o risco de solidão e angústia. 
A educação deve levar o homem a enfrentar este risco. Aliás, a educação não deve 
levar o homem, pois ele deverá conduzir-se a isso. A educação então deverá lhe abrir 
a possibilidade, talvez lhe mostrar o caminho. E isto só é possível através de uma 
educação libertadora em todos os sentidos. 
Esta educação deverá também mostrar ao homem que a sua liberdade está 
estritamente vinculada à responsabilidade pois o ato responsável do homem também 
é o ato responsável por toda a humanidade. 
13 ESSENCIALISMO 
O essencialismo desconsidera os seres reais considerando-os em seus 
aspectos ideais. O ideal de bondade, justiça, felicidade etc. São ideais que 
transcendem o aspecto natural, isto é, que não é acessível a um conhecimento por 
meio da experiência. A leitura essencialista de mundo se estabelece no período da 
Antiguidade grega, século V a.C. e Idade Média. Para o essencialismo há uma 
substância, uma essência humana que identifica cada espécie e tem por característica 
ser universal, vale dizer, que se dada. Em outras palavras, já nascemos com certa 
potencialidade que deve passar por um trabalho em direção a um fim que seria a 
perfeição. 
O homem, nessa perspectiva é um ser educável. Sua essência é a 
racionalidade. Trata-se, portanto, de uma educação dirigida ao espírito. Podemos 
destacar como principais representantes desta filosofia educacional os filósofos Platão 
(428-347 a.C.), Aristóteles (384324 a.C.), Santo Agostinho, (354-430 d.C.) e Santo 
Tomás de Aquino (1227-1274 d.C.). Na perspectiva essencialista O real constitui uma 
ordem ontológica: tanto o mundo como o homem são vistos como entes/substâncias 
que realizam uma essência. A essência de cada ente contém e define as 
características específicas de cada um, que são universais e comuns a todos os 
indivíduos da mesma espécie. A perfeição de cada ente se avalia pela plenitude de 
realização dessas potencialidades intrínsecas. 
 
Assim sendo, a educação tem características ESSENCIALISTAS quando é 
concebida como processo de atualização da potência da essência humana, mediante 
o desenvolvimento das características específicas contidas em sua substância, 
visando sempre um estágio de plena perfeição e atualização total. 
Nas sociedades tribais, a educação das crianças se dava de forma difusa. Elas 
aprendiam imitando os ofícios dos adultos, tendo assim já a certeza do papel que 
deviam desempenhar quando fossem adultos. Ainda hoje, na sociedade 
contemporânea a educação difusa permanece, embora sob um diferente aspecto. 
O conhecimento técnico, científico, não é passível de ser transmitido por 
imitação, requer metodologia e um processo sistematizado de transmissão e 
avaliação. Este conhecimento tecnicista visa formar profissionais para o mercado de 
trabalho e as exigências do mundo capitalista. 
Porém, não é só nos bancos escolares que se dá a educação. Visto que 
educação não é só um saber técnico, é uma maneira de ver o mundo, de entender a 
sociedade, de exercer o papel de cidadão dentro dela, com direitos e deveres 
conscientes. Não basta se inserir no mercado de trabalho é preciso aprender para a 
vida também. 
A criança se auto educa em todos os ambientes que ela frequenta. Os 
comportamentos de todos os adultos com que ela convive, formam a base da sua 
educação. Constituem os seus valores e complementam a formação da pessoa como 
um todo. 
O educando imita o adulto, principalmente quando tem com ele laços afetivos 
bem estabelecidos e seguros. Por isso a melhor maneira de se ter uma criança bem-
educada e compreendê-la enquanto criança. Se ela se sentir amada, valorizada e 
respeitada, a educação difusa que se dá em casa, soma-se, para complementar seu 
desempenho escolar. 
14 QUATRO IMPORTANTES FILÓSOFOS DA EDUCAÇÃO 
 Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) 
No texto do livro Emile, de Rousseau, é bastante clara a passagem da Filosofia 
da Educação para uma Teoria Educacional, e um Método pedagógico. O pressuposto 
 
básico de Rousseau, quando sua filosofia aborda o tema da educação, era a crença 
na bondade natural do homem, e a atribuição à civilização da culpa de corrompê-lo. 
O modo adequado de educar seria proteger o indivíduo da influência corruptora 
da sociedade, estimulandoadequadamente o desenvolvimento de sua bondade 
natural no processo educativo. Para isto o aluno deveria ser educado com base na 
sua curiosidade e nas suas motivações naturais. Enquanto ao mesmo tempo 
mantendo-se em mente o contexto social no qual o aluno futuramente se integrará. 
Isto somente pode ser conseguido através de um método muito bem 
controlado. 
Método Pedagógico 
Seu método de educação era o de retardar o crescimento intelectual, 
permitindo à criança demonstrar seus próprios interesses em um assunto e fazer suas 
próprias perguntas. No estágio da puberdade a sensibilidade do jovem deveria ser 
educada sem que houvesse qualquer restrição moral em seu ambiente, até os 15 
anos. O objetivo é que o aluno desenvolva plenamente seu Eu natural. Obviamente, 
uma tal educação só seria possível se o aluno fosse totalmente isolado da sociedade 
e não tivesse contato social, senão com seu mestre. O aluno somente entraria na 
sociedade quando a tendência para a socialização surgisse como uma de suas 
necessidades naturais. 
 Herbart: (1776-1841) 
O Ocidente havia quase um século seguia as diretrizes fundamentalista 
Educação propostas pelo filósofo alemão Johann Friedrich Herbart, que teve várias 
gerações de seguidores, a partir da Alemanha. Segundo ele, a ação pedagógica se 
orienta por três procedimentos: o governo, a instrução e a disciplina. 
F www.ebah.
http://www.ebah.com.br/
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http://www.ebah.com.br/
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a) O governo: é a forma de controle da agitação da criança, inicialmente exercido 
pelos pais e depois pelos mestres, com a finalidade de submeter a criança às 
regras do mundo adulto e viabilizar o início da instrução. 
b) A instrução é o principal procedimento da educação e pressupõe o 
desenvolvimento dos interesses. O interesse determina quais as ideias e 
experiências que receberão atenção por parte do indivíduo. Herbart não separa 
a instrução intelectual da instrução moral, pois para ele, uma é condição da 
outra. 
c) Para que a educação seja bem-sucedida é conveniente que sejam estimulados 
o surgimento de múltiplos interesses. 
d) A disciplina é a responsável por manter firme a vontade educada, no caminho e 
propósito da virtude, supondo autodeterminação, que é uma característica do 
amadurecimento moral levando para a formação do caráter que está sendo 
proposta, ao contrário do governo, que é heterônomo e exterior, mais adequado 
ao trato com as crianças pequenas. 
 O Método de Instrução Herbartiano 
Herbart propõe 5 passos formais que favorecem o desenvolvimento da 
aprendizagem do aluno: 
• Preparação: o mestre recorda o que a criança já sabe para que o aluno traga ao 
nível da consciência a massa de ideias necessárias para criar interesse pelos 
novos conteúdos; 
• Apresentação: a partir do concreto, o conhecimento novo é apresentado; 
• Assimilação: o aluno é capaz de comparar o novo com o velho, distinguindo 
semelhanças e diferenças; 
• Generalização: além das experiências concretas, o aluno é capaz de abstrair, 
chegando a conceitos gerais, sendo que esse passo deve predominar na 
adolescência; 
• Aplicação: através de exercícios, o aluno evidencia que sabe usar e aplicar 
aquilo que aprendeu em novos exemplos e exercícios. É deste modo, e somente 
deste modo, que a massa de ideias passa a ter um sentido vital, perdendo o 
aspecto de acumulação de informações inúteis para o indivíduo. 
 
 
Os fatores determinantes de sua influência no pensamento pedagógico foram: 
a) O caráter de objetividade de análise, 
b) A tentativa de psicometria, 
c) O rigor dos passos a serem seguidos para a instrução e a sistematização 
que imprimiu ao seu método. 
d) Para ele, o conhecimento é dado pelo mestre ao aluno, de modo que só 
mais tarde este o aplica a experiências vividas. Sua educação é pela 
instrução, e neste caso, possui um caráter mais intelectualista. 
e) Uma das contribuições mais duradouras de Herbart para a educação é o 
princípio de que a doutrina pedagógica, para ser realmente científica, 
precisa comprovar-se experimentalmente – uma ideia do filósofo 
Immanuel Kant que Herbart desenvolveu. 
f) Surgiram daí as escolas de aplicação, que conhecemos até hoje. Elas 
respondem à necessidade de alimentar a teoria com a prática e vice-
versa, num processo de atualização e aperfeiçoamento constantes. 
Muitas das contribuições de Herbart para a psicologia e a pedagogia 
continuam valiosas, mas seu pensamento e a prática que dele se originou 
no século 19 se tornaram ultrapassados, sobretudo com o aparecimento 
do movimento da escola ativa. O norte-americano John Dewey, por 
exemplo, fez duras críticas à doutrina Herbartiana. 
 John Dewey (1859-1952) 
 
Fonte: www.educarparacrescer.abril.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14.4.1 A CONDUTA HUMANA E A EDUCAÇÃO 
 
Fonte: www.slideplayer.com.br 
 
A análise da relação da conduta humana e a da educação tem três premissas 
basilares e apresenta algumas consequências. 
I. A natureza humana é corrompida ou bárbara. Concepção religiosa da natureza 
humana. Concepção da filosofia do século XVIII. Determinismo spenceriano do 
século XIX. A função do conhecimento, segundo Dewey. Concepção atual da 
natureza humana. Indeterminismo do progresso social ou moral. 
II. A atividade humana é um simples meio para se atingir o bem, que é um fim 
estranho ou superior a atividade. Vida é preparação. Diferentes aspectos dessa 
concepção. Erro de fato e erro de compreensão. Erro de fato: o 
homem é, por sua natureza, passivo; a atividade é um dever. Origem geral 
desse erro: a imperfeita organização social. 
III. Erro de compreensão: concepção inadequada do funcionamento de meios e 
fins na vida humana. Desenvolvimento da teoria de John Dewey a respeito do 
seu verdadeiro funcionamento. Ilustração demonstrativa da inversão que se 
opera, com a explicação da moral tradicional, na ordem real dos fatos. 
Espiritualismo e materialismo, vítimas do mesmo equívoco. 
I. A organização atual da vida justifica esse erro. Exceções: vida infantil, vida de 
alguns homens. Identidade da atividade com o próprio fim da vida. 
II. As regras da conduta humana fluem de princípios eternos e estranhos à 
experiência positiva dos homens. Princípios extra-humanos ou, puramente, 
ideais. Necessidade de fundamentos experimentais para os "princípios" ou 
 
"hipóteses" diretores da moral. Assim, o bem ou a felicidade está na atividade 
presente, dirigida inteligentemente. 
15 MORAL CIENTÍFICA E MORAL TRADICIONAL 
 
Fonte: www.mundodasmensagens.com 
 
Há uma ciência da moral e da conduta humana. E também ela está a passar 
por uma transformação sensível, baseada no estudo objetivo da natureza humana. 
Essa transformação deve impregnar toda a vida da escola, se é que lhe cabe, 
conforme vimos, o papel predominante na formação do homem. Até os dias de hoje a 
conduta humana não se pôde guiar por conceitos positivos e experimentais similares 
aos que caracterizam as demais ciências. E isso por quê? Porque, como em relação 
às ciências naturais quando eram tratadas pelo método da magia, o problema tem 
sido fundado em pressupostos falsos. 
Que era a magia? A sua concepção básica era a mesma da ciência - 
causalidade dos fenômenos. Reputavam-se, porém, misteriosas as causas que 
governavam esses fenômenos e misteriosos os meios de controlá-las. Ainda 
encontramos, nas religiões, vestígios dessa concepção. Para o indiano, a malária que 
lhe mina o organismo, não é causada pelos germes com que o infetam os mosquitos, 
mas pela necessidade, em que se acha, de purgar nesta vida os pecados de vidas 
pregressas. Não há, pois, outro meio de tratar-se, senão pela oração e penitência. 
A essência da magia está aí: o tratamento dos fenômenos naturais como efeitos 
originários de causas misteriosas. Está claro que, enquanto assim pensar,não 
poderão progredir, com aquele indiano, a biologia ou a patologia. Para todo o sempre, 
ele continuará a rezar, a fazer penitência e a ter malária. 
 
Tem sucedido com a Moral uma coisa semelhante. 
 
http://www.mundodasmensagens.com/
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Os moralistas - ao traçarem a ciência do Bem - têm partido do pressuposto de 
que a natureza humana é essencialmente má e que o ideal seria se a pudéssemos 
substituir por qualquer outra coisa. Daí decorre que o reinado da moral ou do bem, 
como os moralistas o concebem, é estranho à natureza humana. Qualquer coisa 
acima ou fora dela, a que temos de conformá-la ou que temos de conquistar com o 
sacrifício dessa pobre natureza. E como uma e outra coisa são mais ou menos 
impossíveis, estamos como estávamos em relação à ciência, no tempo da magia - 
absolutamente incapazes de progresso. Hoje, como ontem, como há vinte e há trinta 
séculos, nós continuamos a pregar, em moral, uma coisa e a fazer outra. E a moral 
que nos devia fazer felizes, apenas nos faz mais infelizes. O estudo recente da 
natureza biológica e social do homem, em bases positivas e científicas, que nos 
deverá dar, afinal, uma ciência da saúde, da eficiência e da felicidade do homem. 
Longe de nós a suposição ingênua de que se irão suprimir da vida as suas 
perplexidades, as suas incertezas e os seus fracassos. Não se irão suprimir, mas 
chegaremos a explicá-los. E tornando-os, desse modo, compreensíveis, torná-los-
emos aproveitáveis para uma crescente reorganização do futuro. A grande 
transformação estará em fazer da conduta moral do homem uma consequência dos 
conhecimentos positivos a que o homem vai chegando em fisiologia e em psicologia. 
Quando chegarmos a conceber o mal como um simples funcionamento anormal 
dos órgãos biossociais do homem - digamos assim -, e tivermos para com ele a 
mesma atitude experimental que temos para com os males físicos, teremos dado o 
primeiro passo para uma ciência moral. 
Em vez da moral "espiritual", isto é, presa a preconceitos imutáveis e eternos, 
uma moral experimental baseada nas conclusões de uma ciência do homem. Na sua 
glorificação da "natureza", o que realmente glorificam são os impulsos, os apetites e 
os desejos - tudo que é mais vulgar e menos pessoal na natureza humana. Submeter-
se às paixões, tornando-se delas miseráveis ou elegantes escravos, a fórmula 
suprema da liberdade. 
Escandalizar os burgueses é o dístico romântico que insculpem em seus 
escudos de Dom Quixotes do prazer. Nunca uma concepção de individualidade foi tão 
limitada e, sobretudo, tão ininteligente. Os grandes burgueses são, pelos menos, 
inteligentes. Na vida eles querem alguma coisa e o querem com força e lucidez, e 
manipulam devidamente os meios, inclusive a moral, para consegui-la. 
 
 MORALIDADE ÉTICA 
 
 
Fonte: www.blog.maxieduca.com.br 
 
Aqueles românticos, vencidos no que desejam, o que, bem possivelmente, 
seria o mesmo que os burgueses, refugiam-se num amor tolo e indiscriminado à 
natureza e aos seus impulsos. Há, porém, um terceiro grupo. É o dos que tomam a 
sério a moral como qualquer coisa estranha às atualidades da vida e à natureza do 
organismo humano. Esses se preocupam com o progresso espiritual de suas almas. 
Com a perfeição interior. Com a análise inquieta dos seus motivos de ação. 
Vivem a perscrutar a natureza íntima de suas ações. 
‘A "vida quotidiana" é para esses homens uma coisa atroz. A vida de ação, de 
negócios, de política - a inconsciência organizada. A vida daqueles apaixonados da 
"natureza", uma degradação sem limites. Vivem fora do mundo. Mas, pelo menos, dir-
se-ia, esses são perfeitos e felizes, esses vingam a maldade e a corrupção dos outros. 
Não é verdade. 
Primeiro, esse grupo confirma os outros dois. É uma razão, às avessas, em 
favor dos outros. Se a vida moral exige que desprezemos a própria vida, exige que a 
renunciemos - de que mais se precisa para provar que ela está errada, está afastada 
de seu objetivo? Segundo, estão longe da pureza imaginada os componentes desse 
terceiro grupo. 
O isolamento mental em que se comprazem, o desprezo que alimentam pela 
vida material, a convicção em que se mantêm de que são os últimos homens de 
espírito em um mundo sórdido de materialistas, fazem brotar em seus corações uma 
qualidade de orgulho de que não têm sequer conhecimento os homens comuns, os 
que viajam na planície. Esse orgulho gera uma inumanidade característica. As 
fórmulas doces do amor dos homens não são percebidas por esses cavalheiros do 
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espírito. Foi tal inumanidade que, em outros tempos, permitiu todos os suplícios e que 
hoje continua a permiti-los sob formas mais sutis e mais encobertas. 
 Analisemos as premissas em que se funda essa moral que faz da vida de cada 
um a tragédia ou a comédia que todos conhecemos e, do mesmo passo, indiquemos 
o que nos pareceria a correção dos seus erros. São três as premissas fundamentais 
da moral tradicional, como foi entendida até os começos deste século. 
 
I. Considerar a natureza humana como qualquer coisa impura e corrompida 
ou bárbara, incapaz de chegar naturalmente a um desenvolvimento feliz. 
II. Considerar a atividade humana em si, não como o bem, mas como 
simples meio de atingir o bem, que era estranho ou superior a essa 
atividade. 
Considerar que as regras da conduta humana fluem de princípios morais 
preconcebidos e estranhos à experiência racional ou positiva. Esses princípios 
I. Se prendem a uma ordem espiritual sagrada, que se não pode modificar 
sem graves prejuízos para os homens. 
Essas três premissas fizeram da vida humana a trama obscura e contraditória 
onde não há lugar para a felicidade, entendida como resultado de um desenvolvimento 
normal e progressivo da individualidade. A confusão que acontece entre as palavras 
Moral e Ética existem há muitos séculos. A própria etimologia destes termos gera 
confusão, sendo que Ética vem do grego “ethos” que significa modo de ser, e Moral 
tem sua origem no latim, que vem de “mores”, significando costumes. 
Esta confusão pode ser resolvida com o esclarecimento dos dois temas, sendo 
que moral é um conjunto de normas que regulam o comportamento do homem em 
sociedade, e estas normas são adquiridas pela educação, pela tradição e pelo 
cotidiano. Durkheim explicava moral como a “ciência dos costumes”, sendo algo 
anterior a própria sociedade. A Moral tem caráter obrigatório. Já a palavra Ética, Motta 
(1984) defini como um “conjunto de valores que orientam o comportamento do homem 
em relação aos outros homens na sociedade em que vive, garantindo, outrossim, o 
bem-estar social”, ou seja, Ética é a forma que o homem deve se comportar no seu 
meio social. 
A Moral sempre existiu, pois, todo ser humano possui a consciência Moral que 
o leva a distinguir o bem do mal no contexto em que vive. Surgindo realmente quando 
 
o homem passou a fazer parte de agrupamentos, isto é, surgiu nas sociedades 
primitivas, nas primeiras tribos. A Ética teria surgido com Sócrates, pois se exigi maior 
grau de cultura. Ela investiga e explica as normas morais, pois leva o homem a agir 
não só por tradição, educação ou hábito, mas principalmente por convicção e 
inteligência. Vásquez (1998) aponta que a Ética é teórica e reflexiva, enquanto a Moral 
é eminentemente prática. Uma completa a outra, havendo um interrelacionamento 
entre ambas, pois na ação humana, o conhecer e o agir são indissociáveis. 
Em nome da amizade, deve-se guardar silêncio diante do ato de um traidor? 
Em situações como esta, os indivíduos se deparam com a necessidade de organizar 
o seu comportamento por normas que se julgam mais apropriadas ou mais dignas de 
ser cumpridas. Tais normas são aceitas como obrigatórias, e desta forma, as pessoas 
compreendem que têm o dever de agir desta ou

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