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TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (FORMULAÇÃO, ESTRUTURAÇÃO)

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Terapia Cognitivo-Comportamental 
Formulação, Método e Estruturação 
Formulação de caso multidimensional 
 
Conceitualização de caso 
 
ESTRUTURAÇÃO NA TCC 
• Coloque-se por um momento no lugar de um paciente que acaba de começar o tratamento. 
Se o paciente estiver se sentindo derrotado por um problema ou oprimido por sua incapacidade de 
superar um sintoma, os métodos de estruturação podem passar uma mensagem poderosa: 
Mantenha-se focado nos problemas-chave e as respostas virão. 
Técnicas eficazes de estruturação intensificam a aprendizagem, mantendo o tratamento bem-
organizado, eficiente e focado. Boas intervenções psicoeducativas, como os exercícios de casa e o 
uso de caderno de terapia, contribuem como elementos importantes para a estrutura da TCC. ⊹ As 
metas gerais da estruturação e da educação são gerar esperança, impulsionar o processo de 
aprendizagem, melhorar a eficácia da terapia e ajudar o paciente a desenvolver habilidades de 
enfrentamento eficazes 
MÉTODOS 
1. Estabelecimento de metas 
Ensinar ao paciente o valor de estabelecer alvos específicos e mensuráveis para a mudança. Educar 
o paciente sobre o estabelecimento eficaz de metas, pode tornar o processo mais suave, 
demandando menos tempo e levando a um melhor resultado. A primeira intervenção de 
estabelecimento de metas é realizada no final da primeira sessão, quando já se avaliou os principais 
problemas, pontos fortes e recursos do paciente. 
As metas devem ser revistas e revisadas a intervalos regulares (pelo menos a cada quatro sessões) 
durante todo o processo de tratamento. Podem surgir novas metas conforme a terapia progride e 
podem ser necessários ajustes nos métodos de tratamento para superar as barreiras que se 
interpõem à conquista das metas. Relacione as metas e as datas em que foram revistas. 
Dicas: 
• Instrua o paciente sobre as técnicas de estabelecimento de metas. 
• Tente evitar metas muito generalizadas e abrangentes que possam ser difíceis de definir ou 
atingir. 
• A formulação de metas desse tipo pode fazer com que o paciente se sinta pior, pelo menos 
temporariamente, se elas parecerem pesadas ou inatingíveis. 
• Seja específico. Oriente os pacientes a escolherem metas que tenham a ver com preocupações 
ou problemas significativos. 
• Escolha metas de curto prazo que você acredite terem probabilidade de serem alcançadas no 
futuro próximo. 
• Desenvolva algumas metas de longo prazo que exijam trabalho mais extensivo na TCC. 
• Tente usar termos que tornem as metas mensuráveis, ajudando-o a medir o progresso. 
 
2. Estabelecimento de agenda 
Ocorre paralelamente ao estabelecimento de metas. É usado para estruturar cada sessão. Os 
pacientes normalmente precisam ser instruídos quanto aos benefícios e métodos de preparar uma 
agenda produtiva. Os tópicos da agenda se relacionam diretamente com as metas gerais da terapia. 
As agendas das sessões devem ajudá-lo a atingir as metas do tratamento. Os tópicos da agenda são 
específicos e mensuráveis. 
Tópicos bem-definidos da agenda podem ser, por exemplo: desenvolver maneiras de enfrentar a 
irritabilidade do chefe, reduzir a procrastinação no trabalho, conferir o progresso com a tarefa de 
casa da semana anterior 
Tópicos vagos exigiriam maior definição ou reformulação, por exemplo: minha depressão; sentir-se 
cansado o tempo todo; minha mãe. 
Os tópicos da agenda podem ser abordados durante uma única sessão, havendo uma probabilidade 
razoável de que se tire algum benefício. Tente ajudar o paciente a selecionar os tópicos, ou redefinir 
os tópicos, de modo que o progresso seja possível em uma única sessão. Se o tópico parecer 
muito grande ou exagerado, pegue uma parte dele para trabalhar na sessão ou refaça o tópico em 
termos que sejam mais manejáveis. 
• Os tópicos da agenda devem conter um objetivo atingível. Em vez de ser simplesmente um item 
de discussão (p. ex., problemas com os filhos, meu casamento, lidar com o estresse). 
• O tópico inclui alguma possível medida de mudança ou leva o terapeuta e o paciente a 
trabalharem em um plano específico de ação (p. ex., o que fazer quanto aos problemas de 
minha filha na escola, discutir menos e dividir algumas atividades com meu marido, reduzir a 
tensão no trabalho). 
• Estrutura demais pode ser algo ruim, se isso bloquear a criatividade, dar um tom mecanicista à 
terapia ou impedir que você e o paciente sigam temas valiosos. 
 
3. Avaliação de sintomas / checagem de sintomas 
Normalmente, pede-se aos pacientes que classifiquem seu grau de depressão, ansiedade ou outros 
estados de humor em uma escala de 0 a 10 pontos, em que 10 é igual ao grau mais alto de 
angústia e 0 é igual a nenhuma angústia. A avaliação do humor dá uma estimativa valiosa do 
progresso, além de acrescentar um item importante de estruturação para a sessão de terapia. 
Revisão detalhada dos sintomas e das mudanças que ocorreram desde a última sessão. 
Um outro método para avaliar os sintomas é administrar uma escala de avaliação como o Inventário 
Beck de Depressão (A. T. Beck et al., 1996), antes de cada sessão, e depois revisar as respostas 
com o paciente. 
4. Ligar as sessões (fazer uma ponte) 
É útil fazer algumas perguntas que ajudarão o paciente a revisar questões ou temas da sessão 
anterior. As tarefas de casa, um dos elementos padrão da estruturação, fazem a ligação entre as 
sessões e mantêm a terapia focada nas questões-chave ou intervenções-chave que fluem por várias 
sessões. 
5. Dar feedback 
Os terapeutas cognitivo-comportamentais se esforçam bastante para dar e solicitar feedback a fim 
de: 
• Ajudar a manter a sessão estruturada; 
• Construir a relação terapêutica; 
• Dar incentivo adequado e corrigir distorções no processamento de informações. 
 
6. Dar compasso às sessões 
Dar compasso às sessões visando o máximo de produtividade ao mesmo tempo em que mantém 
uma excelente relação terapêutica. Achar o momento certo das intervenções de terapia e fazer 
perguntas que moldem efetivamente a estrutura das sessões por meio da prática continuada, do 
role-play, recebendo supervisão de sessões de terapia e assistindo a vídeos de terapeutas 
experientes. 
7. Prescrição das tarefas de casa 
Sua função mais importante é desenvolver habilidades em TCC para lidar com problemas em 
situações reais. Também é usada para dar mais estrutura à terapia, ao fazer da tarefa um item 
rotineiro de agenda para cada sessão e ao servir como uma ponte entre as sessões. Quando as 
tarefas funcionam bem, pode-se fazer uma revisão de questões trabalhadas de modo que o 
aprendizado é reforçado durante a sessão 
8. Uso de ferramentas terapêuticas (recorrentes) 
A PSICOEDUCAÇÃO eficaz durante todo o processo de terapia deve instrumentalizar os pacientes 
com conhecimento que os ajudará a reduzir o risco de recaída. 
MINIAULAS: há ocasiões nas sessões em que breves explicações e ilustrações de teorias ou 
intervenções da TCC podem ser utilizadas para ajudar o paciente a entender os conceitos. 
MODELO DE EXERCÍCIO: uma boa forma de educar os pacientes quanto aos métodos da TCC é 
escrever um exemplo de um exercício em uma sessão de terapia e ao mesmo tempo explicar como 
o procedimento funciona. 
LEITURAS: livros de autoajuda, apostilas ou outros materiais disponíveis impressos ou na internet 
são frequentemente utilizados na TCC para instruir os pacientes e envolvê-los em exercícios de 
aprendizagem fora das sessões de tratamento. 
CADERNO DE TERAPIA: pode-se organizar em um caderno de terapia os exercícios escritos das 
sessões, tarefas de casa, apostilas, escalas de avaliação, anotações sobre insights importantes e 
outros materiais escritos ou impressos.

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