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15 - Avaliação Educacional

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Prof. Hélcio Cardoso 
 Aula 09 
 
1 de 61| www.direcaoconcursos.com.br 
Legislação Educacional e Conhecimentos Pedagógicos (CURSO REGULAR) 
Aula 09 – Avaliação Educacional 
 
Legislação Educacional e Conhecimentos 
Pedagógicos (Curso Regular) 
 
Prof. Hélcio Cardoso 
Prof. Hélcio Cardoso 
 Aula 09 
 
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Legislação Educacional e Conhecimentos Pedagógicos (CURSO REGULAR) 
Sumário 
 
SUMÁRIO 2 
APRESENTAÇÃO 3 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS 4 
AFINAL, O QUE É AVALIAÇÃO? 4 
QUAIS SÃO AS FUNÇÕES E MODALIDADES DA AVALIAÇÃO? 10 
FUNÇÕES DA AVALIAÇÃO 12 
MODALIDADES DE AVALIAÇÃO 12 
Avaliação Diagnóstica 12 
Avaliação Formativa 13 
Avaliação Somativa 14 
AVALIAÇÃO MEDIADORA 16 
QUAIS SÃO OS NÍVEIS DE AVALIAÇÃO? 18 
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM 18 
Tarefas da Avaliação da Aprendizagem Escolar 19 
Funções da Avaliação da Aprendizagem Escolar 19 
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 20 
AVALIAÇÃO DE LARGA ESCALA (EXTERNA) 21 
Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) 22 
QUESTÕES COMENTADAS PARA FIXAÇÃO DO CONTEÚDO 28 
QUESTÕES ANALISADAS NA AULA (SEM COMENTÁRIOS) 46 
QUESTÕES PARA FIXAÇÃO DO CONTEÚDO (SEM COMENTÁRIOS) 50 
GABARITO DAS QUESTÕES ANALISADAS NA AULA TEÓRICA 58 
GABARITO DAS QUESTÕES PARA FIXAÇÃO 59 
RESUMO DIRECIONADO 60 
 
 
 
 
 
Prof. Hélcio Cardoso 
 Aula 09 
 
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Legislação Educacional e Conhecimentos Pedagógicos (CURSO REGULAR) 
APRESENTAÇÃO 
Salve, amig@s! Na aula de hoje estudaremos “Avaliação Educacional”, tema que é bastante cobrado pelas 
bancas de concursos público da área da Educação. Portanto, reforço aqui que você deve continuar firme na missão, 
pois o seu concorrente não dorme! 😅 “Vamos que vamos!” #TMJ 💪 
Para conseguirmos cumprir o nosso propósito pedagógico, utilizamos diversas obras como referência, as 
principais foram: “Avaliação da Aprendizagem Escolar: estudos e proposições”, 22.ª edição (2013), de Cipriano 
Luckesi; “Didática”, 2.ª edição (2017), de José Carlos Libâneo; “Avaliação Mediadora: uma relação dialógica 
na construção do conhecimento”, 35.ª edição (2019), de Jussara Hoffmann; “Didática Geral”, 23.ª edição 
(2004), de Claudino Piletti; e “Educação Escolar: políticas, estruturas e organização”, 10.ª edição (2012), de 
Libâneo, Oliveira e Toschi. 
Ademais, nossa aula vem organizada no seguinte formato: 
 Parte teórica esquematizada recheada com “questões para análise”, que visam preparar @ 
concurseir@ não só para a fixação do conteúdo, mas também a analisar de forma crítica como as bancas 
trabalham com os assuntos em forma de questões. 
 Questões comentadas das principais bancas de Concurso Público, “para fixação do conteúdo” 
estudado na aula de teoria esquematizada. 
 Lista de “questões para análise”, sem comentários, para exercitar e revisar. 
 Lista de “questões para fixação do conteúdo”, sem comentários, para exercitar e revisar. 
 Gabarito das “questões para análise” e das “questões para fixação do conteúdo”. 
 Resumo Direcionado, que servirá de apoio para a revisão dos principais pontos da aula. 
Não esqueça de seguir-me nas redes sociais! 😉 
 https://instagram.com/prof.helciocardoso?igshid=1bgv6agjil2m 
 
 https://www.youtube.com/channel/UCDWJUWTxEvZmpLTZnlTZGeA 
 
 https://www.facebook.com/helcio.cardoso.146 
 
 
Feita a breve apresentação da aula, vamos ao que mais interessa. Aos estudos! 🤓📖 
 
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Prof. Hélcio Cardoso 
 Aula 09 
 
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Legislação Educacional e Conhecimentos Pedagógicos (CURSO REGULAR) 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
O tema avaliação tem sido alvo de intensas discussões e teorizações, com vistas a apresentar subsídios para 
que professores e escolas possam ter parâmetros mais concretos para direcionar sua prática 
educativa/institucional. 
Nesse contexto, as bancas de concurso público têm feito muitas cobranças sobre o tema avaliação (tanto a 
da aprendizagem, quanto a institucional e a em larga escala). Sendo assim, temos que – na condição de 
concurseir@s – ter conhecimentos sobre conceitos, funções, modalidades e níveis da avaliação. 
Inicialmente, é isso! Precisamos dominar as bases (cobradas em prova) sobre a avaliação. Porém, isso não 
deve ser motivo de preocupação para vocês, car@s amig@s! Além de não ser um tema complexo, as questões 
não costumam ser elaboradas em níveis difíceis. Portanto, fiquem tranquilos e embarquem comigo! 
 
AFINAL, O QUE É AVALIAÇÃO? 
De início, vamos recorrer a alguns conceitos de avaliação na visão de diferentes (e reconhecidos) autores. 
Segundo Piletti (2004), avaliação é um processo contínuo de pesquisas que visa interpretar os 
conhecimentos, habilidades e atitudes dos alunos, tendo em vista mudanças esperadas no comportamento – 
propostas nos objetivos – a fim de que haja condições de decidir sobre alternativas do planejamento do trabalho 
do professor e da escola como um todo. 
Com base nessa abordagem, a avaliação não é um fim, mas um meio. Ela é um meio que permite verificar 
até o que ponto os objetivos estão sendo alcançados, identificando os alunos que necessitam de atenção individual 
e reformulando o trabalho com a adoção de procedimentos que possibilitem sanar as deficiências identificadas. 
Considerando o pensamento de Haydt (2011), a avaliação é um processo de coleta e análise de dados, tendo 
em vista verificar se os objetivos propostos foram atingidos. Para a autora, no âmbito escolar, a avaliação se 
realiza em vários níveis: do processo ensino-aprendizagem, do currículo, do funcionamento da escola como um 
todo. 
De acordo com as ideias de Libâneo (2017), por meio da avaliação os resultados que vão sendo obtidos no 
decorrer do trabalho conjunto do professor e dos alunos são comparados com os objetivos propostos, a fim de 
constatar progressos, dificuldades, e reorientar o trabalho para as correções necessárias. 
Veja que a construção conceitual de Haydt, Piletti e Libâneo se aproximam bastante. Para esses autores a 
avaliação possui como um de seus principais aspectos ao levantamento de informações para a verificação do 
cumprimento dos objetivos educacionais propostos. 
Agora que conhecemos o núcleo central do conceito de avaliação, vamos adentrar um pouco mais em 
algumas especificidades. Para isso, partiremos da abordagem do professor Cipriano Luckesi, um dos mais 
cobrados autores em questões de prova de concurso público. 
Para Luckesi (2002), avaliar é o ato de diagnosticar uma experiência, tendo em vista reorienta-la para 
produzir o melhor resultado possível; por isso, não é classificatória nem seletiva; ao contrário, é diagnóstica e 
inclusiva. 
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Diferentemente, o ato de examinar é classificatório e seletivo e, por isso mesmo, excludente, já que não 
se destina à construção do melhor resultado possível; tem a ver, sim, com a classificação estática do que é 
examinado. 
Sendo assim, Luckesi conclui que o ato de avaliar tem seu foco na construção dos melhores resultados 
possíveis, enquanto o de examinar está centrado no julgamento de aprovação ou reprovação. Por suas 
características e modos de ser, são atos praticamente opostos; no entanto, professores e professoras, em sua 
prática escolar cotidiana, não fazem essa distinção e, deste modo, praticam exames como se estivessem 
praticando avaliação. 
Outra diferenciação importante, porém, no mesmo sentido, é a feita entre avaliação e verificação. A 
avaliação, diferentemente da verificação, envolve um ato que ultrapassa a obtenção da configuração do objeto, 
exigindo decisão do que fazer ante ou com ele. A verificação é uma ação que “congela” o objeto; a avaliação, por 
sua vez,direciona o objeto numa trilha dinâmica de ação. (Luckesi, 2013). 
Na prática da aferição do aproveitamento escolar, os professores realizam, basicamente, três procedimentos 
sucessivos: 
 medida do aproveitamento escolar; 
 transformação da medida em nota ou conceito; 
 utilização dos resultados identificados. 
Nessa perspectiva, a prática educacional brasileira opera, na quase totalidade das vezes, com verificação e 
não com avaliação da aprendizagem. Por isso, tem sido incapaz de retirar do processo de aferição as 
consequências mais significativas para a melhoria da qualidade e do nível de aprendizagem dos educandos. 
A aferição da aprendizagem escolar é utilizada, na quase totalidade das vezes, para classificar os alunos 
em aprovados ou reprovados. E nas ocasiões em que se possibilita uma revisão dos conteúdos, em si, não é para 
proceder a uma aprendizagem ainda não realizada ou ao aprofundamento de determinada aprendizagem, mas 
sim para “melhorar” a nota do educando e, com isso, aprová-lo. 
No que se refere a atribuição de notas e conceitos, é verdade que a avaliação é um diagnóstico que pode ser 
registrado em forma de nota (porém você precisa ter clareza de que nota não é avaliação). No entanto, na prática 
escolar cotidiana e corriqueira, ela é tomada como avaliação, embora, de fato, não represente a avaliação da 
aprendizagem em si, mas tão-somente o registro da experiência de aprendizagem do aluno. (Luckesi, 2002) 
Dessa feita, o uso do conceito e da prática de “notas” na escola como equivalente de avaliação é outro ponto 
de representação social dos educadores no contexto do tema avaliação. A nota esconde nela mesma o seu 
verdadeiro significado, que não vem à tona num primeiro momento, em razão de nosso comprometimento com 
o significado costumeiro de que nota e avaliação são conceitos que se equivalem, quando, de fato, isto não 
acontece. 
Cabe ressaltar ainda que a avaliação da aprendizagem escolar adquire seu sentido na medida em que se 
articula com um projeto pedagógico e com seu consequente projeto de ensino. A avaliação, tanto no geral 
quanto no caso específico da aprendizagem, não possui uma finalidade em si; ela subsidia um curso de ação que 
visa construir um resultado previamente definido. (Luckesi, 2013) 
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Para o sucesso de uma ação educativa é necessária uma prática avaliativa intencional e planejada, ou seja, 
exige-se cuidados metodológicos na proposição dos atos avaliativos, na seleção dos instrumentos que permitirão 
coletar os dados necessários para a avaliação; exige-se cuidados metodológicos na construção dos instrumentos, 
na sua aplicação, assim como na leitura dos resultados obtidos e na reorientação das atividades. (Luckesi, 2009) 
Ainda seguindo a linha de Luckesi (2000), temos que a prática da avaliação da aprendizagem, para 
manifestar-se como tal, deve apontar para a busca do melhor de todos os educandos, por isso é diagnóstica, e 
não voltada para a seleção de uns poucos, como se comportam os exames. 
Luckesi entende que, por si, a avaliação é inclusiva e, por isso mesmo, democrática e amorosa. Por ela, por 
onde quer que se passe, não há exclusão, mas sim diagnóstico e construção. Não há submissão, mas sim liberdade. 
Não há medo, mas sim espontaneidade e busca. Não há chegada definitiva, mas sim travessia permanente, em 
busca do melhor. 
Nesse sentido, o ato de avaliar também exige entrega à construção da experiência satisfatória do educando. 
A entrega ao desejo de que o educando cresça e se desenvolva possibilita ao educador o envolvimento com o 
processo do educando, estando sempre atento às suas necessidades. Sendo assim, a avaliação só nos propiciará 
condições para a obtenção de uma melhor qualidade de vida se estiver assentada sobre a disposição para acolher, 
pois é a partir daí que podemos construir qualquer coisa que seja. (Luckesi, 2013) 
Por fim, noutro sentido, cabe destacar a compreensão de Vasconcellos (2013), que entende que o professor, 
em geral, espera sugestões, propostas, orientações para sua prática; muitos gostam até de algumas “receitas” (as 
quais sabemos que não existe, considerando a complexidade da tarefa educativa). 
Se temos clareza da não existência de “modelos prontos e acabados”, entendemos igualmente que é 
necessário ao educador desenvolver um método de trabalho, para não ficar escravo das técnicas e procedimentos, 
os quais variam muito a depender da teoria/autor a ser considerado1. 
 
QUESTÕES PARA ANÁLISE 
I. (COTEC - 2020 - Prefeitura de São Francisco/MG - Pedagogo) - Q1326159 
Avaliar é o ato de diagnosticar uma experiência, tendo em vista reorientá-la para produzir o melhor resultado 
possível. Sobre a avaliação da aprendizagem, é CORRETO afirmar que: 
A) As notas e os conceitos, na avaliação da aprendizagem, expressam exatamente quanto o aluno aprendeu. 
B) As provas, os trabalhos, as maquetes e os seminários não são instrumentos utilizados para aferir a 
aprendizagem dos alunos. 
C) A avaliação deve ser usada como mero instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem no qual se 
encontra o aluno. 
D) A avaliação da aprendizagem adquire sentido quando se articula com o projeto político-pedagógico e com o 
plano de aula. 
 
1 Avaliação por objetivos, reguladora, diagnóstica, formativa, somativa, emancipatória, operatória, mediadora, construtivista, 
aprendizagem assistida por avaliação, dialética-libertadora, dialógica, de 4.ª geração (por negociação), por competências etc. 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/ef77e549-d0
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E) Os processos avaliativos dificultam a compreensão do estágio de aprendizagem no qual se encontram os alunos. 
COMENTÁRIO: 
Esta questão exige que identifiquemos, entre os itens, aquele que identifica corretamente uma concepção de 
avaliação. Vejamos cada uma das alternativas: 
A) As notas e os conceitos, na avaliação da aprendizagem, expressam exatamente quanto o aluno aprendeu. 
Errada! A avaliação é um diagnóstico que pode ser registrado em forma de nota, porém notas e conceitos não são a 
avaliação, vale dizer, não expressam exatamente quanto o aluno aprendeu. 
B) As provas, os trabalhos, as maquetes e os seminários não são instrumentos utilizados para aferir a 
aprendizagem dos alunos. 
Errada! As provas, os trabalhos, as maquetes e os seminários são sim instrumentos utilizados para aferir a 
aprendizagem dos alunos. 
C) A avaliação deve ser usada como mero instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem no qual se 
encontra o aluno. 
Errada! Embora a avaliação objetive a compreensão do estágio de aprendizagem no qual se encontra o aluno, ela não 
se reduz a um “mero instrumento”. Entendida como algo bem mais amplo, a avaliação é o ato de diagnosticar uma 
experiência, tendo em vista reorienta-la para produzir o melhor resultado possível. 
D) A avaliação da aprendizagem adquire sentido quando se articula com o projeto político-pedagógico e com o 
plano de aula. 
Certa! Luckesi ensina que a avaliação da aprendizagem escolar adquire seu sentido na medida em que se articula com 
um projeto pedagógico e com seu consequente projeto de ensino (que engloba o plano de aula). 
E) Os processos avaliativos dificultam a compreensão do estágio de aprendizagem no qual se encontram os alunos. 
Errada! Na verdade, os processos avaliativos viabilizam a compreensão do estágio de aprendizagem no qual se 
encontram os alunos. 
GABARITO: alternativa “D” 
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
II. (FUNDATEC - 2020 - Prefeiturade Santo Augusto/RS - Professor I) - Q1288027 
Para Luckesi, a avaliação só nos propiciará condições para a obtenção de uma melhor qualidade de vida se estiver 
assentada sobre a disposição para _______________, pois é a partir daí que podemos construir qualquer coisa que 
seja. 
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do trecho acima. 
A) classificar 
B) segmentar 
C) acolher 
D) rotular 
E) hierarquizar 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/6e99c96f-bd
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COMENTÁRIO: 
Esta questão exige que identifiquemos, entre os itens, aquela que preenche corretamente a lacuna, de acordo com 
a concepção de avaliação na visão de Luckesi. Vejamos: 
Nas exatas palavras do referido autor, a avaliação só nos propiciará condições para a obtenção de uma melhor 
qualidade de vida se estiver assentada sobre a disposição para acolher, pois é a partir daí que podemos construir 
qualquer coisa que seja. 
As demais alternativas se opõem à ideia de Luckesi. 
GABARITO: alternativa “C” 
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
III. (IBADE - 2020 - Prefeitura de Linhares - ES - Professor de Educação Básica II - Artes) - Q1162471 
A ação educativa exige uma prática avaliativa intencional e planejada, ou seja, exige cuidados metodológicos na 
proposição dos atos avaliativos, na seleção dos instrumentos que permitirão coletar os dados necessários para a 
avaliação; exigirão cuidados metodológicos na construção dos instrumentos, na sua aplicação, assim como na 
compreensão dos resultados obtidos e, principalmente, na; 
A) aprovação dos alunos. 
B) comparação entre os estudantes. 
C) reorientação das atividades. 
D) aplicação de novos testes. 
E) reação psicológica dos discentes. 
 
COMENTÁRIO: 
Esta questão exige conhecimentos sobre a prática avaliativa, na visão do professor Cipriano Luckesi. Vejamos as 
palavras do referido autor sobre a ação educativa: 
 Assim sendo, a ação planejada exige uma prática avaliativa intencional e planejada, ou 
seja, exige cuidados metodológicos na proposição dos atos avaliativos, na seleção dos 
instrumentos que permitirão coletar os dados necessários para a avaliação; exigirão 
cuidados metodológicos na construção dos instrumentos, na sua aplicação, assim como 
na leitura dos resultados obtidos e na reorientação das atividades. 
Com base nas próprias palavras do autor – no artigo “Planejamento, execução e avaliação” – podemos identificar 
que a “letra C” é a única alternativa correta. 
GABARITO: alternativa “C” 
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
Vejamos agora uma compreensão sobre avaliação do ponto de vista da legislação educacional. 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/559a6490-84
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Conforme o documento do MEC (1997) intitulado “Introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais”, a 
avaliação não se restringe ao julgamento de sucessos ou fracassos do aluno. Nessa abordagem, a avaliação: 
 É compreendida como um conjunto de atuações que tem a função de alimentar, sustentar e orientar a 
intervenção pedagógica; 
 Acontece contínua e sistematicamente por meio da interpretação qualitativa do conhecimento construído pelo 
aluno; 
 Possibilita conhecer o quanto ele se aproxima ou não da expectativa de aprendizagem que o professor tem em 
determinados momentos da escolaridade, em função da intervenção pedagógica realizada. 
Conforme o referido documento, a avaliação das aprendizagens só pode acontecer se forem relacionadas 
com as oportunidades oferecidas, isto é, analisando a adequação das situações didáticas propostas aos 
conhecimentos prévios dos alunos e aos desafios que estão em condições de enfrentar. 
A avaliação subsidia o professor com elementos para uma reflexão contínua sobre a sua prática, sobre a 
criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou 
reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem individual ou de todo grupo. 
Para o aluno, a avaliação é o instrumento de tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades e 
possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender. Para a escola, possibilita definir 
prioridades e localizar quais aspectos das ações educacionais demandam maior apoio. 
Pronto! Estudados os primeiros aspectos conceituais da avaliação, vamos analisar questões. Força aí, 
amig@! 
 
QUESTÕES PARA ANÁLISE 
IV. (Nosso Rumo - 2020 - Prefeitura de Itanhaém - SP - Professor de Educação Básica II) - Q1608960 
A respeito da avaliação, assinale a alternativa correta. 
A) A avaliação, quando se restringe ao julgamento sobre sucessos ou fracassos do aluno, é compreendida como 
um conjunto de atuações que tem a função de alimentar, sustentar e orientar a intervenção pedagógica. 
B) Acontece contínua e sistematicamente por meio da interpretação quantitativa do conhecimento construído 
pelo aluno. Possibilita conhecer o quanto ele se aproxima ou não da expectativa de aprendizagem que o professor 
tem em determinados momentos da escolaridade. 
C) A avaliação das aprendizagens só pode acontecer se forem relacionadas com as oportunidades oferecidas, isto 
é, analisando a adequação das situações didáticas propostas aos conhecimentos prévios dos alunos e aos desafios 
que estão em condições de enfrentar. 
D) Para o professor, a avaliação possibilita definir prioridades e localizar quais aspectos das ações educacionais 
demandam maior apoio, para que este possa agir em seu favor. 
E) Para a escola, a avaliação é o instrumento de tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades e 
possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender. 
 
COMENTÁRIO: 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/228071ad-09
Prof. Hélcio Cardoso 
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Esta questão exige que identifiquemos a alternativa correte sobre avaliação. Vajamos cada uma das alternativas: 
A) A avaliação, quando se restringe ao julgamento sobre sucessos ou fracassos do aluno, é compreendida como 
um conjunto de atuações que tem a função de alimentar, sustentar e orientar a intervenção pedagógica. 
Errada! A avaliação, ao não se restringir ao julgamento sobre sucessos ou fracassos do aluno, é compreendida como 
um conjunto de atuações que tem a função de alimentar, sustentar e orientar a intervenção pedagógica. 
B) Acontece contínua e sistematicamente por meio da interpretação quantitativa do conhecimento construído 
pelo aluno. Possibilita conhecer o quanto ele se aproxima ou não da expectativa de aprendizagem que o professor 
tem em determinados momentos da escolaridade. 
Errada! Acontece contínua e sistematicamente por meio da interpretação qualitativa do conhecimento construído pelo 
aluno. Possibilita conhecer o quanto ele se aproxima ou não da expectativa de aprendizagem que o professor tem em 
determinados momentos da escolaridade. 
C) A avaliação das aprendizagens só pode acontecer se forem relacionadas com as oportunidades oferecidas, isto 
é, analisando a adequação das situações didáticas propostas aos conhecimentos prévios dos alunos e aos desafios 
que estão em condições de enfrentar. 
Correta, nos termos extados do documento do MEC: Introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais. 
D) Para o professor, a avaliação possibilita definir prioridades e localizar quais aspectos das ações educacionais 
demandammaior apoio, para que este possa agir em seu favor. 
Errada! Para a escola, a avaliação possibilita definir prioridades e localizar quais aspectos das ações educacionais 
demandam maior apoio. 
E) Para a escola, a avaliação é o instrumento de tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades e 
possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender. 
Errada! Para o aluno, a avaliação é o instrumento de tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades e 
possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender 
GABARITO: alternativa “C” 
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
 
QUAIS SÃO AS FUNÇÕES E MODALIDADES DA 
AVALIAÇÃO? 
Como vimos, a avaliação envolve um processo maior do que lançar notas, quantificar erros e acertos. Ao 
invés disso, deve ser considerada como um meio para que os agentes envolvidos no processo educativo tomem 
conhecimento dos pontos fortes e fracos gerados durante o processo; e, assim, possam se utilizar dos meios 
necessários para uma intervenção qualitativa. 
Avançando, temos que – nos dizeres prescritos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais Gerais da Educação 
Básica – do ponto de vista teórico, muitas são as formulações que tratam da avaliação. De acordo com o referido 
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documento, no ambiente educacional, a avaliação compreende três dimensões básicas: 1) avaliação da 
aprendizagem; 2) avaliação institucional interna e externa; e 3) avaliação de redes de Educação Básica. 
Vejamos como isso já foi cobrado em prova. 
 
QUESTÕES PARA ANÁLISE 
V. (GUALIMP - 2020 - Prefeitura de Quissamã - RJ - Professor - Supervisor Educacional) - Q1329145 
De acordo com as Diretrizes para Educação Básica a avaliação no ambiente educacional compreende 3 (três) 
dimensões básicas: 
I. Avaliação da aprendizagem. II. Avaliação de redes de educação básica. III. Avaliação institucional interna e 
externa. 
Estão CORRETAS: 
A) I e II, apenas. 
B) I e III, apenas. 
C) I, II e III, todos. 
D) II e III, apenas. 
 
COMENTÁRIO: 
Esta questão exige que identifiquemos quais dos itens apresentados corresponde às dimensões da avaliação, 
segundo os termos dos PCN Gerais para a Educação Básica. Vejamos a previsão do referido documento: 
 Do ponto de vista teórico, muitas são as formulações que tratam da avaliação. No 
ambiente educacional, ela compreende três dimensões básicas: 
 I – avaliação da aprendizagem; 
 II – avaliação institucional interna e externa; 
 III – avaliação de redes de Educação Básica. 
Conforme o exposto, todos os itens correspondem às dimensões de avaliação, nos termos dos PCN Gerais para a 
Educação Básica. 
GABARITO: alternativa “C” 
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
Percebam que as fontes de cobrança das bancas são muito diversificadas. Por isso, na medida do possível, 
estou trazendo informações de diferentes referenciais para que você não seja surpreendido em uma eventual 
questão de prova. 
Vamos em frente, querid@s! 
 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/88c96f4a-d1
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Funções da Avaliação 
As funções da avaliação foram e ainda são objeto de estudo de diversos autores. Uma das mais importantes 
contribuições nesse sentido foi dada por Benjamin Bloom (1913 - 1999), que identificou as funções analítica, 
controladora e classificatória. Tais funções deram origem às conhecidas modalidades de avaliação: diagnóstica 
(função analítica); formativa (função controladora); e somativa (função classificatória). 
 
Modalidades de Avaliação 
Passaremos agora a estudar as modalidades de avaliação baseadas nas funções acima referidas. Vamos lá. 
Força e foco! 
 
Avaliação Diagnóstica 
Segundo Piletti (2004), a avaliação diagnostica é utilizada para verificar os pré-requisitos, aptidões, 
conhecimentos, interesses e particularidades que os alunos possuem. Nesse sentido, o autor conclui que a função 
analítica/diagnóstica: 
 
Indica-se essa modalidade de avaliação para ser utilizada no início de uma unidade, semestre ou ano letivo, 
visto que ela demonstra a posição em que o aluno se encontra. 
Vejamos como isso já foi cobrado em prova. 
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QUESTÕES PARA ANÁLISE 
VI. (Avança SP - 2020 - Prefeitura de Louveira - SP - Professor Ensino Básico) - Q1610780 
“Apresenta indicações sobre conhecimentos, aptidões, interesses (ou outras qualidades do aluno). Determina a 
posição dos alunos no início de uma unidade de ensino, período ou ano, além das causas subjacentes de dificuldade 
de aprendizagem”. O tipo de avaliação descrito acima é o seguinte: 
A) Diagnóstica. 
B) Incongruente. 
C) Simétrica por comparação. 
D) Cooperativa. 
E) Crítica. 
 
COMENTÁRIO: 
Esta questão exige que identifiquemos, entre os itens, aquele que identifica corretamente o conceito mencionado 
no comando. Vejamos: 
A avaliação utilizada para verificar os pré-requisitos, aptidões, conhecimentos, interesses e particularidades que 
os alunos possuem, é a diagnóstica. Indica-se esta modalidade de avaliação para ser utilizada no início de uma 
unidade, semestre ou ano letivo, visto que ela demonstra a posição em que o aluno se encontra. Além disso, a 
função diagnóstica propõe atividades com vistas a superar as dificuldades/deficiências. 
GABARITO: alternativa “A” 
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
 
Avaliação Formativa 
Na visão de Piletti (2004), a avaliação formativa possui uma função controladora e é indicada para ser 
utilizada ao longo do processo de ensino-aprendizagem. Para o referido autor, são os seguintes os propósitos da 
avaliação formativa: 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/7e62ea58-0d
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Agora, também de forma esquematizada, vejamos a relação entre a função controladora e a avaliação 
formativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação Somativa 
No fim do processo de ensino-aprendizagem, temos a avaliação somativa, que tem uma função 
classificatória, isto é, classifica os alunos no fim de um período, semestre, ano, curso ou unidade, segundo níveis 
de aproveitamento (Piletti, 2004). Essa modalidade de avaliação compreende o ensino como algo quantificável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Para fechar este subtópico com chave de ouro e facilitar ainda mais a sua vida, vejamos um esquema que 
relaciona a função da avaliação à sua modalidade correspondente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agora que conhecemos as modalidades de avaliação e as respectivas funções a elas vinculadas, vamos ver 
como isso já foi cobrado em prova. Vamos juntos! 
 
QUESTÕES PARA ANÁLISE 
VII. (Avança SP - 2020 - Prefeitura de Louveira - SP - Professor Ensino Básico) - Q1610762 
Como se sabe, a avaliação envolve um processo maior do que lançar notas, quantificar erros e acertos. Assinale a 
alternativa que apresenta corretamente o nome da concepção de ensino e aprendizagem que compreende o 
conhecimento como algo quantificável: 
A) Processodiagnóstico. 
B) Processo qualitativo. 
C) Processo investigativo. 
D) Processo classificatório. 
E) Processo formativo. 
 
COMENTÁRIO: 
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Esta questão exige que identifiquemos, entre os itens, aquele que identifica corretamente a concepção de ensino 
e aprendizagem (avaliação) expressa no comando. Vejamos: 
A avaliação somativa – que tem uma função classificatória – classifica os alunos no fim de um semestre, ano, curso 
ou unidade, segundo níveis de aproveitamento. Essa modalidade de avaliação compreende o conhecimento como 
algo quantificável. 
GABARITO: alternativa “D” 
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
 
Avaliação Mediadora 
Conforme leciona Hoffmann (1994), o paradigma de avaliação que se opõe ao modelo sentencioso, 
classificatório é a chamada avaliação mediadora. Para a autora, a avaliação mediadora caracteriza-se por uma 
relação dialógica na construção do conhecimento, privilegiando a feição de mediação sobre a de informação na 
avaliação do aluno e buscando a compreensão da prática avaliativa dos professores. 
Todavia, tanto na avaliação da aprendizagem quanto na avaliação de um curso, a coleta de informações 
acaba tendo por sentido a análise do seu estado atual, rankings classificatórios, apresentação de gráficos 
estatísticos, mas não a implementação de programas que resultem em benefício à escola ou à instituição de ensino 
avaliada. 
Nesse mesmo sentido, a história nos mostra que a sociedade e a escola prezam por demais a reprovação e 
que se vem cultuando essa prática como garantia de manutenção de “uma escola de qualidade”. (Hoffmann, 2004) 
Assim, o professor que não reprova é tido como bonzinho, pouco exigente, em todos os graus de ensino. 
Com a finalidade explícita de aprovar/reprovar, essa prática passou a ser exercida no sentido de classificar entre 
capazes e incapazes, comparar diferenças, estabelecer padrões homogêneos de sucesso e fracasso, para poder 
excluir, obstaculizar processos de aprendizagem, manter na escola apenas os melhores. 
Além disso, vale mencionar, que a avaliação, cujo objetivo é somente classificar, transforma a prática 
educacional em fragmentos de trabalho, em que as atividades avaliativas são solicitadas à medida que os 
conteúdos vão sendo abordados. Nesse processo, o aluno habitua‑se a estudar somente para a prova, sem que 
lhe seja despertada uma real necessidade de aprender. 
Se o aluno é considerado um receptor passivo dos conteúdos que o docente sistematiza, suas falhas, seus 
argumentos incompletos e inconsistentes não são considerados senão algo indesejável e digno de um dado de 
reprovação. (Hoffmann, 1994) 
Contrariamente, se introduzimos a problemática do erro numa perspectiva dialógica e construtivista, então 
o erro é fecundo e positivo, um elemento fundamental à produção de conhecimento pelo ser humano. 
Para muitos docentes antes valia o ensinar. Hoje a ênfase está no aprender. Isso significa uma mudança em 
quase todos os níveis educacionais: currículo, gestão escolar, organização da sala de aula, tipos de atividade e, 
claro, o próprio jeito de avaliar a turma. (Pellegrini, 2008) 
Dito de outro modo, o professor deixa de ser aquele que passa as informações para virar quem, numa 
parceria com crianças e adolescentes, prepara todos para que elaborem seu conhecimento. Em vez de despejar 
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conteúdos em frente à classe, ele agora pauta seu trabalho no jeito de fazer a garotada desenvolver formas de 
aplicar esse conhecimento no dia-a-dia. 
Corrigir para ver se aprendeu reflete o paradigma positivista da avaliação. Refletir a respeito da produção 
de conhecimento do aluno para encaminha-lo à superação, ao enriquecimento do saber significa desenvolver uma 
ação avaliativa mediadora. 
A avaliação mediadora pretende se opor ao modelo do "transmitir-verificar-registrar" e evoluir no sentido 
de uma ação avaliativa reflexiva e desafiadora do educador em termos de contribuir, elucidar, favorecer a troca 
de ideias entre e com seus alunos, num movimento de superação do saber transmitido a uma produção de 
conhecimento enriquecido, construído a partir da compreensão dos fenômenos estudados. 
Nas palavras de Hoffmann (2004): 
É preciso mudar a escola e a sociedade para mudar a avaliação – defendem alguns 
céticos. Não creio. A avaliação é substancialmente reflexão, capacidade única e exclusiva 
do ser humano, de pensar sobre seus atos, de analisá-los, julgá-los, interagindo com o 
mundo e com os outros seres, influindo e sofrendo influências pelo seu pensar e agir. Não 
há tomada de consciência que não influencie a ação. Uma avaliação reflexiva auxilia a 
transformação da realidade avaliada. 
Portanto, avaliação mediadora traz consigo a ideia central de conduzir o educando à construção do 
conhecimento, abandonando as ideias reprodutivistas características da avaliação tradicional e dando lugar a 
reflexão e a consciência, de modo a viabilizar a transformação da realidade. 
Feitas estas importantes considerações sobre avaliação mediadora, vamos analisar como isso é cobrado em 
prova. Avante! 
 
QUESTÕES PARA ANÁLISE 
VIII. (Avança SP - 2020 - Prefeitura de Louveira - SP - Professor de Artes) - Q1610971 
No que se refere à obra de Jussara Hoffmann (Avaliar para Promover), analise os itens a seguir e, ao final, assinale 
a alternativa correta: 
I – Primeiro é preciso mudar a escola e a sociedade para depois mudar a educação. II – A avaliação de um curso só 
terá sentido se for capaz de possibilitar a implementação de programas que resultem em melhorias do curso, da 
escola ou da instituição avaliada. III – Avaliar para reprovar não é indicador da qualidade da escola ou do professor; 
isso só tem sentido dentro de uma perspectiva classificatória e seletiva. 
A) Apenas o item I é verdadeiro. 
B) Apenas o item II é verdadeiro. 
C) Apenas o item III é verdadeiro. 
D) Apenas os itens II e III são verdadeiros. 
E) Nenhum dos itens é verdadeiro. 
 
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COMENTÁRIO: 
Esta questão exige que identifiquemos, entre os itens, aquele(s) que se encontra(m) em conformidade com os 
ensinamentos de Jussara Hoffmann. Analisemos cada um dos itens: 
I – Primeiro é preciso mudar a escola e a sociedade para depois mudar a educação. 
Errado! Para a autora, a avaliação é substancialmente reflexão, capacidade única e exclusiva do ser humano, de 
pensar sobre seus atos, de analisá-los, julgá-los, interagindo com o mundo e com os outros seres, influindo e sofrendo 
influências pelo seu pensar e agir. Em outras palavras, a partir da avaliação é que poderemos mudar a educação e, 
consequentemente, propor mudanças na escola e na sociedade. 
II – A avaliação de um curso só terá sentido se for capaz de possibilitar a implementação de programas que 
resultem em melhorias do curso, da escola ou da instituição avaliada. 
Certo! Para a autora, a coleta de informações, para a avaliação de um curso, não tem por sentido a análise do seu 
estado atual, rankings classificatórios, apresentação de gráficos estatísticos, mas a implementação de programas que 
resultem em benefício à escola ou à instituição de ensino avaliada. 
III – Avaliar para reprovar não é indicador da qualidade da escola ou do professor; isso só tem sentido dentro de 
uma perspectiva classificatória e seletiva. 
Certo! Segundo Hoffmann, ahistória nos mostra que a sociedade e a escola prezam demais pela reprovação e pelo 
culto desta prática como garantia de manutenção de “uma escola de qualidade”. Com a finalidade explícita de 
aprovar/reprovar, tal prática passou a ser exercida no sentido de classificar entre capazes e incapazes, comparar 
diferenças, estabelecer padrões homogêneos de sucesso e fracasso, para poder excluir, obstaculizar processos de 
aprendizagem, manter na escola apenas os melhores. Desse modo, percebemos uma perspectiva classificatória e 
seletiva. 
GABARITO: alternativa “D” 
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QUAIS SÃO OS NÍVEIS DE AVALIAÇÃO? 
Os níveis de avaliação correspondem ao objeto central da ação avaliativa. A depender o escopo da avaliação, 
esta pode ser de maior ou menor abrangência. Em outras palavras, a avaliação poderá ocorrer sobre um único 
indivíduo ou grupo de indivíduos, sobre a escola ou mesmo sobre um nível educacional inteiro. 
Nos deteremos a analisar, daqui para frente, os níveis de avaliação (abrangência da ação avaliativa), que são: 
1) avaliação da aprendizagem; 2) avaliação institucional; e 3) avaliação em larga escala. 
Foco no propósito, hein! Avancemos. 
 
Avaliação da Aprendizagem 
Amig@s, entre os três níveis acima mencionados, a avaliação da aprendizagem, sem dúvida, é o que mais 
é cobrado em questões de prova. No entanto, tudo o que vimos até aqui em nossa aula diz respeito à avaliação da 
aprendizagem. Por isso, neste subtópico, nos deteremos a estudar apenas alguns acréscimos importantes sobre o 
tema. Vamos lá! 
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Como já vimos, a avaliação é uma apreciação qualitativa sobre dados relevantes do processo de ensino e 
aprendizagem que auxilia o professor a tomar decisões sobre o seu trabalho. Os dados relevantes se referem às 
várias manifestações das situações didáticas, nas quais o professor e os alunos estão empenhados em atingir os 
objetivos do ensino. 
Sendo assim, conforme nos ensina Libâneo (2017), podemos definir a avaliação da aprendizagem escolar 
como um componente do processo de ensino que visa, através da verificação e qualificação dos resultados 
obtidos, determinar a correspondência destes com os objetivos propostos e, daí, orientar a tomada de decisões 
em relação às atividades didáticas seguintes. 
Devidamente revisitada a definição de avaliação da aprendizagem, considerando as lições do professor José 
Carlos Libâneo, falaremos a seguir das tarefas inerentes à avaliação da aprendizagem, são elas: a verificação, a 
qualificação e a apreciação qualitativa; e também das funções da avaliação da aprendizagem escolar, quais 
sejam: função pedagógico-didática, função de diagnóstico e função de controle. 
 
Tarefas da Avaliação da Aprendizagem Escolar 
As tarefas da avaliação da aprendizagem são atividades às quais ela se presta realizar para alcançar seus 
objetivos. Com efeito, para que se tenha avaliação, tais atividades necessitam de serem cumpridas. Vejamos 
brevemente o que representa cada uma delas, consoante os ensinamentos de Libâneo: 
 Verificação: coleta de dados sobre o aproveitamento dos alunos, por meio de provas, exercícios e tarefas ou 
de meios auxiliares, como observação de desempenho, entrevistas etc. 
 Qualificação: comprovação dos resultados alcançados em relação aos objetivos e, conforme o caso, atribuição 
de notas ou conceitos. 
 Apreciação qualitativa: avaliação propriamente dita dos resultados, referindo-os a padrões de desempenho 
esperados. 
Notem que a concepção de avaliação de Libâneo, quando adentramos mais a fundo em sua teoria, difere 
significativamente das definições de Luckesi e de Hoffman. Portanto, fique sempre alerta à ideia central de cada 
questão de prova. Normalmente o comando da questão traz a linha de pensamento que a banca está seguindo, 
porém, nem sempre ela faz referência ao autor, por isso você precisa conhecer os principais aspectos da teoria de 
cada autor. 
 
Funções da Avaliação da Aprendizagem Escolar 
As funções da avaliação da aprendizagem caracterizam o papel a que ela se presta, aquilo que a avaliação 
almeja como resultado do ato de avaliar. Sobre tais funções, mais uma vez, recorremos ao magistério do professor 
Libâneo: 
 Função pedagógico-didática: se refere ao papel da avaliação no cumprimento dos objetivos gerais e 
específicos da educação escolar. 
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 Função de diagnóstico: permite identificar progressos e dificuldades dos alunos e a atuação do professor que, 
por sua vez, determinam modificações do processo de ensino para melhor cumprir as exigências dos objetivos. 
 Função de controle: se refere aos meios e à frequência das verificações e de qualificação dos resultados 
escolares, possibilitando o diagnóstico das situações didáticas. 
É importante notar, também neste ponto, que as funções da avaliação trabalhadas por Libâneo são 
diferentes daquelas propostas por Benjamin Bloom (função analítica, função controladora e função classificatória). 
Por isso, peço muita atenção aos termos que eventualmente a questão trouxer, vale dizer, as funções ensinadas 
por Libâneo ou aquelas tradicionais propostas por Bloom. 
Vamos adiante para falar de avaliação institucional. “Vumbora!” 
 
Avaliação Institucional 
Conceitualmente, a avaliação institucional constitui-se como um processo sistemático de discussão 
permanente sobre as práticas vivenciadas na escola, intrínseco à construção da sua autonomia, já que fornece 
subsídios para melhoria e aperfeiçoamento da qualidade do seu trabalho. Essa autonomia não desvincula a 
escola das demais instâncias do sistema, uma vez que a avaliação institucional articula as avaliações, possibilitando 
uma leitura da totalidade das instituições e do sistema (Oliveira et al, 2004). 
Na prática, a avaliação institucional objetiva fazer uma “escaneamento” da situação da escola, envolvendo 
todos os sujeitos, com vistas a negociar patamares adequados de aprimoramento a partir dos problemas concretos 
identificados. 
São algumas das tarefas inerentes à avaliação institucional: 
 Basear-se em um amplo conjunto de dados; 
 Estimular o fluxo de informações em todas as direções; 
 Considerar a realidade educativa da instituição; 
 Refletir os processos de ensino e escolaridade; 
 Desenvolver as avaliações docentes; 
 Melhorar a compreensão da organização e suas práticas; 
 Ser compartilhada com toda a comunidade educativa: técnicos, professores, coordenadores e alunos. 
Vale lembrar que assim como a avaliação da aprendizagem, a institucional também é realizada tanto em 
nível de educação básica quanto superior. Na presente aula estamos dando uma abordagem mais geral a respeito 
do tema, porém, caso o seu concurso necessite de um enfoque mais específico, o trabalharemos em aula 
específica. 
Cabe destacar, ademais, que a avaliação institucional pode ser classificada como interna ou externa. 
A avaliação institucional interna é aquela realizada pela própria comunidade escolar (direção, secretaria, 
coordenação pedagógica, professores, alunos e outros agentes envolvidos escola), normalmente a partir de 
parâmetros previamente discutidos e definidos no Projeto Político Pedagógico. O objetivo desta avaliação é 
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verificar o que está sendo produzido institucionalmente, de modo que se possa reforçar os pontos fortes e corrigir 
eventuais falhas. 
Já a avaliação institucional externa é aquela realizada pelos órgãos responsáveis pelaregulação e 
supervisão da educação, como as secretarias de educação dos estados. Neste caso, o objetivo da avaliação é 
verificar se a instituição escolar está cumprindo com a legislação pertinente e com as suas finalidades 
institucionais. 
Em suma, o que se espera com a avaliação institucional é que o coletivo da escola localize seus problemas, 
suas contradições, reflita sobre eles e estruture situações de melhoria ou superação, demandando condições do 
poder público, mas, ao mesmo tempo, comprometendo-se com melhorias concretas na escola. 
Frise-se, por fim, que uma boa avaliação institucional terá consequências positivas para o ensino e a avaliação 
da aprendizagem em sala de aula, cuja prática é de responsabilidade do professor. 
Vejamos agora a avaliação em larga escala, tema que tem sido bastante explorado pelas bancas de concurso. 
Vamos juntos! 
 
Avaliação de Larga Escala (Externa) 
Amig@s, antes de falarmos mais diretamente sobre avaliação em larga escola, é importante abordamos o 
contexto no qual se desenvolveu essa discussão, pois assim, além de sabermos as definições e as espécies de 
avaliação em larga escala, saberemos também a lógica que envolve tal nível de avaliação. 
Segundo Oliveira (2017), no campo político, os governos Ronald Reagan (Partido Republicano), nos Estados 
Unidos, e Margareth Thatcher (Partido Conservador), na Inglaterra, demarcaram a virada para o neoliberalismo 
de mercado. O papel do Estado foi posto em segundo plano, ao mesmo tempo que se priorizou o livre curso das 
leis de mercado por meio da valorização da iniciativa privada. 
O neoliberalismo de mercado, ao menos conceitualmente, luta contra o estatismo, ou seja, contra o Estado 
máximo, contra o planejamento econômico, contra a regulamentação da economia e contra o chamado 
protecionismo, ao mesmo tempo que se enraíza no mercado mundial, direcionando a construção da nova ordem 
internacional. 
O capital parece ter vida própria e globaliza-se de forma natural e espontânea, indicando os caminhos para 
o progresso e o desenvolvimento de todos os países. Vários organismos multilaterais, como: a Organização das 
Nações Unidas (ONU); o Banco Mundial (BM); o Fundo Monetário Internacional (FMI); a Organização Mundial do 
Comércio (OMC); a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO); a 
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE); a Comissão Econômica para a América 
Latina (CEPAL); entre outros; e, por consequência, nacionais orientam e impõem as políticas governamentais para 
os fins desejados pelo capital transnacional. 
Considerando a identificação dessa lógica, a avaliação em larga escala é um nível de avaliação que visa 
mapear, de forma bem ampla, como se encontra a educação nacional. Trata-se de uma avaliação que se interessa 
pelo panorama geral da educação no Brasil, para verificar se os rumos tomados estão de acordo com as políticas 
governamentais. 
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Os instrumentos de avaliação nacional em curso na política educacional brasileira visam, especificamente, à 
realização de avaliações de diagnóstico – em larga escala, por meio de testes padronizados e questionários 
socioeconômicos – da qualidade do ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro. 
No âmbito dessa prática avaliativa, é possível identificar diversas intencionalidades para com os sistemas 
educacionais, vejamos algumas delas: 
 Formulação e a definição mais adequada de políticas e programas educacionais. 
 Alocação mais justa e pertinente de recursos financeiros aos sistemas e unidades escolares. 
 Competição entre as unidades escolares de modo a valorizar aquelas que obtém os melhores resultados nas 
avaliações nacionais. 
Para efeito de melhor compreensão deste tema, entendo que devemos dispor de dois olhares: um prático e 
outro ideológico. A partir do primeiro (olhar prático), identificaremos o que a avaliação em larga escola quer 
realizar, proporcionar em termos mais práticos. Já o segundo olhar, nos remete a entender o que tem por trás da 
ideia desse nível de avaliação (não esqueça do conceito de neoliberalismo de mercado). Há questões que tratarão 
dos desdobramentos práticos, outras que cobrarão o viés ideológico, e isso, às vezes, poderá causar alguma 
confusão ao candidato (no caso, no seu concorrente. Haha...). Portanto, organize e separe bem essas ideias! 
Pessoal, a seguir vamos falar um pouco sobre como se desenvolveram, no nosso sistema educacional, as 
avaliações em larga escala; e, para isso, recorreremos a dados oficiais e atualizados do Instituto Nacional de 
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). 
Estamos caminhando para o final desta aula, portanto, força aí! 
 
Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) 
Preliminarmente devemos ter em mente que o SAEB foi criado em 1988, desenvolvido pelo INEP, órgão que 
é responsável pela operacionalização das principais avaliações de larga escala. Tal sistema coleta dados sobre 
alunos, professores, diretores de escolas públicas e privadas em todo o Brasil. Na prática, trata-se de um conjunto 
de avaliações realizadas pelo INEP que visam diagnosticar a educação brasileira. 
Para compreendermos o SAEB, faremos – a partir de agora – uma apresentação cronológica de sua evolução, 
desde a primeira aplicação até os dias atuais. Os dados demonstrados a seguir são oficiais e publicados pelo INEP. 
 
1990: primeira aplicação do SAEB. O governo federal passa a buscar conhecer a qualidade da educação básica 
brasileira. 
Público-alvo Abrangência Áreas/Disciplinas 
1.ª, 3.ª, 5.ª e 7.ª séries do Ensino 
Fundamental. 
Escolas Públicas (amostral). 
Língua Portuguesa, Matemática, 
Ciências Naturais e Redação. 
 
 
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1993: a segunda edição do SAEB repete o formato da primeira e permite o aprimoramento dos processos. 
Público-alvo Abrangência Áreas/Disciplinas 
1.ª, 3.ª, 5.ª e 7.ª séries do Ensino 
Fundamental. 
Escolas Públicas (amostral). 
Língua Portuguesa, Matemática, 
Ciências Naturais e Redação. 
 
1995: foi adotada uma nova metodologia de construção do teste e análise de resultados: a Teoria de Resposta 
ao Item (TRI). Dessa forma, passou a ser possível comparar os resultados das avaliações ao longo do tempo. 
Começou, também, o levantamento de dados contextuais por meio de questionários. 
Público-alvo Abrangência Áreas/Disciplinas 
4.ª e 8.ª séries do Ensino 
Fundamental e 3.ª série do Ensino 
Médio. 
Escolas Públicas e Escolas 
Particulares (amostral). 
Língua Portuguesa e Matemática. 
 
1997: a análise do desempenho dos alunos na avaliação foi realizada por meio dos níveis das escalas de 
proficiência. Diversos especialistas das disciplinas avaliadas estabeleceram associações ou relações entre 
momentos dos ciclos escolares (e os desempenhos mínimos ou básicos que a eles correspondiam) e os níveis de 
proficiência da escala. 
Público-alvo Abrangência Áreas/Disciplinas 
4.ª e 8.ª séries do Ensino 
Fundamental e 3.ª série do Ensino 
Médio. 
Escolas Públicas e Escolas 
Particulares (amostral). 
Língua Portuguesa, Matemática e 
Ciências (Física, Química e 
Biologia). 
 
1999: neste ano foram acrescidos testes das disciplinas de geografia e história. 
Público-alvo Abrangência Áreas/Disciplinas 
4.ª e 8.ª séries do Ensino 
Fundamental e 3.ª série do Ensino 
Médio. 
Escolas Públicas e Escolas 
Particulares (amostral). 
Língua Portuguesa, Matemática e 
Ciências Naturais (Física, Química, 
Biologia, Geografia e História). 
 
2001: neste ano o SAEB limitou os testes às disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática. 
Público-alvo Abrangência Áreas/Disciplinas 
4.ª e 8.ª séries do Ensino 
Fundamental e 3.ª sériedo Ensino 
Médio. 
Escolas Públicas e Escolas 
Particulares (amostral). 
Língua Portuguesa e Matemática. 
 
 
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2003: esta edição manteve o formato da edição anterior. 
Público-alvo Abrangência Áreas/Disciplinas 
4.ª e 8.ª séries do Ensino 
Fundamental e 3.ª série do Ensino 
Médio. 
Escolas Públicas e Escolas 
Particulares (amostral). 
Língua Portuguesa e Matemática. 
 
2005: neste ano, o SAEB foi reestruturado (Portaria MEC n. 931/2005). O sistema passou a ser composto por 
duas avaliações: 1Avaliação Nacional da Educação Básica (ANEB), que devido a suas características ficou sendo 
chamada pelo nome do próprio sistema: SAEB; e 2Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (ANRESC), mais 
conhecida como Prova Brasil. 
A ANEB manteve os procedimentos da avaliação amostral (atendendo aos critérios estatísticos de, no 
mínimo, dez estudantes por turma) das redes públicas e privadas, com foco na gestão da educação básica. 
A ANRESC (Prova Brasil) passa a avaliar, de forma censitária, as escolas que atendessem aos critérios de, no 
mínimo, 30 estudantes matriculados na última etapa dos anos iniciais (4.ª série/5.º ano) ou dos anos finais (8.ª 
série/9.º ano) do ensino fundamental de escolas públicas, permitindo gerar resultados por escola. 
Público-alvo Abrangência Áreas/Disciplinas 
4.ª e 8.ª séries do Ensino 
Fundamental e 3.ª série do Ensino 
Médio. 
- Escolas Públicas (ANEB, amostral, 
e ANRESC, censitária). 
- Escolas Particulares (amostral). 
Língua Portuguesa e Matemática. 
 
2007: neste ano, nasce o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). O novo formato, lançado em 
2005, permite ao INEP combinar as médias de desempenho dos estudantes – apuradas no SAEB – com as taxas de 
aprovação, reprovação e abandono – apuradas no Censo Escolar – e, assim, calcular o IDEB. 
O objetivo deste índice é medir a qualidade de cada escola e de cada rede de ensino. Reforço que não se trata 
propriamente de uma prova; seus resultados são calculados com base em dois componentes: 1a taxa de 
rendimento escolar (aprovação) e 2as médias de desempenho nos exames aplicados pelo INEP. Ou seja, avalia se 
o aluno aprendeu, não repetiu de ano e frequentou a sala de aula. 
 
2009 e 2011: nestes anos, mantém-se o formato das últimas edições. 
Público-alvo Abrangência Áreas/Disciplinas 
4.ª e 8.ª séries do Ensino 
Fundamental e 3.ª série do Ensino 
Médio. 
- Escolas Públicas (ANEB, amostral, 
e ANRESC, censitária). 
- Escolas Particulares (amostral). 
Língua Portuguesa e Matemática. 
 
 
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2013: neste ano, entra em foco a alfabetização, passando a compor o SAEB a Avaliação Nacional da 
Alfabetização (ANA), por meio da Portaria MEC n. 482/2013. 
Outra inovação da edição foi a inclusão, em caráter experimental, da avaliação de ciências para estudantes 
do 9.º ano do ensino fundamental. Também foi aplicado, como estudo experimental, um pré-teste de ciências 
naturais, história e geografia, que não gerou resultados para a edição. 
Público-alvo Abrangência Áreas/Disciplinas 
5.º e 9.º ano do Ensino Fundamental. 
- Escolas Públicas (censitária). 
- Escolas Particulares (amostral). 
Língua Portuguesa e Matemática. 
9.º ano do Ensino Fundamental. - Escolas Públicas (amostral). 
Ciências Naturais (sem resultados 
divulgados) 
3.ª e *4.ª série do Ensino Médio 
- Escolas Públicas (amostral). 
- Escolas Particulares (amostral). 
Língua Portuguesa e Matemática. 
* Normalmente, é no ensino médio profissionalizante que há mais de 3 séries. 
 
2015: nesta edição, foi disponibilizada uma plataforma chamada Devolutivas Pedagógicas, a qual aproximou 
as avaliações em larga escala e o contexto escolar. No mais, o sistema seguiu a lógica dos anos anteriores, com 
poucas variações. 
Público-alvo Abrangência Áreas/Disciplinas 
5.º e 9.º ano do Ensino Fundamental. 
- Escolas Públicas (censitária). 
- Escolas Particulares (amostral). 
Língua Portuguesa e Matemática. 
3.ª e 4.ª série do Ensino Médio 
- Escolas Públicas (amostral). 
- Escolas Particulares (amostral). 
Língua Portuguesa e Matemática. 
 
2017: nesta edição, a avaliação tornou-se censitária para a última série do ensino médio das escolas públicas 
e aberta à possibilidade de adesão das escolas privadas que ofertem a referida série. Assim, não só as escolas 
públicas de ensino fundamental, mas também as de ensino médio, públicas e privadas (devido à possibilidade de 
adesão), passaram a ter resultados no SAEB e, consequentemente, no IDEB. 
Público-alvo Abrangência Áreas/Disciplinas 
5.º e 9.º ano do Ensino Fundamental. 
- Escolas Públicas (censitária). 
- Escolas Particulares (amostral). 
Língua Portuguesa e Matemática. 
3.ª e 4.ª série do Ensino Médio 
- Escolas Públicas (censitário). 
- Escolas Particulares (amostral + 
adesão). 
Língua Portuguesa e Matemática. 
 
2019: nesta edição (última realizada até o momento), o SAEB (agora novo SAEB) passou por uma nova 
reestruturação para se adequar à Base Nacional Comum Curricular (BNCC). 
A BNCC torna-se a referência na formulação dos itens do 2.º ano (Língua Portuguesa e Matemática) e do 9.º ano 
do ensino fundamental, no caso dos testes de Ciências da Natureza e Ciências Humanas, aplicados de forma 
amostral. 
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As siglas ANEB, ANRESC e ANA deixaram de existir e todas as avaliações passaram a ser identificadas pelo 
nome SAEB, acompanhado das etapas, áreas de conhecimento e tipos de instrumentos envolvidos. 
A avaliação da alfabetização passa a ser realizada no 2.º ano do ensino fundamental, primeiramente de forma 
amostral. Começa a avaliação da educação infantil, em caráter de estudo-piloto, com aplicação de questionários 
eletrônicos exclusivamente para professores e diretores. Secretários municipais e estaduais também passam a 
responder questionários eletrônicos. 
Público-alvo Abrangência Áreas/Disciplinas 
Creche e Pré-Escola (Educação 
Infantil). 
- Escolas Públicas (amostral) - 
estudo piloto. 
- 
2.º ano do Ensino Fundamental. 
- Escolas Públicas (amostral). 
- Escolas Particulares (amostral). 
Língua Portuguesa e Matemática. 
5.º e 9.º ano do Ensino Fundamental. 
- Escolas Públicas (censitária). 
- Escolas Particulares (amostral). 
Língua Portuguesa e Matemática. 
9.º ano do Ensino Fundamental. 
- Escolas Públicas (amostral). 
- Escolas Particulares (amostral). 
Ciências da Natureza e Ciências 
Humanas. 
3.ª e 4.ª série do Ensino Médio 
- Escolas Públicas (censitário). 
- Escolas Particulares (amostral). 
Língua Portuguesa e Matemática. 
 
Amig@s, este é o panorama atual do SAEB, por isso, você precisa tê-lo bem fixo em sua memória, pois as 
bancas têm cobrado bastante a temática da avaliação em larga escala. Precisamos estar sempre atualizad@s!  
Para finalizar a aula de hoje, precisamos destacar que, além dos exames em larga escala mencionados (os 
quais compõem o SAEB), o Brasil integra o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA). Este é um de 
programa de avaliação comparada, no qual se incluem os países membros da OCDE e países convidados, como 
Brasil, México, Argentina e Chile, cujo objetivo é obter indicadores da efetividade dos sistemas educacionais de 
cada país participante. O PISA é coordenado internacionalmente pela OCDE e, no Brasil, pelo INEP. 
Prontinho! Vamos ver como esse assunto já foi cobrado em provas anteriores. 
 
QUESTÕES PARA ANÁLISE 
IX. (VUNESP - 2019 - SEDUC-SP - Supervisor de Ensino) - Q1041856 
De acordo com Libâneo, Oliveira e Toschi (2012), desde 1990 vêm sendo criados e aplicados exames de âmbito 
federal, dos quais se destacamo Sistema de Avaliação Básica – Saeb (1994), o Exame Nacional de Ensino Médio – 
Enem (1998), o Exame de Certificação de Competências de Jovens e Adultos – Enceja (2002), a Prova Brasil (2005), 
a Provinha Brasil (2007), o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – Ideb. Para eles, os instrumentos de 
avaliação nacional visam a realizações de avaliações em larga escala, por meio de testes padronizados e 
questionários socioeconômicos, para 
A) oferta à população, de comparação entre o desempenho de escolas públicas e privadas. 
B) diagnóstico da qualidade do ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro. 
C) classificação das escolas do país, oferecendo a sua clientela uma referência para escolha 
D) comparação do nível de instrução da mão de obra brasileira com o de outros países. 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/a89e5466-fb
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E) prestação de contas aos financiadores dos programas de melhoria do ensino. 
 
COMENTÁRIO: 
Esta questão nos exige conhecimentos sobre avaliação em larga escala, na visão de Libâneo, Oliveira e Toshi 
(2012). 
Segundo os autores, os instrumentos de avaliação nacional em curso na política educacional brasileira visam, 
especificamente, à realização de avaliações de diagnóstico – em larga escala, por meio de testes padronizados e 
questionários socioeconômicos – da qualidade do ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro. Portanto, 
a alternativa correta é a “letra B”. 
A “comparação entre o desempenho de escolas públicas e privadas”, a “classificação das escolas para oferecer 
uma referência para a clientela”, a “comparação do nível de instrução da mão de obra brasileira com relação a de 
outros países” e a “prestação de contas aos financiadores dos programas de melhoria do ensino”, para os autores, 
não se constituem objetivos para a realização de avaliações em larga escala. 
GABARITO: alternativa “B” 
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
X. (FEPESE - 2018 - Prefeitura de Florianópolis - SC - Administrador Escolar) - Q1292673 
As avaliações em larga escala são externas às instituições escolares avaliadas e abrangem todo o sistema de 
ensino, ou seja, todas as escolas deste sistema que atendam aos requisitos mínimos de participação. São 
planejadas e executadas por agentes externos às escolas. 
Qual órgão, no Brasil, é responsável pela execução das principais avaliações em larga escala? 
A) O MEC, Ministério da Educação, órgão mais importante do governo federal. 
B) A OCDE, Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. 
C) O INEP, autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação. 
D) O PISA, Programa Internacional de Avaliação de Estudantes. 
E) A SENADE, Secretaria Nacional de Avaliação do Desempenho de Estudantes. 
 
COMENTÁRIO: 
Esta questão exige que identifiquemos, entre os itens, aquele que aponta corretamente o órgão responsável, no 
Brasil, pela execução das avaliações de larga escala. 
Nesse sentido, temos que as principais avaliações em larga escala realizadas no Brasil são operacionalizadas pelo 
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). 
GABARITO: alternativa “C” 
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
É isso, pessoal! Aqui finalizamos a parte teórica sobre o tema: Avaliação Educacional. Agora vamos exercitar 
com diversas questões de concursos anteriores. Só venha comigo! 😉 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/d455da52-bf
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Questões Comentadas para Fixação do Conteúdo 
Como de praxe, no presente tópico da aula, trouxemos questões de diversas bancas de concurso. 
Recomendo que você primeiro tente resolver as questões sem comentários e depois volte para a presente seção 
para acompanhar a resolução pelos comentários. 🤓 
1. (VUNESP - 2020 - Prefeitura de Morro Agudo - SP - Professor de Educação Especial) - Q1609978 
Segundo Hoffman, o paradigma da avaliação mediadora se caracteriza por 
A) sentenciar as possibilidades de aprendizagem do aluno. 
B) classificar as aprendizagens dos alunos. 
C) estabelecer relação dialógica na construção do conhecimento. 
D) transmitir-verificar-registrar o conhecimento por parte do professor. 
E) mediar o conhecimento e hierarquizar a aprendizagem. 
 
COMENTÁRIO: 
Vejamos cada uma das alternativas: 
A) sentenciar as possibilidades de aprendizagem do aluno. 
Errada! A avaliação mediadora é o paradigma que se opõe ao modelo sentencioso, classificatório de avaliação. 
B) classificar as aprendizagens dos alunos. 
Errada pela mesma justificativa da alternativa anterior. 
C) estabelecer relação dialógica na construção do conhecimento. 
Certa! Para Hoffmann, a avaliação mediadora caracteriza-se por uma relação dialógica na construção do 
conhecimento, privilegiando a feição de mediação sobre a de informação na avaliação do aluno e buscando a 
compreensão da prática avaliativa dos professores. 
D) transmitir-verificar-registrar o conhecimento por parte do professor. 
Errada! A avaliação mediadora pretende opor-se ao modelo do "transmitir-verificar-registrar" e evoluir no sentido de 
uma ação avaliativa reflexiva e desafiadora do educador. 
E) mediar o conhecimento e hierarquizar a aprendizagem. 
Errada! Na avaliação mediadora não comporta uma hierarquização da aprendizagem. 
GABARITO: alternativa “C” 
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
2. (FUNDATEC - 2020 - Prefeitura de Paraí - RS - Professor - Educação Especial) - Q1329188 
De acordo com Hoffmann, a avaliação mediadora possui os seguintes aspectos, EXCETO: 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/bebc3fdf-0c
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/0cea47a0-d1
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A) Significa ação provocativa do professor, desafiando o educando a refletir sobre as situações vividas, a formular 
e reformular hipóteses, encaminhando-o a um saber enriquecido, acompanhando o “vir a ser”, favorecendo ações 
educativas para novas descobertas. 
B) A avaliação apresenta uma importância social e política fundamental no fazer educativo vinculando-a à ideia de 
qualidade. 
C) Na avaliação mediadora, o professor deve interpretar a prova para saber o que o aluno sabe ou não sabe, para 
separá-lo dos demais alunos que estão mais avançados. 
D) Avaliação qualitativa significa um julgamento mais global e intenso, no qual o aluno é observado como um ser 
integral, colocado em determinada situação relacionada às expectativas do professor e também deles mesmos. 
E) O professor deixa de ser um simples colecionador de elementos quantificáveis e utiliza sua experiência e 
competência analisando os fatos dentro de um contexto de valores, que legitimam sua atitude como educador. 
 
COMENTÁRIO: 
Esta questão exige que identifiquemos, entre os itens, aquele que NÃO caracteriza corretamente o modelo de 
avaliação mediadora, segundo a doutrina de Jussara Hoffmann. Vejamos cada alternativa. 
A) Significa ação provocativa do professor, desafiando o educando a refletir sobre as situações vividas, a formular 
e reformular hipóteses, encaminhando-o a um saber enriquecido, acompanhando o “vir a ser”, favorecendo ações 
educativas para novas descobertas. 
Certa! Neste modelo de avaliação o professor é um mediador entre o educandoe o conhecimento, devendo conduzir o 
aluno à reflexão e à descoberta. Esse processo trabalha com um saber enriquecido pela reflexão-ação. 
B) A avaliação apresenta uma importância social e política fundamental no fazer educativo vinculando-a à ideia de 
qualidade. 
Certa! A avaliação mediadora almeja a transformação da realidade por meio da aquisição do conhecimento e da 
interação com ele. Assim possui fundamental importância política e social, sendo essa ideia um referencial de 
qualidade da educação almejada pela avaliação. 
C) Na avaliação mediadora, o professor deve interpretar a prova para saber o que o aluno sabe ou não sabe, para 
separá-lo dos demais alunos que estão mais avançados. 
Errada! A avaliação mediadora questiona a figura da “prova”, pois entende que o saber deve ser construído em um 
processo e não adquirido e testado de forma quantitativa. Além disso, não há que se falar em separação de alunos 
mais avançados, visto que uma avaliação mediadora não conduz a exclusão, mas sim a inclusão. 
D) Avaliação qualitativa significa um julgamento mais global e intenso, no qual o aluno é observado como um ser 
integral, colocado em determinada situação relacionada às expectativas do professor e também deles mesmos. 
Certa! Por ser uma atividade de reflexão, a avaliação mediadora, cuja abordagem é essencialmente qualitativa, realiza 
uma análise mais ampla (global e intensa), sendo que, nesse “julgamento”, o aluno é observado a partir de 
expectativas do professor e dele próprio. 
E) O professor deixa de ser um simples colecionador de elementos quantificáveis e utiliza sua experiência e 
competência analisando os fatos dentro de um contexto de valores, que legitimam sua atitude como educador. 
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Certa! O papel do professor, na avaliação mediadora, é utilizar de sua experiência e competência para mediar a relação 
do educando com o conhecimento, a partir de um conjunto de valores, os quais legitimam a figura do professor como 
educador. 
GABARITO: alternativa “C” 
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
3. (FUNDATEC - 2020 - Prefeitura de Paraí - RS - Professor - Educação Especial) - Q1329187 
Segundo Hoffmann, para muitos professores, antes valia o ensinar. Hoje a ênfase está no aprender. Isso significa 
uma mudança em quase todos os níveis educacionais, quais sejam: 
I. Currículo. 
II. Gestão Escolar. 
III. Organização da sala de aula. 
Quais estão corretas? 
A) Apenas I. 
B) Apenas II. 
C) Apenas III. 
D) Apenas I e II. 
E) I, II e III. 
 
COMENTÁRIO: 
Vejamos o pensamento de Jussara Hoffmann: 
 Para muitos professores, antes valia o ensinar. Hoje a ênfase está no aprender. Isso significa 
uma mudança em quase todos os níveis educacionais: currículo, gestão escolar, 
organização da sala de aula, tipos de atividade e, claro, o próprio jeito de avaliar a turma. 
Com base nos ensinamentos de Hoffmann, podemos verificar que todos os três itens estão corretos. 
GABARITO: alternativa “E” 
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
4. (GUALIMP - 2020 - Prefeitura de Quissamã - RJ - Professor - Supervisor Educacional) - Q1329136 
De acordo com os estudos de Bloom (1993) a avaliação do processo ensino-aprendizagem, apresenta três tipos de 
funções: diagnóstica (analítica), formativa (controladora) e somativa (classificatória). Analise as afirmativas a 
seguir sobre tais funções e marque V (verdadeiro) ou F (falso). 
(x) A avaliação diagnóstica é adequada para o início do o período letivo, pois permite conhecer a realidade na qual 
o processo de ensino-aprendizagem vai acontecer. 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/0ce47e37-d1
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/88a96eac-d1
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(x) A avaliação formativa é utilizada objetivando pré-determinar a maneira pela qual o educador deverá 
encaminhar, através do planejamento, a sua ação educativa. Terá como função estabelecer os limites para tornar 
o processo de aprendizagem mais eficiente e eficaz. 
(x) A avaliação somativa visa, basicamente, avaliar se o aluno domina gradativamente e hierarquicamente cada 
etapa da aprendizagem, antes de avançar para outra etapa subsequente de ensino-aprendizagem. 
(x) Por depender mais da sensibilidade e do olhar técnico do educador, a avaliação somativa fornece mais 
informações que permitem a customização do trabalho do professor com base nas necessidades de cada aluno. 
A sequência CORRETA é: 
A) V – F – V – F. 
B) F – V – F – V. 
C) F – V – V – F. 
D) V – F – F – F. 
 
COMENTÁRIO: 
Esta questão exige que julguemos os itens como “verdadeiro” ou “falso” com base nas funções da avaliação, na 
visão de Benjamin Bloom. Vejamos cada item: 
I - A avaliação diagnóstica é adequada para o início do o período letivo, pois permite conhecer a realidade na qual 
o processo de ensino-aprendizagem vai acontecer. 
Verdadeiro! A avaliação diagnostica é utilizada para verificar os pré-requisitos, aptidões, conhecimentos, interesses e 
particularidades que os alunos possuem. Indica-se essa modalidade de avaliação para ser utilizada no início de uma 
unidade, semestre/período ou ano letivo, visto que ela demonstra a posição/realidade em que o aluno se encontra. 
II - A avaliação formativa é utilizada objetivando pré-determinar a maneira pela qual o educador deverá 
encaminhar, através do planejamento, a sua ação educativa. Terá como função estabelecer os limites para tornar 
o processo de aprendizagem mais eficiente e eficaz. 
Falso! A avaliação formativa é utilizada objetivando informar sobre o rendimento do aluno para, assim, (re)definir 
a maneira pela qual o educador deverá encaminhar, através do planejamento, a sua ação educativa. Terá como função 
localizar deficiências para tornar o processo de aprendizagem mais eficiente e eficaz. 
III - A avaliação somativa visa, basicamente, avaliar se o aluno domina gradativamente e hierarquicamente cada 
etapa da aprendizagem, antes de avançar para outra etapa subsequente de ensino-aprendizagem. 
Falso! A avaliação somativa visa, basicamente, avaliar se o aluno domina os conteúdos do fim de um curso, unidade, 
período, semestre ou ano. 
IV - Por depender mais da sensibilidade e do olhar técnico do educador, a avaliação somativa fornece mais 
informações que permitem a customização do trabalho do professor com base nas necessidades de cada aluno. 
Falso! A avaliação que permite o replanejamento visando uma customização/personalização do trabalho do professor 
– de acordo com as necessidades de cada aluno – é a formativa, a qual se baseia na função controladora. 
GABARITO: alternativa “D” 
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5. (GUALIMP - 2020 - Prefeitura de Quissamã - RJ - Professor - Supervisor Educacional) - Q1329125 
A avaliação serve para, dentre outros objetivos, perceber o nível de aprendizado dos alunos. Porém, não 
necessariamente, deve classificar os sujeitos em uma visão competitiva. Sendo assim, diversas são as formas de 
avaliar e diversos são resultados obtidos. Se uma avaliação diagnóstica for aplicada, ela visa: 
A) Definir a atribuição de notas a cada estudante. 
B) Classificar os estudantes do grupo. 
C) Ajudar a localizar problemas de aprendizagem. 
D) Verificar o que realmente o estudante

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