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DOENÇAS DA MAMA AUTOR: PEDRO V.F. MEDRADO - Lobo, lóbulo, ducto e tecido adiposo - Disseminação linfática – 99% da drenagem linfática para axila · Exame físico – palpar linfonodo – cadeia axilar e supraclavicular - Artéria mamária interna – responde por 60% da irrigação da mama Mastalgia - Dor mamária · Cíclica · Fruto de estimulo hormonal – mais na fase lútea e é mais bilateral no quadrante superior lateral · Alteração funcional benigna da mama – tríade: mastalgia cíclica, adensamento e cistos palpáveis. · USG – cistos mamários (imagem anecoica, redondas, margens delimitadas com reforço acústico posterior. · Conduta – não é câncer e não vira câncer (orientação), evitar medicação e melhorar sustentação da mama. · Vitamina E para casos leves – efeito discretamente superior ao placebo · Mastalgia grave – medicação de escolha é o Tamoxifeno (efeitos colaterais – antagonista na mama, no endométrio é agonista do receptor de estrogênio – espessamento e CA de endométrio) · Acíclica – não varia com a fase do ciclo · Sem relação com o ciclo, e unilateral · Mastite, abscesso e esteatonecrose - Mastite · Mastite puerperal – Staphylococcus aureus (principal agente) · Causa – pega incorreta e fissura mamária · Diagnóstico – sinais flogísticos + febre · Tratamento – melhorar sustentação da mama, manter amamentação e antibioticoterapia com Cefalexina (500mg 6/6h VO) – ATB compatível com amamentação · Corrigir a pega mamária - Abscesso mamário – complicação da mastite · É permitido a amamentação · Interrompo a amamentação se: drenar pus pela papila OU se eu precisei drenar e a incisão cirúrgica foi muito próxima ao mamilo. · Tratamento – drenagem, esvaziamento da mama e ATB Eczema - Eczema areolar – é uma alteração benigna · Descamação bilateral, pruriginosa. · Às vezes por dermatite de contato do sutiã. · Não destrói papila · Melhora com corticoide tópico - Doença de Paget – é um CA de pele · Descamação unilateral, pouco prurido. · Destrói a papila – deforma o complexo areolopapilar · Não responde ao corticoide · Biópsia com pedaço de pele Derrame papilar - Descarga láctea – bilateral · Fruto de uma hiperprolactinemia 1. Avaliar beta-HCG (gravidez) e TSH (hipotiroidismo) 2. Avaliar causas farmacológicas (interferência da dopamina, inibidores de dopamina que é um inibidor da prolactina) 3. Avaliar prolactinoma – prolactina muito alta – RNM (investigação), carbegolina e bromocripitina (tratatamento) - Descarga multicolor – verde/amarelo/marrom · Alteração funcional benigna da mama – costuma ter a mastalgia cíclica associada · Ectasia ductal - Descarga sanguíneo ou serosanguineo · Maior causa – papiloma intraductal · Deve-se investigar para neoplasia – biópsia · Mesmo se USG e MMG – BIRADS® 1 - Quando investigar para neoplasia – ressecar ducto (buscar locais de expressão ou de gatilho) · Espontânea, uniductal, unilateral · Descarga em “água de rocha” · Descarga sanguinolenta · Sexo masculino (?) - Citologia negativa não exclui diagnóstico Nódulo palpável - Exame clínico – palpação da mama · Móvel, regular e fibroelástico (fibroadenoma é o benigno mais comum) – nódulo benigno · Aderido, irregular e pétreo – nódulo suspeito maligno - PAAF – punção aspirativa com agulha fina · Identifica se o nódulo é sólido ou cístico · Aspira líquido amarelo esverdeado sem lesão residual USG/Mamografia · Exame de imagem (USG e Mamografia) e biópsia se, · Mais de 2 recidivas, OU · Sanguinolento, OU · Massa residual, OU · Nódulo sólido. · Após USG – se benigno – conduta terapêutica por aspirar o nódulo, e avaliar se há recidiva ou não. - Ultrassonografia · Sugere malignidade, · Nódulo misto, mal delimitado com sombra acústica · Rastreamento em pacientes jovens com mamas densas (35 anos – liposubstituição – mamografia) - Tríplice diagnóstico – exame clínico + PAAF + exames de imagem Câncer de Mama - Fatores de risco · Idade acima de 40 anos · História familiar em parente de 1º grau · Alto risco – avaliar mutação BRCA 1 e 2 · Parentes de 1º grau abaixo dos 50 anos OU história muito forte e atípica na família de CA de mama. · Nuliparidade – aleitamento como fator de proteção é divergente · Menacme longo – tumor hormônio dependente · Mutação no gene BRCA 1 e 2 · Hiperplasia atípicas – lesão de alto risco · CA in situ – lesão de alto risco · Ductal · Lobular · Sexo feminino – toda mulher precisa ser rastreada, porém é relativo o rastreio. - Rastreio · Pelo Ministério da Saúde, · A mamografia é bienal de 50-69 anos · Manual do MS de 2015 – contraindicou o autoexame, e exame clínico passou a ter benefício incerto (é inferior à MMG). · Autoexame – aumenta ansiedade, mas não reduz morbimortalidade · FEBRASGO e da Sociedade Brasileira de Mastologia, e CBR, · Mamografia e exame clínico anualmente dos 40 aos 69 anos - Mamografia – classificação do BI-RADS® · BI-RADS 0 – MMG inconclusiva – solicita outro exame (USG ou RNM) · Por exemplo, paciente c/ mama muito densa · OU pode solicitar uma outra mamografia com maior compressão e magnificação · BI-RADS 1 – nenhuma alteração · Repetir de acordo com a idade e indicação (MS ou FEBRASGO), · Binual a partir dos 50 – MS · Anual a partir dos 40 – FEBRASGO/SBM/CBR · BI-RADS 2 – alterações benignas · Repetir de acordo com a idade e indicação · BI-RADS 3 – provavelmente benigna (duvidoso) · Repete o exame em 6 meses · BI-RADS 4 – lesão suspeita · Biópsia · Achados, · Espiculado · Microcalcificações pleomórficas agrupadas – ductal in situ · BI-RADS 5 – altamente suspeita · Biópsia - Se discordância entre o BI-RADS do USG e o BI-RADS da mamografia – considera o mais grave. - Biópsia – histopatologia · Biópsia ambulatorial · Core biopsia (punção com agulha grossa) – mais barata, mais fácil de usar e complica menos. · É mais usada · Retirada vários fragmentos · Pode ser guiada por USG · Mamotomia – vantagem pela agulha maior, retirada de uma amostra maior · Falso-negativo quando suspeita – opta-se pela biopsia cirúrgica · Biópsia cirúrgica – é o padrão ouro · Biópsia incisional – retira uma parte do tumor (fragmento), ideal para lesões maiores. · Biópsia excisional – retira todo o tumor, ideal para lesões menores. · Lesão cística completa, ou sólido-cística, opta-se pela excisional · Se nódulo não palpável – ressecção guiada por exame de imagem com estereotaxia (fio metálico ou clipe – formas de marcar a lesão) - Após a biópsia, podemos ter lesões benignas e malignas · Lesões benignas · Fibroadenoma – lesão sólida mais comum, típica da paciente jovem (20-30 anos) · Opções – posso só acompanhar a paciente, especialmente se for pequeno (2-3 cm). · Se o nódulo começar a crescer OU se o nódulo tiver mais de 3,5-4 cm (grande) OU aparecer após 35 anos retirar. · Tumor filoides – parece um fibroadenoma no início, porém tem crescimento rápido. · Ressecção com margem – evitar recidiva · Esteatonecrose – paciente jovem com nódulo após um trauma, ocorre devido a necrose de gordura local. · Alteração funcional benigna na mama – mastalgia cíclica e bilateral, descarga amarelo-esverdeada/acastanhada e nódulo. · Lesões malignas · Ductal infiltrante – é o tipo invasor mais comum · Lobular infiltrante – tendência de bilateralidade e multicentricidade · CA inflamatório – é localmente avançado independentemente do tamanho (T4D) · Avermelhado em casca de laranja às vezes, na ressecção (biópsia) deve-se incluir pele. Tratamento para lesões malignas da mama - Cirurgia conservadora · Avalia a relação tumor/mama – até 3,5cm (absoluto) E <20% (relativo) da mama · Segmentectomia – segmento glandular · Quadrantectomia – retirada do quadrante (retira mais pele) · É obrigatório a RT pós-operatória - Cirurgia radical – mastectomia · Técnicas – muda de acordo com a conduta quanto aos peitorais (maior/menor) · Mastectomia a Halsted – retira os dois peitorais – quase não se faz mais, usada para de forma higiênica · Mastectomia a Patey – retira o peitoral menor · Mastectomia Madden – não retira os peitorais - Sempre que for um tumor infiltrante, deve-se avaliar o linfonodo · Esvaziamento completo – maiores complicações (mobilidade reduzidae linfedema) · Dissecção axilar radical · Linfonodo sentinela · Injeta-se um contraste na área do tumor, um corante ou radioisótopo apenas, ou um corante e um radioisótopo. · O linfonodo sentinela é o primeiro linfonodo a drenar a área do tumor, após a cirurgia avalia se será preciso fazer o esvaziamento completo ou não. · Se linfonodo sentinela negativo – não é preciso fazer dissecção axilar radical. · Retira-se o sentinela e envia o linfonodo intraoperatório para patologia · Se linfonodo sentinela positivo – completa dissecção axilar radical · Se palpar linfonodo em cadeia axilar (característica maligna – duro, aderido, infiltrado e pouco móvel), não há necessidade de se fazer o teste de linfonodo sentinela. - Quimioterapia adjuvante · Indicação · Tumores > 1cm · Linfonodo positivo · Expressão do HER2 – valor de prognóstico (pior) · Receptor hormonal negativo – prognóstico ruim (CA de mama em mulher jovem) - Quimioterapia neoadjuvante – antes da cirurgia · Indicação · Tumor localmente avançado – carcinoma inflamatório (serve para reduzir o tamanho do tumor) - Radioterapia adjuvante · Após cirurgia conservadora – reduzir o risco de recidiva · Tumores acima de 4 cm - Indicações de hormonioterapia · A ideia é para usar em pacientes que tenha receptor estrogênico positivo · Usar tamoxifeno OU inibidores da aromatase por 5 anos - Terapia alvo dirigida – tem menos efeito adverso que a quimioterapia · Trastuzumabe – indicada para pacientes que superexpressam HER2 (relação com pior prognóstico e agressividade).
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