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C A P Í T U L O I I I
CONTABILIDADE / FISCALIDADE
O IMPACTO DAS NORMAS INTERNACIONAIS DE
CONTABILIDADE NA FISCALIDADE
Maria do Carmo Gonçalves da Costa Pereira
Técnica Auxiliar de ROC
INTRODUÇÃO
O desmantelamento das barreiras ao comércio mundial traduziu-se no aumento
das operações comerciais e financeiras, na crescente necessidade de capitais, na utili-
zação de novos instrumentos financeiros e no consequente desenvolvimento dos mer-
cados de capitais com empresas cotadas em diversos mercados.
Este fenómeno contribuiu ainda para a globalização da informação financeira
que, para suprir as exigências de um mercado abrangente, teve de encontrar novas
formas de difusão, sem contudo descurar as suas qualidades, nomeadamente a com-
preensibilidade, a comparabilidade e a fiabilidade.
Para o efeito foram desenvolvidos esforços no sentido de intensificar a har-
monização contabilística, tendo em vista a obtenção de princípios comuns internacio-
nalmente aceites, sendo o grande objectivo a obtenção de transparência e eficiência
dos mercados financeiros e da economia em geral.
É importante a definição de um sistema contabilístico que conduza à har-
monização de políticas capazes de satisfazer as necessidades das empresas que são
obrigadas a elaborar vários conjuntos anuais de contas com referências contabilísticas
diversas. No entanto, existem dificuldades na concretização de uma harmonização
contabilística global. As dificuldades podem ser de ordem cultural, política, jurídica ou
mesmo a dependência do sistema fiscal.
Não podemos esquecer que em Portugal, como em outros países de influência
contabilística continental, a fiscalidade e a contabilidade encontram-se intimamente
ligadas. Desta forma, qualquer alteração que se produza ao nível da contabilidade
produzirá necessariamente efeitos ao nível da fiscalidade.
O trabalho que pretendemos desenvolver está relacionado com o impacto fiscal
da adopção das IAS/IFRS (e respectivas interpretações técnicas) em Portugal face ao
projecto da Comissão de Normalização Contabilística (CNC) designado de “Sistema
120 Temas de Contabilidade, Fiscalidade, Auditoria e Direito das Sociedades
de Normalização Contabilística” (SNC) que tem como grande objectivo substituir o
Plano Oficial de Contabilidade (POC), Directrizes Contabilísticas, Interpretações Téc-
nicas e legislação complementar, prevendo-se que tal se possa tornar eficaz a partir de
1 de Janeiro de 2008.
1. EVOLUÇÃO DA HARMONIZAÇÃO CONTABILÍSTICA NA UE
Com a referida globalização da economia e dos mercados financeiros, verifica-
-se uma exigência cada vez maior de homogeneização contabilística. Esta tem como
grande objectivo a incrementação da comparabilidade, relevância e fiabilidade da in-
formação, em conexão com a transparência dos mercados, estímulo aos investimentos
e a redução dos custos na obtenção de financiamento em mercados internacionais. É
seu objectivo ainda a simplificação do trabalho contabilístico das empresas multi-
nacionais e outros agentes envolvidos.
Podemos afirmar que o grande objectivo estratégico perseguido pela União
Europeia (UE) é a procura de um mercado único, eficiente e integrado.
É nosso objectivo neste capítulo apresentar uma breve resenha histórica dos
vários esforços desenvolvidos ao longo do tempo neste processo de harmonização
contabilística.
Ao longo dos últimos trinta anos pode observar-se a existência de duas doutrinas
que se foram cimentando. De um lado, constata-se que o Financial Accounting
Standards Board (FASB) continua a desenvolver a sua doutrina, pautando-se pelo
respeito aos United States Generally Accepted Accounting Principles (US GAAP), do
outro lado o International Accounting Standards Board (IASB), organismo internacio-
nal emissor de normas contabilísticas.
De acordo com o Regulamento 1606/2002 as normas do IASB serão adoptadas
na UE desde que satisfaçam os seguintes requisitos: (i) não sejam contrárias aos prin-
cípios estabelecidos no n.º 3 do art.º 2.º da Directiva 78/660/CEE e no n.º 3 do art.º
16.º da Directiva 83/349/CEE; (ii) correspondam ao interesse público europeu; (iii)
satisfaçam os critérios de inteligibilidade, relevância, fiabilidade e comparabilidade da
informação financeira.
A decisão da UE de adoptar a doutrina do IASB foi fundamentada pela neces-
sidade do espaço europeu poder dispor de normas contabilísticas únicas para os grupos
de empresas cotados nas Bolsas europeias. Aliás, esta preocupação foi acolhida pelo
Regulamento 1606/2002 de 19.07.2002, publicado no Jornal Oficial da Comunidade
Europeia (JOCE) de 11.09.2002. Este regulamento altera de forma significativa a re-
presentação das Demonstrações financeiras ao exigir um esforço de adaptação dos
O Impacto das Normas Internacionais de Contabilidade na Fiscalidade121
distintos sistemas contabilísticos dos países que integram a UE e uma aproximação da
doutrina contabilística dos EUA e Europa expressa nas normas do FASB e do IASB.
Pode dizer-se que se trata de um processo que passou por diferentes etapas,
sendo a que hoje atravessa, uma das mais importantes.
Numa primeira etapa, situada nos anos de 1973 a 1990 havia uma necessidade
crescente de aceitar as diferentes legislações nacionais. Essa necessidade fez com que
a UE adoptasse uma postura clara de síntese das diversas posições que, não obstante,
se deparava com algumas dificuldades devido às profundas divergências existentes nos
sistemas jurídicos e contabilísticos dos países membros.
Nesse sentido foram aprovadas várias directivas, nomeadamente a 4.ª e 7.ª
Directiva (78/660/CEE e 83/349/CEE, respectivamente), juntamente com a Directiva
86/635/CEE do sector bancário e a Directiva 91/674/CEE no sector de seguros cuja
normalização respeita à elaboração das Demonstrações Financeiras. Estas directivas
foram durante vários anos o instrumento privilegiado de harmonização contabilística
na UE e, apesar de certas limitações, a harmonização contabilística foi evoluindo,
tornando-se numa realidade à qual nenhum país poderá ficar indiferente.
Contudo, ao permitirem um elevado grau de opções, estes instrumentos afecta-
vam a homogeneidade e comparabilidade pretendida da informação financeira.
De 1990 a 1995 é evidente uma certa indefinição do sentido a seguir no processo
de harmonização internacional. É em meados dos anos 90 que a UE analisa seriamente
os problemas inerentes ao seu modelo harmonizador e reconsidera a aproximação aos
critérios do IASB, mostrando já algum interesse pelo grau de homogeneidade existente
entre as Directivas e as IAS/IFRS (International Accounting Standards/International
Financial Reporting Standards).
Nessa altura a Comissão vive esta situação em concreto, despertando desta forma
a sua consciência para um problema real. Enfrentava então o problema relacionado
com as multinacionais que procuravam capitais em mercados internacionais e que para
tal teriam de elaborar dois conjuntos diferentes de Demonstrações Financeiras.
Várias foram as alternativas apresentadas na altura, sem contudo alguma delas se
ter mostrado verdadeiramente eficaz para a resolução deste problema em concreto. Em
Novembro de 1995 a Comissão publica a sua comunicação sobre harmonização
contabilística, correspondendo este passo à primeira grande escalada no caminho da
harmonização desde a emissão das Directivas. Esta decisão é entendida como a defi-
nição de uma estratégia concreta, onde a Comissão assume uma orientação clara que
se prende com a compatibilização entre as Directivas e as IAS/IFRS.
A UE abandonou por isso o desejo demonstrado em ser o organismo regulador
das empresas multinacionais, assumindo uma clara preferência pelas IAS/IFRS do
IASB, cujo normativo iria regular a informação financeira prestada pelas empresas da
122 Temas de Contabilidade, Fiscalidade, Auditoria e Direito das Sociedades
UE que desejam obter capital em mercados internacionais. Obviamente que se trata de
um marco importante no processo de harmonização internacional pois as IAS/IFRS
adquiriram uma importância extraordinária parao futuro deste processo.
Pelo facto de ao longo dos anos se ter verificado uma aceitação generalizada
das normas do IASB e também pelo facto da UE não exercer qualquer influência
sobre o processo de produção dos US GAAP, o caminho natural no processo de
harmonização foi o reconhecimento do IASB para o desenvolvimento de normas
relativas à produção da informação financeira a apresentar por empresas cotadas em
bolsas de valores.
Os motivos que conduziram a que em 1995 a Comissão tenha decidido apoiar as
IAS/IFRS são essencialmente dois: (a) o reconhecimento por parte da Comissão do
trabalho do IASB bem como a importância crescente dos mercados de capitais; (b) o
facto da Comissão ter aceite o convite do IASB para ser um membro do seu grupo
consultivo e observador do Conselho.
Uma vez assumida publicamente a aceitação das IAS/IFRS como normativo
inerente ao processo de harmonização, era necessário elaborar alguns estudos compa-
rativos no sentido de se determinarem as discrepâncias entre as IAS/IFRS e as
Directivas entretanto adoptadas pelos Estados – Membros.
Foi então criado o chamado Comité de Contacto, encarregue de efectuar esse
trabalho. O resultado obtido possibilitou a este Comité resolver as questões relaciona-
das com as diferenças derivadas da aplicação das directivas. As conclusões constantes
nos documentos publicados revelaram que não existiam inconsistências substanciais,
pois as Directivas, tal como já referimos, apresentavam bastante flexibilidade e as IAS/
/IFRS permitiam já diferentes tratamentos contabilísticos.
Para dirimir as poucas diferenças encontradas, a Comissão publicou a “Proposta
de Directiva do Parlamento Europeu e do Conselho” na qual se modificam as Directivas
78/660/CEE e 83/349/CEE, no que se refere às normas de valorização aplicáveis às
contas anuais e consolidadas de determinadas formas de sociedade.
Apesar de não existirem diferenças significativas entre as Directivas e IAS/IFRS,
eram conhecidas as diferenças existentes entre as primeiras e os diferentes normativos
nacionais pelo que os conflitos entre as IAS/IFRS e os diferentes normativos
contabilísticos dos Estados Membros foram impossíveis de evitar.
No ano de 2000 impulsiona-se definitivamente a tendência já antes demonstrada
para as IAS/IFRS definindo-se o modo, ferramentas, prazos, etc., que a UE e os países
que as adoptam deviam seguir.
O Conselho Europeu de Lisboa celebrado nos dias 23 e 24 de Março de 2000,
reforça a necessidade de acelerar a realização do mercado interno que contribuía para
os objectivos de crescimento e emprego da União Europeia. Nesse Conselho foi soli-
O Impacto das Normas Internacionais de Contabilidade na Fiscalidade123
citado que fossem tomadas as medidas necessárias para aumentar a comparabilidade
das Demonstrações Financeiras elaboradas pelas empresas.
Neste sentido, a Comissão apresentou em 2001 ao Conselho uma proposta de
Regulamento relativo à aplicação das IAS/IFRS às contas consolidadas de todas as
empresas cotadas da União Europeia, o mais tardar até ao ano de 2005. Como opção
os Estados Membros teriam a faculdade de requerer que as outras empresas, não
cotadas, aplicassem igualmente os normativos do IASB.
O Conselho Europeu da Presidência celebrado em Barcelona em 15 e 16 de
Março de 2002 solicitou ao Conselho e ao Parlamento que fosse aprovado o Regula-
mento o mais rapidamente possível. Em 19 de Junho de 2002 (JOCE de 11.09.02)
aprova-se o Regulamento 1606/2002, do qual destacamos os seguintes artigos por
considerarmos serem os mais importantes:
• Artigo 3.º “Cabe à Comissão decidir da aplicabilidade na Comunidade das
normas internacionais de contabilidade”.
• Artigo 4.º “Em relação a cada exercício financeiro com início em ou depois
de 1 de Janeiro de 2005, as sociedades regidas pela legislação de um Estado-
-Membro devem elaborar as suas contas consolidadas em conformidade com
as normas internacionais de contabilidade, adoptadas nos termos do n.º 2 do
artigo 6.º, se, à data do balanço e contas, os seus valores mobiliários estiverem
admitidos à negociação num mercado regulamentado de qualquer Estado-
-Membro”.
• Artigo 5.º “Os Estados-Membros podem permitir ou requerer:
a) Às sociedades referidas no artigo 4.º que elaborem as suas contas anuais;
b) Às sociedades que não as referidas no artigo 4.º que elaborem as suas
contas consolidadas e/ou as suas contas anuais, em conformidade com as
normas internacionais de contabilidade adoptadas nos termos do n.º 2 do
artigo 6.º”.
• Artigo 6.º “A Comissão é assistida por um Comité de Regulamentação
Contabilística”.
• Artigo 9.º “Os Estados-Membros podem estabelecer que os requisitos desse
artigo só sejam aplicáveis em cada exercício financeiro a partir de 1 de Janei-
ro de 2007 às sociedades:
a) Cujos títulos de dívida apenas se encontrem admitidos num mercado regu-
lamentado de qualquer Estado-Membro; ou
b) Cujos valores mobiliários estão admitidos à negociação pública num Esta-
do não membro e que, para esse efeito, têm vindo a utilizar normas inter-
124 Temas de Contabilidade, Fiscalidade, Auditoria e Direito das Sociedades
nacionalmente aceites desde um exercício financeiro que começou antes da
publicação do presente regulamento no Jornal Oficial das Comunidades
Europeias”.
O motivo para a emissão de um regulamento e não de uma directiva prende-se
com o facto do regulamento ter um efeito directo e não requerer transposição para os
normativos nacionais, enquanto que uma directiva necessita de transposição para o
normativo nacional de cada Estado Membro. O grande objectivo desta decisão foi
evitar eventuais atrasos na entrada em vigor da nova regulamentação.
Na sequência da vontade demonstrada pela CNC ao longo do tempo em tornar
uma realidade a normalização contabilística, tem vindo a preparar os projectos dos
instrumentos contabilísticos que corporizarão o novo modelo cuja denominação será
“Sistema de Normalização Contabilística” (SNC). Este novo modelo, como referimos
terá como objectivo substituir o POC e legislação complementar.
Conforme é referido pela CNC, “o “Sistema de Normalização Contabilística”
(SNC) proposto prefigura um modelo baseado em princípios e não em regras, aderente,
portanto, ao modelo do IASB adoptado na União Europeia, mas garantindo a compa-
tibilidade com as Directivas Contabilísticas Comunitárias. É um modelo em que se
atende às diferentes necessidades de relato financeiro, dado o tecido empresarial a que
irá ser aplicado, e em que se permite uma intercomunicabilidade quer horizontal, quer
vertical. Por último, pretende-se que seja suficientemente flexível para acolher com
oportunidade as alterações às normas do IASB adoptadas na União Europeia”.
Deste projecto de Decreto-Lei que cria o SNC destacamos o seguinte:
Artigo 2.ª: O SNC é obrigatoriamente aplicável às seguintes entidades, excepto
quanto ao disposto nos art.OS 3.º e 4.º:
a) Sociedades nacionais e estrangeiras abrangidas pelo Código das Sociedades
Comerciais;
b) Empresas individuais reguladas pelo Código Comercial;
c) Estabelecimentos individuais de responsabilidade limitada;
d) Empresas públicas;
e) Cooperativas;
f) Agrupamentos complementares de empresas e agrupamentos europeus de in-
teresse económico;
g) Outras entidades que, por legislação específica, se encontrem sujeitas ao POC
ou venham a estar sujeitas ao SNC.
O art.º 3.º refere que as empresas cotadas devem elaborar as suas contas conso-
lidadas de acordo com as IAS deixando, no entanto aberto a opção destas elaborarem
O Impacto das Normas Internacionais de Contabilidade na Fiscalidade125
as suas contas individuais também de acordo com as IAS, desde que as suas demons-
trações financeiras sejam objecto de certificação legal das contas.
Ainda para as empresas que, não estando cotadas em bolsa, sejam objecto de
consolidação de contas, podem também optar por elaborar as suas contas consolidadas
de acordo com as IAS desde que sejam objecto de certificação legal das contas.
No que respeita às pequenas entidades, é no art.º 8.º do articulado doDL sobre
o SNC que refere que a “norma contabilística e de relato financeiro para pequenas
entidades” (NCRF-PE) apenas poderá ser adoptada pelas entidades referidas no art.º
2.º (excluem-se as situações do art.º 3.º e 4.º) que não ultrapassam determinados
limites (a fixar) de vendas líquidas e outros rendimentos e de total de balanço, a menos
que por razões legais ou estatutárias tenham as suas demonstrações sujeitas a cer-
tificação legal das contas.
Face ao acima exposto, é notório que o grande objectivo da UE é o de conseguir
um mercado de capitais e serviços financeiros a funcionar em condições perfeitas e de
igualdade para todas as empresas, independentemente do país ou do sector de activi-
dade. Para este efeito, era necessário a obtenção de demonstrações financeiras inter-
nacionalmente comparáveis utilizando, para isso, princípios e normas contabilísticas
claras e rigorosas que contribuam para a imagem verdadeira e apropriada das empresas
e, como tal, para a produção de informação financeira fiável para os seus utilizadores.
Não é nosso propósito tecer considerações sobre se as normas do IASB são de
facto as normas de maior qualidade pois apenas pretendemos analisar o impacto que
as referidas normas exercem na legislação fiscal portuguesa.
2. A CONTABILIDADE E A FISCALIDADE – SUA INTERDEPENDÊNCIA
A Contabilidade e a Fiscalidade possuem uma relação íntima, tal como evidencia
Alves da Silva (citado por Guimarães, 2006) “Como é do conhecimento de todos o “ca-
samento entre a contabilidade e a fiscalidade” nem sempre é perfeito. É pois para os
pequenos “arrufos” de quem está condenado a fazer longa caminhada e a viver em con-
junto que vos vou referir”. Não obstante serem vários os motivos que contribuem para essa
interdisciplinaridade existem, antes de mais, razões históricas que passamos a analisar.
Até meados dos anos sessenta, estavam pouco generalizados os procedimentos
associados à prestação de contas anual. É comum afirmar-se que esta fase se caracte-
riza pela inexistência de quaisquer relações entre a contabilidade e a fiscalidade. Não
pode obviamente ser-se tão radical nesta afirmação. A reforma introduzida em 1922
pela Lei 1368 estipulava a tributação dos lucros reais e esta noção de lucro implicava
a existência de contabilidade nas empresas.
126 Temas de Contabilidade, Fiscalidade, Auditoria e Direito das Sociedades
Com a reforma de 1929, a contabilidade foi um pouco posta de lado como
elemento de apoio à fiscalidade.
Na sequência da reforma fiscal dos anos sessenta, com a entrada em vigor do
Código da Contribuição Industrial, em 1967, assiste-se à utilização de práticas
contabilísticas que conduziram ao apuramento de resultados de forma mais concreta.
O art. 22.º do Código da Contribuição Industrial preconizava então que o “lucro
tributável reportar-se-á ao saldo revelado pela conta de resultados do exercício ou de
ganhos e perdas elaborada em obediência a sãos princípios da contabilidade, e con-
sistirá na diferença entre todos os proveitos ou ganhos realizados no exercício ante-
rior àquele a que o ano fiscal respeitar e os custos ou perdas imputáveis ao mesmo
exercício, uns e outros eventualmente corrigidos nos termos deste Código”
Com reforma de finais dos anos 80, o Código do IRC veio reforçar a interligação
entre a determinação do lucro tributável e os preceitos contabilísticos (Cipriano, 2005),
mantendo-se uma posição semelhante através do disposto no art. 17.º do CIRC, segundo
o qual “O lucro tributável das pessoas colectivas e outras entidades (…) é constituído pela
soma algébrica do resultado líquido do exercício e das variações patrimoniais positivas e
negativas verificadas no mesmo período e não reflectidas naquele resultado, determinados
com base na contabilidade e eventualmente corrigidos nos termos deste Código”.
Refere ainda que a contabilidade deve estar organizada de acordo com a normalização
contabilística e outras disposições legais em vigor para o respectivo sector de actividade,
sem prejuízo da observância das disposições previstas neste Código.
Fica aqui bem patente que a contabilidade é a base de cálculo para a determina-
ção da matéria colectável para efeitos de IRC.
Várias são as vozes que se levantam no sentido de ajuizar esta postura da Ad-
ministração Fiscal, esta ingerência pelos preceitos contabilísticos. Pensamos no entan-
to que não se pode de forma alguma esquecer que a contabilidade muito deve à
fiscalidade sendo considerada por muitos como uma das grandes responsáveis pelo seu
desenvolvimento. Obviamente que não havendo regulamentação legal da contabilida-
de, o papel da Administração Fiscal foi deveras importante e útil para o desenvolvi-
mento das práticas contabilísticas. A profissão contabilística deve à fiscalidade os seus
primeiros passos, este impulso fundamental que possibilitou o melhoramento e clari-
ficação de alguns conceitos de natureza contabilística. À fiscalidade tem cabido um
importante papel motor na difusão e aperfeiçoamento da contabilidade.
Agora talvez seja altura de a deixar caminhar pelos seus próprios meios.
Comungamos com a opinião de Ferreira (2002) que hoje em dia é menos ade-
quada esta ingerência no sentido de que existem normas emanadas de órgãos próprios,
nacionais e supranacionais, pelo que deixam de ser justificáveis os desenvolvimentos
sobre contabilidade na legislação fiscal.
O Impacto das Normas Internacionais de Contabilidade na Fiscalidade127
No entanto, há quem considere que a ingerência da fiscalidade em matérias
contabilísticas jamais acabará, pelo que é salutar para a convivência de ambas as
disciplinas que haja uma relação de compromisso (Carvalho, 1984) pois apesar de
serem interdependentes, fiscalidade e contabilidade perfilham dos mesmos objectivos,
posição esta que não é defendida por todos.
Cipriano (2005) é de opinião que subjazem a estas disciplinas objectivos diversos.
A contabilidade é um sistema de informação que tem como objectivo a produção de
informação para os seus utilizadores, informação essa que deverá traduzir de forma ver-
dadeira e apropriada a posição financeira da empresa e o seu desempenho. Já a fiscalidade
tem como objectivo conceber, lançar, liquidar e cobrar impostos sobre as pessoas indivi-
duais ou colectivas, relativamente aos seus rendimentos, consumos, riquezas. Trata-se de
um instrumento de políticas tributárias mas também económico sociais, ao serviço da
comunidade e não apenas de alguns interessados como é o caso da contabilidade.
No entanto, Ferreira (2002) afirma que se a fiscalidade pretende apurar e tributar
o lucro real, sendo esse igualmente o objectivo da contabilidade. Embora muitos te-
nham entendido ao longo do tempo que fiscalidade e contabilidade são coisas distintas,
entende este autor que se trata de uma visão muito redutora. Obviamente que são
disciplinas distintas mas não tão afastadas como alguns pretendem. Se divergências
existem, é porque se carece de um lado de elaboração doutrinal convergente e de outro
lado de sinceridade na prestação de contas.
A nossa opinião é que de facto, fiscalidade e contabilidade nunca serão indepen-
dentes, parece-nos, no entanto, que os objectivos perseguidos são efectivamente dife-
rentes porquanto a contabilidade tem como objectivo a apresentação da imagem
verdadeira e apropriada, independentemente do cálculo do imposto, o que muitas vezes
não acontece.
Portugal, provavelmente fruto da sua história, tem ainda uma tradição muito
pesada de olhar a prestação de contas anual como um ajuste de contas com a Admi-
nistração Fiscal. Pensamos contudo que, embora a fiscalidade tenha de ser tida em
conta, a tendência deverá ser para mudar e dar à contabilidade o valor que ela efec-
tivamente tem, corrigindo as diferenças para a Lei Fiscal no local correcto – o Quadro
07 da Declaração modelo 22 de IRC.
Como refere Guimarães (2000), não há decisão de gestão em Portugal que não
seja analisada nesta dupla perspectiva contabilística e fiscal muito provavelmente devido
ao facto de seguirmos uma corrente continental– europeia, extremamente regulamen-
tadora, baseada na legalidade e privilegiando a protecção dos credores, e na qual existe
uma forte inter-relação entre fiscalidade e contabilidade.
De facto ao longo do tempo, tem-se visto a Administração Fiscal a emanar
normas sobre matérias contabilísticas e o que acontece é que os TOC, embora estando
128 Temas de Contabilidade, Fiscalidade, Auditoria e Direito das Sociedades
obrigados ao cumprimento do normativo contabilístico (POC e Directrizes e caso estes
sejam omissos em determinada questão, as IAS/IFRS), trabalham de acordo com o
normativo fiscal de forma a evitar as correcções no referido quadro 07 da Declaração
modelo 22 de IRC.
Enquanto a contabilidade for vista como a “fiscabilidade”, a dependência será
maior do que se pode desejar.
Guimarães (1997) refere que as relações entre a contabilidade e a fiscalidade são
normalmente analisadas numa tríplice perspectiva: (i) A subordinação da fiscalidade à
contabilidade (o resultado fiscal é o resultado contabilístico, não havendo lugar a
correcções extra-contabilísticas); (ii) a subordinação da contabilidade à fiscalidade (o
resultado contabilístico é fortemente influenciado pelas regras fiscais); e (iii) a auto-
nomia entre a contabilidade e a fiscalidade (o resultado contabilístico é o ponto de
partida para o cálculo do resultado fiscal e as divergências entre ambos são tratadas
extracontabilísticamente nas declarações de rendimentos).
No entanto, as relações entre fiscalidade e contabilidade não se confinam apenas
ao apuramento de imposto. De acordo com Yzaguirre (2004) as inter relações situam-
-se a três níveis:
1. A contabilidade como suporte de carácter técnico para manifestar a capacida-
de económica do contribuinte;
2. A contabilidade como sistema de valoração e medida da base de incidência
dos impostos;
3. A contabilidade como instrumento de prova ao serviço das inspecções.
Prevendo-se que esta relação se irá manter ao longo do tempo e citando o Pro-
fessor Rogério Ferreira (2004), confia-se que, um dia, se consiga a conciliação conve-
niente, útil e ética.
3. OS IMPACTOS FISCAIS DA ADOPÇÃO DAS IAS/IFRS
O sentido da relação entre contabilidade e fiscalidade situa-se ao nível do
imposto sobre o rendimento, nomeadamente o imposto sobre o rendimento de pes-
soas colectivas (IRC), sobre o qual nos iremos deter neste trabalho. Esta relação,
como referimos anteriormente, está bem patente no art.º 17.º do CIRC segundo o
qual o lucro/prejuízo para efeitos fiscais será apurado com base no resultado líquido
do exercício, ou seja, determinado de acordo com a legislação contabilística. Partin-
O Impacto das Normas Internacionais de Contabilidade na Fiscalidade129
do deste pressuposto, e numa primeira análise, poder-se-á dizer que qualquer altera-
ção ao nível da contabilidade poderá surtir efeitos no resultado fiscal. Isto é, se o
resultado fiscal parte do resultado contabilístico então, todas as alterações produzi-
das na informação financeira resultante da adopção das IAS/IFRS poderão afectar
activos e passivos fiscais.
A verdade é que a adopção das IAS/IFRS não deveria acarretar cargas fiscais
diferentes das que se originariam caso a informação financeira fosse prestada de acor-
do com o normativo nacional, ou seja, o processo de adopção deveria ser neutro em
termos fiscais.
Cientes desta realidade, as entidades competentes criaram um grupo de trabalho
criado por Despacho de 23/01/06, cujo relatório foi publicado em Dezembro de 2006,
sob o título “Impacto Fiscal da Adopção das Normas Internacionais de Contabilidade”,
nos Cadernos de Ciência e Técnica Fiscal, n.º 200 da DGCI.
O primeiro aspecto que convém salientar prende-se com essa relação expressa no
art. 17.º do CIRC. Segundo esse estudo, deverá ser mantida a perspectiva de considerar
os resultados contabilísticos como ponto de partida para a determinação do lucro
tributável (com as devidas correcções), pelo que quanto a este ponto em concreto, nada
se alterará.
O DL 35/2005 de 17 de Fevereiro, no seu art.º 14.º determina que, “para efeitos
fiscais, nomeadamente de apuramento do lucro tributável, as entidades que elaborem
as contas individuais em conformidade com as Normas Internacionais de Contabilida-
de são obrigadas a manter a contabilidade organizada de acordo com a normalização
contabilística nacional e demais disposições legais em vigor para o respectivo sector
de actividade.”
O relatório publicado veio afirmar que não pode discorrer para as empresas um
aumento significativo dos custos de contexto, concretamente no que se refere aos
custos decorrentes da manutenção de dois sistemas contabilísticos, razão pela qual o
OE/2007 prevê medidas legislativas destinadas a evitar a necessidade da manutenção
de duas contabilidades e visando a adaptação do CIRC ao normativo contabilístico
internacional.
Aliás, uma das recomendações do grupo de trabalho prende-se exactamente com
este facto, sendo recomendado o seguinte: “Com a introdução das alterações destina-
das a permitir a aplicação para efeitos fiscais das normas internacionais de contabili-
dade e nas denominadas normas de contabilidade ajustadas, deverá ser revogada a
exigência de dupla contabilidade prevista no art.º 14.º do DL 35/2005, de 17 de Fe-
vereiro, sendo desejável que tal aplicação ocorra, desde já, no exercício de 2006,
relativamente às entidades que, nos termos deste diploma, tenham optado por elaborar
as suas contas individuais em conformidade com estas normas”.
130 Temas de Contabilidade, Fiscalidade, Auditoria e Direito das Sociedades
Para fazer face a esta realidade, o articulado do DL sobre o SNC, elaborado pela
CNC, no seu art.º 13.º prevê a revogação do art.º 14.º do DL 35/2005 de 17 de
Fevereiro.
As alterações nesta matéria são no sentido de encontrar um denominador comum
na utilização de um só referencial contabilístico, agilizando desta forma os encargos
para as empresas.
No entanto, como refere Guimarães (2007) se as empresas declaram os seus
lucros de acordo com uma norma comum, faz sentido utilizar essa medida comum
como o ponto de partida para a determinação do lucro tributável em sede de IRC.
Aguardamos então os novos desenvolvimentos da UE relativamente à “matéria comum
consolidada”.
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