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Teorias Histórico-Críticas Histórico - A Introdução de Vygotsky na Psicologia -Lev Semenovich Vygotsky, nascido em novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Belarus. Falecido no dia 11 de junho de 1934 -Formação: direito, filosofia -Interesses: filosofia, literatura e arte -Produção entre 1924 e 1934 (180 trabalhos publicados) -Chegou a Psicologia interessado pelos produtos superiores da cultura ↳veio de uma família de boas condições sócio-econômicas que valorizava a cultura e a erudição ↳pai dele possuía, até mesmo, uma biblioteca em sua casa, o que não era algo comum -“Os interesses psicológicos de Vygotsky originavam-se da preocupação com a gênese da cultura. O entretenimento do homem como construtor da cultura levou-o a contrapor-se à Psicologia clássica, que não respondia adequadamente sobre os processos de individualização do sujeito e nem resolvia as problemáticas relacionadas à criação artística e percepção estética” (p.22) ↳onde está a origem desses processos superiores que são típicos dos homens? de onde eles vem? ↳gênese da cultura: perspectiva macro (?) marxista existia e Vygotsky considerava concordava, tratava o homem como construtor da cultura, mas do ponto de vista do indivíduo, de onde surgiu isso? De onde vêm os processos psíquicos superiores? ↳Vygotsky se contrapõe, então, a psicologia clássica (que se fundamentou a partir de Wundt), e que enfocava em processos psicológicos básicos → os PPS, diferente dos PPB, são tipicamente humanos e não existem em outros animais ↳Vygotsky queria saber a origem dos PPS mas, para isso, precisava de uma Psicologia Marxista (já que Vyg tinha bases em Marx e concordava com essa concepção de homem) Momento histórico -L. S. Vygotsky nasceu na Rússia, em um contexto histórico de conflitos políticos (Revolução Russa), sendo este um dos motivos pelo qual sua obra só foi conhecida e valorizada mais recentemente, apesar de sua pesquisa ser de suma importância para as ciências educacionais e psicológicas -Consolidação da Revolução Russa e inauguração de uma nova sociedade ↳organizar como seria essa nova sociedade, reorganizando o trabalho, a economia, etc ↳Novas bases de sustentação teórica e metodológica ↳maioria da população russa, em tal período, era analfabeta Objetivo -Construir, sob a tutela da teoria marxista, uma nova sociedade, o que implicaria, também, a construção de uma nova ciência Pesquisadores -Construção da nova ciência - tomar por base, tão (ou não?) somente, a filosofia marxista -Duas correntes: I) Mecanicistas: a ciência é auto suficiente e descobre suas próprias leis por meio da pesquisa ↳”marxistas” materialistas que diziam que as ideias de Marx não cabiam na dialética (kkk), sendo quase um “marxismo de fachada” ↳predominava e era o único que tinha status de ciência na época ↳ focados nas PPB com princípios materialistas II) Dialética: defendiam um princípio exploratório aberto e não determinista, acreditando que os eventos são dependentes da ação humana, ou seja, a consciência é uma característica humana, e é ela que favorece a disposição para a construção dos eventos ↳ abre espaço para o subjetivismo, fazer uma psicologia com respostas práticas e científicas ↳ essencialmente Marxista Psicologia Russa -Não chegou a constituir escolas psicológicas -Não se diferenciava da psicologia ocidental: vivia debate entre psicologia introspeccionista, tendência idealista a psicologia objetivista, basicamente mecanicista e reducionista ↳psicologia experimental ↳fisiólogos ↳se aproxima da psicologia social -> se enquadra no que espera da ciência Vygotsky -“Não quero descobrir a natureza da mente fazendo uma colcha de retalhos de inúmeras citações. O que quero é, uma vez tendo aprendido a totalidade do método de Marx, saber de que modo a ciência tem que ser elaborada para abordar o estudo da mente” ↳jeito de dizer que estavam citando Marx, mas sendo mecanicistas, coisa da qual Vyg discordava e não queria reproduzir Psicologia Social ou Psicologia Coletiva -Enfoque materialista -Psique do indivíduo é sempre uma psique socializada ↳falando de algo próximo a subjetividade. mas sempre socializado -A partir de 1922 - disciplina proibida ↳reflexo das mudanças políticas -Stalin considerava a existência da Psicologia Social contrária aos princípios do materialismo histórico ↳Stalin era extremista, querendo garantir que a Revolução se mantivesse -Psicologia social russa foi identificada como psicologia burguesa ↳isso se deu justamente por ela falar de uma psique socializada ↳radicalização do pensamento materialista de Marx ↳se algo não partisse da visa objetiva, era considerado subjetivista e pouco válido (por ameaçar a Revolução) ↳Com a Revolução Francesa surge a valorização do indivíduo (o próprio termo “indivíduo” surge lá), ligado então a ideais burgueses → com a categoria “indivíduo” surgem ideias de público e privado, surgem questões familiares hierárquicas, mudam-se as formas de sentir os sentimentos -Em suma, Vygotsky queria saber a origem das funções psicológicas superiores, e entendia que a Psicologia não se dedicava ainda a isso ↳essas PPS seriam tipicamente humanas, devendo ser algo que a que a psicologia deveria se dedicar, ao invés de se limitar aos PPB ↳Vyg, como marxista, queria uma psicologia fundamentada nisso, propondo-se a refazer os passos de Marx (Marx, para elaborar sua teoria, voltou-se a pré-história da sociedade, da filogênese, e Vyg seguiu esses passos, indo até a pré-história do indivíduo em sua ontogênese, direcionando-se a infância)
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