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ESTÉTICA A HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DA ARTE
Aula 1- TEORIA DA ARTE
Tema da Apresentação
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Universidade Estácio de Sá – EAD
Curso: Pedagogia/ Disciplina: Estética e História da Arte Contemporânea
Professor Rodrigo Perez – Mestre e Doutorando em História Social (PPGHIS/UFRJ)
O argumento fundamental da disciplina:
- A estética refere-se a tudo aquilo que é capaz de provocar no homem a sensação do “belo”. Trata-se, então, da manifestação artística da cultura humana em suas mais diversas modalidades: artes plásticas, cinema, literatura, teatro, música e etc.
- A estética não é uma essência; é uma construção cultural e histórica. Isso significa que a conceituação do belo, assim como do seu paradoxo, o feio, é historicamente cambiante e relaciona-se diretamente às instituições sociais existentes no tempo e no espaço da produção artística. 
- O objetivo fundamental da disciplina: Analisar, a partir de uma perspectiva social e histórica, as diversas manifestações artísticas elaboradas no mundo ocidental ao longo dos séculos XIX , XX e nos primeiros anos do XXI.
Tema da Apresentação
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Uma breve introdução à filosofia e história da arte
	- O primeiro grande tratado filosófico sobre estética, e sobre arte, foi escrito no século IV a.c por Aristóteles. Tratou-se da “Poética”, considerado pelos especialistas o primeiro escrito destinado especificamente ao estudo da arte e da literatura.
	- Aristóteles (384 – 322 a.c) foi um dos três pensadores, junto com Sócrates e Platão, responsáveis pela formação da filosofia clássica. A principal característica do pensamento clássico foi o desenvolvimento do “logos”, que desde a filosofia pré-socrática vinha se constituindo como símbolo da reflexão racional e científica. O logos atacava o mito, e o discurso religioso, como princípio explicativo da realidade.
A “Poética” e a teoria aristotélica do ser
Tema da Apresentação
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	O ponto de partida do pensamento de Aristóteles é a crítica ao seu mestre, Platão.
Formulou um sistema filosófico que ficou conhecido como “Metafísica”. Para Platão, a realidade pode ser dividida em duas esferas distintas e incomunicáveis: o sensível e o inteligível. 
	Entendendo melhor...
	O mundo das ideias (inteligível)
	O mundo dos sentidos (o sensível)
	Espaço reservado ao filósofo
	Espaço da vida do homem comum
Somente o filósofo é capaz de transitar do mundo dos sentidos para o mundo das ideias.
	A crítica de Aristóteles:
	Aristóteles afirmou que o sistema filosófico desenvolvido por Platão padecia de uma grave contradição: se as duas esferas são incomunicáveis, como pode o filósofo transitar entre uma e outra? Aristóteles chamou essa contradição de “Paradoxo da relação”.
	Por isso, Aristóteles formulou um sistema filosófico onde não há dualismo e que o tem seu fundamento no indivíduo.
	Formando por duas instâncias: a matéria e a forma.
	Comum a todos os seres humanos.
	
	A organização individual da matéria.
Para Aristóteles, é constitutivo da matéria humana a representação criativa da realidade. É exatamente essa representação o tema do tratado da “Poética”.
Tema da Apresentação
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	“Na poética, Aristóteles faz uma análise da tragédia grega de sua época e da tradição da poesia épica desenvolvendo duas noções de grande influência na teoria e na crítica literárias posteriormente: a noção de mímesis, imitação, segundo a qual a obra de arte tem um sentido mimético, isto é, imita o real; e a noção de catarsis, ou seja, do feito purificador produzido naqueles que assistem as tragédias e que são afetados pelos acontecimentos do palco como se os estivessem vivendo e desta forma são levados a uma vivência e a um amadurecimento.” (MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da filosofia. Dos pré-socráticos a Wittgenstein. Rio de Janeiro: Jorge Zahar ed, 1997. p. 77)
Vassari e o primeiro esforço em sistematizar a história da arte
	No século XVI, Giorgio Vassari (1511-1574) sistematizou uma coletânea com apontamentos biográficos dos principais artistas ocidentais. A partir desse esforço, o pinto italiano criou o primeiro grande tratado de história da arte.
	Auto-retrato de Vassari
Tema da Apresentação
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	Introdução teórica à sociologia da arte
	Texto base: BOURDIEU, Pierre. As regras da arte. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. 
	Pierre Bourdieu critica as análises que essencializam a manifestação artística, ou seja, que tratam a obra de arte como um produto resultante da ação de um gênio criador imune às estruturas sociais. Nesse sentido, o autor francês propõe uma sociologia da arte preocupada em entender a obra nas circunstâncias sociais em que foi produzida.
“Meu método arma-se de todos os recursos da erudição para contribuir com a celebração sacralizante dos clássicos, com o culto dos ancestrais e do “dom dos mortos”, mas para convidar e preparar o leitor a “brindar com os mortos”, como dizia Saint Amant: arranca ao santuário da história e do academicismo textos e autores fetichizados para os recolocar em liberdade.” (BOURDIEU, Pierre. As regras da arte. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. ) p. 14.
	Conclusão da aula:
	Nessa aula vimos que:
		- A arte é uma produção social do artista, que sob aspecto algum é imune às ingerências do mundo social.
		- As concepções de belo e feio são variáveis, estando relacionadas com o contexto social.
		
	Na próxima aula começaremos a estudar as principais correntes da arte contemporânea.
Tema da Apresentação

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