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JOGOS COOPERATIVOS NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: vencer ou cooperar Everton Cardoso Borges1 Resumo O texto apresenta uma breve abordagem sobre os Jogos Competitivos e os Jogos Cooperativos aplicados nas aulas de Educação Física escolar. Foi realizado uma abordagem detalhada entre a prática de um e a do outro, percebendo que ambos apresentam características diferentes na maneira de se jogar. Foram destacados os pontos negativos e positivos entre eles. Verificando que o Jogos Competitivos é mais prejudicial a formação integral da criança do que o Jogos Cooperativos, porque ele é excludente e discriminatório. Ao contrário da prática dos Jogos Cooperativos, cuja criança jogará com o outro, aprimorando as suas habilidades motoras, tendo a satisfação de praticar o jogo, integrada ao grupo sem medo de ser rejeitado. Palavras chave: Educação Física escolar, jogos competitivos, jogos cooperativos. Abstract The text presents a brief approach to the Competitive Games and Cooperative Games applied in Physical Education classes in schools. A detailed approach between both practices was done, realizing that both of them show different characteristics in how to play. Negative and positive points between them were highlighted. Noting that the Competitive Game is more harmful to the children’s whole formation than the Cooperative Game, because it is exclusionary and discriminatory. Unlike the Cooperative Games practice, whose child plays with another one, improving their motor skills and having the satisfaction of practicing the game, integrated to the group without the fear of being rejected. Keywords: Physical Education in School, Competitive Games; Cooperative Games. Introdução Alguns estudiosos por meio de pesquisas e estudos têm comprovado a importância da prática dos Jogos Cooperativos nas aulas de Educação Física, proporcionando o desenvolvimento das habilidades humanas das crianças, os quais favorecem meios para a aquisição de suas potencialidades motoras. Na _______________________ 1 Everton Cardoso Borges. Graduação Licenciatura Plena em Educação Física pela Faculdade Claretianas de Batatais – SP, Pós-graduado em Educação Física escolar com aprofundamento em basquetebol, UFMT-Cuiaba, e Performance Treinamento Esportivo –FAFICLA- Arapongas-PR profº Educação Física do Instituo Madre Marta Cerutti: ensino fundamental e médio, Barra do Garças – MT, e Escola Estadual de Ensino Especial de Aragarças – GO. Docente da Univar – Faculdades Unidas do Vale do Araguaia – MT, no curso de Pedagogia nas disciplinas de: Fundamentos Teóricos e Metodológicos da Educação Física e Fundamentos e Métodos do Ensino do Movimento Corporal. E-mail evertoncborges@ibest.com.br Educação Física pode se constatar por citações descritas no artigo dentre os vários autores a influência negativa dos jogos competitivos, entendendo que são atividades que tem como objetivo a exclusão daqueles que não conseguem vencer, e que em vários momentos das aulas práticas, são eles o alvo principal da discriminação por parte dos colegas, por falta de capacidade motora e melhor aprendizado. Portanto, a proposta é inovação, se é competir e excluir o outro, por que não, cooperar e incluir os outros. Com essa reflexão, os jogos cooperativos é o cabedal necessário para as crianças nas aulas de Educação Física, jogar um com o outro, sem medo de perder, de chegar por último, achar que os outros são melhores, pelo contrário todos vencerão, o grupo vencerá e a premiação será de todos. Assim, as aulas serão mais alegres, tornando um ambiente rico em oportunidades e experiências para o crescimento psicomotor, afetivo e social da criança. 1- Jogos Competitivos: jogar para vencer... Há muito tempo a Educação Física escolar vem passando por transformações consideráveis relacionados ao seu conteúdo ou a maneira de aplicar a sua metodologia na elaboração das aulas pelos professores. Porém, nem sempre o que está sendo desenvolvido nestas aulas está de acordo com o contexto escolar, ou os seus objetivos propostos não são bem claros. Em determinado momento das aulas são ministrados os jogos recreativos, e em outro momento o competitivo. Segundo Vanja, ela esclarece que: Recreação – Play (palavra inglesa que significa prazer, representa uma atividade livre, espontânea, na qual o interesse se mantêm por si só sem nenhuma competição interna ou externa, de forma obrigatória ou opressora, afora o prazer.(2003, p.16) Após o jogo de recreação, em conformidade com a aula e seus conteúdos, inicia-se o jogo competitivo, cuja característica é ter um vencedor ou a equipe conseguir chegar em primeiro lugar, seria o “ganhar ou perder”, não levando em consideração que esse resultado poderá influenciar negativamente na formação do caráter das crianças. Ao realizar uma análise desta ação, ela tem como pejorativo a exclusão, assim não devemos desconsiderar essa atitude e achar que está tudo bem e ignorá-la, pelo contrário. Soler descreve sobre esse ato: Educação Física não pode servir para separar, não podemos mais compactuar com pessoas que, a título de formar atletas, dividem, separam e excluem [...], lembrando que esses são os que mais precisam do professor e da atividade proposta. (2003, p.46) Quando o jogo competitivo está integrado no conteúdo a ser ministrado naquele momento, ou nas próximas aulas, o professor deve saber que ao ser executado, nem todos continuarão a participar, pois a característica dele é a competição, e quem não realizar a atividade bem será eliminado, permanecendo somente aqueles que são considerados os melhores, os mais aptos, os que estão tendo mais oportunidades e provavelmente permanecerão mais tempo jogando, assim contribui diretamente para a melhoria de suas habilidades motoras atinge uma melhor performance. Dentre elas podemos destacar a coordenação, destreza, sociabilização e o raciocínio, assim esses alunos estarão se destacando no meio dos outros. Sobre o jogo competitivo, poderíamos citar vários exemplos, porém, em Metodologia do Ensino de Educação Física, os autores citam um que é excludente: “[...] um jogo como a “queimada” é discriminatória, uma vez que os mais fracos são eliminados (queimados) mais rapidamente, perdendo a chance de jogar [...]” (1992, p.66) Partindo desse princípio, fica uma icognata no ar, e aqueles que não atingiram os objetivos propostos no jogo competitivo, quais foram as dificuldades apresentadas, o professor estava atento a este momento, ele procurou ajudá-lo ou simplesmente ignorou. Também, não devemos esquecer os que são considerados inaptos, aqueles que são incapazes de vencer. De acordo com essa cultura competitiva, Daoli (1995), faz um comentário relevante: Essa tradição cultural, no entanto, tem se mostrado perversa para um grande contingente de alunos, que estão alijados da Educação Física ou sendo subjugados nas aulas, em nome de uma excelência motora de que só alguns são capazes. (apud SOLER, 2003, p.47) Percebe-se portanto que, logo no início da atividade eles foram desclassificados, não continuando na brincadeira, ficarão esperando até o momento de retornar, pois, esse jogo só termina quando restar somente um que será o “vencedor”. Durante essas atividades, as crianças que permanecem menos tempo, pouco produzirão para melhorar as suas habilidades, porque foram poucas acionadas e com uma participação mínima. Portanto, se continuarem nesse processo o desenvolvimento físico, cognitivo e afetivo possivelmente ficará comprometido. Muito se comenta que a Educação Física escolar é para todos, mas, é preciso parar um pouco e fazer uma reflexão sobre essa expressão, paraque isso não se torne um adágio popular, ela é para todos sim, mas nem todos têm esse “privilégio”. A Carta Internacional de Educação Física (Unesco 1978), no seu art.1º, estabelece que “A prática da Educação Física e do Esporte é um direito de todos”. Porém, o que presenciamos em algumas escolas não se fundamenta com esse artigo, o que observamos é uma Educação Física escolar discriminatória, mais voltada para a competição tecnicista, promovendo a segregação daqueles que mais precisam de participar das atividades físicas, termo esse que não deveria existir dentro do ambiente escolar, e sim na sociedade, que por natureza já é competitiva. Segundo Pierre Weil: “ [...] a competição gera uma cultura de trapaça, jogos de poder, esperteza, desonestidade, fraude e corrupção.(apud SOLER. 2003, p.15) As informações que temos é que, essa competitividade é grande, as pessoas estão sempre querendo se sobressair em relação ao próximo. A própria mídia passa por meio de suas programações essa ideologia da busca constante de resultados , e as crianças estão diretamente absorvendo isto, cooperam para moldar o seu caráter e impregnar essas informações em suas mentes, tudo o que é negativo e prejudicial a formação de sua personalidade. Assim, ao chegar na escola, a proposta deve ser pedagogicamente educacional, propondo meios e condições favoráveis, com atividades e jogos orientados, para que ela possa se sentir bem, tenha prazer em passar um período do dia nesse ambiente agradável. Em se tratando de proposta educativa, esclarece Freire: O jogo é, como vemos, uma das mais educativas atividades humanas, se o considerarmos por essa prisma. Ele educa não para que saibamos mais matemática ou português ou futebol; ele educa para sermos mais gente, o que não é pouco.(2002, p.87) Entendemos também que nas escolas existe uma certa cobrança por resultados, vindo da direção para que o professor de Educação Física possa preparar equipes esportivas e venha participar de eventos, em que o aluno estará representando a Instituição Educacional. Boa parte dessas escolas não tem um horário pré-estabelecido para preparar esses alunos, ficando na incumbência do professor utilizar as aulas de Educação Física para treiná-las. Mas, e os alunos que não farão parte desse grupo “seleto”, pois, para se ter uma equipe competitiva deve selecionar os melhores, e que tenham um potencial psicomotor aflorado. Oliveira relata sobre essa busca de resultado: As influências tecnicistas fazem com que a atividade do jogo esteja sistematicamente voltada para o desempenho e para os resultados de alto nível. Nesse caso, os menos habilidosos, que seriam os maiores beneficiários [...], são marginalizados e preteridos em benefício dos talentos. (1983, p.77) Partindo do princípio que todos os alunos que estão incluídos nas aulas de Educação Física, cuja turma estão relacionados os mais aptos, os inaptos, o gordinho, aquele que tem coordenação motora pouco desenvolvida e que esses na infância poucas oportunidades tiveram de brincar. Agora que matricularam-se na escola, iniciando uma nova etapa na vida educacional, com oportunidade impar de aprimorar as suas habilidades motoras e ter a satisfação de praticar algo que vai lhe trazer um grande beneficio e também sendo lhe prazeroso, que é o jogo. Talvez isso deva ser a falta de preparação de alguns professores, pois a realidade está sendo outra, as crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem, e que pela lógica deveriam ter mais oportunidades de participarem dessas aulas, interagindo com as outras, procurando desenvolver e aperfeiçoar suas qualidades não estão inseridos nesse programa. Segundo Maluf, a autora descreve sobre a responsabilidade de renovação do professor: Todo educador tem ampla responsabilidade na renovação das práticas educativas, pois ela, na medida do possível, faz surgir novas práticas educativas propondo novas intenções educativas de desenvolvimento, só alcançáveis por meio dele mesmo.(2008, p.41) Portanto, entendemos que quando confrontamos com um problema, e ele está prejudicando alguém, é preciso repensar sobre essas ações, e se for preciso, que promova uma renovação ou mudança. É preciso mudar e inovar o algo que não está dando certo, para que possa haver transformação, e ela a princípio poderá trazer ótimos benefícios. Como, partindo do pressuposto da modificação dos jogos, que há muito tempo estão presentes nas aulas de Educação Física. Sobre essa transformação Soler informa: Será que os jogos de que necessitamos são estes, ou é chegada a hora de transformarmos o jogo da escola, para tentar, a partir disso, criar uma nova cultura, pois lembro aqui que o principal papel da escola é o de transformar a realidade[...] E a realidade que temos hoje, será que não necessita ser transformada?(2003, p.36) 2. Jogos Cooperativos: Jogo de transformação... Alguns profissionais têm receio do renovo, prefere continuar na mesmice, sai ano entra ano, a mesma coisa, não muda nada, nenhuma criatividade, com essa atitude quem sairá prejudicada será a criança, pois a mesma não terá oportunidade de vivenciar outra prática de atividade física, a não ser o jogo competitivo. Segundo Maluf (2008, p.43) “cabe ao educador diversificar seus métodos de ensino e fazer das aulas momentos significativos”. Para que ocorra uma transformação é necessário que o professor acredite no seu potencial e vá em busca de mudança, e que elas sejam imprescindíveis na vida das crianças. Pois mudando as características da maneira de jogar, haverá um salto quantitativo de alegria e prazer no comportamento e aprendizado. Soler comenta sobre o ato de divertir durante o jogo: “Muitas pessoas inclusive acreditam que a graça do jogo está na competição, quando sabemos que para a criança tanto faz competir ou cooperar; o que ela quer é se divertir.”(2003, p.20) Essa diversão deve estar presente em todas as aulas propostas pelos professores. Esses profissionais da educação serão os responsáveis para propor essa alegria, é a transformação dos jogos competitivos em jogos cooperativos, pois as características deles é a lúdicidade, o prazer de jogar e ser solidário com os outros participantes. E para que ocorra essa transformação é muito prático, o professor deve escolher um jogo competitivo e eliminar durante esse jogo o momento da competitividade, tendo como objetivo o grupo, não valorizando o primeiro lugar, mas sim a participação de todos. Durante o desenrolar das aulas ou na aplicação dos jogos, o professor poderá pedir aos alunos que dêem as suas sugestões sobre os jogos. A opinião deles com certeza, irá proporcionar melhor planejamento das aulas e também haverá maior interação entre professor e aluno, esta integração será mais consistente e participativa entre os dois. Foi descrito abaixo um jogo competitivo denominado como estafeta, e logo após o mesmo jogo, só que ele foi adaptado (transformado), para o jogo cooperativo: 2-1. Enunciado do Jogo Estafeta: • Material: duas cadeiras • Descrição do jogo competitivo (estafeta): Formar duas colunas, com 06 ou mais crianças em cada uma delas, de frente a uma cadeira com uma distância pré-estabelecida pelo professor, uma das crianças deverá ficar sentada de frente a sua coluna (equipe). • Desenvolvimento do jogo: Ao sinal do professor, o primeiro aluno de cada coluna sairá correndo na direção da cadeira, este deverá tocar na mão do outro que está sentado, logo após tocar na mão deve sentar, o aluno que está sentado vai correndo em direção da coluna tocar na mão do segundo aluno que se encontra na coluna. Ao ser tocadoele vai correndo o mais rápido possível na direção da cadeira, cujo local tem um aluno sentado, e assim sucessivamente até que todos concluem o jogo. Ele termina quando o mesmo aluno que começou sentado voltar a sentar novamente. O objetivo desse jogo é constatar qual a equipe que completará a prova em menos tempo, vencendo quem concluir primeiro. 2-2. Descrição do mesmo Jogo Competitivo (Estafeta) Adaptado (Transformado) Para Jogo Cooperativo: . • Material: uma cadeira, aparelho de som, CD(música infantil). • Descrição: Formar uma coluna com seis ou mais alunos, de frente a uma cadeira com distância pré-estabelecida pelo professor, uma das crianças do grupo deverá ficar sentada na cadeira de frente a sua coluna. • Desenvolvimento do jogo: O professor colocará uma música, e ao iniciar esta musica, o primeiro aluno sai correndo até a cadeira onde tem um aluno sentado, toca na mão dele e após tocar deverá sentar, e quem estava sentado e foi tocado deve sair correndo indo em direção à coluna, tocar na mão do primeiro aluno e este sai correndo em direção a cadeira ...e assim sucessivamente, até que todos participem. O objetivo desse jogo é que todos joguem sem a necessidade de se ter um vencedor. O jogo termina quando todos executarem a atividade antes da música terminar. Mencionando os jogos cooperativos é importante tecer um breve comentário sobre sua origem e evolução no Brasil. O tema Jogos Cooperativos começou a ser pesquisado em 1950 nos Estados Unidos, por Ted Lentz. Porém essa temática começou a ser estudado sistematicamente por Terry Orlick, da Universidade de Ottawa, no Canadá, pesquisando a relação entre o jogo e sociedade. No Brasil, o professor Fábio Otuzi Brotto, é considerado o precursor dos jogos cooperativos, procurando com os seus trabalhos de pesquisas difundir e proporcionar esses jogos aos professores , que admiram essa prática e que tem o interesse em aplicá-los nas aulas de Educação Física. Portanto, do momento em que o profissional passa a ter conhecimento do novo, e isso vai contribuir na formação integral das crianças, então está na hora de mudança. Para que possa haver essa mudança e ser agradável, deve começar pelo ambiente escolar, oferecendo nas aulas de Educação Física a inovação. É preciso inovar a prática dos jogos, inserindo os jogos cooperativos e procurar adequá-los a todos, cujo objetivo é ensinar a jogar com todos e não contra os outros, não tendo vencedores, mas que todos possam vencer. Soler esclarece sobre esse vencer: “[...] um jogo, quando é utilizado de forma a ensinar, deve trazer em seu conteúdo elementos que permitam á criança entender para que serve, e cabe ao professor estar informando isso.”(2003, p.40) Acreditamos que o momento em que estamos vivendo, com a modernização a todo vapor, a tecnologia cada dia mais avançada, e com as crianças deixando de brincar nas ruas, algumas assumindo compromissos muito cedo, porque elas além de ter o período normal de aula, algumas têm outras atividades, frequentam cursos de línguas estrangeiras no contra-turno ou fazem cursos de aperfeiçoamentos, por exemplo: informática, música, artes etc.., sem computar que precisam ter por dia um período de estudo em casa, onde revê e estuda as matérias do dia. Assim, com boa parte do dia tomada por obrigações e tarefas, restando pouco tempo para brincar, então esse é o momento da escola ofertar a essas crianças condições de ampliarem as suas habilidades e participarem com entusiasmo, vivendo a praticidade de jogar, em que aumenta o seu bem-estar e melhora a auto-estima. Essa alegria deve ser contagiante entre eles, depende somente do professor para desenvolver essa prática, externando a todos a ação dos jogos cooperativos nas aulas de Educação Física, que por meio dela algumas habilidades serão desenvolvidas. Soler cita algumas dessas habilidades que com a prática dos jogos poderão progredir: Habilidades intelectuais: imaginar, perguntar, concentrar, decidir e adivinhar. Habilidades interpessoais: encorajar, explicar, entender, retribuir e ajudar. Habilidades em relação aos outros: respeito, apreciação, paciência, positivismo e apoio. Habilidades físicas: falar, ouvir, observar, coordenar e escrever. Habilidades pessoas: alegria, compreensão, discrição, entusiasmo e sinceridade. (2003, p.49) Todas as habilidades descritas acima será possível exercitá-las, desde que haja aulas com conteúdos sistemáticos voltados aos jogos cooperativos, levando a criança a jogar com prazer. Até parece um sonho, mas ele não está longe, as crianças podem nas aulas de Educação Física, participar e executar as atividades dos jogos com alegria. Toda essa alegria será refletida nos movimentos motores, externando a todos o prazer que ela está sentindo naquele momento, por meio da ludicidade dos jogos cooperativos, e o facilitador deve ser o responsável de propor esse ambiente descontraído e harmonioso, entende-se que com a execução de atividade de cooperação as aulas terão mais qualidade. Considerações Finais Os Jogos Cooperativos, enquanto ação pedagógica de jogar com o outro, proporciona um aprendizado de companheirismo e solidariedade para com o próximo, cujo, os elementos são primordiais para o processo educativo, propiciando entretenimento às aulas, levando-a na Educação Física escolar a ser motivada a aprender jogando. Contudo, torna-se imprescindível ao educador uma postura de renovação das práticas educativas necessárias à formação motora integral da criança na Educação Física. De acordo com Borges, ele comenta sobre essa postura que o professor deve ter “ A criança está nas mãos do professor e este, portanto, tem a responsabilidade de lhe proporcionar boas condições para que se desenvolva integralmente.”(2002, p.137). E por meio dessa atitude em relação ao aluno, venha criar uma junção de interação entre o educador e o educando. Compete ao professor conhecer quais as faixas etárias das crianças com as quais irá trabalhar, para elaborar o plano de ação compatível com as suas habilidades, podendo assim desenvolver uma metodologia compatível aos seus interesses. Na Educação Física escolar é necessário a criança ter o hábito de comunicar-se constantemente com as outras crianças, com o professor, e todos aqueles que estão ao seu redor, deve conduzi-la e instiga-la para participar, interagir e vivenciar as práticas propostas. O professor deve guiar a criança, a cada aula, numa ação contínua, no encanto que as levará ao conhecimento e as dimensões que perpassam o seu desenvolvimento, num espaço de tempo muito curto, a um aprendizado satisfatório e contagiante que é a descoberta e a participação ativa nos jogos cooperativos. Referência Bibliográfica ABEC – UNIVAR FACULDADES UNIDAS DO VALE DO ARAGUAIA: Elaborando Trabalhos Científicos – Normas para apresentação e elaboração. Barra do Garças – MT: Editora ABEC, 2008. 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