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Medicina nove de julho – 3° semestre @ray.medd Desenvolvimento do Sistema Respiratório - O sistema respiratório é formado na quarta semana de gestação O sistema respiratório, num geral é derivado o mesoderma lateral Uma parte do nosso epitélio respiratório vem do endoderma e o restante do mesoderma esplâncnico (esplancnopleura) Durante esse período o embrião já passou por dobramentos em dois eixos, eixo craniocaudal e eixo lateral. Que dará o formato de posição fetal . O sistema respiratório se originará a partir do intestino primitivo Desenvolvimento da traqueia Na região cervical começamos a observar arcos faríngeos que estão dos dois lados do que seria o pescoço do embrião. Temos “pares” de arcos faríngeos do 1-4 e o 6 – perdemos o 5. Abaixo do 4 par do arco faríngeo, observamos um corte, um sulco que é chamado de sulco laringotraqueal. A partir dele temos uma proeminência que chamamos de divertículo respiratório, que dará origem ao sistema respiratório. A endoderme da origem aos epitélios respiratórios – glândulas, traqueia, laringe e brônquios O mesoderma esplâncnico da origem ao tecido conjuntivo, musculo liso e cartilagens O divertículo, a princípio, possui uma comunicação com o intestino primitivo do qual se originou, então passa a acontecer uma constrição entre essas duas estruturas, uma se tornará o esôfago e a outra a traqueia. Essa constrição que fecha a comunicação entre as estruturas se chama prega traqueosofágica - separa a traqueia do esôfago *existem situações que não ocorre essa separação e o esôfago e a tranqueia continuam se comunicando – FÍSTULA (DEFEITO NA PREGA TRAQUEOESOFÁGICA) associada a atresia de esôfago (quando um dos túbulos possui o fundo fechado, que não desemboca onde deveria). Em alguns casos temos a associação das duas anormalidades (fistula + atresia) ****A formação dessas fistulas pode ocasionar pneumonia pois o alimento vai parar nos pulmões A partir da traqueia surgem dois brotos - os brotos primários – cada broto irá dar origem a um pulmão. Desenvolvimento dos brônquios e pulmões Dentro: endoderma – epitélio Fora: mesoderma esplâncnico – cartilagem, tecido conjuntivo, m. liso. Cada broto primário dará origem a dois brotos secundários, e a partir desses forma-se a arvore brônquica. Do canal pericardioperitoneal se origina a cavidade pleural. *as pleuras se originam a partir do crescimento lateral para dentro dos canais pericardioperitoneais O mesoderma esplâncnico da origem ao folheto VISCERAL da pleura O mesoderma somático da origem ao folheto PARIETAL da pleura Celoma embrionário da origem a cavidade pleural - O brônquio embrionário direito em sua formação acaba ficando mais alto e vertical que o esquerdo e por isso de mais fácil acesso durante toda a vida. MATURAÇÃO DOS PULMÕES 1- Fase pseudoglandular Nessa fase ele se assemelha ao que seria uma glândula endócrina 5ª a 17ª semana: formação das principais estruturas – brônquios, bronquíolos... *com exceção dos alvéolos que fazem a troca gasosa e pneumócitos do tipo 1 2- Estágio canalicular 16ª semana a 26ª semana: a respiração é possível ao final do período canalicular, pois alguns alvéolos de parede delgadas (alvéolos primitivos, mas que conseguem realizar trocas gasosas) se desenvolvem no final dos bronquíolos *os sacos terminais darão origem aos alvéolos 3- Saco Terminal 24ª semana até ao final do período fetal – dura até o nascimento Surgimento e maturação dos pneumócitos do tipo I, nessa fase chegam ao seu desenvolvimento completo - Os sacos terminais são revestidos principalmente por pneumócitos I Aparecimento do pneumócitos tipo II- Essas células são responsáveis pela produção e secreção de surfactante um tipo de substância de fosfolipídio e proteínas que reduz a tensão superficial alveolar (impedem que os pulmões colabem - atelectasia). O cortisol (esse estágio é concomitante com o desenvolvimento suprarrenal) sinaliza para essas células começarem a sintetizar surfactante, e assim se tornarem maduras. Quando o RN não possui ou não desenvolveu corretamente esses pneumócitos temos o que chamamos SARRN – Síndrome da Angústia Respiratória do Recém-nascido. A sobrevida desses recém-nascidos tem aumentado pelo uso pré-natal de corticosteroides (esteroides produzidos pelo córtex das glândulas suprarrenais), que induz a produção de surfactante, e com a terapia pós-natal de reposição de surfactante. 4- Estágio alveolar Final do período fetal até aos 8 anos: ao final do período fetal, os pulmões são capazes de realizar a respiração, pois a sua membrana alveolocapilar (barreira de difusão pulmonar ou membrana respiratória) é delgada o suficiente para realizar as trocas gasosas. Embora os pulmões não comecem a realizar essa função vital até o nascimento, estão bem desenvolvidos e, portanto, capazes de funcionar prontamente após o nascimento. MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS FETAIS Dentro do útero o feto começa a treinar a movimentação respiratória, à medida que a data do parto se aproxima esses movimentos de treinamento aumentam. A aspiração do líquido amniótico é importante para o desenvolvimento dos pulmões. Se o indivíduo possui pouco líquido amniótico (oligodrâmnio), isso prejudica o desenvolvimento do sistema respiratório, levando a uma hipoplasia pulmonar grave. Como o líquido amniótico é formado em grande parte pelas nossas excretas (urina) o mal desenvolvimento dos rins pode afetar o desenvolvimento dos pulmões devido ao mecanismo do âmnio. MÁ FORMAÇÕES PULMONARES AGENESIA – é uma malformação congênita rara, consistindo na ausência completa do parênquima pulmonar, brônquios e vasos pulmonares – podem ser unilaterais ou bilaterais (incompatível com a vida) – falha na sinalização celular que leva o estímulo para o divertículo APLASIA PULMONAR – fundo cego dos brônquios – não há comunicação entre eles e as vias superiores. Mas há a formação do pulmão. *trissomia do cromossomo 18 – mutações no feto HIPOPLASIA PULMONAR – desenvolvimento incompleto de um ou ambos os pulmões, resultando na redução de número de dicotomizações da arvore brônquica e seus alvéolos associados. Autonomia respiratória - Produção de surfactante; circulação sistêmica e pulmonar; e o pulmão já está maduro para fazer secreção de gás
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