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TPI_MEDICINA_2023 2_25 OUTUBRO2023_DEVOLUTIVA CADERNO 2

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CURSO DE MEDICINA - AFYA NOTA FINAL
Aluno:
Componente Curricular: Teste de Progresso Institucional - MEDICINA
Professor (es):
Período: 202302 Turma: Data:
TESTE DE PROGRESSO INSTITUCIONAL_MEDICINA_2023.2_25
OUTUBRO2023
RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA
PROVA 09643 - CADERNO 002
1ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Neste caso, a presença de anticorpos IgG indica imunidade passada à rubéola, o que é benéfico
para evitar a infecção durante a gravidez. Não há evidência de infecção ativa, e a vacinação não
é necessária neste momento.
REFERÊNCIA:
ABBAS, Abul K. et al. Imunologia Celular e Molecular. 10 ed. Disponível em: Minha Biblioteca.
s.l.: Grupo GEN, 2023. Acesso em: 3 out. 2023.
2ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Nesse cenário, a análise descritiva envolve a identificação de fatores associados à doença
(presença de lixo e água parada) e a analítica investiga a relação entre o uso de repelente e a
probabilidade de contrair a doença. O estudo de caso-controle é apropriado quando se deseja
comparar grupos de indivíduos com e sem a doença para determinar associações. As outras
alternativas não se encaixam totalmente nas características descritas no cenário.
REFERÊNCIAS:
Gusso, Gustavo, et al. Tratado de medicina de família e comunidade - 2 volumes: princípios,
formação e prática. Disponível em: Minha Biblioteca, (2nd edição). Grupo A, 2019. Cap. 67
Pesquisa quantitativa.
Rouquayrol, Maria, Z. e Marcelo Gurgel. Rouquayrol - Epidemiologia e saúde. Disponível em:
Minha Biblioteca, (8th edição). MedBook Editora, 2017. Cap. 6 Desenhos de pesquisa em
epidemiologia.
3ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A criança com constipação funcional apresenta muitas vezes defecação dolorosa e/ou
infrequente, incontinência fecal e dor abdominal, sendo causa de sofrimento significativo para a
criança e sua família. A definição atual de constipação infantil foi estabelecida pelos critérios de
ROMA IV, que apresenta para crianças de 4 anos até adolescentes (uma vez por semana por
pelo menos um mês). Pelo menos 2 destes critérios: – duas ou menos evacuações no banheiro
por semana; – pelo menos um episódio de incontinência fecal por semana; – história de
comportamento de retenção ou retenção voluntária excessiva de fezes; – história de
evacuações dolorosas ou duras; – história de fezes de grande diâmetro, que podem obstruir o
vaso sanitário; – grande massa fecal no reto. Sendo assim, compatível com o caso descrito.
Faltam dados significantes para as demais alternativas.
REFERÊNCIAS:
JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de pediatria. v.1.
Barueri - SP. Editora Manole, 2021. E-book. ISBN 9786555767476.
https://www.sprs.com.br/sprs2013/bancoimg/190521112509Artigo_Constipacao_cronica_funcional.pdf
RAMOS, Ana Regina Lima; PINTO, Raquel Borges; SANFELICE, Francieli Spiazzi. Constipação
crônica funcional: como o pediatra deve manejar. 2013
4ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A doxiciclina é um tratamento recomendado para a sífilis em indivíduos não grávidas com
alergia confirmada à penicilina. No entanto, a administração de doxiciclina oral em mulheres
grávidas é contraindicada porque a ingestão de tetraciclina pode causar danos ósseos e
depósitos nos dentes (amarelecimento dos dentes decíduos) na prole.
O resultado positivo de um teste treponêmico (FTA Abs) e de um não treponêmico (RPR) já
confirma o diagnóstico nesta gestante e deve-se iniciar o tratamento, sem a necessidade de
realizar outro teste treponêmico para confirmação. A paciente não tem história de tratamento
anterior documentado com queda da titulação em pelo menos duas diluições e, portanto, não é
um caso de cicatriz sorológica.
A penicilina G é o único agente comprovadamente seguro e eficaz no tratamento da sífilis em
gestantes. Contudo, a paciente relata ter tido reação alérgica à penicilina no passado. Portanto,
antes de iniciar a terapia, deve-se primeiro determinar se a paciente pode tolerar o tratamento
com penicilina. Não existem alternativas comprovadas à penicilina para o tratamento seguro e
eficaz da sífilis em mulheres grávidas. Portanto, a dessensibilização à penicilina deve ser
realizada em todos os pacientes com alergia à penicilina que sejam diagnosticados com sífilis
durante a gravidez. O processo de dessensibilização pode ser realizado com segurança
durante a gravidez e não afeta negativamente o resultado da gravidez. Em condições para as
quais não existem medicamentos alternativos aceitáveis ​​(como sífilis na gravidez), a
dessensibilização permite utilizar o medicamento de escolha e evitar complicações associadas à
infecção não tratada (neste caso, infecção transplacentária do feto).
A azitromicina pode ser usada como medicamento de segunda linha no tratamento da sífilis em
indivíduos não grávidas com alergia confirmada à penicilina. Contudo, o antibiótico não atravessa
livremente a barreira placentária, por isso o feto não será tratado eficazmente. Portanto, não é
recomendado para o tratamento da sífilis durante a gravidez.
Apenas observação é inadequado neste paciente com sífilis confirmada (ou seja, teste de
triagem positivo e teste confirmatório). A infecção por sífilis não tratada coloca tanto a mãe
como a criança em risco de complicações graves, incluindo sífilis congênita, sífilis cardiovascular
e neurossífilis.
 
REFERÊNCIA:
Protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas para Prevenção de transmissão Vertical de HIV, Sífilis
e Hepatites virais – Ministério da Saúde 2022.
FERNANDES, Cesar E. Febrasgo – Tratado de Obstetrícia. [s.l.]: Grupo GEN, 2018. E-book.
ISBN 9788595154858. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595154858/. Acesso em: 9 out. 2023.
5ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
O conceito de “acidente de trabalho” é definido pela Lei n.º 8.213, de 24 de julho de 1991. De
acordo com essa legislação, considera-se acidente de trabalho, dentre outros:
“O acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho.
No percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela.”
Ou seja, mesmo não ocorrendo durante a execução de suas atividades laborais, se se deu no
trajeto de sua casa para o trabalho. Esse tipo de acidente é referido como “acidente de
percurso”, sendo uma subcategoria dos acidentes de trabalho conforme previsto na legislação
brasileira.
REFERÊNCIA:
Lei n.º 8.213, de 24 de julho de 1991. Art. 21.
6ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Este paciente preenche os critérios para transtorno depressivo maior, conforme evidenciado por
seu humor deprimido, anedonia, fadiga, falta de concentração, distúrbios do sono, diminuição
do apetite e perda de peso. A sertralina pertence à classe dos inibidores seletivos da recaptação
da serotonina (ISRS), o tratamento de primeira linha para transtorno depressivo maior.
Até metade dos pacientes que tomam ISRS apresentam disfunção sexual, incluindo ejaculação
retardada e outras condições, como anorgasmia e diminuição da libido. A disfunção sexual
induzida por ISRS pode ter remissão espontânea em 2 a 8 semanas. No entanto, se a
disfunção sexual persistir, diminuir a dose de ISRS (em pacientes que estão em altas doses e
em remissão), aumentar com sildenafil ou mudar para um antidepressivo não ISRS que não
cause disfunção sexual (por exemplo, bupropiona, mirtazapina) pode ser indicado.
DISTRATORES:
A hipotensão postural é um efeito colateral potencial dos antidepressivos tricíclicos (TCA), mas
não é um efeito colateral comum dos ISRSs. Os ADTs bloqueiam os receptores alfa-1 nos vasos
sanguíneos, o que pode causar vasodilatação, hipotensão e barorreflexos prejudicados.
A síndrome da serotonina é um efeito colateral muito raro da monoterapia com ISRSs, como é
o caso deste paciente. Em vez disso, é mais provável queessa síndrome ocorra com o uso
simultâneo de dois ou mais medicamentos serotoninérgicos (por exemplo, inibidor da MAO e
ISRS). A síndrome serotoninérgica também pode ocorrer ao mudar o regime de medicação de
uma classe de drogas serotoninérgicas para outra classe de drogas serotoninérgicas (por
exemplo, de inibidor da MAO para ISRS). Por esse motivo, a primeira droga deve ser reduzida
ou mesmo interrompida por alguns dias antes da introdução do novo agente.
Os antidepressivos tricíclicos têm efeitos anticolinérgicos, que podem induzir taquicardia,
arritmia, íleo intestinal e diminuição da contração do músculo detrusor da bexiga, que pode
levar à retenção urinária. No entanto, os efeitos anticolinérgicos não são um efeito colateral
comum dos ISRSs.
Embora alguns estudos tenham demonstrado que os antidepressivos podem aumentar o risco
de suicídio em pacientes com menos de 24 anos de idade com ideação suicida pré-existente
nas primeiras semanas de tratamento, não há evidências de que ISRSs ou antidepressivos
tricíclicos aumentem a tendência suicida em indivíduos não suicidas da faixa etária deste
paciente. Presume-se que esse efeito colateral bastante raro seja causado pelo início sequencial
dos efeitos dessas drogas: enquanto os ISRSs podem aumentar a motivação do paciente para
iniciar e realizar atividades autodirigidas (incluindo comportamento autodestrutivo) logo após o
início do tratamento, o início dos efeitos de elevação do humor podem ser retardados por 2 a 4
semanas. Como esse paciente tem 58 anos e não é suicida, outro efeito colateral deve ser
considerado.
REFERÊNCIA:
BRUTON, L L.; HILAL-DANDAN, R. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman e
Gilman. Grupo A, 2018. E-book. ISBN 9788580556155. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580556155/. Acesso em: 09 mai.
2023.
7ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Paciente possui critérios de Framingham para diagnóstico clínico de IC, sendo eles: dispneia
paroxística noturna, turgência jugular, cardiomegalia ao Rx, sinais de edema agudo de pulmão,
ritmo de galope na ausculta cardíaca. Todos esses são critérios maiores, sendo necessários
apenas dois deles para diagnóstico. Ainda como critério menor, temos edema de membros
inferiores, dispneia e derrame pleural.
Com base no diagnóstico, é necessário classificar o perfil hemodinâmico para tratamento, e
esse caso apresentado nos revela uma paciente em perfil hemodinâmico B “quente e úmido”,
sendo os vasodilatadores venosos (nitratos) e diuréticos de alça as medicações indicadas para
tratamento nesse momento. A classificação de Stevenson propõe avaliação do perfil
hemodinâmico para tratamento da IC: pacientes que apresentam congestão são denominados
“úmidos”, enquanto os sem congestão, “secos”. Os que apresentam sinais de perfusão
periférica inadequada são denominados “frios”, e os sem sinais de baixa perfusão, “quentes”.
Portanto, temos que as demais alternativas estão incorretas por classificação inadequada. A
alternativa “perfil hemodinâmico B, devendo iniciar furosemida e espironolactona, ambos por via
oral para ação diurética rápida” está incorreta porque o tratamento nesse momento é com
vasodilatadores e diuréticos de alça (e não mineralocorticoide), e as medicações devem ser
venosas devido à emergência em questão. Durante a internação, já com a paciente
estabilizada, as medicações que fazem parte dos pilares do tratamento da insuficiência cardíaca
vão sendo adicionadas: IECA/BRA ou Sacubitril Valsartana, bloqueador mineralocorticoide,
iSGLT2, betabloqueadores.
REFERÊNCIA:
CASTRO, Iran. Livro-texto da sociedade brasileira de cardiologia. 3. ed. s.l.: Editora
Manole, 2021. E-book. ISBN 9786555761009. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555761009/. Acesso em: 10 ago.
2023.
8ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A depleção de K+ produzida pelos diuréticos da classe das tiazidas é dependente da dose e
varia de pessoa para pessoa, de modo que um subconjunto de pacientes pode sofrer uma
depleção considerável de K+ ao usar os diuréticos. Quando esses fármacos são administrados
de modo crônico, até mesmo pequenas doses levam a alguma depleção de K+, o que
representa um fator de risco bem conhecido para arritmias ventriculares ao reduzir a reserva
de repolarização cardíaca. 
REFERÊNCIA:
BRUTON, L., L.; R. Hilal-Dandan. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman e
Gilman. 13. ed. Disponível em: Minha Biblioteca. Grupo A, 2018.
9ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Deve-se indicar imediata resolução da gestação diante de sangramento materno incontrolável
(alteração hemodinâmica), vitalidade fetal alterada, maturidade fetal comprovada ou idade
gestacional acima de 37 semanas. Com o avanço da idade gestacional, há risco aumentado de
sangramento vaginal significativo que leve ao parto. Por isso, especialmente nas gestantes com
placenta prévia, está indicada a interrupção da gestação com 37 semanas, por cesárea.
Em casos selecionados de placentas de inserção baixa, sem complicações, pode-se permitir o
parto por via vaginal.
Alguns estudos sugerem que a ultrassonografia transvaginal pode auxiliar na decisão do tipo de
parto. Quando a distância entre a placenta e o orifício interno do colo estiver entre 11 e 20
mm, há pequeno risco de sangramento (29% a 31%) e menor necessidade de cesárea. Já nas
placentas localizadas entre 0 e 10 mm do orifício interno, as incidências de operação cesariana
estão entre 75% e 90%. Esses casos são fortemente associados a sangramento vaginal e, na
maioria das vezes, exigem cesárea realizada com segurança.
Nos casos de óbito fetal, a cesárea está indicada quando a placenta estiver em contato com o
orifício interno do colo. Devem-se avaliar outros fatores, como idade gestacional, número de
cesáreas prévias, tempo de óbito, hemorragia, sistema de coagulação e condições do colo
uterino para a decisão pela via vaginal.
REFERÊNCIA:
FERNANDES, Cesar E. Febrasgo – Tratado de Obstetrícia. s.l.: Grupo GEN, 2018. E-book.
ISBN 9788595154858. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595154858/. Acesso em: 9 out. 2023.
10ª QUESTÃO
Resposta comentada:
As mulheres que apresentarem laudo citopatológico de HSIL deverão ser encaminhadas à
unidade
de referência para realização de colposcopia (A). A repetição da citologia é inaceitável como
conduta inicial.
Na presença de achados anormais maiores, JEC visível (ZT tipos 1 ou 2), lesão restrita ao colo e
ausente suspeita de invasão ou doença glandular, deverá ser realizado o “Ver e Tratar”, ou
seja, a excisão tipo 1 ou 2, de acordo com o tipo da ZT (conforme Tópicos Complementares –
Tipos de excisão) (A). Em locais em que não esteja garantida a qualidade da citologia ou quando
o colposcopista não se sentir seguro quanto à relevância dos achados, a biópsia é aceitável (B).
REFERÊNCIA:
Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero / Instituto
Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação de Prevenção e Vigilância.
Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede. – 2. ed. rev. atual. – Rio de
Janeiro: INCA, 2016.
11ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A Manobra de Ritgen modificada é realizada utilizando-se uma das mãos com o auxílio de uma
compressa para abaixar o corpo perineal durante o período expulsivo, visando reduzir a
necessidade de realização de episiotomia, além da redução de lesões perineais. Com a outra
mão, ampara-se o occipital fetal para reduzir a velocidade no desprendimento e na extensão do
polo cefálico quando da expulsão fetal.
REFERÊNCIAS:
Obstetrícia de Williams. 25a Ed. McGraw Hill Brasil, 2021. Assistência ao trabalho de parto.
Obstetrícia do Zugaib. Ed. Manole, 2012. Assistência ao parto.
12ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A terapia oral de reidratação (SOR) é geralmentea primeira linha de tratamento para crianças
com desidratação leve a moderada, plano B, devido à diarreia e vômitos. O SOR contém uma
mistura equilibrada de água, eletrólitos e glicose para reidratar o corpo e repor os nutrientes
perdidos. A criança pode receber o SOR em pequenas quantidades, com frequência, para evitar
a desidratação e melhorar o estado clínico. As outras opções não são as abordagens
recomendadas para tratar desidratação moderada. O uso de antidiarreicos não é indicado em
crianças com diarreia aguda, e a prescrição de antibióticos não é necessária para a maioria dos
casos de diarreia viral. A recomendação de dieta normal pode ser arriscada, pois a criança pode
não conseguir reter alimentos devido aos vômitos. Prescrever um probiótico pode ser benéfico,
mas a prioridade é a reidratação adequada com SOR. A administração do SOR em uma unidade
de atendimento é importante para garantir que a criança receba a quantidade adequada e seja
monitorada quanto à melhora do estado de hidratação.
REFERÊNCIA:
Ministério da Saúde. Manejo do Paciente com Diarreia [cartaz]. Brasília: Ministério da Saúde.
Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/cartazes/manejo_paciente_diarreia_cartaz.pdf. 
13ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Comentários:
1. Apesar de o BAAR não ser específico e exclusivo para o diagnóstico de tuberculose, o
fato de, além de ter o BAAR positivo, ter também TRM-TB positivo, associado à clínica
compatível, confirma-se o diagnóstico de tuberculose ganglionar.
2. Pacientes com tuberculose, de uma forma geral, não necessitam de isolamento de
contato.
3. Pacientes com tuberculose ganglionar não necessitam de isolamento respiratório, o
qual é amplamente indicado em casos de tuberculose pulmonar e de laringe.
4. O paciente não apresenta quadro clínico ou de imagem pulmonar que indique o
procedimento proposto.
 
 
REFERÊNCIA:
MANUAL DE RECOMENDAÇÕES PARA O CONTROLE DA TUBERCULOSE NO BRASIL 2ª edição
atualizada – Ministério da Saúde.
14ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A primeira afirmação diz menção a quadro de colecistite, com presença de sinal de Murphy,
associada a elevação de Brb direta. A segunda afirmação descreve o quadro de leptospirose, na
qual se observa elevação de bilirrubina indireta. A terceira afirmação descreve quadro de
colangite esclerosante, na qual se observa elevação de Brb direta, e não indireta, tornando tal
afirmação falsa. A quarta afirmação descreve situação de hemólise induzida por fármacos em
indivíduo deficiente de G6PD, o que ocasiona elevação de Brb indireta. A quinta afirmação, com
relação à icterícia associada ao LES, sugere ocorrência de hemólise, com consequente elevação
de Brb indireta, tornando tal afirmação falsa. Com isso, estão corretas as afirmativas I, II e IV.
REFERÊNCIA:
GOLDMAN, Lee; SCHAFER, Andrew I. Goldman-Cecil Medicina. [SL]: Grupo GEN, 2022. E-
book. ISBN 9788595159297. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595159297/. Acesso em: 20 fev. 2023.
15ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A presença de queimação crônica retroesternal (pirose) associada à dor torácica intermitente
pode indicar a necessidade de tratamento cirúrgico em um paciente com refluxo
gastroesofágico. Esses sintomas sugerem a possibilidade de complicações mais graves, como
esofagite grave, estenose esofágica ou até mesmo esôfago de Barrett, que é uma condição
pré-cancerígena. O tratamento cirúrgico, conhecido como fundoplicatura laparoscópica, é
geralmente considerado em pacientes com sintomas graves e/ou complicações de refluxo que
não respondem ao tratamento medicamentoso, como os IBPs.
Análise das Alternativas: Sintomas ocasionais de azia após refeições apimentadas são
comuns, e geralmente podem ser gerenciados com modificações no estilo de vida e
medicamentos antiácidos. Não indica necessariamente cirurgia.
Sintomas de regurgitação ácida que respondem bem aos IBPs sugerem que o tratamento
medicamentoso está sendo eficaz, portanto, a cirurgia não é necessária nesse contexto.
A presença de esofagite erosiva proveniente de endoscopia é uma indicação para tratamento
medicamentoso e modificações no estilo de vida, mas não é uma indicação direta para cirurgia.
Tosse seca noturna após deitar pode ser um sintoma de refluxo laringofaríngeo, mas não é
uma indicação clara de cirurgia. Geralmente, essa condição é gerenciada com modificações na
dieta e no estilo de vida, bem como tratamento medicamentoso.
Lembrando que a tomada de decisão em relação ao tratamento cirúrgico deve ser baseada em
uma avaliação abrangente do paciente, considerando a gravidade dos sintomas, a resposta ao
tratamento medicamentoso e a presença de complicações relacionadas ao refluxo
gastroesofágico.
REFERÊNCIA:
SABISTON. Tratado de cirurgia: A base biológica da prática cirúrgica moderna. 20. ed.
Capítulo 42. Saunders. Elsevier. 
16ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Em relação às assertivas, as seguintes explicações corroboram a resposta:
I. A privacidade é o direito que o adolescente possui, independentemente da idade, de ser
atendido sozinho, em um espaco̧ privado de consulta, inclusive durante o exame fıśico, onde
são reconhecidas sua autonomia e individualidade.
II. Os profissionais da saúde têm o dever legal de comunicar à autoridade competente as
situações em que há suspeita ou confirmação de maus tratos e de abuso sexual contra
crianças e adolescentes. A comunicação à autoridade competente não acarreta infração ética,
não se configurando, assim, violação do segredo profissional.
III. A confidencialidade é direito do adolescente, reconhecido no artigo 103 do Código de Etica
Médica. A quebra do sigilo, também prevista no mesmo artigo, deverá ser realizada com o
conhecimento da adolescente, mesmo que sem sua anuência.
IV. Oferecer o teste rápido e o aconselhamento também são oportunidades para facilitar o
atendimento preventivo e o início do cuidado com a saúde dos adolescentes que estejam com
IST ou infectados pelo HIV.
REFERÊNCIAS:
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações
Programáticas e Estratégicas. Proteger e cuidar da saúde de adolescentes na atenção básica
[recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de
Ações Programáticas e Estratégicas. – Brasília: Ministério da Saúde, 2017. 234 p. : il.
FEBRASGO. Febrasgo – Tratado de Ginecologia. [s.l.]: Grupo GEN, 2018. E-book. ISBN
9788595154841. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595154841/. Acesso em: 9 out. 2023.
17ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A paciente inicialmente apresentava um quadro de iminência de eclampsia, evoluindo para
eclampsia no ambiente hospitalar, por apresentar crise convulsiva.
A medicação preconizada para eclampsia é o sulfato de magnésio, e em se tratando de uma
emergência obstétrica, a interrupção da gestação torna-se preponderante.
Importante ressaltar os cuidados vitais com a paciente, acesso venoso, coleta de sangue para
realizar exames laboratoriais (principalmente função hepática, renal e avaliar HELLP síndrome).
REFERÊNCIA:
FERNANDES, Cesar E. Febrasgo – Tratado de Obstetrícia. s.l: Grupo GEN, 2018. E-book.
ISBN 9788595154858. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595154858/. Acesso em: 9 out. 2023.
18ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A ocorrência de nefrite intersticial aguda está frequentemente associada a medicações, dentre
elas os antibióticos, como as cefalosporinas (ceftriaxona). O diagnóstico é sugerido pela
presença de IRA não oligúrica, especialmente em associação a sinais de hipersensibilidade
sistêmica, tais como febre, rash cutâneo e eosinofilia. A piúria estéril e a hematúria
microscópica são achados comuns, e a proteinúrianão nefrótica pode estar presente. A terapia
envolve a interrupção do agente causal, podendo, em alguns casos, ser necessário o uso de
glicocorticoides. 
REFERÊNCIAS:
JOHNSON, Richard et al. Nefrologia clínica. Abordagem abrangente. 5. ed., 2016. 
RIELLA, M.C. Príncipios de nefrologia e distúrbios hidroeletrolíticos. 6. ed., 2018.
19ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Os anti-inflamatórios são usados para impedir ou diminuir um processo inflamatório causado por
uma infecção ou lesão. A inflamação é ocasionada pelo aumento da produção da
prostaglandina. Quando um anti-inflamatório é utilizado, suas moléculas competem com as
enzimas ciclo-oxigenases, preenchem seus receptores e impedem que ajam sobre o ácido
araquidônico, o que impede a formação da prostaglandina. Com menor produção de
prostaglandina pelo corpo, a inflamação diminui.
REFERÊNCIA:
BRUTON, L. L.; HILAL-DANDAN, R. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman e
Gilman. [Porto Alegre]: Grupo A, 2018. E-book. ISBN 9788580556155. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580556155/. Acesso em: 3 out. 2023.
20ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Os exames fundamentais antes de se iniciar TRH são: 
– Perfil lipídico: Para afastar hipercolesterolemia
– Perfil glicêmico: Para afastar diabetes
– Mamografia: Para afastar neoplasias mamárias
USG Transvaginal: A indicação da investigação endometrial na rotina está relacionada a
sintomas
genitais, como sangramentos irregulares na pré, durante ou após a instalação da menopausa.
Não tem recomendação de rastreio, apenas indicação no controle das mulheres em uso de
reposição hormonal.
Dosagens hormonais e tireoidianas não são estritamente necessárias para iniciar TRH, visto que
os sintomas já são suficientes para o diagnóstico da síndrome climatérica. 
REFERÊNCIAS:
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações
Programáticas Estratégicas. Manual de Atenção à Mulher no Climatério/Menopausa / Ministério
da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas.
– Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2008. 192 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos)
(Série Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos – Caderno, n.9)
FEBRASGO. Febrasgo – Tratado de Ginecologia. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2018. E-book.
ISBN 9788595154841. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595154841/. Acesso em: 24 ago.
2023.
21ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Nesse cenário clínico, os sintomas apresentados pela paciente (ganho de peso inexplicável, pele
ressecada, constipação, fadiga e sensação de frio constante) são característicos de uma função
tireoidiana reduzida, ou seja, hipotireoidismo. A hiposecreção de TRH pelo hipotálamo resulta
em uma diminuição da estimulação da glândula tireoide para produzir hormônios tireoidianos
(T3 e T4), o que leva aos sintomas observados. A falta de estimulação adequada do hipotálamo
afeta negativamente o eixo hipotálamo-hipófise-tireoide, que é responsável pela regulação dos
níveis de hormônios tireoidianos no organismo.
REFERÊNCIA:
KUMAR, Vinay et al. Robbins & Cotran Patologia – Bases Patológicas das Doenças. 9. ed.
Disponível em: Minha Biblioteca. Grupo GEN, 2016. Acesso em: 3 out. 2023.
22ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A diferenciação sexual depende da presença ou da ausência do gene SRY (região determinante
do sexo do cromossomo Y, do inglês, Sex-determining Region of the Y chromosome). Na
presença de um gene SRY funcional, a gônada bipotencial se desenvolverá, originando os
testículos. Na ausência de um gene SRY e sob o controle de múltiplos genes específicos da
mulher, as gônadas se desenvolverão em ovários. No caso de indivíduo feminino de cariótipo
46,XY, não ocorre o desenvolvimento da gônoda feminina.
REFERÊNCIA:
TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 14. ed. s.l.:
Grupo GEN, 2016. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788527739368/epubcfi/6/2[%3Bvnd.vst.idref%3Dcover]!/4/2/2%4051:2.
Acesso em: 3 out. 2023.
23ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Os sintomas de diarreia crônica intermitente, dor abdominal, perda de peso e fadiga,
juntamente com a história de viagem para uma área rural e o consumo de água não tratada,
são consistentes com uma infecção por Giardia lamblia. Essa infecção é frequentemente
adquirida através da ingestão de água ou alimentos contaminados com cistos de Giardia. Os
sintomas resultam da fixação do parasita no epitélio do intestino delgado, causando inflamação
e interferindo na absorção de nutrientes.
Trypanosoma cruzi é responsável pela doença de Chagas e não apresenta os sintomas
descritos.
Plasmodium falciparum está associada à malária, que geralmente não causa diarreia crônica.
Entamoeba histolytica é causadora da amebíase, que pode levar a sintomas semelhantes, mas
não é a escolha mais provável com base no cenário apresentado.
Toxoplasma gondii causa toxoplasmose, mas não é tipicamente associada a sintomas
gastrointestinais nesse grau.
REFERÊNCIA:
NEVES, D.P. Parasitologia humana. 8. ed. São Paulo: Atheneu, 1991. 501p.
24ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Todos as afirmativas estão corretas.
As orientações para o caso são:
A mordedura por cão pode causar lesões leves ou mais complicadas, ou profundas, podendo
ser fatal quando acomete cabeça e pescoço.
A sutura deve ocorrer em lesões de couro cabeludo, face, tronco, braços e pernas se não
infectadas clinicamente, com menos de 12 horas do trauma.
Deve-se evitar fechamento de feridas profundas, preferindo evolução por segunda intenção,
assim como evitar suturar feridas na mão ou pé.
Deve-se manter o animal sob observação durante dez dias e somente iniciar o esquema
profilático indicado (soro + vacina) se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso.
REFERÊNCIA:
Whitebook. Prescrição, mordedura. Atualizado em 14 outubro 2020. Suporte, profilaxias e
Profilaxia de raiva. Atualizado em 3 fevereiro 2021. Acesso em: 14 ago. 2022.
25ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Os atributos do SUS não são mutualmente excludentes (pelo contrário: são complementares),
e a longitudinalidade é o atributo fortemente associado à situação do enunciado por indicar que
o paciente tem uma relação estável e duradoura com os profissionais de saúde da UBS,
independentemente da presença ou ausência de doença. Longitudinalidade foca no cuidado
contínuo ao longo do tempo, garantindo que as pessoas sejam acompanhadas pela mesma
equipe ou profissional de saúde ao longo de suas vidas. Equidade não é atributo da APS, e sim
princípio do SUS.
REFERÊNCIA:
GUSSO G.; LOPES, J. M. C. (Org.). Tratado de medicina de família e comunidade: princípios,
formação e prática. Porto Alegre: Artmed, 2019. 
26ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Criança maior de 5 anos apresentando quadro grave de obstrução de vias aéreas superiores
por corpo estranho, sem capacidade de respirar. A conduta adequada é a realização da
manobra de Heimlich, que, para maiores de 1 ano, dá-se por compressões epigástricas.
REFERÊNCIA:
AHA, PALS, 2020 ( American Heart Association. (2020). Pediatric Advanced Life Support (PALS)
2020)
27ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A Síndrome Nefrítica ou Glomerulonefrite é, classicamente, uma afecção renal de 10 a 20 dias
em média após uma infecção estreptocócica (amigdalite, piodermite). Inicia com edema leve
(raramente generalizado), e, em seguida, evolui com hematúria macroscópica, acompanhada
de hipertensão. São raros os casos de encefalopatia hipertensiva. A proteinuria ocorre, mas em
baixos níveis, diferentemente do que ocorre na Síndrome Nefrótica. O tratamento inicial se
baseia em dieta hipossódica, restrição hídrica, restrição proteica e repouso. Quantoaos
medicamentos, se necessário, usam-se os diuréticos de alça, com tratamento das infecções
para erradicação do Streptococcus. Complicações como cardiopatia congestiva, encefalopatia
hipertensiva e insuficiência renal são raras, mas o paciente deve ser acompanhado para ser
tratado quanto antes o caso aconteça. O prognóstico geralmente é favorável. 
REFERÊNCIAS:
C. JÚNIOR, Dioclécio; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de pediatria. v. 1.
Barueri: SP. Editora Manole, 2021. E-book. ISBN 9786555767476
Documento da Sociedade Paulista de Pediatria
https://www.spsp.org.br/site/asp/recomendacoes/Rec88_Nefro.pdf
Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP). Departamento Científico. (2019-2022).
Recomendações - Atualização de Condutas em Pediatria.
28ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A principal hipótese diagnóstica de abdome agudo obstrutivo em pacientes idosos deve ser o
tumor de cólon. Além disso, o paciente apresenta ao exame físico com massa evidenciada ao
toque retal.
REFERÊNCIA:Ï
Ricci MP. Abdome agudo. In: Sociedade Brasileira de Clínica Médica; Lopes AC, Tallo FS, Lopes
RD, Vendrame LS, organizadores. PROURGEM Programa de Atualização em Medicina de
Urgência e Emergência: Ciclo 12. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2018. p. 39–101.
(Sistema de Educação Continuada a Distância, v. 1).
29ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Uma vacina contra SARS-CoV-2 usa esse mecanismo de ação.
Esse mecanismo de ação é característico das vacinas de mRNA. Essas vacinas contêm mRNA
que codifica um antígeno específico (por exemplo, proteína spike nas vacinas COVID-19), que as
células usam para produzir a proteína antigênica desejada. As cadeias de mRNA são
encapsuladas em nanopartículas lipídicas (LNPs), que protegem as cadeias da digestão
enzimática extracelular e facilitam a absorção nas células. As vacinas de mRNA são altamente
eficazes e induzem respostas imunes humorais e celulares. Não há risco de infecção porque o
mRNA não é patogênico. Essas vacinas também são seguras para uso durante a gravidez
porque o mRNA não interage com o DNA, portanto não há risco de mutagênese insercional.
DISTRATORES:
Em vacinas vivas atenuadas (por exemplo, VZV, rotavírus), um vírus funcional modificado (isto
é, atenuado) é inoculado no paciente. Normalmente, o vírus modificado não causa doença. Em
células infectadas por vírus, as proteínas antigênicas citosólicas são quebradas em peptídeos
pelo proteassoma e apresentadas via MHC classe I ou são exocitadas, captadas por fagócitos e
apresentadas via MHC classe II. Embora o processamento e a apresentação da proteína
antigênica sejam semelhantes ao descrito neste caso, o mecanismo de formação da proteína
antigênica é diferente; em pacientes inoculados com vacinas vivas atenuadas, as células são
infectadas pelo vírus e não com material pronto para tradução dentro da célula hospedeira para
formar a proteína antigênica.
Vacinas toxoides (por exemplo, difteria, tétano) usam toxinas bacterianas nas quais a
toxicidade foi inativada, enquanto a imunogenicidade é mantida por meio de sítios de ligação ao
receptor intactos. As toxinas bacterianas são captadas por células com atividade endocítica
(por exemplo, células dendríticas) e são processadas no endossomo, após o que os antígenos
virais se ligam às moléculas do MHC de classe II e são então apresentados na superfície celular,
desencadeando uma resposta principalmente humoral. Não há apresentação de antígeno via
MHC classe I ao usar vacinas toxoides.
As vacinas de subunidades (por exemplo, hepatite B, HPV) usam subunidades antigênicas
inativas de patógenos para desencadear uma resposta imune. As subunidades antigênicas são
captadas por células com atividade endocítica (por exemplo, células dendríticas) e processadas
pelo endossomo, após o que os antígenos virais se ligam às moléculas do MHC de classe II e
são apresentados na superfície celular, desencadeando uma resposta principalmente humoral.
Não há apresentação de antígeno via MHC classe I ao usar vacinas de subunidades.
As vacinas de vetor viral (por exemplo, ebola, vacina Janssen COVID-19) usam um vírus não
relacionado modificado (por exemplo, adenovírus) como um vetor não patogênico, que fornece
código genético às células que contém instruções para a produção do antígeno desejado. Nas
vacinas de vetor viral, um vírus, não uma nanopartícula lipídica, é englobado pelas células.
REFERÊNCIA:
Doença do Coronavírus 2019 (COVID19). BMJ Best Practice. Última atualização em 08 dez
2022.
30ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Trata-se de um caso clássico de convulsão febril simples benigna da infância. Para esse
diagnóstico, não há indicação de dosagem de eletrólitos, punção liquórica, tomografia de crânio
nem eletroencefalograma. Caso a criança apresentasse febre sem sinais localizatórios poder-se-
ia aplicar o protocolo, e, em alguns casos, solicitar sumário de urina e/ou hemograma. Porém,
essa criança tem um foco para a febre que é uma infecção de via aérea superior, portanto ela
não se beneficia de nenhum exame complementar.
REFERÊNCIA:
Tratado de Pediatria da Sociedade Brasileira de Pediatria. 5ª Edição, 2022.
31ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A observação seguida de um retorno gradual ao esporte é a recomendação atual para
traumatismo cranioencefálico (TCE) leve. A observação no departamento de emergência (DE)
por pelo menos 4 a 6 horas deve incluir exame neurológico seriado e avaliação da GCS.
Alterações no estado mental ou sinais neurológicos focais podem indicar patologia subjacente
mais grave, como sangramento intracraniano. Após a alta, esse paciente deve ser monitorado
por um responsável por pelo menos 24 horas após a lesão e retornar ao pronto-socorro se
houver alguma alteração neurológica. Os pacientes também devem passar por seis estágios de
retorno gradual aos esportes. Como cada estágio requer pelo menos 24 horas, esse paciente
precisará se abster de esportes de contato por pelo menos uma semana.
A neuroimagem não é recomendada rotineiramente para TCE leve. Se a qualquer momento
durante o período de observação o GCS se deteriorar para <13, os pacientes devem ser
reclassificados como tendo TCE moderado ou TCE grave e tratados de acordo.
DISTRATORES:
A admissão na unidade de terapia intensiva para monitoramento da pressão intracraniana seria
apropriada em pacientes com TCE grave, para os quais a pressão intracraniana elevada é uma
preocupação séria devido a edema cerebral e/ou sangramento. O TCE grave é caracterizado
por um GCS ≤8. No entanto, esse paciente tem um GCS de 14 no campo e um GCS de 15 no
departamento de emergência, indicando TCE leve.
A alta imediata após TCE leve é inapropriada porque os pacientes podem desenvolver
complicações de início tardio, como sangramento intracraniano. Exames clínicos seriados são
importantes para detectar tais complicações (evidenciadas por estado mental alterado ou
achados neurológicos focais). Além disso, abster-se de toda atividade física é mais rigoroso do
que o atualmente recomendado. Acredita-se que um retorno gradual ao jogo seja importante
na recuperação da concussão.
A fenitoína é um agente de primeira linha para profilaxia de convulsões após TCE grave, que se
manifesta com um GCS ≤ 8. Este paciente tem um GCS de 14 no campo e um GCS de 15 no
departamento de emergência, indicando TCE leve. A profilaxia de convulsões não é, portanto,
apropriada neste momento.
A imagem não é um elemento essencial no diagnóstico de concussão; é em grande parte um
diagnóstico clínico. A imagem seria importante, no entanto, na avaliação de sangramento
intracraniano ou fratura craniana/facial. Este paciente tem uma baixa probabilidade de patologia
estrutural, como hematoma (epidural ou subdural), hemorragia ou fratura devido aos exames
físicos e mentais normais. A imagem traria poucos benefícios e não é o melhorpróximo passo.
REFERÊNCIA:
ATLS – Advanced Trauma Life Support For Doctors. 10. ed. Chicago: Committee on Trauma,
2018.
32ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Em um contexto de qualquer hemorragia, incluindo a hemorragia digestiva, seja ela alta ou
baixa, a conduta inicial é a estabilização do paciente. A conduta que pode ser bem sucedida
para a estabilização inicial é a verificação das vias aéreas e o acesso venoso periférico e
hidratação com cristaloides.
REFERÊNCIA:
Sabiston Tratado de Cirurgia. A Base Biológica da Prática Cirúrgica Moderna. Courtney M.
Townsend, B. Mark Evers, R. Daniel Beauchamp, Kenneth L. Mattox. Elsevier, 19 ª edição.
2015.ISBN 978-85-352-5767-0. Capítulo 47 – Abdome agudo.
33ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Esta questão necessita que o aluno compreenda a sequência de atendimento no
politraumatizado (A, B, C, D, E do trauma), em que alterações da via aérea causam maior
mortalidade nestes pacientes, devendo ser abordada de imediato. No caso do paciente
queimado, suspeita-se de queimadura de via aérea devido à queimadura se situar em região
cervical anterior e face e à rouquidão e ao escarro borráceo, devendo o paciente ser
prontamente submetido a intubação orotraqueal para assegurar a via aérea.
REFERÊNCIA:
AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS COMMITTEE ON TRAUMA. Advanced Trauma Life Support -
ATLS. 10. edição.
34ª QUESTÃO
Resposta comentada:
São cinco os estágios de mudança comportamental considerando o modelo transteórico de
Prochaska e DiClemente (1992): Pré-contemplação, contemplação, preparação, ação e
manutenção. No caso do paciente, é possível notar que, na primeira consulta, ele estava no
estágio da pré-contemplação, pois apresentava uma grande resistência para mudar seus
hábitos relacionados ao cigarro. Já na segunda consulta, percebe-se um desejo de mudança e
uma vontade de começar, ou seja, essa é a fase da preparação.
 
REFERÊNCIA:
SILVA, Luiz C C. Tabagismo. Artmed: Grupo A, 2012. E-book. ISBN 9788536327839.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536327839/. Acesso
em: 4 set. 2023.
 
35ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A Síndrome do Pânico é um transtorno de ansiedade caracterizado por episódios recorrentes de
ataques de pânico, que são períodos de medo intenso acompanhados por sintomas físicos e
cognitivos intensos. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é o tratamento de escolha para
a Síndrome do Pânico. A exposição gradual a situações que causam ansiedade é uma técnica
eficaz para reduzir o medo associado e prevenir a evitação dessas situações. Não se
recomenda o uso de benzodiazepínico como tratamento a médio e longo prazo devido ao risco
de dependência e de efeitos colaterais. A psicoterapia de apoio não é suficiente para tratar os
sintomas agudos da Síndrome do Pânico. O médico generalista deve conseguir conduzir um
quadro inicial de síndrome de pânico utilizando tratamentos de primeira linha, como os ISRS, e
encaminhar ao especialista apenas os casos de difícil manejo.
REFERÊNCIAS:
Kaplan, H.I; Sadock, B.J. Compêndio de Psiquiatria. Ciências do Comportamento e Psiquiatria
Clínica. 11. ed. Editora ArtMed, Porto Alegre, 2017.
MIGUEL, E.C.; Elkis, H; Forlenza, RV; LAFER, B. Clínica psiquiátrica. 2. ed. Editora Manole,
Barueri, 2020.
36ª QUESTÃO
Resposta comentada:
O planejamento e o desenvolvimento de algumas atividades estratégicas que incluíam ações
voltadas para:
(1) a busca ativa e diagnóstico da hanseníase: resultará em um aumento na detecção de novos
casos da doença.
(2) a busca ativa de sintomáticos respiratórios: resultará em um aumento da incidência de
tuberculose.
(3) a condução de grupo de orientação alimentar para pessoas com diabetes mellitus e
hipertensão arterial sistêmica: resultará no aumento do controle glicêmico e pressórico destes
pacientes, o que levará à diminuição da taxa de internação por infarto do miocárdio e acidente
vascular encefálico.
(4) a implementação de campanha de incentivo à realização de testes rápidos para a detecção
de hepatites virais B e C: resultará no aumento da prevalência destas doeças, já que estas são
incuráveis.
REFERÊNCIA:
Rouquayrol, Epidemiologia.
37ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
As afirmações I e IV estão incorretas: a I, pois o Cândido não mora na mesma residência dos
outros indivíduos citados; na IV, o esquema indica conflito entre os indivíduos, e não relação
extraconjugal.
REFERÊNCIAS:
CORRÊA, E. J. et al. Álbum de família — Genograma: um instrumento para a atenção primária à
saúde e estudos de famílias. In: GUSMÃO, C. M. G. et al. Relatos de uso de tecnologias
educacionais na educação permanente de profissionais de saúde no sistema Universidade
Aberta do SUS. 22. ed. Recife: Editora Universitária UFPE, p. 102–123, 2014.
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/4612.pdf
38ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A leucemia linfoblástica aguda (LLA) é um tipo de câncer que afeta as células precursoras dos
linfócitos B ou T. É o tipo mais comum de câncer em crianças e adolescentes. O tratamento da
LLA envolve uma combinação de quimioterapia, radioterapia e, às vezes, terapia-alvo.
A quimioterapia é o tratamento principal para a LLA em crianças. Consiste em medicamentos
que destroem as células cancerígenas e impedem sua disseminação. A quimioterapia pode ser
administrada por via oral ou por via intravenosa. O tratamento é geralmente dividido em várias
fases, que podem durar de meses a anos, dependendo do risco e da resposta ao tratamento.
A radioterapia pode ser usada em combinação com a quimioterapia em alguns casos, como
quando a leucemia se espalha para o sistema nervoso central. No entanto, a radioterapia é
menos comum em crianças com LLA, devido aos riscos de efeitos colaterais a longo prazo.
A imunoterapia e a terapia-alvo são tratamentos mais recentes que estão sendo investigados
para o tratamento da LLA em crianças. A imunoterapia usa o sistema imunológico do próprio
paciente para combater o câncer, enquanto a terapia-alvo usa medicamentos que atacam
especificamente as células cancerígenas, deixando as células saudáveis intactas.
No entanto, atualmente, a quimioterapia continua sendo o tratamento padrão para a LLA em
crianças. A escolha do tratamento depende do tipo e estágio da leucemia, bem como do perfil
de risco do paciente.
REFERÊNCIA:
Tsuchida Y, Shimada H. Pediatric Oncology: A Comprehensive Guide. Springer; 2019.
39ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Segundo o Código de Ética Médica de 2018 Art. 83:
"É vedado ao médico:
Art. 83. Atestar óbito quando não o tenha verificado pessoalmente, ou quando não tenha
prestado assistência ao paciente, salvo, no último caso, se o fizer como plantonista, médico
substituto ou em caso de necropsia e verificação médico-legal."
Ademais, segundo Resolução CFM nº 1.779/2005:
"Art. 2º Os médicos, quando do preenchimento da Declaração de Óbito, obedecerão as
seguintes normas:
1) Morte natural:
1. Morte sem assistência médica:
a) Nas localidades com Serviço de Verificação de Óbitos (SVO):
A Declaração de Óbito deverá ser fornecida pelos médicos do SVO;
b) Nas localidades sem SVO:
A Declaração de Óbito deverá ser fornecida pelos médicos do serviço público de saúde mais
próximo do local onde ocorreu o evento; na sua ausência, por qualquer médico da localidade.
2) Morte com assistência médica:
a) A Declaração de Óbito deverá ser fornecida, sempre que possível, pelo médico que vinha
prestando assistência ao paciente.
b) A Declaração de Óbito do paciente internado sob regime hospitalar deverá ser fornecida pelo
médico assistente e, na sua falta, por médico substituto pertencente à instituição.
c) A Declaração de Óbito do paciente em tratamento sob regime ambulatorial deverá ser
fornecida por médico designado pelainstituição que prestava assistência, ou pelo SVO.
d) A Declaração de Óbito do paciente em tratamento sob regime domiciliar (Programa Saúde
da Família, internação domiciliar e outros) deverá ser fornecida pelo médico pertencente ao
programa ao qual o paciente estava cadastrado, ou pelo SVO, caso o médico não consiga
correlacionar o óbito com o quadro clínico concernente ao acompanhamento do paciente.”
Não é correto "explicar à filha do paciente que a declaração deve ser preenchida pelo Serviço de
Verificação de Óbito", pois o médico da Atenção Primária deve fazer a visita domiciliar para
constatar o óbito. Apenas quando não é possível correlacionar o óbito com o quadro clínico
prévio do paciente é que o SVO deve ser acionado. 
REFERÊNCIAS:
Código de ética médica. Resolução nº 2,217/2018. Brasília: Tablóide, 2018. CONSELHO
FEDERAL DE MEDICINA (CFM - Brasil).
RESOLUÇÃO CFM Nº 1.779/2005 RESOLUÇÃO CFM Nº 1.779, 11 de novembro de 2005
Publicada no DOU, 5 dez. 2005, Seção 1, p
40ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Este caso se trata de uma gestação ectópica confirmada por BhCG sérico positivo associado à
dor pélvica e imagem anexial sugestiva. A paciente se apresenta estável hemodinamicamente e
tem desejo reprodutivo, o que nos faz pensar em conduta conservadora. Para que isso seja
possível, alguns critérios devem ser considerados, como saco gestacional menor que 3,5 cm,
feto sem atividade cardíaca, BhCG menor que 5.000 mUi/mL e estabilidade hemodinâmica.
Após a administração do metrotexato, deve-se monitorizar a queda do BhCG sérico, que
sinaliza sucesso do tratamento.
A salpingectomia, ooforectomia e laparotomia não devem ser realizadas, visto que a paciente
tem critérios para tratamento conservador, aumentando as chances de preservação da
fertilidade, já que ela apresentou desejo de novas gestações.
O BhCG considerado para tratamento conservador é o inicial, sendo assim não há indicação de
repetir o BhCG. 
O ultrassom transvaginal foi realizado no dia do atendimento, não tendo benefício em se repetir
em 2 dias.
REFERÊNCIA:
ZUGAIB, Marcelo. Zugaib obstetrícia. s.l.: Editora Manole, 2023. E-book. ISBN 9786555769340.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555769340/. Acesso
em: 9 out. 2023.
41ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A incidência de infecção associada ao abortamento é muito variável. No abortamento
espontâneo ou na interrupção médica da gravidez, a infecção não é frequente (menos de
0,4%). No entanto, procedimentos inseguros de interrupção da gravidez continuam a ocorrer
em todo o mundo e têm uma taxa muito maior de morbidade e mortalidade. Mulheres com
risco particular de infecção incluem aquelas com história de abortamento inseguro,
instrumentação uterina ou sangramento vaginal prolongado. O abortamento infectado é um
diagnóstico clínico feito em pacientes que apresentam sinais e sintomas de infecção uterina. Os
sinais e sintomas mais comuns incluem: Dor pélvica e/ou abdominal, sensibilidade uterina,
secreção vaginal purulenta, sangramento vaginal, febre e colo uterino entreaberto.
REFERÊNCIAS:
FERNANDES, Cesar E. Febrasgo - Tratado de Obstetrícia. [Digite o Local da Editora]: Grupo
GEN, 2018. E-book. ISBN 9788595154858. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595154858/. Acesso em: 09 out.
2023.
MINISTÉRIO, D.; SAÚDE. MANUAL DE GESTAÇÃO DE ALTO RISCO BRASÍLIA -DF 2022 VERSÃO
PRELIMINAR. [s.l: s.n.]. Disponível em: <https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-
content/uploads/2022/03/manual_gestacao_alto_risco.pdf>. Acesso em 01 set. 2023.
42ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Os conselhos federal, estadual e municipal de saúde têm um papel central na gestão do SUS,
focando na participação social e na fiscalização das ações de saúde. Sua principal atribuição é
monitorar e fiscalizar as atividades relacionadas à saúde, garantindo que os serviços prestados
atendam às necessidades da população e estejam de acordo com os princípios do SUS. Além
disso, esses conselhos permitem a participação da comunidade na formulação e no
acompanhamento das políticas de saúde, assegurando que as decisões sejam tomadas de
forma democrática e transparente.
REFERÊNCIA:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria 2979 de 12 de novembro de 2019. PROGRAMA PREVINE
BRASIL.
43ª QUESTÃO
Resposta comentada:
O paciente apresentou, inicialmente, um quadro de dor abdominal em flanco direito, febre baixa
e piúria, sugestivo de apendicite aguda, mas foi equivocadamente tratado com
antibioticoterapia oral. Isso o levou a evoluir, após 10 dias, com um abscesso retrocecal
volumoso e febre alta. Nesses casos em que o diagnóstico da apendicite é feito tardiamente e
já com complicações, a melhor conduta é realizar a drenagem do abscesso guiada por
tomografia e antibioticoterapia. Após 6 semanas, quando o processo inflamatório for menor,
isto é, estiver esfriado, pode-se realizar a apendicectomia de intervalo, com baixa
morbimortalidade.
REFERÊNCIA:
SABISTON. Tratado de Cirurgia. 19 ed. s.l., 2019.
44ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A questão evidencia uma hemorragia subconjuntival ou hiposfagma em olho direito, fenômeno
muito comum e frequentemente idiopático. A resolução espontânea ocorre, normalmente, em
1 a 2 semanas. Caso o paciente apresentasse algum outro sintoma associado (como baixa de
acuidade visual, por exemplo), seria aconselhado encaminhá-lo ao oftalmologista, mas não há
nenhuma outra queixa nem alteração ao exame. Orientar o paciente que a resolução
normalmente é espontânea.
REFERÊNCIA:
KANSKI, B. B. Oftalmologia Clínica: uma abordagem sistemática. 8. Edição. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2016.
45ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
O caso clínico descrito sugere a possibilidade de uma síndrome genética conhecida como
Síndrome de Turner. As características físicas, como baixa estatura, pescoço curto e coração
com sopro, juntamente com os problemas de aprendizado e dificuldades de socialização, são
características comuns dessa síndrome. Além disso, a menção de um defeito na válvula
cardíaca desde o nascimento é bastante sugestiva. Neste caso, a conduta mais adequada para
comprovar o diagnóstico é o cariótipo.
REFERÊNCIA: 
JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de pediatria. v.1.
Barueri. Editora Manole, 2021. E-book. ISBN 9786555767476.
46ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A amoxicilina é um fármaco ß-lactâmico da classe das penicilinas de espectro estendido,
amplamente utilizada para tratar uma variedade de infecções bacterianas. Seu mecanismo de
ação envolve a inibição da parede celular bacteriana, que é uma estrutura essencial para a
integridade e a sobrevivência das bactérias. A amoxicilina interfere no processo de formação
das ligações cruzadas entre os componentes da parede celular bacteriana. Ela atua inibidindo a
enzima transpeptidase, que está envolvida na última etapa da síntese do peptidoglicano.
REFERÊNCIA:
BRUNTON, L. L. (Ed.). Goodman & Gilman – as bases farmacológicas da terapêutica. 12.
ed. Porto Alegre: Artmed, 2012.
47ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
O quadro de cetoacidose diabetes é mais prevalente em crianças menores de cinco anos, filhas
de mãe de baixa escolaridade.
Os critérios bioquímicos para diagnóstico da cetoacidose diabetes são: hiperglicemia (glicose
sanguínea > 200 mg/dL); pH venoso < 7,3 ou bicarbonato sérico < 15 mEq/L; e cetonemia ou
cetonúria.
O quadro de gravidade é determinado pelo PH e bicarbonato sanguíneo.
A infusão de bicarbonato não é recomendada rotineiramente no tratamento de cetoacidose
diabética, uma vez que aumenta o risco de hipocalemia e de edema cerebral.
A fluidoterapia inicial promove redução da concentração de glicose sérica, além de melhorar a
perfusão tecidual e restabelecer a funçãorenal. Entretanto, a insulinoterapia é essencial para
reverter a hiperglicemia e o estado catabólico e para interromper a lipólise e a cetogênese,
corrigindo a acidose.
REFERÊNCIAS:
JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de pediatria. v. 1.
Barueri. Editora Manole, 2021. E-book. ISBN 9786555767476.
Brasil. Ministério da Saúde. Grupo Hospitalar Conceição. Manual de emergência pediátrica do
Hospital Criança Conceição / organização de Fábio Luís Sechi, Ilóite M. Scheibel. – Porto Alegre:
Hospital Nossa Senhora da Conceição, dez. 2020
 
48ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A questão destaca a necessidade de uma abordagem integral do paciente, indo além dos
sintomas físicos e considerando o contexto psicossocial. Neste cenário apresentado, enfatiza-se
a importância da observação clínica de hematomas em diferentes estágios de cicatrização em
idosos, podendo ser um sinal de trauma repetido, o que pode sugerir abuso. Assim, é vital criar
um ambiente seguro para o idoso poder expressar preocupações ou medos sem o risco de
represálias, além do diagnóstico clínico, e considerar as complexidades sociais e emocionais que
afetam a saúde do idoso. Por fim, destaca-se a importância da atenção primária e do papel
crucial que os médicos de família desempenham no reconhecimento e na abordagem do abuso
a idosos. 
REFERÊNCIA:
BRAGA, Cristina; GALLEGUILLOS, Tatiana Gabriela B. Saúde do Adulto e do Idoso. Editora
Saraiva, 2014. E-book. ISBN 9788536513195. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536513195/.
49ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Margens bem definidas e calcificações periféricas geralmente indicam um nódulo benigno, não
sendo características típicas de malignidade. O acompanhamento é uma abordagem adequada
para nódulos benignos.
Nódulos com bordas irregulares, tamanho maior que 1 cm e áreas de baixa densidade em seu
interior são achados que aumentam a suspeita de malignidade. Uma biópsia percutânea é
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indicada para avaliar a natureza do nódulo.
Nódulos com bordas suaves e homogêneos têm maior probabilidade de serem benignos. No
entanto, dada a idade, o histórico de tabagismo e o tamanho do nódulo, uma abordagem mais
ativa é necessária.
Um nódulo com centro calcificado e halo de baixa densidade ao redor é, muitas vezes,
indicativo de granuloma ou lesão inflamatória, não necessariamente maligna. A cirurgia não é a
primeira escolha sem uma avaliação mais aprofundada.
No caso, as características tomográficas que sugerem maior suspeita de malignidade são
nódulos com bordas irregulares, tamanho maior que 1 cm e áreas de baixa densidade em seu
interior. Portanto, a conduta mais apropriada é realizar uma biópsia percutânea para determinar
a natureza do nódulo e planejar o tratamento adequado, se necessário.
Padrão de calcificação:
Um padrão denso de calcificação condroide, laminado e central (geralmente chamado de
calcificação em pipoca) ou um padrão difuso de calcificação sugere fortemente que um nódulo
seja benigno. Uma razão de probabilidade calculada para malignidade com um padrão benigno
de calcificação é próximo de zero. Mesmo assim, aproximadamente 13% dos nódulos malignos
apresentam um padrão não benigno de calcificação.
Taxa de crescimento:
Um nódulo pulmonar solitário com crescimento bastante lento (tempo de duplicação do volume
>500 dias) ou, paradoxalmente, um nódulo pulmonar solitário com crescimento muito rápido
(tempo de duplicação do volume <30 dias) sugere uma etiologia benigna, embora esta não seja
uma regra absoluta. A ideia tradicional de 2 anos de estabilidade confirmando uma doença
benigna é razoável para nódulos pulmonares solitários. No entanto, ela foi questionada e deve
ser usada com cautela em casos de opacidade em vidro fosco. Além disso, o médico deve ter
em mente que um aumento de 30% de diâmetro de uma lesão esférica na radiografia
representa uma duplicação do volume.
Características da borda:
Nódulos benignos tendem a apresentar bordas bem definidas, enquanto nódulos malignos
tendem a ser irregulares ou alongados. No entanto, muitas vezes, ocorre um grau de
sobreposição e, considerada isoladamente, essa característica não pode ser usada com
segurança como fator discriminador.
Tamanho:
Em geral, lesões benignas tendem a ser menores que lesões malignas. Por exemplo, apenas
20% dos nódulos com <2 cm de diâmetro são malignos, enquanto 80% das massas
pulmonares com >3 cm de diâmetro são malignas. No entanto, muitos nódulos pulmonares
solitários pequenos são malignos e não podem ser descartados apenas com base no tamanho.
Localização:
Nódulos pulmonares solitários nos lobos superior e médio têm uma razão de probabilidade para
malignidade de 1.2 a 1.6. A localização no lobo superior mostrou ser um preditor independente
de malignidade.
REFERÊNCIA:
BMJ Best Practice. Avaliação de nódulo pulmonar solitário. Última atualização em 30 de outubro
de 2018.
50ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Segundo o protocolo, a anticoagulação deve ser feita profilaticamente na gestante internada ou
na puérpera se o seu escore de risco atingir 3 pontos ou mais. Fatores de risco pontuam 3 para
alto risco, 2 para moderado e 1 para baixo risco.
Essa paciente apresenta 1 fator de médio risco (idade igual ou maior que 40 anos) e dois
fatores de baixo risco (multiparidade e tabagismo acima de 10 cigarros/dia), total de 4 pontos.
Portanto, tem indicação de usar enoxaparina em dose profilática por 6 semanas após o parto.
Anticoagulantes orais são contraindicados durante a amamentação.
REFERÊNCIAS:
FERNANDES, Cesar E. Febrasgo – Tratado de Obstetrícia. s.l.: Grupo GEN, 2018. E-book.
ISBN 9788595154858. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595154858/. Acesso em: 9 out. 2023.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. MANUAL DE GESTAÇÃO DE
ALTO RISCO [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção Primária à Saúde.
Departamento de Ações Programáticas. – Brasília: Ministério da Saúde, 2022.
51ª QUESTÃO
Resposta comentada:
As medidas de oximetria devem ser realizadas em dois sítios: na mão direita (medida pré-
ductal) e em um dos membros inferiores (medida pós-ductal). Os valores obtidos devem ser
analisados da seguinte forma:
• Teste negativo: SpO2 maior ou igual a 95%, e a diferença entre as medidas no membro
superior direito e o membro inferior deve ser menor ou igual a 3%. Nesta situação, a
probabilidade de cardiopatia congênita crítica é pequena e o RN deve seguir os cuidados
habituais da maternidade. Vale ressaltar que um teste do coraçãozinho negativo não exclui
completamente a presença de cardiopatia congênita. Caso o RN apresente diagnóstico fetal ou
sinais clínicos sugestivos de cardiopatia congênita, a avaliação cardiológica deverá ser realizada.
• Teste positivo: SpO2 menor ou igual a 89% no membro superior direito, ou no membro
inferior. Nesta situação, o RN deverá ser reavaliado minuciosamente pelo médico
pediatra/neonatologista, e a avaliação cardiológica e ecocardiográfica deverá também ser
realizada para confirmação diagnóstica. É importante ressaltar que este RN não deveria receber
alta hospitalar antes que seja realizada esta avaliação cardiológica.
• Teste duvidoso: SpO2 entre 90% e 94% ou uma diferença entre as medidas do membro
superior direito e o membro inferior maior ou igual a 4%. Nesta situação, o teste deve ser
realizado novamente após uma hora por até duas vezes. Caso as medidas de oximetria se
mantenham nestes valores mesmo após a terceira avaliação, o teste será considerado positivo
e o RN deverá ser submetido à avaliação cardiológica/ecocardiográfica. A realização do reteste
nesta situação mostrou-se importante por reduzir consideravelmente o número de falsos
positivo com o teste.
REFERÊNCIA:
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA (RJ). Departamento Científico de Cardiologia e
Neonatologia. Sistematizaçãodo atendimento ao recém-nascido com suspeita ou diagnóstico
de cardiopatia congênita. Manual de Orientação, Rio de Janeiro, ed. 4, p. 1-14, 11 ago. 2022. 
52ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Paciente com perda de urina apenas aos esforços, sem sintomas irritativos (urgência miccional,
polaciúria etc.) tem diagnóstico clínico de incontinência urinária de esforço.
O melhor tratamento para a incontinência urinária de esforço grave, como no caso
apresentado, é a cirurgia, cujo objetivo é restaurar o suporte do colo vesical.
A incontinência urinária de urgência está relacionada ao desejo imperioso e súbito de urinar,
além do aumento da frequência urinária diurna e noturna.
As fístulas podem ser causadas por cirurgia ginecológica, como a histerectomia, porém a perda
urinária é contínua e sem um evento desencadeante.
REFERÊNCIA:
HOFFMAN, Barbara L.; SCHORGE, John O.; HALVORSON, Lisa M.; et al. Ginecologia de
Williams. Rio de Janeiro: Grupo A, 2014. E-book. ISBN 9788580553116. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580553116/. Acesso em: 2 out. 2023.
53ª QUESTÃO
Resposta comentada:
O sangramento vaginal na pós-menopausa deve ser excluído, principalmente, o câncer do
endométrio da histeroscopia. É necessário também realizar o rastreio do câncer do colo uterino
pela colpocitologia tríplice. Apesar da ultrassonografia poder ser utilizada como parte do acervo
diagnóstico, a biópsia do endométrio através da histeroscopia é o padrão ouro para afastar com
segurança o câncer endometrial.
O uso de hormônios deve ser evitado até que seja excluído o diagnóstico de câncer
endometrial.
REFERÊNCIA:
FERNANDES, Cesar E. Febrasgo – Tratado de Obstetrícia. s.l.: Grupo GEN, 2018. E-book.
ISBN 9788595154858. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595154858/. Acesso em: 9 out. 2023.
54ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A questão trata de um caso de fibrose cística, doença genética e hereditária de caráter
autossômico recessivo, sendo necessárias, portanto, duas cópias do alelo alterado para
expressão e desenvolvimento da doença.
A fibrose cística é provocada por uma mutação no gene CFTR (Cystic Fibrosis Transmembrane
Regulator), que gera um desequilíbrio na concentração de cloro e de sódio nas células que
produzem as secreções do corpo, como muco e suor (glândulas exócrinas), acarretando sérios
agravos ao sistema respiratório e digestório, tornando os pacientes suscetíveis a infecções das
vias aéreas superiores como pneumonias e bronquites. 
REFERÊNCIAS:
SILVA, E.A.; DUARTE, C.; ROSSANTO, D. et al. Variação da função pulmonar e aspectos clínicos
em adultos com fibrose cística. Jornal Brasileiro de Pneumologia, v. 48, n. 4, 2022.
Disponível em: https://dx.doi.org/10.36416/1806-3756/e20220155. Acesso em: 3 out. 2023.
STEFANO, M.A.; PODEROSO, R.E.; MAINZ, J.G. et al. Prevalence of constipation in cystic fibrosis
patients: a systematic review of observational studies. Jornal de Pediatria, v. 96, n. 6, p. 686-
692, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.jped.2020.03.004. Acesso em: 3 out.
2023.
SCHAFER, G.B.; THOMPSON, J.N. Genética Médica: uma abordagem integrada. 1 ed. ArtMed:
Porto Alegre, 2015.
55ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A assistência ao parto pélvico tem por objetivo um parto eutócico, devendo-se indicar resolução
por via alta diante da ocorrência de distocias, em razão da possibilidade de desproporção
fetopélvica e do maior risco de desfechos perinatais desfavoráveis. Assim, a progressão do
trabalho de parto deve ser monitorada e registrada na forma de partograma. 
Neste partograma, pode-se identificar a curva de dilatação nos limites de normalidade (1
cm/hora) e após 7 horas de trabalho de parto na fase ativa, a dilatação cervical atingiu 10 cm.
A normalidade dessa curva demonstra que as contrações uterinas estão sendo eficientes para
atingir esse objetivo.
Entretanto, a descida da apresentação não ocorre normalmente. Há parada de progressão da
descida, e a apresentação não atinge o plano 0 de DeLee, portanto não consegue insinuar.
O diagnóstico, nessa situação, é a desproporção céfalo-pélvica, na qual a única forma de
conduta segura é a operação cesariana.
REFERÊNCIA:
FERNANDES, Cesar E. Febrasgo – Tratado de Obstetrícia. s.l: Grupo GEN, 2018. E-book.
ISBN 9788595154858. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595154858/. Acesso em: 4 out. 2023.
56ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
I – A principal hipótese diagnóstica é infecção de ferida operatória, e o principal exame de
imagem para o diagnóstico é o raio X simples de abdome. Incorreta, pois o exame para
diagnóstico é a ultrassonografia de abdome.
II – O principal exame de imagem para o diagnóstico é a ultrassonografia, e o tratamento
indicado seria a cirurgia de laparotomia exploradora. Incorreta, pois o tratamento indicado
seria utilizar compressas mornas e possível drenagem.
III – O diagnóstico da infecção da ferida operatória é clínico, que pode ser confirmado com
exames de hemograma, PCR e ultrassonografia (principal exame de imagem). Correta 
IV – O tratamento indicado seria utilizar compressas mornas, antibioticoterapia e possível
drenagem da ferida operatória assim que apresentar sinais de abscesso localizado. Correta
REFERÊNCIA:
Whitebook. Infecção do sítio cirúrgico, atualizado em 29/06/2022, acessado em 17/08/2023.
57ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Área: Ginecologia e Obstetrícia
Subárea: Obstetrícia. Assistência Pré-Natal
Tema: Diabetes Gestacional
A dosagem da glicose de jejum é o método utilizado atualmente para o diagnóstico do diabetes
gestacional. Dosagem acima de 92 mg/dL e inferior a 126 mg/dL, na primeira consulta, permite
fazer o diagnóstico de diabetes gestacional. Essa definição inclui o diagnóstico realizado pela
primeira vez na gravidez. Basta dosar uma única vez no início da gravidez. Quando o resultado
é inferior a 92 mg/dL, é necessário realizar o Teste de Tolerância à Glicose com 75 g, entre 24-
28 semanas de gestação. A hemoglobina glicada não serve para o diagnóstico do diabetes
gestacional.
REFERÊNCIA:
Cunningham, F.G., Leveno, K.J., Bloom, S.; JL. Williams. Obstetrics. 26th Ed. Mc Graw Hill. New
York, 2022.
58ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A alteração encontrada pela médica da UBS trata-se de criptorquidia, situação quando o
testículo não se encontra no escroto. É mais comum em crianças prematuras, com baixo peso
ao nascimento, associando-se com aumento da incidência de tumores testiculares, defeitos de
parede do tipo hérnias e hidroceles comunicantes.
O tratamento é expectante até os 6 meses, visto que pode haver a migração espontânea até
o escroto. Caso isso não ocorra, deve ser indicado tratamento cirúrgico de fixação do testículo
na bolsa testicular no período entre o 6.º e 18.º mês de idade.
REFERÊNCIA:
Disponível em: https://portaldaurologia.org.br/publico/doencas/criptorquidia-o-que-e-causas- e-
tratamentos/. Acesso em: 3 out. 2023.
59ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A bronquiolite faz parte de um amplo espectro de doenças respiratórias das vias aéreas
inferiores e é a maior causa de doença e hospitalização em lactentes e crianças até os dois
anos. Ocorre tipicamente no período do outono e inverno por infecção primária ou reinfecção
por vírus patogênicos, sendo o Vírus Sincicial Respiratório o causador mais comum, seguido por
Rinovírus.
Apresenta-se inicialmente com sintomas respiratórios das vias aéreas superiores (VAS), como
rinorreia e obstrução nasal, seguido por sintomas das vias aéreas inferiores (VAI), com tosse,
taquipneia, sibilos, crepitações e uso de musculatura acessória. O comprometimento das VAI
pode ser leve, moderado ou grave,podendo evoluir com apneias e insuficiência respiratória
aguda. O diagnóstico é clinico, baseado na história e exame físico.
O tratamento da bronquiolite é de suporte, como hidratação, limpeza nasal, oxigenioterapia e
suporte ventilatório, se necessário, não sendo recomendado:
• Salbutamol 
• Ipratrópio
• Antibióticos
• Adrenalina inalatória
• Corticoide inalatório ou sistêmico 
• Micronebulização com salina hipertônica
Há necessidade de tratamento intra-hospitalar em caso de:
− Cianose observada ou relatada;
− Apneia observada ou relatada;
− Bradicardia ou taquicardia persistente (FC > 180 bpm)
− Letargia ou agitação excessiva;
− Desidratação;
− Indisponibilidade de via oral;
− Hipoxemia (Saturação de O₂ < 90%, persistente, em ar ambiente);
− Esforço respiratório moderado a grave, persistente, ou FR > 70 irpm.
Diante do exposto, pode se observar que se trata de bronquiolite viral aguda, com critérios de
tratamento hospitalar e utilização de medidas de suporte ao paciente como: sintomáticos,
oxigenioterapia e suporte ventilatório, se necessário. 
REFERÊNCIA: 
JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de pediatria. v.1.
Barueri: SP. Editora Manole, 2021. E-book. ISBN 9786555767476
60ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
REFERÊNCIA
HERRING, Guilherme. Radiologia Básica - Aspectos Fundamentais . [Digite o Local da Editora]:
Grupo GEN, 2021. E-book. ISBN 9788595158719. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595158719/. Acesso em: 03 mar.
2023.
Página 2: no RX o ar é o tom mais escuro possível (menos denso). Líquidos (p. ex., sangue) e
tecidos moles (p. ex., músculo) têm a mesma densidade nas radiografias convencionais,
aparecem mais brancas, pois tem densidade maior.
Página 3: Substâncias menos densas, que absorvem menos raios X, têm números de TC
baixos. Diz-se que elas apresentam atenuação diminuída e são exibidas como densidades mais
escuras nas imagens de TC. Nas radiografias convencionais, essas substâncias (como ar e
gordura) também parecem mais pretas e têm densidade diminuída (ou maior radiolucência).
Página 61: À medida que o derrame subpulmonar aumenta em volume, ele primeiro preenche
e, assim, vela o seio costofrênico posterior, visível na incidência em perfil do tórax. Isso ocorre
com aproximadamente 75 mℓ de líquido. Quando o derrame alcança um volume de cerca de
300 mℓ, vela o seio costofrênico lateral, visível na radiografia de tórax em PA.
Página 65: derrame pleural se acumula na região dorsal.
Página 280: a identificação da linha pleural visceral no RX do tórax faz o diagnóstico definitivo de
um pneumotórax.
Página 281: na TC do tórax o paciente encontra-se em decúbito dorsal, no pneumotórax o ar
acumula anteriormente.
61ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Os sintomas descritos são característicos de intoxicação por organofosforados, com a
estimulação prolongada do sistema nervoso parassimpático devido à inibição da enzima
acetilcolinesterase. A medida inicial de suporte para tratar esse tipo de intoxicação é a
administração de um antídoto específico, como o sulfato de atropina, que antagoniza os efeitos
da acetilcolina nos receptores colinérgicos e ajuda a reverter os sintomas muscarínicos, como
salivação excessiva, lacrimejamento, sudorese, vômitos e diarreia. A atropina também pode
melhorar a frequência cardíaca e a respiração. As outras opções não são as abordagens iniciais
mais apropriadas para este caso.
REFERÊNCIA:
JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de pediatria. v. 1.
Barueri. Editora Manole, 2021. E-book. ISBN 9786555767476
62ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Os cardiomiócitos atriais são estimulados pelo aumento do estiramento atrial para produzir o
peptídeo natriurético atrial (ANP).
A diminuição da reabsorção de sódio do túbulo contorcido distal e do ducto coletor cortical é
um dos efeitos do ANP, que responde ao aumento do estiramento atrial (por exemplo, na
hipertensão ou sobrecarga de volume), aumentando a natriurese e a diurese no corpo. Além de
diminuir a reabsorção de sódio, o ANP aumenta a excreção de sódio e água por meio do
aumento da TFG via dilatação da arteríola aferente e constrição da arteríola eferente. Por fim, o
ANP inibe a secreção de renina e, portanto, o RAAS. Juntas, essas mudanças trabalham para
reduzir o volume sanguíneo, a pressão arterial e o débito cardíaco.
DISTRATORES:
O aumento da excreção de íons potássio e hidrogênio nos túbulos distais e ductos coletores do
rim, bem como a reabsorção de sódio, são efeitos da aldosterona, e não do ANP. A aldosterona
é estimulada pelo SRAA, aumento do potássio sérico, ACTH, sistema nervoso simpático e
diminuição da pressão arterial média.
O óxido nítrico (NO) resulta em vasodilatação e diminuição da agregação plaquetária. O NO é
produzido por células endoteliais vasculares em resposta a uma variedade de gatilhos, incluindo
lesão vascular e hipóxia. Embora o ANP cause vasodilatação, não tem efeito sobre a agregação
plaquetária.
O aumento da reabsorção de água livre de soluto é um efeito da vasopressina (ADH), e não do
ANP. O ADH atua aumentando a transcrição e inserção de aquaporinas nos ductos coletores
renais. O ADH é secretado se o corpo detectar aumento da osmolalidade plasmática ou
diminuição do volume sanguíneo arterial.
A vasoconstrição sistêmica e a estimulação da sede, assim como a retenção de sódio e o
aumento da reabsorção de água, são estimulados pelo SRAA, e não pelo ANP. O SRAA é
ativado em resposta à diminuição da perfusão glomerular e pelo sistema nervoso simpático
renal e, na verdade, é inibido pelo ANP.
REFERÊNCIA:
HALL, John E.; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall Fundamentos de Fisiologia.Pag.194: Grupo
GEN, 2017. 9788595151550. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595151550/. Acesso em: 08 ago.
2022.
63ª QUESTÃO
Resposta comentada:
O critério MELD é uma ferramenta utilizada para avaliar a gravidade da doença hepática em
pacientes adultos com cirrose e outras doenças hepáticas crônicas. Ele considera os níveis
séricos de creatinina, bilirrubina total e INR (tempo de protrombina internacional normalizado). O
MELD é utilizado para prever a gravidade da doença hepática e a necessidade de
encaminhamento para especialistas, como hepatologistas, quando necessário.
 
Critérios e pontuações:
O escore MELD é composto de 5 critérios clínicos e fisiológicos. A seguir serão descritos cada
um deles. É usada uma fórmula baseada nesses dados para calcular o escore.
Primeiro, avalie os seguintes critérios:
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1. Diálise mais de 2 vezes na última semana? Ou hemodiálise venovenosa contínua por ≥
24 horas na última semana?
1. Sim: 1 ponto
2. Não: 2 pontos
2. INR (International Normalized Ratio): acrescentar o valor na fórmula.
3. Creatinina (mg/dL): acrescentar o valor na fórmula
4. Bilirrubina (mg/dL):** acrescentar o valor na fórmula
5. Sódio (mEq/L): acrescentar o valor na fórmula
Atenção!
Se a bilirrubina, creatinina ou INR for <1,0, use 1,0. Se alguma das seguintes condições for
verdadeira, use Cr 4.0:
– Cr > 4,0.
– Maior ou igual a 2 tratamentos de diálise nos 7 dias anteriores.
– 24 horas de hemodiálise venovenosa contínua nos 7 dias anteriores.
Se sódio < 125 mmol/L: usar 125. Se sódio > 137 mmol/L: usar 137.
Em seguida, aplique a fórmula:
MELD(i) = 0,957 × ln(Cr) + 0,378 × ln(bilirrubina) + 1,120 × ln(INR) + 0,643
Em seguida, multiplicar por 10 e arredondar para o próximo número inteiro.
Se MELD(i) > 11, fazer o cálculo adicional:
MELD = MELD(i) + 1,32 × (137 – Na) – [ 0,033 × MELD(i) × (137 – Na) ]
O valor de MELD máximo é de 40.
E como interpretar?
Após o preenchimento dos critérios e realização do cálculo, é obtido um resultado. A
interpretação dependerá do valor atingido no paciente avaliado. O risco estimado

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