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ESTÁTICA DOS FLUIDOS - HIDROSTÁTICA mateus0@yahoo.com.br Prof. Dr. Mateus Henrique Rocha Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) Unidade Acadêmica de Cabo de Santo Agostinho (UACSA) DATA: 15/07/2022 SALA: S305–CI4/MA7/ME7/EL8/EN8 SEXTA-FEIRA: 13:00h–16:00h Fenômenos de Transporte ESTÁTICA DOS FLUIDOS • 1 Pa = 1 N/m²: unidade muito pequena, por isso são usados seus múltiplos (Quilopascal 1 kPa = 1.000 Pa e Megapascal 1 MPa = 1.000.000 Pa). Outras unidades: • Bar: 1 bar = 10.000 Pa = 0,1 MPa = 100 kPa. • Atmosfera padrão: 1 atm = 101.325 Pa = 101,325 kPa = 1,01325 bar. • Kilograma-força por centímetro quadrado: 1 kgf/cm² = 9,807 N/cm² = 98.066,5 N/m² = 98.066,5 Pa = 0,9807 bar = 0,9679 atm. • Libra-força por polegada quadrada (lbf/pol² ou psi–sistema inglês): 1 psi = 0,0703 kgf/cm² = 0,06895 bar = 6,895 kPa = 0,06805 atm. Conceito e Definição de Pressão Pressão e Gradiente de Pressão Hipóteses e aproximações: • Pequena cunha de fluido em repouso de tamanho: Δx X Δz X Δs e com uma profundidade b (normal ao papel). • Não há cisalhamento e as pressões Px, Pz e Pn podem ser diferentes em cada face. • Considera-se que o peso do elemento seja muito pequeno, dessa forma, a pressão será constante em cada face. 𝐹𝑥 = 0 ⇒𝐹𝑥 = 𝑃𝑥𝑏Δ𝑧 − 𝑃𝑛𝑏Δ𝑠 sin 𝜃 Pressão e Gradiente de Pressão 𝐹𝑧 = 0 ⇒𝐹𝑧 = 𝑃𝑧𝑏Δ𝑥 − 𝑃𝑛𝑏Δ𝑠 cos 𝜃 − 1 2 𝜌𝑔𝑏Δ𝑥Δ𝑧 • A resultante das Forças deve ser igual a zero (sem aceleração) nas direções x e z: Δ𝑧 = Δ𝑠 sin 𝜃 • Porém, a geometria da cunha é tal que: Δ𝑥 = Δ𝑠 cos 𝜃 • Substituindo-se nas equações anteriores tem-se: 𝑃𝑥 = 𝑃𝑛 𝑃𝑧 = 𝑃𝑛 + 1 2 𝜌𝑔Δ𝑧 As relações anteriores mostram duas condições muito importantes para a Estática dos Fluidos, na situação em que não se encontra a presença de cisalhamento (fluidos livres): 1) Não há variação de pressão na direção horizontal. 2) Há uma variação de pressão na direção proporcional à massa específica, a gravidade e a variação de profundidade. Pressão e Gradiente de Pressão • Como a cunha de fluido é reduzida apenas a um único ponto específico, tem-se que Δz=0, portanto: 𝑃𝑥 = 𝑃𝑧 = 𝑃𝑛 = 𝑃 • Como o ângulo θ é arbitrário, conclui-se que a pressão P qualquer em um FLUIDO ESTÁTICO é uma propriedade de ponto, independentemente da orientação. Equação Básica da Estática dos Fluidos Hipóteses e aproximações: • Equação para o cálculo do campo de pressão em um fluido estático. • A pressão aumenta com a profundidade, portanto deve-se aplicar a Segunda Lei de Newton a um elemento de fluido diferencial de massa dm (ρdV), com lados dx, dy e dz. • O elemento fluido está em repouso em relação ao sistema inercial de coordenadas retangulares. Os dois tipos genéricos de forças que podem ser aplicados a um fluido são: • Forças de campo (de ação a distância). • Forças de superfície (de contato). • A única força de campo que é considerada na análise é a força decorrente da gravidade (forças elétricas e magnéticas não são consideradas). Para um elemento de fluido diferencial, a força de campo é dada por: 𝑑 Ԧ𝐹𝐵 = Ԧ𝑔𝑑𝑚 ⇒ 𝑑 Ԧ𝐹𝐵 = Ԧ𝑔𝜌𝑑𝑉 𝑑 Ԧ𝐹𝐵 = 𝜌 Ԧ𝑔𝑑𝑥𝑑𝑦𝑑𝑧 • Em um fluido estático, nenhuma tensão de cisalhamento pode estar presente, portanto, a única força de superfície é a força de pressão, e a pressão é um campo escalar: 𝑃 = 𝑃 𝑥, 𝑦, 𝑧 Equação Básica da Estática dos Fluidos • Espera-se que a pressão varie somente com a posição dentro do fluido. • A força líquida de pressão que resulta dessa variação pode ser avaliada pela soma de todas as forças que atuam nas seis faces do elemento fluido. • Seja P a pressão no centro O, portanto para determinar a pressão em cada uma das 6 faces do elemento utiliza-se uma expansão em séries de Taylor da pressão em torno do ponto O. A pressão na FACE ESQUERDA do elemento é dada por: 𝑃𝐿 = 𝑃 + 𝜕𝑃 𝜕𝑦 𝑦𝐿 − 𝑦 ⇒ 𝑃𝐿 = 𝑃 + 𝜕𝑃 𝜕𝑦 − 𝑑𝑦 2 ⇒ 𝑃𝐿 = 𝑃 − 𝜕𝑃 𝜕𝑦 𝑑𝑦 2 𝑃𝑅 = 𝑃 + 𝜕𝑃 𝜕𝑦 𝑦𝑅 − 𝑦 ⇒ 𝑃𝑅 = 𝑃 + 𝜕𝑃 𝜕𝑦 𝑑𝑦 2 • A pressão na FACE DIREITA do elemento é dada por: Equação Básica da Estática dos Fluidos • As forças de pressão atuando nas duas superfícies y do elemento diferencial são: • Cada força de pressão é um produto de três fatores: 1) O primeiro é o módulo da pressão. 2) O segundo é a área da face para dar o módulo da força de pressão. 3) O terceiro é o vetor unitário, que deve ser introduzido para indicar o sentido. • A força de pressão em cada face atua contra a face. • Uma pressão positiva corresponde a uma tensão normal de compressão. • As forças de pressão sobre as outras faces do elemento são obtidas do mesmo modo. Equação Básica da Estática dos Fluidos 𝑑 Ԧ𝐹𝑆 = 𝑃 − 𝜕𝑃 𝜕𝑥 𝑑𝑥 2 𝑑𝑦𝑑𝑧 Ƹ𝑖 + 𝑃 + 𝜕𝑃 𝜕𝑥 𝑑𝑥 2 𝑑𝑦𝑑𝑧 − Ƹ𝑖 + 𝑃 − 𝜕𝑃 𝜕𝑦 𝑑𝑦 2 𝑑𝑥𝑑𝑧 Ƹ𝑗 + 𝑃 + 𝜕𝑃 𝜕𝑦 𝑑𝑦 2 𝑑𝑥𝑑𝑧 − Ƹ𝑗 + 𝑃 − 𝜕𝑃 𝜕𝑧 𝑑𝑧 2 𝑑𝑥𝑑𝑦 𝑘 + 𝑃 + 𝜕𝑃 𝜕𝑧 𝑑𝑧 2 𝑑𝑥𝑑𝑦 −𝑘 • Combinando todas essas forças, é possível se obter a força superficial líquida ou resultante agindo sobre o elemento: • Agrupando e cancelando os termos comuns da equação acima, obtêm-se: Equação Básica da Estática dos Fluidos 𝑑 Ԧ𝐹𝑆 = − 𝜕𝑃 𝜕𝑥 Ƹ𝑖 + 𝜕𝑃 𝜕𝑦 Ƹ𝑗 + 𝜕𝑃 𝜕𝑧 𝑘 𝑑𝑥𝑑𝑦𝑑𝑧 𝛻𝑃 = 𝜕𝑃 𝜕𝑥 Ƹ𝑖 + 𝜕𝑃 𝜕𝑦 Ƹ𝑗 + 𝜕𝑃 𝜕𝑧 𝑘 ⇒ 𝛻𝑃 = 𝜕 𝜕𝑥 Ƹ𝑖 + 𝜕 𝜕𝑦 Ƹ𝑗 + 𝜕 𝜕𝑧 𝑘 𝑃 • O termo entre parênteses é denominado gradiente de pressão e pode ser escrito como grad P ou ∇P: 𝑑 Ԧ𝐹𝑆 = −𝛻𝑃𝑑𝑥𝑑𝑦𝑑𝑧 • O gradiente pode ser visto como um operador vetorial. • Tomando o gradiente de um campo escalar obtém-se um campo vetorial: Equação Básica da Estática dos Fluidos Equilíbrio de um Elemento de Fluido • O gradiente de pressão é o negativo da força de superfície por unidade de volume devido à pressão. • O nível de pressão não é importante na avaliação da força resultante da pressão, em vez disso, o que importa é a taxa de variação da pressão com a distância (o gradiente de pressão). • Combina-se as formulações desenvolvidas para as forças de superfície e as forças de campo de modo a obter a força total atuando sobre um elemento fluido. 𝑑 Ԧ𝐹 = 𝑑 Ԧ𝐹𝑆 + 𝑑 Ԧ𝐹𝐵 ⇒ 𝑑 Ԧ𝐹 = −𝛻𝑃 + 𝜌 Ԧ𝑔 𝑑𝑥𝑑𝑦𝑑𝑧 𝑑 Ԧ𝐹 = −𝛻𝑃 + 𝜌 Ԧ𝑔 𝑑𝑉 𝑑 Ԧ𝐹 𝑑𝑉 = −𝛻𝑃 + 𝜌 Ԧ𝑔 • Para uma partícula fluida, a Segunda Lei de Newton diz que a força é igual ao produto da massa pela aceleração: Ԧ𝐹 = Ԧ𝑎𝑑𝑚 ⟹ Ԧ𝐹 = Ԧ𝑎𝜌𝑑𝑉 • Para um fluido estático (parado) sem movimento: Ԧ𝑎 = 0 𝑑 Ԧ𝐹 𝑑𝑉 = 𝜌 Ԧ𝑎 ⇒ 𝑑 Ԧ𝐹 𝑑𝑉 = 0 • Portanto, pode-se escrever que: −𝛻𝑃 + 𝜌 Ԧ𝑔 = 0 Equilíbrio de um Elemento de Fluido Equilíbrio de um Elemento de Fluido −𝜵𝑷 + 𝝆𝒈 = 𝟎 • O significado físico de cada termo é o seguinte: −𝜵𝑷 Força de pressão líquida por unidade de volume em um ponto Força de campo por unidade de volume em um ponto + 𝝆𝒈 = 𝟎 + • Essa equação vetorial , o que significa que ela é equivalente a três equações de componentes que devem ser satisfeitas individualmente. − 𝜕𝑃 𝜕𝑥 + 𝜌𝑔𝑥 = 0 na direção x − 𝜕𝑃 𝜕𝑦 + 𝜌𝑔𝑦 = 0 na direção y − 𝜕𝑃 𝜕𝑧 + 𝜌𝑔𝑧 = 0 na direção z • Variação de pressão em cada uma das três direções dos eixos coordenados em um fluido estático. • É conveniente escolher um sistema de coordenadas no qual o vetor gravidade esteja alinhado com um dos eixos de coordenadas. • Se o sistema de coordenadas for escolhido com o eixo z apontando verticalmente para cima, dessa forma, gx= 0; gy= 0; gz = –g, sob tais circunstâncias, os componentes tornam-se iguais a : 𝜕𝑃 𝜕𝑥 = 0 𝜕𝑃 𝜕𝑦 = 0 𝜕𝑃 𝜕𝑧 = −𝜌𝑔 Distribuições de Pressão Hidrostática • Nas considerações feitas, a pressão é independente das coordenadas x e y. • A pressão P depende APENAS DE Z. • Portanto, como P é uma função de apenas uma variável, a derivada total pode ser usada no lugar da derivada parcial, portanto: Restrições: 1) O fluido é estático. 2) A gravidade é a única força de campo presente. 3) O eixo Z é vertical e voltado para cima. 𝒅𝑷𝒅𝒛 = −𝝆𝒈 ⇒ 𝒅𝑷 𝒅𝒛 = −𝜸 𝜸: é o peso específico do fluido Distribuições de Pressão Hidrostática • A equação anterior é a relação básica pressão-altura da ESTÁTICA DOS FLUIDOS, porém ela está sujeita as restrições mencionadas. Portanto, essa equação deve ser aplicada somente quando tais restrições forem razoáveis para a situação física. • Para determinar a distribuição de pressão em um fluido estático, a equação anterior pode ser integrada, aplicando-se em seguida as condições de contorno apropriadas do problema. • Antes de se considerar as aplicações específicas dessa equação, é importante relembrar que os valores de pressão devem ser estabelecidos em relação a um nível de referência. • Se o nível de referência for o vácuo, as pressões são denominadas absolutas, porém a maioria dos medidores de pressão indica uma diferença de pressão (a diferença entre a pressão medida e aquela do ambiente, usualmente a pressão atmosférica local). • Os níveis de pressão medidos em relação à pressão atmosférica são denominados pressões manométricas. Distribuições de Pressão Hidrostática Pressão Manométrica e Pressão Vacuométrica Mede-se as seguintes pressões: 1) Absoluta ou de intensidade total. 2) Relativa, em relação à atmosfera ambiente local. O segundo caso ocorre porque muitos instrumentos de medida de pressão são do tipo diferencial e medem não um valor absoluto, mas a diferença entre a pressão do fluido e a atmosfera local. 𝑃𝑎𝑏𝑠 = 𝑃𝑒𝑓 + 𝑃𝑟𝑒𝑓 𝑃𝑚𝑎𝑛 = 𝑃𝑎𝑏𝑠 − 𝑃𝑎𝑡𝑚 𝑃𝑣á𝑐 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 − 𝑃𝑎𝑏𝑠 Pressão Manométrica e Pressão Vacuométrica Pressão Manométrica e Pressão Vacuométrica • Para distâncias pequenas a moderadas, a variação da pressão com a altura é desprezível para os gases, por causa de sua baixa densidade. • A pressão em um tanque contendo um gás pode ser considerada uniforme, uma vez que o peso do gás é muito baixo para fazer uma diferença apreciável. Da mesma forma, a pressão em uma sala cheia de ar pode ser considerada constante. • Ao se considerar o Ponto 1 na superfície livre de um líquido aberto para a atmosfera, no qual a pressão é a pressão atmosférica então a pressão a uma profundidade h qualquer da superfície livre é dada por: 𝑃 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜌𝑔ℎ 𝑃𝑚𝑎𝑛 = 𝜌𝑔ℎ Variação de Pressão em um Fluido Estático • A leitura de 32 psi (2,25 kgf/cm²) indica uma pressão de 32 psi acima da pressão atmosférica. • Em um local onde a pressão atmosférica é 14,3 psi, a pressão absoluta do pneu do carro será de 32,0 psi + 14,3 psi = 46,3 psi. • Nas Tabelas Termodinâmicas e Tabelas de Propriedades de Fluidos, quase sempre é utilizada a pressão absoluta. • Conceituação: “a” (pressão absoluta) e “g” (pressão manométrica) são adicionadas às unidades de pressão (como psia e psig). • Às vezes é preciso estabelecer um modelo numérico ou analítico da atmosfera da Terra para simular variações climáticas para estudar os efeitos de pressão. • O perfil de temperatura da Atmosfera Padrão nos EUA é mostrado ao lado. • Valores para outras propriedades podem ser tabelados em função da altitude. Variação da temperatura com a altitude na Atmosfera Padrão (EUA) Condições da Atmosfera Padrão nos EUA ao nível do mar Líquidos Incompressíveis • A Equação anterior é a solução do problema hidrostático. • A integração requer uma hipótese sobre as distribuições da massa específica e aceleração da gravidade. • Gases e líquidos usualmente são tratados de forma diferente. • A PRESSÃO EM UM FLUIDO ESTÁTICO UNIFORME CONTINUAMENTE DISTRIBUÍDO VARIA SOMENTE COM A DISTÂNCIA VERTICAL E É INDEPENDENTE DA FORMA DO RECIPIENTE. ELA É A MESMA EM TODOS OS PONTOS EM UM DADO PLANO HORIZONTAL NO FLUIDO. ELA AUMENTA COM A PROFUNDIDADE NO FLUIDO. 𝒅𝑷 𝒅𝒛 = −𝝆𝒈 ⇒ 𝒅𝑷 𝒅𝒛 = −𝜸 න 𝑷𝟎 𝑷 𝒅𝑷=−න 𝒛𝟎 𝒛 𝝆𝒈𝒅𝒛 ⇒ 𝑷 − 𝑷𝟎 = −𝝆𝒈 𝒛 − 𝒛𝟎 Variação de Pressão em um Fluido Estático Líquidos Incompressíveis • Líquidos Incompressíveis: (manômetros para líquidos) é conveniente colocar a origem do sistema de coordenadas na superfície livre (nível de referência) e medir distâncias para baixo a partir dessa superfície como positivas. Variação de Pressão em um Fluido Estático 𝒉 = (𝒛 − 𝒛𝟎) Δ𝑃 = 𝑃 − 𝑃0 ⇒ Δ𝑃 = 𝜌𝑔ℎ • A equação acima indica que a diferença de pressão entre dois pontos em um fluido estático pode ser determinada pela medida da diferença de elevação entre os dois pontos. • Para um planeta esférico de densidade uniforme, a aceleração da gravidade varia inversamente com o quadrado do raio a partir do centro: Efeito da gravidade variável 𝑔 = 𝑔0 𝑟0 𝑟 2 • r0 é o raio do planeta e g0 é o valor de g na superfície: para a Terra, r0 é 6.400 km. • Em problemas de engenharia, o desvio de r0 varia desde a maior profundidade no oceano, aproximadamente 11 km, até a altura atmosférica onde operam os aviões supersônicos, aproximadamente 20 km. • Isso dá uma variação máxima de g de (6.400/6.420)2, ou seja, de 0,6%, dessa forma, não se considera a variação de g na maioria dos problemas. Pressão Hidrostática no Líquidos Incompressíveis • Os líquidos são aproximadamente incompressíveis, de modo que é possível desprezar as variações de densidade na hidrostática. • A densidade da água aumenta apenas 4,6% no local mais profundo do oceano. Seu efeito na hidrostática seria metade disso, ou 2,3%. Barômetros Pressão Hidrostática nos Gases Aplicações da Manometria Barômetro de Mercúrio Barômetro de Mercúrio Barômetro de Mercúrio • Como a pressão atmosférica força a coluna de mercúrio a subir uma distância h no tubo, a superfície superior do mercúrio está à pressão zero. • Com P1 = 0 em z1 = h e P2 = Pa em Pa em z2 = 0. 𝑃𝑎 = 𝛾𝑀(ℎ − 0) ℎ = 𝑃𝑎 𝛾𝑀 • Ao nível do mar, com Pa = 101.350 Pa e γM = 133.100 N/m³ . • A altura barométrica é: h = (101.350/133.100) = h = 0,761 m ou 761 mm. • Os gases são compressíveis, com a densidade aproximadamente proporcional à pressão, assim a massa específica deve ser considerada uma variável na equação. • Se integração abranger grandes variações de pressão, é preciso introduzir a Lei dos Gases Perfeitos na equação: 𝑑𝑃 𝑑𝑧 = −𝜌𝑔 ⇒ 𝑑𝑃 𝑑𝑧 = − 𝑃 𝑅𝑇 𝑔 න 1 2𝑑𝑃 𝑃 = ln 𝑃2 𝑃1 ⇒න 1 2𝑑𝑃 𝑃 = − 𝑔 𝑅 න 1 2𝑑𝑧 𝑇 Pressão Hidrostática nos Gases 𝑃2 = 𝑃1 exp − 𝑔(𝑧2 − 𝑧1 𝑅𝑇0 • A integral em z requer uma hipótese sobre a variação de temperatura T(z), dessa forma, é preciso introduzir uma aproximação em que a atmosfera é isotérmica (T=T0): • Na realidade a temperatura atmosférica média da Terra decresce quase linearmente com o aumento de z até uma altitude de aproximadamente 11.000 m. Pressão Hidrostática nos Gases 𝑇 ≈ 𝑇0 −𝐵𝑧 • T0 é a temperatura ao nível do mar (absoluta) e B é a taxa de declínio, ambas variando um pouco de um dia para outro. B=0,00650 K/m. R=287 m²/(s².K). 𝑃 = 𝑃𝑎 1 − 𝐵𝑧 𝑇0 𝑔 𝑅𝐵 𝑔 𝑅𝐵 = 5,26 (𝑎𝑟)𝑃 = 𝑃𝑎 𝑇 𝑇0 𝑔 𝑅𝐵 A máxima capacidade de fornecimento de potência de um motor de combustão interna decresce com a altitude, porque a massa específica do ar e, portanto, a vazão mássica de ar decresce. Um caminhão parte de Denver nos EUA (elevação de 1.610 m) em um dia em que a temperatura e a pressão barométrica são, respectivamente, 27 °C e 630 mm de mercúrio. Ele passa pelo Colorado (elevação de 3.230 m), onde a temperatura é de 17 °C. Determine a pressão barométrica no Colorado e a variação percentual na massa específica do ar entre as duas cidades. EXERCÍCIO PROPOSTO 1: Dados: Caminhão trafega de Denver para o Colorado. Denver: z = 1.610 m P=630 mm Hg T=27 °C Dados: Caminhão trafega de Denver para o Colorado. Colorado z=3.230 m T=17 °C • Lei de Pascal: uma consequência da pressão de um fluido permanecer constante na direção horizontal é que a pressão aplicada a um fluido confinado aumenta a pressão em todo o fluido na mesma medida. • As pressões nos pontos A, B, C, D, E, F Q G são iguais, uma vez que estão a mesma profundidade, e interconectadas pelo mesmo fluido estático, contudoas pressões nos pontos H e I não são iguais. Aplicações da Manometria • Dois cilindros hidráulicos com áreas diferentes poderiam estar conectados, e que o maior poderia exercer uma força proporcionalmente maior do que aquela aplicada ao menor. • A chamada “máquina de Pascal” tem sido a fonte de muitas invenções parte do nosso dia- a-dia, como os freios e os elevadores hidráulicos, é isso que nos permite elevar um automóvel facilmente com um braço. • Observando que P1 = P2, já que ambos os pistões estão no mesmo nível (o efeito das pequenas diferenças de altura é desprezível, particularmente a altas pressões), a relação entre a força de saída e a força de entrada é dada por: 𝑃1 = 𝑃2 𝐹1 𝐴1 = 𝐹2 𝐴2 𝐹2 𝐹1 = 𝐴2 𝐴1 Aplicações da Manometria Aplicações da Manometria 𝑃5 − 𝑃1 = −𝛾0 𝑧2 − 𝑧1 − 𝛾𝐴 𝑧3 − 𝑧2 − 𝛾𝐺 𝑧4 − 𝑧3 − 𝛾𝑀 𝑧5 − 𝑧4 • Pela fórmula hidrostática uma variação na elevação (z2 – z1) de um líquido é equivalente a uma variação de pressão (P2 – P1)/γ. • Dessa maneira, uma coluna estática de um ou mais líquidos ou gases pode ser usada para medir diferenças de pressão entre dois pontos (manômetro). 𝑃5 = 𝑃1 + 𝛾0 𝑧1 − 𝑧2 + 𝛾𝐴 𝑧2 − 𝑧3 + 𝛾𝐺 𝑧3 − 𝑧4 + 𝛾𝑀 𝑧4 − 𝑧5 𝜟𝑷 = 𝒈 𝒊 𝝆𝒊 𝒉𝒊 Aplicações da Manometria 𝑃𝐴 + 𝛾1 𝑧𝐴 − 𝑧1 − 𝛾2 𝑧1 − 𝑧2 = 𝑃2 ≈ 𝑃𝑎𝑡𝑚 • Dois pontos quaisquer à mesma elevação, em uma massa contínua do mesmo fluido estático, estarão à mesma pressão. 𝜟𝑷 = 𝒈 𝒊 𝝆𝒊 𝒉𝒊 Manômetro de Tubo em U 𝑃𝐴 − 𝑃𝐵 = 𝑃𝐴 − 𝑃1 + 𝑃1 − 𝑃2 + 𝑃2 − 𝑃3 + (𝑃3 − 𝑃𝐵) 𝑃𝐴 − 𝑃𝐵 = −𝛾1 𝑧𝐴 − 𝑧1 −𝛾2 𝑧1 − 𝑧2 − 𝛾3 𝑧2 − 𝑧3 − 𝛾4 𝑧3 − 𝑧𝐵 𝜟𝑷 = 𝒈 𝒊 𝝆𝒊 𝒉𝒊 Manômetro de Tubo em U Manômetro de Tubo Inclinado 𝜟𝑷 = 𝒈 𝒊 𝝆𝒊 𝒉𝒊 Δ𝑃 = 𝑃1 − 𝑃2 ⇒ Δ𝑃 = 𝜌𝑙𝑔(ℎ1 + ℎ2) 𝜋𝐷2 4 ℎ1 = 𝜋𝑑2𝐿 4 ⇒ ℎ1 = 𝐿 𝑑 𝐷 2 Δ𝑃 = 𝜌𝑙𝑔 𝐿 sin 𝜃 + 𝐿 𝑑 𝐷 2 ⇒ Δ𝑃 = 𝜌𝑙𝑔𝐿 sin 𝜃 + 𝑑 𝐷 2 𝐿 = Δ𝑃 𝜌𝑙𝑔 sin 𝜃 + 𝑑 𝐷 2 ℎ = Δ𝑃 𝜌𝑔 𝑠 = 𝐿 ℎ ⇒ 𝑠 = 1 𝑑𝑙 sin 𝜃 + 𝑑 𝐷 2 • Sensibilidade do manômetro: para aumentar a sensibilidade do manômetro os parâmetros: dl, sen θ e (d/D) devem ser tão pequenos quanto possível. Portanto, o projetista do aparelho deve escolher um líquido manométrico e de dois parâmetros geométricos. Manômetro de Tubo Inclinado Manômetro de Tubo Inclinado Água escoa no interior dos tubos A e B. Óleo lubrificante está na parte superior do tubo em U invertido. Mercúrio está na parte inferior dos dois tubos em U. Determine a diferença de pressão (PA–PB ) em KPa. EXERCÍCIO PROPOSTO 2: 1 polegada (1”) = 2,54 cm. Densidade da água = 1,00 Densidade do mercúrio = 13,6 Densidade do óleo = 0,88 Sistemas Hidráulicos Forças Hidrostáticas sobre Superfícies Submersas • Os sistemas hidráulicos são caracterizados por pressões muito elevadas, de modo que as variações de pressão hidrostática podem ser frequentemente desprezadas. • Os freios hidráulicos automotivos desenvolvem pressões de até 10 MPa (100 bar). • Sistemas de atuação hidráulica de aviões e máquinas são frequentemente projetados para pressões de até 40 MPa (400 bar) e os macacos hidráulicos usam pressões de até 70 MPa (700 bar). • Equipamentos de testes de laboratório para tarefas especiais podem atingir 1.000 MPa (10.000 bar). • Embora os líquidos são geralmente considerados incompressíveis sob pressões ordinárias, variações em suas massas específicas podem ser apreciáveis sob pressões elevadas. • Os módulos de compressibilidade de fluidos hidráulicos sob pressões elevadas também podem apresentar variações acentuadas. Sistemas Hidráulicos • Uma placa exposta a um líquido, como um distribuidor em uma represa, a parede de um tanque de armazenamento de líquido e o casco de um navio em repouso, estão sujeitos à pressão dos fluidos distribuída sobre sua superfície. • Em uma superfície plana, as forças hidrostáticas formam um sistema de forças paralelas, e com frequência é preciso determinar a intensidade da força e seu ponto de aplicação (CENTRO DE PRESSÃO). Sistemas Hidráulicos Sistemas Hidráulicos • Considerando uma barragem de água, um lado está preenchido com água, e o outro lado do barramento está aberto para a atmosfera, e por isso, a pressão atmosférica age em ambos os lados do barramento, produzindo uma resultante nula (caso contrário a barragem iria desmoronar!). • É conveniente subtrair a pressão atmosférica e trabalhar apenas com a pressão manométrica, por exemplo, Pman = ρgh na parte inferior do reservatório. • Problema da Placa Plana: o plano dessa superfície cruza a superfície livre horizontal com um ângulo θ, e considera-se a reta de intersecção com o eixo x. • A pressão absoluta acima do líquido é P0, que é a pressão atmosférica local (Patm), se o líquido está aberto para a atmosfera (mas P0 pode ser diferente de Patm, se o espaço acima do líquido for evacuado ou pressurizado. Sistemas Hidráulicos Sistemas Hidráulicos 𝑃 = 𝑃0 + 𝜌𝑔ℎ ⇒ 𝑃 = 𝑃0 + 𝜌𝑔𝑦 sin 𝜃 𝐹𝑅 = න 𝐴 𝑃𝑑𝐴 ⇒ 𝐹𝑅 = න 𝐴 𝑃0 + 𝜌𝑔𝑦 sin 𝜃 𝑑𝐴 𝐹𝑅 = 𝑃0𝐴 + 𝜌𝑔 sin𝜃න 𝐴 𝑦𝑑𝐴 (a) Pressão atmosférica considerada (b) Pressão atmosférica subtraída • h é a distância vertical entre o ponto e a superfície livre e y é a distância entre o ponto e o eixo x . • A força hidrostática FR resultante que age sobre a superfície é determinada pela integração da força PdA que age em uma área diferencial dA em toda a área da superfície. 𝑦𝐶 = 1 𝐴 න 𝐴 𝑦𝑑𝐴 𝑑𝐹 = 𝑃𝑑𝐴 • A força resultante que atua sobre uma superfície é encontrada somando-se as contribuições das forças infinitesimais sobre toda a área analisada. • Quando forças são somadas deve-se empregar a soma vetorial (soma de vetores), entretanto todas as forças infinitesimais são perpendiculares ao plano, portanto a força resultante também será perpendicular ao plano. 𝑑𝐴 = 𝑑𝑥𝑑𝑦 𝑑𝐹 = 𝑃𝑑𝐴 𝐹𝑅 = න 𝐴 𝑃𝑑𝐴 Força Hidrostática sobre uma superfície plana Submersa • Para avaliar a integral, tanto a pressão P quanto o elemento de área dA devem ser expressos em termos das mesmas variáveis, portanto, pode-se expressar a pressão P em uma profundidade h do líquido como: 𝑃 = 𝑃0 + 𝜌𝑔ℎ • Nesta expressão, P0 é a pressão na superfície livre (h = 0). Dessa maneira, da geometria do sistema, é possível ver que h = y senθ. 𝐹𝑅 = න 𝐴 𝑃𝑑𝐴 ⟹ 𝐹𝑅 = න 𝐴 𝑃0 + 𝜌𝑔ℎ 𝑑𝐴 𝐹𝑅 = න 𝐴 𝑃0 + 𝜌𝑔𝑦 sin 𝜃 𝑑𝐴 ⟹ 𝐹𝑅 = 𝑃0න 𝐴 𝑑𝐴 + 𝜌𝑔 sin 𝜃න 𝐴 𝑦𝑑𝐴 𝑦𝐶 = 1 𝐴 න 𝐴 𝑦𝑑𝐴 𝒚C é o centróide da área. Força Hidrostática sobre uma Superfície Plana Submersa Força Hidrostática sobre uma Superfície Plana Submersa A determinação do Ponto de Aplicação da Força Resultante é uma Tarefa para a Próxima Aula!!!!!!!! FIM
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