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Apostila Introducao ao Laboratorio de Quimica

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INSTITUTO SUPERIOR DE TEOLOGIA APLICADA 
PRODIRETORIA DE INOVAÇÃO PEDAGÓGICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO AO LABORATORIO DE QUÍMICA 
 
 
 
 
Prof.ª Me. Nairley Cardoso Sá Firmino 
Prof.º Dr. João Garcia Alves Filho 
Prof.ª Drª. Magda Elisa Turini da Cunha 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SOBRAL – CE 
2016 
Apresentação 
 
 
Um laboratório é um local planejado com a finalidade de realizar experimentos. Com o 
intuito de que as atividades laboratoriais ocorram de forma segura, faz-se necessário 
certificar-se de que há a presença de um profissional especializado e que as medidas 
de biossegurança são empregadas. O laboratório possui instrumentos e equipamentos 
próprios e incomuns a outros ambientes, por isso, o conhecimento introdutório acerca 
do uso destes aparelhos e vidrarias tem relevância. Dessa forma, o Curso de 
Introdução ao Laboratório de Química oferece uma estratégia, através de uma 
ambiente virtual, de aproximação entre estudantes e o laboratório de Química, 
contemplando tanto a visualização e navegação no próprio laboratório, quanto a 
possibilidade de contato com os instrumentos e equipamentos. Acredita-se que a 
realização do curso facilitará o desenvolvimento de aulas práticas, proporcionando 
inclusive o aprofundamento dos experimentos realizados pelos docentes, visto que já 
existirá familiaridade do estudante com o ambiente em questão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Objetivos 
 
 
 Proporcionar uma ferramenta pedagógica inovadora para professores que 
necessitam utilizar o laboratório de Química. 
 
 Facilitar o desenvolvimento de aulas práticas através da familiarização dos 
estudantes com o ambiente laboratorial. 
 
 Disponibilizar material didático, sobre instrumentos e equipamentos de 
laboratórios de Química, para professores e estudantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O MÉTODO CIENTÍFICO 
 
O Método Indutivo 
 
Também chamado de indução, é um raciocínio baseado em uma generalização 
a partir de um certo número de observações. A ideia de que a natureza possui 
padrões que se repetem talvez tenha surgido quando o homem pré-histórico 
observava que o Sol nascia todos os dias no mesmo lugar do horizonte. 
Ex.: 
Abri um abacate e encontrei um caroço, 
Abri o segundo abacate e encontrei outro caroço, 
Abri o décimo abacate e adivinha? Outro caroço. 
Logo, todos os abacates devem ter caroço! 
 
Percebe-se que o método indutivo é bastante simples e tem sido bastante 
aplicado nas ciências da natureza. Matthias Schleiden e Theodor Schwann, ao 
observarem plantas e animais ao microscópio e perceberam sua constituição celular, 
afirmaram que todos os seres vivos são formados por células. James Sumner, ao 
descobrir a natureza proteica da enzima urease, postulou que todas as enzimas são 
proteínas (mas nem todas as proteínas são enzimas). 
Obviamente nem tudo na natureza possui um padrão tão uniforme e universal. É 
preciso um grande número de observações para se fazer uma generalização e mesmo 
assim, admitir que nem sempre acertamos. Podemos afirmar que o Sol continua 
nascendo no Leste, mas quanto as enzimas de Sumner, já encontraram um grupo de 
moléculas de RNA com função catalítica, ou seja, nem todas as enzimas são proteínas 
como se pensava. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECOMENDAÇÕES BÁSICAS PARA QUEM ESTÁ INICIANDO AS ATIVIDADES 
NO LABORATORIO DE QUÍMICA 
 
 Primeiramente é importante saber que o laboratório (utilizado em aulas 
práticas) é um ambiente de aprendizagem, portanto, é pedagogicamente natural que 
ocorram erros durante algumas atividades. No entanto, é mais importante ainda saber 
que o laboratório de Química é também um ambiente que possui reagentes e 
equipamentos que podem colocar a saúde e segurança em risco. Sendo assim, alguns 
cuidados precisam ser tomados para evitar que pequenos erros possam se tornar 
graves acidentes. 
 Um estudante sensato irá sempre perguntar ao professor, tutor ou técnico caso 
tenha dúvidas sobre a correta utilização de um equipamento ou vidraria (não conhece 
o equipamento? Então não mexa!). Todas as aulas práticas devem ser acompanhadas 
de um roteiro do experimento explicando o passo-a-passo da aula e ela será 
executada sob orientação do professor/tutor. É natural que o estudante, movido pela 
curiosidade de um cientista nato, se pergunte: 
 
- E o que acontece se eu colocar o ácido primeiro e a água depois? 
- O que acontece se eu apertar esse botão? 
 
 Por questão de segurança, pergunte ao professor, antes de testar sua brilhante 
ideia. Se não houver riscos, o professor irá autorizar (“experimente isso e veja o que 
acontece”). Ficar restrito as tarefas do protocolo e perguntar sempre ao professor em 
caso de dúvida pode parecer chato, mas é a melhor forma de evitar acidentes. 
Outro fator que contribui de forma significativa para acidentes em laboratório 
está no comportamento de alunos distraídos em conversas. Durante a execução do 
roteiro de prática, muitas vezes existem etapas em que é necessário esperar 
(incubação, centrifugação, etc.). Instantaneamente, vem a ideia de passar esse tempo 
conversando com os colegas, afinal você concluiu uma etapa e não há nada a ser 
feito. Porém, em muitos casos existem outras equipes em etapas diferentes, 
manipulando suas amostras enquanto algum equipamento está ocupado. O nível de 
barulho e o grau de dispersão podem fazer com que alguns movimentos involuntários 
derrubem acidentalmente alguma vidraria da bancada. O barulho de vidro se 
quebrando causa um silêncio profundo no laboratório. O que deu errado? Exatamente 
o segundo que antecede o acidente (barulho e dispersão). É preciso cuidar para que, 
mesmo em etapas de ociosidade se mantenha o silêncio e concentração durante as 
atividades. 
Uma vez adotando esses cuidados (juntamente com uma enorme lista de 
recomendações de Biossegurança e ficando atento as orientações do professor) não 
há com o que se preocupar com as atividades de laboratório quanto a segurança de 
todos os estudantes. Contudo, esse é apenas o primeiro passo. 
 
SELEÇÃO E MANUSEIO DE REAGENTES E PRODUTOS QUÍMICOS 
 
Classificação dos Produtos Químicos 
 
Grau do Reagente 
Os produtos químicos de grau reagente estão de acordo com os padrões mínimos 
estabelecidos pelo Comitê de Reagentes Químicos da American Chemical Society 
(ACS) e são utilizados onde for possível no trabalho analítico. Alguns fornecedores 
rotulam seus produtos com os limites máximos de impureza permitidos pelas 
especificações da ACS; outros mostram nos rótulos as concentrações verdadeiras 
para as várias impurezas. 
 
Grau-Padrão Primário 
Os reagentes com grau padrão primário foram cuidadosamente analisados pelo 
fornecedor e a dosagem está impressa no rótulo do frasco. O Instituto Nacional de 
Padrões e Tecnologia dos Estados Unidos (National Institute of Standards and 
Technology - NIST) é uma fonte excelente de padrões primários. 
 
Reagentes Químicos para Uso Especial 
Os produtos químicos que tenham sido preparados para uma aplicação específica 
também estão disponíveis. Entre eles estão incluídos os solventes para 
espectrofotometria e para cromatografia líquida de alta eficiência. As informações 
pertinentes ao uso pretendido são fornecidas juntamente com esses reagentes. 
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 
Determina as cores na segurança do trabalho como forma de prevenção evitando a 
distração, confusão e fadiga do trabalhador, bem como cuidados especiais quanto a 
produtos e locais perigosos. 
 
É usado para distinguir equipamentos de proteção e combate à incêndio; 
 
Canalizações. É usado para indicar gases não liquefeitos. Ex: nitrogênio. 
 
Empregado em passarelas e corredores de circulação, por meio de faixa, áreas 
destinadas à armazenagem,etc. 
 
Indica as canalizações de inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade. Ex.: óleo 
lubrificante. 
 
Empregado em canalizações de gás combustível, para indicar cuidado. 
 
Caracteriza segurança. Identifica canalizações de água, chuveiros de emergência, 
armários de EPI, etc. 
 
Identifica canalizações de ácidos, parte móveis de máquinas e equipamentos, etc. 
 
Identifica canalizações em vácuo. 
RISCOS EM LABORATÓRIOS 
O trabalho em laboratórios expõe as pessoas a riscos comuns a outros grupos 
profissionais e riscos específicos da sua atividade. Estes riscos são classificados em 
cinco grupos principais: 
Risco de Acidente 
É o risco de ocorrência de um evento negativo e indesejado do qual resulta uma lesão 
pessoal ou dano material. Em laboratórios os acidentes mais comuns são as 
queimaduras, cortes e perfurações. 
Risco Ergonômico 
Considera-se risco ergonômico qualquer fator que possa interferir nas características 
psicofisiológicas do trabalhador, causando desconforto ou afetando sua saúde. 
Pode-se citar como exemplos o levantamento e transporte manual de peso, os 
movimentos repetitivos, a postura inadequada de trabalho, que podem resultar em 
LER – Lesões por Esforços Repetitivos, ou DORT – Doenças Osteomusculares 
Relacionadas ao Trabalho. 
O ritmo excessivo de trabalho, a monotonia, longos períodos de atenção sustentada, 
ambiente não compatível com a necessidade de concentração, pausas insuficientes 
para descanso intra e inter-jornadas, assim como problemas de relações interpessoais 
no trabalho também apresentam riscos psicofisiológicas para o trabalhador. 
Risco Físico 
Está relacionado às diversas formas de energia, como pressões anormais, 
temperaturas extremas, ruído, vibrações, radiações ionizantes (Raio X, Iodo 125, 
Carbono 14), ultrassom, radiações não ionizantes (luz infravermelha, luz ultravioleta, 
laser, micro-ondas), a que podem estar expostos os trabalhadores. 
Risco Químico 
Refere-se à exposição a agentes ou substâncias químicas na forma líquida, gasosa ou 
como partículas e poeiras minerais e vegetais, presentes nos ambientes ou processos 
de trabalho, que possam penetrar no organismo pela via respiratória, ou possam ter 
contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão, como 
solventes, medicamentos, produtos químicos utilizados para limpeza e desinfecção, 
corantes, entre outros. 
Risco Biológico 
Está associado ao manuseio ou contato com materiais biológicos e/ou animais 
infectados com agentes biológicos que possuam a capacidade de produzir efeitos 
nocivos sobre os seres humanos, animais e meio ambiente. Em relação à 
biossegurança, os agentes biológicos são classificados de acordo com o risco que 
eles apresentam. 
 
 
 
 
 
LAVAGEM DAS MÃOS 
O ato de lavar as mãos com água e sabão, através de técnica adequada, objetiva 
remover mecanicamente a sujidade e a maioria da flora transitória da pele. 
Quando lavar as mãos 
a) ao iniciar o trabalho; 
b) sempre depois de ir ao banheiro; 
c) antes e após o uso de luvas; 
d) antes de beber e comer; 
e) após a manipulação de material biológico e químico; 
f) ao final das atividades, antes de deixar o laboratório. 
Regras básicas 
a) antes de lavar as mãos, retirar anéis e pulseiras; 
b) quando houver lesões nas mãos e antebraços, protegê-las com 
pequenos curativos antes de calçar as luvas. 
Sequência da lavagem das mãos 
 
 
 
 
 
 
SÍMBOLOS DE SEGURANÇA 
Um laboratório químico é um ambiente potencialmente perigoso para quem não sabe 
interpretar os símbolos de alerta presentes em frascos de reagentes. A maioria dos 
acidentes é proveniente do desconhecimento das regras básicas, saiba agora como 
interpretar os avisos de alerta mais comuns em ambientes químicos. 
 
Inflamável: Este é o símbolo indicativo de produto inflamável, quando visualizá-lo em 
um frasco de reagente, tome cuidado para não expor o produto perto de chamas ou de 
lugares quentes (abafados). 
 
 
 
Símbolo da radioatividade: identifica os produtos químicos radioativos, estes são 
perigosos em contato com a pele, para manuseá-los é preciso um intenso cuidado 
(luvas e macacão de segurança). 
 
 
 
Líquido corrosivo: símbolo presente em frascos de ácidos fortes (como ácido 
sulfúrico, ácido clorídrico, etc.). Tome cuidado para que o ácido não respingue em 
você, o contato com a pele causa sérias queimaduras. 
 
 
 
Possibilidade de choque elétrico: o local marcado com este aviso é perigoso por 
conter eletricidade exposta, se não tomar cuidado o choque elétrico pode ser 
inevitável. 
 
 
 
Risco biológico: Este símbolo representa o cuidado com a natureza, indica que o 
produto em questão é prejudicial ao meio ambiente. A partir da conscientização, cabe 
a nós a tarefa de respeitar ou não a fauna e a flora. O correto é não descartar produtos 
que contenham este símbolo no ralo da pia, reserve um frasco coletor específico para 
os dejetos e entregue aos responsáveis pelo descarte. 
 
 
Risco de explosão: representa o risco de o material se projetar (causar explosão). 
Indica um cuidado minucioso no transporte e manuseio. 
 
 
 
Substância venenosa: símbolo de alerta para o não contato com a pele. Indica 
também que o produto pode causar a morte se for inalado ou ingerido. 
 
 
 
Uso obrigatório de luvas: Quando for trabalhar com produtos corrosivos, como 
ácidos, por exemplo, o uso de luvas passa a ser obrigatório. Esse equipamento de 
segurança ainda protege suas mãos do contato com objetos quentes e vidros 
quebrados. 
 
 
 
Lave as mãos: Este símbolo traduz a necessidade de lavagem das mãos durante o 
experimento. Não toque nos olhos, boca e nariz enquanto estiver manuseando 
produtos químicos. 
 
ROTEIROS, PROTOCOLOS e RELATÓRIOS 
Alguns alunos dizem que a pior parte de uma aula prática é ter que escrever 
um relatório. Realmente parece ser difícil quando, após ter se passado um mês da 
prática, o aluno tenta relembrar o que escreveu em seus rabiscos e anotações, e se 
perguntando qual a finalidade disso tudo. 
 Caso tenha esse sentimento de inutilidade (tanto em aula teórica quanto 
prática), vale a pena perguntar ao professor as aplicações dos conhecimentos 
trabalhados no seu crescimento como profissional. Quanto ao relatório de laboratório, 
considere uma oportunidade para ter um registro de algo que você já aprendeu e 
certamente esquecerá de detalhes com o passar do tempo. Esse registro permite que 
você seja capaz de executar novamente esta atividade, bem como pode ser útil para 
seus colegas no futuro. De fato, não haveria progresso em ciência se os 
pesquisadores não tivessem anotações cuidadosas de seus experimentos! 
 O roteiro de experimento não deve substituir o protocolo de laboratório. O 
roteiro é uma metodologia genérica, um guia. Por outro lado, um protocolo é um diário 
de bordo, anotações cuidadosas do que aconteceu durante a execução do 
experimento. Essas anotações podem ser úteis para desvendar possíveis erros 
metodológicos bem como um registro das particularidades de cada experimento e 
seus resultados. Um protocolo deve ser patrimônio do laboratório (o aluno levaria 
apenas uma cópia dos dados para casa), e seria acessível a todos os alunos e 
pesquisadores deste laboratório que estejam interessados em realizar ou reproduzir 
determinada metodologia já estabelecida. Sendo assim, um protocolo de laboratório 
deve ser escrito de forma sistemática (identificação, experimento, objetivos, método, 
resultados) e de fácil compreensão para todos. 
O relatório deve conter as seguintes partes: introdução, desenvolvimento e 
conclusão. O relato por escrito, de forma ordenada e minuciosa daquilo que se 
observou no laboratório durante o experimento é denominado relatório. Aconselha-se 
compô-lo de forma a conter os seguintes tópicos: 
 
TÍTULO: uma frase sucinta, indicando a idéia principal do experimento.RESUMO: um texto de cinco linhas, no máximo, resumindo o experimento efetuado, 
os resultados obtidos e as conclusões a que se chegou. 
 
INTRODUÇÃO: um texto, apresentando a relevância do experimento, um resumo da 
teoria em que ele se baseia e os objetivos a que se pretende chegar. 
 
PARTE EXPERIMENTAL: um texto, descrevendo a metodologia empregada para a 
realização do experimento. Geralmente é subdividido em duas partes: Materiais e 
Reagentes: um texto, apresentando a lista de materiais e reagentes utilizados no 
experimento, especificando o fabricante e o modelo de cada equipamento, assim 
como a procedência e o grau de pureza dos reagentes utilizados; Procedimento: um 
texto, descrevendo de forma detalhada e ordenada as etapas necessárias à realização 
do experimento. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO: um texto, apresentando resultados na forma de dados 
coletados em laboratório e outros resultados, que possam ser calculados a partir dos 
dados. Todos os resultados devem ser apresentados na forma de tabelas, gráficos, 
esquemas, diagramas, imagens fotográficas ou outras figuras. A seguir, apresenta-se 
uma discussão concisa e objetiva dos resultados, a partir das teorias e conhecimentos 
científicos prévios sobre o assunto, de modo a se chegar a conclusões. 
 
CONCLUSÃO: um texto, apresentando uma síntese sobre as conclusões alcançadas. 
Enumeram-se os resultados mais significativos do trabalho. Não se deve apresentar 
nenhuma conclusão que não seja fruto da discussão. 
 
REFERÊNCIAS: Livros, artigos científicos e documentos citados no relatório devem 
ser indicados a cada vez que forem utilizados. Recomenda-se a formatação das 
referências segundo norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 
 
 
 
 
 
 
RECONHECENDO AS PRINCIPAIS VIDRARIAS 
 
As vidrarias são elementos essenciais e típicos de laboratórios. É comum, 
quando não se tem o hábito contínuo de utilização, esquecer os nomes das vidrarias 
de laboratório. Afinal essas vidrarias não fazem parte do dia-a-dia. Não são raras as 
vezes que um aluno prefere parar o que está fazendo para pegar uma vidraria, do que 
pedir a um colega por não lembrar o nome. Existem outros casos em que os alunos 
preferem batizar as vidrarias de “copinho” ou “medidor” quando poderia chamar de 
Becker de 100 mL ou Proveta de 250 mL. A segunda forma de chamar as coisas é 
bem mais específica e o seu colega ou professor não irá trazer uma vidraria errada. O 
convívio no ambiente laboratorial requer esse conhecimento. Mais do que isso, é 
importante saber para que serve cada vidraria e em que situação ela é mais indicada 
para uso. Segue abaixo uma pequena lista de vidrarias utilizada em laboratório de 
Química.

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