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Discalculia avaliação diagnóstico e tratamento-clay

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DISCALCULIA : AVALIAÇÃO, 
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
Dr. Clay Brites
Matemática é importante!
Profunda• influência na carreira acadêmica
Critério• de competência para o trabalho
Influencia• a fama de inteligente
Planejamento• financeiro
Noção• de tempo e espaço nas rotinas diárias
Riscos `a carreira
• Performance inicial em matemática na escola define-a 
para todo o restante da vida escolar
• Má performance significa risco para saúde mental escolar
• Performance e sucesso no trabalho
• Compreensão de riscos e ponderações médicas
• Esportes
Menos pesquisas e escolas aptas
• “Ponta do iceberg” : Dislexia e TDAH 
• Pesquisas em matemática : mais escassas em relação
aos problemas de leitura e escrita (10:1)
• Menos profissionais e professores ligados ao tema
• Cultura escolar menos envolvida com a matemática
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO
Mecanismos• e formas de pensar e resolver problemas assim
como tarefas do cotidiano por meio de conceitos, regras e 
algorritmos numéricos. 
Números•
Quantidade•
Proporção•
Espaço•
Operações•
Relações•
Tempo•
Geometria•
Estatística•
Desenvolvimento da matemática
Consciência• Numérica
Percepção• visuo-especial
Estruturação• da Linguagem ( símbolos, representação
por escrito dos números e interpretação pelo enunciado ) 
Funções• Executivas ( planejamento, organização
sequencial, memória operacional e auto-correção )
Nível• Intelectual e Atencional
Processo de suspeita e investigação
(Rapin, 2016; Bonifacci, 2016)
- Criança inteligente
- História familiar 
- Pouca noção de relações
numéricas
-Dificuldade de contar e 
associar fatos do 
ambiente a números
-Atraso na aquisição
dos conteúdos de 
matemática
-Atraso na linguagem
- Comportamento e 
sinais cognitivos
deficitários
Como 
investigar ??
Observação
Escolar
Atraso na aquisição
e aprendizagem da 
matemática
Dificuldades no 
ambiente com 
números
Avaliação
Interdisciplinar
Sinais clínicos significativos (APA, 2002)
Erro• na formação de números (inversão)
Sinais• de Dislexia
Inabilidade• para somas simples
Inabilidade• para reconhecer operações matemáticas
Dificuldade• para separações lineares (5 89 e 589)
Memória• fraca para fatos numéricos básicos
Dificuldade• para transportar números em operações
Ordenamento• e espaçamento inadequado em X e /
(Bastos, 2016)
Classificação das dificuldades de matemática
(Bastos, 2016)
Causas de mau
rendimento em
Matemática
Neurológicas
Acalculia ou
Discalculia
Distúrbios
secundários*
Não-neurológicas
Fatores escolares, 
culturais ou
ansiedade
*Condições secundárias
• TDAH (25% dos casos de dificuldades em matemática)
• Dislexia (60% dos casos tem problemas em matemática)
• DEL
• Deficiência Intelectual
• Epilepsias
Sd. Turner
Fenilcetonúria
• Síndromes Sd. X-Frágil
Sd. Williams
Sd. Alcoólica-Fetal
(Mattos, 2008; Bastos, 2016)
Neurociência e Matemática
Cálculo• exato e aproximação
Sulco• intra-parietal
Áreas cerebrais de ativação de acordo com as operações
matemáticas (adaptado do Jornal Kumon de Info-Educação, 2001; Wynn, 
1992) 
Diferenças sexuais: existem? 
Os meninos:
• Raciocinam matematicamente melhor
• Habilidade em tarefas espaciais
• Tarefas de rotação mental
• Atinge alvos com mais precisão
• Percebem melhor figura-fundo
• Distinguem melhor formas embutidas em padrões
complexos
• Habilidades mecânicas
E as meninas ??
Cálculos• matemáticos
Interpretação• de enunciados
Memorização• verbal dos números
ELAS SÃO PIORES EM 
MATEMÁTICA, PORTANTO ????
Diferenças de Gênero / Brasil
(Andrade e cols., 2003)
 
5 
Observe-se que a escolaridade média das mulheres superou a dos homens em meados da década de 
1980 e que a diferença vem crescendo ao longo do tempo. Como a tabulação inclui população adulta fora do 
alcance do sistema educacional, é forçoso reconhecer que nas coortes mais jovens a realização educacional 
de meninas é bastante superior a dos meninos, o que é confirmado pelos dados do Censo Escolar, que 
registrava, no ano 2002, 54,2% das matrículas do Ensino Médio como sendo de mulheres. Esse resultado 
está relacionado com a maior probabilidade de saída precoce de meninos de nível socioeconômico baixo do 
sistema educacional brasileiro, o que sugere uma possível explicação para o fato do já mencionado resultado 
do PISA, que indica o Brasil como o país em que os resultados são os mais desiguais em termos de gênero. 
Em verdade, este resultado estaria expressando maior presença feminina entre os alunos de nível 
socioeconômico mais baixo, o que não é uma ocorrência típica do PISA, estudo conduzido tipicamente em 
países desenvolvidos, nos quais o acesso a doze anos de escolarização é praticamente universalizado. Mais 
importante, para a pesquisa aqui reportada, os mencionados resultados sublinharam a relevância de 
apropriado controle socioeconômico na investigação sobre o efeito de gênero no desempenho em 
Matemática. 
 Com a institucionalização dos surveys educacionais no Brasil ao longo da década de 1990, começam 
a aparecer análises comparativas por gênero. Freire (2001) e um de nós (Andrade, 2001; Andrade e Franco 
2003), em estudos com dados de Matemática do SAEB 1999, respectivamente da 8
a
 série do Ensino 
Fundamental e da 3
a
 série do Ensino Médio, registraram desempenho superiores de meninos, explicaram que 
uma parte do diferencial de desempenho relacionava-se com diferenças socioeconômicas de alunos e alunas 
que chegavam ao final do ensino fundamental e médio e sublinharam que a diferença entre meninos e 
meninas diluía-se quando se consideravam alunos de nível socioeconômico acima da média brasileira. 
De modo geral, as mulheres continuam avançando na escolaridade em relação ao sexo masculino. 
Mas, quando restringimos a análise ao desempenho matemático no final do Ensino Médio em 2003, 
observamos que ocorre uma inversão, de acordo com o Gráfico 1. 
Gráfico 1: Distribuição percentual de meninos e meninas em cada nível de proficiência 
em Matemática - Saeb 2003 
Fonte: MEC\INEP\SAEB2003
Níveis de Desempenho em Matemática 
76543210
%
50
40
30
20
10
0
Gênero
Masculino
Feminino
4
12
26
39
17
7
17
28
31
14
 
Processos de 
Aprendizage
m
Atenção
Seletiva
Atenção
Sustentada
Raciocínio
Verbal
Raciocínio
Não-Verbal
Memória de 
Trabalho
Verbal
Habilidades
Matemáticas
Fato
matemático
específico
Fluência de 
recuperação
de dados
Resolução
de 
problemas
Aplicação de 
conceitos
matemáticos
(Zentall, 2006)
Habilidades essenciais (Bastos,2016)
Flexibilidade
Atenção
Automatização
do 
procedimento
Memória
operacional
Automatização
dos fatos
numéricos
Formação dos 
conceitos
Uso de 
estratégias
Competente
em Matemática
Lembrança dos 
fatos
Compreensão
Abordagem Diagnóstica (Rapin, 2016)
• 1) Investigar causas secundárias e “tratáveis” : epilepsia e 
transtornos de desenvolvimento
• 2) Resolver junto `a escola problemas circunstanciais
• 3) Avaliação neuropsicológica e fonoaudiológica : buscar
déficits e desníveis de habilidades cognitivo-linguísticas
• 4) Suporte para a família : orientações de como proceder e a 
relação com a escola
• 5) Intervenções remediativas : sucesso ou fracasso dependem
da boa condução por todos!
Avaliação Neuropsicógica (Rapin, 2016) 
• Identificar rotas deficitárias e anormalidades cognitivas
• Auxiliar no plano de remediação individual 
• Suporte `as ações da escola
• Descartar ou confirmar Deficiência Intelectual
• Acompanhar evolução pós-intervenções
• Verificar possibilidade de TDAH e/ou Dislexia
Papel da Escola (Rapin, 2016)
• Entender que a Discalculia é um problema genético e 
familiar : não é culpa da criança / família
• Acolher e montar uma estratégia de intervenção e 
adaptação curricular 
• Acompanhar evolução cognitiva e em comparação aos
demais de seu nível de escolaridade
• Modificar as avaliações que envolvem fatos e conceitos
matemáticos
Plano Básico para Intervenções
Cognitivo básicoConceito numérico
Cardinalidade
Ordinalidade
Espacialidade
Memória
Operacional Verbal
Cognitivo avançado
Fatos matemáticos
Operações
Matemáticas
Conceitos
matemáticos
Linguagem
Simbólico X Não-
simbólico
Exato X 
Aproximado
Proporcionalidade
Figuras
Geométricas
Bases Neurais da Matemática
(Butterworth & Walsh, Current Biology, 2011)
Estratégia nacional para Números: objetivos-chave em
aprendizagem numérica :
• Use símbolos corretamente, incluindo menor que (<), 
maior que (>), igual a (=); 
• Arredonde qualquer número inteiro positivo menor que
1000 para o mais próximo 10 ou 100; 
• Reconhecer frações simples que são várias partes de um 
todo, e números mistos; Reconhecer a equivalência de 
frações simples; 
• Use fatos de números conhecidos e coloque o valor para
somar ou subtrair mentalmente, incluindo qualquer par de 
números inteiros de dois dígitos; 
• Realizar adição e subtração de coluna de dois inteiros
inferiores a 1000 e adição de coluna de mais de dois tais
inteiros; 
• Conheça os fatos de coração para as tabelas de 
multiplicação 2, 3, 4, 5 e 10; 
• Derivar rapidamente os fatos de divisão correspondentes
às tabelas de multiplicação 2, 3, 4, 5 e 10. Localizar restos
após divisão; 
• Escolher e usar operações numéricas apropriadas e 
formas de cálculo (mental, mental com anotações, lápis e 
papel) para resolver problemas. 
Muito Obrigado !!!!

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