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AV2 - IED (Júri Exploradores da caverna) - Professor Ricardo Maurício

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Faculdade Baiana de Direito e Gestão 
Departamento de Introdução ao Estudo do Direito 
Professor(a): Ricardo Maurício Freire Soares 
Turma: 1A 
 
 
 
 
 
Beatriz Tourinho Santos 
Carla Pirajá Aquery 
Gabriela Portugal Cordeiro 
Maria Carolina Azevedo Silva Lobo 
Maria Eduarda Lordello Kerckhof Reina 
 
 
 
 
 
Júri Simulado – AV2 
O caso dos exploradores de cavernas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Salvador – Bahia 
2022.1 
Beatriz Tourinho Santos 
Carla Pirajá Aquery 
Gabriela Portugal Cordeiro 
Maria Carolina Azevedo Silva Lobo 
Maria Eduarda Lordello Kerckhof Reina 
 
 
 
 
 
 
 
 
Argumentos referente ao júri simulado do livro “O 
caso dos exploradores de cavernas”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Salvador – Bahia 
2022.1 
Documento destinado ao professor 
Ricardo Mauricio Freire Soares, como 
requisito para avaliar o grupo de defesa do 
trabalho da AV2. 
Diante do caso aqui julgado, defende-se que os réus tenham sua pena 
alterada do ato de homicídio, na qual o grupo foi condenado à sentença de morte, 
pela prática do canibalismo, sendo uma situação anormal de sanidade mental. 
Os exploradores de caverna são membros da sociedade de Newgarth e durante 
uma expedição para escavação de uma caverna, houve um deslizamento 
enquanto os homens estavam localizados em uma área no interior do rochedo 
calcário da espécie encontrada no território nacional. Os pedregulhos pesados 
acabaram por bloquear a saída do local, impossibilitando a passagem para o 
mundo externo, e os prendendo em prisão subterrânea. Nesse contexto, na qual 
a única entrada e saída da mesma foi bloqueada automaticamente, houve uma 
privação dos mantimentos necessários para a sobrevivência desses homens, 
situação essa, que incentivou medidas que condicionaram o ato de privação da 
vida de outrem. 
Assim, em primeira instância, é válido apresentar uma situação de terror 
psicológico que foi instaurada ante ao sacrifício. Dessa forma, pode-se analisar 
que Roger Whetmore foi o idealizador da prática do canibalismo como meio de 
sobrevivência de todos os homens na caverna. Exposto esse fato, é perceptível 
que não houve uma rápida aceitação dos outros quatro companheiros de 
aventura, como consta nos autos apresentados. Desse modo, o terror 
psicológico foi instaurado por Roger Whetmore, criando-se um ambiente de 
coação por parte dele, já que o mesmo insiste que essa seria a única solução 
para a sobrevivência. Desenvolve-se assim, um ambiente hostil de tensão 
psicológica, terror e caos, com a certeza de que um ou todos morrerão. 
Nesse contexto, sendo de natureza humana o instinto de sobrevivência e 
diante de tal atmosfera, o grupo de homens não se encontravam em sua 
sanidade mental adequada para uma tomada de decisões, devido às 
circunstâncias de limite, pressão, ansiedade, preocupação e uma ameaça real 
ao fim de suas vidas. Assim, a instauração do caos é uma realidade 
incontestável. Dessa forma, foi utilizado como exemplo, os artigos que seguem, 
pertencentes ao Código Penal Brasileiro, para ressaltar e ilustrar ,que essas são 
leis que deveriam estar presentes nessa Commonwealth, mas não estão. Sendo 
assim, o Art. 24 do Código Penal Brasileiro enumera que na situação descrita, é 
instaurado um estado de necessidade, que se configura como uma situação fora 
da normalidade ou seja, uma excludente de ilicitude. Ademais, o Art. 23 do 
Código Penal Brasileiro, afirma - não há crime em estado de necessidade, em 
legítima defesa e em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício de dever 
legal do crime - .Então conclui-se que, pela instauração de um estado de 
necessidade, a morte de Whetmore não se configura como um crime de 
homicídio. Nesse sentido, entende-se que é importante destacar alguns 
questões essenciais para compreender as derivantes que levaram aos 
acontecimentos do 23º dia (o dia do assassinato), e que os configuraram em um 
estado de necessidade. 
Expostas essas afirmações, é necessário fazer uma análise do ambiente 
no qual os exploradores se encontravam para estabelecer uma compreensão 
sobre a real complexidade do caso, visto que eles estavam em um local sem 
saída para o mundo externo. Além de que, as condições físicas da caverna, 
como, pouca luminosidade, umidade, um alto nível de calor e pouco oxigênio, 
acabaram por influenciar no psicológico desses exploradores, principalmente o 
ar rarefeito que possivelmente prejudicou seu sistema cerebral e assim, afetou 
as suas capacidades de julgamento da situação. Somado a isso, o risco de 
inanição era alto, pois não havia a existência de suprimentos necessários para 
a sobrevivência, como água e fontes de alimento, exceto, uma pequena 
quantidade de ração alimentícia trazida por eles na expedição. Dessa forma, 
entende-se que tais características apresentadas, colocariam os réus em uma 
situação de carência de elementos indispensáveis para a vida. Nesse contexto, 
imagina-se que se lhes fosse oferecido , um copo de urina para matar sua sede, 
rejeitariam imediatamente, pois tal atitude pareceria inaceitável quando estamos 
bem alimentados e sem sede. Entretanto, esses sobreviventes tiveram que 
recorrer a atitudes bizarras e que poucos aceitariam em um estado de 
normalidade para sobreviver. Será que os juízes aqui presentes, não mudariam 
de opinião nessa situação ? 
Diante de tais fatos citados anteriormente sobre o ambiente insalubre e o 
risco de inanição, tem-se como resultado o agravamento das condições 
psíquicas desses indivíduos, estando eles em uma condição de extrema 
ansiedade, angústia e desespero, além de pressão psicológica. Com base em 
um artigo do hospital Santa Mônica em São Paulo, publicado em 28/05/2019, 
afirma-se que “As emoções incontroláveis e os pensamentos negativos 
desencadeiam desequilíbrios mentais que, consequentemente, sobrecarregam 
as funções orgânicas e atrapalham o funcionamento do corpo”, além de “O 
estresse gerado por essas emoções negativas afetam a capacidade de 
coordenação cerebral, o que impede a liberação das substâncias importantes 
para o necessário ajuste da fisiologia do organismo”, desse modo “a origem das 
enfermidades psicossomáticas tem como base as causas emocionais e os 
distúrbios psicológico a elas associado”. Tais afirmações demonstram que, o 
ambiente no qual esses sobreviventes estavam inseridos, lhes era propício a 
uma descompensação psíquica. 
Nessa atmosfera, não é de bom senso afirmar que Whetmore não 
aceitava participar, visto que apenas omitiu a sua resposta no seu momento de 
jogar, deixando assim que os réus realizassem essa jogada por ele, não 
contestando tal ação . Além de que, quando Whetmore pediu conselho sobre o 
método de jogar os dados, não foi respondido por nenhuma das autoridades 
presentes, tendo como resultado, a omissão de grande parte desses 
profissionais fora da caverna. Logo, invocado a excludente da culpabilidade, 
devido ao erro de proibição, dado pelo silêncio, os exploradores viram-se 
descobertos da proteção do Estado, assim, deveriam ser descobertos de suas 
regras também. Ou seja, houve uma confirmação tácita por meio dessas 
pessoas. Nesse sentido, serão essas autoridades, julgadas e condenadas como 
cúmplices? Uma vez que tiveram a oportunidade de se pronunciar. 
Além dos pontos já abordados, é necessário apresentar a incoerência do 
Estado. Analisa-se que houve um alto gasto para tentar salvar a vida dos 
exploradores, arriscando até mesmo 10 outras, que vieram a óbito ,para depois 
condená-los à forca, quando o mesmo foi feito no 23º dia, quando Roger 
Whetmore foi morto, em prol de salvar a vida dos réus? A pena maior e mais 
punitiva eles já sofreram, que é ter que conviver com a culpa da morte de um de 
seus companheiros. Ademais, o Estado estaria sendo contraditório ao condená-
los à morte, sendo que o próprio Estado repudia a privação da vida. Dessa forma, 
o Estado não estaria fazendo aquiloque o próprio sistema condena? 
Nesse contexto , conviver com a culpa não é uma tarefa fácil, a maioria 
do júri, possivelmente acredita que eles deveriam ser condenados de acordo 
com o que a lei apresenta, não havendo uma abordagem zetética, ação essa 
aderida pela defesa, que acredita que estes réus estariam inseridos em um 
estado de natureza, com a formação de um novo pacto e assim nova regras, 
trazendo consequentemente uma abordagem jusnaturalista para o caso. 
Analisado esse cenário, conclui-se que desta lei parte uma norma jurídica que 
tem como um de seus direitos fundamentais, o direito à vida, sendo assim quem 
pode condenar estes homens se sua única intenção foi assegurar suas próprias 
vidas? Sendo assim, que justiça é essa, onde a morte e a vida estão no mesmo 
patamar? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elementos utilizados para a formação dos argumentos: 
(Art. 23 da Constituição Federal de 1988 – Não há crime quando o agente pratica 
o fato: 1 – em estado de necessidade; 2 – em legítima defesa; 3 – em estrito 
cumprimento de dever legal). 
(Art. 24 da Constituição Federal de 1988 – Considera-se em estado de 
necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou 
por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo 
sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se). 
ENTENDA o que são doenças psicossomáticas: qual a origem, sintomas e 
tratamentos. Hospital Santa Mônica, São Paulo, 28 de maio de 2019. 
Disponível em <https://hospitalsantamonica.com.br/entenda-o-que-sao-
doencas-psicossomaticas-qual-a-origem-sintomas-e-tratamentos/?amp> . 
Acesso em: 18 de maio de 2022.

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