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Aula 16 - Resíduos Sólidos dos Serviços de Saúde

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Resíduos Sólidos dos Serviços de Saúde 
Resíduos dos Serviços de Saúde 
• São considerados resíduos sólidos dos serviços de saúde todos os produtos resultantes 
de atividades médicos-assistenciais e de pesquisa na área de saúde, voltadas às 
populações, humana e animal, compostos por materiais biológicos, químicos e 
perfurocortantes, contaminados por agentes patogênicos, representando risco 
potencial à saúde e ao meio ambiente, conforme definidos na Resolução Conama 
358/2005, que, por suas características, necessitam de processos diferenciados no 
manejo, exigindo tratamento prévio em sua disposição final. 
Os resíduos apresentam risco para: 
• A saúde de quem manipula os resíduos; 
• Os pacientes internados em unidades de saúde pela chance de infecção hospitalar; 
• Ao meio ambiente pela poluição causada nos lixões, contaminação dos corpos hídricos 
e aquíferos subterrâneos pelo chorume e proliferação de doenças através dos vetores 
atraídos pelos resíduos. 
Legislação 
• RDC ANVISA nº 306/2004: traz as normas para a elaboração de um plano de 
gerenciamento de resíduos, destacando as orientações para o manejo dos resíduos. 
Preocupa-se principalmente com a prevenção de acidentes e a preservação da saúde 
pública. 
• Resolução CONAMA nº 358/2005: dispõe sobre o tratamento e a destino final dos 
resíduos dos serviços de saúde, preocupando-se com os riscos ao meio ambiente. 
• Lei nº 4352 de junho de 2009: dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos RSS. 
• CONAMA: Conselho Nacional do Meio Ambiente 
Quanto à disposição, tratamento, destinação e manipulação de cada tipo de resíduo de 
saúde, a ABNT dispõe algumas normas que devem ser observadas pelas organizações 
pertinentes, a tabela abaixo elucidará tais normas e suas respectivas aplicações: 
• NBR 7.500 - Símbolo de risco e manuseio para o transporte e armazenamento de 
material 
• NBR 7.501 - Terminologia de transporte de resíduos perigosos 
• NBR 7.503 - Ficha de emergência para transporte de produtos perigosos 
• NBR 7.504 - Envelope para o transporte de produtos perigosos 
• NBR 8.285 – Preenchimento da ficha de emergência para o transporte de resíduos 
perigosos. 
• NBR 9.190 - Classificação dos sacos plásticos para o acondicionamento. 
• NBR 9.191 - Especificação de sacos plásticos para acondicionamento. 
• NBR 12.807 - Terminologia dos resíduos de serviço de saúde. 
• NBR 12.808 - Resíduos de serviço de saúde. 
• NBR 12.809 - Manuseio dos resíduos de serviço de saúde. 
• NBR 12.810 - Coleta dos resíduos de serviço de saúde. 
RSS: 
São classificados de acordo com sua: 
• Origem. 
• Características físicas. 
• Composição química. 
• Riscos ao meio ambiente. 
Em relação aos riscos ao meio ambiente, esses resíduos são divididos em: 
 
• Dentre os diversos resíduos gerados pela sociedade estão os resíduos de serviços da 
saúde (RSS), os quais são classificados como de classe I (perigosos). 
Estabelecimentos de saúde: 
• Estabelecimentos de saúde são aqueles que prestam serviços relacionados com o 
atendimento à saúde humana ou animal, inclusive os de assistência domiciliar e 
trabalhos de campo; laboratórios analíticos de produtos para saúde; necrotérios, 
funerárias e serviços onde são realizadas atividades de embalsamamento; serviços de 
medicina legal; drogarias e farmácias, inclusive as de manipulação; estabelecimentos de 
ensino e pesquisa na área de saúde; centros de controle de zoonoses; distribuidores de 
produtos farmacêuticos, importadores, distribuidores e produtores de materiais e 
controles para diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento à saúde; serviços 
de acupuntura; serviços de tatuagem, dentre outros similares. 
Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde – PGRSS 
• O Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde – PGRSS é constituído de 
um conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir de 
bases científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a geração 
de resíduos e proporcionar aos mesmos um encaminhamento seguro, de forma 
eficiente, visando à proteção dos trabalhadores, à preservação da saúde pública, dos 
recursos naturais e do meio ambiente. 
• O PGRSS deve ser compatível com as normas locais relativas à coleta, transporte e 
disposição final dos resíduos gerados nos serviços de saúde, estabelecidas pelos órgãos 
locais responsáveis. 
Os objetivos da implementação do PGRSS nos estabelecimentos de saúde são: 
• Conhecer os diferentes tipos de resíduos gerados no estabelecimento. 
• Criar práticas para minimização dos resíduos. 
• Criar coleta seletiva de materiais recicláveis. 
• Política dos 3R: Reutilizar, Reciclar e Reduzir. 
• Melhorar as medidas de segurança e higiene no ambiente hospitalar; 
• Contribuir para o controle de infecção hospitalar e acidentes ocupacionais; 
• Proteger a saúde e o meio ambiente; 
• Estabelecer procedimentos adequados para o manejo de cada grupo; 
• Estimular a reciclagem dos resíduos comuns. 
Classificação dos RSS: 
Resíduos de Serviços da Saúde são considerados todos aqueles gerados a partir do 
atendimento a saúde humana e animal inclusive os de assistência domiciliar e trabalho de 
campo, gerados em estabelecimentos como: 
• Hospitais 
• Clínicas médicas e odontológicas 
• Farmácias e drogarias 
• Laboratório de análises clínicas e postos de coleta de material biológico 
• Instituições de ensino e pesquisa médica 
• Necrotérios 
• Funerárias 
• Centros de controle de zoonoses 
• Clinicas veterinárias 
• Serviços de acupuntura 
• Serviços de tatuagens 
• Dentre outros similares. 
Os Resíduos de serviços da saúde são classificados de acordo com suas características e 
consequentes riscos que podem provocar à saúde pública e ao meio ambiente, sendo 
classificados em cinco grupos: 
Grupo A: (infectantes): 
• Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características 
de maior virulência, infectividade e concentração, podem apresentar risco de 
patógenos. 
• São subdivididos em A1, A2, A3, A4 e A5. 
A1 
• Resíduos com suspeita ou certeza de contaminação biológica, por exemplo: 
• Cultura e estoques de microrganismo 
• Vacinas vencidas ou inutilizadas 
• Sobras de amostra de laboratório contendo sangue ou líquido corpóreo 
A2 
• Resíduos provenientes de animais, por exemplo: 
• Carcaças 
• Peças anatômicas 
• Vísceras 
Cadáveres de animais suspeitos de serem portadores de microrganismo com risco de 
disseminação. 
A3 
• Resíduos provenientes do ser humano, por exemplo: 
• Peças anatômicas (membros) 
• Produtos de fecundação sem sinais vitais. 
A4 
• Resíduos provenientes de animais ou seres humanos que não contenham e nem sejam 
suspeitos de conter agentes patológicos e não cause risco de disseminação, por 
exemplo: 
• Tecido adiposo gerados por procedimentos de cirurgia plástica. 
• Sobras de amostra de laboratório contendo fezes, urina e secreções. 
• Luvas. 
• Sondas. 
• Curativos. 
• Recipientes e materiais que não contenham líquidos corpóreos na forma livre. 
• Carcaças, vísceras e peças anatômicas de animais que não apresente risco de 
contaminação. 
• Kits de linhas artesanais, endovenosas e dialisadores. 
A5 
• Órgãos. 
• Tecidos. 
• Fluidos orgânicos. 
• Materiais resultantes da atenção a saúde humana ou animal. 
• Materiais perfuro cortantes ou escarificantes e demais materiais resultantes da atenção 
à saúde de indivíduos ou animais. 
Tratamento Grupo A: 
• Todo o tratamento para os resíduos do grupo A tem como objetivo a redução dos 
agentes biológicos. 
• Os principais métodos de tratamento de resíduos do grupo A são: 
• Autoclave, micro-ondas, tratamento químico, radiação 
• Ionizante, incineração (pirólise, plasma). 
• Estes tratamentos podem ser realizados pelo próprio 
• Estabelecimento, por empresas terceirizadas ou por cooperativasou 
• Consórcios de estabelecimentos geradores de RSS. 
GRUPO B: (químicos) 
• Resíduos contendo substâncias químicas que dependendo de suas características de 
inflamabilidade, toxidade, corrosividade e reatividade podem apresentar riscos à saúde 
pública e ao meio ambiente, por exemplo: 
• Medicamentos vencidos, contaminados, interditados ou não utilizados; 
• Produtos hormonais 
• Antimicrobianos 
• Reagentes para laboratório 
• Efluentes dos equipamentos automatizados 
• Saneantes 
• Desinfetantes 
• Quimioterápicos 
• B.1 Quimioterápicos: drogas quimioterápicas e produtos por elas contaminados; 
• B.2 Farmacêuticos: medicamentos vencidos, contaminados, interditados ou não 
utilizados; 
• B.3 Perigosos: demais produtos considerados perigosos, tóxicos corrosivos, inflamáveis 
e reativos NBR 10.004 da ABNT 
Grupo C: (radioativos) 
• Quaisquer materiais radioativos ou contaminados com radio-nuclídeos em quantidades 
superiores aos limites de eliminação e que a reutilização seja imprópria. 
 
 
 
Grupo D: (comum) 
• Resíduos que podem ser comparados aos resíduos domiciliares por não apresentam 
risco biológico, químico ou radiológico a saúde ou ao meio ambiente. 
• Sobras de alimentos. 
• Resíduos de varrição. 
• Resíduos de gesso provenientes da assistência a saúde. 
• Resíduos das áreas administrativas e outros similares. 
Grupo E: (Perfurocortante) 
• Objetos ou instrumentos perfurocortantes ou escarificantes que podem ou não 
apresentar risco de contaminação, por exemplo: 
• Agulhas. 
• Ampolas de vidro. 
• Escalpes. 
• Lâminas de bisturi. 
• Lancetas. 
• Tubos capilares. 
• Todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório. 
 Tratamento do RSS: 
• Incineração – 
• Os resíduos sólidos são submetidos a uma gaseificação, após a qual, através reações de 
oxidação, são obtidos sobretudo, dióxido de carbono e água. 
• Desinfeção – 
• Esta pode ser química ou térmica, podendo ser realizada por um tratamento químico, 
por autoclavagem ou por uma técnica de microondas. 
• Este tipo de tratamento permite que os resíduos resultantes do tratamento sejam 
encaminhados para o circuito normal dos resíduos sólidos e urbanos sem que a saúde 
pública seja colocada em causa. 
• Desinfeção Química – 
• A desinfeção química é utilizada, maioritariamente, para a descontaminação de 
resíduos com sangue, de resíduos provenientes de laboratórios de microbiologia e, 
ainda, de líquidos orgânicos. 
• Esta desinfeção é feita através de vários processos que envolvem os resíduos em 
soluções desinfetantes e germicidas. 
• É realizada, também, uma trituração (antes ou depois dos resíduos serem envolvidos 
nas soluções) e uma compactação. 
• Desinfeção Térmica – 
• A desinfeção térmica pode ocorrer através da autoclavagem ou de microondas. 
• A autoclavagem é definida como “um tratamento bastante usual que consiste em 
manter o material contaminado a uma temperatura elevada e em contato com vapor 
de água, durante um período de tempo suficiente para destruir potenciais agentes 
patogénicos ou reduzi-los a um nível que não constitua risco. 
Segregação, Acondicionamento e Identificação 
 
 
Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos: 
 
 
Coleta e Gerenciamento de Resíduos 
1. Segregação: trata da separação dos resíduos na hora e local de geração, conforme as 
características e os riscos. 
2. Acondicionamento: envolve a embalagem dos resíduos em sacos ou recipientes 
impermeáveis, evitando vazamentos e rupturas, respeitando o limite de peso. 
3. Identificação: é responsável por fazer o reconhecimento dos materiais contidos nos 
sacos, com informações sobre o conteúdo e o risco para o manuseio correto, usando 
símbolos, cores e frases de perigo. 
4. Transporte interno: engloba o deslocamento dos resíduos do ponto de geração até o 
local de armazenamento para a coleta. O transporte deve ser feito conforme o grupo e 
os funcionários devem usar os equipamentos de proteção adequados. 
5. Tratamento: esta etapa responde pela descontaminação dos resíduos no local de 
armazenamento, seja por desinfecção ou esterilização, com o objetivo de eliminar os 
agentes nocivos. 
6. Armazenamento: garante a retenção e o depósito dos materiais em seus devidos sacos 
e recipientes descontaminados até a etapa de coleta. 
7. Coleta: com técnicas para preservação das condições dos resíduos e que garantem a 
integridade das pessoas e do meio ambiente, remove os materiais do armazenamento. 
8. Disposição final: este processo responde pela disposição de resíduos no solo 
preparado para recebê-los, atendendo a critérios técnicos e com licenciamento 
ambiental. 
Manejo dos RSS 
• Armazenamento Externo: 
• Consiste na guarda dos recipientes de resíduos até a realização da etapa de coleta 
externa, em ambiente exclusivo com acesso facilitado para os veículos coletores. 
• O abrigo é identificado como “Depósito de resíduos”, sendo restrito aos funcionários 
do gerenciamento de resíduos, tem fácil acesso para os recipientes de transporte e 
para os veículos coletores. 
• Coleta e transporte externos: 
• Consiste na remoção dos RSS do abrigo de resíduos até a unidade de tratamento ou 
disposição final, utilizando-se técnicas que garantam a preservação das condições de 
acondicionamento e a integridade dos trabalhadores, da população e do meio 
ambiente. 
• Os funcionários envolvidos em cada etapa do gerenciamento de RSS devem ser 
adequadamente treinados e obrigatoriamente, usar Equipamento de Proteção 
Individual – EPI.

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