Pastagens Paper Paulo

Prévia do material em texto

As pesquisas com pastagens nos países ditos de pecuária desenvolvida no mundo datam desde o início do século XX (Silva E Júnior, 2007, p.122).
O princípio do manejo das pastagens com base no ajuste da intensidade de pastejo permite obter altos rendimentos por animal e por área (Reis et al., 2009, p. 148).
Segundo Silva e Júnior, 2007:
Das publicações cientificas que constam na área de agronomia, destacam-se algumas que foram referências para toda a tecnologia desenvolvida por pesquisadores e que são utilizadas até hoje na área de manejo de pastagens. Pode-se citar o trabalho de Graber em 1973, sendo um dos primeiros relatos que durante a fase inicial de rebrote a concentração de carboidratos não-estruturais nas raízes diminuía. Outra publicação foi a de Watson que desenvolveu o conceito de índice de área foliar (IAF). Tendo como uma terceira publicação muito importante, foram os resultados dos experimento de Brougham, que demonstram a importância do IAF com relação a interceptação luminosa e o acúmulo de forragem.
	A idealização e formulação de estratégias de manejo do pastejo com base em metas de pasto, particularmente altura, passam a ser uma alternativa real e premissa básica para a melhoria e aumento da eficiência produtiva e da produção dos sistemas de produção animal em pastagens tropicais. Práticas de manejo definidas dessa forma permitiriam um grande avanço, adicional àquele já alcançado, e propiciaria condições de ajuste fino nas atuais práticas de manejo do pastejo vigentes no país. (Silva e Júnior, 2007)
	Embora ao utilizar uma ou outra forma de manejo resultem em vantagens e desvantagens, estas refletem o mesmo significado. Qualquer destes critérios tem como fundamento o ajuste entre a massa de forragem e a taxa de lotação com intuito de controlar, simultaneamente a qualidade e a quantidade de forragem e manter a sustentabilidade do sistema (Reis et al., 2009, p.148).
	De acordo com Moraes, 2009, sob adequado manejo da pastagem, seja anual ou perene, a ação mecânica do pisoteio não ocasiona, necessariamente, compactação do solo, o que viabiliza o estabelecimento, em plantio direto, de culturas para produção vegetal em sucessão às pastagens. 
As principais vantagens biológicas que o sistema ILP pode proporcionar segundo (Powell e Williams, 1993) são:
Elevada velocidade de ciclagem de nutrientes. Os animais em pastejo representam agentes aceleradores da ciclagem de nutrientes. Grande parte dos nutrientes ingeridos retorna ao solo via fezes e urina, os quais são liberados à solução do solo em curto intervalo de tempo, estando disponíveis para novamente serem absorvidos pelas raízes das plantas. Isso ocorre porque a mastigação e a digestão aceleram a mineralização dos nutrientes contidos na massa vegetal (apud Moraes et al. 2009, p.03). 
Segundo Fontaneli et al., 2000, dentre as vantagens econômicas do sistema, pode-se citar a variação de renda, consequente da produção vegetal e animal na área. E o aumento da renda por área comparando a sistemas não-integrados (apud Moraes et al. 2009, p.1927)
De acordo com Ambrosi et al., 2001, uma das vantagens econômicas foi a diminuição de riscos de insucesso, por haver grande diversificação de atividades econômicas (apud Moraes et al. 2009, p.1927).
A falta de um manejo de pastagens como manejo de pastejo, acarreta degradações das áreas, posteriormente degrada o solo, o que irá repercutir em uma produção de baixa qualidade nutricional e digestiva das forrageiras para os animais (Lopes, 2018, p.34).
Sobre as desvantagens desse sistema, podemos mencionar:
	A possibilidade de haver compactação superficial do solo manejado em plantio direto, devido ao pisoteio imposto pelos animais criados no sistema ILP, é a principal preocupação dos agricultores que usam esse sistema. A compactação altera a estrutura do solo, aumenta a resistência mecânica ao crescimento de raízes e reduz a porosidade total, a macro porosidade, a disponibilidade de água e nutrientes e a difusão de gases (Moraes et al. 2009, p.1928).
Referências
SILVA, Sila Carneiro; JÚNIOR, Domicio do Nascimento. Revista Brasileira de Zootecnia. Avanços na pesquisa com plantas forrageiras tropicais em pastagens: características morfofisiológicas e manejo do pastejo, 2007, p.122. Disponível em:www.scielo.br/j/cr/a/nbsHhcVgsQmz7SnHSqVKSYN/?format=pdf&lang=pt. Acesso em 30/04/2022
MORAES, Anibal. Integração lavoura-pecuária: intensificação de uso de áreas agrícolas. Ciência Rural, Santa Maria, v.39, 2009. Disponível em: www.scielo.br/j/rbz/a/twHK6R3x5bRshsmwHQsgykp/?format=pdf&lang=pt. Acesso em 30/04/2022.
POWELL E WILLIAMS, 1993 (apud, Moraes et al. 2009, p.03). Integração lavoura-pecuária: intensificação de uso de áreas agrícolas. Ciência Rural, Santa Maria, v.39, 2009. Disponível em: www.scielo.br/j/rbz/a/twHK6R3x5bRshsmwHQsgykp/?format=pdf&lang=pt. Acesso em 23/04/2022
REIS, Ricardo Andrade; RUGGIERI, Ana Cláudia; Daniel Rume CASAGRANDE, Daniel Rume; PÁSCOA, Adriano Gomes. Revista Brasileira de Zootecnia. Suplementação da dieta de bovinos de corte como estratégia do manejo das pastagens, 2009, p.148. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbz/a/KFBrh4wPtd5TQSBGqGTf5Pj/?format=pdf&lang=pt. Acesso em 30/04/2022
MORAES, Anibal; JUNIOR, Alvadi Antonio Balbinot; VEIGA, Milton; DIECKOW, Adelino PelissariII Jeferson. Ciência Rural, Santa Maria. Integração lavoura-pecuária: intensificação de uso de áreas agrícolas. Disponível em: https://www.scielo.br/j/cr/a/nbsHhcVgsQmz7SnHSqVKSYN/?format=pdf&lang=pt. Acesso em 29/04/2022.
LOPES, Tatiana Walça. Manejo De Pastagem Em Sistema De Pastejo Rotativo. Disponível em: https://rd.uffs.edu.br/bitstream/prefix/2247/1/LOPES.pdf. Acesso em 03/05/2022.