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Disciplina: Materiais de Construção Mecânica I Professora: Ana Lúcia Seabra D`Almeida Alunos: Alessandro Azevedo Eduardo da Cunha Jonathan Salles Vinicio Coelho da Silva Turma: 2008.2 A Descoberta A radiação X foi descoberta pelo cientista Wilhelm Roentgen em 1985, quando utilizava um tubo de Crookes para estudar a condutividade térmica dos gases. Radiação Penetrante O nome “Radiação Penetrante” se originou da propriedade de que certas formas de energia radiante possuem de atravessar materiais opacos à luz visível. Principais Propriedades: No âmbito dos ensaios não destrutivos devemos salientar seis propriedades da radiação penetrante que são de particular importância: 1) deslocam-se em linha reta; 2) podem atravessar materiais opacos a luz, ao fazê-lo, são parcialmente absorvidos por esses materiais; 3)podem impressionar películas fotográficas, formando imagens; 4) provocam o fenômeno da fluorescência; 5) provocam efeitos genéticos; 6) provocam ionizações nos gases. Ensaios Não Destrutivos Radiografia/Radioscopia Radioscopia Radiologia/Radioscopia Gamagrafia Descrição do Método Se baseia na absorção diferenciada da radiação penetrante pela peça que está sendo inspecionada. Diferentes regiões de uma peça absorverão quantidades diferentes da radiação penetrante devido a diferenças na densidade, espessura e composição do material, revelando assim suas descontinuidades. Descrição do Método Essa absorção diferenciada da radiação poderá ser detectada através de um filme, ou através de um tubo de imagem ou mesmo medida por detectores eletrônicos de radiação. Detectamos com boa sensibilidade defeitos volumétricos. Isto quer dizer que a capacidade do processo de detectar defeitos com pequenas espessuras em planos perpendiculares ao feixe, como trinca dependerá da técnica de ensaio realizado. Descrição do Método Defeitos volumétricos como vazios e inclusões que apresentam uma espessura variável em todas direções, serão facilmente detectados desde que não sejam muito pequenos em relação à espessura da peça. Aplicações Largamente utilizado na indústria pois mantém a integridade da peça, e é de importância vital para verificar segurança e qualidade de peças. Utilizada em vasos de contenção, caldeiras, tubulações, soldas em dutos onde serão aplicadas altas pressões para o transporte de produtos como gases, óleos, entre outros Ensaio Radiográfico Em Inspeção de Solda Para verificar a qualidade ou a presença de defeitos de solda, precisamos usar o exame radiográfico. Gasoduto Brasil Bolívia Praticamente toda a extensão do gasoduto, foi inspecionada por exame radiográfico. Ensaio Radiográfico em turbina de um Avião Ensaio Radiográfico em Tubulação Ensaio Radiográfico em Tubulação Foto de realização de ensaio de Raio X em tubulação Filme Radiográfico Revelado. Seta indicando áreas de corrosão. Outras aplicações Segurança em aeroportos, com inspeção de bagagens e revista por armas em bancos ou outros. Geração do Raio X Quando elétrons de um cátodo são acelerado contra a eletrosfera de um ânodo, a energia transferida dos elétrons para os átomos do elemento alvo, este se torna instável e libera calor e ondas eletromagnéticas. Geração do Raio X Quantidade de Raios X Quanto maior a temperatura, maior a emissão de elétrons a partir do filamento catódico. Sendo este aquecido pela corrente, quanto maior a corrente e maior a intensidade da produção de elétrons. Quanto maior a DDP, maior a aceleração dos elétrons, e mais energia é produzida no impacto com dos elétrons no anodo, assim, temos menores comprimentos de ondas, logo maior poder de penetração. Geração do Raio X O TUBO DE COOLIDGE Cátodo incandescente gera um fluxo de elétrons em direção ao ânodo. Devida as altas temperaturas o ânodo é confeccionado em tungstênio. Vácuo: Funciona como isolante elétrico, e protege contra a oxidação. Refrigeração: circulação de água por uma serpentina interna à unidade geradora; ou ainda, prolongamento de cobre no ânodo, mergulhado em óleo ou gás. Geração do Raio X O TUBO DE COOLIDGE Tubo de Raio X usado em 1987 Geração do Raio X O TUBO DE COOLIDGE Preparação do Ensaio Acessórios do Aparelho de Raios-X: O aparelho de Raios X é composto pela mesa de comando e unidade geradora, ligadas entre si através do cabo de energia. O operador precisa estar protegido no momento da operação dos controles, segundo as normas básicas de segurança, assim, os fabricantes de aparelhos de Raios-X fornecem cabos de ligação com comprimento de 20 a 30 metros dependendo da potência máxima do tubo gerador. Utilizada no início da operação, onde há aquecimento lento do tubo de Raios-X. O operador deve utilizar as cintas ou blindagens especiais que são colocadas na região de saída da radiação, sobre a carcaça da unidade geradora, proporcionando maior segurança durante o procedimento de aquecimento do aparelho. Blindagem de Proteção Similares aos aparelhos de Raios X convencionais. Diferença que os elétrons são acelerados por meio de uma onda elétrica de alta freqüência, adquirindo altas velocidades Aceleradores Lineares São considerados como transformadores de alta voltagem, o que consiste na aceleração dos elétrons de forma circular por mudança do campo magnético primário, adquirindo assim altas velocidades e consequentemente a transformação da energia cinética em Raios X, após o impacto destes com o alvo. Os aceleradores lineares e os betatrons são aparelhos destinados a inspeção de componentes com espessuras acima de 100 mm de aço. Betatrons Vantagens destes Equipamentos As vantagens do uso desses equipamentos de grande porte, são: foco de dimensões reduzidas (menor que 2 mm) tempo de exposição reduzido maior rendimento na conversão em Raios X. Estes equipamentos não são portáteis e necessitam de instalação adequada, tanto do ponto de vista de movimentação do aparelho como das espessuras das paredes de concreto requeridas, que podem alcançar cerca de 1,2 metros. O Filme A principal diferença entre o filme comum e o para radiografia é que este é recoberto dos dois lados por uma emulsão de sais de prata (brometo de prata - AgBr). Os grãos dos sais de prata reagem quimicamente em contato com o revelador, transformando-se em prata metálica enegrecida. É essa prata escurecida que forma a imagem na chapa radiográfica. Data do ensaio, Identificação dos soldadores, No caso de juntas soldadas, identificação da peça e local examinado, Número da radiografia, Identificação do operador e da firma executante. Informações que devem estar presentes nos Filmes O filme radiográfico é escolhido em função do ensaio a ser realizado. Suas características são: Densidade radiográfica: é o grau de enegrecimento registrado no filme em função da exposição; Contraste da imagem: é dado pela diferença de densidade entre as regiões do filme; Velocidade do filme: é a taxa em que ocorre a sensibilização dos grãos de sais de prata. Filmes com grãos maiores necessitam de menor tempo de exposição; Granulometria: é o tamanho dos grãos nos sais da emulsão. Quanto menores os grãos, maior a nitidez. Características do Filme De acordo com essas características, os filmes radiográficos são classificados em quatro tipos: Classificação do Filme ÉCRANS: Para dar maior nitidez às radiografias e diminuir o tempo de exposição, usam-se as telas intensificadoras, conhecidas por écrans. Estas telas evitam que as radiações que ultrapassam o filme reflitam de volta para este, prejudicando a nitidez da radiografia, além de favorecer uma maior absorção de radiação pelo filme. Alguns écrans utilizados são cartões recobertos com película fina de chumbo, da ordem de centésimo de milímetro. INDICADORESDA QUALIDADE DA IMAGEM - IQI Para que possamos julgar a qualidade da imagem de uma certa radiografia são empregadas pequenas peças chamadas Indicadores de Qualidade de Imagem (IQI), e que são colocadas sobre o objeto radiografado. Também são chamados como “Penetrômetros”. Tem a forma de uma pequena peça construída com um material radiograficamente similar ao material da peça ensaiada, com uma forma geometricamente simples e que contem algumas variações de forma bem definidas tais como furos ou entalhes. CHASSIS INDUSTRIAIS O chassi para armazenar o filme para a exposição é fabricado na forma de um envelope plástico duplo reforçado, flexível para acompanhar a curvatura ou irregularidades da peça a ser inspecionada. Os tamanhos padronizados são iguais aos dos filmes. Dentro dos chassis são inseridas as telas intensificadoras de imagem e no meio, o filme. O chassi é fechado com fita adesiva para evitar a entrada de luz. Montagem Técnicas de Exposição Peça Fonte Conforme as dimensões e formato da peça, podemos adotar, diferentes técnicas de exposição radiográficas das mesmas. Técnica de Parede Simples É a técnica mais utilizada. O arranjo fonte, peça e filme determinado permite que apenas uma espessura da peça seja inspecionada. Técnica de Parede Dupla Aqui, o feixe de radiação proveniente da fonte, atravessa duas espessuras da peça. Resultados A radiografia é um poderoso método quando se deseja inspecionar peças com finalidade de investigar sobre defeitos internos, e pode detectar com alta sensibilidade descontinuidades com poucos milímetros de extensão. Descontinuidades Alterações na homogeneidade de uma peça ou material, tanto em sua estrutura como em sua forma. As descontinuidades podem ser atribuídas a diferentes causas. Elas podem ocorrer durante o próprio processo de fabricação do material (por exemplo: durante a fundição), durante o processamento (por exemplo: durante a laminação, forjamento, usinagem, etc.), ou durante o uso de equipamento, em serviço (por exemplo: durante a aplicação de esforços mecânicos ou corrosão). Rupturas, vários tipos de trincas, e escamas de hidrogênio. Em juntas soldadas, as principais descontinuidades encontradas são as Inclusões Gasosas (Poros), Inclusão de Escória, Falta de Penetração, Trincas e Falta de Fusão. Analisando a influência que a descontinuidade terá sobre a utilização do material, ou do equipamento, definimos a sua aceitabilidade. Comparação das Vantagens e Desvantagens dos Ensaios Não Destrutivos Custo Exame Rádiográfico - Custo relativamente alto. Líquido Penetrante - Baixo custo. Partícula Magnética - Baixo custo. Ultra-som - Custo relativamente alto. Utilização Exame Rádiográfico - Difícil utilização. Líquido Penetrante - Fácil utilização. Partícula Magnética - Em alguns casos, é de fácil utilização. Ultra-som - Fácil utilização. Detecção Exame Rádiográfico - Detecta descontinuidade interna no material. Líquido Penetrante - Detecta apenas descontinuidades na superfície do material. Partícula Magnética - Detecta apenas descontinuidades superficiais ou próximas à superfície do material. Ultra-som - Detecta descontinuidades internas no material. Preparo da Superfície Exame Rádiográfico - Não requer preparo da superfície. Líquido Penetrante - Exige superfície previamente preparada. Partícula Magnética - Exige superfície previamente preparada. Ultra-som - Exige superfície previamente preparada. Registro das falhas Exame Rádiográfico - Permite registro permanente das falhas encontradas. Líquido Penetrante - Dificuldade no registro das falhas encontradas. Partícula Magnética - É difícil manter um registro das falhas encontradas. Ultra-som - Não é possível manter um registro das falhas encontadas. Aplicação Exame Rádiográfico - Pode ser aplicado em qualquer material. Líquido Penetrante - Não pode ser aplicado em materiais porosos. Partícula Magnética - Só pode ser aplicado em materiais ferromagnéticos. Ultra-som - Dificuldade de aplicação em alguns materiais. Tempo de Exame Exame Rádiográfico - O tempo envolvido no exame é relativamente longo. Líquido Penetrante - Rapidez na execução do exame. Partícula Magnética - Rapidez na execução do exame. Ultra-som - Rapidez na execução do exame. Complexidade do Exame Exame Rádiográfico - Requer grau de conhecimento maior na execução e interpretação dos resultados. Líquido Penetrante - Não requer grande conhecimento para a execução e para a interpretação dos resultados. Partícula Magnética - Não requer grande nível de conhecimento para sua execução e para interpretação dos resultados. Ultra-som - Requer elevado grau de conhecimento para sua execução e para análise de seus resultados. Detecção de Descontinuidades Exame Rádiográfico - Não detecta descontinuidades planas perpendiculares à direção da radiação. Líquido Penetrante - Detecta qualquer tipo de descontinuidade, desde que seja aberta à superfície. Partícula Magnética - Detecta apenas descontinuidades perpendiculares às linhas de força do campo magnético. Ultra-som - Não detecta descontinuidades paralelas à direção do feixe sônico. Segurança Exame Rádiográfico - Exige medidas de segurança rígidas na sua execução. Líquido Penetrante - Não requer medidas especiais de segurança. Partícula Magnética - Não requer medidas especiais de segurança. Ultra-som - Não requer medidas especiais de segurança.
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