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CURVAS DE CORRELAÇÃO PARA CARACTERIZAR CONCRETOS USADOS NO RIO DE JANEIRO POR MEIO DE ENSAIOS NAO DESTRUTIVOS

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CURVAS DE CORRELAÇÃO PARA CARACTERIZAR CONCRETOS USADOS NO 
RIO DE JANEIRO POR MEIO DE ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS 
Mauricio Dornellas Machado 
DISSERTAÇÃO SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS 
PROGRAMAS DE PÓS GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE 
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS 
PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM CIÊNCIAS EM ENGENHARIA 
CIVIL. 
Aprovada por: 
____________________________________________ 
Profª. Lídia da Conceição Domingues Shehata, Ph.D. 
 
____________________________________________ 
Prof. Ibrahim Abd El Malik Shehata, Ph.D. 
 
____________________________________________ 
Prof. Giuseppe Barbosa Guimarães, Ph.D. 
 
 
____________________________________________ 
Prof. Ivan Ramalho de Almeida, D.Sc. 
 
 
 
RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL 
SETEMBRO DE 2005 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MACHADO, MAURICIO DORNELLAS 
Curvas de Correlação para 
Caracterizar Concretos Usados no Rio de 
Janeiro por Meio de Ensaios Não 
Destrutivos [Rio de Janeiro] 2005 
XXIX, 265 p. 29,7 cm 
(COPPE/UFRJ, M.Sc., Engenharia Civil, 
2005) 
Dissertação - Universidade Federal 
do Rio de Janeiro, COPPE 
1. Ensaios Não Destrutivos 
2. Resistência do Concreto 
3. Módulo de Elasticidade 
 I. COPPE/UFRJ II. Título (série) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 II
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A toda a minha família, em 
especial ao meu pai e à minha mãe, sem 
os quais nada seria possível. 
 
 
 
 
 
 III
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Quem fala menos ouve melhor, 
e quem ouve melhor aprende mais.” 
 
André Luiz – Sinal Verde, 39 
 
 
 
 IV
AGRADECIMENTOS 
 Aos meus pais, Antônio e Marilda Machado, pelo amor, pela dedicação e pela 
confiança que sempre depositaram em mim, além dos belos exemplos deixados e dos 
valiosos ensinamentos transmitidos durante toda a minha vida. 
 Aos meus irmãos, Márcio, Marcelo e Mauro, pela preciosa ajuda e, 
principalmente, pelo companheirismo e afeto sempre demonstrados. 
 Ao meu sobrinho Gabriel que, com o seu nascimento, encheu as nossas vidas 
de muita luz e alegria. 
 Ao restante da minha família, especialmente aos meus tios Guilbert e Maria 
Aparecida Peixoto, pelo apoio recebido e constante incentivo. 
 Aos professores Ibrahim Shehata e Lídia Shehata pela atenção, ensinamentos, 
sugestões e correções efetuadas durante a execução deste trabalho. 
Aos amigos de ontem e de sempre e àqueles que surgiram ao longo deste 
período, especialmente a Fábio, Laurindo, Sérgio, Joatan, Gustavo, Ederli, Euler e 
João. 
 Às minhas amigas Janine e Roberta, que me presentearam com carinho, 
atenção, confiança, paciência e muito bom humor, contribuindo muito para suavizar e 
tornar mais belo o caminho percorrido. 
 Aos funcionários do laboratório de estruturas da COPPE-UFRJ, em especial ao 
Engº Santiago e aos técnicos José Maria e Manoel, pela cordialidade com que sempre 
me trataram e pelos serviços prestados durante a preparação e execução dos ensaios. 
 À Esther Salazar, pela valiosa contribuição na análise estatística dos resultados 
obtidos. 
 Ao Programa de Engenharia Civil da COPPE-UFRJ pela oportunidade 
oferecida. 
 Às concreteiras Concretex, Engemix, Intermix, Lafarge, Redimix e à Holcim do 
Brasil pelo fornecimento dos concretos utilizados neste trabalho. 
 Ao laboratório do IME, pela gentileza em ceder as suas dependências para a 
realização de alguns ensaios. 
 
 
 
 
 
 V
Resumo da Dissertação apresentada à COPPE/UFRJ como parte dos requisitos 
necessários para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M.Sc.) 
CURVAS DE CORRELAÇÃO PARA CARACTERIZAR CONCRETOS USADOS NO 
RIO DE JANEIRO POR MEIO DE ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS 
Mauricio Dornellas Machado 
 
Setembro/2005 
 
Orientadores: Lídia da Conceição Domingues Shehata 
 Ibrahim Abd El Malik Shehata 
 
Programa: Engenharia Civil 
Os ensaios não destrutivos são uma importante ferramenta para obter 
informações quanto às propriedades do concreto das estruturas, seja durante a sua 
fase construtiva ou em estruturas prontas há algum tempo cujas condições se deseja 
investigar. Entretanto, a confiabilidade da avaliação dessas propriedades depende da 
experiência do profissional que realiza esses ensaios e das curvas empregadas para 
correlacionar as grandezas medidas nos ensaios com as propriedades do concreto 
investigado. Este estudo, dividido em duas fases, visou prover os engenheiros de 
curvas de correlação que os possibilitem estimar, por meio da utilização de ensaios 
não destrutivos e de maneira mais adequada do que a que vem sendo empregada, a 
resistência à compressão e o módulo de elasticidade dos concretos utilizados no Rio 
de Janeiro. Na primeira fase do estudo, foram ensaiados corpos-de-prova moldados 
com concretos usados em diversas obras da cidade do Rio de Janeiro, abrangendo-se 
concretos fornecidos por diferentes concreteiras. Esses concretos tinham, em geral, fck 
nominal de 25 MPa ou 30 MPa. Já na segunda etapa, objetivando-se englobar 
concretos com resistências mais variadas e os dois tipos de agregados graúdos típicos 
do Rio de Janeiro, foram ensaiados corpos-de-prova moldados nos laboratórios de 
dois grupos de concreteiras. Nestes concretos, variaram-se a relação água-cimento e 
a característica petrográfica do agregado graúdo. Foram realizados, ao todo, 400 
ensaios de resistência à compressão, 400 ensaios de velocidade de propagação de 
ondas ultra-sônicas (800 medições de velocidade), 400 ensaios de esclerometria 
(3600 medições do índice esclerométrico) em corpos-de-prova cilíndricos e 95 ensaios 
de penetração de pinos (380 disparos) em corpos-de-prova prismáticos, nas idades 
dos concretos de 3, 7, 14, 28 e 90 dias (1ª fase) ou de 3, 7, 14 e 28 dias (2ª fase). Aqui 
são apresentadas as curvas de correlação obtidas a partir da análise dos resultados 
de todos esses ensaios. 
 
 VI
Abstract of Dissertation presented to COPPE/UFRJ as a partial fulfillment of the 
requirements for the degree of Master of Science (M.Sc.) 
CORRELATION CURVES TO CHARACTERIZE CONCRETES USED IN RIO DE 
JANEIRO BY NON-DESTRUCTIVE TESTS 
Mauricio Dornellas Machado 
 
September/2005 
 
Advisors: Lídia da Conceição Domingues Shehata 
 Ibrahim Abd El Malik Shehata 
 
Department: Civil Engineering 
The non-destructive tests are an important tool for obtaining information about 
the properties of the concrete of the structures, during its constructive phase or in the 
investigation of the conditions of existing structures. However, the reliability of the 
evaluation of those properties depends on the experience of the professional that 
carries out the tests and the curves employed to correlate the measured values with 
the properties of the investigated concrete. The main objective of this study, divided 
into two phases, was to supply the engineers with correlation curves that make it 
possible to evaluate, by using non-destructive tests and in a more appropriate way than 
the one currently used, the compressive strength and the modulus of elasticity of the 
concretes used in Rio de Janeiro. In the first phase of the study, test specimens cast 
with concretes used in several constructions in Rio de Janeiro were tested, including 
concretes supplied by different ready mixed concrete producers. These concretes had, 
in general, nominal fck value of 25 MPa or 30 MPa. In the second stage, aiming to 
include concretes with strength varying within a wider range and the two types of 
typical coarse aggregates of Rio de Janeiro, test specimens cast in the laboratories of 
two groups of ready mixed concrete producers were tested. In these concretes, the 
water-cement ratio and the petrographic characteristic of the coarse aggregate were 
varied. In total, the following testswere carried out: 400 compressive strength tests, 
400 ultrasonic pulse velocity tests (800 measurements of velocity), 400 rebound 
hammer tests (3600 measurements of rebound numbers) in standard cylindrical test 
specimens and 95 penetration resistance tests (380 shots) in prismatic test specimens, 
at the ages of the concretes of 3, 7, 14, 28 and 90 days (1st phase) or 3, 7, 14 and 28 
days (2nd phase). The correlation curves obtained from the analysis of the results of all 
those tests are presented herein. 
 
 
 VII
ÍNDICE DO TEXTO 
 
1 – INTRODUÇÃO..........................................................................................................1 
2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.....................................................................................5 
 2.1 – INTRODUÇÃO.....................................................................................................5 
 2.2 – AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DO CONCRETO POR 
MEIO DE ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS...................................................................6 
 2.3 - MÉTODO DE VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO DE ONDAS ULTRA-
SÔNICAS.....................................................................................................................11 
 2.3.1 – DESCRIÇÃO DO MÉTODO..........................................................................11 
 2.3.2 – VANTAGENS E LIMITAÇÕES......................................................................14 
 2.3.3 – APLICAÇÕES................................................................................................15 
 2.3.4 – ACURÁCIA....................................................................................................15 
 2.3.5 – FATORES QUE INFLUENCIAM OS RESULTADOS DO ENSAIO...............17 
 2.3.5.1 – TIPO, TEOR, TAMANHO E GRADUAÇÃO DO AGREGADO GRAÚDO...17 
 2.3.5.2 – TIPO DE CIMENTO E ADITIVOS..............................................................23 
 2.3.5.3 – RELAÇÃO ÁGUA-CIMENTO.....................................................................26 
 2.3.5.4 – GRAU DE COMPACTAÇÃO......................................................................27 
 2.3.5.5 – CONDIÇÕES DE CURA E IDADE DO CONCRETO.................................28 
 2.3.5.6 – CONDIÇÕES DA SUPERFÍCIE.................................................................30 
 2.3.5.7 – TEMPERATURA........................................................................................31 
 2.3.5.8 – TEOR DE UMIDADE DO CONCRETO......................................................32 
 2.3.5.9 – DISTÂNCIA PERCORRIDA PELA ONDA ULTRA-SÔNICA, TAMANHO E 
FORMA DA PEÇA E FREQUÊNCIA NATURAL DOS TRANSDUTORES...............34 
 2.3.5.10 – INFLUÊNCIA DO ESTADO DE TENSÕES..............................................36 
 2.3.5.11 – INFLUÊNCIA DAS ARMADURAS............................................................36 
 2.3.6 – NORMALIZAÇÃO..........................................................................................41 
 VIII
 2.3.7 – RECOMENDAÇÕES PARA OBTENÇÃO DAS CURVAS DE 
CORRELAÇÃO.........................................................................................................43 
 2.3.7.1 – RILEM NDT 1 (1972)…………………………………………………………...43 
 2.3.7.2 – ASTM C 597 (1983)………………………………………………………........45 
 2.3.7.3 – pr EN-ISO 8047 (1994)…………………………………………………..........45 
 2.3.7.4 – NM 58 (1996)……………………………………………………………………46 
 2.3.7.5 – ACI 228.1R (2003)……………………………………………………………...47 
 2.4 – MÉTODO DO ESCLERÔMETRO DE REFLEXÃO………………………………48 
 2.4.1 – DESCRIÇÃO DO MÉTODO……………………………………………………..48 
 2.4.2 – VANTAGENS E LIMITAÇÕES…………………………………………………..49 
 2.4.3 – APLICAÇÕES……………………………………………………………………..51 
 2.4.4 – ACURÁCIA………………………………………………………………………...51 
 2.4.5 – FATORES QUE INFLUENCIAM OS RESULTADOS…………………………53 
 2.4.5.1 – CONDIÇÕES DA SUPERFÍCIE DE ENSAIO……………………………...53 
 2.4.5.2 – TIPO E TEOR DE CIMENTO………………………………………………..54 
 2.4.5.3 – TIPO DE AGREGADO GRAÚDO…………………………………………...55 
 2.4.5.4 – DIREÇÃO DO ENSAIO……………………………………………………….58 
 2.4.5.5 – TAMANHO, FORMA E RIGIDEZ DA PEÇA A SER ENSAIADA………...59 
 2.4.5.6 – TIPO DE CURA E IDADE DO CONCRETO……………………………….59 
 2.4.5.7 – TIPO DE MATERIAL UTILIZADO NAS FÔRMAS………………………...60 
 2.4.6 – NORMALIZAÇÃO…………………………………………………………………60 
 2.4.7 – RECOMENDAÇÕES PARA OBTENÇÃO DAS CURVAS DE 
CORRELAÇÃO……………………………………………………………………………62 
 2.4.7.1 – RILEM NDT 3 (1984)………………………………………………………….62 
 2.4.7.2 – ASTM C 805 (1985)…………………………………………………………..63 
 2.4.7.3 – BS 1881:Part 202 (1986)……………………………………………………..63 
 2.4.7.4 – NBR 7584 (1995)……………………………………………………………...64 
 2.4.7.5 – NM 78 (1996)............................................................................................64 
 IX
 2.4.7.6 – ACI 228.1R (2003)....................................................................................65 
 2.5 – MÉTODO DE PENETRAÇÃO DE PINOS..........................................................66 
 2.5.1 – DESCRIÇÃO DO MÉTODO..........................................................................66 
 2.5.2 – VANTAGENS E LIMITAÇÕES......................................................................67 
 2.5.3 – APLICAÇÕES................................................................................................68 
 2.5.4 – ACURÁCIA....................................................................................................69 
 2.5.5 – FATORES QUE INFLUENCIAM OS RESULTADOS DO ENSAIO...............71 
 2.5.5.1 – CONDIÇÕES DA SUPERFÍCIE...............................................................72 
 2.5.5.2 – TIPO, DUREZA E DIMENSÃO MÁXIMA DO AGREGADO GRAÚDO.....72 
 2.5.5.3 – TIPO DE PINO.........................................................................................75 
 2.5.5.4 – IDADE DO CONCRETO...........................................................................77 
 2.5.5.5 – VARIAÇÕES NA CARGA DE PÓLVORA................................................77 
 2.5.6 – NORMALIZAÇÃO..........................................................................................79 
 2.5.7 – RECOMENDAÇÕES PARA OBTENÇÃO DAS CURVAS DE 
CORRELAÇÃO.........................................................................................................80 
 2.5.7.1 – ASTM C 803 (1990)..................................................................................80 
 2.5.7.2 – BS 1881:Part 207 (1992)……………………………………………………..80 
 2.5.7.3 – ACI 228.1R (2003)…………………………………………………………….81 
 2.6 – MÉTODOS DE ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS COMBINADOS………………82 
 2.6.1–MÉTODO COMBINADO – VELOCIDADE DO ULTRA-SOM e 
ESCLEROMETRIA………………………………………………………………………..83 
 2.6.1.1 – VANTAGENS E LIMITAÇÕES………………………………………………85 
 2.6.1.2 – APLICAÇÕES………………………………………………………………….86 
 2.6.1.3 – ACURÁCIA…………………………………………………………………….87 
 2.6.1.4 – ESTABELECIMENTO DAS CURVAS ISO-RESISTENTES PARA O 
CONCRETO DE REFERÊNCIA………………………………………………………..88 
3 – PROGRAMA EXPERIMENTAL………………………………………………………..90 
 3.1 – INTRODUÇÃO………………………………………………………………………..90 
 X
 3.2 – CONCRETOS.....................................................................................................91 
 3.2.1 – 1ª FASE.........................................................................................................91 
 3.2.2 – 2ª FASE.........................................................................................................92 
 3.3 – MOLDAGEM DOS CORPOS-DE-PROVA.........................................................96 
 3.3.1- 1ª FASE...........................................................................................................96 
 3.3.2 – 2ª FASE.........................................................................................................963.4 – IDADE DOS ENSAIOS.......................................................................................97 
 3.5 – TIPO DE CURA..................................................................................................97 
 3.6 – ENSAIOS REALIZADOS....................................................................................98 
 3.6.1 – ENSAIO DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO............................................98 
 3.6.1.1 – PROCEDIMENTO ADOTADO PARA OBTENÇÃO DE fcm......................98 
 3.6.2 – ENSAIO DE VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO DE ONDAS ULTRA-
SÔNICAS..................................................................................................................99 
 3.6.2.1 – PROCEDIMENTO ADOTADO PARA OBTENÇÃO DA VELOCIDADE DE 
PROPAGAÇÃO DE ONDAS ULTRA-SÔNICAS...................................................101 
 3.6.3 – ENSAIO DO ÍNDICE ESCLEROMÉTRICO.................................................102 
 3.6.3.1 – PROCEDIMENTO ADOTADO PARA OBTENÇÃO DO ÍNDICE 
ESCLEROMÉTRICO............................................................................................105 
 3.6.4 – ENSAIO DE PENETRAÇÃO DE PINOS.....................................................107 
 3.6.4.1 – PROCEDIMENTO ADOTADO PARA OBTENÇÃO DO COMPRIMENTO 
DE PENETRAÇÃO DO PINO...............................................................................108 
 3.7 – RESULTADOS OBTIDOS................................................................................113 
 3.7.1 – ENSAIO DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO..........................................113 
 3.7.1.1 – 1ª FASE..................................................................................................113 
 3.7.1.2 – 2ª FASE..................................................................................................118 
 3.7.2 – ENSAIO DA VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO DE ONDAS ULTRA-
SÔNICAS................................................................................................................124 
 3.7.2.1 – 1ª FASE..................................................................................................124 
 XI
 3.7.2.2 – 2ª FASE..................................................................................................128 
 3.7.3 – ENSAIO DO ÍNDICE ESCLEROMÉTRICO.................................................133 
 3.7.3.1 – 1ª FASE..................................................................................................133 
 3.7.3.2 – 2ª FASE..................................................................................................138 
 3.7.4 – ENSAIO DE PENETRAÇÃO DE PINOS.....................................................143 
 3.7.4.1 – 1ª FASE..................................................................................................143 
 3.7.4.2 – 2ª FASE..................................................................................................148 
 3.7.5 – CONSIDERAÇÕES GERAIS......................................................................153 
 3.7.5.1 – 1ª FASE..................................................................................................153 
 3.7.5.2 – 2ª FASE..................................................................................................157 
4 – ANÁLISE DOS RESULTADOS............................................................................161 
 4.1 – INTRODUÇÃO.................................................................................................161 
 4.2 – COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS NOS ENSAIOS REALIZADOS 
NA 2ª FASE...............................................................................................................162 
 4.3 – RELAÇÕES ENTRE AS GRANDEZAS MEDIDAS NOS ENSAIOS NÃO 
DESTRUTIVOS E A RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO..........................................169 
 4.3.1 – CORRELAÇÃO ENTRE A VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO DE ONDAS 
ULTRA-SÔNICAS E A RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO.....................................169 
 4.3.2 – CORRELAÇÃO ENTRE O ÍNDICE ESCLEROMÉTRICO E A RESISTÊNCIA 
À COMPRESSÃO...................................................................................................176 
 4.3.3 – CORRELAÇÃO ENTRE O COMPRIMENTO DE PENETRAÇÃO DO PINO E 
A RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO......................................................................182 
 4.3.4 – CONSIDERAÇÕES GERAIS......................................................................187 
 4.4 – CORRELAÇÃO ENTRE A VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO DE ONDAS 
ULTRA-SÔNICAS E O MÓDULO DE ELASTICIDADE ESTÁTICO..........................192 
 4.4.1 – CONSIDERAÇÕES GERAIS......................................................................198 
 4.5 – MÉTODOS COMBINADOS..............................................................................201 
 4.5.1 – MÉTODO COMBINADO I............................................................................201 
 XII
 4.5.2 – MÉTODO COMBINADO II...........................................................................209 
 4.5.3 – MÉTODO COMBINADO III..........................................................................215 
 4.5.4 – CONSIDERAÇÕES GERAIS......................................................................221 
5 – CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA ESTUDOS FUTUROS..........................229 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................234 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR...........................................................................238 
APÊNDICE I................................................................................................................239 
APÊNDICE II...............................................................................................................241 
APÊNDICE III..............................................................................................................248 
APÊNDICE IV..............................................................................................................261 
APÊNDICE V...............................................................................................................263 
 XIII
ÍNDICE DE FIGURAS 
 
Figura 2.1 – Formas de transmissão das ondas ultra-sônicas (Naik e Malhotra, 
1991).............................................................................................................................13 
Figura 2.2 – Influência do tipo de agregado graúdo na correlação entre o valor de V e a 
resistência à compressão do concreto (Sturrup et al, 1984).........................................19 
Figura 2.3 – Influência do agregado graúdo na correlação entre o valor de V e a 
resistência à compressão do concreto (Sturrup et al, 1984).........................................20 
Figura 2.4 – Influência da relação agregado graúdo-cimento na correlação entre o 
valor de V, e a resistência à compressão do concreto (Naik e Malhotra, 1991)...........21 
Figura 2.5 – Influência da dimensão máxima do agregado graúdo na correlação entre 
o valor de V e a resistência à compressão do concreto (Sturrup et al, 1984)...............22 
Figura 2.6 – Influência do tipo de cimento e da utilização de aditivos na correlação 
entre o valor de V e a resistência à compressão do concreto (Sturrup et al, 1984)......25 
Figura 2.7 – Correlações entre o valor de V e a resistência à compressão de concretos 
com diferentes composições e ensaiados em diferentes idades (Sturrup et al, 
1984).............................................................................................................................27 
Figura 2.8 – Influência da temperatura de cura na correlação entre o valor de V e a 
resistência à compressão do concreto (Sturrup et al, 1984).........................................28 
Figura 2.9 – Influência da idade na correlação entre ovalor de V e a resistência à 
compressão para concretos com diferentes tipos e teores de cimento submetidos a 
diferentes temperaturas de cura (Sturrup et al, 1984)...................................................30 
Figura 2.10 – Influência do teor de umidade na correlação entre o valor de V e a 
resistência à compressão do concreto (Sturrup et al, 1984).........................................33 
Figura 2.11 – Influência da armadura no percurso da onda ultra-sônica – Eixo da barra 
paralelo ao percurso (Bungey, 1984)............................................................................37 
 XIV
Figura 2.12 – Influência da armadura no percurso da onda ultra-sônica – Eixo da barra 
perpendicular ao percurso (Bungey, 1984)...................................................................38 
Figura 2.13 – Fatores de correção de V – Eixo da barra paralelo ao percurso da onda 
ultra-sônica (Bungey, 1984)..........................................................................................40 
Figura 2.14 – Fatores de correção de V – Eixo da barra perpendicular ao percurso da 
onda ultra-sônica (Bungey, 1984).................................................................................41 
Figura 2.15 – Representação esquemática do ensaio de esclerometria (ACI 228.1R, 
2003).............................................................................................................................49 
Figura 2.16 – Marcas superficiais em corpos-de-prova de concreto de baixa idade, 
após o impacto do esclerômetro (Malhotra, 1991)........................................................50 
Figura 2.17 – Coeficientes de variação em função das médias dos valores de IE (ACI 
228.1R, 2003)................................................................................................................52 
Figura 2.18 – Influência do tipo de agregado graúdo na relação entre a resistência à 
compressão e o índice esclerométrico (Neville, 1997)..................................................55 
Figura 2.19 – Efeito dos seixos com origens diferentes na relação entre fc e IE 
(Malhotra, 1991)............................................................................................................56 
Figura 2.20 – Posicionamento dos pontos de medição em CP cilíndricos e cúbicos 
(NDT 3, 1984)................................................................................................................62 
Figura 2.21 – Coeficientes de variação em função das médias dos valores de 
penetração dos pinos (ACI 228.1R, 2003)....................................................................70 
Figura 2.22 – Influência da dureza do agregado graúdo sobre a relação entre a 
profundidade de penetração de pinos e a resistência à compressão do concreto (ACI 
228.1R, 2003)................................................................................................................73 
Figura 2.23 – Influência do tipo de agregado graúdo na relação entre o comprimento 
exposto e a resistência à compressão aos 28 dias (Malhotra e Carette, 1991)............74 
Figura 2.24 – Diferenças entre o pino padrão e o pino modificado (Al-Manaseer e 
Aquino, 1999)................................................................................................................75 
Figura 2.25 – “Windsor probe test” – Novos tipos de pino (NDT, 2005).......................76 
 XV
Figura 2.26 – Exemplo de um ábaco obtido através do método SONREB (Samarin, 
1991).............................................................................................................................84 
Figura 3.1 – Ensaio de resistência à compressão........................................................99 
Figura 3.2 – Equipamento utilizado no ensaio de velocidade.....................................100 
Figura 3.3 – Calibração do equipamento....................................................................100 
Figura 3.4 – Ensaio de velocidade de propagação de ondas ultra-sônicas................101 
Figura 3.5 – Equipamento utilizado no ensaio do IE...................................................104 
Figura 3.6 – Calibração do equipamento...................................................................104 
Figura 3.7 – Posicionamento dos pontos de medição no CP cilíndrico.....................105 
Figura 3.8 – Ensaio de esclerometria..........................................................................107 
Figura 3.9 – Equipamentos utilizados no ensaio de penetração de pinos..................108 
Figura 3.10 – Posicionamento dos pinos no CP prismático........................................111 
Figura 3.11 – Ensaio de penetração de pinos.............................................................112 
Figura 3.12 – Medição dos comprimentos expostos dos pinos...................................112 
Figura 3.13 – Evolução de fc com a idade – Grupo I...................................................115 
Figura 3.14 – Evolução de fc com a idade – Grupo II..................................................115 
Figura 3.15 – Evolução de fc com a idade – Grupo III.................................................115 
Figura 3.16 – Relação fcj / fc28 em função da idade – Grupo I......................................116 
Figura 3.17 – Relação fcj / fc28 em função da idade – Grupo II.....................................116 
Figura 3.18 – Relação fcj / fc28 em função da idade – Grupo III....................................116 
Figura 3.19 – Valores dos CV encontrados nos ensaios de fc – Grupo I.....................117 
Figura 3.20 – Valores dos CV encontrados nos ensaios de fc – Grupo II....................117 
Figura 3.21 – Valores dos CV encontrados nos ensaios de fc – Grupo III...................117 
Figura 3.22 – Evolução de fc com a idade – Grupo A (Gnaisse).................................121 
Figura 3.23 – Evolução de fc com a idade – Grupo B (Sienito)...................................121 
Figura 3.24 – Evolução de fc com a idade – Grupo B (Gnaisse).................................121 
Figura 3.25 – Relação fcj / fc28 em função da idade – Grupo A (Gnaisse)....................122 
Figura 3.26 – Relação fcj / fc28 em função da idade – Grupo B (Sienito)......................122 
 XVI
Figura 3.27 – Relação fcj / fc28 em função da idade – Grupo B (Gnaisse)....................122 
Figura 3.28 – Valores dos CV encontrados nos ensaios de fc – Grupo A (Gnaisse)...123 
Figura 3.29 – Valores dos CV encontrados nos ensaios de fc – Grupo B (Sienito).....123 
Figura 3.30 – Valores dos CV encontrados nos ensaios de fc – Grupo B (Gnaisse)...123 
Figura 3.31 – Evolução de V com a idade – Grupo I...................................................125 
Figura 3.32 – Evolução de V com a idade – Grupo II..................................................125 
Figura 3.33 – Evolução de V com a idade – Grupo III.................................................125 
Figura 3.34 – Relação Vj / V28 em função da idade – Grupo I.....................................126 
Figura 3.35 – Relação Vj / V28 em função da idade – Grupo II....................................126 
Figura 3.36 – Relação Vj / V28 em função da idade – Grupo III...................................126 
Figura 3.37 – Valores dos CV encontrados nos ensaios de V – Grupo I....................127 
Figura 3.38 – Valores dos CV encontrados nos ensaios de V – Grupo II...................127 
Figura 3.39 – Valores dos CV encontrados nos ensaios de V – Grupo III..................127 
Figura 3.40 – Evolução de V com a idade – Grupo A (Gnaisse)................................130 
Figura 3.41 – Evolução de V com a idade – Grupo B (Sienito)..................................130 
Figura 3.42 – Evolução de V com a idade – Grupo B (Gnaisse)................................130 
Figura 3.43 – Relação Vj / V28 em função da idade – Grupo A (Gnaisse)...................131 
Figura 3.44 – Relação Vj / V28 em função da idade – Grupo B (Sienito).....................131Figura 3.45 – Relação Vj / V28 em função da idade – Grupo B (Gnaisse)...................131 
Figura 3.46 – Valores dos CV encontrados nos ensaios de V – Grupo A (Gnaisse)..132 
Figura 3.47 – Valores dos CV encontrados nos ensaios de V – Grupo B (Sienito)....132 
Figura 3.48 – Valores dos CV encontrados nos ensaios de V – Grupo B (Gnaisse)..132 
Figura 3.49 – Evolução do índice esclerométrico com a idade – Grupo I...................135 
Figura 3.50 – Evolução do índice esclerométrico com a idade – Grupo II..................135 
Figura 3.51 – Evolução do índice esclerométrico com a idade – Grupo III.................135 
Figura 3.52 – Relação IEj / IE28 em função da idade – Grupo I...................................136 
Figura 3.53 – Relação IEj / IE28 em função da idade – Grupo II..................................136 
Figura 3.54 – Relação IEj / IE28 em função da idade – Grupo III.................................136 
 XVII
Figura 3.55 – Valores dos CV encontrados nos ensaios de IE – Grupo I...................137 
Figura 3.56 – Valores dos CV encontrados nos ensaios de IE – Grupo II..................137 
Figura 3.57 – Valores dos CV encontrados nos ensaios de IE – Grupo III.................137 
Figura 3.58 – Evolução do índice esclerométrico com a idade – Grupo A 
(Gnaisse).....................................................................................................................140 
Figura 3.59 – Evolução do índice esclerométrico com a idade – Grupo B (Sienito)...140 
Figura 3.60 – Evolução do índice esclerométrico com a idade – Grupo B 
(Gnaisse).....................................................................................................................140 
Figura 3.61 – Relação IEj / IE28 em função da idade – Grupo A (Gnaisse).................141 
Figura 3.62 – Relação IEj / IE28 em função da idade – Grupo B (Sienito)...................141 
Figura 3.63 – Relação IEj / IE28 em função da idade – Grupo B (Gnaisse).................141 
Figura 3.64 – Valores dos CV encontrados nos ensaios de IE – Grupo A 
(Gnaisse).....................................................................................................................142 
Figura 3.65 – Valores dos CV encontrados nos ensaios de IE – Grupo B (Sienito)...142 
Figura 3.66 – Valores dos CV encontrados nos ensaios de IE – Grupo B 
(Gnaisse).....................................................................................................................142 
Figura 3.67 – Variação de Lp com a idade – Grupo I..................................................145 
Figura 3.68 – Variação de Lp com a idade – Grupo II.................................................145 
Figura 3.69 – Variação de Lp com a idade – Grupo III................................................145 
Figura 3.70 – Relação Lpj / Lp28 em função da idade – Grupo I..................................146 
Figura 3.71 – Relação Lpj / Lp28 em função da idade – Grupo II.................................146 
Figura 3.72 – Relação Lpj / Lp28 em função da idade – Grupo III................................146 
Figura 3.73 – Valores dos CV encontrados nos ensaios de penetração de pinos – 
Grupo I.........................................................................................................................147 
Figura 3.74 – Valores dos CV encontrados nos ensaios de penetração de pinos – 
Grupo II........................................................................................................................147 
Figura 3.75 – Valores dos CV encontrados nos ensaios de penetração de pinos – 
Grupo III.......................................................................................................................147 
 XVIII
Figura 3.76 – Variação de Lp com a idade – Grupo A (Gnaisse)................................150 
Figura 3.77 – Variação de Lp com a idade – Grupo B (Sienito)..................................150 
Figura 3.78 – Variação de Lp com a idade – Grupo B (Gnaisse)................................150 
Figura 3.79 – Relação Lpj / Lp28 em função da idade – Grupo A (Gnaisse)................151 
Figura 3.80 – Relação Lpj / Lp28 em função da idade – Grupo B (Sienito)..................151 
Figura 3.81 – Relação Lpj / Lp28 em função da idade – Grupo B (Gnaisse)................151 
Figura 3.82 – Valores dos CV encontrados nos ensaios de penetração de pinos – 
Grupo A (Gnaisse).......................................................................................................152 
Figura 3.83 – Valores dos CV encontrados nos ensaios de penetração de pinos – 
Grupo B (Sienito).........................................................................................................152 
Figura 3.84 – Valores dos CV encontrados nos ensaios de penetração de pinos – 
Grupo B (Gnaisse).......................................................................................................152 
Figura 4.1 – Comparação entre os valores de fc encontrados na 2ª fase...................165 
Figura 4.2 – Comparação entre os valores de V encontrados na 2ª fase...................166 
Figura 4.3 – Comparação entre os valores de IE encontrados na 2ª fase..................167 
Figura 4.4 – Comparação entre os valores de Lp encontrados na 2ª fase.................168 
Figura 4.5 – Análise dos resíduos da correlação V x fc...............................................174 
Figura 4.6 – Curva de correlação entre V e fc.............................................................174 
Figura 4.7 – Comparação entre as curvas (V x fc) propostas por outros autores e a 
curva proposta neste trabalho – 1ª parte....................................................................175 
Figura 4.8 – Comparação entre as curvas (V x fc) propostas por outros autores e a 
curva proposta neste trabalho – 2ª parte....................................................................175 
Figura 4.9 – Análise dos resíduos da correlação IE x fc..............................................180 
Figura 4.10 – Curva de correlação entre IE e fc..........................................................180 
Figura 4.11 – Comparação entre as curvas (IE x fc) propostas por outros autores e a 
curva proposta neste trabalho – 1ª parte....................................................................181 
Figura 4.12 – Comparação entre as curvas (IE x fc) propostas por outros autores e a 
curva proposta neste trabalho – 2ª parte....................................................................181 
 XIX
Figura 4.13 – Análise dos resíduos da correlação Lp x fc...........................................185 
Figura 4.14 – Curva de correlação entre Lp e fc..........................................................185 
Figura 4.15 – Comparação entre as curvas (Lp x fc) propostas por outros autores e a 
curva proposta neste trabalho.....................................................................................185 
Figura 4.16 – Análise dos resíduos da correlação V x Ec...........................................186 
Figura 4.17 – Curva de correlação entre V e Ec..........................................................196 
Figura 4.18 – Comparação entre as curvas (V x Ec) propostas por Rodrigues (2003) e 
a curva proposta neste trabalho..................................................................................197 
Figura 4.19 – Análise dos resíduos da correlação V x IE x fc......................................205 
Figura 4.20 – Curva de correlação entre V, IE e fc – Modelo a...................................205 
Figura 4.21 – Curva de correlação entre V, IE e fc – Modelo b...................................206 
Figura 4.22 – Curva de correlação entre V, IE e fc – Modelo c...................................206 
Figura 4.23 – Comparação entre as curvas (V x IE x fc) propostas por outros autores e 
a curva proposta neste trabalho – V = 3,7 km/s..........................................................207 
Figura 4.24 – Comparaçãoentre as curvas (V x IE x fc) propostas por outros autores e 
a curva proposta neste trabalho – V = 4,2 km/s..........................................................207 
Figura 4.25 – Comparação entre as curvas (V x IE x fc) propostas por outros autores e 
a curva proposta neste trabalho – V = 4,7 km/s..........................................................208 
Figura 4.26 – Análise dos resíduos da correlação V x Lp x fc.....................................212 
Figura 4.27 – Curva de correlação entre V, Lp e fc.....................................................213 
Figura 4.28 – Comparação entre a curva (V x Lp x fc) proposta por Evangelista (2002) 
e a curva proposta neste trabalho – V = 3,7 km/s.......................................................213 
Figura 4.29 – Comparação entre a curva (V x Lp x fc) proposta por Evangelista (2002) 
e a curva proposta neste trabalho – V = 4,2 km/s.......................................................214 
Figura 4.30 – Comparação entre a curva (V x Lp x fc) proposta por Evangelista (2002) 
e a curva proposta neste trabalho – V = 4,7 km/s.......................................................214 
Figura 4.31 – Análise dos resíduos da correlação IE x Lp x fc....................................218 
Figura 4.32 – Curva de correlação entre IE, Lp e fc....................................................219 
 XX
Figura 4.33 – Comparação entre a curva (IE x Lp x fc) proposta por Evangelista (2002) 
e a curva proposta neste trabalho – IE = 23................................................................219 
Figura 4.34 – Comparação entre a curva (IE x Lp x fc) proposta por Evangelista (2002) 
e a curva proposta neste trabalho – IE = 34................................................................220 
Figura 4.35 – Comparação entre a curva (IE x Lp x fc) proposta por Evangelista (2002) 
e a curva proposta neste trabalho – IE = 45................................................................220 
Figura I.1 – Determinação da velocidade de propagação da onda ultra-sônica 
utilizando a transmissão indireta (Pundit Manual, 1994).............................................240 
Figura II.1 – Transformação de variáveis para a relação V x fc...................................247 
Figura II.2 – Transformação de variáveis para a relação IE x fc..................................247 
Figura IV.1 – Correlação entre V e fc – Modelo linear.................................................261 
Figura IV.2 – Correlação entre IE e fc – Modelo linear................................................261 
Figura IV.3 – Correlação entre Lp e fc – Modelo linear...............................................262 
Figura IV.4 – Correlação entre V e Ec – Modelo linear................................................262 
Figura V.1 – Comparação entre as curvas V x fc – Concretos da 2ª fase...................265 
Figura V.2 – Comparação entre as curvas IE x fc – Concretos da 2ª fase..................265 
Figura V.3 – Comparação entre as curvas Lp x fc – Concretos da 2ª fase.................265 
 
 
 
 
 XXI
ÍNDICE DE TABELAS 
 
Tabela 2.1 – Valores de CV para o ensaio de velocidade de propagação da onda ultra-
sônica (ACI 228.1R, 2003)............................................................................................16 
Tabela 2.2 – Intervalos dos valores de V para alguns tipos de rocha (Chung e Law, 
1983).............................................................................................................................19 
Tabela 2.3 – Correções para o valor de V devido a variações de temperatura (RILEM 
NDT 1, 1972).................................................................................................................31 
Tabela 2.4 – Escolha da freqüência natural do transdutor, de acordo com as 
dimensões da peça a ser ensaiada (RILEM NDT 1, 1972)...........................................35 
Tabela 2.5 – Fatores de correção dos valores de V – Eixo da barra paralelo ao 
percurso da onda ultra-sônica (RILEM NDT 1, 1972)...................................................38 
Tabela 2.6 – Fatores de correção dos valores de V – Eixo da barra perpendicular ao 
percurso da onda ultra-sônica (RILEM NDT 1, 1972)...................................................39 
Tabela 2.7 – Comparação entre os procedimentos adotados por diversas normas para 
o ensaio de velocidade de propagação de ondas ultra-sônicas....................................42 
Tabela 2.8 – Valores de correção do IE – Casos em que o aparelho não é utilizado na 
posição horizontal (DIGI-SCHIMIDT MANUAL)............................................................58 
Tabela 2.9 – Comparação entre os procedimentos adotados por diversas normas para 
o ensaio do índice esclerométrico.................................................................................61 
Tabela 2.10 – Valores médios de CV em função da dimensão máxima do agregado 
utilizado (ACI 228.1R, 2003).........................................................................................70 
Tabela 2.11 – Comparação entre os procedimentos adotados por 2 normas para o 
ensaio de penetração de pinos.....................................................................................79 
Tabela 2.12 – Maiores valores dos coeficientes de determinação encontrados nas 
relações fc x V, fc x IE e fc x V x IE.................................................................................88 
Tabela 3.1 – Identificação das amostras de concreto utilizadas na 1ª fase..................92 
 XXII
Tabela 3.2 – Composição por m3 dos concretos fornecidos pela concreteira A...........93 
Tabela 3.3 – Composição por m3 dos concretos fornecidos pela concreteira B (Lote 
1)...................................................................................................................................94 
Tabela 3.4 – Composição por m3 dos concretos fornecidos pela concreteira B (Lote 
2)...................................................................................................................................95 
Tabela 3.5 – Quantidade de CP moldados para cada relação água-cimento...............96 
Tabela 3.6 – Procedimento para obtenção de fcm (1ª fase)...........................................98 
Tabela 3.7 – Procedimento para obtenção do valor da velocidade............................102 
Tabela 3.8 – Procedimento para a obtenção do valor de K........................................103 
Tabela 3.9 – Procedimento para obtenção do valor de IE..........................................106 
Tabela 3.10 – Procedimento para obtenção do valor de Lp........................................110 
Tabela 3.11 – Cálculo do coeficiente de variação dos valores de Le..........................110 
Tabela 3.12 – Resultados de fcj e fcj / fc28 dos concretos ensaiados na 1ª fase...........114 
Tabela 3.13 – Resultados fcj e fcj / fc28 dos concretos ensaiados na 2ª fase................120 
Tabela 3.14 – Resultados de Vj e Vj / V28 dos concretos ensaiados na 1ª fase..........124 
Tabela 3.15 – Resultados de Vj e Vj / V28 dos concretos ensaiados na 2ª fase..........129 
Tabela 3.16 – Resultados de IEj e IEj / IE28 dos concretos ensaiados na 1ª fase.......134 
Tabela 3.17 – Resultados de IEj e IEj / IE28 dos concretos ensaiados na 2ª fase.......139 
Tabela 3.18 – Resultados de Lpj e Lpj / Lp28 dos concretos ensaiados na 1ª fase.....144 
Tabela 3.19 – Resultados de Lpj e Lpj / Lp28 dos concretos ensaiados na 2ª fase.....149 
Tabela 3.20 – Faixa de variação dos resultados de fcj, Vj, IEj e Lpj dos concretos 
ensaiados na 1ª fase...................................................................................................156 
Tabela 3.21 – Faixa de variação dos resultados de fcj / fc28, Vj / V28, IEj / IE28 e Lpj / Lp28 
dos concretos ensaiados na 1ª fase............................................................................156 
Tabela 3.22 – Faixa de variação dos resultadosde fcj, Vj, IEj e Lpj dos concretos 
ensaiados na 2ª fase...................................................................................................160 
Tabela 3.23 – Faixa de variação dos resultados de fcj / fc28, Vj / V28, IEj / IE28 e Lpj / Lp28 
dos concretos ensaiados na 2ª fase............................................................................160 
 XXIII
Tabela 4.1 – Composição volumétrica dos concretos ensaiados na 2ª fase..............164 
Tabela 4.2 – Resultados de r2 e Sres obtidos no estudo de regressão não linear simples 
para a relação V x fc....................................................................................................170 
Tabela 4.3 – Equações propostas por diversos autores para a correlação V x fc.......173 
Tabela 4.4 – Resultados de r2 e Sres obtidos no estudo de regressão não linear simples 
para a relação IE x fc...................................................................................................176 
Tabela 4.5 – Equações propostas por diversos autores para a correlação IE x fc......179 
Tabela 4.6 – Resultados de r2 e Sres obtidos no estudo de regressão não linear simples 
para a relação Lp x fc...................................................................................................182 
Tabela 4.7 – Equações propostas por outros autores para a correlação Lp x fc.........184 
Tabela 4.8 – Expressões propostas e valores de r2 e α para as relações V x fc, IE x fc e 
Lp x fc...........................................................................................................................187 
Tabela 4.9 – Classificação dos valores de r2 (Papadakis e Venaut, 1969).................189 
Tabela 4.10 – Expressões para o cálculo dos valores de fc,sup e fc,inf para as relações 
V x fc, IE x fc e Lp x fc...................................................................................................190 
Tabela 4.11 – Resultados de r2 e de Sres obtidos no estudo de regressão não linear 
simples para a relação V x Ec......................................................................................192 
Tabela 4.12 – Equações propostas por Rodrigues (2003) para a correlação V x 
Ec.................................................................................................................................195 
Tabela 4.13 – Expressões propostas e valores de r2 e α para a relação V x Ec.........198 
Tabela 4.14 – Expressões para o cálculo dos valores de Ec,sup e Ec,inf para a relação 
V x Ec...........................................................................................................................199 
Tabela 4.15 – Resultados obtidos no estudo de regressão não linear múltipla para a 
relação V x IE x fc – Método STEPWISE.....................................................................202 
Tabela 4.16 – Equações propostas por diversos autores para a relação V x IE x 
fc..................................................................................................................................203 
Tabela 4.17 – Resultados obtidos no estudo de regressão não linear múltipla para a 
relação V x Lp x fc – Método STEPWISE....................................................................210 
 XXIV
Tabela 4.18 – Equações propostas por Evangelista (2002) para a relação 
V x Lp x fc....................................................................................................................211 
Tabela 4.19 – Resultados obtidos no estudo de regressão não linear múltipla para a 
relação IE x Lp x fc – Método STEPWISE...................................................................216 
Tabela 4.20 – Equações propostas por Evangelista (2002) para a relação 
IE x Lp x fc...................................................................................................................217 
Tabela 4.21 – Expressões propostas e valores de R2 e de α para as relações 
V x IE x fc, V x Lp x fc e IE x Lp x fc..............................................................................221 
Tabela 4.22 – Comparação entre os valores dos coeficientes de determinação 
(r2 ou R2), Sres, α e de β encontrados nas diversas relações estudadas...................222 
Tabela 4.23 – Resumo da análise dos erros relativos cometidos por uma determinada 
relação na estimativa de fc..........................................................................................224 
Tabela 4.24 – Expressões para o cálculo de fc,sup e fc,inf para as relações V x IE x fc, 
V x Lp x fc e IE x Lp x fc...............................................................................................226 
Tabela 4.25 – Comparação entre os intervalos de predição de 95% das diversas 
relações estudadas.....................................................................................................227 
Tabela III.1 – Comparação entre os erros cometidos na estimativa de fc pelas relações 
V x fc, IE x fc e V x IE x fc (continua)............................................................................249 
Tabela III.1 – Comparação entre os erros cometidos na estimativa de fc pelas relações 
V x fc, IE x fc e V x IE x fc (continua)............................................................................250 
Tabela III.1 – Comparação entre os erros cometidos na estimativa de fc pelas relações 
V x fc, IE x fc e V x IE x fc (continuação).......................................................................251 
Tabela III.2 – Comparação entre os erros cometidos na estimativa de fc pelas relações 
V x fc, Lp x fc e V x Lp x fc (continua)...........................................................................252 
Tabela III.2 – Comparação entre os erros cometidos na estimativa de fc pelas relações 
V x fc, Lp x fc e V x Lp x fc (continua)...........................................................................253 
Tabela III.2 – Comparação entre os erros cometidos na estimativa de fc pelas relações 
V x fc, Lp x fc e V x Lp x fc (continuação).....................................................................254 
 XXV
Tabela III.3 – Comparação entre os erros cometidos na estimativa de fc pelas relações 
IE x fc, Lp x fc e IE x Lp x fc (continua).........................................................................255 
Tabela III.3 – Comparação entre os erros cometidos na estimativa de fc pelas relações 
IE x fc, Lp x fc e IE x Lp x fc (continua).........................................................................256 
Tabela III.3 – Comparação entre os erros cometidos na estimativa de fc pelas relações 
IE x fc, Lp x fc e IE x Lp x fc (continuação)...................................................................257 
Tabela III.4 – Erros cometidos na estimativa de Ec pela relação V x Ec (continua)....258 
Tabela III.4 – Erros cometidos na estimativa de Ec pela relação V x Ec (continua)....259 
Tabela III.4 – Erros cometidos na estimativa de Ec pela relação V x Ec 
(continuação)...............................................................................................................260 
Tabela V.1 – Comparação entre os valores de r2 e de α, obtidos pelas relações V x fc, 
IE x fc e Lp x fc para os concretos ensaiados na 2ª fase............................................264 
 
 XXVI
LISTA DE SÍMBOLOS 
 
Letras Romanas 
a → Constante. 
a/c → Relação água-cimento. 
b → Constante. 
c → Constante. 
CP → Corpo(s)-de-prova. 
Ct → Fator de correção – Método SONREB. 
CV → Coeficiente de variação. 
CVm → Coeficiente de variação médio. 
d → Diâmetro da barra de aço. 
d' → Diâmetro da barra cilíndrica de referência - Ensaio do IE. 
D → Diferença entre o valor de M e o valor de Le de cada pino metálico. 
Dmáx → Dimensão máxima do agregado graúdo. 
Ec → Módulo de elasticidade estático. 
Ec,inf → Limite inferior do intervalo de predição de 95%. 
Ec,sup → Limite superiordo intervalo de predição de 95%. 
Ed → Módulo de elasticidade dinâmico. 
f → Freqüência de vibração. 
fc → Resistência à compressão do concreto. 
fc,cil → Resistência à compressão obtida por meio de ensaios realizados em corpos-de-
prova cilíndricos. 
fc,cubo → Resistência à compressão obtida por meio de ensaios realizados em corpos-
de-prova cúbicos. 
fc,inf → Limite inferior do intervalo de predição de 95%. 
 XXVII
fcm → Resistência à compressão média do concreto. 
fc,sup → Limite superior do intervalo de predição de 95%. 
IE → Índice esclerométrico. 
IEef. → Índice esclerométrico efetivo. 
IEi → Índice esclerométrico obtido de cada impacto na bigorna de aço. 
IEnom → Índice esclerométrico nominal. 
K → Coeficiente de correção – Ensaio do IE. 
ℓ → Comprimento dos corpos-de-prova. 
ℓ’ → Comprimento da barra cilíndrica de referência – Ensaio do IE. 
L → Distância entre os transdutores. 
Le → Comprimento exposto do pino metálico. 
Lem → Média aritmética entre os 3 valores de Le restantes. 
Ln → Leituras efetuadas na bigorna de aço ou no CP – Ensaio do IE. 
Lp → Comprimento de penetração do pino metálico. 
M → Média aritmética entre os 4 valores de Le. 
n → Número de impactos na bigorna de aço – Ensaio do IE. 
N → Número de valores válidos – Ensaio do IE. 
Nnd → Número de ensaios não destrutivos. 
NR → Número de ensaios de resistência à compressão. 
r → Coeficiente de correlação. 
r2 → Coeficiente de determinação – Regressão não linear simples. 
R2 → Coeficiente de determinação – Regressão não linear múltipla. 
Sres → Desvio padrão residual. 
t → Tempo de propagação da onda ultra-sônica entre os transdutores. 
ta → Tempo de trânsito da onda ultra-sônica através dos agregados. 
tc → Tempo de trânsito da onda ultra-sônica através do concreto. 
 XXVIII
tp → Tempo de trânsito da onda ultra-sônica através da pasta de cimento. 
V → Velocidade de propagação de ondas ultra-sônicas. 
Vc → Velocidade de propagação de ondas ultra-sônicas no concreto. 
Ve → Velocidade de propagação efetiva de ondas ultra-sônicas no concreto armado. 
X → Diferença, em porcentagem, entre o erro relativo encontrado num método 
combinado e os encontrados nos respectivos métodos isolados. 
Y → Número ou percentagem de casos em que uma determinada relação apresentou 
a menor diferença entre os valores estimados e observados de fc. 
 
Letras Gregas 
α → Parâmetro estatístico (Ver item 4.3.4). 
 
β → Diferença, em porcentagem, entre o valor de α encontrado num método 
 
combinado e os encontrados nos respectivos métodos isolados. 
 
δnd → Coeficiente de variação dos ensaios não destrutivos. 
δR → Coeficiente de variação dos ensaios de resistência à compressão. 
γ → Diferença entre o maior e o menor valor de cada grandeza medida ou relação 
obtida, levando-se em conta todos os concretos que compuseram um determinado 
grupo. 
γm → Média aritmética das diferenças entre os valores obtidos nas idades de 90 
(ou 28) e 3 dias, de cada um dos concretos que compuseram um determinado grupo. 
λ → Comprimento da onda. 
µ → Coeficiente de Poisson dinâmico. 
ρ → Massa específica. 
 
 XXIX
CAPÍTULO 1 
 
INTRODUÇÃO 
 
O dimensionamento de estruturas de concreto armado está diretamente 
relacionado com a resistência do concreto à compressão. Esta propriedade mecânica 
de fundamental importância no cálculo estrutural é definida como sendo a resistência à 
compressão adquirida pelo material em condições controladas de temperatura e 
umidade, numa determinada idade. 
 A comprovação de que o concreto utilizado na execução da estrutura atende 
as exigências estabelecidas no projeto é feita a partir de ensaios de resistência à 
compressão geralmente aos 28 dias em corpos-de-prova cilíndricos ou cúbicos, sendo 
estes moldados, curados e rompidos de acordo com as normas técnicas vigentes em 
cada país. Embora confiáveis e mundialmente aceitos, esses ensaios apresentam a 
desvantagem dos corpos-de-prova não representarem de maneira fidedigna o 
concreto existente na estrutura, devido às diferentes condições de lançamento, 
compactação e cura. 
 A necessidade de se avaliar a resistência do material in situ em idades 
inferiores à de 28 dias, por motivos inerentes às etapas construtivas, ou em idades 
muito superiores à da execução da obra, para avaliar a necessidade de se efetuar 
reparos e/ou reforços, aliada à falta de uma correspondência mais realista entre o 
material ensaiado (em corpos-de-prova padrão) e o material da estrutura, têm 
incentivado o desenvolvimento e o aperfeiçoamento de ensaios destrutivos e não 
destrutivos para avaliação da resistência à compressão do concreto. 
 
 1
INTRODUÇÃO 
 
 Um ensaio destrutivo bastante difundido é a extração de testemunhos, que 
consiste na retirada de amostras de concreto in situ e seu posterior rompimento em 
ensaios de compressão. Tal ensaio apresenta as desvantagens de ser oneroso e da 
restrição dos locais de retirada das amostras, para que não se comprometa a 
estabilidade da estrutura existente. Devido a isso, o número de amostras coletadas é 
relativamente pequeno, não permitindo um completo mapeamento dos níveis de 
resistência do concreto da estrutura. 
 A utilização de ensaios não destrutivos surge, então, como uma opção 
alternativa, uma vez que a peça estrutural a ser avaliada não sofre dano algum ou 
pequenos danos facilmente reparáveis, que não comprometem o seu desempenho, o 
que permite uma maior quantidade de ensaios. 
 Esses ensaios, entretanto, devem ser realizados seguindo procedimentos 
adequados e seus resultados analisados com cuidado, uma vez que eles são afetados 
por diversos fatores, sendo alguns deles relacionados com a própria resistência à 
compressão do concreto, enquanto outros são inerentes ao próprio ensaio. Existe o 
consenso de que a obtenção de resultados mais confiáveis está relacionada com a 
utilização de curvas de correlação adequadas, desenvolvidas para o tipo de concreto 
em questão. Sendo assim, a obtenção de curvas de correlação que melhor se ajustem 
aos concretos utilizados atualmente na cidade do Rio de Janeiro constituiu-se no 
principal objetivo deste trabalho. 
Neste trabalho são abordados os seguintes ensaios não destrutivos: 
• Método da velocidade de propagação de ondas ultra-sônicas, que relaciona a 
velocidade de propagação de ondas ultra-sônicas com a resistência à 
compressão ou com o módulo de elasticidade estático do concreto. 
• Método do esclerômetro de reflexão, que relaciona a dureza superficial do 
concreto com a sua resistência à compressão. 
 2
INTRODUÇÃO 
 
• Método de penetração de pinos, que relaciona o valor de penetração de um 
pino metálico com a resistência à compressão do concreto. 
 
 O relato do trabalho desenvolvido está organizado em 5 capítulos. No Capítulo 
2, é feita uma abordagem sobre os ensaios não destrutivos empregados nesta 
pesquisa, enfocando, entre outros aspectos, os fatores que influenciam as relações 
entre as grandezas obtidas nos ensaios não destrutivos e a resistência à compressão 
do concreto e as recomendações de diversas normas para a obtenção dessas 
relações. 
 O programa experimental, dividido em duas fases, é apresentado no Capítulo 
3. Na 1ª fase foram ensaiados concretos fornecidos por 5 concreteiras atuantes nas 
cidades do Rio de Janeiro e Niterói, nas idades de 3, 7, 14, 28 e 90 dias. Na 2ª fase, 
objetivando-se englobar concretos com resistências mais variadas e os dois tipos de 
agregados graúdos típicos do Rio de Janeiro, foram ensaiados corpos-de-prova 
moldados nos laboratórios de dois grupos de concreteiras, nas idades de 3, 7, 14 e 28 
dias. 
 No Capítulo 4 são apresentadas as análises dos resultados obtidos e as curvas 
de correlação propostas, juntamente com os seus respectivos intervalos de confiança 
e de predição. 
 As conclusões gerais da pesquisa e as sugestões para o seu prosseguimento 
estão no Capítulo 5. 
 No Apêndice I encontra-sea descrição do procedimento a ser adotado na 
determinação da velocidade de propagação de ondas ultra-sônicas, utilizando-se a 
transmissão indireta. 
No Apêndice II, visando facilitar o entendimento do trabalho, constam as 
definições e os procedimentos estatísticos empregados neste trabalho. 
Nas tabelas III.1 a III.3 do Apêndice III, são feitas comparações entre os 
valores de fc estimados por cada uma das expressões propostas e os valores de fc 
 3
INTRODUÇÃO 
 
obtidos por meio dos ensaios de resistência à compressão em corpos-de-prova 
cilíndricos, enquanto que na tabela III.4 são feitas comparações entre os valores dos 
módulos de elasticidade estático (Ec) estimados pela expressão proposta e os valores 
de Ec obtidos experimentalmente por Nunes (2005). 
O termo “método isolado” foi adotado neste trabalho para designar a correlação 
entre os resultados obtidos de um único ensaio não destrutivo e a resistência à 
compressão ou o módulo de elasticidade estático do concreto. 
No Apêndice IV encontram-se os gráficos, empregando-se o modelo de curva 
linear, de cada um dos métodos isolados utilizados. A decisão de incluí-los neste 
trabalho deve-se ao fato de que os valores dos parâmetros estatísticos (r2 e a) 
encontrados nos modelos lineares não apresentaram uma diferença significativa em 
relação aos encontrados nos modelos não lineares que melhor se ajustaram aos 
dados experimentais obtidos. 
Um breve estudo, buscando avaliar qual dos 3 métodos isolados utilizados na 
estimativa da resistência à compressão do concreto foi o mais influenciado pelas 
alterações na composição dos concretos ensaiados na 2ª fase, é apresentado no 
Apêndice V. 
 
 4
CAPÍTULO 2 
 
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
2.1 – INTRODUÇÃO 
Ensaios não destrutivos e semi-destrutivos são aqueles que podem ser usados 
para avaliar o elemento estrutural in situ, e se houver danos ao elemento durante a 
execução dos ensaios, estes danos não deverão prejudicar a sua aparência e nem o 
seu desempenho. 
 Os ensaios não destrutivos podem ser classificados em duas categorias: 
→ Aqueles que fazem a medição de alguma propriedade do concreto, a partir 
da qual pode-se estimar a resistência, durabilidade e propriedades elásticas do 
material. 
→ Aqueles que tentam determinar posições, tamanho e condições das 
armaduras, áreas de mau adensamento, vazios, fissuras e teor de umidade do 
concreto na estrutura. 
 
Os ensaios não destrutivos oferecem vantagens significativas no que diz 
respeito à velocidade de execução, custo e ausência de danos à estrutura em relação 
aos ensaios que requerem a remoção de amostras para um posterior exame. Eles 
permitem a realização de uma maior quantidade de ensaios, possibilitando, assim, 
uma investigação mais abrangente da estrutura em estudo. Outra vantagem que 
merece destaque é a imediata disponibilidade de resultados que eles propiciam. 
Os ensaios não destrutivos podem ser aplicados tanto em estruturas novas 
quanto em estruturas existentes há algum tempo. Nas estruturas novas, eles podem 
ser empregados no monitoramento da evolução da resistência e para dirimir dúvidas 
5 
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
sobre os processos executivos ou a qualidade dos materiais empregados durante a 
construção. No caso de estruturas mais antigas, eles são empregados na avaliação de 
sua integridade ou da capacidade de resisitir à novas solicitações (BS 1881:Part 201, 
1986). 
Segundo essa norma, os ensaios não destrutivos devem ser utilizados, dentre 
outras, nas seguintes circunstâncias: 
→ Monitoramento da evolução da resistência, visando determinar o tempo 
ideal para a remoção de fôrmas, duração do período de cura e aplicação de 
protensão ou cargas. 
→ Localização e determinação da extensão de fissuras, vazios e falhas de 
concretagem. 
→ Determinação da posição, quantidade ou condições das armaduras. 
→ Verificar a deterioração no concreto devido a sobrecarga, fadiga, ataques de 
agentes químicos ou fogo e agressões do meio ambiente. 
→ Avaliação do potencial de durabilidade do concreto. 
→ Avaliar a possibilidade de se alterar o tipo de utilização de uma estrutura. 
 
2.2 – AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DO CONCRETO 
POR MEIO DE ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS 
A determinação do valor da resistência à compressão do concreto (fc) implica 
no carregamento de corpos-de-prova até a sua ruptura, não devendo-se esperar que 
este valor seja medido, e sim avaliado de maneira aproximada por meio dos ensaios 
não destrutivos. 
A estimativa do valor de fc utilizando ensaios não destrutivos é feita 
empregando curvas de correlação entre as grandezas obtidas nestes ensaios e a 
resistência à compressão do concreto. A obtenção de resultados confiáveis está 
6 
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
relacionada com a utilização de curvas de correlação adequadas, desenvolvidas para 
o tipo de concreto em questão. 
Segundo Malhotra (1984), sempre que houver mudanças dos materiais 
envolvidos na confecção do concreto, uma nova curva de correlação deverá ser 
estabelecida. Erros consideráveis poderão ser cometidos na avaliação de fc caso 
sejam utilizadas indiscriminadamente curvas de correlação fornecidas pelos 
fabricantes dos aparelhos utilizados nesses ensaios, uma vez que elas foram 
estabelecidas para condições de ensaio e materiais específicos. 
De acordo com o ACI 228.1R (2003), a utilização de ensaios não destrutivos no 
campo deve ser precedida pelo estabelecimento de curvas de correlação, obtidas de 
ensaios realizados no laboratório em corpos-de-prova (cilíndricos ou cúbicos) de 
concretos feitos com os mesmos materiais utilizados na estrutura a ser avaliada. 
Nestes corpos-de-prova, são realizadas medições de uma determinada grandeza, por 
meio de um ensaio não destrutivo e, logo a seguir, eles são submetidos a ensaios de 
resistência à compressão. Por fim, os pares de resultados obtidos são submetidos a 
análises para obtenção de expressões que melhor caracterizem a correlação 
desejada. 
 Alguns ensaios não destrutivos podem ser realizados sem comprometer a 
integridade dos corpos-de-prova que, em seguida, são submetidos ao ensaio de 
resistência à compressão. Em alguns casos, entretanto, os ensaios não destrutivos 
são feitos em corpos-de-prova diferentes daqueles que são usados no ensaio de 
resistência à compressão. Nestes casos, é imprescindível que ambos os ensaios 
sejam realizados em amostras com as mesmas condições de maturidade e 
compactação, sendo isto obtido através da utilização de condições de cura que 
garantam históricos de temperatura interna similares em todas as amostras. 
Ainda segundo o ACI 228.1R (2003), não é fácil determinar o número ótimo de 
pontos (níveis de resistência) necessário para a obtenção das curvas de correlação, 
mas é recomendado que no mínimo 6 níveis de resistência, adequadamente 
7 
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
espaçados, sejam utilizados. Isto pode ser alcançado por meio de ensaios realizados 
em concretos com a mesma composição, porém em diferentes idades. 
Para que os valores obtidos de ensaios não destrutivos e dos ensaios de 
resistência à compressão apresentem o mesmo grau de confiança, o ACI 228.1R 
(2003) recomenda a utilização da relação 2.1: 
 
2
⎟⎟
⎠
⎞
⎜⎜
⎝
⎛
=
R
nd
R
nd
N
N
δ
δ (2.1) 
 
onde: 
Nnd → número de ensaios não destrutivos. 
NR → número de ensaios de resistência à compressão. 
δnd → coeficiente de variação dos ensaios não destrutivos. 
δR → coeficiente de variação dos ensaios de resistência à compressão. 
 
De acordo com Malhotra (1984), os ensaios não destrutivos não devem ser 
encarados como substitutos dos ensaios de resistência à compressão padronizados, 
mas somente como uma técnica adicional. 
Segundo Neville (1997), o maior obstáculo para a obtenção de curvas de 
correlação adequadas consiste no fato de que os fatoresque influenciam a resistência 
à compressão nem sempre afetam nas mesmas proporções ou da mesma forma as 
grandezas obtidas dos ensaios não destrutivos. 
Os principais fatores que influenciam a resistência à compressão do concreto 
são os seguintes (Sturrup et al, 1984): 
 
1) Propriedades dos componentes individuais 
 ⇒ Tipo de cimento 
 ⇒ Agregados (forma, tipo e dimensão máxima) 
8 
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 ⇒ Aditivos (aceleradores, retardadores, incorporadores de ar) 
 
2) Proporções dos componentes 
 ⇒ Teor de cimento (relação água-cimento) 
 ⇒ Relação agregado-cimento 
 
3) Histórico de cura 
 ⇒ Temperatura 
 ⇒ Umidade 
 
4) Tipo de cura 
 ⇒ Úmida 
 ⇒ Seca 
 
5) Deterioração 
 ⇒ Congelamento e descongelamento 
 ⇒ Altas temperaturas (fogo) 
 
De acordo com Mehta e Monteiro (1994), em materiais heterogêneos, 
multifásicos como o concreto, a fração volumétrica, a massa específica e o módulo de 
elasticidade dos principais constituintes e as características da zona de transição 
determinam o comportamento elástico do material. Os principais fatores que 
influenciam o módulo de elasticidade do concreto são os seguintes: 
 
1) Características e proporções dos materiais 
 ⇒ Relação água-cimento 
 ⇒ Consumo de cimento 
9 
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 ⇒ Aditivos químicos 
 ⇒ Aditivos minerais 
 ⇒ Dimensão do agregado 
 ⇒ Fração volumétrica do agregado 
 ⇒ Porosidade e módulo de elasticidade do agregado 
 ⇒ Natureza do agregado 
 
2) Condições de Cura 
 
3) Parâmetros de ensaio 
 ⇒ Umidade do corpo-de-prova 
 ⇒ Velocidade de carregamento 
 ⇒ Tensão 
 
 A maneira como cada um desses fatores influencia a resistência à compressão 
e o módulo de elasticidade do concreto, é abordada, entre outros, por Mehta e 
Monteiro (1994) e Neville (1997). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
2.3 – MÉTODO DA VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO DE ONDAS ULTRA-
SÔNICAS 
O desenvolvimento do método da velocidade de propagação de ondas ultra-
sônicas começou no Canadá e na Inglaterra, quase ao mesmo tempo, através de 
aparelhos denominados “soniscope” e “ultrasonic tester”, respectivamente. 
A partir dos anos 60, com o surgimento de um equipamento portátil, equipado 
com bateria, esse método deixou de ser usado somente em laboratórios, chegando às 
construções. 
 
2.3.1 – DESCRIÇÃO DO MÉTODO 
A velocidade de propagação de ondas ultra-sônicas (V), percorrendo um 
material sólido, depende da massa específica e das propriedades elásticas desse 
material, conforme pode ser visto na expressão 2.2 (Pundit Manual, 1994): 
ρ
dEKV ×= (2.2) 
onde: 
 
( )
( )( )µµ
µ
211
1
−+
−
=K 
 
V → Velocidade de propagação de ondas ultra-sônicas, em km/s. 
Ed → Módulo de elasticidade dinâmico, em MPa. 
ρ → Massa específica, em kg/m3. 
µ → Coeficiente de Poisson dinâmico. 
 
Esse método é baseado no princípio de que o valor de V depende somente das 
propriedades do material; sendo assim, a medição desta velocidade permite uma 
avaliação das condições do material testado (Pundit Manual, 1994). 
11 
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
O ensaio consiste na medição, através de dispositivos eletrônicos, do tempo (t) 
que o pulso leva para percorrer, através do concreto, a distância (L) entre os 
transdutores emissor e receptor. A velocidade de propagação de ondas ultra-sônicas, 
no caso da transmissão direta ou semi-direta, é obtida pela expressão 2.3 
(NM 58, 1996): 
 610×=
t
LV (2.3) 
onde: 
V → Velocidade de propagação de ondas ultra-sônicas, em m/s. 
L → Distância entre os transdutores, em m. 
t → Tempo de propagação da onda entre os transdutores, em µs. 
 
As medições nos elementos ou peças em estudo podem ser realizadas 
colocando-se os transdutores em três posições distintas: 
a) faces opostas (transmissão direta) 
b) faces adjacentes (transmissão semi-direta) 
c) mesma face (transmissão indireta ou superficial) 
 
A figura 2.1 mostra os 3 tipos de transmissão possíveis para o ensaio de 
velocidade de propagação de ondas ultra-sônicas. 
 Segundo Naik e Malhotra (1991), a transmissão direta é a mais adequada, uma 
vez que a energia máxima do pulso é totalmente transmitida e recebida. 
 Na transmissão semi-direta, deve-se ter o cuidado de não deixar os 
transdutores muito afastados entre si, pois o pulso transmitido pode ser atenuado e 
não ser recebido. Este tipo de transmissão é vantajoso quando se deseja evitar região 
de concentração de armaduras. 
 A transmissão indireta ou superficial é a menos recomendada, uma vez que o 
valor de V é influenciado apenas pelo concreto próximo à superfície. Este concreto 
12 
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
superficial pode ter composição diferente da encontrada nas camadas mais profundas, 
fazendo com que os resultados obtidos não representem o concreto como um todo. 
Esse tipo de transmissão deve ser utilizado quando se tem acesso a somente uma das 
faces do elemento estrutural em estudo (pavimentos de concreto ou tabuleiros de 
pontes), requerendo um procedimento especial na determinação da velocidade de 
propagação da onda ultra-sônica, conforme descrito no Apêndice I. 
 Yaman et al (2001) compararam as velocidades de propagação de ondas ultra-
sônicas em lajes, utilizando a transmissão direta e a indireta. Eles constataram que os 
valores de V obtidos pela transmissão indireta são estatisticamente similares aos 
valores obtidos pela transmissão direta, desde que as lajes apresentem propriedades 
uniformes, incluindo a umidade ao longo da superfície e da espessura. 
 
 
Figura 2.1 – Formas de transmissão das ondas ultra-sônicas 
(Naik e Malhotra, 1991). 
 
 
 
 
 
13 
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
2.3.2 – VANTAGENS E LIMITAÇÕES 
 A facilidade de manuseio e o custo relativamente baixo do equipamento, 
associados à rapidez com que medições de velocidade são feitas, podem ser citadas 
como algumas das vantagens desse método. Outra vantagem que merece destaque é 
o fato desse ensaio ser totalmente não destrutivo, permitindo que ele possa ser 
repetido no mesmo local em diferentes idades. Além disso, este método permite a 
avaliação do concreto de um elemento estrutural ao longo de toda a sua espessura, 
desde que seja utilizada a transmissão direta. (Tomsett, 1980, Swamy e Al-Hamed, 
1984, Phoon et al, 1999). 
 Segundo Naik e Malhotra (1991), o perfeito contato entre os transdutores e o 
concreto do elemento em estudo constitui um ponto crítico desse método. Caso este 
perfeito contato não seja alcançado, cria-se um bolsão de ar entre o transdutor e o 
elemento, que acarreta um erro na determinação do tempo de percurso da onda. Este 
erro ocorre devido ao fato de que somente uma parcela insignificante do pulso pode 
ser transmitida pelo ar. Para assegurar o perfeito contato, recomenda-se a utilização 
de produtos, tais como graxa e sabão líquido, que devem ser aplicados em finas 
camadas. 
 De acordo com a BS 1881:Part 201 (1986), os valores da velocidade de pulso, 
para a grande maioria das misturas de concreto comercialmente utilizadas, situam-se 
em uma faixa restrita, tornando-se necessário uma medição rigorosa (acurária de 
± 1 %), tanto do comprimento do percurso quanto do tempo gasto pela onda. Além 
disso, as medições dos valores de V podem ser influenciadas por diversos fatores, tais 
como: textura da superfície, teor de umidade, temperatura, tamanho das amostras, 
presença de armaduras e pelo nível de tensão. Ainda segundo essa norma, as 
correlações entre o valor de V e a resistência à compressão são difíceis de serem 
obtidas, pois elas são influenciadas consideravelmente pelas propriedades e 
proporções dos materiais constituintes e pela maturidade do concreto. 
14 
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 Segundo Sturrup et al (1984), a correlação entre o valor de V e a resistência

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