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AUTOMAÇÃO NO PROCESSO DE EMBALAGEM Luiz Fernando Barbosa1 RESUMO A Práxis foi concebida em 2013 para a produção de embalagens plásticas sopradas direcionadas inicialmente ao consumo da Usiquimica e posteriormente ao mercado de consumo. Está localizada em Guarulhos (SP) em um prédio com 1.000 m2 totalmente estruturado e distribuído em área fabril, de estocagem de matéria-prima e embalagens, expedição, controle de qualidade, manutenção e escritório. Com objetivo de aumentar a sua produtividade o grupo iniciou pesquisas necessárias para a execução do projeto integrador do módulo automação da produção, que tem por objetivo principal, aumentar a produtividade e criar um padrão de qualidade na selagem dos sacos plásticos por meio da automação nos processos de selagem e embalagem dos produtos produzidos pela empresa elevando a performance de seus indicadores. Palavras-chave: automação, qualidade, produtividade, indicadores 1 4Professor Mestre nos cursos de Engenharia, Gestão e Negócios, Centro Universitário ENIAC. e-mail: andre.lucena@eniac.edu.br mailto:andre.lucena@eniac.edu.br 1 INTRODUÇÃO Para que a Práxis Embalagens, obtenha uma melhor produtividade mediante o seu processo atual, deve-se me medir o tempo gasto em seu atual processo de embalagem que hoje é feito de forma manual e estudar a viabilidade da implementação de uma máquina embaladora o que automatizara o processo possibilitando um maior índice de produtividade. 1.1 INTRODUÇÃO A AUTOMAÇÃO Conforme ROSARIO 2009 podemos dizer que existem basicamente três tipos de automação: • A automação rígida ou fixa e utilizada quando a produção e intensa. Neste molde a linha de produção e composta por máquinas de Comando Numérico (CN), denominadas de estacoes de trabalho. Nas estacoes e realizado um conjunto de operações. Quando estas são finalizadas, as peças passam para a próxima estação até que o produto esteja pronto. Desse modo, a produção possui uma linha fixa voltada para a concepção de apenas um tipo de produto. • A automação flexível e utilizada para volumes de produção moderados, proveniente da interação otimizada da área da engenharia mecânica com tecnologias de eletrônica embarcada e sistema de informação. Nesta, a automação, aliada a flexibilidade, possibilita que se fabriquem diversos produtos ao mesmo tempo, com utilização do mesmo sistema. • A automação programável e parecida com a flexível, em certo nível, porem e aplicada para um volume de produção baixo e diversificado. Nessa forma de automação, os equipamentos devem ser reprogramados a cada novo lote. Observe que para cada tipo de empresa existe um tipo de automação e ainda pode existir a possibilidade de se aplicar apenas a automatização do processo, ou seja, em alguns casos e mais viável criar um dispositivo automático que realizara a tarefa desejada sem que a automação seja necessária, tudo a depender do contexto. De acordo com (Rosário 2009), a integração da automação industrial nasceu, na prática, com Henry Ford em meados de 1920, quando este criou a linha de montagem do modelo T com o intuito de aumentar a produtividade, reduzir custos de produção e garantir a segurança dos funcionários da fábrica. Silva & Plonski (1999) apontam a gestão da tecnologia como importante diferencial de competitividade entre as empresas. Diante disso, podemos perceber a importância da automação na indústria. A mudança no setor de embalagens, além de gerar um ganho considerável para a produção, pode agregar certo valor devido à qualidade externado produto final. Young (2002) apud Pelegrini (2005) relata que o consumidor percebe de uma maneira especial o valor proporcionado pela embalagem de um produto. 1.2 CONCEITOS DE INDICADORES Conforme Tadachi e Flores (1997, p.19) “indicadores são formas de representação quantificáveis das características de produtos e processos”. São utilizados pelas organizações para controlar e melhorar a qualidade e o desempenho dos seus produtos e processos ao longo do tempo. O uso de indicadores está relacionado diretamente à necessidade de gestão de desempenho, pois as características do produto e/ou dos processos encontram-se desdobradas a partir das características da qualidade, que são julgadas diretamente pelo cliente. Conforme FNPQ-2001, “os indicadores de desempenho são os dados numéricos relativos às atividades da organização que estão submetidas às metas”, e devem ser classificados em três níveis: Estratégico: os indicadores são usados para avaliar os efeitos da estratégia, Gerencial: os indicadores servem para avaliar a contribuição dos setores à estratégia e avaliar se os setores buscam a melhoria contínua de seus processos. Operacional: Os indicadores sevem para avaliar se os processos individuais estão sujeitos a melhoria contínua e a busca da excelência. 1.3 USO DE INDICADORES O uso de indicadores está relacionado à necessidade de se tomar decisões sobre fatos, garantindo-se um processo de gestão sobre as variáveis internas e externas da organização. Os indicadores são essenciais no gerenciamento dos processos, pois, “o que não se mede não se gerencia” (FALCONI, 1992), ou seja, o indivíduo ou os grupos somente poderão tomar decisões sobre alguma variável se a mesma puder ser medida e comparada com algum referencial, possibilitando, assim, a identificação dos desvios, e a necessidade de interferência no processo, interferência esta conhecia por ação corretiva. Dada a necessidade de se adequarem às exigências dos clientes, as empresas buscam, mais a cada dia, obter a certificação em sistemas de gestão da qualidade. Estes sistemas, por sua vez, enfatizam, entre os seus requisitos, a necessidade de que as organizações implementem programas de melhoria contínua, devidamente evidenciados 13 em documentação certificável, e que, por sua vez, registrem a localização de pontos críticos, as ações corretivas, eficiência e a eficácia das respectivas ações. Relacionam-se abaixo alguns fatores que, conforme Tadachi e Flores (1997, p.2), influenciam na necessidade de novos modelos de gestão, exigindo o aumento do fluxo de informações, a descentralização das decisões, o atendimento das expectativas dos clientes e a melhoria do processo produtivo: • O atual ambiente de gestão; • A crescente descentralização dos processos decisórios; • O decrescente número de níveis hierárquicos; • A crescente participação dos trabalhadores nas decisões e nos ganhos da empresa; • A horizontalização dos fluxos de informação; • A crescente intensidade de informações; • A preocupação no atendimento das especificações dos clientes; • A maior rapidez no desenvolvimento de novos produtos; • A busca da melhoria contínua; • A crescente flexibilidade exigida dos processos; e • Os baixos níveis de estoque. 3. OBJETIVOS GERAIS Aumentar performance da produtividade tornando o processo atual de embalagem e expedição que é feito de forma manual, por um processo automatizado. 3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ● Mapa de processos ● Levantar dados necessários para o projeto; ● Definir ações e planos de melhoria; ● Análise de viabilidade; 4. METODOLOGIA Por tratar-se de estudo real de uma linha de produção, foi necessário o levantamento de dados históricos, para que a situação problema possa ser mensurada. Para um melhor entendimento do processo em questão, foi elaborado um mapa de processo; (Figura 1 – mapa de processos) Fonte: autor, 2020 [1]. A definição dos planos de melhoria que irão servir como base para as tomadas de decisão referentes à, alterações nos fluxos e processos, "Segundo Cavalcanti (2012), o fluxograma descreve as etapas que compõem uma determinada atividade da empresa". Para concluir as análises, foi utilizado o, diagrama de Ishikawa, também conhecido como causa e efeito ou espinha de peixe, "Segundo Barros; Bonafini (2014), Ishikawa é utilizado para identificar a relação entre as causas e efeitos de um processo, buscando-se as circunstâncias e analisando aquilo que se convencionouchamar de 6M's". Os 6M's são os desmembramentos do diagrama de Ishikawa e seus significados são os seguintes: ● Materiais; ● Mão de Obra; ● Método; ● Máquina; ● Medição; ● Meio ambiente; Através dele torna-se possível, atacar diretamente as causas, que diminuem a produtividade como informado na figura 2 abaixo: (Figura 2 – diagrama de causa e efeito do processo de produção) Fonte: autor, 2020 [2]. A aplicação destes métodos, demonstrou que a implementação de uma Seladora e uma Paletizadora automática seria a ação ideal para solução dos problemas identificados no processo, proporcionando um fluxo produtivo contínuo, que possibilitará o desejado aumento de produtividade. 4. DESENVOLVIMENTO Após definição das metodologias a serem utilizadas na identificação do ponto crítico, foi possível realizar a análise das mesmas. O levantamento dos dados quinzenais neste caso, 1° Quinzena de janeiro de 2020 em específico permitiu uma demonstração gráfica, que apresenta os valores produzidos, a figura 1 ilustra os valores coletados. (Figura 3 - Produção referente a 1° quinzena do mês de janeiro de 2020) Fonte: autor, 2020 [3]. 5. RESULTADOS Após a realização das análises citadas anteriormente, tornou-se evidente que, o maior índice que impacta na produtividade, está relacionado ao processo de embalagem dos frascos e das bombonas. O selamento das embalagens é feito por uma seladora elétrica / manual, e a pessoa que sela os produtos é também o mesmo que opera a máquina, tendo que pausar a produção da máquina sempre que tem que realizar o processo de embalagem do produto para a sua expedição, impactando no processo produtivo e em sua eficiência fabril. Diante do cenário atual, chegou-se à conclusão de que, a implementação de uma seladora e uma paletizadora automática, eliminará este gargalo, e influenciará no aumento de sua produtividade, a tabela 1 ilustra o que, como, por quem, onde, porque, quando será feito e quanto vai custar a execução deste projeto (Tabela 1 – 5W2H) Fonte: autor, 2020 [1]. (Figura ilustrativa) ENVOLVEDORA PALETIZADORA : http://juantec.com.br/paletizadoras/siat/ ADORA AUTOMATICA CONTÍNUA https://www.registron.com.br/seladora-automatica Observação: Levando em consideração que a empresa tem um faturamento bruto de aproximadamente R$ 900.000,00 novecentos mil reais conforme no demonstrativo do resultado de exercício já com todos os abatimentos, ainda nos resta um lucro líquido de R$ 44.000,00 quarenta e quatro mil reais, o que teoricamente dá para realizar o investimento na seladora e também na paletizadora automática pois o valor estimado para o investimento é de R$ 42.500, 00 e ainda restará um pequeno saldo de R$ 1.500, 00 (Tabela 2 – Demonstrativo de Resultado do Exercício dezembro 2019) http://juantec.com.br/paletizadoras/siat/ https://www.registron.com.br/seladora-automatica Fonte: autor, 2020 [2]. 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS O desenvolvimento do projeto trouxe ao grupo um maior conhecimento no que diz respeito a produtividade e automação da produção, pudemos entender melhor a importância da automação nos processos produtivos e pudemos assimilar o porque as empresas buscam automatizar seus processos com o objetivo de obter maior rendimento e produtividade, tendo em vista uma boa eficiência de seus equipamentos e processos em geral. O Aprendizado obtido na elaboração deste artigo, foi superior as expectativas do grupo, pois cada integrante do grupo teve sua importância para que o mesmo ocorresse de tal forma que cada um teve sua responsabilidade para elaboração das pesquisas, foi possível chegar ao resultado desejado, tanto no campo teórico quanto prático, proporcionando uma agradável sensação de dever cumprido, ao concluí-lo e notar que realmente nossa proposta trata-se de uma necessidade real da empresa, com viabilidade comprovada, o que nos torna otimistas em relação a sua implementação. 7 FONTES CONSULTADAS Barros. E; Bonafini. F; Ferramentas da Qualidade. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014. Lélis, E.C; Gestão da Qualidade 1 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012. TADACHI, N.T., e FLORES, M.C.X. Indicadores da Qualidade e do Desempenho. 1ª.ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1997. 100p.
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