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DIP - Direito Internacional Público e Privado.

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Direito internacional público
É um conjunto de regras e princípios (costumeiras e convencionais), que disciplinam e regem a atuação e a conduta da sociedade internacional. Visa alcançar metas comuns de humanidade, paz, segurança e estabilidade nas relações internacionais. 
Sociedade doméstica e internacional
Sociedade doméstica (ou nacional) – Tem como base os três poderes (legislativo, executivo e judiciário). Neste caso, cada Estado (Nação) tem sua Constituição. 
Ex: Brasil.
Sociedade Internacional: São Organizações como ONU, OMC e etc. 
Suas características são: 
Universalidade – Abrange todos os sujeitos do D. Internacional. 
Aberta – Nenhum Estado é obrigado a participar/relacionar.
Descentralizada – Os Estados são soberanos (não existe um presidente do mundo). 
Pluralizada de Estados Soberanos – Graças a existência de diversos Estados. 
Tratados
Os tratados surgem da necessidade da criação de normas de condutas, para reger a vida em grupo (Pela necessidade de coexistência entre as demais sociedades e culturas). 
Tratados: 
Convenção Americana de Direitos Humanos (1969); Pacto de San José da Costa Rica.
Tratado de Lisboa (Tratado Reformador).
Tratado de Assunção (Criação do Mercosul) – 26/03/1991
Marcos
O D. Internacional Público é marcado pelo tratado de Westfália (1648) ao final da guerra dos trinta anos. 
Graças a este tratado que reconhece a independência de Suíça e Holanda, o conceito de soberania é criado. 
Igualdade entre os Estados Europeus;
 Paz entre os Estados;
Soberania e igualdade entre os Estados, territórios e não intervenção. 
Ao final da 2ª Guerra Mundial, foram criadas a ONU e a Declaração Universal dos D. Humanos. 	
ONU – 51 países incialmente, hoje 193; É a antiga Ligas das Nações. 
DUDH – Direitos humanos básicos, adotado pela ONU em 1948, 10/12.
D. Internacional e D. Interno Estatal
DUALISMO - Afirma que o D. Internacional e o D. Interno são distintos e independentes. 
Em que o D. Internacional regula relações ente Estados, mas não obrigam os indivíduos. 
O D. Interno é regido pela vontade do povo (eleições), neste os sujeitos são os indivíduos.
MONISMO – Afirma que o D. Internacional e o D. Interno compõe o mesmo ordenamento jurídico. 
Neste, uma regra do D. Internacional só vale dentro do D. Interno após uma internalização, isto é, transformar em lei. 
D. Internacional e D. Interno Estatal
No Brasil, a teoria DUALISTA é a aplicada, uma vez que as normas de D. Internacional exercem função de Lei Ordinária, exceto casos do TDH, em que a Constituição lhe atribuem eficácia de Norma Supralegal. 
A teoria monista é dividida em duas correntes, o Monismo Internacionalista e o Monismo Nacionalista. 
Monismo Internacionalista: Ao existir duvidas entre aplicações de normas de D. Internacional e Interno, a aplicada é a Norma de D. Internacional. 
Monismo Nacionalista: Ao existir duvidas entre aplicações de normas de D. Internacional e de D. Interno, as normas de D. Interno serão aplicadas. 
Matéria de D. Internacional ou de D. Interno?
Sujeitos Intervenientes: O D. Internacional rege a atuação e conduta da sociedade internacional (entre Estados). 
Matérias reguladas: O D. Internacional tem por objetivo a preservação da paz, segurança e estabilidade das relações internacionais. 
Fontes Normativas: O D. Internacional é baseado em princípios e regras jurídicas. 
As fontes do D. Público Internacional são:
Atos unilaterais dos Estados;
Doutrinas;
Decisões das Organizações internacionais. 
Art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça. 
1- Tratados Internacionais;
2- Costume Internacional;
3- Princípios gerais de Direito.
São estas as fontes primárias.
Matéria de D. Internacional ou de D. Interno?
Sujeitos Intervenientes: O D. Internacional rege a atuação e conduta da sociedade internacional (entre Estados). 
Matérias reguladas: O D. Internacional tem por objetivo a preservação da paz, segurança e estabilidade das relações internacionais. 
Fontes Normativas: O D. Internacional é baseado em princípios e regras jurídicas. 
As fontes do D. Público Internacional são:
Atos unilaterais dos Estados;
Doutrinas;
Decisões das Organizações internacionais. 
Art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça. 
1- Tratados Internacionais;
2- Costume Internacional;
3- Princípios gerais de Direito.
São estas as fontes primárias.
Princípios:
Costume Internacional:
É uma prática geral aceita como Direito;
Objetivamente: Repetição de atos praticados por sujeitos de D. Internacional. 
Subjetivamente: Convicção de que a prática é Direito. 
Princípios gerais:
Boa fé;
Respeito pela coisa julgada;
Pacta sunt servanda – Obrigatoriedade de cumprir o contrato conforme foi firmado. 
Atos unilaterais dos Estados:
Atos dos Estados que geram consequências no D. Internacional e para os outros Estados.
Princípios:
Tratados Internacionais: 
São as principais e concretas fontes do DIP;
São elaborados com participação DIRETA dos Estados, e democraticamente;
Trazem uma força de norma;
Regulam interesses de Estados e comunidade internacional. 
Dos Tratados
Tratados Internacionais são acordos resultantes de convergência das vontades de dois ou mais sujeitos de D. Internacional. 
Dever-se-á haver uma formalização por escrito, efetivando assim efeitos jurídicos no D. Internacional. 
É por onde os Estados e organizações Internacionais estipulam seus direitos e obrigações entre si. 
Acordo Internacional – Expressam o que é negociado de forma livre. Sem convergência de vontades, sem acordos válidos;
Sanções diplomáticas – Redução ou remoção de laços diplomáticos. 
Sanções Econômicas – Proibição de importação ou de exportação de mercadorias. 
Sanções Militares – Cortar o fornecimento de armas. 
Art. 2º Conv. Viena. 
Dos Tratados
Celebrado por escrito: Por ser formal, tal formalidade exige que o texto seja escrito. 
Concluído entre Estados ou organizações internacionais: Só são concluídos por entes capazes de assumir obrigações e direitos em âmbito externo. 
Estados podem firmar contratos sobre todas as matérias, já as Organizações somente tratados que versam sobre suas matérias. 
Regido pelo D. Internacional: Para ser considerado ato de D. Internacional, este deve operar dentro do âmbito do D. Internacional Público. Isto é, deve ser exigível internacionalmente. 
Dos Tratados
Estrutura:
Título – Matéria tratada no acordo, ou seja, o assunto tratado. 
Preâmbulo – Seu enunciado são categorizado de duas formas; Contraentes e Motivos para a negociação do acordo. 
Articulado (dispositivo) – Principal parte do instrumento convencional, em que são enumerados em artigos que compõe as clausulas de operatividade do acordo;
Fecho – Local e data da celebração, idioma e o número de exemplares originais. (Assinatura do representante). 
Ratificação pelo Presidente – Assinatura do representante. (Em casos de multilaterais, as assinaturas seguem ordem alfabética; Em bilaterais a primeira assinatura é de quem vai ficar com o exemplar {sistema de alternância}).
Dos Tratados
Classificação do número de partes:
Bilaterais – Celebrados entre duas partes contratantes (Entre dois Estados, ou entre um Estado e uma Organização, ou duas Organizações). 
Multilaterais – Celebrados entre mais de duas partes (três ou mais). Normalmente abertos para qualquer Estado ou Organização.
Procedimento para conclusão:
Unifásico – Entra em vigor baseado na assinatura do mesmo. 
Bifásico (multifásico) – Procedimento em várias etapas. É o tipo vigente no Brasil, e são 5 fases: 
Negociação; Assinatura; Aprovação do CN; Ratificação pelo Presidente; Promulgação.
Dos Tratados
Quanto à possiblidade de adesão:
Abertos: Os que não participam incialmente das negociações preliminares podem aderir. 
Os abetos podem ser limitados e ilimitados (adesão irrestrita para qualquer Estado).
Estes também podem ser condicionados (Condição de ingresso), ou incondicionados (nenhuma condição para ingresso). 
Fechados: Proibição de adesão posterior de outros Estados/Organizações que não são partes originarias. 
Dos Tratados
Quantoà natureza jurídica: 
Tratados-Lei: Criam normas gerais e abstratas. Ou seja, criam normas para entrar em vigor dentro dos Estados signatários. 
Tratados-Contrato: Regulam interesse entre as partes, com obrigações recíprocas. Ex: Tratados de comércio. 
Dos Tratados
Quanto à possiblidade de adesão:
Abertos: Os que não participam incialmente das negociações preliminares podem aderir. 
Os abetos podem ser limitados e ilimitados (adesão irrestrita para qualquer Estado).
Estes também podem ser condicionados (Condição de ingresso), ou incondicionados (nenhuma condição para ingresso). 
Fechados: Proibição de adesão posterior de outros Estados/Organizações que não são partes originarias. 
Dos Tratados
Os contratos são atos solenes, ou seja, exigem formalidade. 
Estes, passam por 4 fases de formação:
Formação do texto – Negociação, de forma internacional;
Aprovação parlamentar – Cada Estado, de forma interna, precisam de aprovação;
Ratificação ou adesão do texto convencional – Este é ainda em sede internacional, formalizando assim que vai aderir;
Promulgação e Publicação – É em sede interna a impressão do texto em imprensa nacional do Estado. 
Dos Tratados
Negociação:
São de competência de negociação os sujeitos com poderes para tais. Ou seja, poder executivo ou o Min. Relações Exteriores. 
Ademais, quem tenha uma carta de poderes feita pelo Presidente da República também detém tal poder. 
As negociações iniciam com uma “Nota diplomática”;
Ao fim das negociações, tem-se o tratado como concluído;
Neste caso de fim já é um projeto de tratado com:
Preâmbulo;
Parte dispositiva; 
Assinatura;
Dos Tratados
Quanto a incorporação no ordenamento jurídico brasileiro, este se dá:
Discutido inicialmente em Câmara dos Deputados. 
Senado Federal. 
Para que seja contemplado em duas casas é necessário de maioria simples (maioria dos presentes). 
Logo após a aprovação na câmara, voltará para o Presidente ratificar ou não. 
Tratados sobre DH, necessitam de um trâmite de Emenda Constitucional, isto é:
Dois turnos nas duas casas com necessidade de 3/5 dos votos. 
308 Dep; 49 Sen.
Dos Tratados
Ratificação: Confirma a participação no tratado, e em plano internacional exprime sua “submissão” ao tratado. 
Promulgação/Publicação: Presidente atesta a existência do tratado e ordena a execução em território nacional. Sendo assim publicados em diário oficial e exercendo função de Lei Ordinária/Norma interna.
 
Dos Tratados
Reservas nos tratados: 
A reserva com base na convenção de Viena é: Declaração unilateral em que acontece a exclusão ou uma modificação de efeitos jurídicos em determinadas cláusulas dentro de seu Estado. 
É permitidas dentro das fases de Assinatura do Estado, Ratificação ou em fase de Adesão.
Não é perimido a formulação de reservas tardias, ou seja, não podem acontecer reservas depois de o Estado definitivamente manifestar-se quanto ao seu consentimento em ficar submissos as obrigações do contrato.
Não existem reservas em contratos bilaterais, os contraentes devem estar de acordo quanto os dispostos. 
Sua formulação e retiradas devem acontecer de forma escrita, comunicando os demais Estados. 
Dos Tratados
Extinção dos tratados:
Expiração do termo pactuado – Quando tem-se um termo de extinção de contato, ou um prazo;
Condição – Em decorrência de um caso, futuro ou que um certo fato venha acontecer;
Execução integral dos termos do contrato – Quando o objeto do contrato é executado de forma integral;
Tratado posterior – Quando um novo tratado é feito e este extingue o anterior (e as partes do contrato devem ser as mesmas do contrato anterior).
Dos Tratados
Reservas nos tratados: 
A reserva com base na convenção de Viena é: Declaração unilateral em que acontece a exclusão ou uma modificação de efeitos jurídicos em determinadas cláusulas dentro de seu Estado. 
É permitidas dentro das fases de Assinatura do Estado, Ratificação ou em fase de Adesão.
Não é perimido a formulação de reservas tardias, ou seja, não podem acontecer reservas depois de o Estado definitivamente manifestar-se quanto ao seu consentimento em ficar submissos as obrigações do contrato.
Não existem reservas em contratos bilaterais, os contraentes devem estar de acordo quanto os dispostos. 
Sua formulação e retiradas devem acontecer de forma escrita, comunicando os demais Estados. 
Sujeitos
Indivíduos: Estes possuem Direitos e Deveres dentro do plano Internacional, são principalmente quando se trata de 	direitos humanos. 
Sua responsabilidade dentro de plano internacional é passiva, estes também podem ser responsabilizados por crimes contra a humanidade dentro do TPI (Tribunal Penal Internacional). 
Crimes contra a paz – Ligados a guerras; 
Crime de guerra;
Crimes contra a humanidade – Atos desumanos;
Sujeitos
Estados: Sujeitos clássicos/originários. Estão todos em pé de igualdade dentro do D. Internacional. 
O Vaticano – Santa Sé; O Papa é o representante/Soberano dentro das relações de D. Internacional. 
Tratado de Latrão: Inicio do “Estado Cidade do Vaticano”. 
Os Estados tem o poder de decidir em aceitar ou não normas jurídicas internacionais (ratificação de tratados);
Elementos essenciais: 
Comunidade de indivíduos – Povo e População;
Território Fixo e determinado – Base fixa; Solo, subsolo, espaço aéreo, rios, lagos e afins;
Governo – Poder governante. Respeitam sua Constituição e separação de poderes;
Finalidade – Proteger seus cidadãos. 
Sujeitos
Tipos de Estados:
Simples/Unitários: Território indivisível e uniforme/integral. (Ex: Itália).
Estados compostos: Dentro de si vários Estados independentes, sob um mesmo governo. Mas é um só em plano internacional, e uma divisão interna. (Ex: Brasil). 
Podem ser extintos, sua extinção é feita por uma suspensão de figura estatal e perda de um dos elementos constitutivos. 
Estados podem se dividir e formar dois e também se unir. (Dois em um só).

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