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12 PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO

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PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO
Princípios constitucionais do Direito Administrativo não são meras recomendações, são determinações, com observância obrigatória – tais princípios se aplicam a administração pública (sem exceção[footnoteRef:1]), mas também aos particulares que com elas se relacionarem. [1: Administração federal, estadual, municipal e distrital. Incluindo os órgãos da Administração Pública Direta (3 poderes) e as entidades que entregam a Administração Pública indireta (autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedade de economia mista).] 
· COMPARAR:
Artigo 2º, da Lei nº 9.784/99 – PAF (Processo Administrativo Federal) com o artigo 37, caput, da CF.
· Princípios legais e constitucionais explícitos:
· Princípios legais explícitos e constitucionais implícitos:
· Princípios legais e constitucionais implícitos:
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS EXPLÍCITOS
Somente os que estão positivados no artigo 37, caput, CF 
	L
	LEGALIDADE
	I
	IMPESSOALIDADE
	M
	MORALIDADE
	P
	PUBLICIDADE
	E
	EFICIÊNCIA
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: [...]
1. Princípio da Legalidade
A Administração Pública só pode fazer o que a lei PERMITE, AUTORIZA, DETERMINA (poder-dever)
Lei em sentido amplo – qualquer norma jurídica (geral e abstrata – não importa se passou ou não pelo poder legislativo) – CF, Leis Ordinárias, Leis Complementares, Resoluções, Regulamentos...
· Não confundir com o princípio da reserva legal 
· Princípio da reserva legal – certos temas o constituinte reserva a regulamentação pela lei formal (que passa pelo processo legislativo – Lei Ordinária ou Lei Complementar)
· Absoluta:
· Relativa:
· Não confundir o princípio da legalidade para a administração, com o princípio da legalidade para o particular
	LEGALIDADE ADM PÚBLICA
	LEGALIDADE PARTICULAR
	Artigo 37, caput, CF
	Artigo, 5º, II, da CF
	Só o que está na Lei 
	O que a Lei não proíbe é permitido 
	Menor liberdade – interesse público
	Maior liberdade – interesse privado
	Sinônimo: princípio da vinculação a Lei
	Sinônimo: princípio da não contradição a Lei
Conceito negativo de princípio da legalidade para a Administração Pública – não basta que a administração pública faça o que a lei manda, precisa de uma lei autorizando sua atuação, ou não pode atuar. 
De acordo com o princípio da legalidade, é permitido ao agente público, quando no exercício de sua função, realizar o que está na lei, ou seja, seus atos estão vinculados a lei.
O administrador público deve buscar atender ao interesse público dentro do que está previsto em lei. 
Todo e qualquer princípio deve ser interpretado de acordo com o princípio da legalidade, mas isso não quer dizer que ele é mais importante, porque entre princípios não há hierarquia.
A origem histórica do princípio da legalidade é a Revolução Francesa.
2. Princípio da Impessoalidade: neutralidade – pode ser associado/sinônimo ao termo finalidade.
· 1º sentido/vertente: proíbe as discriminações negativas – tratar administrados iguais de forma desigual. 
Exemplos:
· Proibir tatuados de tomar posse em órgão público;
· Constar no edital de licitação de canetas que só podem participar fornecedores do próprio município.
	*** As discriminações positivas são permitidas e até incentivadas (princípio da isonomia, igualdade material) – tratar iguais com igualdade e desiguais com desigualdade, na medida de suas desigualdades.
Exemplo:
· Ações afirmativas (estado dá tratamento diferenciado para grupos que foram historicamente prejudicados – sistema de cotas).
· 2º sentido/vertente: proíbe a promoção pessoal do agente público (artigo 37, §1º da CF)
Exemplos:
· É possível que se reconheça a validade de um ato administrativo mesmo que praticado por agente público irregularmente investido no cargo – considera-se que o mérito do ato pertence à Administração Pública e não ao agente público, autoridades que executam (ficção jurídica).
Art. 37 [...]
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
	*** De acordo com os tribunais, tal proibição é relativizada – é possível constar o nome da autoridade (prefeito) em placa de inauguração de praça pública, mas somente o nome, sem frases ou fotos – é admitida também homenagens póstumas. SE A PERGUNTA NÃO SE REFERIR ESPECIFICAMENTE AO ENTENDIMENTO DOS TRIBUNAIS, RESPONDER QUE NÃO PODE.
3. Princípio da Moralidade:
Para Celso Antônio Bandeira de Melo, a moralidade para a administração pública é a soma da ética, decoro, decência, probidade e honestidade na gestão da coisa pública.
Não confundir a moralidade da administração pública com a moralidade privada, pois esta são regras de conduta social e aquela é honestidade, decência, na gestão da coisa pública.
Súmula vinculante 13 – NEPOTISMO – nomear para cargos em comissão ou funções de confiança, cônjuges, companheiros ou parentes até o 3º grau é considerado nepotismo.
· Descendentes (linha reta) até 3º grau = filhos, netos e bisnetos
· Ascendentes (linha reta) até 3º grau = pais, avós e bisavós
· Colaterais até o 3º grau = irmãos, tios e sobrinhos (para contar, ir até o parente comum)
STF relativizou – em alguns cargos está liberada a nomeação de parentes, sem configuração de nepotismo – cargos políticos no âmbito do Poder Executivo (somente) – exceto se a pessoa não tiver qualificação mínima para o cargo. Não se estende ao tribunal de contas (pois é órgão técnico e não político).
· Ministros de Estado
· Secretários estaduais e municipais 
Exemplos: 
· Presidente da República pode nomear esposa como Ministra da Agricultura;
· Governador pode nomear a filha como Secretária Estadual da Saúde;
· Prefeito pode nomear o filho como Secretário Municipal de Esportes;
· O NEPOTISMO, além de ferir o princípio da moralidade, fere de forma reflexa outros 2 princípios:
· Princípio da impessoalidade: pois não age com neutralidade
· Princípio da eficiência: pois não se pauta em questões técnicas
Súmula Vinculante 13
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal. 
4. Princípio da Publicidade:
· 1º sentido/vertente: transparência – lisura 
· Transparência ativa: dever da Administração Pública de informar (de ofício – mesmo que ninguém peça)
· Transparência passiva: direito dos administrados de obter informação da Administração Pública
· Lei nº 12.527/11 – Lei de Acesso à Informação 
Prevê que os órgãos e entidades públicas tenham sites oficiais – portais da transparência (transparência ativa).
Municípios de até 10 mil habitantes estão desobrigados de terem um site oficial com portal da transparência.
O dever de transparência – publicidade – na Administração Pública, não é um dever absoluto, pois existem exceções, casos em que os atos podem ser sigiloso (artigo 23, Lei nº 12.527/11) 
Nem todo ato da Administração Pública é público, existem exceções.
Sigilos não é eterno – existem os graus de classificação do sigilo:
INFORMAÇÃO RESERVADA: sigilo máximo 5 anos
INFORMAÇÃO SECRETA: sigilo máximo 15 anos
INFORMAÇÃO ULTRASSECRETA: sigilo máximo 25 anos
Não confundir publicidade com publicação:
Nem todo ato da Administração Pública é público
Nem todo ato público é publicado
Nem tudo que épublicado é através do Diário Oficial
Art. 23. São consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado e, portanto, passíveis de classificação as informações cuja divulgação ou acesso irrestrito possam:
I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integridade do território nacional;
II - prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as relações internacionais do País, ou as que tenham sido fornecidas em caráter sigiloso por outros Estados e organismos internacionais;
III - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população;
IV - oferecer elevado risco à estabilidade financeira, econômica ou monetária do País;
V - prejudicar ou causar risco a planos ou operações estratégicos das Forças Armadas;
VI - prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e desenvolvimento científico ou tecnológico, assim como a sistemas, bens, instalações ou áreas de interesse estratégico nacional;
VII - pôr em risco a segurança de instituições ou de altas autoridades nacionais ou estrangeiras e seus familiares; ou
VIII - comprometer atividades de inteligência, bem como de investigação ou fiscalização em andamento, relacionadas com a prevenção ou repressão de infrações.
· 2º sentido/vertente: condição de eficácia – alguns atos administrativos somente serão eficazes se forem publicados.
· Na esfera Federal – prazo entre a nomeação e a posse é de 30 dias improrrogáveis, a contar da publicação do termo de nomeação em Diário Oficial.
· Cargo Público permanente
· Nomeação (provimento) 
· Posse (investidura)
· Exercício
5. Princípio da Eficiência: 
Introduzido na CF pela Emenda Constitucional 19/98 – 3ª Reforma Administrativa (FHC) – não basta as instalação de um serviço público, deve atender as necessidades para as quais foi criado – quebra-se o modelo burocrático e implanta-se um sistema gerencial na Administração Pública – flexibiliza controle e prioriza resultados.
· Mas esse princípio já existia antes de 1998, como princípio implícito.
A Administração Pública deve prestar mais serviços públicos, com mais qualidade, em menos tempo e com menos custos.
· SISTEMAS DE GESTÃO PÚBLICA NO OCIDENTE:
· Sistema Patrimonialista de Administração Pública: 
· Idade média
· Confusão patrimonial do que era do Rei e do Estado
· Sistema Burocrático de Administração Pública:
· Século XIX, com Marx Weber
· São criados mecanismo de controle para evitar lesão aos cofres públicos – o que deixa a Administração Pública muito morosa e cara.
· Sistema Gerencial de Administração Pública:
· Segunda metade do Século XX
· Resultado – flexibiliza o controle e a burocracia, priorizando o resultado 
Sistema de gestão pública que a gestão pública adota hoje é o sistema gerencial, onde o controle e a fiscalização é flexibilidade e o foco são os resultados. E o princípio da eficiência é fruto da Administração Pública gerencial.
O entendimento moderno entende que o princípio da eficiência na verdade é fruto da soma da EFICÁCIA + EFICIÊNCIA (sentido estrito) + EFETIVIDADE.
Exemplo: governo federal tenha lançado, através do Ministério da Saúde, um programa objetivando vacinar 100mil crianças.
EFICÁCIA = vacinar todas as crianças- fazer o que foi proposto 
EFICIÊNCIA (sentido estrito) = + qualidade, - tempo, - custo
EFETIVIDADE = êxito – erradicar uma pandemia
O princípio da eficiência se aplica aos 3 poderes, assim como todos os princípios do Direito Administrativo.
Os princípios básicos da administração pública não se limitam à esfera institucional do Poder Executivo, ou seja, tais princípios podem ser aplicados no desempenho de funções administrativas pelo Poder Judiciário ou pelo Poder Legislativo.
Artigo 5º, LXXVIII, CF – princípio da razoável duração do processo (administrativo e judicial) – corolário/decorrência do princípio da eficiência 
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS IMPLÍCITOS
Residuais 
Demais princípios – por mais que constem na Constituição Federal, se não estiverem no artigo 37 serão considerados implícitos – além dos previstos em legislações esparsas e os definidos pelos doutrinadores.
Artigo 2º da Lei nº 9.784/99
1. Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o Particular: sempre que houver choque entre o interesse público e o privado, o interesse público prepondera.
· INTERESSE PÚBLICO PRIMÁRIO: interesse do povo – esse que prepondera.
· INTERESSE PÚBLICO SECUNDÁRIO: interesse público do povo
Se o agente público realizar o ato visando qualquer outro interesse que não seja o interesse público primário, o ato é nulo, pois é considerado desvio de finalidade.
A FORMA DE GOVERNO REPUBLICANA fundamenta a busca da Administração Pública pelo interesse público
2. Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público: interesse público é indisponível/inabdicável
3. Princípio da Continuidade dos Serviços Públicos: contínua/perene – não pode ser interrompida
· Mitigações/atenuações – situações em que a Administração Pública pode suspender a prestação de serviço sem afrontá-lo – desde que notifique o usuário de forma antecipada
· Reformas/reparos técnicos 
· Inadimplência do usuário
· Exceções: se o serviço público prestado for em hospitais, asilos, casa de saúde... o que prepondera é o direito à vida – não é possível a suspensão por inadimplência, deve cobrar de outra forma.
· Greve dos servidores públicos civis – artigo 37, VII da CF – direito a greve será exercido nos termos de uma lei específica que a regulamente (não foi criada) – sendo aplicada, de forma provisória, a Lei nº 7.783/89 (Lei que rege as greves dos particulares)
· Alguns direito de algumas categorias não podem se sobrepor ao interesse público na manutenção da ordem pública – não possuem direito de greve
· Policiais militares
· Policiais civis
· Policiais federais 
· Guardas Municiais
· Policiais rodoviários federais 
· E demais servidores ligados direta ou indiretamente a segurança pública 
4. Princípio da Motivação: artigo 2º e 50 da Lei nº 9.784/99 (Lei que rege o Processo Administrativo Federal - PAF)
· Administração Pública precisa explicar seus passos – fundamente sua conduta – para garantir um controle social dos atos administrativos.
· Narrar os fundamentos de fatos e de direitos que embasaram a prática do ato.
Art. 50 da Lei do PAF – condutas que demandam motivação obrigatória
Motivação aliunde – artigo 50, §1º da Lei do PAF – quando a decisão se remete a decisões/pareceres anteriores – tem que juntar cópia da decisão/parecer que embasou sua decisão
Exceções à motivação do ato administrativo:
- nomeação/exoneração para cargos em nomeação
- atos de mero expediente 
Teoria dos motivos determinantes – sempre que o gestor público fundamentar o ato administrativo, o motivo deve ser verdadeiro, se for falso ou inexistente o ato é ilegal
- Exceção: Existe um tipo de tredestinação lícita, pois por mais que a motivação não tenha sido respeitada, ainda há interesse público, nesse caso o ato é considerado válido.
Tredestinação: desvio de finalidade na desapropriação. 
Retrocessão: e quando a tredestinação acontece, o expropriado tem direito a recompra da coisa pelo preço atualizado 
5. Princípio da Razoabilidade: bom senso 
6. Princípio da Proporcionalidade: equilíbrio – busca evitar excessos da Administração Pública
Princípios da proporcionalidade e razoabilidade são vetores da atuação discricionária da Administração Pública – margem de liberdade, apreciação subjetiva.
Princípios da proporcionalidade e razoabilidade são usados como controle judicial de um ato administrativo – não é considerada invasão do mérito administrativo, mas sim um controle de legalidade.
Existem 2 princípios que são pedras-de-toque do Direito Administrativo – os demais princípios deles derivam – representam o núcleo do regime jurídico administrativo:
· Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o Particular
· Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público
 
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