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Material de direito 18

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@concurseira_pc 
Responsabilidade civil do Estado 
É aquela que se traduz na obrigação de reparar danos patrimoniais e se exaure com indenização. 
Estado é responsável pelos atos praticados por seus agentes, tendo, consequentemente, o dever de 
ressarcir às vítimas, eventuais danos causados. 
Qual é o fato gerador da responsabilidade civil do Estado? 
1. Condutas comissivas: é uma ação que gera dano a terceiro. Neste caso, a responsabilidade é 
objetiva. Portanto, esta ação poderá ser lícita ou ilícita. 
 2. Condutas omissivas: é uma omissão que gera dano a terceiro. Neste caso, a 
responsabilidade é subjetiva. Portanto a omissão poderá ser, apenas, ilícita. 
O Réu será o Estado ou quem lhe faça as vezes (ex. uma autarquia). O réu é a pessoa jurídica de 
cuja estrutura o agente causador do dano faça parte (STF). 
PRESCRIÇÃO: 5 anos. 
“prescreverá em cinco anos o direito de obter indenização dos danos causados por agentes de pessoas 
jurídicas de direito público e de pessoas jurídicas de direito privado.” 
Teoria do Risco Administrativo 
A responsabilidade das concessionárias e permissionárias de serviços públicos será objetiva, 
independentemente de a vítima ser usuário ou terceiro. Ex.: ônibus atropela pedestre (não usuário). 
A responsabilidade civil do estado e da pessoa jurídica de direto privado, prestadora de 
serviço público é objetiva em relação a terceiros 
 Teoria da responsabilidade objetiva do Estado (lícito + ilícito) 
o Decorrente tanto do dano material quanto do dano moral 
o Não há se falar em culpa ou dolo no dano causado (não se exige comprovação 
do elemento subjetivo do agente) - 
o Porém, admite-se causa excludente de responsabilidade. 
 Requisitos 
o Conduta estatal 
o Dano 
o Nexo de causalidade entre a conduta e o dano 
 Vítima precisa comprovar que sofreu um dano e que ele é injusto 
o Independe da comprovação de dolo ou culpa, bastando demonstrar que os danos 
foram causados (nexo de causalidade) por uma conduta da Administração 
Pública. 
 Porém, se comprovado, que a vítima teve culpa  indenização será amenizada ou excluída. 
o Admite-se abrandamento ou mesmo exclusão da responsabilidade objetiva, se 
coexistirem atenuantes ou excludentes que atuem sobre o nexo de causalidade. 
o Atenuante de responsabilidade: culpa concorrente da vítima 
 
Causas excludentes 
- Motivos de força maior ou caso fortuito; 
@concurseira_pc 
- Culpa exclusiva da vítima; 
- Culpa de terceiro 
- Estado de necessidade 
 
Ação regressiva 
Direito de regresso é o direito da pessoa jurídica que pagou a indenização de recuperar tal valor do 
agente causador do dano. 
Ajuizar uma ação regressiva em desfavor do agente que causou o dano à terceiro. 
 Comprovado o dolo ou culpa do agente 
 Agente ressarce o Estado 
 AÇÃO DE RESSARCIMENTO AO ERÁRIO É IMPRESCRITÍVEL 
 Requisito: trânsito em julgado + culpa ou dolo do agente 
 
Exploradoras de atividade econômica (SEM + EP) 
Em geral, a SEM e EP exploradoras de atividade econômica, se sujeitam ao sistema de 
responsabilidade subjetiva. Para que haja responsabilidade, a vítima do dano deverá provar culpa ou 
dolo do servidor que atuou em nome da pessoa jurídica. 
 
 
Teoria da culpa administrativa 
Vítima não precisa apontar o agente, basta demonstrar que o serviço não foi prestado; ou não foi 
prestado quando deveria; ou, ainda, foi prestado de forma ineficiente. 
 
 Há omissão do Estado 
 Responsabilidade subjetiva do Estado 
o Estado responderá quando comprovar a prática de ato ilícito 
 Necessário que a vítima sofra um dano e comprove a falta do serviço. 
 Falta de serviço caracteriza-se: pela sua inexistência, pelo seu mau funcionamento ou 
retardamento. 
Teoria do Risco integral 
Administração ficaria obrigada a indenizar todo e qualquer dano suportado por terceiros, ainda que 
resultante de culpa ou dolo da vitima. 
 Responsabilidade sempre objetiva 
 Não se admite causa excludente de responsabilidade 
 Exemplo: acidente termonuclear. 
 
Responsabilidade civil decorrente de atos jurisdicionais 
Regra: IRRESPONSABILIDADE DO ESTADO 
Exceção: ERRO JUDICIÁRIO – preso inocente ou manutenção do preso no cárcere por tempo superior ao 
prolatado na sentença. 
 
@concurseira_pc 
Responsabilidade civil decorrente de atos legislativos 
Regra: IRRESPONSABILIDADE DO ESTADO 
Exceção: leis inconstitucionais, leis de efeitos concretos. 
 
Questões interessantes 
1) Todos os anos, na estação chuvosa, a região metropolitana de determinado município é 
acometida por inundações, o que causa graves prejuízos a seus moradores. Estudos no local 
demonstraram que os fatores preponderantes causadores das enchentes são o sistema 
deficiente de captação de águas pluviais e o acúmulo de lixo nas vias públicas. 
De acordo com a jurisprudência e a doutrina dominante, na hipótese em pauta, caso haja danos 
a algum cidadão e reste provada conduta omissiva por parte do Estado, a responsabilidade 
deste será subjetiva. CERTO TRATA-SE DE OMISSÃO DO ESTADO, MAU FUNCIONAMNTO DO 
SERVIÇO DE CAPTAÇÃO DE ÁGUAS – VÍTIMA DEVE COMPROVAR DANO E CULPA/DOLO DO 
AGENTE 
2) A responsabilidade civil da administração pública por atos comissivos é objetiva, embasada na 
teoria do risco administrativo, isto é, independe da comprovação da culpa ou dolo. CERTO 
3) De acordo com a jurisprudência consolidada do STF, a responsabilidade objetiva do Estado 
aplica-se a todos os atos do Poder Judiciário. ERRADO 
a. No Brasil o Estado não responde pelos danos causados pelo Poder Judiciário no sua 
função típica (Teoria da irresponsabilidade). Porém há duas excessões: 
1) Condenado penal por erro judiciário; 
2) Preso além do tempo fixado. 
Ou seja, não aplica-se a responsabilidade objetiva A TODOS os atos do Poder Juciário. 
4) As empresas públicas prestadoras de serviços públicos são pessoas jurídicas de direito privado 
submetidas a regime jurídico híbrido, sendo o regime de responsabilidade civil a elas aplicável 
fundamentado na teoria do risco administrativo. CERTO QUANDO SEM E EMPRESAS PÚBLICAS 
PRESTAM SERVIÇOS PÚBLICOS, ELAS POSSUEM RESPONSABILIDADE OBJETIVA. MAS A REGRA 
GERAL É QUE ELAS TÊM RESPONSABILIDADE SUBJETIVA) 
5) João, servidor público, conduzia veículo oficial a serviço da Administração federal e envolveu-se 
em acidente de trânsito do qual resultou prejuízo de grande monta a particular. O particular 
acionou a União e esta foi condenada a indenizá-lo. De acordo com os dispositivos 
constitucionais e legais que regem a matéria, o direito de regresso da Administração em face do 
servidor 
a. depende da comprovação de conduta dolosa ou culposa, dada a natureza subjetiva da 
responsabilidade do agente. O DIREITO DE INDENIZAÇÃO AO PARTICULAR TEM 
NATUREZA OBJETIVA, JÁ O DIREITO DE REGRESSO É IMPRESCRITÍVEL E DEPENDE DE 
COMPROVAÇÃO DE DOLO OU CULPA DO AGENTE, E DE TRÂNSITO EM JULGADO 
6) Considere que o motorista de um veículo oficial de determinado ministério, ao trafegar em 
velocidade acima do limite legal, tenha colidido contra um veículo de particular que estava 
devidamente estacionado. Nessa situação, embora o Estado seja obrigado a indenizar o dano, 
somente haverá o direito de regresso do Estado caso se comprove o dolo específico na conduta 
do servidor. ERRADO 
a. Comprove dolo ou culpa 
7) Maurício conduzia sua motocicleta de forma imprudente e sem cautela, com 
velocidade superior à permitida no local, em via pública municipal calçada com 
paralelepípedo e molhada em noite chuvosa. Ao passar por tampa de bueiro 
@concurseira_pc 
existente na pista, com insignificante desnível em relação ao leito, Maurício perdeu o 
controle de sua moto e sofreu acidente fatal. Seus genitores ajuizaram ação em face 
do Município, pleiteando indenização pelos danos materiais e morais. Na hipótese em 
tela, é correto concluir que: não obstante ser caso, em tese, de responsabilidade civil 
objetiva do Município, o acidente ocorreu por culpa exclusiva da vítima, fato que exclui 
a responsabilidade do poder público; 
8) O fatode um detento morrer em estabelecimento prisional devido a negligência de 
agentes penitenciários configurará hipótese de responsabilização objetiva do Estado. 
a. Na hipótese, a questão trata de conduta supostamente omissiva (por negligencia) dos 
agentes penitenciários, o que levaria à crença de que seria subjetiva a responsabilidade 
estatal pela morte do preso. 
Entretanto, STJ e STF entendem que nos casos em que o Estado é o criador do risco (ex: 
ao instalar a penitenciária), ostenta a figura de garante da incolumidade dos presos, o 
que transmuda a responsabilidade para objetiva. 
9) A responsabilidade do Estado por danos causados por fenômenos da natureza é do 
tipo subjetiva. 
a. De fato o caso fortuito ou força maior são excludentes de responsabilidade, desde que o 
dano tenha ocorrido SOMENTE por conta desses fatores. 
b. No entanto, havendo a concorrência do Estado para a ocorrência do dano, o Estado 
responde subjetivamente, ou seja, o lesado deve provar que houve uma omissão estatal 
(inexistência, deficiência ou atraso na prestação do serviço). 
O caso mais clássico da doutrina é o dos danos provocados por enchentes. Nesses casos, 
o Estado responderá se o lesado conseguir comprovar que houve deficiência na limpeza 
dos bueiros, por exemplo.

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