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@concurseira_pc Responsabilidade civil do Estado É aquela que se traduz na obrigação de reparar danos patrimoniais e se exaure com indenização. Estado é responsável pelos atos praticados por seus agentes, tendo, consequentemente, o dever de ressarcir às vítimas, eventuais danos causados. Qual é o fato gerador da responsabilidade civil do Estado? 1. Condutas comissivas: é uma ação que gera dano a terceiro. Neste caso, a responsabilidade é objetiva. Portanto, esta ação poderá ser lícita ou ilícita. 2. Condutas omissivas: é uma omissão que gera dano a terceiro. Neste caso, a responsabilidade é subjetiva. Portanto a omissão poderá ser, apenas, ilícita. O Réu será o Estado ou quem lhe faça as vezes (ex. uma autarquia). O réu é a pessoa jurídica de cuja estrutura o agente causador do dano faça parte (STF). PRESCRIÇÃO: 5 anos. “prescreverá em cinco anos o direito de obter indenização dos danos causados por agentes de pessoas jurídicas de direito público e de pessoas jurídicas de direito privado.” Teoria do Risco Administrativo A responsabilidade das concessionárias e permissionárias de serviços públicos será objetiva, independentemente de a vítima ser usuário ou terceiro. Ex.: ônibus atropela pedestre (não usuário). A responsabilidade civil do estado e da pessoa jurídica de direto privado, prestadora de serviço público é objetiva em relação a terceiros Teoria da responsabilidade objetiva do Estado (lícito + ilícito) o Decorrente tanto do dano material quanto do dano moral o Não há se falar em culpa ou dolo no dano causado (não se exige comprovação do elemento subjetivo do agente) - o Porém, admite-se causa excludente de responsabilidade. Requisitos o Conduta estatal o Dano o Nexo de causalidade entre a conduta e o dano Vítima precisa comprovar que sofreu um dano e que ele é injusto o Independe da comprovação de dolo ou culpa, bastando demonstrar que os danos foram causados (nexo de causalidade) por uma conduta da Administração Pública. Porém, se comprovado, que a vítima teve culpa indenização será amenizada ou excluída. o Admite-se abrandamento ou mesmo exclusão da responsabilidade objetiva, se coexistirem atenuantes ou excludentes que atuem sobre o nexo de causalidade. o Atenuante de responsabilidade: culpa concorrente da vítima Causas excludentes - Motivos de força maior ou caso fortuito; @concurseira_pc - Culpa exclusiva da vítima; - Culpa de terceiro - Estado de necessidade Ação regressiva Direito de regresso é o direito da pessoa jurídica que pagou a indenização de recuperar tal valor do agente causador do dano. Ajuizar uma ação regressiva em desfavor do agente que causou o dano à terceiro. Comprovado o dolo ou culpa do agente Agente ressarce o Estado AÇÃO DE RESSARCIMENTO AO ERÁRIO É IMPRESCRITÍVEL Requisito: trânsito em julgado + culpa ou dolo do agente Exploradoras de atividade econômica (SEM + EP) Em geral, a SEM e EP exploradoras de atividade econômica, se sujeitam ao sistema de responsabilidade subjetiva. Para que haja responsabilidade, a vítima do dano deverá provar culpa ou dolo do servidor que atuou em nome da pessoa jurídica. Teoria da culpa administrativa Vítima não precisa apontar o agente, basta demonstrar que o serviço não foi prestado; ou não foi prestado quando deveria; ou, ainda, foi prestado de forma ineficiente. Há omissão do Estado Responsabilidade subjetiva do Estado o Estado responderá quando comprovar a prática de ato ilícito Necessário que a vítima sofra um dano e comprove a falta do serviço. Falta de serviço caracteriza-se: pela sua inexistência, pelo seu mau funcionamento ou retardamento. Teoria do Risco integral Administração ficaria obrigada a indenizar todo e qualquer dano suportado por terceiros, ainda que resultante de culpa ou dolo da vitima. Responsabilidade sempre objetiva Não se admite causa excludente de responsabilidade Exemplo: acidente termonuclear. Responsabilidade civil decorrente de atos jurisdicionais Regra: IRRESPONSABILIDADE DO ESTADO Exceção: ERRO JUDICIÁRIO – preso inocente ou manutenção do preso no cárcere por tempo superior ao prolatado na sentença. @concurseira_pc Responsabilidade civil decorrente de atos legislativos Regra: IRRESPONSABILIDADE DO ESTADO Exceção: leis inconstitucionais, leis de efeitos concretos. Questões interessantes 1) Todos os anos, na estação chuvosa, a região metropolitana de determinado município é acometida por inundações, o que causa graves prejuízos a seus moradores. Estudos no local demonstraram que os fatores preponderantes causadores das enchentes são o sistema deficiente de captação de águas pluviais e o acúmulo de lixo nas vias públicas. De acordo com a jurisprudência e a doutrina dominante, na hipótese em pauta, caso haja danos a algum cidadão e reste provada conduta omissiva por parte do Estado, a responsabilidade deste será subjetiva. CERTO TRATA-SE DE OMISSÃO DO ESTADO, MAU FUNCIONAMNTO DO SERVIÇO DE CAPTAÇÃO DE ÁGUAS – VÍTIMA DEVE COMPROVAR DANO E CULPA/DOLO DO AGENTE 2) A responsabilidade civil da administração pública por atos comissivos é objetiva, embasada na teoria do risco administrativo, isto é, independe da comprovação da culpa ou dolo. CERTO 3) De acordo com a jurisprudência consolidada do STF, a responsabilidade objetiva do Estado aplica-se a todos os atos do Poder Judiciário. ERRADO a. No Brasil o Estado não responde pelos danos causados pelo Poder Judiciário no sua função típica (Teoria da irresponsabilidade). Porém há duas excessões: 1) Condenado penal por erro judiciário; 2) Preso além do tempo fixado. Ou seja, não aplica-se a responsabilidade objetiva A TODOS os atos do Poder Juciário. 4) As empresas públicas prestadoras de serviços públicos são pessoas jurídicas de direito privado submetidas a regime jurídico híbrido, sendo o regime de responsabilidade civil a elas aplicável fundamentado na teoria do risco administrativo. CERTO QUANDO SEM E EMPRESAS PÚBLICAS PRESTAM SERVIÇOS PÚBLICOS, ELAS POSSUEM RESPONSABILIDADE OBJETIVA. MAS A REGRA GERAL É QUE ELAS TÊM RESPONSABILIDADE SUBJETIVA) 5) João, servidor público, conduzia veículo oficial a serviço da Administração federal e envolveu-se em acidente de trânsito do qual resultou prejuízo de grande monta a particular. O particular acionou a União e esta foi condenada a indenizá-lo. De acordo com os dispositivos constitucionais e legais que regem a matéria, o direito de regresso da Administração em face do servidor a. depende da comprovação de conduta dolosa ou culposa, dada a natureza subjetiva da responsabilidade do agente. O DIREITO DE INDENIZAÇÃO AO PARTICULAR TEM NATUREZA OBJETIVA, JÁ O DIREITO DE REGRESSO É IMPRESCRITÍVEL E DEPENDE DE COMPROVAÇÃO DE DOLO OU CULPA DO AGENTE, E DE TRÂNSITO EM JULGADO 6) Considere que o motorista de um veículo oficial de determinado ministério, ao trafegar em velocidade acima do limite legal, tenha colidido contra um veículo de particular que estava devidamente estacionado. Nessa situação, embora o Estado seja obrigado a indenizar o dano, somente haverá o direito de regresso do Estado caso se comprove o dolo específico na conduta do servidor. ERRADO a. Comprove dolo ou culpa 7) Maurício conduzia sua motocicleta de forma imprudente e sem cautela, com velocidade superior à permitida no local, em via pública municipal calçada com paralelepípedo e molhada em noite chuvosa. Ao passar por tampa de bueiro @concurseira_pc existente na pista, com insignificante desnível em relação ao leito, Maurício perdeu o controle de sua moto e sofreu acidente fatal. Seus genitores ajuizaram ação em face do Município, pleiteando indenização pelos danos materiais e morais. Na hipótese em tela, é correto concluir que: não obstante ser caso, em tese, de responsabilidade civil objetiva do Município, o acidente ocorreu por culpa exclusiva da vítima, fato que exclui a responsabilidade do poder público; 8) O fatode um detento morrer em estabelecimento prisional devido a negligência de agentes penitenciários configurará hipótese de responsabilização objetiva do Estado. a. Na hipótese, a questão trata de conduta supostamente omissiva (por negligencia) dos agentes penitenciários, o que levaria à crença de que seria subjetiva a responsabilidade estatal pela morte do preso. Entretanto, STJ e STF entendem que nos casos em que o Estado é o criador do risco (ex: ao instalar a penitenciária), ostenta a figura de garante da incolumidade dos presos, o que transmuda a responsabilidade para objetiva. 9) A responsabilidade do Estado por danos causados por fenômenos da natureza é do tipo subjetiva. a. De fato o caso fortuito ou força maior são excludentes de responsabilidade, desde que o dano tenha ocorrido SOMENTE por conta desses fatores. b. No entanto, havendo a concorrência do Estado para a ocorrência do dano, o Estado responde subjetivamente, ou seja, o lesado deve provar que houve uma omissão estatal (inexistência, deficiência ou atraso na prestação do serviço). O caso mais clássico da doutrina é o dos danos provocados por enchentes. Nesses casos, o Estado responderá se o lesado conseguir comprovar que houve deficiência na limpeza dos bueiros, por exemplo.
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