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Aula 07 TEORIA DA REGIÃO

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CEDERJ - CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA 
DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
 
CURSO: Licenciatura em Geografia 
DISCIPLINA: Teoria da Regionalização 
CONTEUDISTAS:Leonardo Martins e Augusto César Pinheiro da Silva 
Designer Instrucional: Paula Barja 
 
AULA 7– A América e suas potencialidades: características e modelos de 
um continente heterogêneo 
 
OBJETIVOS: 
Esperamos que ao fim desta aula, você seja capaz de: 
1. Diferenciar o modelo de desenvolvimento da América do Norte e do Sul 
2. Entender os diferentes modelos de industrialização dentro do continente e 
suas desigualdades 
3. Analisar a importância do continente americano para o mercado externo. 
 
 
INTRODUÇÃO 
Podemos começar a nossa aula com a ocupação do continente 
americano, que até o século XV era uma faixa de terra muito extensa habitada 
por índios, sem contato algum com as civilizações do continente europeu. Nos 
séculos XV e XVI, a Europa se caracterizava como “centro do mundo”, tendo 
em vista que era neste continente que se localizavam os grandes impérios, a 
grande concentração de riquezas, os países que foram líderes no pioneirismo 
marítimo e, sobretudo, a influência da Igreja Católica. Nesse período, a Europa 
passava por uma série de transformações, que marcaram o fim do feudalismo 
e a transição para o sistema capitalista. 
Qual relação podemos estabelecer entre a expansão marítima europeia 
– e a descoberta da América – e a inserção do sistema capitalista? 
Podemos pensar da seguinte forma: o sistema capitalista tem como objetivo 
central o acúmulo de riquezas e a concentração de capitais. Se as nações 
europeias que eram líderes em navegações e grandes expedições ousassem a 
descobrir novas territórios e explorar novas terras, automaticamente poderiam 
conquistar novos espaços. Espaços estes que poderiam servir de colônias a 
serem exploradas, tanto em matéria prima quanto em mão de obra. Logo, está 
dada a relação! Potências europeias lançavam-se ao mar, ocupavam novos 
territórios, exploravam riquezas (minérios, madeiras, especiarias), levavam-na 
de volta para a Europa e abasteciam suas economias. 
 
NOS CAMINHOS DA HISTÓRIA: AMÉRICA LATINA E AMÉRICA DO NORTE 
E SEUS MODELOS DE DESENVOLVIMENTO 
A chegada de Cristóvão Colombo na América do Norte representou o 
descobrimento de um novo território que era desconhecido para os habitantes 
do continente europeu. Os espanhóis, que neste momento já eram 
“proprietários”, assim como os portugueses, das terras sul americanas (até 
então recém-descobertas), se lançaram à conquista das porções centrais do 
continente, ocupando, aos poucos, todo o território da América Central. Cabe 
aqui fazermos um destaque importante no que diz respeito ao choque cultural e 
étnico. 
A entrada do cristianismo e da língua castelhana no território, atrelado 
ao choque da cultura hispânica com a indígena foram o marco principal para o 
início da exploração e abuso aos quais os índios foram submetidos. Os 
portugueses, logo quando ocuparam o território brasileiro, no início do século 
XVI, estabeleceram uma relação de domínio e exploração de nossas terras. A 
partir do século XVII, países como França e Inglaterra viram-se “fora do jogo”, 
ou seja, almejavam, também, desfrutar das fatias do território americano. Logo, 
iniciaram o ataque às frotas espanholas e portuguesas que geralmente vinham 
carregadas de ouro e prata. 
É nesse momento que a França e a Inglaterra iniciam um confronto 
para deter o controle e ocupação do território norte americano. Com a potência 
marítima e militar, além do maior número de colonos, a Inglaterra domina e 
ocupa a porção norte do continente americano. A colonização, que foi 
caracterizada pela presença de calvinistas e protestantes radicais, se 
consolidou pelo sangrento massacre dos índios que, aos poucos, foram sendo 
dizimados do território. 
Os protestantes e calvinistas que chegaram no “novo mundo” entraram 
em confronto direto com os habitantes das 13 colônias dos EUA (fig.1), a partir 
de 1765, quando o governo da Inglaterra infligiu um pesado imposto sobre 
documentos jurídicos, posse de terras e periódicos, além das transações 
comerciais. Este período que se estende do século XVIII ao século XIX é 
marcado por muitas guerras e ocupações. Os britânicos impunham cada vez 
mais regras e as rixas entre eles se intensificavam cada vez mais. 
 
 
Fig.1 As Treze Colônias. 
Fonte: 
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/8/88/Map_Thirteen_Colonies_
1775-es.svg/1024px-Map_Thirteen_Colonies_1775-es.svg.png 
 
Ao longo do século XIX os EUA já possuíam sua porção leste e central 
ocupada. Entretanto, surgia a necessidade de ocupar a porção oeste, assim, 
agregando novos estados, sendo pela compra ou pela conquista. A ideologia 
política americana se pautava na concentração de capitais e na unificação do 
território. A relação entre os grandes comerciantes protecionistas da porção 
norte dos EUA e os latifundiários cambistas da porção sul passou por um 
grande período de tensão na metade do século XIX. Logo, as colônias do sul 
insatisfeitas com a política antiescravista imposta na época tentaram separar e 
tronar-se independentes. Sua estrutura escravista e latifundiária não suportou a 
organização e o crescimento das colônias do norte. Após a derrota dos 
sulistas, os Estados Unidos experimentaram intenso desenvolvimento 
industrial. 
Depois da Primeira Guerra Mundial os Estados Unidos da América 
transformaram-se na maior potência econômica do mundo. O fim da Segunda 
Guerra Mundial deu início a um novo cenário mundial, caracterizado de “Guerra 
Fria”. Marcado pela oposição ao bloco socialista e pela difusão política e 
econômica da ideologia capitalista - dos Estados Unidos - na maior parte 
ocidental e dos países emergentes, essa situação se manteve até o fim do 
bloco socialista e o declínio da União Soviética, no início da década de 1990.
 Ao contrário do que ocorreu nos Estados Unidos, a evolução histórica da 
América Latina durante os séculos XIX e XX se deu pela fragmentação e pelo 
conflito entre os diversos países, por uma instabilidade política e econômica 
atrelada a uma sucessão de golpes de estado e ditaduras militares. O 
desenvolvimento latino americano se baseou em modelos de colônias de 
exploração, onde as matérias primas eram retiradas e enviadas diretamente 
para metrópole. Não era o objetivo ocupar o território com o intuito de 
desenvolver modelos educacionais e dissipar culturas, a única finalidade era a 
exploração. Neste breve contexto, entendemos alguns motivos pelos quais os 
modelos de desenvolvimento foram fracassados e, além disso, os déficits na 
qualidade de diversos serviços, além do elevado grau de corrupção. 
 
http://www.coladaweb.com/geografia/paises/estados-unidos-da-america
 
Fig. 2. A América Latina 
Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/2b/LocationLatinAmerica.png 
 
OS PAÍSES EMERGENTES DA AMÉRICA LATINA 
Nesta etapa da nossa aula iremos caracterizar três países emergentes 
da América Latina: Brasil, México e Argentina. De forma breve, discutiremos o 
modelo de industrialização e a transição desses países de um modelo 
subdesenvolvido para um modelo em desenvolvimento, ou emergente. 
 Podemos iniciar perguntando: O que são países emergentes? Os países 
emergentes são países que se localizam na periferia do capitalismo; entretanto, 
são países muito visados pelas grandes potências mundiais, além de serem 
grandes importadores de produtos industrializados e possuírem um grande 
mercado consumidor. 
Os países emergentes apresentam uma grande possibilidade de 
investimento para grandes potências, visto que eles oferecem vantagens para 
instalação de grandes empresas (multinacionais) – baixos salários, impostos 
reduzidos, câmbio desvalorizado, entre outros benefícios – ampliando o lucro 
das empresas internacionais. Até a década de1980, esses países eram 
chamados de Países Recentemente Industrializados – NIC (Newly Industrial 
Countries). Fazem parte desse grupo: Brasil, México, Argentina, Coréia do Sul, 
Taiwan, Cingapura, Hong Kong, África do Sul e Índia. A China se caracteriza, 
também, por ser uma potência emergente, mas não iremos dar destaque a este 
país nesta aula. 
É comum a existência de grandes disparidades econômicas, políticas e 
sociais entre estes países. No contexto latino americano, presenciamos um 
processo de industrialização diferenciado devido a desigualdade econômica 
entre eles, o tamanho do território e a realidade social de cada um deles. Uma 
característica econômica que destaca o processo de industrialização da 
América Latina é o modelo de produção voltado para o mercado interno. 
Durante muitas décadas os países exportaram matéria prima e pouco 
se empenharam em investir no mercado tecnológico, além de se inserirem no 
modelo industrial tardiamente, diferente dos países desenvolvidos que, já no 
século XVIII e XIX sofreram uma mudança intensa na produção, passando pela 
Revolução Industrial. 
 
 
Exercício 1 
Estabeleça as principais diferenças entre o processo de colonização ocorrido 
na América Latina e na América do Norte. 
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Resposta comentada: 
A colonização da América Latina se deu por colônias de exploração, onde o 
objetivo principal era extrair riquezas e enriquecer a metrópole. Não houve 
interesse nem investimento em estabelecer um mercado e relações comerciais. 
Diferente do que ocorreu na América do Norte, onde houve a divisão entre as 
colônias do sul e as colônias do norte. As colônias do norte se diferenciam pelo 
processo de povoamento, onde os refugiados religiosos ocuparam o território 
com o intuito de difundir a cultura, língua e estabelecer relações e práticas 
comerciais. 
 
 
BRASIL, MÉXICO E ARGENTINA 
 Independentes desde o século XIX, estes países só se inseriram no 
processo de industrialização após a Primeira Guerra Mundial, de forma um 
pouco mais intensa na década de 1930. A crise de 1929 foi um período muito 
difícil para a economia mundial, principalmente por ter afetado os Estados 
Unidos, que naquela época já se destacava como potência mundial. 
A economia norte americana sofreu um déficit muito grande, as ações 
na bolsa de valores sofreram uma desvalorização abrupta. Muitas empresas 
faliram. A crise de 1929 e a crise que surgiu em cenário global fizeram com que 
os países industrializados passassem a comprar menos produtos primários, 
como o café, que era um gênero agrícola produzido em alguns países da 
América latina. Estes países viram sua balança comercial despencar. 
 Além disso, se não houvesse alguém que comprasse suas matérias-
primas, automaticamente esses países não poderiam importar. Por outro lado, 
essa grande dificuldade em importar fez com que intensificasse o processo de 
industrialização, substituindo as importações. Esse tipo de industrialização, de 
forma muito singela, já havia sido efetuada em meados do século XIX com a 
construção de algumas fábricas que produziam materiais mais simples, não 
duráveis. 
Atrelado a esse fator econômico, um fatore político é agregado nesse 
contexto. Nos países que destacamos: Brasil, México e Argentina, ocorreram 
algumas revoluções burguesas, mesmo sem a intensidade das revoluções 
industriais ocorridas nas grandes potências europeias fizeram surgir uma 
oligarquia industrial, muito interessada na formação de um mercado 
consumidor voltado para o país. 
 O pesquisador e economista Sérgio Silva afirma que as primeiras 
fábricas pertenciam a grandes latifundiários, barões e oligarcas que 
conseguiram acumular um montante de capital com as exportações de gêneros 
agrícolas e minerais e, posteriormente, passou a investir na indústria e no setor 
terciário. Grandes fazendeiros argentinos enriqueceram com a exportação de 
gado e de trigo. No Brasil, a burguesia industrial era composta pelos barões de 
café e no México pelos grandes fazendeiros. Podemos destacar esse tipo de 
modernização como Modernização Conservadora, pois grande parcela dos 
barões e oligarcas se transformara numa burguesia industrial, pois passaram a 
investir maciçamente na indústria e no mercado. Isso explica a razão pelo qual 
existem muitos latifúndios nestas regiões, muitos deles improdutivos mesmo 
com o processo de industrialização. A ausência (ou insuficiência) de uma 
reforma agrária é um dos grandes fatores que explicam a intensa urbanização 
desses países, caracterizada pelo inchaço das cidades e por modelos de 
desenvolvimento desiguais. 
 Um agente que possui fundamental importância no início do processo de 
industrialização é o Estado, pois ele investiu em indústrias, como a de base e 
infraestrutura. Após o período de instabilidade mundial, caracterizado pela 
primeira e segunda Guerra Mundial, esse modelo passou a dar falhas devido a 
necessidade de um volume de capital muito maior que o Estado possuía. Não 
havia investimento em indústrias mais pesadas, além disso, o investimento em 
pesquisa e ciência não se compara aos dias de hoje. 
 Foi nesse momento que as grandes empresas internacionais 
ingressaram se instalaram no Brasil e em outros países da América Latina. 
Essas empresas procuravam países onde pudessem se instalar de forma que 
os custos fossem mais baixos e o lucro significativo. É a partir daí que as 
empresas automobilísticas, químicas, eletrônicas e de equipamentos pesados 
ganharam destaque. Não apenas nesses setores, mas também no setor 
alimentício e têxtil, as multinacionais ganharam espaço, algumas vezes se 
juntando com as indústrias nacionais que aqui já existiam. 
 Este período foi um salto muito grande para a economia dos países 
emergentes aqui destacados, pois acelerou a industrialização aumentando o 
número de empregos, o que também incentivou o crescimento do número de 
cursos profissionalizantes para a capacitação de mão de obra especializada. 
 
EUA: A POTÊNCIA DO SÉCULO XXI 
Os fatores da industrialização 
 Vimos no início desta aula o processo histórico pelo qual os EUA 
atravessaram. Agora, daremos sequência a partir da organização do modelo 
das treze colônias. 
 O processo de desenvolvimento e organização das treze colônias se 
diferenciava entre as do norte e as do sul. As colônias sulistas eram 
caracterizadas pelo modelo de exploração, pautada numa sociedade 
estratificada, no trabalho escravo e em grandes latifúndios. A economia das 
colônias do sul era baseada no modelo de plantation, isso quer dizer em 
grandes propriedades de terra onde se produzia apenas um tipo de gênero 
agrícola (no caso específico dos Estados Unidos era o algodão). Grande parte 
da produção tinha como destino final o Reino Unido. Grande parte do montante 
dos capitais se concentravam na mão de fazendeiros, logo, o mercado não 
tinha grandes perspectivas. 
 Porém, as colônias do norte se davam numa dinâmica diferente. Grande 
parte do capital se concentrava na burguesia industrial e comercial, onde 
grande parte dos negócios se expandiam. Com o tempo, a economia nortista 
passou a alcançar um montante muito grandede capitais, além de um mercado 
mais forte e uma produção ampla. O resultado desse conflito ficou conhecido 
como Independência dos EUA, fazendo com que o mesmo se tornasse o 
primeiro país desenvolvido da América. 
 Grande parte dos integrantes das colônias que ali se estabeleciam era 
oriundo de seguidores da religião protestante, oschamados puritanos, que 
descordavam da crença pregada pela Igreja Católica, fazendo com que a 
mesma os perseguissem. Os puritanos e os presbiterianos pregavam que a 
riqueza era bem vinda porque era fruto do trabalho, de esforço, pois afastava 
do “pecado” e aproximava da salvação e de Deus. 
 
Capitalismo e protestantismo 
 
Embora o aspecto cultural não seja determinante, pois na Itália católica e no 
Japão Xintoísta o capitalismo também flo resceu, é indiscutível que o 
protestantismo criou um caldo de cultura extremamente favorável ao 
desenvolvimento de um espírito empreendedor, de uma ética do trabalho, 
condições importantíssimas para a acumulação de capitais. O papel do 
puritanismo nesse processo foi analisado, entre outros, pelo sociólogo Max 
Weber, que já os desvenda no próprio título de seu livro, A Ética Protestante e 
o Espírito Capitalista. 
Com efeito, quando Deus, em cujas disposições o puritano via todos os 
acontecimentos da vida, aponta, para um de Seus eleitos, uma oportunidade 
de lucro, este deve aproveitá-lo em um propósito e, consequentemente, o 
cristão autêntico deve atender esse chamado, aproveitando a oportunidade 
que se lhe apresenta. 
 
WEBER, Max. A ética protestante e o espirito do capitalismo. SP, 1989. 
Pg.116. 
 
 
 Outro fator fundamental que intensificou a industrialização americana é 
de ordem natural. Se analisarmos o mapa dos EUA iremos perceber que, além 
de estar próximo do oceano, o território possui grandes jazidas de carvão e 
minérios. 
 
Fig. 3. Os recursos minerais dos EUA 
Fonte: 
http://2.bp.blogspot.com/_EAPHygJIJt4/TKKEMgOOA_I/AAAAAAAAAN0/0KpaOEYaE
Hc/s1600/eua_recursosminerais.GIF 
 
 
 A região dos Grandes Lagos favoreceu de forma muito intensa o 
transporte de mercadorias, a partir de obras de engenharia, como canais e 
dutos, comunicando essa região com o Oceano Atlântico (através do Rio São 
Lourenço). O Rio Hudson, em seu trajeto, desemboca no oceano atlântico, 
onde podemos encontrar o porto de Nova York. Esse é um dos principais 
motivos da cidade possuir um destaque como potencialidade na economia 
americana. 
 
A indústria nos EUA 
 Como já mencionamos antes, a primeira região do país a passar pelo 
processo de industrialização foi o nordeste, onde havia grande quantidade de 
capitais devido ao processo de industrialização industrial. 
 As grandes indústrias siderúrgicas concentraram-se no estado da 
Pensilvânia devido a grande disponibilidade de carvão mineral e, por motivos 
estratégicos (localização), o comércio com outros países era intenso. 
 Detroit também é um polo importante de se destacar. Se localiza na 
parte central e, durante muito tempo, facilitou a recepção de matérias primas e 
camponeses, além disso, tinha uma posição estratégica para enviar os 
produtos já acabados. A sede de três grandes indústrias automobilísticas se 
encontra lá: GM, FORD e CHRYSLER (a última foi comprada pela Alemanha). 
 Chicago é conhecida como “a capital do Meio Oeste”. Concentra um 
parque industrial bem variado destacando-se para a fabricação de material 
ferroviário e agropecuário. 
 
Fig. 4. Localização das principais indústrias e os portos nos EUA 
Fonte: 
http://3.bp.blogspot.com/_EAPHygJIJt4/SvHBfnVt5xI/AAAAAAAAAJ8/G9B9YCgbWDU
/s1600/eua_areasindustriais_portos.GIF 
 
Devido ao grande potencial econômico, os EUA desempenham uma 
grande influência sobre os organismos financeiros internacionais, intensificando 
a abertura da economia de países periféricos. No entanto, em contra partida 
exercei medidas ou políticas protecionistas à entrada de produtos provenientes 
de outros países criando, assim, taxas alfandegárias. Além disso, exerce um 
forte poder no mercado internacional. 
 Na que diz respeito à cultura, os americanos ampliam a difusão de sua 
cultura, através da mídia, dos canais de moda e dos meios de comunicação em 
massa como séries, reality shows, seriados, músicas e da indústria 
cinematográfica. 
 Os EUA também se destacam como potência militar. Desde o final da 
Segunda Guerra – como já vimos em outros momentos - houve investimento 
maciço na indústria bélica (bombas, armas de fogo, canhões etc.). A partir 
desse momento, o país não parou de crescer. 
Os EUA possuem a indústria cinematográfica mais rentável do mundo. 
Das grandes bilheterias do cinema de todos os tempos, mais de 90% são 
produções exclusivamente americanas. Os EUA detêm um terço do mercado 
mundial de cinema e uma boa parcela das vendas do mercado fonográfico 
global está concentrada no mercado estadunidense. Além disso, destaca-se a 
presença da indústria do entretenimento, com inúmeros parques temáticos, 
arrecadando bilhões de dólares– cerca de quatro vezes a receita gerada pelos 
turistas estrangeiros no Brasil, por exemplo. 
 Os EUA têm em Hollywood, desde os anos a década de 1920, o seu 
“cartão postal”. Segundo a Associação de Filmes da América (MPAA, na sigla 
em inglês), no ano de 2007, as produções norte americanas arrecadaram 26,7 
bilhões de dólares – destes, 17,1 bilhões apenas em bilheterias fora do país. O 
alcance e o sucesso comercial do cinema dos EUA se dão de forma tão 
intensas que alguns países, como a França, adotou medidas que restringem a 
entrada dos filmes americanos para proteger as produções nacionais da 
invasão estadunidense. Devido a esta restrição por parte do governo francês 
os filmes de Hollywood ocupam apenas um terço do que está em cartaz. 
 
Atividade 2: 
Diferencie o modelo de industrialização norte americana e o modelo latino 
americano. Cite dois ramos indústrias que se destacam na indústria norte 
americana. 
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Resposta comentada: 
 Devido a atores históricos o modelo de industrialização latino americano se 
pautou na exportação de matérias primas e, mais tardiamente, no século XX, 
abriu espaço para instalação de multinacionais. O modelo de industrialização 
americano é bem diversificado, caracterizado por indústria de base e 
alimentícia, até eletrônica e cinematográfica. Os EUA se destacam por ter uma 
indústria diversificada e potencial. Cita-se automobilística e cinematográfica. 
 
Atividade 3 
Cite uma influência econômica e uma influência cultural que a América Latina 
reflete no cenário externo 
Resposta: 
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Resposta comentada: Influência econômica: A América Latina possui uma 
diversidade de países, dentre eles, destacam-se o México, o Brasil e a 
Argentina como potencialidades desta região. Esses países estabelecem 
comércio com a Europa, e com a China, grandes mercados consumidores 
internacionais. O PIB destes países cresce devido ao grande número de 
produção de grãos e gado, além de outras indústrias, como a automobilística (a 
Argentina, por exemplo). A música e as comidas influenciam diversos outros 
países, como o Tango, o pagode e o funk (música), o taco e a feijoada (comida 
mexicana), além das paisagens que atraem turistas de todo mundo. 
Resumo 
Destacaremos em tópicos o resumo da aula de hoje. 
- Os EUA se diferenciaram dos demais países da América pelo seu tipo de 
colonização; 
- Os EUA, após Segunda Guerra Mundial enriqueceram o suficientepara se 
destacar como potência mundial, destacando-se em diversos ramos da 
indústria; 
- A indústria americana é uma das mais diversificadas, com vários polos de 
produção, refletindo na economia global; 
- A América Latina, devido ao modelo de colonização, ainda apresenta déficits 
sociais graves, como a desigualdade social. Entretanto, o turismo e o setor 
primário se destacam como dois potenciais que geram muito lucro e atraem 
investimentos para os países. 
 
Referências bibliográficas: 
KARNAL, Leandro. Estados Unidos: A Formação da Nação. São Paulo, 
Contexto, 2001 [Repensando a História]. 
 
PEREGALLI, Enrique. A América que os europeus encontraram. São Paulo: 
Atual, 2003. 
 
WASSERMAN, Claudia (coord) História da América Latina: cinco 
séculos. 2.ed. Porto Alegre, UFRGS, 2000. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COMPLEMENTARES 
 
BETHELL, Leslie (org.) História da América Latina. v.1. 2.ed. São Paulo: 
EDUSP; Brasília, Fundação Alexandre Gusmão, 1998. 
 
HEALE, M.J. A Revolução Norte-Americana. São Paulo: Ática, 1991. 
 
ROMANO, Ruggiero. Os Mecanismos da Conquista Colonial. São Paulo: 
Perspectiva, 1995. 
 
TODOROV, Tzvétan. A Conquista da América: a questão do outro. São 
Paulo: Martins Fontes, 1999. 
 
VAINFAS, Ronald (org.). América em Tempo de Conquista. Rio de Janeiro: 
Zahar, 1992

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