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Anatomia - Sistema nervoso

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ARTICULAÇÃO TEMPROMANDIBULAR:
A ATM é uma articulação sinovial, que permite amplos movimentos da mandíbula em torno de um osso fixo, o temporal. É uma articulação bilateral interligada pela mandíbula e interdependente, com movimentos próprios para cada lado, porém simultâneos, podendo ser considerada uma única articulação. Há também uma relação de interdependência da ATM com a oclusão dos dentes. Outras peculiaridades da ATM, que a distinguem das demais articulações do corpo, são: o revestimento superficial de tecido conjuntivo denso modelado e não de cartilagem hialina; a cabeça da mandíbula cresce na superfície, sem cartilagem epifisial; as faces articulares são bastante discordantes; um disco articular se coloca entre as faces articulares; tem movimentos de rotação e de translação associados; impulsos proprioceptivos são gerados também no nível dos dentes e estruturas bucais.
Partes ósseas da ATM: cabeça da mandíbula (côndilo) e eminência articular e fossa mandibular do temporal. A remodelação óssea é um fenômeno adaptativo às demandas funcionais, determinadas por forças mecânicas aplicadas sobre o osso. Na ATM , remodelação pode ocorrer em qualquer idade e compromete preferentemente as vertentes anterior e posterior da cabeça da mandíbula.
	Par de nervos
	Origem aparente no encéfalo
	Origem aparente no crânio
	Função
	Tipo
	I – Nervo olfatório
	Bolbo oftálmico
	Lâmina crivosa do osso etmóide
	Envia informações ao SNC relacionadas com o olfato
	Sensitivo
	II – Nervo óptico
	Quiasma óptico
	Canal óptico
	Envia informações ao SNC relacionadas com a visão
	Sensitivo
	III – Nervo óculomotor
	Sulco medial do pedúnculo cerebelar
	Fissura orbital superior
	Responsável pela inervação de alguns dos músculos que movimentam o bulbo do olho
	Misto
	IV – Nervo troclear
	Veia medular superior
	Fissura orbital superior
	Seus axônios formam um nervo delgado que penetra na órbita, inervando músculos extrínsecos do bulbo ao olho
	Misto
	V – Nervo trigêmeo
	Entre a ponte e o pedúnculo cerebelar médio
	Fissura orbital superior (oftálmico); forame redondo (maxila) e forame oval (mandíbula)
	Inerva, entre outros, os músculos da mastigação
	Misto
	VI – Nervo abducente
	Sulco bulbo-pontino
	Fissura orbital superior
	Destina-se a musculatura extrínseca do olho (músculo reto lateral)
	Misto
	VII – Nervo facial
	Sulco bulbo-pontino (lateralmente ao VI)
	Forame estilomastóideo
	Inerva todos os músculos da expressão facial
	Misto
	VIII – Nervo vestibulococlear
	Sulco bulbo-pontino (lateralmente ao VII)
	Penetra no osso temporal pelo meato acústico interno, mas não sai do crânio
	Envia informações ao SNC relacionadas com a audição
	Sensitivo
	IX - Nervo glossofaríngeo
	Sulco lateral posterior do bulbo
	Forame jugular
	Responsável pela inervação de um músculo da faringe relacionado com a deglutição
	Misto
	X - Nervo vago
	Sulco lateral posterior ao bulbo caudalmente ao IX
	Forame jugular
	Inerva musculatura lisa, cardíaca e esquelética de músculos da faringe, vias respiratórias, pulmões, órgãos do sistema digestório e genitourinário
	Misto
	XI – Nervo acessório
	Sulco lateral posterior ao bulbo (raiz craniana) e medula (raiz espinhal)
	Forame jugular
	Inerva os músculos esternocleidomastóideo e trapézio, coordenando movimentos da cabeça
	Misto
	XII – Nervo hipoglosso
	Sulco lateral anterior do bulbo, adiante da oliva
	Canal do hipoglosso
	Inerva a musculatura extrínseca e intrínseca da língua
	Misto
Aferentes – fibras nervosas que levam impulsos desde receptores em direção ao SNC.
Eferentes – fibras nervosas que enviam estímulos desde o SNC aos músculos e glândulas.
Somático – envia impulsos desde o SNC para os músculos esqueléticos
Autônomo – envia impulsos desde o SNC para musculatura lisa, cardíaca e glândulas, não comandado por nossa vontade.
Substância branca: conjunto de axônios mielinizados (a mielina é branca) e células da neuroglia.
Substância cinzenta: contém tanto corpos neuronais como dendritos e axônios amielinizados.
Um nervo é um feixe de fibras nervosas fora do SNC, e um fascículo ou trato é um feixe de fibras nervosas dentro do SNC. Tratos podem percorrer distancias apreciáveis ao longo da medula esponal, existem no encéfalo e conectam regiões encefálicas entre si ou estas com a medula espinal. Gânglio é o nome dado a corpos de células nervosas agrupadas e localizadas fora do SNC, já um núcleo é uma massa de corpos neuronais e dendritos localizados dentro do SNC. Cornos e colunas constituem as principais áreas de substancia cinzenta dentro da medula espinal.
Medula espinal é uma estrutura cilíndrica, formada por 31 segmentos onde cada um origina um par de nervos espinais. Começa como uma continuação do encéfalo e estende-se desde o forame magno ate o nível da 2a vértebra lombar (42 a 45 cm). Quando a medula espinal é vista externamente, duas discretas dilatações podem ser observadas. A superior localiza-se na região cervical, é a intumescência cervical. A dilatação inferior, ou intumescência lombossacral, localiza-se entre a 9a e a 12a vértebras torácicas. Essas dilatações são originadas pelo aumento do numero de neurônios encarregados da sensibilidade e da movimentação dos membros superiores e inferiores. Inferiormente a intumescência lombossacral, a medula espinal afilia-se formando o cone medular, que termina na 2a vértebra lombar. A camada meníngea que rveste intimamente a medua (pia-máter) continua-se desde esse ponto, formando um cordão delgado (filamento terminal) que de prende ao cóccix.
 
A medula espinal e a coluna vertebral crescem em ritmos diferentes, a medula espinal é menor que a coluna vertebral. Como consequência desse crescimento diferencial, a medula “termina” na primeira ou na segunda vértebra lombar, o que tem implicações clínicas importantes.
A medula espinal está localizada no interior da coluna vertebral. Esse arcabouço ósseo constitui sua principal proteção. Entre a estrutura óssea da coluna vertebral e o tecido nervoso constituinte da medula, interpõe-se um conjunto de três membranas conjuntivas, as meninges, que revestem completamente a medula espinal. A mais externa das meninges, a dura-máter, constituída por um tecido conjuntivo fibroso e resistente, forma um verdadeiro tubo ocupando o canal vertebral desde o nível da 2a vértebra sacral até o forame magno, onde ela se continua com a dura-máter encefálica. Entre a dura-máter e a parede óssea do canal vertebral, existe um espaço extradural ou peridural, preenchido por tecido adiposo, conjuntivo e vasos sanguíneos. A segunda membrana meníngea, a aracnoide, é também formada por tecido conjuntivo, porem mais fino e delicado que o da dura-máter. Entre a aracnoide e a dura-máter forma-se um espaço virtual denominado subdural. Finalmente, a pia-máter, é a membrana meníngea mais interna e mais delicada. Ela fica aderida a superfície do tecido nervoso e contem muitos vasos sanguíneos, entre a aracnoide e a pia-máter, localiza-se o espaço subaracnoideo, por onde circula o líquido cerebroso pinal ou liquor.
Observação clínica: parte do líquido cerebroespinal ou liquor que circula pelo espaço subaracnoideo é em determinadas ocasiões removido por meio de punção com finalidade diagnóstica. Nesse espaço podem também ser injetados antibióticos, quimioterápicos, contraste radiográfico ou anestésicos. Essa anestesia (raquidiana) atinge um nível mais profundo que aquela obtida ao injetar o anestésico no espaço peridural. A punção no espaço subaracnoideo é realizada geralmente entre a 3a e a 4a vértebra lombar, um nível onde, devido ao crescimento diferencial entre medula espinal e coluna vertebral, já não existe mais medula espinal e sim nervos espinais formando a cauda equina.
A medula espinal consiste em uma porção externa de substancia branca que rodeia a porção central de substancia cinzenta. Esta, com sua forma característica de borboleta ou “H”, é formada fundamentalmente por corpos de neurônios amielínicos e seus axônios e dendritos. A substância branca consistede feixes de axônios mielínicos de neurônios sensitivos ou motores, constituindo tratos.
 
- Podemos distinguir dois cornos anteriores e dois cornos posteriores e uma barra transversal do “H”. No meio do “H”, localiza-se um canal central, que percorre toda a extensão da medula, comunicando-se superiormente com um espaço amplo no interior do tronco encefálico preenchido por liquido cerebrospinal denominado quarto ventrículo. Entre o corno anterior e o posterior, lateralmente, existe o corno lateral, observável apenas nos segmentos torácico e lombar da medula espinal. Já a substancia branca da medula é formada fundamentalmente por tratos ou fascículos, esses tratos ou bem levam impulsos desde a medula para o encéfalo, ou trazem impulsos desde o encéfalo em direção à medula, ou comunicam diferentes segmentos medulares entre si. O nome do trato geralmente permite distinguir sua localizacao e funcao. Uma das principais funções da medula espinal é transmitir informações sensitivas (medula-encéfalo) e motoras (encéfalo-medula). Outra importante função da medula é formar o substrato anatomofisiológico para os reflexos medulares.
Os 31 pares de nervos espinais são as vias de comunicação entre os tratos e segmentos medulares e a periferia. Cada per de nervos espinais é conectaado ao seu segmento medular respectivo por dois segmentos chamados raízes. A raiz posterior ou dorsal contem apenas fibras sensitivas que conduzem informações na forma de impulsos desde a periferia para uma pequena dilatação, o gânglio sensitivo ou espinhal, onde se localizam os corpos celulares dos neurônios sensitivos primários. A outra raiz, raiz anterior ou ventral, possui apenas fibras motoras que levam impulsos (ordens) desde a medula e se dirigem aos musculos ou glândulas. Os neurônios (motores) que dao origem às fibras da raiz ventral localizam-se tambem no “H” medular. Se o impulso motor destina-se a um músculo esquelético, o corpo neuronal localiza-se no dorno anterior. Já se o impulso motor destina-se a um músculo liso, cardíaco ou glândula; o corpo neuronal localiza-se no corno lateral.
O arco reflexo é a unidade funcional báscia do SN. 
Receptor – é a extremidade distal de um dendrito ou uma estrutura sensitiva associada a essa extremidade. Seu papel dentro do arco reflexo é transformar as características do estímulo em uma corrente elétrica que se propagará através do...
..neurônio sensitivo (primário) – este tem seu corpo neuronal situado em gânglios situados principalmente fora do SNC, seu axônio distal conectado a um receptor e parte do seu axônio proximal dentro do SNC.
Centro de processamento – no interior do SNC, onde o impulso sensitivo de entrada vai gerar uma resposta motora.nesse centro, o impulso de entrada pode ser inibido, transmitido ou redirecionado. Nos centros destinados a alguns arco reflexos, o neurônio sensitivo faz sinapse diretamente com o neurônio motor. Em outros casos, o centro de processamento pode conter um ou mais neurônios interpostos entre o neurônio sensitivo e o motor. Esses neurônios são denominados interneurônios ou neurônios de associação.
Neurônio motor – transmite o impulso gerado no centro de processamento pelo neurônio sensitivo ou pelo interneurônio para o ..
..efetuador – órgão encarregado da resposta.
 
 
O encéfalo é a porção do SNC localizado dentro do neurocrânio e pode ser dividida em quatro regiões principais: tronco encefálico, diencéfalo, hemisférios cerebrais e cerebelo.
No final da quarta semana de vida intrauterina, na extremidade rostral da placa neural, é possível diferenciar três dilatações ou vesículas encefálicas primarias. A mais anterior é o prosencéfalo, a mais posterior, o rombencéfalo e entre elas o mesencéfalo. No indivíduo adulto o prosencéfalo originará os hemisférios cerebrais, com o córtex vertebral, corpo caloso, núcleos da base e estrutura associadas (telencéfalo); assim como o tálamo, o hipotálamo e o epitálamo (diencéfalo). O mesencéfalo continuará com o mesmo nome, e o rombencéfalo formará o cerebelo, a ponte e o bulbo.
O tronco encefálico.
Bulbo: representa a continuação superior, intracraniana, da medula espinal e forma a porção inferior do tronco encefálico. Limita-se anterossuperiormente com a ponte através do sulco bulbo-pontino. O bulbo contém todos os tratos ascendentes que comunicam a medula espinal com as diversas regiões encefálicas. Em uma vista lateral do bulbo, podemos visualizar duas elevações triangulares, as pirâmides. Essas pirâmides são compostas por tratos motores originados no córtex cerebral. A maior parte das fibras motoras da pirâmide esquerda cruzam para o lado direito e vice-versa, por causa disso, esse local denomina-se decussação das pirâmides. Como consequência desse fato, ordens motoras originadas no lado direito do cérebro, provocam contrações musculares do lado esquerdo do nosso corpo e vice-versa. Lateralmente às pirâmides, pode ser observada, a cada lado, uma elevação arredondada, a oliva. A face dorsal do bulbo apresenta outras estruturas importantes, como as elevações provocadas pelos núcleos grácil e cuneiforme. Neurônios esses núcleos recebem informação sensitiva de tratos ascendentes originados na medula espinal e transmitem esta informação sensitiva para o lado oposto. Essa informação é enviada posteriormente em direção ao tálamo e, na sequencia, às áreas sensitivas do córtex cerebral. Devido a essa degussação, agora de informações sensitivas ascendentes, quase todos os estumilos sensitivos originados de um lado do nosso corpo são percebidos no hemisfério cerebral oposto. Além de conduzir impulsos nervosos, o bulbo também é sede de áreas de substancia cinzenta agrupada de forma bastante difusa e que é conhecida como formação reticular, que desempenha um papel fundamental na manutenção do estado de vigília (consciência). Outros núcleos importantes localizam-se dentro do bulbo, como aqueles relacionados com a força e frequência dos batimentos cardíacos, ritmicidade respiratória, regulação do diâmetro dos vasos sanguíneos, manutenção do equilíbrio, deglutição, vômito, tosse, espirro. Além disso, o bulbo contem núcleos que dão origem a vários nervos cranianos.
 
 
Ponte: localizada cranialmente ao bulbo e ventralmente ao cerebelo, a ponte, à semelhança do bulbo, é composta por uma série de tratos e núcleos. Esses tratos conectam a medula espinal com outras estruturas encefálicas, assim como diferentes estruturas encefálicas entre si. Podemos observar na ponte tratos em duas direções: fibras transversais conectam a ponte com o cerebelo através do pedúnculo cerebelar médio; já as fibras longitudinais constituem parte dos tratos sensitivos e motores que conectam a medula espinal e o bulbo com as poções superiores do SNC. A ponte contem núcleos de nervos cranianos assim como parte da formação reticular anteriormente descrita. Um dos núcleos pontinos importantes pertencentes à formação reticular é o pneumotoráxico que, com alguns núcleos do bulbo, controla a respiração. Em uma peça anatômica na qual tenha sido retirado o cerebelo, é possível observar em uma vista dorsal da ponte a abertura provocada pelo quarto ventrículo. Em seu assoalho podem ser observadas, aos lados do sulco mediano, elevações provocadas por alguns dos núcleos, como o facial (colículo facial) e o lócus coeruleus, importante núcleo relacionado com a síntese e liberação de noradrenalina no cérebro. Em uma vista ventral da ponte, é possível observar um sulco mediano, o sulco da artéria basilar. Lateralmente a esse sulco, localiza-se a origem aparente do nervo trigêmeo.
Mesencéfalo: estende-se desde a ponte até a porção inferior do diencéfalo, sendo atravessado longitudinalmente pelo arqueduto do mesencéfalo que conecta o terceiro ao quarto ventrículo. Em um corte frontal, esse arqueduto permite dividir o mesencéfalo em uma porção ventral composta fundamentalmente pelos pedúnculos cerebraise uma porção superior ou dorsal constituída pelo teto do mesencéfalo. Os pedúnculos cerebrais podem ser divididos em base, constituída por fibras nervosas motoras que conectam o telencéfalo e o diencéfalo com as estruturas inferiores como ponte, bulbo e medula, e tegmento, que contem parte da formação reticular, substancia cinzenta e substancia branca composta de fibras sensitivas que levam informações ao encéfalo. A porção dorsal do mesencéfalo (lâmina do teto) contém quatro elevações arredondadas, as duas eminências mais craniais são denominadas de colículos superiores e estão relacionadas a movimentos reflexos dos globos oculares e da cabeça em resposta a estímulos externos, fundamentalmente visuais (a denominada “visão dos cegos”). As duas eminências mais caudais são denominadas colículos inferiores, os quais estão relacionados com movimentos reflexos da cabeça e do tronco em resposta a estímulos auditivos. No interior do mesencéfalo, entre a base do pedúnculo e o tegmento, podemos encontrar também a substância negra, um núcleo constituído por neurônios fortemente pigmentados o qual pode ser observado em um corte transversal do mesencéfalo. Esses neurônios sintetizam um neurotransmissor denominado dopamina que é fundamental nas atividades motoras. Inferior e lateralmente ao arqueduto do mesencéfalo localiza-se o núcleo rubro. Esse núcleo faz parte da porção mesencefálica da formação reticular anteriormente descrita e está associado ao desempenho de atividades motoras. Outros núcleos encontrados no mesencéfalo estão associados a nervos cranianos como o oculomotor e o troclear, ambos relacionados com movimentos oculares.
 
Cerebelo: localiza-se dorsalmente ao tronco encefálico e posteroinferiormente em relação aos hemisférios cerebrais. É composto por dois hemisférios cerebelares conectados com uma estrutura mediana denominada verme do cerebelo. Os hemisférios cerebelares apresentam uma região cortical (superficial) com diferentes tipos de neurônios dispostos em forma bastante homogênea ao longo de todo cerebelo. Compactos feixes de fibras conectam o cerebelo com o mesencéfalo, ponte e bulbo, através dos pedúnculos cerebelares superior, médio e inferior. Uma das peculiaridades do cerebelo é que apesar de representar aproximadamente 10% do total do encéfalo, ele contém quase a metade do total de neurônios encefálicos. Através desses pedúnculos, o cerebelo recebe e envia informações que permitem controlar e coordenar a atividade muscular, participando ativamente da regulação tanto dos movimentos voluntários como involuntários. Podem ser reconhecidas no cerebelo três divisões funcionais, que são associadas com as divisões anatômicas, as quais apresentam diferenças conectivas e filogenéticas. Elas são: o cerebelo vestibular, que tem um papel na manutenção do equilíbrio por meio do controle dos músculos posturais e também no controle da coordenação dos movimentos oculares em conjunto com os da cabeça; o cerebelo espinal, que contem mapas topográficos de todo o corpo, mantendo informado o cerebelo da exata posição do corpo em determinado momento. Já o cerebelo cortical coordena o planejamento dos movimentos dos membros.
Diencéfalo: é constituído por:
Tálamo: é constituído por duas massas ovoides de tecido nervoso, localizado acima do mesencéfalo, e unidas pela aderência intertalâmica. Medialmente a cada uma dessas massas, localiza-se o terceiro ventrículo e, lateralmente, a cápsula interna, um importante feixe de fibras que contém a maior parte dos axônios que alcançam ou se originam no córtex cerebral. Septos de substância branca dividem a substância cinzenta talâmica em vários núcleos. Alguns núcleos do tálamo constituem estação de retransmissão de estímulos sensoriais (exceto olfato) que transmitem em direção ao córtex cerebral. Outros núcleos estão relacionados à atividade motora, expressão emocional, interação da informação sensorial.
Hipotálamo: é uma pequena porém vital porção do diencéfalo, localizada anteriormente e inferiormente ao tálamo e separada pelo sulco hipotalâmico. Integra e controla o sistema nervoso autônomo, interferindo assim nos batimentos cardíacos, peristaltismo, contração da bexiga urinária.regular a ingestão de líquidos e o consumo de alimentos por meio do centro da fome e centro da saciedade; controlar a temperatura corpórea; esta relacionado com a recepção de umpulsos sensoriais das vísceras e com os sentimentos de raiva e agressão, controla também o ciclo vigília-sono.
Telencéfalo: o telencéfalo (no adulto) é formado pelos hemisférios cerebrais, corpo estriado e pela substância branca cerebral, recobre completamente o diencéfalo e o tronco encefálico, formando a maior parte do encéfalo. A superfície dos hemisférios cerebrais é composta por uma camada de substancia cinzenta denominada córtex cerebral, internamente ao córtex cerebral temos a substância branca cerebral. No decorrer do desenvolvimento embrionário, o córtex cerebral aumenta sua superfície de forma desproporcional em relação às outras estruturas encefálicas. Em virtude desse fato, ele dobra-se sobre si mesmo formando giros, sulcos e fissuras. A maior e mais profunda dessas fissura, a fissura longitudinal, separa o cérebro em um hemisfério direito e um esquerdo. Esses hemisférios não são completamente separados já que um grosso feixe de fibras que o os conectam. Entre esses feixes podemos citar o corpo caloso e a comissura branca anterior. Cada hemisfério cerebral é subdividido através dos sulcos e fissuras em quatro lobos que recebem o nome do osso do crânio com o qual se relaciona (lobo fronta, parietal, temporal e occipital) um quinto lobo, o lobo insular, encontra-se profundamente e só pode ser observado na profundidade do sulco lateral.
 
Existem três tipos de fibras na substância branca do cérebro:
Fibras de associação: conectam e transmitem impulsos entre giros de um mesmo hemisfério
Fibras comissurais: conectam e transmitem informações entre os hemisférios esquerdo e direito
Fibras de projeção: formam tratos ascendentes e descendentes que conectam e transmitem impulsos desde o cérebro para as outras partes do encéfalo e/ou medula espinal e vice-versa.
 
Massas de substância cinzenta dentro dos hemisférios cerebrais formam os nucleos da base: Os núcleos da base, são núcleos compostos por substância cinzenta localizados no interior de cada hemisfério cerebral. O maior desses núcleos é o corpo estriado, que, por sua vez, é formado pelo núcleo caudado e núcleo lentiforme. Esse último é formado por uma porção mais lateral denominada putame e outra medial denominada globo pálido. Lateralmente ao putam, observamos o claustro. Os núcleos da base estão conectados entre si, com o córtex cerebrak, tálamo e hipotálamo. Entre outras funçoes, o nucleo caudado e o putame controlam movimentos inconcientes realizados por músculos estriados, como os movimentos dos braços ao andar; já o globo pálido está relacionado com a manutenção do tono muscular.
O córtex cerebral pode ser parcialmente dividido em áreas morfofuncionais: é possivel distinguir no córtex cerebral camadas celulares diferenciadas. Podem ser distinguida 6 camadas, numeradas de I a IV; sendo a camada I aquela em contato com a pia-máter. Cada camada se caracteriza pelo predomineo de determinado tipo de neurônio. Assim, nas camadas III e V predominam neurônios de forma piramidal e, por isso, são denominadas camadas piramidais externa e interna. A área 17 localizada no pólo occipital é a primeira área cortical a receber a informação visual (área visual primária). As áreas 41 e 42, localizadas entre o lobo temporal e o lobo insular, são as primeiras a receberem informação auditiva (áreas auditivas primáras); as áreas 1, 2 e 3 que ocupam o giro pós-central são as primeiras a receber informacao somestésica. Essas áreas corticais que recebem inicialmente a informaçcao sensorial provinda de centros inferiores, são denominadas primárias. Elas processam caracteristicas simplesda informação. 
 
Somatopia: no giro pós-central do telencéfalo, localiza-se a área somestésica primária. Essa área recebe estímulos de receptores cutâneos, musculares e viscerais de diversas partes do corpo, os quais, antes de alcançar o córtex cerebral, fazem sinapse em estações intermediárias localizadas no tronco encefálico e tálamo. Cada ponto do giro pós-central recebe informações de uma parte específica do nosso corpo e todo nosso corpo está representado na área somestésica primária. Essa correspondência entre determinadas áreas corticais e certas partes do corpo define o conceiro de somatotopia. (homúnculo – a importância funcional e o numero de receptores que determina sua representação no córtex e não o tamanho de determinada região).
Além da proteção mecânica oferecida pelo arcabouço ósseo e as meninges, o encéfalo e a medula espinal são protegidos pelo líquido cerebrospinal. Tanto a medula espinal como o encéfalo são protegidos pelas meninges e pelo liquido cerebrospinal (LCE) ou liquor. Esse líquido circula pelo espaço subaracnóideo existente tando em volta da medula como do encéfalo. Ele é produzido por estruturas vasculares denominadas plexos carióideos. Em condiçoes normais, ele deve ser incolor, transparente e com um grau de fluidez próximo ao da água. Serve fundamentalmente para amortecer impactos do crânio, mas tambem faz circular substâncias nutritivas filtradas no sangue. Os plexos carióideos estão localizados nos ventrículos. Os ventrículos localizados no interior dos hemisférios cerebrais denominam-se ventrículos laterais. Bem no plano mediano, ocupando o espaço existente entre os tálamos, localiza-se o terceiro ventrículo, que se comunica com os ventrículos laterais através dos forames interventriculares. O quarto ventrículo localiza-se entre a ponte e o cerebelo e comunica-se com o terceiro ventrículo através do arqueduto do mesencéfalo. Por sua vez, o quarto ventrículo comunica-se com o espaço subaracnóideo e com o canal central da medula. Assim, o LCE produzido pelos plexos corióideos circula através dos ventrículos e espaço subaracnóideo. Ele é eliminado fundamentalmente pelas granulações aracnóideas, que são projeções do espaço subaracnóideo no seio sagital superior.
 
Vias independentes levam ao SNC diferentes tipos de informação sensitiva
Via motora voluntária: inicia-se na área motora primária, onde estão localizados os corpos celulares dos neurônios motores. Axônios desses neurônios descem através da cápsula interna, e aproximadamente 80% deles atravessam para o lado oposto, no bulbo (fecussação das pirâmides), e continuam pela medula espinal formando o trato corticoespinal lateral. As fibras que não decussam continuam pela medula espinal formando o trato corticospinal ventral e atravessam para o lado oposto ao nível medular. Esses axônios finalmente fazem sinapse em motoneurônios do corno ventral da medula, os quais inervam os músculos esqueléticos. Para os músculos da cabeça, a via origina-se tambem na área motora primária, a qual projeta em direção aos núcleos motores dos diferentes pares cranianos no tronco encefálico.
Vias sensitivas: em A, vias sensitivas para dor aguda e temperatura. O primeiro neurônio da sequência, cujo corpo celular se encontra no gânglio espinal, envia a informação captada por receptores específicos para essas modalidades sensoriais para o corno posterior ipsilateral, onde faz sinapse com o segundo neurônio. O axônio desse segundo neurônio atravessa para o lado oposto e entra no trato espinotalâmico lateral, chegando até o tálamo, onde faz sinapse com o terceiro neurônio. Este leva a informação à áreas somatossensorial primária do córtex cerebra. Em B, vias sensitivas para tato fino, pressão e propriocepção. O primeiro neurônio da sequência, cujo corpo celular se encontra no gânglio espinal, envia a informação captada por receptores específicos para essa modalidade sensorial através dos fascículos grácil e cuneiforme para os núcleos homônimos ipsilaterais, onde se encontra o segundo neurônio. O axônio desse neurônio atravessa para o lado oposto e ascende até o tálamo pelo memnisco medial, um trato ascendente que atravessa todo o tronco cerebra, até fazer sinapse com o terceiro neurônio no tálamo. Esse terceiro neurônio envia a informação já parcialmente processada para a área somatossensorial primária no cortex cerebral.
Sistema Nervoso Autônomo
O sistema nervoso desempenha suas funções captando estímulos internos e externos, gerando uma resposta consciente ou inconsciente de forma a manter a homeostase. As respostas inconscientes, que resultam na secreção de glândulas ou contração de musculatura lisa ou cardíaca, são veiculadas através de um sistema eferente (motor) diferente daquele que contrai voluntariamente a musculatura esquelética.
O SNA é inteiramente motor: a sensibilidade visceral é transmitida ao SNC através de receptores e fibras sensitivas associadas a neurônios viscerais aferentes que posuem os corpos celulares em gânglios sensitivos espinais e cranianos.
O SNA é constituído por duas partes: simpática e parassimpática. A maioria dos órgãos é inervada por ambas as partes do SNA. Quando isso acontece, fibras de uma parte estimulam o órgão a iniciar ou aumentar sua atividade, enquanto as fibras da outra levam a uma diminuição da atividade.
No SNA observamos a existência de dois neurônios motores fazendo parte dessa via, existe um neurônio motor autônomo dentro do SNC, denominado neurônio pré-ganglionar, cujo axônio sai do SNC alcançando um gânglio, obviamente, fora do SNC. Dentro desse gânglio, ocorre a sinapse com o corpo neuronal do segundo neurônio motor autônomo, o neurônio pós-ganglionar, cujo axônio abandona o gânglio alcançando o órgão a ser inervado.
Parte simpática: o neurônio pré-ganglionar localiza-se na coluna lateral da medula espinal torácica e dos dois primeiros segmentos lombares (divisão toracolombar). Os axônios mielinizados desses neurônios deixam a medula espinal através da raiz ventral do nervo esponal correspondente e, distalmente, localizam-se no próprio nervo espinal. Após o curto trajeto, essas fibras pré-ganglionares abandonam o nervo espinal para contatar o gânglio simpático, onde se encontra o corpo celular do neurônio pós-ganglionar. Os gânglios simpáticos formam uma cadeia de aproximadamente 22 gânglios, a cada lado da coluna vertebral, que unidos formam o tronco encefálico. Geralmente uma única fibra pré-ganglionar simpática faz sinapse com muitos neurônios pós-ganglionares dentro do gânglio. Além disso, fibras pós-ganglionares simpáticas distribuem-se por áreas muito extensas. Assim, o impulso que parte de um único neurônio pré-ganglionar simpatico alcança vários efetuadores viscerais. Por causa disto, as respostas simpáticas tem efeiros menos localizados.
Parte parassimpática: os neurônios pré-ganglionares estao localizados em nucleos de nervos cranianos (III, VII, IX e X pares), por isso recebe o nome de divisão craniossacral. Fibras pré-ganglionares originados nos III, VII e IX pares de nervos cranianos alcançam gânglios localizados em diversas regiões da face. De forma diferente ao observar na parte simpática, os gânglios parassimpáticos, de onde partem as fibras pós-ganglionares, estao sempre localizados próximos aos órgãos a serem inervados, motivo pelo qual as fibras pós-ganglionares originadas no X par craniano são longas, formando plexos nas cavidades torácica e abdominal até alcançarem gânglios localizados próximo às vísceras. Finalmente, fibras pré-ganglionares do componente sacral formam os nervos esplâncnicos pélvicos, que alcançam neurônios pós-ganglionares em gânglios localizados muito próximos às visceras da cavidade pélvica.
Na parte simpática, o meduador utilizado tanto pelos neurônios pré e pós-ganglionares é a acetilcolina. Como a acetilcolina é rapidamente inativada pela enzima acetilcolinesterase, os efeitos da ação colinérgica são rapidos e locais, a parte simpática utiliza também acetilcolina na sinapse existente entreos axônios dos neurônios pré-ganglionares, no interior dos gânglios simpáticos, mas utiliza geralmente outro mediador químico, a noradrenalina, nas sinapses que existem entre o axônio do neurônio pós-ganglionar e o efetuador. Como a noradrenalina é inativada por enzimas como a catecol-o-metiltransferase, COMT, ou monoamina oxidase, MAO, de forma bem mais lenta que a acetilcolina, e desde que a noradrenalina pode entrar na corrente sanguínea, os efeitos da estimulação simpática são mais amplos e duradouros.
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