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Regulação Hidroeletrolítica Hipertônico – muito soluto e pouco solvente (muito sódio, pouca água) Hipotônico – pouco soluto e muito solvente (pouco sódio, muita água) Vasopressina (hormônio antidiurético): - Retém água. · Quando se libera vasopressina? Quando há um aumento de osmolalidade (quando a gente perde muita água ou retem muito sódio, diarreia, vômitos). Mecanismos de liberação: Pequenas variações (1 a 2%) na osmolalidade dos líquidos corporais são reconhecidos pelos osmorreceptores (unidades celulares do órgão vasculoso laminar terminal - OVLT). Os osmorreceptores do OVLT percebem variações na osmolalidade e secretam glutamato no Núcleo Paraventricular do Hipotálamo e no Núcleo Supraótico. O glutamato é um neurotransmissor excitatório, irão estimular nesse caso os neurônios magnocelulares vasopressinérgicos do núcleo paraventricular e do núcleo supraótico. Quando há baixo quantidade de água não temos a liberação de vasopressina. Esses neurônios vasopressinérgicos (que são grandes) vão se projetar na neurohipófise e, uma vez estimulados, liberam vasopressina que depois segue para a corrente sanguínea até chegar no rim. Liberação sem OVLT: Acontece pelos neurônios vasopressinérgicos quando há um ambiente hipertônico. O sódio do ambiente hipertônico começa a entrar no neurônio vasopressinérgico a partir do canal para cátions TRPV4, diminuindo o potencial de membrana o que aumenta a frequência de disparo do neurônio vasopressinérgico, que passa a secretar mais vasopressina. Quando aumenta a frequência de disparo significa que estamos liberando mais vasopressina. Resumo da ativação dos neurônios vasopressinérgicos: O aumento da osmolalidade aumenta a probabilidade de abertura de canais TRPV dos neurônios vasopressinérgicos, causando despolarização dos neurônios do núcleo SON e PVN. Consequentemente, já a liberação de vasopressina. O aumento da osmolalidade resulta numa transmição glutamatérgica do OVLT no hipotálamo. Como consequência há a liberação de vasopressina. A diminuição na osmolaridade estimula a atividade de glioneurônios para liberarem taurina, que consequentemente inibe a liberação de vasopressina pelo SON e PVN. A ingestão de álcool leva a desidratação porque inibe a vasopressina por uma via GABAérgica. Mecanismo de ação da vasopressina (AVP/ADH): A vasopressina atua nos rins em 2 localidades: ducto coletor e alça de henle. Ela aumenta a reabsorção de água pelo ducto coletor e, ao mesmo tempo, gera hipertonicidade da medula renal. 1) Aumento da reabsorção de água A vasopressina vai até o rim e atua no receptor V2 na membrana basolateral da célula do ducto coletor. Esse receptor está acoplado a proteína GS (quando o receptor é ativado, essa proteína também é ativada) que quando ativada percorre o interior da membrana e estimula a ADNilato ciclase que converte ATP em AMPCíclico. Quando aumenta essa quantidade de AMPCíclico na célula, nos estimulamos uma proteína quinase dependente de AMPCíclico (PKA) que fosforila os seus alvos: CREB – mecanismo de estimulação genômica, estimula a síntese de proteínas, síntese de coisas dentro da célula (RNAm, RNA, etc) e vai estimular as vesículas contendo aquaporina, também estimula o sistema de microtúbulos. Ele pega a vesícula contendo aquaporina e manda para a membrana apical. Mais aquaporinas são expressas na membrana apical da célula, permitindo maior reabsorção de água. (aquaporinas são canais para água) 2) Hipertonicidade da medula renal A vasopressina está no sangue e agora vai atuar na alça ascendente de henle se ligando no receptor V2 na membrana basolateral da célula da alça. O receptor V2 é acoplado à proteína GS (PTNGS > ADENILATO CICLASE > AUMENTO DE [CAMP] > PKA). A PKA fosforila e estimula a atividade do transportador tríplice (1Na+1k+2Cl-). Esses íons são encaminhados à medula renal, gerando hipertonicidade da medula renal. A hipertonicidade é o estimulo para a água ser reabsorvida lá no ducto coletor. Esses 2 mecanismos ocorrem simultaneamente! · Animais desidratados apresentam maior secreção de vasopressina porque eles têm mais soluto em menos contingente de água = ALTA OSMOLALIDADE! · Administrar substâncias hipertônicas em animais que já estão desidratados aumenta cada vez mais a concentração de vasopressina no plasma sanguíneo = OSMOLALIDADE CADA VEZ MAIOR! Sistema Renina Angiotensina Aldosterona (SRAA): Atua estimulando a reabsorção de Sódio e reabsorção de água (hiponatemia e hipovolemia) Liberação de renina pela célula justaglomerular: Para a renina ser liberada, temos 2 mecanismos: mecanismo dependente de prostaglandina e o mecanismo dependente de catecolamina. Para inibir também temos 2 mecanismos: dependente de sódio e outro mecanismo dependente de sódio. Em concentrações normais de sódio (HIPONATREMIA), a COX-2 da mácula densa converte ácido araquidônico em prostaglandinas que atuam paracrinamente nas células justaglomerulares. Nessas células, seu receptor acoplado à proteína GS desencadeia o aumento de CAMP intracelular e consequente liberação de renina, simultaneamente, as catecolaminas (sistema nervoso simpático) atuam via receptor B1, acoplado à proteína GS, e estimulam a liberação de renina pela mesma via. Em condições de HIPERNATREMIA, a secreção de renina é inibida. Entra muito sódio na macula densa que inibe a COX-2. Muito sódio é reabsorvido pela Na-K-ATPase: adenosina atua via proteína GI e inibe a liberação de renina. ATP é convertido em ADP. Quando a ptn GI inibe a adenilado ciclase temos menos quantidade AMPCíclico e quando temos menos AMPCíclico, temos menos secreção de renina. O rim (célula justaglomerular) libera renina e a renina vai para o sangue. O papel da renina é converter o angiotensinogênio (produzido no fígado) em Angiotensina I na própria circulação sanguínea. A angiotensina I é convertida em angiotensina II pela enzima ECA (enzima conversora de angiotensina) que está altamente concentrada no pulmão (mas ela está localizada em vários outros lugares). A angiotensina II se liga no seu receptor na glândula adrenal e induz a liberação de aldosterona pelo córtex dessa glândula. A aldosterona atua nas células principais do ducto contorcido distal. Ação da aldosterona: Efeito não genômico: no túbulo contorcido distal a aldosterona atua no receptor para aldosterona e logo em seguido estimula a atividade da PKC (proteína quinase dependente de cálcio) que atua aumentando a mobilização de canais para potássio e de bomba H+ATPase na membrana apical da célula. A aldosterona quando aumenta a expressão desses canais na membrana estimula a liberação de potássio causando uma hipocalemia. A aldosterona está acidificando a urina. Efeito genômico: a aldosterona chega no seu receptor e atua genomicamente. Aumenta a síntese de canais ENAC (canais para sódio) e quando a quantidade de canais ENAC na membrana é aumentado nas células principais do túbulo contorcido distal, mais sódio que estava no lúmen tubular entra por esse canal (reabsorvendo mais sódio). Porém o sódio não pode ficar dentro da célula, então ele sai pela bomba de sódio e potássio. A aldosterona também atua estimulando a atividade da bomba de sódio e potássio. A aldosterona induz a reabsorção de sódio e, por fatores osmóticos, a água é reabsorvida também. Aldosterona X Canais ENAC À medida que aumenta a concentração de aldosterona no plasma, aumenta-se a expressão de canais ENAC. Animais Knock-out B-adrenérgico: Animais knockout para os receptores B já apresentam concentrações muito baixas de angiotensina (porque eles liberam menos renina pela célula justaglomerular), já que não terão a atuação das catecolaminas no receptor B1. Ao introduzir uma injeção salina, ainda assim há queda na produção de angiotensina pelos animais knockout. Apesar de não terem o sistema B-adrenérgico. Isso acontece devido ao mecanismo da entrada de sódio na mácula densa. ANP (Peptídeo Natriurético Atrial): Quando estamos em hipervolemia, o sangue vai chegar no átrio direito do coração pela veia cava e, pela quantidade que chega, esse átriovai se estender mais que o normal por conta de mecanorreceptores. Isso desencadeia a liberação de Pró-ANP pelas próprias células do coração. Quando o pró-ANP é secretado, ele é liberado na corrente sanguínea e lá é clivado em ANP pela corina. O ANP atua de diversas formas para tentar inibir a liberação de sódio e água: inibindo a secreção de renina pelas células justaglomerulares; inibindo a secreção de aldosterona pelo córtex da adrenal; inibindo os canais de ENAC das células principais do TCD. Resultado = ANP tem o intuito de diminuir o volume circulante. É antagonista do SRAA. Vasopressina – aumento da osmolalidade SRAA – hiponatremia ANP – volume sanguíneo está muito alto
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