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Criptomoedas: Conceito e Origem

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BLOCKCHAIN E 
CRIPTOMOEDAS 
AULA 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Antonio Siemsen Munhoz e Prof. Daniel Weigert Cavagnari 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Agora que temos a real noção de como as moedas funcionam, para que 
servem e como se dinamizam, conforme a teoria tradicional da moeda, vejamos 
como seria se tudo isso estivesse para mudar. 
Mas calma, quando exageradamente dizemos que moedas digitais vão 
mudar tudo o que se entende por moeda, isso não diz respeito exatamente a um 
contexto geral, mas apenas em grande parte estrutural. 
Nesta aula, iniciaremos os estudos acerca das criptomoedas, do seu 
surgimento e da sua dinâmica de funcionamento. Fique atento, há muitas 
novidades aqui e que abrem uma visão que com certeza vai nos orientar a 
estarmos preparados para o futuro e, quem sabe, possamos mudá-lo também. 
CONTEXTUALIZANDO 
Lembro-me quando criança da primeira vez em que descobri o princípio 
do conceito de moeda e acredito que isso tenha me inspirado a simpatizar tanto 
com finanças muito antes dos computadores se popularizarem. Era um fim de 
semana inteiro de festa junina, não diferente das atuais. Quentão, pinhão, 
pipoca, entre outras delícias da minha infância. O mais interessante é que não 
dá para esquecer dos tão conhecidos e práticos vales. Vale pipoca, refrigerante, 
quentão. Vale para tudo que precisasse comprar. Os pais se dirigiam ao caixa e 
compravam os vales necessários para alegria dos seus filhos. 
 
Crédito: Diogo PPR/Shutterstock. 
 
 
3 
Veio à tona essa lembrança porque a relação das criptomoedas com 
esses vales é muito próxima. Note que a criação de moeda também era possível, 
pois a impressão desses papeis, com valor, mesmo que em mimeógrafos, 
ocorria apenas para quem tivesse a possibilidade de acesso a equipamentos, à 
tecnologia da época. 
O mais notável é que, em algumas festas, alguns produtos acabavam 
mais cedo do que se esperava e a quantidade de vales coletados não batia com 
os registros nos caixas. Obviamente, alguns que tinham acesso copiavam e 
imprimiam vales, corrompendo e estragando a festa para levar vantagem, 
causando um desfalque tamanho. Pela experiência de muitos anos, lembro-me 
de uma comissão de professores que ficavam nas bancas e que tinham sido 
treinados para observar uma particularidade que não era reproduzida facilmente, 
como uma marca ou assinatura feita com suco de limão se não me engano. A 
partir daquele momento, a moeda vale consumo estaria garantida contra fraudes 
e a festa estaria garantida. 
Note que a segurança desses vales não estava somente nas marcas, mas 
nas pessoas que auditavam em tempo real o recebimento desses vales. 
Agora imagine se, na época, se é que realmente não o fizeram, 
numerassem os vales na ordem em que fossem separados e em que cada um 
tivesse um registro dessa operação. Assim, eu numero um vale com um 
algoritmo que cria um dígito verificador, como no CPF. Exemplo 12330 ([1 + 2 + 
3] / 2 = 3,0). No vale seguinte, 12435 ([1 + 2 + 4] / 2 = 3,5) e, em letra menor, 
logo abaixo, escreveria o número do vale que o antecedeu (12330) e o número 
do próximo vale (12540). Ainda, registraria em uma folha a sequência de vales 
emitidos com seus respectivos números e a ordem de impressão. Entregaria 
uma cópia dessa folha a cada professor, que receberia os vales nas bancas. O 
professor apanharia o vale, resolveria o algoritmo para conferir e observaria a 
sequência na lista. O prêmio para isso seria a garantia antifraude. Podemos até 
chamar esse processo e registro de blockchain (cadeia de blocos). 
Então, assim como essa segurança seria maior para os vales, para as 
criptomoedas ocorre o mesmo. A segurança em si não está totalmente na 
criptografia, mas no processo. Para cada operação de compra e venda e até 
mesmo de criação da criptomoeda, ocorre uma validação em tempo real no 
blockchain, que é é a folha que contém o registro dos vales. Bem, sobre esse 
processo e o blockchain veremos mais adiante. 
 
 
4 
TEMA 1 – CRIPTOMOEDAS – CONCEITO E ORIGEM 
Figura 1 – Criptomoedas 
 
Crédito: Wit Olszewski/Shutterstock. 
São raras as pessoas que não ouviram falar ainda das criptomoedas, 
ainda mais a mais famosa de todas, o bitcoin. Isso mesmo, há várias moedas 
em processo de surgimento e ascensão e conheceremos aqui algumas delas. 
Mas, afinal, o que é uma criptomoeda? O conceito é simples, mas ela 
possui algumas características próprias. 
Criptomoeda é toda e qualquer moeda que existe apenas digitalmente 
(isso mesmo, ela não é impressa), suportada por uma tecnologia denominada 
blockchain e descentralizada, ou seja, ela não é controlada como ocorre com as 
moedas fiduciárias, como o Real, Dólar, Euro, entre outras. 
As criptomoedas têm a mesma função de qualquer outra moeda comum, 
desde comprar até sua especulação no mercado, dado seu preço, mas 
claramente com um maior dinamismo, em todos os sentidos. 
1.1 Origem das criptomoedas e a crise financeira de 2008 
A primeira criptomoeda, com seu conceito de moeda eletrônica, 
descentralizada e segura, foi o bitcoin. Criada em 2009, logo após a crise 
financeira global de 2008 pelo pseudônimo Satoshi Nakamoto (isso mesmo, não 
se sabe até hoje se Nakamoto era o pseudônimo de um programador ou um 
grupo de programadores), mas de qualquer forma ela manteve-se pela sua 
clareza e certeza de que não haveria alguém a controlando, assim como os 
bancos centrais, bancos e casas da moeda. 
 
 
5 
Sabemos que o dinheiro fiduciário é controlado pelo Banco Central, que 
determina e controla a quantidade de dinheiro em circulação. Os bancos também 
criam moeda a todo momento, apenas com seus empréstimos baseados em uma 
fração do depósito à vista. Já nas criptomoedas isso não ocorre. Elas só são 
criadas a partir de um trabalho, no caso do bitcoin, a mineração, como é 
chamada. 
Tampouco há controle do bitcoin – mas apenas criação e registro. Então 
você se pergunta: alguém, em algum lugar no mundo, conseguirá desligar o 
bitcoin? A resposta está na pergunta que surgiu já no início dos anos 1990: onde 
desligamos a internet? 
Assim como a própria rede mundial, o bitcoin, assim como as altcoins (as 
outras criptomoedas não bitcoin), é um “acidente” descontrolado, porque ele 
pertence a todos e a ninguém ao mesmo tempo. Cada computador da rede que 
opera o blockchain (livro de registro das operações do bitcoin) possui uma cópia 
de todas as transações da moeda desde que foi criada, através da rede P2P 
(peer-to-peer). P2P significa que não há um acesso a determinado site ou um 
agente que disponibilize o acesso. Ele é dividido e compartilhado por todos os 
computadores que operam simultaneamente. Eu explico: imagine que você faz 
a compra de uma música na rede do iTunes. Paga pela música e faz o download. 
Quem lhe disponibiliza esse download é o iTunes e se ele não quiser mais 
vender aquele álbum ou música, simplesmente retira do ar e ninguém mais 
baixa. 
Pelo P2P (ponto-a-ponto), isso não ocorre, porque não há um local 
específico onde a música está instalada, pois ela está em todo ou em partes 
espalhada por diversos usuários. Se apagar o arquivo de um, existirão outros 
milhares com uma cópia. 
O P2P surgiu no berçário da internet, ainda nos anos 80, e ficou famoso 
na distribuição de músicas piratas pelo sistema Napster de 1999 a 2002. Se, por 
exemplo, o lançamento do iPod em 2001, juntamente com o iTunes da Apple, 
mudou toda a indústria da música, o motivo pelo aceite dessa mudança foi 
definitivamente o Napster. 
Assim, em 3 de janeiro de 2009, às 18h15 UTC, Satoshi Nakamoto 
registra o primeiro bloco (bloco gênesis), pagando a recompensa de 50 bitcoins. 
Como desde o primeiro registro permanece em milhares de computadores, 
juntamente com todas as operações, é possível vislumbrá-lo na Blockchain. 
 
 
6 
Figura 2 – Ilustração do primeiro registro do bitcoin em 2009 
 
Fonte: Blockchain, 2019. 
Quadro 1 – Livrode registro (blockchain) 
Altura Hora Hash (chave pública) 
Tamanho 
(em kB) 
1 (Sequência Principal) 2009-01-09 02:54:25 
00000000839a8e6886ab5951d76f4114754
28afc90947ee320161bbf18eb6048 
0.21 
2 (Sequência Principal) 2009-01-09 02:55:44 
000000006a625f06636b8bb6ac7b960a8d0
3705d1ace08b1a19da3fdcc99ddbd 
0.21 
3 (Sequência Principal) 2009-01-09 03:02:53 
0000000082b5015589a3fdf2d4baff403e6f0
be035a5d9742c1cae6295464449 
0.21 
4 (Sequência Principal) 2009-01-09 03:16:28 
000000004ebadb55ee9096c9a2f8880e09d
a59c0d68b1c228da88e48844a1485 
0.21 
5 (Sequência Principal) 2009-01-09 03:23:48 
000000009b7262315dbf071787ad3656097
b892abffd1f95a1a022f896f533fc 
0.21 
6 (Sequência Principal) 2009-01-09 03:29:49 
000000003031a0e73735690c5a1ff2a4be8
2553b2a12b776fbd3a215dc8f778d 
0.21 
7 (Sequência Principal) 2009-01-09 03:39:29 
0000000071966c2b1d065fd446b1e485b2c
9d9594acd2007ccbd5441cfc89444 
0.21 
8 (Sequência Principal) 2009-01-09 03:45:43 
00000000408c48f847aa786c2268fc3e6ec2
af68e8468a34a28c61b7f1de0dc6 
0.21 
9 (Sequência Principal) 2009-01-09 03:54:39 
000000008d9dc510f23c2657fc4f67bea300
78cc05a90eb89e84cc475c080805 
0.21 
10 (Sequência Principal) 2009-01-09 04:05:52 
000000002c05cc2e78923c34df87fd108b22
221ac6076c18f3ade378a4d915e9 
0.21 
11 (Sequência Principal) 2009-01-09 04:12:40 
0000000097be56d606cdd9c54b04d4747e
957d3608abe69198c661f2add73073 
0.21 
12 (Sequência Principal) 2009-01-09 04:21:28 
0000000027c2488e2510d1acf4369787784
fa20ee084c258b58d9fbd43802b5e 
0.21 
13 (Sequência Principal) 2009-01-09 04:23:40 
000000005c51de2031a895adc145ee2242
e919a01c6d61fb222a54a54b4d3089 
0.21 
14 (Sequência Principal) 2009-01-09 04:33:09 
0000000080f17a0c5a67f663a9bc9969eb3
7e81666d9321125f0e293656f8a37 
0.21 
Fonte: Blockchain, 2017. 
Quadro 2 – Bloco 0 – Primeiro registro do bitcoin na blockchain 
Hash: 000000000019d6689c085ae165831e934ff763ae46a2a6c172b3f1b60a8ce26f 
Número de Transações 1 
Total de Saída 50 BTC 
Volume Estimado de Transações 0 BTC 
Taxas de Transação 0 BTC 
Altura 0 (Sequência Principal) 
Timestamp 2009-01-03 18:15:05 
Hora de Recepção 2009-01-03 18:15:05 
Transmitido Por Unknown 
Dificuldade 1 
Bits 486604799 
Tamanho 0.285 kB 
Peso 0.896 kWU 
Versão 1 
Nonce 2083236893 
Fonte: Blockchain, 2009. 
 
 
7 
1.2 O fenômeno criptomoeda 
Lansit e Lakhani (2017), a convite da HBR – Harvard Business Review, uma 
das mais conceituadas revistas existentes no mercado administrativo, tratam do 
tema em seu nascedouro, como área da ciência mais ampla e que trata o tema em 
sua devida medida, como um fenômeno econômico, investigando mais a fundo a 
conceituação blockchain. Esses autores consideram que contratos, transações de 
negócios e o registro dessas situações estão entre as estruturas que exigem uma 
definição clara, de modo a facilitar a compreensão dos sistemas políticos, 
econômicos e legais, vigentes no tecido social. É preciso evitar que ele seja 
apresentado aos olhos dos leitores como um inconsútil véu, que impede que a 
realidade seja vista como ela realmente é. 
Em suas considerações mais aprofundadas sobre o fenômeno, cuja ponta 
do iceberg é a criptomoeda, esses pesquisadores consideram como de maior 
importância social, devido aos devastadores efeitos que uma economia digital mal 
dirigida poderia trazer a bordo de um neoliberalismo galopante e cada vez mais 
voraz em seu propósito de deslocar interesses sociais (que deveriam existir em 
todas as relações humanas) em benefício do particular e de capitais investidos. 
A transformação digital está por trás de muitos fenômenos socialmente 
indesejáveis e tal fato também ocorre com a transformação da economia digital. 
Alguns pesquisadores mais céticos não se esquecem do fato de que muitos 
administradores utilizam a falácia oculta pela ironia e consideram ser a 
transformação digital uma Ferrari dirigida por Schumacher (ainda uma lembrança 
presente), enquanto o pensamento econômico ainda parece transitar em um 
fusquinha, considerado um dos fenômenos da indústria automobilística, mas que, 
de forma inegável, representa um passado que, por mais glorioso que possa ter 
sido, não mais move as pás dos moinhos digitais. 
Com tal pensamento em destaque, é possível encontrar diversos níveis de 
receio ao se tentar localizar um enunciado definitivo para o que vem a ser uma 
criptomoeda. É possível se apoiar em uma colocação de Pires (2017), que define 
esse novo elemento econômico como resultado da expansão da presença e 
frequência das empresas no mundo digital, cuja importância ganha destaque 
quando se observa que o tema foi tratado nas três últimas edições (2014, 2015 e 
2016) do fórum das Nações Unidas sobre a governança da internet (IGF, 2019). 
 
 
8 
Nesses encontros, a criptomoeda foi tratada como um fenômeno não muito 
bem compreendido e, talvez por isso mesmo, ainda tratado como um assunto 
sujeito a histórias fantásticas, como aquelas contadas pelos antigos pajés (os 
naturais administradores dos negócios indígenas em épocas pretéritas). A atenção 
que ele chama justifica os estudos e envolve pesquisadores que representam tanto 
a sociedade civil (com preocupações sociais necessárias) e empresários 
(defendendo interesses nem sempre éticos das empresas, esquecendo-se dos 
pequenos segmentos sociais, que são quem realmente movimenta a economia). 
Sem consumidores não existem negócios, e não dar o respeito necessário pode 
parecer uma situação similar que favorece a busca da metáfora do sacrifício da 
galinha dos ovos de ouro, como justificativa última, na defesa do social. 
Com o pé mais no chão, é possível considerar que a crise financeira que 
atinge os mercados mundiais, já um pouco cansados do fenômeno da globalização, 
mas que ainda suporta reflexões, está na origem do surgimento das criptomoedas. 
Como muitos administradores o fazem, podemos nos apoiar nas colocações 
desenvolvidas nos editoriais da revista on-line Finance One (2018) e aceitar seu 
posicionamento como um órgão formador de opinião na área, que considera que 
ela é bastante similar às moedas físicas tradicionais e possui os mesmos elementos 
identificadores, tais como números de série, marca d´água e outros dispositivos de 
segurança (ainda que estejam sob o foco da desconfiança) apoiada em códigos 
criados por hackers e crackers, que emprestam sua capacidade de agir pelo mal, 
em benefício de outros que desejam garantir a segurança de uma nova moeda. 
Depois de muitas conjeturas, seus editores relutam, mas acabam por definir 
uma criptomoeda como um meio de pagamento digital, citando como exemplo o 
velho bitcoin, que na atualidade está acompanhado por outras colegas 
denominadas litecoin; ethereum; ripple; monero, dash. Todas ainda seguem a 
mesma definição e apresentam maior ou menor grau de atração, o que depende da 
forma de desenvolvimento do marketing digital que está por trás dos negócios 
digitais, desenvolvidos com essas moedas. 
Veja no Quadro 3 de definições que é possível montar com base na 
transcrição do texto colocado pela FinanceOne (2018). 
 
 
 
9 
Quadro 3 – Criptomoeda segundo a FinanceOne 
Moeda Significado 
Litecoin Conhecido como irmão mais novo do bitcoin, tem as mesmas características, 
porém com menor tempo de transação, devido a uma taxa menor de bloqueio e 
mais acessibilidade. A tendência é de um maior crescimento graças à 
familiaridade com o bitcoin. 
Ethereum A mais nova e recente moeda apresentada em 2014 por Vitalik Buterin, 
financiado como um projeto crowdfunding, o terceiro maior já financiado dessa 
forma. Hoje é a segunda maior criptomoeda do mundo com uma capitalização 
de mercado de mais de 40 bilhões e valorização de mais de 5.000% desde o 
início do ano. Em novembro esta moeda atingiu uma taxa de conversão de US$ 
425,55, considerada como uma máxima histórica. 
Ripple Também conhecido como XRP, é um pouco diferente das outras criptomoedas, 
pois traduz tanto uma moeda digital quantouma rede de pagamento aberta, 
com menores taxas e atrasos de processamento. Atualmente, opera em baixa. 
Monero Usa o código aberto CrytoNote, codificado a partir do zero. Entre suas 
características estão os pagamentos e transações ocultos. A diferença básica 
entre ela e o bitcoin é que ela cria um endereço único para cada transação, 
adotando uma senha privada que possibilita que as informações completas do 
processo sejam vistas apenas pela pessoa que recebeu o depósito ou por quem 
possuir a senha. 
Dash Operações com essa moeda têm confirmação praticamente instantânea, pela 
rede Masternodes (diferente do bitcoin). E é essa rede que permite que as 
transações sejam anônimas, caracterizando a dash pela privacidade dos seus 
usuários. 
Fonte: FinanceOne, 2018. 
TEMA 2 – CRIPTOMOEDAS EM ATIVIDADE 
Quadro 4 – Criptomoedas ativas desde 2009 
Lança-
mento 
Moeda Símbolo Fundador 
Algoritmo 
Hash 
Moeda 
2009 Bitcoin BTC 
Satoshi 
Nakamoto 
SHA-256d Primeira moeda de livro razão descentralizado. 
2011 Namecoin NMC Vincent Durham SHA-256d 
Também atua como uma alternativa 
descentralizada de DNS. 
2011 Litecoin LTC Charles Lee Scrypt 
Primeira moeda utilizando scrypt a ser bem-
sucedida. 
2012 Peercoin PPC Sunny King SHA-256d Primeira a usar PDT e PDP de maneira híbrida. 
2013 Dogecoin DOGE 
Jackson Palmer 
& Billy Markus 
Scrypt 
Criptomoeda descentralizada baseada num 
meme de internet. 
2013 Mastercoin MSC J. R. Willett SHA-256d 
Mastercoin é um protocolo de moeda digital e 
comunicação construído em cima do block 
chain utilizado pelo bitcoin. 
2013 Emercoin EMC EvgenijM86 SHA-256 
Armazenamento confiável para qualquer 
informação de pequeno porte: funciona como 
alternativa para DNS descentralizado, 
armazenamento de ICP, infraestrutura de SSL 
e outros. 
2013 Nxt NXT 
BCNext 
(pseudônimo)[ 
SHA-256d 
Nxt é especificamente projetada como uma 
plataforma flexível para a construção de 
aplicações e serviços financeiros em torno do 
seu protocolo. 
2014 Nano NANO Colin LeMahieu Blake2b 
Nano (anteriormente Raiblocks) é uma 
criptomoeda com transações instantâneas, 
sem taxas e baixo consumo de energia, 
permitindo-a ser uma prática e decentralizada 
criptomoeda para o uso cotidiano. 
2014 CloakCoin CLOAK CloakCoin Team X13 
Transações privadas usando o protocolo 
ENIGMA. Serviço de mistura de moedas 
usando outras carteiras da rede como mixers. 
(continua) 
 
 
10 
 (continuação do Quadro 4) 
2014 Auroracoin AUR Baldur Odinsson Scrypt 
Criada na Islândia como alternativa para 
moedas fiduciárias. 
2014 BlackCoin BC, BLK 
Rat4 
(pseudônimo) 
Scrypt 
BlackCoin assegura sua rede através de um 
processo chamado minting. 
2014 DigitalNote XDN 
XDN-dev team, 
dNote 
CryptoNight 
DigitalNote (XDN) é uma nova criptomoeda 
com mensagens instantâneas não rastreáveis, 
usa o protocolo CryptoNote. 
2014 MazaCoin MZC 
BTC Oyate 
Initiative 
SHA-256d 
O software por baixo do MazaCoin é derivado 
de outra criptomoeda, a ZetaCoin. 
2014 Monero XMR 
Monero Core 
Team 
CryptoNight 
Monero (XMR) é uma nova criptomoeda 
centrada em privacidade usando o protocolo 
CryptoNote. 
2014 PotCoin POT - Scrypt 
Desenvolvida para servir à indústria legalizada 
de Maconha. 
2014 Dash DASH 
Evan Duffield & 
Kyle Hagan 
X11 
Adiciona privacidade às transações através de 
uma mistura de moedas descentralizada 
chamada Darksend. 
2015 Ethereum ETH Vitalik Buterin 
Dagger 
Hashimoto 
Ethereum é uma criptomoeda descentralizada 
que executa contratos inteligentes. 
2015 E-Coins ECS QuiproQuo Scrypt Primeira criptomoeda Suíça 
2016 Zcash ZEC 
Zooko Wilcox-
O'Hearn 
Equihash 
Zcash é uma criptomoeda que pretende prover 
uma melhoria em privacidade usando 
criptografia. 
2017 
Niobio 
Cash 
NBR Marconi Soldate CryptoNight 
É uma criptomoeda que tem objetivo de ser 
uma forma de pagamento rápida, segura e 
eficiente. Além disso, incentiva pesquisas 
sobre as riquezas minerais brasileiras. 
Fonte: Criptomoeda, 2019. 
Neste tópico, vamos detalhar, com mais vagar, cada uma das moedas 
que foram relacionadas pela FinanceOne como aquelas que estão presentes na 
atualidade. O estudo elenca as seis moedas em destaque: bitcoin; litecoin; 
ethereum; ripple; monero e; dash. Vamos colocar em destaque cada uma delas: 
Figura 3 – Bitcoin 
 
Crédito: Annagarmatiy/Shutterstock. 
Foi a primeira das moedas criadas e funciona como uma rede de 
pagamento descentralizada que é gerenciada pelos próprios usuários, 
descartando a necessidade de um “banco central”, a exemplo do organismo que 
controla a nossa moeda real. A grosso modo, a definição mais utilizada pelos 
 
 
11 
internautas é simples: ela funciona como o dinheiro para a internet. Ela 
representa a primeira iniciativa no campo das criptomoedas. Podem ser 
utilizadas como considerações complementares: sua criação data do ano de 
1998; não tem controle centralizado, podendo ser o controle considerado 
“propriedade” dos seus usuários; para o comum dos mortais (os usuários 
defenestrados ou não), ela nada mais é que um programa aplicativo, que roda 
em computadores móveis; é o aplicativo mais utilizado na conceituação 
blockchain. Sua sigla é conhecida como BTC, sendo representada pela letra B, 
como é possível observar em seu logotipo. 
Figura 4 – Litecoin 
 
Crédito: Visual Generation/Shutterstock. 
Como seria de se esperar do MIT – Massachussets Institute of 
Technology, seus pesquisadores não poderiam ficar por trás de mais um dos 
muitos fenômenos com os quais a IOT – Internet of Things (quem esperar verá 
do que ela será capaz) está premiando seus usuários. Dessa forma, eles lançam 
em 2011, por meio de seu pesquisador Charlie Lee, uma nova moeda que 
promete maior velocidade de processamento e maior eficácia, o que somente 
quem já utilizou pode comprovar. Ainda é prematuro qualquer comparativo, 
quando a tecnologia ainda está engatinhando, mas, para os especialistas, ela 
representa um avanço. 
 
 
 
12 
Figura 5 – Ethereum 
 
Crédito: Visual Generation/Shutterstock. 
O nome ethereum representa uma plataforma que reúne pessoas que 
efetuam negociações com sua moeda digital, que recebe o nome Ether. Sua 
criação remonta ao ano de 2014, quando a plataforma surgiu com o objetivo de 
criação de qualquer aplicativo armazenado com utilização de outra tecnologia de 
ponta: a computação em nuvem. Dessa forma, além da programação se 
apresentar cada dia mais facilitada, agora a contratação de programas atinge um 
nível de barateamento, que deve levar a que tenhamos todas as empresas 
informatizadas, em um curso espaço de tempo, se mantida a perspectiva de sua 
evolução. O suporte administrativo que está por trás, como acontece com todas 
as outras moedas, é o blockchain. Ele supera o bitcoin, considerada a moeda 
digital por excelência devido ao fato de que não há limites para a criação de 
moedas e seu objetivo, mais restrito, é voltado para atender transações 
desenvolvidas na plataforma. 
Figura 6 – Ripple 
 
Crédito: Larina Marina/Shutterstock. 
 
 
13 
Ela também surge nos idos dos anos 2014 e tem alguns aspectos 
diferenciadores, em relação às outras moedas digitais que estão sendo aqui 
consideradas. Ela é considerada como um sistema de liquidação bruta em tempo 
real (RTGS, 2012), definido como um sistema de transferência de fundos que 
ocorre de forma on-line, não sendo como o bitcoin, que representa uma moeda 
que tem pretensões universais, como moeda digital. A sua pretensão, menor em 
abrangência, é permitir o desenvolvimento de transações financeiras globais 
seguras, instantâneas e quase gratuitas, de qualquer tamanho e sem quaisquer 
restrições (sic). A existência de um banco que lhe dá garantia a transformou em 
pouco tempo na terceira maior criptografia por capitalização de mercado. 
Figura 7 – Monero 
 
Crédito: Aleksey Ivanov/Shutterstock. 
O monero (Penny, 2018), conhecido por sua sigla XMR, é utilizada para 
comprar e vender coisas e, também,trocar por outras moedas digitais ou não. 
Encriptação que dá forte nível de segurança e a capacidade de isolamento da 
transação, sendo um sistema particular, lhe deram consistência e nível de 
utilização que pode crescer, caso o volume de negociações seja liberado pelos 
bancos que lhe dão respaldo financeiro. O uso de inovações em cadeia 
blockchain é outro apelo que essa moeda digital oferece. Parece que o ano 2014 
foi rico para o campo das criptomoedas, pois esta também, a exemplo das duas 
anteriores, foi lançada nessa ocasião. Para pessoas que “têm algo a esconder” 
essa parece ser a plataforma mais indicada, pois sua caracterização é dificultar 
o rastreamento das transações que são efetivadas com sua participação. A 
utilização de um novo protocolo, posterior ao bitcoin (denominado CriptoNote), é 
outra razão para o esperado crescimento desta moeda digital. 
 
 
 
14 
Figura 8 – Dash 
 
Fonte: Wit Olszewsk/Shutterstock. 
O site Aprender sobre bitcoin (2019), que congrega especialistas em 
moedas digitais, considera que, já a partir de seu lançamento (também criada 
em 2014), ela já entrou diretamente no rol das moedas digitais bilionárias. Seu 
nome deriva da junção das componentes da expressão digital cash, dando 
origem ao nome dash. Em termos históricos, é válido registrar que ela já foi 
denominada xcoin e darkcoin, com significado explícito como algo voltado para 
transações ocultas. É quem sabe a de acesso mais facilitado, devido a buscar 
colocar seu significado em uma linguagem mais humana e que exige um menor 
grau de abstração para sua compreensão. É uma moeda que, a exemplo de 
todas as outras, também está atrelada a um sistema blockchain, que utiliza um 
algoritmo em cadeia. Considera-se que se compreende melhor o seu significado 
ao se explicar o significado do termo dash, que, no jargão da área de sistemas 
de informação, é conhecido como “tabela de dispersão ou espelhamento”, que 
encontra valores desejados a partir de uma chave de pesquisa (a exemplo das 
queries efetivadas sobre registros armazenados em grandes bases de dados). 
Saiba mais 
O campo das criptomoedas (criptocurrency) ainda tem muito a ser 
explorado e é interessante, como forma didática e pedagógica, a leitura de 
artigos questionadores, como aquele apresentado na Revista Galileu, que toma 
uma experiência desenvolvida por repórteres da Revista Wired, vivenciando a 
utilização da moeda. 
Criptomoedas: Um guia para dar os primeiros passos com as moedas 
digitais. Disponível em: <https://www.infomoney.com.br/guias/criptomoedas/>. 
Acesso em: 22/11/2021. 
 
 
15 
TEMA 3 – ALTA VOLATILIDADE E ESPECULAÇÃO 
Há um sentimento comum que pode ser observado nas atitudes das 
pessoas que se mostram interessadas em conhecer mais e, na sequência, 
utilizar o bitcoin em suas andanças pela grande rede: o medo de perder dinheiro 
arduamente conquistado frente a uma possível alta volatilidade e especulação, 
a qual estariam sujeitas as moedas digitais. 
 
Crédito: Kues/Shutterstock. 
Há perguntas que circundam os redutos daqueles que confiaram e 
obtiveram bons resultados com uma recuperação de capital, em números 
percentuais que chegam a impressionar, quando podem ser observadas cifras 
de retorno que rondam o elevado valor de 500% do valor invertido. Tais 
questionamentos acabam centrados em duas perguntas essenciais possíveis de 
observar: 
1. Será que posso confiar em que o “dinheiro digital” não é algo que irá 
evaporar frente aos meus olhos, deixando-me a ver navios, como 
navegante solitário, “sem lenço e nem documento”? 
2. Será que esse dinheiro que não é palpável, representado por números e 
criado com base em algo que exige elevado nível de abstração, realmente 
será meu? Hackers e crackers não irar tomar conta do meu dinheiro 
digital, transferindo para suas contas reais? 
Outros questionamentos poderiam ser colocados, mas eles acabam 
recaindo em um dos questionamentos acima assinalados. Especialistas tais 
como Antonopoulos (2017) consideram que essas dúvidas estão centradas nas 
 
 
16 
questões de volatilidade e especulação, dessa forma estabelecidos como tema 
de estudo e orientações para que cuidados sejam tomados. 
3.1 Volatilidade 
A palavra volatilidade no mundo das moedas digitais está diretamente 
associada a fatores de risco. Muitas pessoas não jogam quando está em risco a 
perda de capitais investidos. Mas nem sempre o risco é algo ruim. É possível 
conviver com tal condição e, além disso, acabar sendo remunerado 
satisfatoriamente ou de forma superior àquela esperada. 
É possível obter melhores resultados quando se tem conhecimento de um 
pequeno roteiro montado por Gomes (S.d.) em postagem recentemente 
publicada no Guia do Bitcoin, considerado como orientação segura. O autor da 
postagem pontua como orientações e dicas a serem seguidas: 
 Antes de pensar em investir, é preciso levar em consideração que a 
volatilidade apresentada pelas moedas digitais indica que elas precisam 
de tempo para amadurecer; 
 Essa volatilidade indica que o mercado necessita de maior liquidez, 
devendo ser efetivada uma análise mais completa sobre o assunto; 
 Apesar de haver interesse institucional, ele ainda não foi transformado em 
ação; 
 É preciso que, para se tornar um investimento mais seguro, seja 
melhorada a infraestrutura geral das criptomoedas. 
Esses fatores ainda são pontuados e justificam as dúvidas de muitas 
pessoas que chegaram a considerar a possibilidade de efetuar investimentos na 
área e que recolheram suas iniciativas, na espera de que os fatores assinalados 
pelo autor se tornem menos agravantes em termos de se apresentarem como 
situações de risco. O novo fenômeno, denominado Economia 2.0, baseado e 
apoiado em moedas digitais, ainda está para acontecer e, quem sabe, os 
próximos anos venham a ser aqueles previstos para amadurecimento das 
iniciativas. 
3.2 Especulação 
Em decorrência direta da existência de uma situação de alto risco, nos 
investimentos a serem efetuados no tocante a moedas digitais, entram em cena 
 
 
17 
elementos que são indesejados, não importa em qual mercado estejam atuando 
os especuladores. A razão para que o mercado assim considere tais elementos 
está no fato de que eles fazem apostas na valorização de um ativo com o objetivo 
de obter lucros muito acima da média do mercado em um curto espaço de tempo, 
assumindo, para isso, riscos maiores que os investidores comuns (Dicionário 
Financeiro, S.d.). 
O maior medo dos investidores está no fato de que tal atividade não é 
considerada como crime, ainda que possa trazer prejuízos a um grande número 
de pessoas. Ela é considerada mais como um jogo, no qual sobrevivem os mais 
fortes e que conseguem direcionar o mercado a seu favor. A menos que se 
consiga provar alguma intenção manifesta de fraudes na apresentação de 
resultados ou algum outro tipo de má-fé, não há nenhum tipo de punição para 
esses atos. 
A simples repulsa do mercado não parece ser uma restrição que é 
necessária, pois não é suficiente para que resultados sejam obtidos. Quando são 
divulgados resultados, muitos deles são acusados de apresentarem cifras 
manipuladas. Há ainda o desencontro entre os órgãos informativos, que 
apresentam resultados desencontrados. 
Em publicação recente, o site CanalTech (Saturno, 2018), apoiado em 
resultados publicados pela Markets Businness Insider, aponta para cifras 
desalentadoras que apresentam uma realidade na qual se considera que os 
bitcoins (a moeda digital mais conhecida) atingiram o fundo do poço. 
 
 
 
 
18 
Figura 9 – Apresentação de resultados negativos de evolução da moeda digital 
bitcoin em 2018 
 
Fonte: Saturno, 2018. 
No mesmo site, em publicação seguinte, esses resultados são 
contestados, o que deixa os investidores sem saber exatamente em qual notícia 
acreditar. Aqui se considera que esse mercado está sujeito à circulação de um 
número muitoelevado de fake news e que muitas delas são contraditórias. 
Apesar de o relatório citado apontar diretamente para a moeda digital bitcoin, 
considera-se que a mesma situação atinge outras moedas digitais. 
Esses dados apresentam resultados que, ao invés de oferecerem aos 
interessados garantias de segurança nos investimentos, os levam a uma direção 
contrária, na qual os investimentos são efetuados em mercados mais seguros e 
não tão sujeitos a uma condição de riscos, identificada na volatilidade do 
mercado, existência de especulações e notícias desencontradas. 
 
 
 
 
 
 
19 
TEMA 4 – FUTURO E VALORIZAÇÃO DAS CRIPTOMOEDAS 
O que esperar do mercado frente aos dados apresentados nos capítulos 
anteriores? Há razões para superar um clima de perda de otimismo com a 
possibilidade de criação de uma moeda internacional, não sujeita a injunções 
políticas e a desvios proporcionados por atividades de corrupção em todos os 
níveis? A cada dia que passa, novos questionamentos são colocados na ponta 
da língua dos céticos e daqueles que, desde seu surgimento, atuam como seus 
detratores. 
Figura 10 – Criptomoedas (2) 
 
Crédito: Galas Studio/Shutterstock. 
O periódico on-line Idgnow! (Borini, 2018), que trabalha com o propósito 
de dar ao mercado informações fidedignas sobre as melhores condições para 
investimento, procura superar o clima de perda de otimismo e coloca algumas 
considerações que podem trazer um alento para os investidores e dar confiança 
para que as empresas saiam do parapeito das janelas, que hoje ocupam como 
observadoras de uma situação de incerteza e coragem para bancar riscos 
possíveis e injetar recursos financeiros e ânimo em um mercado em transição. 
Ao ser eleita como tecnologia disruptiva e, em certo sentido, que diz 
respeito às mudanças que provoca nas atitudes e comportamentos do mercado, 
ser também considerada como tecnologia exponencial, é possível considerar 
que ela recupera o brilho que perdeu durante o transcorrer do ano de 2018, nas 
 
 
20 
proximidades da aurora de um ano de 2019, no qual devem acontecer mudanças 
no sentido da recuperação de um ano negativo para muitos países. 
Um relatório produzido pelo SATI Group, um dos que trabalha com afinco 
no sentido de valorizar as moedas digitais, foi publicado no site Crypto Watch. 
Se o referido relatório não tinha propósito de dar alento a um mercado que alguns 
consideravam em queda, o resultado produzido foi esse quando se efetivou um 
anúncio no qual se considera que o valor da moeda bitcoin deve atingir um valor 
de US$ 143 mil daqui a 10 anos. 
O apoio a modelos preditivos, baseados em um grande volume de dados 
provenientes do Big Data, com pitadas da IA – Inteligência Artificial, traz um nível 
de alta credibilidade aos resultados do estudo. Com o Machine Learning, o grupo 
considera ter atingido avaliações preciosas, com base em dados obtidos 
diretamente no mundo real. 
O resultado foi apresentado na forma de uma tabela na qual estão 
avaliadas as 10 principais criptomoedas, identificadas por suas siglas (BTC – 
Bitcoins; ETH – Ether; XRP – Ripple; BCH – Bitcoin Cash; EOS – EOS; XLM – 
Stellar Lumens; LTC – LiteCoin; ADA – Cardano; SMR – SMR; DASH – Digital 
Hash). Veja o resultado do estudo na tabela a seguir. 
Saiba mais 
Os resultados apresentados são detalhados e explicados no artigo 
indicado e cuja leitura se recomenda para aqueles mais interessados no estudo 
de indicativos sobre a evolução das criptomoedas, nos próximos anos. O 
relatório pode ser obtido acessando: 
MELLO, L. F. Relatório do Satis Group prevê Bitcoin à US$143 mil daqui a 10 
anos. Crypto Watch, 4 set. 2018. Disponível em: 
<https://cryptowatch.com.br/relatorio-do-satis-group-preve-bitcoin-a-us143-mil-
daqui-a-10-anos/>. Acesso em: 11 fev. 2019. 
Tabela 1 – Pesquisa prospectiva sobre evolução das criptomoedas nos próximos 
10 anos 
Cripto- 
moe-
da 
Valor 
Atual 
Ano 1 Ano 3 Ano 5 Ano 10 
Esti-
mativa 
Valori-
zação 
Esti-
mativa 
Valori-
zação 
Esti-
mativa 
Valori-
zação 
Esti-
mativa 
Valori-
zação 
BTC 7.050,00 32.914,00 367% 71.746,00 918% 96.378,00 1267% 
143.900,0
0 
1941% 
ETH 292,00 882,00 202% 788,00 170% 686,00 135% 588,00 101% 
XRP 0,30 0,00 -90% 0,04 -88% 0,01 -97% 0,004 -99% 
 
 
21 
BCH 558,00 258,00 -54% 312,00 -44% 268,00 -52% 180,00 -68% 
EOS 6,00 0,05 -99% 3,60 -42% 4,50 -29% 4,80 -24% 
XLM 0,20 0,01 -96% 0,01 -95% 0,02 -91% 0,02 -90% 
LTC 62,00 65,00 4% 146,00 135% 134,00 115% 225,00 262% 
ADA 0,10 0,00 -99% 0,001 -99% 0,001 -99% 0,001 -99% 
XMR 103,00 1.476,00 1336% 6.497,00 6218% 18.498,00 17887% 39.584,00 38391% 
DASH 188,00 291,00 55% 905,00 382% 1.896,00 910% 2.927,00 1459% 
Nota: Valores expressos em dólar e percentuais 
Fonte: Mello, 2018. 
O estudo confirmou o que se esperava em termos de sucesso relativo 
obtido por outras moedas digitais. Algumas dessas moedas, desenvolvidas com 
propósitos específicos, não tinham em seus planos a obtenção de indicativos 
muito grandes em seu processo de evolução. Na contramão desse fato, outras 
foram lançadas com o objetivo precípuo de competir com o BTC, tendo perdido 
por larga margem, como essa pesquisa demonstrou. 
Essas projeções permitem antever como uma realidade factível o fato de 
que o dinheiro de papel não durará para sempre e que as cryptomoedas são a 
fotografia da situação futura do que é denominado no mercado como economia 
2.0, à qual nos referimos em ponto anterior. Aqueles que sempre tiveram um 
desprezo (falso na maioria dos casos) pelo dinheiro moeda e papel finalmente 
veem realizadas as suas previsões de um final inglório para essas figuras 
monetárias, já quase sendo vistas como parte do passado. 
O dinheiro finalmente será enxergado sem a existência “real e palpável”, 
apenas como um meio de troca, destinado a ser extinto em sua imagem atual. O 
que se deseja é que, finalmente, o dinheiro possa ser, como considerado nos 
editoriais da CryptoWatch (Mello, 2018), como “uma construção intelectual 
centrada na confiança da humanidade na governança”, mas que tem o desejo e 
a capacidade de se recuperar de uma condição de baixa histórica. 
Em nosso país, na atualidade, a corrupção colocada a descoberto, não dá 
margem a que essas esperanças tenham um apoio e fundamentação sólida, mas 
nada impede que elas permaneçam como desejo. 
 
 
 
 
 
22 
TEMA 5 – CRIPTOMOEDAS – SISTEMAS BANCÁRIOS 
5.1 As criptomoedas e os bancos 
Para os bancos, de maneira geral, o surgimento das criptomoedas 
representa a ameaça mais real da perda da hegemonia de um ditatorialismo que 
sempre desenvolveram. As criptomoedas representam sistemas financeiros 
descentralizados, com prejuízo das casas da moeda, que perdem o controle para 
os próprios investidores no interior de redes e plataformas orientadas pela 
tecnologia blockchain. 
Figura 11 – Blockchain 
 
Crédito: Starline/Shutterstock. 
Os pesquisadores que são defensores de sua evolução consideram que 
as criptomoedas BTC e Ether já demonstraram para os analistas essa realidade. 
Ainda que tal fato precise ser mantido, até agora as plataformas de moedas 
digitais passaram incólumes pelos hackers e crackers que tentaram burlar a 
vigilância. A menos que esse fato tenha sido oculto, até o momento é possível 
considerar esse processo como seguro. 
Os sistemas de moedas digitais não correm o risco de serem colocados 
em xeque, caso haja sobrecargas. Isso se deve ao fato de que esses elementos 
utilizam uma proposta de liquidação P2P, conseguindo processar valores 
elevados com capacidade de tráfego que já permitiu o processamento de um 
volume de transações que superaram o valor de $ 7 bilhões de transações. A 
negociação pode ocorrer de forma livre, com utilização de carteiras abertas, sem 
 
 
23 
que haja um limite ainda não atingido. Ele representa um sistema que não 
apresentou queda até o presente. 
Max Keiser, um dos analistas do bitcoin e que preveem sua evoluçãoconstante, considera que um dos principais destaques e que dá vantagem às 
plataformas de moedas digitais sobre os bancos está exatamente na liberdade 
financeira e na independência que pode ser fornecida, principalmente pelas duas 
moedas citadas, BTC e Ether, não havendo registros de nota, com relação às 
outras moedas, mas que, por extensão, devem apresentar as mesmas 
características. Esse analista considera que esses fatos são altamente benéficos 
tanto para indivíduos quanto para empresas que desenvolvem as suas 
atividades em regiões em que é alto e prejudicial o controle que as entidades 
governamentais desenvolvem sobre bancos e instituições financeiras. 
Saiba mais 
Acesse o link a seguir e leia o relatório de Max Keiser: 
SÁ, V. Bitcoin está a caminho dos US$ 10 mil; US$ 100 mil no longo prazo, diz 
Max Keiser. Portal do Bitcoin, 4 nov. 2017. Disponível em: 
<https://portaldobitcoin.com/bitcoin-esta-caminho-dos-us-10-mil-us-100-mil-no-
longo-prazo-diz-max-keiser/>. Acesso em: 11 fev. 2019. 
É a economia 2.0 caracterizada pela ultrapassagem de barreiras do 
trabalho (via homework) da nação e do dinheiro, que se mostra presente, ainda 
que não existam estudos mais completos desenvolvidos em nossas instituições 
de ensino, deixando o segmento pobre em referenciais bibliográficos sobre o 
assunto. 
Não são poucas as pessoas que ainda não compreenderam os benefícios 
da liberdade financeira. Suas maiores vantagens são não haver interferência do 
governo central e de nenhum banco central e não ser colocado como negativo 
por aqueles que apresentam elevado fator resistência contra a utilização e 
propostas de inovação para alavancar essa nova economia, 
Providências governamentais de congelamento de contas bancárias 
privadas e de contas empresariais não seriam possíveis se a riqueza (obtida por 
meios legais ou não) dessas pessoas estivessem armazenadas em um mercado 
de valores descentralizados, como aquele representado nas plataformas que 
trabalham com moedas digitais. 
Uma das principais sobrecargas para o sistema financeiro tradicional são 
as operações bancárias denominadas offshore, que são representadas por 
 
 
24 
contas bancárias ou empresas abertas em outros países, preferencialmente 
aqueles colocados como paraísos fiscais, com isenção de impostos e 
manutenção de sigilo fiscal. A Revista Exame, por meio de sua colunista 
Vanessa Barbosa (2016), apresenta os estudos desenvolvidos no projeto 
Financial Secrecy Index (2019). Os países considerados como os dez principais 
paraísos fiscais estão apresentados na lista seguinte: 
1. Suíça; 
2. Hong Kong; 
3. Estados Unidos; 
4. Singapura; 
5. Ilhas Cayman; 
6. Luxemburgo; 
7. Líbano; 
8. Alemanha; 
9. Bahrein; 
10. Emirados Árabes. 
Nos recentes escândalos financeiros em nosso país, o mais comum dos 
mortais tomou conhecimento de inúmeras falcatruas e de elevados valores 
transferidos para contas de políticos e partidos, que utilizaram “laranjas” para 
efetuarem a lavagem do dinheiro da corrupção, que correu solta em nosso país. 
É importante, então, destacar que o mercado preferido pelos usuários das 
criptomoedas são o setor bancário offshore, nos países constantes da lista 
divulgada acima. 
A liquidação de transações nestas condições é desenvolvida em inteira 
liberdade financeira, em plataformas que oferecem os serviços bancários a baixo 
custo, mas sujeitos a uma infraestrutura robusta, que dá sustentação a grandes 
volumes de movimentação, de acordo com altos valores, já anteriormente 
citados. A conclusão parece óbvia, não obstante trabalhe em plataformas 
altamente complexas: as criptomoedas possuem vantagens de grande 
significância, principalmente para quem trabalha com elevados ativos 
financeiros, em um grande número de áreas e que pode envolver questões de 
segurança, liquidação de transações internacionais (com grande economia e 
segurança). A liquidação é desenvolvida sem nenhuma dependência de 
provedores ou entidades de serviços descentralizados. É assim que as 
criptomoedas podem ganhar condições de competição com os bancos. 
 
 
25 
5.2. Criptocurrency Bank 
Embora estejamos quase na terceira década do século XXI, e as 
criptomoedas já funcionam há pelo menos dez anos, ainda não temos, pelo 
menos em nosso país, uma regulamentação específica, como as moedas 
tradicionais. Se há o desejo de poupar, guardar ou operar dinheiro, não há um 
banco brasileiro específico para fazermos essas operações com as 
criptomoedas, embora alguns bancos tradicionais já apresentem algumas 
propostas relacionadas. 
Porém, existem sim algumas propostas surgindo no mundo, como o 
Wibcoin (WBB), localizado na Suíça e com operação na União Europeia. Este, 
um banco real, foi intitulado como o primeiro banco de criptomoedas do mundo, 
que trata as criptomoedas realmente como moedas, com operação com cartões 
de crédito com as bandeiras conhecidas, Visa e Mastercard. Países como a 
Alemanha, por exemplo, já reconhecem as criptomoedas como moedas. 
Apesar desse reconhecimento mundial, países como o Brasil, Estados 
Unidos e demais só reconhecem as criptomoedas como um bem simplesmente. 
Algo que, apesar de virtual, possui um valor e, portanto, devem ser declarados 
conforme suas exigências legais. Como um terreno ou uma joia adquiridos. 
No Brasil, por exemplo, quem possui criptomoedas deve declarar em seu 
imposto de renda, conforme as exigências da própria legislação. Se compro por 
um valor e ao final do exercício obtiver lucros, devem ser devidamente 
apontados. 
Existem ainda outros tipos de bancos de criptomoedas, inclusive no Brasil, 
mas não exatamente bancos, tal como conhecemos no seu conceito tradicional, 
o de local de depósito de moeda corrente do país, regularizado pelo Banco 
Central e tudo mais. 
A exemplo disso, o BTC, Bitcoin Banco de Cryptocurrency 
(<https://www.btc-banco.com>), com sede em Curitiba-PR, no Brasil, é um 
banco de criptomoedas sim, mas, como o próprio grupo intitula, é um Banco de 
Dados. Isso mesmo, não é um banco reconhecido pelo Banco Central para 
operações financeiras, mas uma plataforma que oferece ao seu cliente uma 
segurança a mais, como por exemplo, possuir uma chave privada de 
criptomoedas e esta ser guardada sem o acesso de hackers ou a possibilidade 
de ser perdida em HDs perdidos em computadores. Enfim, esse banco armazena 
 
 
26 
dados acima de tudo, mas oferece operações específicas dessas recentes 
moedas digitais. 
Estamos no início de tudo e nossa legislação ainda procura 
representatividade para reconhecimento ou não das criptomoedas, pelo menos 
como reais moedas digitais. Mas não se trata de uma corrida contra o tempo em 
que aqueles que chegarem primeiro recebem um prêmio, apenas uma tendência 
que exige cautela acima de tudo. Se estamos prontos para as criptomoedas? 
Saberemos em breve. 
TROCANDO IDEIAS 
Embora as criptomoedas tenham uma característica típica de 
commodities do mercado de capitais, a sua virtualidade e falta de controle não 
deixam claro o que realmente faz ter seu preço alterado. De início, é até 
compreensível, dada a novidade, o que explica um pouco a demanda e oferta da 
moeda. De qualquer forma, alguma criptomoeda sempre sofrerá mudanças 
particulares e sem uma relação direta com seu suporto câmbio. 
Assim, escolha uma criptomoeda, diferente do bitcoin, e descubra quais 
pontos podem tê-la feito cair ou subir o preço. 
NA PRÁTICA 
Saiba mais 
A dúvida ainda paira: como adquirir uma criptomoeda? 
Veja que essa condição prática não possui uma simulação para que 
possamos testar o mercado de exchanges de criptomoedas. Sendo assim, 
acesse o link a seguir e conheça o site Brasiliex ou procure qualquer outro que 
direcione a compra e venda de criptomoedas. 
BRASILIEX. Disponível em: <https://braziliex.com/?lang=pt-br>. Acesso em: 11 
fev. 2019. 
Atente para o preço exposto em reais dessas moedas. Escolha uma em 
particulare proceda seguinte forma: 
 Anote a data e hora do apontamento; 
 Uma hora depois, veja o preço da moeda e registre (valor, data e hora); 
 Seis horas depois desse segundo apontamento, veja novamente o preço 
e registre; 
 
 
27 
 No dia seguinte, mesmo horário ao apontamento inicial, registre o preço, 
data e hora; 
 Depois de uma semana, com base no primeiro registro, anote mais uma 
vez o preço, data e hora; 
 Apresente suas conclusões. 
FINALIZANDO 
Desde o lançamento do iPhone em 2007, ficou interessante acompanhar 
os avanços que a tecnologia proporciona, e, mais ainda, tornou-se cada dia mais 
difícil de se prever o que acontecerá no futuro. 
O bitcoin e as altcoins reinventaram um mercado que há séculos não tinha 
perspectiva de mudanças. É como se tivessem acabado de inventar uma nova 
forma de caminharmos com as pernas sem ao menos usá-las. Isso mesmo, o 
que sempre pareceu natural para a economia, principalmente em relação à 
monetária, passou a ser uma nova economia. 
Assim, o que teremos além no futuro? Vamos descobrir e tão rápido 
quanto nossos cérebros conseguirem acompanhar. Ou não. 
 
 
 
 
28 
REFERÊNCIAS 
ANDRICH, E. G.; CRUZ, J. A. W. Gestão financeira moderna: uma abordagem 
prática. Curitiba: InterSaberes, 2013. 
ANTONOPOULOS, A. M. Mastering Bitcoin: unlocking digital cryptocurrencies. 
N. Y: O´Reilly, 2017. 
APRENDER SOBRE BITCOIN. Disponível em: 
<https://www.aprendersobrebitcoin.com/>. Acesso em: 11 fev. 2019. 
BARBOSA, V. Os 10 principais “paraísos fiscais” do mundo. Revista Exame, 13 
set. 2016. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/economia/os-10-
principais-paraisos-fiscais-do-mundo/>. Acesso em: 11 fev. 2019. 
BLOCKCHAIN. Disponível em: <https://www.blockchain.com/btc/tree/14849>. 
Acesso em: 11 fev. 2019. 
BLOCOS minerados em 9 jan. 2009. Blockchain, 2017. Disponível em: 
<https://www.blockchain.com/btc/blocks/1231474157300>. Acesso em: 11 fev. 
2019. 
BLOCO # 0. Blockchain, 3 jan. 2009. Disponível em: 
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4ff763ae46a2a6c172b3f1b60a8ce26f>. Acesso em: 11 fev. 2019. 
BORINI, G. O que esperar do bitcoin no futuro? ItMídia, 26 jul. 2018. Disponível 
em: <https://itmidia.com/o-que-esperar-do-bitcoin-no-futuro/>. Acesso em: 11 
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CAVAGNARI, D.W. O comércio eletrônico no Brasil e a segurança digital. 
Curitiba: UTP, 2003. 
CRIPTOMOEDA. Wikipedia, 28 jan. 2019. Disponível em: 
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Criptomoeda>. Acesso em 11 fev. 2019. 
DICIONÁRIO FINANCEIRO. O que é especulação financeira? Dicionário 
Financeiro. Disponível em: <https://www.dicionariofinanceiro.com/especulacao-
financeira/>. Acesso em: 11 fev. 2019. 
FINANCIAL SECRECY INDEX. Disponível em: 
<https://www.financialsecrecyindex.com/>. Acesso em: 11 fev. 2019. 
 
 
29 
GOMES, E. Sobre a volatilidade do Bitcoin. Guia do Bitcoin. Disponível em: 
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LANSIT, M.; LAKHANI, K. R. The truth about blockchain. Harvard Business 
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MELLO, L. F. Relatório do Satis Group prevê Bitcoin a US$143 mil daqui a 10 
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