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Aula-1-História-da-Saúde-Pública-no-Brasil

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HISTÓRIA DA SAÚDE 
PÚBLICA NO BRASIL 
Laís Caroline Rodrigues 
Economista Residente – Gestão Hospitalar 
residecoadm.hu@ufjf.edu.br 
mailto:residecoadm.hu@ufjf.edu.br
ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE 
Sugestões: 
 
Documentário – Políticas de Saúde no Brasil: Um século de luta pelo direito à saúde 
https://www.youtube.com/watch?v=YmUsYSpi-GQ 
 
 
Vídeo – A história da saúde pública no Brasil: 500 anos na busca de soluções 
https://www.youtube.com/watch?v=7ouSg6oNMe8 
 
https://www.youtube.com/watch?v=YmUsYSpi-GQ
https://www.youtube.com/watch?v=YmUsYSpi-GQ
https://www.youtube.com/watch?v=YmUsYSpi-GQ
https://www.youtube.com/watch?v=7ouSg6oNMe8
https://www.youtube.com/watch?v=YmUsYSpi-GQ
ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE 
HISTÓRIA DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL 
Modelos de atenção à Saúde: 
 
• Modelo Sanitarista Campanhista 
 
• Modelo biomédico/hospitalocêntrico 
 
• Modelo de Produção Social da Saúde 
 
ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE 
 
SISTEMA ÚNICO DE 
SAÚDE 
Concepção, legislação estruturante, diretrizes, princípios e 
Organização Operacional 
ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE 
CONCEPÇÃO DO SUS 
O Movimento da Reforma Sanitária teve por objetivo impulsionar ampla reforma no setor de 
saúde e deu origem às propostas para a criação do SUS. 
 
A Reforma Sanitária emergiu da sociedade e conta com o apoio de universitários, intelectuais 
da área de Saúde Coletiva, profissionais de saúde, entre outros. 
 
Eram propostas do movimento: 
• Reformulação política – saúde como direito de todos 
• Reformulação do setor de saúde – serviços de saúde em todos os níveis assistenciais 
além da mudança do paradigma sanitário 
• Ideológica – reforma sob os pressupostos de Medicina Preventiva e Social e conceito de 
saúde 
• Reformulação social – saúde como direito social 
 
ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE 
O ponto forte do MRS culminou com a 8ª Conferência Nacional de Saúde (CNS), realizada 
em 1986, que serviu para incorporação dos princípios e diretrizes do SUS na Constituição 
Federal de 1988. 
 
Os temas da conferência eram: saúde como direito, reformulação do Sistema Nacional de 
Saúde e financiamento do setor. 
 
Os principais pontos discutidos foram: 
• Saúde como direito de todos e dever do Estado; 
• Equidade e integralidade das ações de saúde; 
• Separação da Saúde da Previdência; 
• Sistema público com comando único; 
• Conceito abrangente de saúde; 
• Política de financiamento do setor saúde. 
ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 
Em outubro 1988, foi promulgada a Constituição Federal, que aprovava a criação do SUS 
incorporado das propostas das emendas populares do Movimento da Reforma Sanitária, 
acompanhadas da participação dos seguimentos interessados. 
 
A separação da saúde e da previdência é determinada pelo Art. 194: 
 
“A seguridade social compreende um 
conjunto de ações de iniciativa dos 
Poderes Públicos e da sociedade, 
destinadas a assegurar os direitos 
relativos à saúde, à previdência social e a 
assistência social”. 
 
ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE 
Art. 196 – 
“A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido 
mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução 
do risco de doença e de outros agravos e ao acesso 
universal e igualitário às ações e serviços para sua 
promoção, proteção e recuperação”. 
 
Art. 197 – 
“São de relevância pública as ações e serviços de saúde, 
cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre 
sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua 
execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, 
também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.” 
 
ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE 
Art. 198 – 
“As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede 
regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema 
único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: 
I – descentralização; 
II - atendimento integral; 
III - participação da comunidade”. 
 
ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE 
Art. 199 – 
“A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. 
§ 1º As instituições privadas poderão participar de forma 
complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, 
mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência 
as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. 
§ 2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou 
subvenções às instituições privadas com fins lucrativos. 
§ 3º - É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou 
capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos 
previstos em lei. 
§ 4º A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a 
remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de 
transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, 
processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo 
vedado todo tipo de comercialização.” 
ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE 
Art. 200 – 
“Ao sistema único de saúde compete, além de outras 
atribuições, nos termos da lei: 
 
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse 
para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, 
imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos; 
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como 
as de saúde do trabalhador; 
III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde; 
IV - participar da formulação da política e da execução das ações de 
saneamento básico; 
V - incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e 
tecnológico e a inovação; 
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor 
nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano; 
VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e 
utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; 
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do 
trabalho. 
 
ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE 
Princípios do SUS 
ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE 
Princípios Doutrinários 
Universalidade 
Reconhecimento da saúde como um direito fundamental do ser humano, cabendo ao 
Estado garantir as condições indispensáveis ao seu pleno exercício e o acesso a atenção e 
assistência à saúde em todos os níveis de complexidade. 
 
Equidade 
Diz respeito à necessidade de se “tratar desigualmente os desiguais” igualando as 
oportunidades de sobrevivência, de desenvolvimento pessoal e social entre os membros 
de uma dada sociedade. Apesar de todas as pessoas possuírem direito aos serviços, as 
pessoas não são iguais e, por isso, têm necessidades distintas. 
 
ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE 
Integralidade 
 
Considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas necessidades. Para isso, é 
importante a integração de ações de: 
 
Promoção da saúde; 
Prevenção/Proteção de riscos e agravos; 
Recuperação/Tratamento a doentes. 
 
 
Princípios Doutrinários 
ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE 
Princípios Organizativos 
Descentralização 
 
Implica na transferência de poder de decisão sobre a política de saúde do nível federal (MS) 
para os estados (SES) e municípios (SMS). Esta transferência ocorre a partir da redefinição 
das funções e responsabilidades de cada nível de governo com relação à condução político-
administrativa do sistema de saúde em seu respectivo território (nacional, estadual, municipal), 
com a transferência, concomitante, de recursos financeiros, humanos e materiais para o 
controle das instâncias governamentais correspondentes. 
 
 
ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE 
Princípios Organizativos 
Hierarquização e Regionalização 
 
 
Os serviços devem ser organizados em níveis de complexidade tecnológica crescente, 
dispostos numa área geográfica delimitada e com a definição da população a ser atendida. 
 
Regionalização: constituição de regiões de saúde considerando as características semelhantes, 
e também considerando a rede de atenção à saúde, características populacionais,situação de 
saúde, indicadores e outros fatores objetivando a melhor gestão do sistema e favorecendo 
ações mais localizadas para minimizar os problemas da comunidade. 
 
Hierarquização: estabelece a organização da rede de atenção à saúde em serviços de níveis de 
complexidade: atenção primária, atenção secundária e atenção terciária de saúde. 
 
ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE 
Princípios Organizativos 
Participação Social 
 
É a garantia constitucional de que a população, através de suas entidades representativas, 
participará do processo de formulação das políticas de saúde e do controle da sua execução, 
em todos os níveis, desde o federal até o local. 
 
Essa participação deve se dar nos Conselhos de Saúde e Conferências de Saúde. Além do 
dever das instituições oferecerem as informações e conhecimentos necessários para que a 
população se posicione sobre as questões que dizem respeito à sua saúde. 
 
ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE 
Lei 8.080/90 
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a 
organização e o funcionamento dos serviços correspondentes. 
 
A Lei nº 8080 pode ser descrita por um conjunto de ações e serviços públicos de saúde. 
 
Esta lei materializa o SUS possibilitando sua operacionalização ao definir as atribuições de 
cada esfera do governo (União, Estados e Municípios) 
 
 
 
 
 
 
ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE 
Lei 8.142/90 
 
Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde 
(SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área 
da saúde e dá outras providências. 
 
Esta lei estabeleceu: 
 
• Mecanismos de participação popular (através de Conselhos e Conferências de Saúde) 
 
• Critérios de transferência dos recursos financeiros entre as três esferas de governo 
ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE 
Decreto 7.508/11 
Regulamenta a Lei 8.080 de 1990, traz novos termos e também resgata alguns já 
existentes, dando a eles novas definições. 
 
O decreto dispõe sobre: 
• Região de saúde; 
• Contrato organizativo de ação pública; 
• Portas de entrada; 
• Comissões Intergestores; 
• Mapa da saúde; 
• Rede de atenção à saúde; 
• Serviços especiais de acesso aberto; 
• Protocolo clínico e diretriz terapêutica; 
• Relação nacional de ações e serviços de saúde -RENASES; 
• Relação Nacional de Medicamentos Essenciais -RENAME. 
 
 
ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE 
Referências 
AGUIAR, Zenaide Neto. SUS: Sistema Único de Saúde: antecedentes, percurso, perspectivas e desafios. São 
Paulo: Martinari, 2011. 
COTTA, R. M. M. et al. Prática sanitária, processo saúde-doença-adecimento e paradigmas de saúde. In: 
Políticas de Saúde: desenhos, modelos e paradigmas. Viçosa: Editora UFV, 2013. p. 15-42. 
COTTA, R. M. M. et al. Políticas de Saúde no Brasil e o desenho do sistema nacional de saúde. In: Políticas 
de Saúde: desenhos, modelos e paradigmas. Viçosa: Editora UFV, 2013. p. 87-119. 
COTTA, R. M. M. et al. Sistema Único de Saúde: Antecedentes históriicos, princípios, diretrizes, legislação 
estruturante, arcabouço jurídico institucional e organização operacional. In: Políticas de Saúde: desenhos, 
modelos e paradigmas. Viçosa: Editora UFV, 2013. p. 87-119. 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. 8ª Conferência Nacional de Saúde: relatório final. 1986. 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. ABC do SUS: doutrinas e princípios. Brasília. 1990. 
PAIM, J. et al. O sistema de saúde brasileiro: historia avanços e desafios. 2011. Série Saúde no Brasil, v. 1, 
2012. 
PAIVA, Carlos Henrique Assunção; TEIXEIRA, Luiz Antonio. Reforma sanitária e a criação do Sistema Único 
de Saúde: notas sobre contextos e autores. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, v. 21, n. 1, p. 15-36, 
2014. 
TEIXEIRA, Carmen. Os princípios do sistema único de saúde. Texto de apoio elaborado para subsidiar o 
debate nas Conferências Municipal e Estadual de Saúde. Salvador, Bahia, 2011.

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