Buscar

Aleitamento materno

Prévia do material em texto

Aleitamento materno
Alunas: Fabricia, Melissa, Dayane, Emilly E, Emilly L, Emilly S, Thamilly e Isabela
Profª: Victória Lemos
Centro de Educação Profissional 
Ezequiel Ferreira Lima
Tec. Enfermagem
Matéria: Saúde da mulher
Aleitamento materno
Aleitamento materno
Amamentar é um processo que envolve interação profunda entre mãe e filho, com repercussões no estado nutricional da criança, em sua habilidade de se defender de infecções 
O aleitamento materno na primeira hora de vida é importante tanto para o bebê quanto para a mãe, pois, auxilia nas contrações uterinas, diminuindo o risco de hemorragia. E, além das questões de saúde, a amamentação fortalece o vínculo afetivo entre mãe e filho.
Bebês que são amamentados ficam menos doentes e são mais bem nutridos do que aqueles que ingerem qualquer outro tipo de alimento.
Utilizar substitutos do leite materno, como fórmulas infantis ou leite de outros animais, pode ser um grande risco para a saúde do bebê.
 
Isso ocorre principalmente quando os pais não podem comprar os substitutos na quantidade necessária ou quando a água que utilizam para preparar o alimento não é limpa o suficiente.
 
Tipos de Aleitamento Materno
É muito importante conhecer e utilizar as definições de aleitamento materno adotadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e reconhecidas no mundo inteiro. Assim, o aleitamento materno costuma ser classificado em:
• Aleitamento materno – quando a criança recebe leite materno (direto da mama ou ordenhado), independentemente de receber ou não outros alimentos. 
• Aleitamento materno exclusivo – quando a criança recebe somente leite materno, direto da mama ou ordenhado, ou leite humano de outra fonte, sem outros líquidos ou sólidos, com exceção de gotas ou xaropes contendo vitaminas, sais de reidratação oral, suplementos minerais ou medicamentos. 
• Aleitamento materno predominante – quando a criança recebe, além do leite materno, água ou bebidas à base de água (água adocicada, chás, infusões), sucos de frutas e fluidos rituais. 
• Aleitamento materno complementado – quando a criança recebe, além do leite materno, qualquer alimento sólido ou semissólido com a finalidade de complementá-lo, e não de substituí-lo. 
• Aleitamento materno misto ou parcial – quando a criança recebe leite materno e outros tipos de leite.
Tipos de Aleitamento Materno
Duração da amamentação 
Duração da amamentação 
Vários estudos sugerem que a duração da amamentação seja, em média, de dois a três anos, idade em que costuma ocorrer o desmame naturalmente. 
A OMS recomenda aleitamento materno por dois anos ou mais, sendo exclusivo nos primeiros seis meses. Não há vantagens em se iniciar os alimentos complementares antes dos seis meses, podendo, inclusive, haver prejuízos à saúde da criança, pois a introdução precoce de outros alimentos está associada a: 
• Maior número de episódios de diarréia; 
• Maior número de hospitalizações por doença respiratória; 
• Risco de desnutrição se os alimentos introduzidos forem nutricionalmente inferiores ao leite materno, como, por exemplo, quando os alimentos são muito diluídos;
 • Menor absorção de nutrientes importantes do leite materno, como o ferro e o zinco; 
• Menor eficácia da amamentação como método anticoncepcional;
 • Menor duração do aleitamento materno. 
Importância do aleitamento materno
Importância do aleitamento materno
Já está devidamente comprovada, por estudos científicos, a superioridade do leite materno sobre os leites de outras espécies. São vários os argumentos em favor do aleitamento materno. 
 Evita mortes infantis 
Graças aos inúmeros fatores existentes no leite materno que protegem contra infecções, ocorrem menos mortes entre as crianças amamentadas. Estima-se que o aleitamento materno poderia evitar 13% das mortes em crianças menores de 5 anos em todo o mundo, por causas preveníveis 
Segundo estudo de avaliação de risco, no mundo em desenvolvimento poderiam ser salvas 1,47 milhões de vidas por ano se a recomendação de aleitamento materno exclusivo por seis meses e complementado por dois anos ou mais fosse cumprida.
Nenhuma outra estratégia isolada alcança o impacto que a amamentação tem na redução das mortes de crianças menores de 5 anos.
A proteção do leite materno contra mortes infantis é maior quanto menor é a criança. Assim, a mortalidade por doenças infecciosas é seis vezes maior em crianças menores de 2 meses não amamentadas, diminuindo à medida que a criança cresce, porém ainda é o dobro no segundo ano de vida (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2000). 
 Evita diarreia 
Há fortes evidências de que o leite materno protege contra diarreia, principalmente em crianças mais pobres. 
É importante destacar que essa proteção pode diminuir quando o aleitamento materno deixa de ser exclusivo. Oferecer à criança amamentada água ou chás, prática considerada inofensiva até pouco tempo atrás, pode dobrar o risco de diarreia nos primeiros seis meses. 
Além de evitar a diarreia, a amamentação também exerce influência na gravidade dessa doença. Crianças não amamentadas têm um risco três vezes maior de desidratarem e de morrerem por diarreia quando comparadas com as amamentadas. 
Evita infecção respiratória 
A proteção do leite materno contra infecções respiratórias foi demonstrada em vários estudos realizados em diferentes partes do mundo, inclusive no Brasil. Assim como ocorre com a diarreia, a proteção é maior quando a amamentação é exclusiva nos primeiros seis meses. Além disso, a amamentação diminui a gravidade dos episódios de infecção respiratória.
 Em Pelotas (RS), a chance de uma criança não amamentada internar por pneumonia nos primeiros três meses foi 61 vezes maior do que em crianças amamentadas exclusivamente.
 Já o risco de hospitalização por bronquiolite foi sete vezes maior em crianças amamentadas por menos de um mês.
 O aleitamento materno também previne otites. 
Importância do aleitamento materno
Diminui o risco de alergias 
Estudos mostram que a amamentação exclusiva nos primeiros meses de vida diminui o risco de alergia à proteína do leite de vaca, de dermatite atópica e de outros tipos de alergias, incluindo asma e sibilos recorrentes.
A exposição a pequenas doses de leite de vaca nos primeiros dias de vida parece aumentar o risco de alergia ao leite de vaca. Por isso é importante evitar o uso desnecessário de formulas infantis.
Além disso, a amamentação também previne hipertensão, diabetes, obesidade, previne o câncer de mama, ajuda no desenvolvimento na cavidade bucal e outras qualidades. 
Importância do aleitamento materno
Importância do aleitamento materno 
Quais são os benefícios da amamentação para a mulher?
O bebê não é o único beneficiado, a mãe também se beneficia com a amamentação. Amamentar fortalece o laço entre mãe e bebê, pois estimula a liberação de ocitocina, o “hormônio do amor”, que também ajuda o útero a voltar a seu tamanho antes da gravidez. 
O leite materno é conveniente, não requer preparação e está sempre disponível. 
Outra vantagem: a amamentação pode diminuir o risco de desenvolvimento do câncer de mama, câncer de ovário e diabetes tipo 2.
A amamentação também pode ajudá-la a perder o peso ganho durante a gravidez, pois usa parte da gordura acumulada durante esse período. Porém, não se preocupe se seu peso não diminuir rapidamente, pois seu corpo vai precisar da gordura.
 
Pega correta na amamentação 
A Pega correta 
A pega correta deve ser sempre na aréola, e não no bico do seio. A parte de cima da aréola tem que ficar mais visível do que a de baixo, os lábios do bebê devem estar em formato de peixinho e , quando ele suga, o seio da mãe vai para dentro da boca dele.
Como saber se a pega está errada?
Também é importante observar o bebê para os sinais da pega incorreta: Os lábios do bebê ficam virados para dentro, ele abocanha apenas o mamilo, o queixo não encosta na mama, as bochechas estão encovadas e é possível ouvir sons de estalido quando o bebê mama.
Importante: a mãe não deve sentir dor durantea mamada
Sinais de uma “boa pega”
Boca bem aberta; 
 Bochechas arredondadas; 
Lábio inferior virado para fora; 
 Queixo encostado à mama e nariz afastado; 
Mais aréola visível acima da boca do bebé do que abaixo.
Apoio familiar
Apoio familiar
A influência que a família exerce sobre a mulher que amamenta e, consequentemente, sobre o sucesso da amamentação.
É um erro achar que é a mulher sozinha quem alimenta uma criança. Quando uma mulher começa a amamentar, a família toda amamenta com ela.
Ela NÃO precisa de palavras ásperas como: seu leite é fraco. Mesmo porquê, isso não só é uma  grosseria cruel, como também é ignorância. 
Ela NÃO precisa de impaciência como: dá logo uma mamadeira pra essa criança pra ela parar de chorar. Ela precisa de companhia paciente e que a incentive: “Insista, amamente mais, é normal o bebê chorar. Não se desespere, confie que você pode, você é a mãe dele, é de você que ele precisa. 
Ela NÃO precisa do exemplo de uma pessoa que não quis amamentar e cujos filhos sobreviveram. 
Ela NÃO precisa de alguém a recriminando por amamentar em público. 
Ela NÃO precisa de alguém que fique dando conselhos fundamentados em crenças pessoais. Ela precisa de alguém que saiba o que está falando 
amamentar um filho. Isso é coisa entre ela e o filho. Não precisa de incentivo para o desmame. Um desmame mal feito pode gerar mães e crianças inseguras e ansiosas. 
Isso não é bobagem. Receber um bom apoio pode ser decisivo para uma boa prática de amamentação.
“A presença e a ajuda do marido em casa colaboram positivamente para a prática do aleitamento. Além disso, a aprovação e as atitudes do esposo em relação ao aleitamento materno são consideradas pelas mulheres na decisão de amamentar ou não.”
Rede de apoio para mães e filhos 
Rede de apoio para mães e filhos 
Rede de Bancos de Leite Humano (rBLH)
A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (rBLH-BR) é uma iniciativa do Ministério da Saúde, por intermédio de uma parceria entre o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira da Fundação Oswaldo Cruz (IFF/Fiocruz) e o Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas da Secretaria de Atenção à Saúde (DAPE/SAS).
​ Os objetivos permanentes da rBLH-BR são promover, proteger e apoiar o aleitamento materno, coletar e distribuir leite humano de qualidade certificada e contribuir para a redução da mortalidade infantil.
Mato Grosso do Sul conta atualmente com cinco bancos de Leite Humano, sendo quatro unidades em Campo Grande e um em Dourados.
Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC)
Idealizada em 1990 pela OMS e UNICEF para promover, proteger e apoiar a amamentação. Foi incorporada pelo Ministério da Saúde como ação prioritária em 1992 e desde então, com o apoio das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde vem capacitando profissionais, realizando avaliações e estimulando a rede hospitalar.
O Ministério da Saúde reconhecendo a importância desta iniciativa diferencia o pagamento dos procedimentos obstétricos realizados nos estabelecimentos de saúde credenciados.
 Atualmente a legislação vigente sobre essa iniciativa é a Portaria nº. 1.153 de 22 de maio de 2014, que redefiniu os critérios de habilitação da IHAC, como estratégia de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno e à saúde integral da criança e da mulher, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
O objetivo desta Iniciativa é mobilizar toda a equipe de saúde dos hospitais e maternidade para que modifiquem condutas e rotinas responsáveis pelos altos índices de desmame precoce.
Agosto dourado
Agosto dourado
O mês do Aleitamento Materno no Brasil foi instituído pela Lei nº 13.435/2.017, que determina que, no decorrer do mês de agosto, serão intensificadas ações intersetoriais de conscientização e esclarecimento sobre a importância do aleitamento materno.
O que é a campanha agosto Dourado?
A Campanha Nacional de Amamentação 2022 foi lançada nesta semana pelo Ministério da Saúde, com o tema “Apoiar a amamentação é cuidar do futuro”. 
O nome Agosto Dourado dado à campanha está relacionado ao padrão ouro de qualidade do leite humano e tem como objetivo fortalecer o aleitamento materno.
Fisiologia da mama 
Fisiologia da mama 
A mama feminina é composta por:
Lobos (glândulas produtoras de leite)
Ductos (pequenos tubos que transportam o leite dos lobos ao mamilo)
Estroma (tecido adiposo e tecido conjuntivo que envolve os ductos e lobos além de vasos sanguíneos e vasos linfáticos).
Fisiologia da mama 
Tipos de mamilo
4 tipos de mamilos
Mamilos normais. 
Mamilos planos. 
Mamilos invertidos. 
Mamilos compridos
Mamilo supranumerário
Cuidados com as mamas
Cuidado das mamas durante a amamentação
Lave o peito apenas com água durante o banho. O sabonete e o gel de banho podem eliminar este óleo natural, provocando irritação.
Deixe os seus mamilos secarem ao ar ou limpe suavemente com uma toalha. 
Não é necessário lavar a mama ou os mamilos antes de amamentar. 
O leite humano fresco pode ajudar a sarar os mamilos danificados, por isso tente massajeá-los com algumas gotas antes e depois de amamentar.
Mude os protetores de seios com frequência se ficarem húmidos, para reduzir o risco de infeções bacterianas.
 Observe se seu bebe está fazendo a pega correta, pois a pega errada pode causar lesões dolorosas.
Cuidados com as mamas
Muita dor nas mamas após o parto pode indicar ingurgitamento mamário 
É o enchimento patológico excessivo das mamas com leite, deixando-as doloridas e tensas, o que dificulta o aleitamento.
O tratamento é feito por meio de massagens e compressas frias ou quente com o objetivo de aliviar os sintomas do inchaço das mamas e promover a fluidez e, consequentemente, a liberação do leite.
o ingurgitamento acontece porque o bebê não está mamando com frequência suficiente
Pode provocar latejamento e inchaço, às vezes se estendendo até a axila, e sensação de muito calor e encaroçamento devido à atividade de produção que ocorre no interior dos seios.
Amamentação em publico
 É ofensivo? Por que?
Amamentação em publico 
Infelizmente a amamentação em publico era um tabu em todo o mundo até um tempo atrás, isso por conta da cultura de sexualização que era exercida sobre todas as mulheres 
A amamentação publica era considerada ofensiva e errada.
 Felizmente as mulheres começaram a compreender que aquilo não era errado, pois eram orientadas que o aleitamento materno era a alimentação do bebe. 
A amamentação publica não é ofensiva, pois seios não são órgãos sexuais, são órgãos sexualizados.
Os considerados órgãos sexuais são órgãos utilizados para reprodução, os seios não estão envolvidos nessa função.
Segundo a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, “é assegurado à lactante o direito de amamentar a criança em todo e qualquer ambiente, público ou privado, ainda que estejam disponíveis locais exclusivos para a prática” 
Mulheres não devem ter vergonha de alimentar o seu filho publicamente.
Todas as pessoas comem em publico, uma criança também pode se alimentar.
Não é somente direito da mulher, mas também da criança.
“ Amamentar é um direito
E não um favor!”
Fim, obrigada!
Referencias 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf
https://www.unicef.org/brazil/aleitamento-materno
https://www.pampers.com.br/recem-nascido/alimentacao/artigo/o-basico-sobre-amamentacao
https://cdd.org.br/noticia/saude-da-mulher/amamentacao-a-importancia-do-apoio-da-familia
https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Aleitamento-Materno

Continue navegando