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MANUAL MONITORIA AVALIACAO 2016

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0 
 
 
 
 
 
 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO E PSICOLOGIA 
 
Manual de Apoio: MONITORIA E AVALIAÇÃO EDUCACIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Pedagógica 
Delegação da Maxixe 
 
 
 
UniSaF 
Universidade Pedagógica - Maxixe 
1 
 
 
 
Compilado Por: Cláudio Nhampossa 
dinhampossa82@gmail.com cnhampossa@up.ac.mz (+258 84 71 79 634) 
Título: Manual de Apoio (Monitoria e Avaliação) 
 
Nota: Este manual foi compilado a partir do módulo de Mosha H. J. et all (2003. 
SADC and the University of the Witwatersrand - School of Education). 
 
Ano: Julho de 2016 
 
 
mailto:cnhampossa@up.ac.mz
2 
 
 
 
Lista de Abreviaturas 
 
ESDP Education Sector Development Programme 
ESDS Education Sector Development Strategy 
EPSI Educational Policy Support Initiatives 
GNP Gross national Product 
MTEF Medium Term Expenditure Framework 
NPV Net Present Value 
NECTA National Examination Council of Tanzania 
OECD Organization for Economic Development 
PAC Public Accounts Committee 
PEAP Poverty Eradication Action Plan 
PEO Programme Evaluation Organization 
PER Public Expenditure Review 
PRSP Poverty Reduction Strategy Paper 
PTCA Parent Teacher Community Association 
PVC Present Values of Costs 
SADC Southern African Development Community 
SCER Simple Cost Effectiveness Ratios 
SIP Sector Investment Programmes 
SMART Specific, Measurable, Attainable, Realistic and Time Bound 
SOL Standards of Learning 
SWAP Sector Wide Approaches 
SWOT Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats 
T&L Teaching and Learning 
UPC Universal Primary Completion 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DA POLÍTICA, PLANOS E PROGRAMAS 
EDUCACIONAIS 
 
Este manual concentra-se na monitorização e avaliação das políticas, planos e 
programas educacionais que são preparados para melhorar o desempenho em 
todos os níveis de um sistema educacional. Começamos por definir os conceitos 
de monitorização e avaliação, depois por esboçar o propósito e significância da 
monitorização e avaliação na educação. A seguir exploramos o foco da 
avaliação. Por último, debatemos sobre os diversos sistemas de monitorização, 
inclusive serão iniciadas estratégias para melhorá-las. Por último, será dado um 
resumo. 
 
EXPLICAÇÃO DE CONCEITOS CHAVE 
Os conceitos frequentemente utilizados na unidade são definidos e ilustrados 
nesta secção de forma a criar uma compreensão comum. Entre eles estão 
incluídos os seguintes conceitos chave: 
 
1.Monitoria 
Comecemos por exemplos hipotéticos. 
 
 
 
 
 
Todos os casos acima descritos requerem uma monitoria imediata. Monitoria é. 
Portanto, uma análise contínua ou periódica dos vários estágios da política, 
plano ou ou concepção do programa e implementação educacionais, a nível do 
sistema ou da escola, para determinar se as políticas, planos e programas estão 
a ser implementados como pretendido. A verificação poderia cobrir o contexto 
em que as políticas são concebidas e implementadas. Podia também envolver o 
despiste de inputs – aquisição, alocação e utilização de recursos; bem como 
assegurar que os calendários de trabalho e outros processos estejam à altura 
Actividade: 
A escola X tem alunos que estão muitas vezes ausentes da escola. O que deveria fazer o 
Director para os apoiar? O estado provê dois terços dos fundos para construir uma escola 
mas muito pouco tem sido feito na base. O desempenho da escola X foi extremamente fraco 
nos exames nacionais. Existem relatórios que apontam que muitos professores possuem 
segundo emprego. O que o Director deveria fazer para rectificar a situação? 
 
4 
 
 
para que os produtos e resultados sejam realizados (Valdez and Bamberger, 
2000). Monitoria, portanto, serve como um primeiro sistema de alerta [para o 
empowerment e inspecção] para encorajar a avaliação abrangente das causas 
das deficiências (Wjnen et al, 1990). Isto incita a necessidade de avaliação 
 
2.Avaliação 
Isto é um processo sistemático e objectivo de avaliação, medição e análise do 
desempenho de uma política/plano/programa educacional. Avaliação e medição 
de uma política/plano/programa corrente ou completo podem ser feitas durante a 
sua concepção, implementação ou na fase dos dados/resultados com o 
objectivo de determinar a sua relevância, eficiência, eficácia, impacto e 
sustentabilidade dos seus objectivos (OECD, 1986, Mosha 2002). A avaliação é 
muitas vezes referida como um processo porque compreende actividades 
correntes destinadas a recolher informação atempada através de medições e 
avaliações de forma a que as decisões sobre o valor e desempenho possam ser 
tomadas. 
 
 
2.1.Medição 
Este é um processo de utilização de instrumentos apropriados para colectar 
informação e dados sobre um atributo. Os instrumentos de medição podem 
apoiar uma colecta quantitativa sobre, digamos, altura, peso, um resultado, 
progresso feito na implementação de um projecto, etc. Pode também conduzir a 
uma colecta de informação qualitativa sobre opiniões ou razões para um 
resultado – porquê bons ou maus resultados ou dados. 
 
2.2.Avaliação 
A avaliação, por outro lado, é um processo sistemático de análise e tradução 
dos dados numa forma interpretável de modo a que as decisões possam ser 
feitas. Muitas vezes concentra-se nos indicadores de desempenho – nível de 
desempenho nos determinantes quer sejam aprendizagem, eficiência e eficácia. 
Compreende um processo de abstracção mental que interpreta a informação e 
5 
 
 
os dados recolhidos pela Medição. Também compreende um processo de 
colocação da informação avaliadora ou dados em alguma escala númérica ou 
nominal para que possa ser classificada qualitativamente ou quantitativamente 
de acordo com medidas pré determinadas (Mosha and Bukhala, 1985). 
 
Murphy et al (1996) defende que a avaliação educacional difere em muitas 
maneiras do diagnóstico individual, selecção ou exames de certificação. Primeiro 
ela dá informação do sistema como um todo, não sobre alunos singulares. 
Segundo, não inclui só medidas da aprendizagem do aluno, mas também mas 
também dos antecedentes do aluno e inputs e processos da escola que 
permitem a avaliação dos dados a serem utilizados na análise política. Terceiro, 
é concebida para monitorar o desempenho do sistema educacional ao longo do 
tempo, determinar seo sistema está ou não a fazer progressos em direcção aos 
seus objectivos [custos-eficácia], através do uso de medidas estandardizadas do 
desmpenho dos alunos, Inputs e processos da escola. 
 
2.3.Tomada de Decisão 
É muitas vezes dirigida ao mérito, importância e relevância, programa e melhoria 
organizacional, supervisão e conformidade, bem como geração de 
conhecimentos. Estes atributos são elaborados mais tarde numa secção 
subsequente. A tomada de decisão é muitas vezes facilitada pela presença de 
indicadores e conjuntos de padrões. 
 
3.Indicadores 
Existem critérios de mérito ou dimensões mediante importantes para a política, 
plano ou programa atingirem bem os objectivos desejados. Os indicadores são 
acordados mediante medidas qualitativas e quantitativas que serão utilizadas na 
avaliação do progresso da política, plano e programa. Os indicadores são 
cruciais para o sucesso de qualquer estratégia política, plano ou programa. 
Devem ser cuidadosamente escolhidos para que “indiquem” verdadeiramente de 
uma forma fidedigna e precisa, se as metas e objectivos do plano estão ou não a 
ser realizados. Os indicadores também devem ser verificáveis. Isso significa que 
6 
 
 
devem ser medidas com as quais as evidências e dados possam ser recolhidos 
de uma forma verdadeiramente objectiva. É preciso depois observado que os 
indicadores bons são incorruptíveis por qualquer pressão. Contudo, os 
indicadores melhoram perceptivelmente se a unidade melhora o seu 
desempenho ao longo do tempo. A seguir apresentam-se algumas ilustrações 
de indicadores. Osseguintes critérios foram sugeridos por Carol Taylor Fitz-
Gibbon (1996) para o estabelecimento de bons indicadores da Educação: 
 
Relevantes 
 São identificados objectivos válidos para as unidades [criar consensos 
sobre os objectivos] 
 Mencionar produtos, outputs, resultados e 
Informativos 
 Estão contextualizados [ter em conta o contexto] 
 Feedback para as unidades [necessidade de saber espírito de 
informação aberta] 
Aceitáveis 
 Sentidos como justos [acordo alargado, manter a verificação da 
validade e eficiência] 
 Acessíveis [compreendidos] 
 Explicados [oferece estatística com face humana] 
 Icorruptíveis – tem que se ver que houve justiça 
 Verificáveis 
 Transformáveis se a unidade mudar o desempenho ao longo do tempo 
Vantajosos 
 O uso produz impacto 
Custo-eficácia 
 Custos razoáveis 
Actividade 
Eis alguns exemplos de indicadores. Estude-os e comente se vão ou não ao encontro 
Dos critérios de um bom indicador 
 
7 
 
 
Qualidade 
 Aumento do número de alunos que passam o padrão V dos exames nacionais com uma 
classificação média de 50% e acima de 20 a 45%. 
 Decréscimo da percentagem de alunos repetentes de acordo com o padrão IV dos 
exames regionais de 30% a 20% 
 Aumentodo número de alunos que passam a matemática num padrã estabelecido a 
nível nacional em cada classe em 70% ou mais. 
 
Motivação 
 Retenção do pessoal 
 Percentagem de instrução do pessoal avaliada como sucesso 
 Percentagem de substituições (turnover) do pessoal com sucesso instrucional 
 Substituição do pessoal por motivo 
 Aumento da satisfação medido através de pesquisas pai/profressor 
Resultados 
 Pesquisas com os pais, alunos, membros da comunidade que indicam altos 
níveis de satisfação com as escolas públicas. 
 
 
4. Padrões 
Os padrões não devem ser confundidos com qualidade. Qualidade, são os 
produtos finais ou resultados desejáveis (Schomoker, 1999). Podem ter a haver 
com – visão nacional, isto é, claros, dinâmicos, partilhados por todos os 
membros da sociedade, ressonantes, racionais, tecnologicamente avançados, 
etc. ou objectivos que são Especificos,Mensuráveis, Alcançáveis, Realistas e 
ligados ao Tempo [em Inglês, as iniciais das cinco palavras constituem a palavra 
SMART, que significa inteligente]; ou alunos que conseguem escrever e contar 
após 4 anos de ensino básico; ou graduados que têm conhecimentos, 
habilidades e são capazes de resolver vários problemas que a sociedade 
enfrenta (doenças, ignorância, pobreza, etc.) 
 
Mosha et al (2001) defende que os padrões implicam níveis de excelência, 
estabelecidos por consensos. Os padrões são um ponto de referência através 
do qual se pode fazer um julgamento sobre a eficiência e a eficácia/desempenho 
de um indivíduo, instituição e sistema [pass mark, or cut off point, COP] baseado 
na informação e colecta de dados sobre cada indicador ou vários indicadores, 
interactiva e colectivamente. Os melhores indicadores podem ser estabelecidos 
investindo no conhecimento de especialistas [em política, planificação, finanças, 
8 
 
 
ensino, gestão, exames, etc.] e inputs de parceiros [o que eles consideram ser 
desempenho aceitável?] e pesquisa do que é geralmente aceite globalmente 
como sendo um marco de excelência [uma pessoa habilitada, uma política 
ressonante, um financiamento eficaz de um sistema]. Os padrões de excelência 
ou mérito também podem ser estabelecidos por uma autoridade [senado 
universitário ou conselho de exames], a prática [procurar o máximo e não 
permitindo a ninguém reprovar na escola] ou consenso geral [que um resultado 
de 60 em 150 pontos seja aceite como nota de passagem, que garanta que 
alguém seja seleccionado para continuar os estudos]. Os padrões podem ser 
absolutos (fixos – 50 porcento é muitas vezes considerado como média) ou 
relativos (flexíveis – particularmente para os COPs). Por conseguinte, deve ser 
conseguido um acordo antes de os usar. Quando os padrões são muito baixos 
[ninguém reprova na escola, é difícil medir a excelência] os praticantes podem 
estar satisfeitos com o desempenho medíocre; de modo semelhante, se os 
padrões são muito elevados, [todas as crianças devem corresponder a um 
padrão fixo – 50 porcento ou mais para passar ou reprovar e o sucesso pode ser 
difícil ou impossível de realizar, particularmente nas instituições frequentadas 
por todo o tipo de escassez]. Isto pode conduzir à desmoralização e algumas 
vezes ao desespero. Os padrões podem-se basear em falsas noções tais como 
o enfoque na proficiência linguística apenas, habilidades vocacionais ou 
escolásticas esquecendo outras componentes de qualidade – aquisição de 
valores desejáveis, hábitos de trabalho, internacionalização de práticas 
democráticas atc.] Esta obsessão pode levar a uma percepção de qualidade de 
educação errada e equivocada (Osaki, 2000). 
Dado o facto que a manifestação de qualidade é o nível de desempenho a 
realizar a missão dada de um empreendimento de educação, os objectivos do 
sistema e de suas instituições desde o ensino pré-primário, primário, secundário, 
profissional, terciário e superior precisam ser compreendidos e partilhados por 
todos, uma vez que eles constituem o enfoque principal de qualquer 
julgamento/avaliação da qualidade. Supõe-se que os objectivos reflictam as 
expectativas gerais dos principais parceiros – alunos empregados e comunidade 
9 
 
 
que apoiam o sistema de educação. Os objectivos mudam ao longo do tempo, 
por isso a avaliação frequente dos próprios objectivos é importante. 
É preciso também imaginar que a qualidade de um empreendimento/sistema 
educacional é influenciada por muitos factores. Estes incluem o ambiente 
contextual de um dado sistema, os inputs básicos, os arranjos/processamento 
dos inputs em produtos individuais, outputs institucionais e os resultados da 
educação ma sociedade. Portanto, a educação de qualidade é um conceito 
multidimensional, por isso, a sua avaliação pode envolver medição e análise dos 
factores contextuais, inputs, processos de ensino e aprendizagem, [pesquisa e 
consultoria nas instituições de nível terciário e superior], os produtos, outputs, e 
resultados ou interacções entre eles, de forma a realizar os seus preciosos 
resultados. Estes factores, consequentemente combinam-se para produzir um 
dado nível de qualidade. 
Um baixo padrão ou alto padrão de educação é, por conseguinte, uma 
declaração tautológica. Tecnicamente só se pode comentar sobre a qualidade 
de educação em termos do seu estado em algum sítio no escopo de alta 
qualidade a baixa qualidade e não alto ou baixo padrão. Isto porque um padrão 
constitui um nível estabelecido de excelência, embora os indicadores sejam 
parâmetros à volta dos quais a informação qualitativa e os dados quantitativos 
são colectados e a qualidade é julgada. 
 
5. Garantia de Qualidade 
Isto é um sistema de verificações e equilíbrios no processo da implementação 
da política, plano e programa para assegurar que o sistema esteja 
constantemente consciente das expectativas e exista um esforço concertado 
para a sua realização. As avaliações não produzem desempenho. Elas podem, 
contudo, servir o propósito de mobilizar incentivos, engajamento, poder e 
capacidade em recursos humanos e financeiros que produz desempenho. A 
questão crucial é, o conhecimento, competência e recursos existem realmente 
para dar o nível de apoio ao sistema ou escola necessário para ir ao encontro 
das demandas requeridas por digamos, um político num país x, escola distrital 
ou uma dada escola 
10 
 
 
 
PROPÓSITO DA AVALIAÇÃO 
A avaliação, como muitos tendem a aludir não foi concebida apenas para um 
julgamento de passagem Mark et al (2000) Mosha (2002), Patton (1997) 
defendem que a avaliação pode servir para outros propósitos; nomeadamente 
avaliar: 
 Mérito ou importância; 
 Melhoramento do programa organizacional; 
 Supervisãoe concordância; e 
 Desenvolvimento do conhecimento. 
 
1.Mérito ou Importância ou Importância 
Avaliar o mérito ou importância diz respeito ao desenvolvimento de julgamentos 
justificados sobre os efeitos e resultados, da intervenção planeada quer seja 
propositada ou não, positiva ou negativa (Mosha, 2002). 
 
O mérito diz respeito à qualidade da política/plano/programas em termos do seu 
desempenho. Muitas vezes classificamos os alunos de acordo com o mérito na 
sala de aulas ou o exame nacional do desempenho. Algumas vezes oferecemos 
também prémios ‘meritocráticos’ aos alunos, escolas, direcções distritais etc. 
que foram julgados como tendo atingido melhorias notáveis no seu 
desempenho. De modo semelhante classificamos os países de acordo com o 
mérito em termos de desenvolvimento económico e social. Da mesma maneira 
podemos também classificar as escolas em termos de mérito na implementação 
de projectos educacionais – construção, distritos em termos de sucesso 
registado nas matrículas ou eliminação das deficiências. 
 
A importância, por outro lado diz respeito ao valor que o desempenho traz para o 
bem-estar social. As avaliações têm muitas vezes estabelecido demasiada 
ênfase nos processos de inputs do ensino e aprendizagem e prestado menos 
atenção aos resultados (habilidades para a vida e trabalho numa sociedade 
dinâmica). 
11 
 
 
2. Programa e o Melhoramento Organizacional 
Quando o propósito da avaliação é o programa e o melhoramento 
organizacional (avaliação formativa), fazem-se esforços para dar feedback 
atempado para corrigir operações irregulares, melhorando assim as operações 
do plano. Scriven (1991:169) comparou a avaliação formativa ao acto de “o 
cozinheiro provar a comida antes dos convidados chegarem e fazer ajustes a 
tempo”. Os processos de alerta primários tendem a ter um efeito positivo no 
desempenho de um plano (Mosha, 2002). 
 
3. Supervisão e Concordância 
A supervisão e concordância implicam avaliar em que medida a implementação 
da política/plano está alinhada com as expectativas especificadas dos parceiros 
(alunos, empregadores, pais, instituições, governo e instituições financiadoras). 
A avaliação deste tipo gera, portanto, informação pública segura em benefício 
dos parceiros e encoraja a transparência sobre cada transacção. Também é 
concebida para ver em que medida estão a ser seguidas as directivas ou 
estatutos relativos a questões como matriculas compulsivas e equilíbrio do 
género e regulamentos sobre participação, ensino eficaz ou outros mandatos 
sobre o desempenho. Se não, o pessoal e os administradores podem ser 
chamados à responsabilidade antes de serem dispendidos recursos 
substanciais. Mark et al. (2000) alertam para o facto da avaliação da supervisão 
e concordância normalmente não poderem dizer se o plano/política é 
responsável pelos resultados. Da mesma maneira um plano/política pode operar 
inteiramente de acordo com a legislação e regulamentos e mesmo assim serem 
ineficazes, especialmente quando os participantes estão simplesmente a jogar 
de acordo com as regras. 
 
4. Desenvolvimento do Conhecimento 
Muitas vezes as políticas/planos são primeiro testadas a nível micro, o que serve 
o propósito do desenvolvimento do conhecimento. A avaliação do 
desenvolvimento do conhecimento envolve esforços para preparar e testar 
teorias gerais e propostas sobre processos e mecanismos sociais e dentro das 
12 
 
 
escolas tal como ocorrem no contexto dos planos educacionais. Muitas vezes as 
análises SWOTs [Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats] (Pontos 
fortes, Pontos fracos, Oportunidades e Barreiras) são conduzidas para o 
desenvolvimento do conhecimento e podem concentrar-se em várias questões 
de pesquisa envolvendo mega ou micro planos (Lipsey, 1993). Estes estudos 
também podem analizar todos os processos desde a concepção às fases de 
implementação de planos educacionais (Scheiver, 1987). Além disso, podem ser 
aplicados a diferentes contextos (urbano/rural, comunidades marginalizadas ou 
grupos desfavorecidos) e clientes (Lipsey, 1997). 
 
ENFOQUE DA AVALIAÇÃO 
O enfoque da avaliação pode ser em qualquer dos seguintes atributos: 
 
Visão, Política e Planos 
Quando o enfoque é na visão, políticas e planos, os esforços devem ser 
direccionados para descobrir em que medida as políticas e planos de educação 
concebidos que procuram atingir a excelência são pró-activos e olham para o 
futuro. Para além disso, em que medida procuram criar um futuro melhor 
encorajando os políticos da educação e planificadores a juntarem esforços com 
os parceiros e especialistas de outros sectores para alcançarem objectivos 
importantes para o futuro. Tal avaliação deveria, portanto examinar o ambiente 
económico, social, político, ecológico, legal, demográfico e cultural de forma a 
gerar informação que permita aos planificadores identificar problemas genuínos 
e questões que afectam o desempenho. Isto deveria ser precedido por um 
processo em que os critérios são estabelecidos para avaliar as melhorias de 
qualidade que deveriam ser recomendadas (Dror, 1968). 
 
Processo da Identificação das Necessidades e declaração do Problema 
Quando enfoque está no processo de identificação das necessidades e 
declaração do problema é preciso considerar os elementos técnicos tais como a 
compleição da cobertura, grau de envolvimento, qualidade dos parceiros 
envolvidos, qualidade da informação e dos dados que são recolhidos, etc. 
13 
 
 
 
Selecção das necessidades 
Quando o enfoque é na selecção das necessidades deve-se compreender que 
as necessidades são naturalmente múltiplas e competem por escassos recursos 
(financeiros, tempo, humanos e físicos). A avaliação neste estágio pode envolver 
a análise da informação colectada durante a avaliação das necessidades e 
utilizar estes dados como base para tomar decisões sobre que necessidades e 
problemas devem ser atendidos. 
 
Metas e Objectivos 
Quando o enfoque está nas metas e objectivos é preciso saber metas e etapas 
importantes ao longo do caminho para atingir os resultados desejados. Vimos 
que os objectivos bem estabelecidos, por exemplo, devem ser SMART – 
específicos, mensuráveis, atingíveis, realistas e ligados ao tempo. A avaliação 
podia centrar-se na avaliação de cada objectivo de forma a avaliar a medida em 
que eles obedecem a esses critérios. Também se pode desejar avaliar os 
objectivos para avaliar a sua relevância, importância e utilidade, bem como em 
que medida eles servem como padrões úteis, que se forem realizados 
conduzirão à resolução de problemas identificados. Onde houver disparidades 
entre metas/objectivos e os problemas identificados, pode ser desejável haver 
modificações. Algumas vezes os objectivos podem ser abandonados ou 
reafirmados. 
 
Alguns objectivos podem concentrar-se na transformação cultural. El-Khwas 
(1998: 8) defende que “Os resultados a longo prazo para a melhoria da 
qualidade são melhor conseguidos pela mudança da cultura dentro…das 
instituições”. Ele afirma ainda que o governo pode “estimular um compasso mais 
acelerado de mudança através de financiamentos que premeiem as instituições 
com propostas bem planeadas de melhoramento” 
 
 
14 
 
 
Seleccionar Alternativas e Escolher Estratégias 
Quando o enfoque está na selecção de alternativas e na escolha de estratégias 
a avaliação é útil para indicar possíveis alternativas à luz da informação 
disponível. 
 
Nível da Concepção 
A monitorização e avaliação a nível da concepção concentra-se essencialmente 
na adequação dos inputs e seus ajustamentos para produzir os resultados 
desejados. 
 
Mobilização, Procurement, Pagamento, Utilização e Controlo dos Recursos 
Quando o enfoque está na mobilização, procurement, pagamento, utilização e 
controlo dos recursos é preciso observar o facto de que os planos educacionais 
dependem de recursos humanos,financeiros, físicos e de tempo para a sua 
implementação eficaz. Por isso, a correcta mobilização dos recursos, aquisição, 
pagamento, utilização e controlo deveriam ser as áreas principais do enfoque 
neste estágio para assegurar a eficiência bem como a total responsabilidade 
sobre o seu uso eficaz. 
 
Organizar e Coordenar a Implementação 
Quando o enfoque está na organização e coordenação da implementação é 
preciso ser-se astuto para verificar se foram estabelecidos os sistemas e 
estruturas apropriados e se são eficientes e eficazes para apoiar a 
implementação da política, o plano ou o programa. A Coordenação é crucial 
para assegurar que haja interacção apropriada entre inputs, processos e 
sistemas de apoio de forma a produzir os produtos, outputs, e resultados. Se 
este processo de interacção não tiver lugar é provável que a implementação 
sofra. A monitorização e avaliação neste estágio, por conseguinte, preocupa-se 
em entender porque é que a implementação não está a ser levada a cabo como 
planificado e fazer os necessários ajustamentos. 
 
15 
 
 
Gerir a Implementação 
Diz-se que a gestão eficaz é um dos factores chave que contribuem para o 
sucesso da implementação das políticas, planos ou programas educacionais. A 
gestão eficaz preocupa-se com a criação da equipa e a mobilização de grupos e 
comunidades para se envolverem activamente no apoio à implementação das 
políticas educacionais, planos e programas. Os gestores eficazes estão 
orientados para o desempenho, são responsáveis, transparentes e sensíveis ao 
bom ou mau desempenho. A monitorização e avaliação neste estágio envolve, 
portanto, entender se os gestores estão a conseguir esses objectivos e se não 
são responsáveis por um desempenho abaixo do padrão. 
 
Gerir a Monitoria e Avaliação 
Quando o enfoque é na monitoria e avaliação deve-se descobrir em que medida 
os sistemas, estruturas e procedimentos para conduzir a avaliação são justos, 
fiáveis, válidos e económicos. Isto são questões que garantem o enfoque da 
gestão. Gerir as funções de monitorização e avaliação das políticas, planos e 
programas educacionais também têm a ver com os necessários recursos 
humanos existentes para conduzir as análises 
Ter os recursos financeiros necessários também é uma preocupação importante, 
especialmente porque muitas vezes há sub-orçamentação nesta área. De modo 
semelhante a capacidade tecnológica para processar, analisar e armazenar 
dados é um importante factor, tal como a calendarização das acções para 
corrigir os problemas antes que seja muito tarde. É neste estágio que os 
padrões desejáveis de resultados de aprendizagem bem como os padrões de 
de desempenho para atributo de políticas, planos ou programas e indicadores de 
excelência são estabelecidos e periodicamente revistos de forma a assegurar 
que continuem a ser aplicáveis em ambientes diversos. 
 
 
16 
 
 
Produto, Output e Resultado 
Quando o enfoque está no produto, output e resultado, é preciso compreender 
que o propósito de todas as políticas, planos e programas de educação é a 
realização dos objectivos desejáveis de organização individual e da sociedade. 
A avaliação do produto, output e do impacto [avaliação cumulativa] é feita muitas 
vezes depois das políticas, planos e programas terem sido implementados 
durante algum tempo. Neste momento, o avaliador determina se os objectivos 
das políticas, planos e programas foram atingidos e se não, porquê. 
 
Muitas vezes os planificadores, implementadores e avaliadores tendem a 
trabalhar sobre se os recursos foram usados como planificado. Ao fazer isso 
tendem a perder de vista os resultados – em que medida o conhecimento, 
habilidades e aptidões tiveram qualquer impacto na realização dos objectivos 
nacionais de desenvolvimento. Muitas vezes deve ser feita a distinção entre os 
resultados desejados e ideais. Um ideal só pode ser atingido quando os 
constrangimentos são eliminados ou minimizados. Dados os constrangimentos 
existentes na implementação da política nos países em desenvolvimento, podem 
ser acordados critérios realistas, dependendo do contexto e do enfoque da 
avaliação. Em resumo, um bom sistema de monitoria e avaliação deveria 
concentrar-se sempre nos resultados e depois trabalhar para trás e procurar os 
factores que causaram monitorando e avaliando os outputs produtos, meios e o 
contexto. 
 
Sustentabilidade 
Quando o enfoque da avaliação é discernir sobre a sustentabilidade parte-se da 
premissa que é provável que as políticas educacionais, planos e programas 
oferecerem apenas uma pequena fracção dos benefícios e serviços pretendidos 
durante os os anos iniciais ou de tentativa de apoio. Bamberger and Cheena 
(1990) defendem que a sustentabilidade é afectada por muitos factores – 
técnicos, financeiros, organizacionais e políticos. A monitoria e a avaliação 
conduzirão então à rápida detecção dos factores que impedem a 
17 
 
 
sustentabilidade, permitindo assim que os políticos, planificadores e gestores 
corrijam atempadamente esses problemas no processo. 
 
Papel da Gestão de Sistemas de Informação 
A informação e os dados são produtos da monitoria e avaliação. Poderiam 
também constituir inputs, como critério de gestão de dados colectados e 
actualizados através da monitoria e avaliação. A informação e os dados também 
servem para processos de planificação (Mosha, 2002). Dada a importância de 
obter informação e dados de qualidade em todos os estágios da política, do 
processo de planificação, da concepção e implementação do programa é difícil 
simplesmente inclui-la como uma componente em qualquer das áreas de 
enfoque descritas nas secções precedentes. Ela serve a todas. Mark et al. 
(2000) defendem que um dos potenciais benefícios do EMIS é proporcionar 
bases de dados para o pensamento estruturado. Eles acrescentaram que o 
pensamento estruturado é uma maneira estruturada de aprender da experiência 
das políticas, planos e programas correntes e do passado e utilizar esse 
conhecimento para melhorar a maneira como são formuladas, implementadas e 
avaliadas as políticas, planos e programas do futuro. 
 
Mosha (2002), observa ainda que muitos países em desenvolvimento, 
especialmente em África, também não desenvolveram uma política de colecta, 
análise e utilização de dados autênticos com base nos quais são tomadas as 
decisões. Diferentemente de muitos países desenvolvidos na Europa e América 
do Norte, a cultura de responsabilidade e sensibilidade pelo desempenho do 
sistema de educação como revelado pelos dados de desempenho publicados 
não receberam a atenção adequada. Houve pouca ligação entre a alocação de 
fundos e pedidos de retorno em termos de altos níveis de desempenho, 
especialmente onde os dados mostraram resultados negativos. Houve também 
demasiada confidencialidade imposta a dados úteis – o desempenho dos alunos 
nos exames nacionais não são imediatamente disponibilizados para análises e 
verificação cruzada posteriores ou utilização das escolas para melhorar o 
rendimento. Também não estiveram facilmente disponíveis informação útil e 
18 
 
 
dados sobre eficiência e eficácia na mobilização, alocação, despesas e uso 
efectivo de recursos financeiros devido à transparência inadequada que levou 
muitas vezes à corrupção generalizada. Os vários tipos de sistemas de monitoria 
e avaliação são explorados na próxima secção. 
 
 
TIPOS DE SISTEMAS DE MONITORIA E AVALIAÇÃO 
 
Sistemas de Monitoria 
Existem pelo menos três sistemas de monitoria, nomeadamente os que 
enfatizam: 
 
1.O diagnóstico instruccional 
Tendem a concentrar-se no output com pouca atenção nos inputs e muito pouca 
atenção às características dos alunos. Estão virados para o curriculum, utilizam 
testes dirigidos aos critérios e concentram-se na importância do curriculum e 
materiais de apoio. 
 
2.Melhoramento da escola 
Dão ênfase à medição de outputsao mesmo tempo que reconhecem a 
importância potencial de um conjunto maior de variáveis – qualificação dos 
professores. Também incluem comparações entre escolas. Tendem a medir um 
escopo mais vasto de habilidades e testes e utilizam testes dirigidos às normas. 
 
3.Obediência aos regulamentos 
Preocupam-se em monitorar os inputs no sistema e monitorar a eficácia dos 
sistemas de oferta de inputs. Baseiam-se na contagem dos alunos, professores, 
manuais, etc., sendo o objectivo assegurar que os recursos estipulados estejam 
onde precisam de estar 
 
19 
 
 
 
Tipos de Sistemas de Avaliação 
Os sistemas de avaliação por outro lado são, entre outros: 
 
1.Sistemas na escola 
São sensíveis aos testes e ao exame do desempenho dos alunos e conduzem a 
uma variedade de decisões dentro da escola. 
 
2.Corpos de exames 
São formalmente estabelecidos por estatuto governamental. Esta capacidade de 
avaliação pode ser constituída por uma unidade especializada dentro do órgão 
central do Ministério da Educação. Contudo, é preferível que o Ministério 
contrate uma instituição independente para avaliar o serviço, de forma a evitar 
conflitos de interesse por o governo estar a prestar o serviço e ser o seu próprio 
auditor. 
 
3.Sistemas de auditoria. 
São: 
 Internos – visitas de inspecção/supervisão concebidas para 
verificar a concordância com os padrões, bem como: 
 Externos – muitas vezes realizados com propósitos de 
padronização bem como de avaliação imparcial do desempenho. 
Isto pode ser feito em programas [PER], projectos de uma 
instituição, bem como um inteiro sistema quer de procurement 
quer de desembolso de fundos para verificar a sua eficiência e 
eficácia. 
Comissões e Grupos de Trabalho 
Estes são muitas vezes estabelecidos quando existem sinais óbvios de que um 
sistema educacional não está a usar a sua total capacidade para prestar 
serviços. Diagnósticos de avaliação que são muitas vezes muito envolventes e 
consomem tempo são muitas vezes encomendados por sistemas que aspiram a 
reformas importantes no sector da educação. É, portanto, prudente que os 
20 
 
 
países da SADC partilhem experiências sobre como é que este sistema de 
avaliação funcionou nos seus respectivos países, e então discutam os pontos 
fortes e fracos bem como a forma de os ultrapassar. 
 
SISTEMAS DE MONITORIA E AVALIAÇÃO PARA A ESTRATÉGIA DE 
DESENVOLVIMENTO DO SECTOR DE EDUCAÇÃO 
 
Sistema de Monitoria e Avaliação para a EDSE 
1.Fontes de informação 
Várias fontes de dados serão utilizadas no sistema de M e A para a EDSE. 
Podem ser agrupadas em três categorias: 
 Indicadores medidos através de sistemas administrativos. Este é o caso 
em que se pede que as autoridades a um nível inferior transmitam 
informação às autoridades superiores periodicamente, como parte integrante 
dos seus deveres e responsabilidades. Esta categoria inclui relatar sobre o 
progresso bem como rotina de colecta de dados. Muitos dos indicadores nos 
sectores de educação são colectados desta maneira. A rotina de colecta de 
dados por parte do governo tem como uma principal vantagem principal que 
ela oferece uma corrente contínua de dados detalhados com poucos custos 
adicionais. Contudo, porque os dados são colectados nas instituições, pode 
haver um certo grau de distorção nos números. Outro ponto fraco destes 
sistemas é que muitas vezes se baseia em cálculos da população que 
podem não ser correctos. Os indicadores avaliados através de sistemas de 
rotina colecta de dados, têm, portanto de ser cruzados regularmente com 
medições através de outros meios. 
 Indicadores avaliados através de recenseamentos e pesquisas. Aqui 
incluem-se todos os indicadores podem não ser obtidos através de registos 
administrativos como um todo ou como um modo de cruzamento de dados 
baseados na instituição obtidos por sistemas de monitoria de rotina. Os 
indicadores que só podem ser colectados através de recenseamentos e 
pesquisas incluem indicadores de avaliação e indicadores de desperdício. Os 
indicadores que podem ser colectados através do sistema administrativo mas 
21 
 
 
requerem cruzamentos periódicos através de pesquisas incluem, por 
exemplo, Taxas Brutas de Escolarização, Taxas de Admissão, Taxas 
Líquidas de Escolarização. 
 Os indicadores medidos a nível da comunidade, principalmente para 
utilização do distrito e aldeia, através do registo da aldeia e entrevistas à 
comunidade. Apesar do uso principal destes dados seja para a planificação 
local, estas fontes também podem proporcionar indicações úteis ou 
tendências na educação. Esta tendência também inclui indicações úteis nas 
tendências na educação. Esta categoria também inclui avaliações 
participativas e mapeamento escolar. 
 A introdução de um PPA regular no sistema de monitoria para a EDSE 
oferecerá dados qualitativos inestimáveis que servirão o cruzamento de 
dados quantitativos, ajudando-nos a julgar a eficácia das medidas políticas e 
mais em geral ajudar-nos-ão a compreender as ligações causais entre o 
programa de acção do EDSE e as mudanças na pobreza. Mas, mais 
importante, vai-nos ajudar a ouvir as preocupações, percepções e opiniões 
dos parceiros e dos próprios benfeitores. 
 
2. Dados sobre as Capacidades Humanas 
Todos os indicadores da educação podem ser medidos através de sistemas de 
colecta de dados do ministério da educação, que em vários países fornecem 
dados anualmente. Os dados dos recenseamentos oferecem uma possibilidade 
de cruzamento com base na instituição feita para a escolarização. Os exercícios 
de mapeamento escolar também oferecem novos cálculos valiosos sobre alguns 
desses indicadores 
 
3. Estabilidade e Tendências Macro Económicas 
A avaliação dos resultados ou insucessos dos esforços da educação a nível 
macro nos países da SADC também precisam de ser interpretados à luz das 
mudanças na ordem social, económica e política. São, portanto, necessárias 
tendências no que respeita ao desempenho dos agregados macro-económicos 
como mostram as taxas reais de crescimento do PIB, taxas de redução da 
22 
 
 
inflação, equilíbrio das receitas e despesas, estrutura e padrão das 
despesas e receitas pública na educação, déficit fiscal dos consumidores e 
níveis de reserva de trocas com o estrangeiro. Estes dados podem ser 
obtidos nas pesquisas económicas anuais de cada país. 
 
4. Boa governação 
Os indicadores de alocação de recursos podem ser monitorados através do PER 
(Análise da Despesa Pública), MTEF (Quadro de Despesa a Médio Prazo) e dos 
processos de Orçamento Anual. O PER permanecerá o principal instrumento 
anual para monitorar a alocação das despesas e orientação para os resultados). 
As reuniões de análise trimestrais devem ser compreendidas como análises 
correntes para detectar atempadamente possíveis problemas. O rolling out 
(disponibilização) do IFM a todos os níveis do governo ajudará a obter relatórios 
sobre despesas a tempo e consistentes. A espinha dorsal (lynchpin) do sistema 
de monitoria será o MTEF, que é o principal instrumento para determinar se as 
alocações das despesas estão a ser ajustadas ao apoio à redução da pobreza. 
Sob o processo PER (análise da despesa pública), o acompanhamento das 
despesas nos diferentes níveis de governo, através da unidade de prestação de 
serviços real já estabelecida para o financiamento da educação, saúde e 
estradas alargar-se-á para abranger sectores prioritários e, se possível todos os 
anos. 
O governo pode, também, instituir um sistema de monitores “independentes” no 
quadro da Estratégia de Assistência para acompanhar os compromissos dos 
governos para melhorar a governação e o quadro institucional para uma 
integridade mais elevada e uma responsabilidade mais transparente bem como 
a coordenação dos doadores, melhor integração da assistência externa no 
sistema de tesouraria e simplificação dos procedimentos dos desembolsosde 
ajuda. 
 
 
23 
 
 
Quadro Institucional para Monitoria e Avaliação 
O sistema de M e E para a EDSE precisa de um quadro institucional apropriado, 
que consiste de dois elementos: arranjos institucionais e um ambiente 
institucional. Os arranjos institucionais apropriados especificam linhas de 
responsabilidade claras para as várias agências dos sectores de forma a 
promover a geração de dados dirigidos à demanda, compilação e análise. . Os 
arranjos institucionais claramente especificados vão maximizar os benefícios 
engendrados pela especialização e minimizar sobreposições e conflitos.. Um 
ambiente institucional apropriado ‘arbitra o jogo’ definindo padrões e 
estabelecendo incentivos apropriados para a implementação do sistema de 
monitoria sem conflitos. 
 
1. Arranjos Institucionais 
Existe uma vasta série de actores envolvidos nas actividades de monitoria da 
EDSE, que vão desde a colecta, processamento, análise e utilização. É 
fundamental um arranjo institucional acordado para a monitoria se essas 
actividades de monitoria são para ser integradas num sistema de monitoria 
coerente. Este quadro deve indicar claramente os papéis e responsabilidades 
dos diferentes níveis. 
A responsabilidade geral para monitorar a EDSE a nível nacional é dos 
ministérios do governo encarregados da coordenação das iniciativas da 
educação para assegurar que todos os parceiros relevantes estejam envolvidos 
no processo de monitoria. Os governos podiam estabelecer comités de monitoria 
com uma participação alagada. Para uma recolha de dados real, as instituições 
responsáveis para as vastas pesquisas sobre agregados familiares, 
Recenseamento Populacional e relatórios nacionais são os Gabinetes Nacionais 
de Estatística. Os ministérios colectam dados sectoriais, principalmente através 
de mecanismos de rotinas de colecta de dados e sistemas administrativos. As 
instituições académicas e de pesquisa colectam datas através de pesquisas ad 
hoc sobre questões específicas. As descobertas da monitoria EDSE precisam de 
ser usadas pela política. Esta é a responsabilidade dos políticos apoiados pelas 
24 
 
 
Comissões Nacionais de Planificação e pelas instituições académicas e de 
pesquisa. 
De forma a apoiar o desenvolvimento do sistema de monitorização, deve ser 
concebido um mecanismo para permitir uma discussão mais abrangente de 
parceiros sobre o sistema de monitoria da educação. Podia-se pensar num 
fórum semelhante ao grupo de trabalho (task group) para dados e informação. 
Este grupo reuniria regularmente para discutir e decidir sobre questões 
relacionadas com o sistema de monitoria da educação, incluindo o 
estabelecimento de padrões. 
 
2. Ambiente institucional 
Para além de fazer os arranjos institucionais requeridos, também é importante 
ciar o ambiente institucional adequado. Isto compreende estabelecer padrões 
para a monitoria e assegurar o estabelecimento dos incentivos correctos e 
‘desincentivos’ para assegurar a implementação do sistema de monitoria sem 
conflitos. Existe um importante papel do fórum dos parceiros acima descrito, em 
colaboração com o Gabinete Nacional de Estatística e as entidades da 
educação. O outro elemento do ambiente institucional é assegurar que os 
incentivos e desincentivos correctos sejam estabelecidos para assegurar que 
todos os actores no sistema de monitoria desempenhem o seu papel como 
acordado. Esses incentivos e desincentivos podem ser na área de 
financiamento, acesso à formação e outros elementos do capacity building 
institucional, etc. o fórum dos parceiros para o sistema de monitoria deveria 
jogar um papel de liderança na determinação e administração do sistema de 
incentivos. 
 
3. Armazenamento dos dados 
Existe uma necessidade decisiva de um armazenamento central de dados 
colectados através do sistema de monitoria da EDSE, num formato facilmente 
acessível que facilite a análise e utilização dos dados na análise política. Os 
Gabinetes Centrais de Estatística precisam de jogar um papel de liderança a 
coordenar a iniciativa da Base de Dados Económico Sociais. Em alguns países 
25 
 
 
como a Tanzânia, num protótipo de trabalho e a versão completa de trabalho 
está disponível em CD – ROM, na rede do governo e na internet. Uma vez que 
existem muitas dificuldades actualmente nas actividades de monitoria do sector 
da educção na SADC, a EDSE oferece uma oportunidade de ouro para melhorar 
a monitoria do desenvolvimento da educação nos países e construir um sistema 
de monitoria da educação coerente. 
 
4. Análises da Despesa Pública 
O processo de análise da despesa pública procura acompanhar as despesas por 
anos fiscais, analisar a previsão do pacote de recursos e analisar as receitas, a 
eficiência da gestão financeira e os níveis de responsabilidade. O processo 
também tenta relacionar os recursos disponíveis para o sector, com planos e 
políticas de desenvolvimento do sector. Isto permite uma avaliação sobre se as 
metas são consistentes com o pacote de recursos e se há probabilidades de 
aparecerem lacunas financeiras. O propósito do processo é conseguir um 
orçamento realista que melhore a eficiência, assegure a frugalidade, melhore a 
responsabilidade pelas despesas e fortaleça a previsibilidade do pacote de 
recursos e a transparência do orçamento. 
Os estudos na análise da despesa pública feitos por cada sector, cada ano, 
oferecem informação básica do sector para a preparação das linhas mestras do 
orçamento, bem como a informação necessária para preparar o Quadro de 
Despesas a Médio Prazo. 
Os objectivos principais do estudo sectorial abrangente da educação serão: 
Oferecer uma vista geral do desempenho do sector em termos de despesa, 
receitas, medidas de eficiência e procedimentos; 
Estabelecer se as despesas e necessidades estão em consonância com as 
prioridades declaradas do sector; 
Elaborar estratégias para melhorar a despesa do sector e o desempenho do 
orçamento; 
Analisar o progresso das recomendações do estudo anteriores sobre a Análise 
das Despesas Públicas no sector da educação 
As tarefas específicas da Análise das Despesas Públicas são: 
26 
 
 
Análise das despesas do sector 
Acompanhar e analisar as principais fontes de receita para o sector 
Oferecer uma visão geral do desempenho em termos de acesso, qualidade, 
equidade, eficiência e eficácia em relação à disponibilidade de recursos. 
 
UTILIDADE DA INFORMAÇÃO DA MONITORIA E AVALIAÇÃO 
Factores intra – Organizacionais que afectam a utilidade da informação da 
avaliação 
Nesta secção, são discutidas a análise das características organizacionais – 
incluindo a liderança, a cultura, a resistência à mudança, os níveis de motivação 
do pessoal e o sentido de compreensão da eficácia organizacional, uma vez que 
podem ter efeito na propensão para utilizar a informação armazenada a partir do 
processo de monitoria e avaliação. 
 
1. Avaliação e estabelecimento de objectivos 
É preciso estabelecer metas claras e objectivas para a avaliação e conhecidas 
por todos os envolvidos no exercício de avaliação se se quiser conseguir um 
acordo. Ao estabelecer uma meta é preciso declarar explicitamente que 
objectivo se pretende alcançar; um plano de como o objectivo será cumprido; 
bem como o procedimento da avaliação para indicação se o objectivo foi 
realizado. Pode-se argumentar que a falta de uma planificação meticulosa para 
o processo de avaliação pode ser uma das causas para a implementação não 
eficaz dos relatórios e recomendações da avaliação. Por exemplo, o Ministério 
pode ter professores não qualificados que podem afectar adversamente a 
qualidade da educação. Pode-se conseguir uma decisão de lhes permitir obter 
formação através de uma actualização. Aqui, um certo número de actividades 
tornam-se imperiosas: 
 Estabelecer o tempo limite para o programa de actualização; 
 Determinar o método de actualização é imediatamenteútil; 
 Assegurar o necessário apoio financeiro para a intervenção; 
 Decidir quantos deles frequentarão cursos compactos durante as férias; 
27 
 
 
 Quantos podiam ser actualizados através de programas de ensino à 
distância; 
 Decidir sobre como substituir os professores em formação etc. 
Esta é apenas a lista indicativa das tarefas que precisam de ser consideradas ao 
estabelecer as metas para a avaliação de uma dada intervenção política. Cada 
intervenção levanta uma geração de questões com linhas semelhantes de forma 
a assegurar que a intervenção permaneça em decurso constante. 
A etapa seguinte do processo seria decidir sobre os critérios para a avaliação se 
os objectivos da intervenção foram atingidos – e assegurar que os resultados da 
avaliação sejam utilizados para planificar o próximo desenvolvimento. 
 
2. Eficácia Educacional 
Importante para a monitoria e avaliação da implementação da política da 
educação é a noção de eficácia. Eficácia (que) indica em que medida as metas 
estabelecidas ou os objectivos de uma política ou programas estão a ser 
cumpridos. Portanto, ao considerar o melhoramento seja em que aspecto for da 
educação onde é necessária uma intervenção, é importante, que seja 
estabelecida uma compreensão comum do que é eficácia em termos 
educacionais em todos os que estão ligados à implementação da inovação. 
 
28 
 
 
 
Indicadores do Desempenho Interno 
 
 Duração média do estudo 
 Taxas de sucesso (taxas de graduação) 
 Distribuição dos alunos 
 Parcela de candidatos no mercado 
 Desempenho dos professores 
 Aprendizagem e resultados dos alunos. 
 
Indicadores operacionais 
 
 Tamanho das turmas 
 Ratios pessoal/alunos 
 Carga horária dos alunos 
 Utilização dos recursos 
 Uso do espaço 
 Recursos e equipamentos 
 
Indicadores do Desempenho Externo 
 
 Aceitação dos graduados 
 Destino dos graduados 
 Feedback da comunidade/empregado 
 Prémios e condecorações 
 
Indicadores da produtividade do pessoal 
 
 Publicações 
 Contratos 
- Convites 
- Citações e qualificações 
- Participação em corpos profissionais 
 
29 
 
 
Ao discutir eficácia, é provável que nos deparemos com um certo número de 
conceitos relacionados, tais como eficiência, melhoramento, desenvolvimento da 
qualidade, avaliação, responsabilidade e aptidão. Ao determinar a eficácia, 
pode-se usar medições, mas também é necessária a ponderação. As 
determinantes da eficácia são vastas, multifacetadas e complexas. O director da 
escola pode ver a eficácia em termos do desempenho dos alunos nos exames 
externos; os pais podem senti-la pela forma como os alunos se portam em casa; 
a sociedade pode senti-la em termos de bom comportamento moral das 
crianças. 
Pode ser utilizada uma combinação de indicadores que exprimam a eficácia. A 
este respeito, podem-se discernir quatro categorias de indicadores: Indicadores 
de desempenho internos; Indicadores operacionais; Indicadores de 
desempenho internos; Indicadores da produtividade do pessoal 
 
3. Ensino e Aprendizagem Eficazes 
O objectivo de qualquer intervenção política na educação deve ser, por fim, 
ligado à melhoria do ensino e da aprendizagem. O ideal, portanto, de qualquer 
política educacional eficaz deveria penetrar na sala de aulas para promover a 
aprendizagem dos alunos fazendo-os: estar motivados para aprender 
compreender o propósito e a relevância do seu trabalho estabelecer tarefas de 
uma forma correcta utilizar os recursos disponíveis e saber onde e quando pedir 
ajuda mostrar consideração entre si e para com o professor despertar para o 
desafio do trabalho e mostrar empenho. 
 
As políticas eficazes deveriam também ajudar os alunos a conseguir experiência 
em primeira mão e observar, calcular, registrar, medir, colctar, classificar e 
interpretar a informação, bem como formular e testar hipóteses. Outras políticas 
precisam de permitir que os aprendizes: adquiram informação chave e sejam 
capazes de relembrá-la em novos contextos; adquirir habilidades de estudo e 
usar bem os recursos; rever e praticar para melhorar o desempenho; receber 
feedback sobre o seu progresso por parte dos professores e outros alunos; 
30 
 
 
apresentar bom trabalho para os outros verem ou ouvirem; assumir tarefas por 
no seu próprio tempo e for a da escola. 
 
Devia-se também permitir aos aprendizes trabalhar cooperativamente em 
grupos; ler, escrever, ouvir e discutir numa variedade de contextos bem 
como experimentar aspectos criativos de assuntos individuais. 
 
É preciso também sublinhar que a aprendizagem e o ensino eficazes, 
requer bons professores para conduzir o processo. As políticas 
educacionais eficazes devem, portanto, desenvolver os requisitos de 
qualidade nos professores para o ensino eficaz. Tais qualidades, como a 
capacidade de criar uma atmosfera de propósitos e mostrar um interesse 
genuíno nos aprendizes são vistas como necessários para os bons 
professores. Também, os bons professores têm de ser pacientes, firmes, 
entusiásticos, tolerantes e ser capazes de comunicar com eficácia. Têm 
que ser fisica e emocionalmente estáveis, controlar o nervosismo, querer a 
glória e ser honestos. 
As políticas e intervenções educacionais nunca devem perder de vista a 
necessidade de melhorar as actividades que têm lugar na sala de aulas – 
para melhorar os processos de ensino e aprendizagem. Na monitoria e 
avaliação das políticas educacionais nacionais deve-se ter constantemente 
em mente como tais políticas são traduzíveis à operacionalização na 
escola e na sala de aulas. Um aspecto importante das operações na escola 
é a obtenção da cultura ou do ethos nessas escolas. 
 
4.Ethos Organizacional/Escolar 
As políticas educacionais são afectadas e mesmo modificadas pelo ethos 
organizacional/escolar. Assim, de forma a obter informação da avaliação válida e 
correcta, é importante registrar a cultura organizacional que opera em qualquer 
lugar educacional. 
Os aspectos de cultura/ethos da organização que podem mediar a 
implementação da política educacional incluem: consensos do pessoal sobre a 
31 
 
 
missão da organização; um sentido de pertença; expectativas de progresso 
académico e comportamento e sentido de identidade e orgulho na organização. 
Outros aspectos incluem o bem-estar geral dos alunos e empenho e moral do 
professor; grau apropriado quer de colaboração e competição, bem como o 
modo como a gestão apoia o pessoal. 
 
As maneiras como as políticas são implementadas variam de escola para 
escola, principalmente por causa do ambiente micro-organizacional prevalecente 
em cada instituição. Não é invulgar que os avaliadores encontrem políticas na 
escola que diferem dos estatutos/governo. O papel dos dirigentes da escola em 
mediar entre “a maneira das escolas fazerem as coisas” e as políticas 
educacionais direccionadas de fora – p. e., os Ministérios lidando com as 
direcções distritais ou forças globais é muito importante. 
 
 
 
 
 
 
 
5.Liderança Educacional 
A avaliação da eficácia da implementação da política e especialmente como ela 
afecta os processos nas escolas e o papel dos dirigentes das escolas deve ser 
repensados. Isto é especialmente mais urgente agora que muitos países 
africanos estão a atravessar reformas enormes com o propósito de tornar as 
escolas mais autónomas e auto geridas. 
A consideração da necessidade de maior descentralização do sistema 
educacional engloba maior atribuição de poderes e autoridade para o nível da 
escola o que envolve maior responsabilidade e transparência da implementação 
da política para os dirigentes da escola. 
Se a liderança da escola é considerada como o locus da actividade que o 
líder realiza para levar as outras pessoas a realizarem acções, então um 
certo número de atributos de liderança devem ser considerados ao 
monitorar a eficácia: 
Actividade 
Discutir criticamentecomo o ethos/cultura podem afectar a 
implementação da política num nível organizacional. Dê exemplos 
concretos. Dê exemplos concretos da sua prática de trabalho. 
32 
 
 
 Tomada de decisão – a capacidade do dirigente da escola de chegar a 
conclusões e ponderações sobre questões importantes. 
 Comunicar – a capacidade de encorajar e inspirar as pessoas a tomar as 
decisões necessárias, especialmente quando isso envolve novas áreas 
de engajamento. 
 Seleccionar pessoas – a capacidade de arranjar as pessoas certas para 
realizaras tarefas, incluindo a delegação de responsabilidade e autoridade 
próprias e ajustadas. 
 Desenvolver as pessoas – a vontade de ajudar as pessoas a evoluírem 
profissionalmente, melhorar as suas habilidades, conhecimentos e 
competências. 
 
Ao avaliar a política, contudo, os pontos fortes e fracos da liderança têm de ser 
tidos em conta, porque, tal como a cultura da escola, podem afectar o 
desenvolvimento de toda a escola. 
Os dirigentes da escola podem clarificar ou confundir objectivos políticos, podem 
estimular ou inibir o desempenho óptimo e podem encorajar ou retardar a 
utilização das melhores capacidades, habilidades e interesses dos 
subordinados. Os dirigentes das escolas podem oferecer ou sonegar incentivos 
para o crescimento e desenvolvimento, bem como melhorar ou piorar a 
satisfação no trabalho e moral, essenciais para a implementação eficaz da 
política. A este respeito, a avaliação deveria determinar em que medida a 
liderança da escola é capaz de: 
 Melhorar os recursos da escola, ser uma impulsionadora e incitar o 
pessoal para implementação da política. 
 Promover a satisfação dos subordinados, as necessidades, criar grupos 
de trabalho coesos e empenhados e constituir um exemplo para o 
pessoal. 
 Agir como especialista de recurso, agente de mudança e uma ligação 
entre o pessoal, alunos e comunidade em geral. 
 
 
 
33 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.Tipos de Resistência à mudança 
Na maior parte das instituições de educação os líderes provavelmente 
encontram resistência à mudança que pode afectar os modos e a extensão em 
que a informação da monitoria e avaliação pode ser utilizada para melhorar a 
implementação. Alguns tipos de resistência (reveja a última unidade para mais 
informação) incluem: 
 Resistência agressiva – que é a mais fácil de identificar porque é aberta e 
não é preciso fazer nenhum esforço para identificar a recusa à mudança. 
 Resistência agressiva passiva – aqui, o pessoal aparenta querer a 
mudança mas realmente a mudança nunca se materializa. Prometem fazer 
qualquer coisa logo que tenham o projecto esboçado ou tempo na sua 
agenda. Infelizmente o projecto nunca chega ao fim e nunca há tempo na 
sua agenda. 
 Resistência passiva – aqui parece haver uma aceitação honesta da 
mudança ou da inovação mas não a acção não acontece. O pessoal pode 
com toda a vontade discutir as mudanças e parecer entusiasmados com ela 
mas nunca a leva a cabo. Porque é subtil e aparenta estar de acordo, esta é 
uma das mais difíceis formas de detectar a resistência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Algumas formas comuns de reacções à mudança que provavelmente afectam a 
utilidade da informação da avaliação incluem queixas de falta de tempo para 
mudar as rotinas e práticas conhecidas, falta de recursos suficientes para 
implementar as mudanças necessárias, a necessidade de lidar com a realidade 
uma vez que as mudanças parecem não ser suficientemente práticas, ter 
Actividade 
Discuta consigo próprio e dê exemplos dos diferentes tipos de resistência 
à mudança e mostre como elas são pertinentes para a monitorização e 
avaliação. 
Exercício 
Conceba uma lista de actividades (não menos que dez) que um líder da 
educação pode realizar como agente de mudança. 
34 
 
 
tentado algo semelhante antes que não funcionou e não querer experimentar 
com outra moda outra vez. Outras podem ser: não ser capazes de ensinar a 
macacos velhos novos truques, ter gerido até aqui sem inovação e sem ninguém 
se queixar, pode funcionar em outros lugares mas não nesta organização ou 
vamos esperar até que as coisas estejam estáveis e mais estabelecidas. Hoje 
em dia também há a tendência para formar um comité, grupo de trabalho ou 
uma comissão, para olhar por isso e fazer recomendações apropriadas – que 
raramente alguém quer ouvir falar delas. 
 
 
Actividade: 
Estritamente falando, a resistência à mudança pode ser decomposta em três 
domínios: recursos, comportamento e atitudes. Utilizando alguns dos 
exemplos de reacções à mudança acima citados e alguns da sua própria 
experiência, discuta esta observação. 
35 
 
 
USO DOS INDICADORES NO SECTOR DA EDUCAÇÃO 
 
Indicadores são “factos” que podemos observar e que nos “indicam” se 
estamos no caminho certo ou não. Eles nos ajudam a “medir” e “julgar” uma 
certa situação. 
 
Qualidade dos indicadores 
Estabelecidos antes da acção começar devem ser simples sempre que possível 
sem custos extras. 
Chamar a atenção a tempo de mudar de estratégia para alcançar o objectivo. 
Um indicador é somente um indicador. Devemos utilizar séries de pelo menos 3 
anos para saber as tendências de uma situação 
Relembrando os objectivos da Educação: 
 Maior acesso e retenção no sistema de ensino, reduzindo as 
disparidades; 
 Maior qualidade e relevância de uma formação integral do cidadão; 
 Maior capacidade das instituições do sector 
Indicadores apóiam a monitoria 
Indicadores ajudam a observar regularmente a situação para implementar uma 
acção de correcção o mais cedo possível. 
Indicadores apóiam a avaliação 
Indicadores visualizam a tendência de uma situação macro e apóia o processo 
mais estratégico de planificação semestral ou anual. 
 
Objectivo 1 
Maior acesso e retenção 
Palavras-chave: acesso, retenção e disparidades 
 Ampliar as oportunidades para a entrada no sistema de ensino; 
 Criar as condições para que os que entram no sistema permaneçam nele; 
 Redução das disparidades entre raparigas e rapazes, entre os mais 
jovens e os mais velhos e entre as províncias, distritos, ZIPs e escolas. 
 
36 
 
 
Principais indicadores 
Crianças entram com a idade certa no sistema 
Taxa de escolarização aos 6 anos na 1a. Classe 
 
 
 
 
 
Principais indicadores 
Crianças estão com a idade certa no sistema 
 
Taxa líquida de escolarização no EPC 
 
 
 
 
Principais indicadores 
Desistência anual deve reduzir 
 
 
 
 
Repetição nos anos de exames deve reduzir 
 
 
 
 
 
Alunos com 6 anos na 
1
a
. Classe 
 
População com 6 
anos de idade 
 
Taxa 
(percentagem
) de 
escolarização 
aos 6 anos na 
1ª classe 
 
100 
Alunos com 6 a 
12 anos na 7ª 
classe 
 
 
 
 
População com 6 a 
12 anos de idade 
100 
Taxa Liquida da 
Escolarização 
EPC 
 
 
Alunos que 
abandoram no 
ano.n 
Alunos que 
entraram no 
ano.n 
100 
Taxa de 
Desistência Anual 
 
 
Alunos 
repetentes no 
ano.n+1 
Alunos 
matriculados no 
ano.n 
100 
Taxa de 
Repetição Anual 
 
 
37 
 
 
Objectivo 2 
Maior qualidade e relevância da formação 
Palavras-chave: qualidade e relevância 
 Educação leva às habilidades esperadas; 
 Relevância do ensino para a formação integral e para a vida económica; 
 A qualidade é muito mais difícil de observar do que as quantidades; 
 A supervisão integrada vai revelar os principais aspectos qualitativos 
Principais indicadores 
Taxa de conclusão 
 
 
 
 
 
Taxa de transição 
 
 
 
 
 
Principais indicadores 
Rácio aluno por professor 
 
 
 
 
 
Rácio > 40: reduz a qualidade das aulas se o professor não tiver materiais 
didácticos e não conhecer técnicas específicas; 
Rácio < 40: desperdiça recursos no sistema: atrair mais alunos para aquela 
escola ou transferir professores para zonas onde o rácio é muito alto. 
 
Alunos que 
concluíram 
nível 
População com 
idade certa para 
concluiraquele 
nivel 
100 
Taxa Bruta de 
Conclusão 
 
 
Alunos 
matriculados no 
ano.n 
Alunos que 
concluíram a 
classe anterior no 
ano.n-1 
100 
Taxa de 
Transição 
 
 
Alunos 
matriculados na 
classe.x 
Professores que 
leccionam no 
ano.n e na 
classe.x 
Rácio aluno-professor 
na classe.x 
 
 
38 
 
 
Objectivo 3 
Maior capacidade das instituições do sector 
Cada instituição deve cumprir o seu papel da melhor maneira possível e prestar 
um bom serviço de Educação à população. 
Funções dos SDEJT (Decreto 11/2005 
 Implementar localmente as políticas nacionais; 
 Controlar as actividades das instituições do sector; 
 Apoiar as instituições em aspectos técnicos e metodológicos; 
 Promover a participação das organizações e associações; 
 Coordenar as acções de levantamentos locais da situação. 
Principais indicadores 
Despesa por aluno equitativa entre escolas 
 
 
 
 
 
Execução da dotação orçamental do distrito 
 
 
 
 
 
 
Principais indicadores 
Pessoal com formação para a sua atribuição (taxa de profissionalização) 
 
 
 
 
 
 
Total das 
despesas com 
educação no 
Distrito 
Número de aluno 
no sistema do 
Distrito 
Despesa por aluno 
 
 
Dotação de 
fundos para os 
SDEJT 
Execução dos 
fundos nos 
SDEJT 
100 
Taxa da Execução 
Orçamental 
 
 
Número de 
funcionários na 
Funcao.x 
Número de 
funcionários com 
formação ou 
capacitação 
específica para 
realização da 
função.x 
100 
Taxa de 
Profissionalização do 
Pessoal 
 
 
39 
 
 
A contribuição do financiamento da educação, por um lado, reside no facto de se 
poder recrutar mais docentes com formação psico-pedagogica, acção 
fundamental para a redução do rácio aluno/professor e contribuir para a melhoria 
das condições de ensino, pois o professor vai melhorar a sua interacao com os 
diferentes alunos. Por outro lado, o financiamento da educação é uma forca que 
poderá melhorar as condições infraestruturais, através da construção de novas 
salas, acção importante para redução do rácio aluno/turma. A melhoria destes 
aspectos condiciona, positivamente os resultados de processo de ensino e 
aprendizagem. 
Um aspecto importante a salientar nos indicadres, é de que a repetência e o 
abandono escolar influenciam o grau de fiabilidade dos custos, por um lado, os 
custos não inclem os custos adicionais dos alunos repetentes. Por outro lado, os 
custos unitários incluem recursos que se destinam aos alunos que abandonaram 
a escola, o que contribui pa influenciar o grau de fiabilidade dos custos unitários 
reais. Os custos unitários contem uma margem de erro devido à não inclusão 
dos custos adicionais dos repetentes e pelo facto de incluírem recursos cujos 
destinatários abandonaram o ensino. Todavia, a mobilização dos recursos 
necessários para o funcionamento do processo de ensino e aprendizagem 
depende do nível de financiamento ao sistema educativo. Assim, níveis 
adequados deste financiamento podem permitir a melhoria da qualidade de 
formação psico-pedagogica de professores, aquisição dos materiais de ensino 
quer para os alunos quer para os professores e melhorar os incentivos aos 
docentes, condições, entre outras, importantes para a melhoria dos resultados 
escolares dos alunos e consequente redução das taxas de repetência. 
 
40 
 
 
PRINCIPAIS TIPOS DE INFORMAÇÃO PRODUZIDOS 
Os tipos de informação produzidos pelo exercício da monitoria e avaliação nas 
organizações educacionais precisam de ser claramente entendidos se tiverem 
que ser utilizados na implementação coerente da política e práticas da 
educação. É importante, portanto, que os tipos de informação produzidos e que 
os objectivos e propósitos que essa informação possa servir sejam elaborados e 
interpretados por todas as partes envolvidas na monitoria e avaliação das 
políticas e práticas educacionais a todos os níveis da educação. 
A monitoria e avaliação pode produzir quatro principais tipos de informação cada 
um dos quais servindo diferentes objectivos: 
Indicadores de implementação do projecto; 
Indicadores de eficiência do projecto; 
Indicadores de eficácia do projecto; 
Informação para a planificação geral. 
 
 Os indicadores para a implementação do projecto podem ser 
Selecção dos participantes Progresso da construção e implementação física 
Utilização da consolidação dos serviços do projecto e projectos subsequentes 
Desperdícios Manutenção Recuperação dos custos 
 
1.Os indicadores da eficácia do projecto podem ser: 
Acessibilidade/disponibilidade; Impacto na população alva; 
Efeitos multiplicadores; Impacto nas políticas nacionais e sectoriais. 
 
2.Os indicadores da eficiência do projecto podem ser: 
Desempenho das componentes individuais do projecto; 
 
3.Eficiência geral em termos de: concepção; finanças; implementação; 
recuperação dos custos; Comparação com projectos alternativos em 
termos de: custos qualidade replicabilidade. 
 A informação para a planificação geral pode ser 
41 
 
 
Características sócio económicas da população em geral condições de vida 
actuais e acesso aos serviços indicadores de desenvolvimento humano 
organização da comunidade. 
 
É importante observar que estes indicadores não são nem exaustivos nem 
necessariamente aplicáveis a todos os processos de implementação de políticas 
educacionais em todos os países. Mesmo dentro da região da SADC há 
possibilidades de variações de país para país. Eles servem de pontos de 
orientação para alguém calibrar uma política de educação particular a um dado 
nível e avaliar a sua eficácia. Assim, esperamos que uma discussão viva seja 
capaz de acompanhar estes indicadores avaliando a sua possível universalidade 
e aplicabilidade através das nações. 
 
PRINCIPAIS PARCEIROS E NECESSIDADES DE INFORMAÇÃOS 
As políticas educacionais constituem uma arena controversa, com muitos 
parceiros com vários interesses e necessidades. As notas abaixo procuram listar 
os parceiros e o tipo de necessidades que eles podem ter em relação aos dados 
da avaliação. Algumas necessidades podem sobrepor-se enquanto outras 
podem contradizer-se. O sucesso da avaliação e subsequente utilização dos 
dados da avaliação pode ser em grande medida o reflexo de como tais dados se 
harmonizam com as necessidades dos parceiros. 
 
1.Organizações Internacionais 
 
A crescente participação no desenvolvimento e políticas educacionais nos 
países em desenvolvimento das agências doadoras promoveu a necessidade de 
responsabilidade para com essas organizações. As divisões de projecto das 
agências doadoras necessitam de informações periódicas sobre o progresso 
físico e financeiro tal como especificado nos acordos de crédito. 
Os programas ou as divisões políticas podem requerer dados sociais e 
económicos mais vastos para avaliar o impacto do projecto e ajudar na selecção 
de futuros projectos. Os doadores e fundações também financiam estudos mais 
42 
 
 
vastos para avaliar como os projectos afectam e são afectados pelas políticas 
nacionais e sectoriais. 
 
2.Instituições Nacionais 
 
Para além das agências internacionais e de doadores, as políticas educacionais, 
tal como outras políticas, são sujeitas à responsabilidade perante agências 
dentro das fronteiras nacionais. 
Os ministérios do plano podem precisar de indicadores sumários sobre a 
implementação da política e como esta afecta outros projectos em termos do 
seu custo-eficácia e taxas de retorno. 
Os ministérios de finanças, monitoram os desempenhos financeiros de todos os 
projectos e programas. Embora a monitoria a este nível possa apenas limitar-se 
a auditorias padrão, por vezes podem ser empregues as técnicas de custo-
eficácia. 
Em alguns países em desenvolvimento os ramos legislativos criaram as suas 
próprias agências de controlo – a Programme Evaluation Organization (PEO) na 
Índia e o Public Accounts Committee (PAC) na Tanzânia.Os ministérios da educação, coordenam e supervisam a implementação da 
política e preparam a informação requerida pela planificação central e outras 
agências financeiras. O tipo de informação da monitoria e avaliação requerida 
pelos ministérios pode ser desde tabelas de monitoria básica a projectos de 
pesquisa complexos 
 
3.Pesquisa Comunitária 
As instituições de pesquisa e universidades podem acrescentar pressão aos 
seus colegas das unidades de avaliação no Ministério para conduzir estudos 
academicamente orientados mais sofisticados para colher informação que vai 
para além da simples necessidade para implementação de políticas eficazes. 
Podem mesmo servir para assegurar que a avaliação a avaliação prossiga uma 
inclinação ideológica particular. 
 
43 
 
 
4. Implementação Local e Agências de Coordenação 
As agências de implementação – p.e., escolas, precisam de informação a curto 
e médio prazo para monitorar o progresso e detectar e ajudar a resolver 
problemas quando eles se levantam. Estas agências também produzem dados 
relevantes para as agências nacionais. Várias divisões dentro das agências de 
implementação possuem necessidades diferentes de informação e diferentes 
expectativas do processo de monitoria. 
 
5.Beneficiários da Política 
Muitas políticas envolvem muito pouca consulta com os beneficiários na 
concepção ou análise dos estudos de monitoria. Há contudo uma consciência 
crescente sobre o importante papel que os beneficiários deveriam desempenhar 
em todos os estágios da avaliação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tais parceiros acima listados têm necessidade de diferente tipo de informação 
que os implementadores a diversos níveis educacionais precisam de ser 
capazes de fornecer. Falhar na provisão de informação que é apropriada às 
necessidades de cada parceiro no tempo relevante e de modo que se ajuste ao 
parceiro, pode conduzir à inevitável não implementação da inovação ou 
mudança pretendida. 
Actividade: 
Olhe para um Ministério da Educação de um dado país e considere as seguintes 
questões: 
 Quer a monitoria quer a avaliação deveriam ser conduzidas por uma única 
unidade ou deveriam ser conduzidas separadamente? 
 Deveria ser criada uma unidade especial de monitoria e avaliação ou elas 
deveriam ser conduzidas por um departamento já existente? 
 A quem deveriam prestar contas, a unidade monitoria e avaliação? 
 A monitoria deveria ser conduzida pela instituição ou deveria ser sub-
contratada? 
 Deveriam ser utilizados consultores externos e se sim com qual 
capacidade? 
 A nível da escola como podem ser instituídos mecanismos para auto 
monitoria e avaliação? 
44 
 
 
Tais questões para reflexão pretendem analisar como a informação da monitoria 
e avaliação pode ser utilizada para melhorar a implementação da política da 
educação e fortalecer as melhores práticas, não só a nivel dos ministérios, mas 
também através do sistema educacional em geral. Na próxima secção 
continuamos com questões para reflexão, especialmente porque elas reflectem 
práticas dentro dos ministérios da educação. Lembre-se que seja o que 
acontecer a nível Ministerial tem efeitos de ricochete nos níveis mais baixos e 
especialmente a nível das escolas. 
 
 
QUESTÕES CHAVE A CONSIDERAR AO CONCEBER UM SISTEMA DE 
MONITORIA E AVALIAÇÃO DO MINISTÉRIO 
 
1.Onde deveria localizar-se a unidade central de monitoria e avaliação? 
2.Em que medida a monitoria e avaliação deveria ser centralizada e 
descentralizada? 
3.Quão intimamente está a avaliação integrada com as tradicionais funções 
da auditoria? 
4.Como informação da monitoria e a avaliação pode ser utilizada na 
selecção e concepção de futuros projectos? 
5.Quem são os principais parceiros a nível internacional, nacional, 
regional, a nível de projecto e local? 
6.Quais são as necessidades de informação para os parceiros e como é 
que essa informação pode ser tornada disponível para eles? 
7.Quem tem acesso às descobertas da avaliação? 
8.Como é que a responsabilidade pela colecta, análise e uso da informação 
da monitoria e avaliação deveria ser dividida entre a central, a linha 
hierárquica e as agências de execução do projecto? 
9.As necessidades de informação dos doadores podem ser padronizadas 
para permitir o desenvolvimento uniforme dos procedimentos de monitoria 
e avaliação? 
45 
 
 
10.Como é que a necessidade de processo rápido e consolidação da 
informação sobre grandes projectos pode ser combinada com uma 
compreensão profunda dos projectos? 
11.Como se pode desenvolver o estabelecimento apropriado de 
indicadores de monitoria e avaliação? 
12.Como é que a informação da monitoria e avaliação pode ser eficazmente 
difundida e integrada nos procedimentos de planificação e gestão a nível 
nacional e do projecto. 
13.Como pode ser controlada a qualidade da informação da monitoria e 
avaliação. 
14.Como podem ser usados eficazmente os benefícios das novas 
tecnologias, ICTS, EMIS para a monitoria e avaliação? 
 
46 
 
 
Resumo 
Discutimos nesta unidade as precauções na propensão dos ministérios da 
educação e outras organizações educacionais em utilizar informação 
disponibilizada geralmente através de rotinas exercícios de monitoria e avaliação 
bem como as especificamente encomendadas para serem realizadas pela 
função de auditoria. 
A discussão partiu do facto de que a informação não parece ter feedback para 
os sistemas educacionais de forma a melhorar os processos de ensino e de 
aprendizagem. Espera-se que o percurso através desta unidade lhe permita 
reexaminar as suas próprias práticas institucionais de forma a encontrar vias 
para aplicar mais esta informação nas suas tomadas de decisão ou aconselhar 
os outros como melhorar as práticas educacionais utilizando dados que estão 
em geral disponíveis. Também se espera que seja capaz de reflectir na 
propensão das pessoas se refrearem em adaptar mudanças nos seus locais de 
trabalho, preferindo em vez disso funcionar como vinham fazendo sempre de 
formas mais conhecidas e confortáveis para elas. 
Neste ponto está claro que a monitoria e avaliação são essenciais para sistemas 
de educação eficazes a todos os níveis e que eles envolvem muitos agentes e 
elementos e especialmente, todo o pessoal a diferentes níveis. 
Cada instituição educacional precisa de ter mecanismos para assegurar a 
monitoria e avaliação através de todos os aspectos da vida institucional. Os 
indivíduos deveriam ser encorajados a permitir monitorar e avaliar as suas 
próprias práticas, tomando em conta os pontos de vista dos seus próprios pares 
e subordinados sempre que possível. 
Todos os que estão engajados no processo educativo, seja a que nível, 
deveriam procurar melhorar a eficácia do processo de escolarização para 
benefício de todos – alunos, pessoal, pais, comunidade, governo e futuros 
empregadores. 
 
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O PAPEL DAS INSTITUIÇÕES DE GARANTIA DA QUALIDADE NA 
MONITORIA E AVALIAÇÃO DA IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA 
 
INSTITUIÇÕES DE GARANTIA DA QUALIDADE 
Como foi dito nos parágrafos precedentes, as principais instituições de garantia 
da qualidade são a inspecção, e instituições de certificação e exame os 
conselhos de escola, os senados da Universidade, as instituições com base na 
comunidade e as instituições de desenvolvimento curricular. Abaixo vamos 
discutir a estrutura e as funções de cada uma das instituições 
 
1.Melhoria através da inspecção 
Observações gerais 
Os inspectores normalmente procuram identificar os pontos fortes e fracos das 
escolas no que respeita aos padrões de cumprimento, qualidade da educação 
oferecida, a eficiência com que os recursos são geridos e o desenvolvimento 
espiritual, moral, social e cultural dos alunos. Após a inspecção é feito um 
julgamento sobre cada escola, através do qual há escolas que são classificadas 
de boas e outras menos boas; umas escolas são julgadas eficazes e outras

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