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1. Leia as afirmações abaixo para assinalar a alternativa correta: Contrariando a tendência da época, Euclides da Cunha, Monteiro Lobato, Lima Barreto e Graça Aranha empenharam-se para produzir obras que retratavam uma visão crítica da realidade brasileira. Euclides da Cunha destacou-se , na Literatura Brasileira, com o romance Triste fim de Policarpo Quaresma. Monteiro Lobato nunca se interessou em produzir literatura para o público infantil. a análise crítica da realidade brasileira nunca foi uma preocupação para Monteiro Lobato. Lima Barreto, em suas obras, não se preocupou com as questões sociais de seu tempo. Explicação: • Lima Barreto, em suas obras, não se preocupou com as questões sociais de seu tempo. A alternativa está incorreta, pois Lima Barreto tematizou com frequência as questões sociais de sua época. • A análise crítica da realidade brasileira nunca foi uma preocupação para Monteiro Lobato. A alternativa está incorreta, pois Monteiro Lobato, desde logo, demonstrou grande interesse em abordar de forma contundente as questões brasileira, como a preguiça do caipira. • Euclides da Cunha destacou-se , na Literatura Brasileira, com o romance Triste fim de Policarpo Quaresma. A alternativa está incorreta, pois a obra foi publicada por Lima Barreto. Euclides da Cunha se notabilizou pela publicação de ¿Os sertões¿. • Monteiro Lobato nunca se interessou em produzir literatura para o público infantil. A alternativa está incorreta, pois Monteiro Lobato foi um dos maiores escritores da literatura infantil brasileira, com sua obra ¿Sítio do Picapau amarelo¿ • Contrariando a tendência da época, Euclides da Cunha, Monteiro Lobato, Lima Barreto e Graça Aranha empenharam-se para produzir obras que retratavam uma visão crítica da realidade brasileira. Alternativa correta. Gabarito Comentado https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp javascript:duvidas('153387','7306','1','7100663','1'); javascript:duvidas('3286742','7306','2','7100663','2'); 2. O Pré-Modernismo não pode ser considerado como uma escola literária no sentido de uma tendência estética compartilhada por todos os escritores da época, mas é possível identificar pontos em comum entre as obras do período. Assinale o aspecto que NÃO se aplica ao Pré-Modernismo Inclinação regionalista Interesse especial pelos tipos humanos marginalizados Interesse em expor e denunciar uma realidade brasileira Subjetividade poética Acentuada ligação com os fatos políticos Explicação: Não se observam textos líricos ou que apresentem subjetividade significativa no Pré-Modernismo 3. O crítico literário Alfredo Bosi, em História concisa da literatura brasileira, afirma que Euclides da Cunha, em Os sertões, "fez geografia humana e sociologia em nosso meio intelectual". Para o crítico, a obra deve ser lida como: Novela Ensaio Conto Romance Gênero literário indeterminado Explicação: Os sertões, de Euclides da Cunha, é uma obra de gênero literário indeterminado, pois não se caracteriza como romance, uma vez que trata de fatos reais, no entanto o tom com que a batalha é descrita e suas análises não se caracterizam também como ensaio. 4. Surgiu, no início do século XX, um grupo de escritores com ideias inovadoras, que apresentavam uma visão crítica da realidade brasileira. São escritores desse período EXCETO: https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp javascript:duvidas('2956758','7306','3','7100663','3'); javascript:duvidas('2956744','7306','4','7100663','4'); Lima Barreto Monteiro Lobato Graça Aranha Euclides da Cunha José de Alencar Explicação: José de Alencar foi um escritor do século XIX, do Romantismo brasileiro 5. O Pré-modernismo é o período estético marcado pelo sincretismo de tendências. Podem ser consideradas novidades desse período: Tematização de paradoxos existencias e linguagem hermética Poemas marcados pela inspiração do inconsciente e os símbolos Valorização da natureza e linguagem rebuscada Aprimoramento da forma e descritivismo dos objetos Temática social e linguagem literária mais próxima da língua falada no Brasil. Explicação: O Pré-Modernismo se caracteriza pela inserção das temáticas sociais, bem como pela expressão mais próxima da língua falada. 6. A obra Os sertões,de Euclides da Cunha, foi o resultado da cobertura dos acontecimentos relativos a Revolta da Vacina Revolta da Chibata Proclamação da República Guerra de Canudos Proclamação da Independência https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp javascript:duvidas('2956737','7306','5','7100663','5'); javascript:duvidas('2956754','7306','6','7100663','6'); Explicação: Euclides da Cunha foi enviado a Canudos como jornalista para fazer a cobertura da Guerra que era travada naquele local. 7. Nas duas primeiras décadas do nosso século, as obras de Euclides da Cunha e de Lima Barreto, tão diferentes entre si, têm como elemento comum: A adoção da linguagem coloquial das camadas populares do sertão. O estilo conservador do antigo regionalismo romântico. A expressão de aspectos até então negligenciados da realidade brasileira. A intenção de retratar o Brasil de modo otimista e idealizante. A prática de um experimentalismo linguístico radical. Explicação: "Um interesse especial pelos tipos humanos marginalizados (seja o sertanejo nordestino, o caipira paulista, os baixos funcionários públicos, os mulatos ou os profissionais mais humildes e irregulares da grande cidade, retratados abundantemente por Lima Barreto e João do Rio)"( Livro proprietário, p. 13) 8. Lima Barreto, escritor do início do século XX, recebeu muitas críticas devido Ignorar as normas gramaticais, registrando o "escrever brasileiro" À temática política de suas obras. À ausência de verossimilhança de seus personagens À natureza poética de suas obras. Ao emprego de termos indígenas, valorizando a língua tupi Explicação: Lima Barreto recebeu muitas críticas por registrar em sua obra a língua falada do Brasil. https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp javascript:duvidas('703069','7306','7','7100663','7'); javascript:duvidas('2956747','7306','8','7100663','8'); 1. IFB- 2017 Para responder à questão , considere o poema de Oswald de Andrade PRONOMINAIS Dê-me um cigarro Diz a gramática Do professor e do aluno E do mulato sabido Mas o bom negro e o bom branco Da Nação Brasileira Dizem todos os dias Deixa disso camarada Me dá um cigarro (ANDRADE, Oswald de. Pau-Brasil. São Paulo: Globo, 1991.) O poema Pronominais , de Oswald de Andrade, pertence à 1ª fase do Modernismo brasileiro. Considerando as características do autor e ideais da época, escolha as assertivas adequadas, marcando a sequência correspondente: I. Autores como Oswald de Andrade e Mário de Andrade, comumente, refletiam sobre os erros gramaticais. Embora modernos, esses autores não admitiam a informalidade da linguagem. II. Em Pronominais, há, claramente, um elogio à cultura acadêmica em detrimento à cultura popular. III. O poema parodia um clássico poema indianista de Castro Alves. IV. O poema refere-se à culturaportuguesa como formadora da cultura brasileira. Estão corretas as opções II e III. Estão corretas as opções I, II e III. Estão corretas as opções II, III e IV. Somente a opção III está correta. Somente a opção IV está correta. Explicação: O uso proclítico do pronome em início de frase é rejeitado pela língua portuguesa e traço característico da língua portuguesa de Portugal. https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp javascript:duvidas('3555425','7306','1','7100663','1'); 2. Leia o texto a seguir: "Vede como primo Em comer os hiatos Que arte! E nunca rimo Os termos cognatos" Manuel Bandeira, Os Sapos A respeito da proposta estética que o grande poeta pernambucano insinua em seu célebre poema, podemos afirmar que: Representa a opção por rimar termos cognatos, fazendo disso um fundamento da nova estética. Representa uma recusa em bloco de toda e qualquer tentativa de rima em arte Representa uma crítica ao excessivo rigor dos padrões de rima que triunfavam no período parnasiano. Representa o reconhecimento da poética simples do povo, que jamais se preocupa com questões de rigor semântico. Nenhuma das opções acima. Explicação: No poema "Os sapos", Manuel Bandeira procura ironizar o rigor estético buscado pelos poetas parnasianos. Tal traço se evidencia na preocupação do eu lírico com a rima rica. Gabarito Comentado Gabarito Comentado Gabarito Comentado 3. Texto I Porquinho-Da-Índia Quando eu tinha seis anos Ganhei um porquinho-da-índia. Que dor de coração me dava Por que o bichinho só queria estar debaixo do fogão! Levava ele pra sala Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos Ele não gostava: Queria era estar debaixo do fogão. Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas... O meu porquinho-da-índia foi minha primeira namorada. Texto II Madrigal Tão Engraçadinho Teresa, você é a coisa mais bonita que eu vi até hoje na minha [ v ida, inclusive o porquinho-da-índia que [me deram quando eu tinha seis anos. BANDEIRA M. Libertinagem & Estrela da manhã. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000, p. 36. Os textos I e II utilizam metalinguagem e temática do cotidiano, que são características da estética do Modernismo. apresentam características da estética do Modernismo,presentes nos versos livres e na reescritura de textos clássicos do passado afastam-se da estética do Modernismo, pois apresentam distanciamento temporal: o eu lírico, no exto I, rememora a infância e, no texto II, foca-se no presente. https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp javascript:duvidas('130650','7306','2','7100663','2'); javascript:duvidas('245378','7306','3','7100663','3'); estão em consonância com a estética do Modernismo,pois são construídos em versos livres e com linguagem que se aproxima da prosa, características pertinentes a esse estilo literário. apresentam concepções diversas em relação à primeira namorada, porque a linguagem do texto I se aproxima da prosa, ao passo que o texto II mantém a estrutura clássica do madrigal. Explicação: • utilizam metalinguagem e temática do cotidiano, que são características da estética do Modernismo. Os poemas não utilizam a metalinguagem, não falam da atividade do poeta. • apresentam características da estética do Modernismo,presentes nos versos livres e na reescritura de textos clássicos do passado. Embora haja características do Modernismo, como os versos livres, não se observa a reescritura de textos clássicos. • apresentam concepções diversas em relação à primeira namorada, porque a linguagem do texto I se aproxima da prosa, ao passo que o texto II mantém a estrutura clássica do madrigal. Apesar de apresentar as concepções em relação à primeira namorada, bem como a linguagem do texto I se aproximar da prosa, o texto II não apresenta a estrutura do madrigal. Para Massaud Moisés: "vingou, (...), a tendência para se resumir numa única estrofe de cerca de dez versos, em que se alternam o decassílaboe o hexassílabo." • estão em consonância com a estética do Modernismo,pois são construídos em versos livres e com linguagem que se aproxima da prosa, características pertinentes a esse estilo literário. Alternativa correta. • afastam-se da estética do Modernismo, pois apresentam distanciamento temporal: o eu lírico, no exto I, rememora a infância e, no texto II, foca-se no presente. Os poemas não se afastam da estética do Modernismo, pois apresentam versos livres e brancos, bem como tratam de temas do cotidiano. Gabarito Comentado 4. (FIUbe-MG) A poesia modernista, sobretudo a da primeira fase (1922-1928): incentiva a pesquisa formal com base nas conquistas parnasianas, a ela anteriores. enriquece e dinamiza a linguagem, inspirando-se na sintaxe clássica. faz uma síntese dos pressupostos poéticos que norteavam a linguagem parnasiano-simbolista. utiliza-se de vocabulário sempre vago e ambíguo que apreenda estados de espírito subjetivos e indefiníveis. confere ao nível coloquial da fala brasileira a categoria de valor literário. https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp javascript:duvidas('2951790','7306','4','7100663','4'); Explicação: O Modernismo valorizou a expressão mais próxima à fala cotidiana e coloquial, trouxe para a poesia a contribuição da variação dinâmica da linguagem, enriquecendo a produção poética. 5. Em relação ao Modernismo, é correto afirmar que: A temática agrária foi um aspecto marcante da primeira fase do Movimento Na poesia predominou o emprego do soneto como forma poética. Exaltou o sentimentalismo e o final feliz nas narrativas Revelou, ao valorizar o passado, o discurso de um homem em harmonia consigo mesmo Alguns escritores pesquisaram a cultura popular e inseriram nas suas produções a fala popular. Explicação: O Modernismo brasileiro teve como uma de suas características a pesquisa da cultura, a busca de elementos do folclore e de elementos que remetessem ao primitivismo brasileiro. Mário de Andrade é um bom exemplo de artista da época que produziu textos baseados em pesquisa sobre a cultura brasileira, como se observa em "Macunaíma" e "Clã do jabuti". Gabarito Comentado 6. O VIOLEIRO Vi a saída da lua Tive um gosto singulá Em frente da casa sua São vortas que o mundo dá Oswald de Andrade Dentro do ideário modernista, a experimentação estética encontrava um de seus campos de atuação no próprio campo da linguagem, uma vez que: A inovação estética deveria necessariamente passar pela busca de novos modos de exprimir as emoções humanas, tendo em vista que a linguagem do cotidiano não servia para algo tão elevado como a poesia. Nenhuma das opções acima. https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp javascript:duvidas('130672','7306','5','7100663','5'); javascript:duvidas('130516','7306','6','7100663','6'); O modernismopassou a valorizar os modos de falar do cotidiano, as variantes populares da língua, em busca de uma dicção mais despojada informal do que a parnasiana. A inovação estética não precisaria necessariamente passar pela busca de novos padrões de expressão das emoções humanas, já que a linguagem do cotidiano era o suficiente, para as expectativas da nova poesia. Os modos de falar do povo interessavam ao poeta modernista pelo que poderiam representar de exotismo e de instrumento para se romper com o formalismo de outras gerações. Explicação: No poema, "O violeiro", de Oswald de Andrade, observamos a tentativa de reprodução da linguagem oral em sua variante coloquial. Trata-se de um traço marcante da experimentação estética modernista, principalmente em sua busca de ruptura em relação à linguagem erudita parnasiana Gabarito Comentado 7. Baseando-se no trecho abaixo, responda obedecendo ao código: Trem de ferro Café com pão / Café com pão / Café com pão / Virge Maria que foi isto maquinista (Manuel Bandeira) I - A significação do trecho provém da sugestão sonora. II - O poeta utiliza expressões da fala popular brasileira. III - A temática e a estrutura do poema contrariam o programa poético do Modernismo. se I, II e III forem corretas se I e II forem incorretas e apenas III correta se I e III forem corretas se I,II e III forem incorretas se I e II forem corretas e III incorreta Explicação: https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp javascript:duvidas('130667','7306','7','7100663','7'); No poema "Trem de ferro", de Manuel Bandeira, pode-se verificar que a repetição de uma expressão popular "café com pão" pode resultar no mesmo som do trem. Dessa forma, ele privilegiou os ideiais estéticos do Modernismo, valorizando a língua falada e a experimentação.. Logo as duas primeiras alternativas estão corretas. . 8. http://www.singularsantoandre.com.br). O Modernismo literário é também caracterizado por seu ecletismo, ou seja, a presença de várias tendências simultaneamente. Entre as marcas abaixo, aquela que representa uma conquista exclusivamente modernista é: A presença de valores nacionalistas. A adaptação do ritmo à temática do poema A mistura de gêneros textuais. A liberdade diante dos poemas de forma fixa. A introdução da linguagem coloquial como literária. Explicação: Apenas a introdução da linguagem coloquial nos poemas, tornando a língua falada tão próxima da literária, foi uma conquista do Modernismo. 1. Jorge Amado nasceu em Itabuna, zona cacaueira ao sul do estado da Bahia. As narrativas de Jorge Amado, em sua fase inicial, abordam o problema da (dos): geada que prejudica parte da plantação de uvas da região sul. seca que assola a região do Piauí. seca que devasta a região do Tocantins. luta pela posse de terras na regíão cacaueira de Ilhéus. trabalhadores rurais do Vale do Paraíba. Explicação: https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp javascript:duvidas('130685','7306','8','7100663','8'); A alternativa que menciona a luta pela posse de terras na região cacaueira do Sul da Bahia. Todas as demais alternativas mencionam outras regiões do país. 2. Verbo ser QUE VAI SER quando crescer? Vivem perguntando em redor. Que é ser? É ter um corpo, um jeito, um nome? Tenho os três. E sou? Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito? Ou a gente só principia a ser quando cresce? É terrível, ser? Dói? É bom? É triste? Ser: pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas? Repito: ser, ser, ser. Er. R. Que vou ser quando crescer? Sou obrigado a? Posso escolher? Não dá para entender. Não vou ser. Não quero ser. Vou crescer assim mesmo. Sem ser. Esquecer. ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992. A inquietação existencial do autor com a autoimagem corporal e a sua corporeidade se desdobra em questões existenciais que têm origem na confiança no futuro, ofuscada pelas tradições e culturas familiares. no conflito do padrão corporal imposto contra as convicções de ser autêntico e singular. na aceitação das imposições da sociedade seguindo a influência de outros. no anseio de divulgar hábitos enraizados, negligeciados por seus antepassados. na certeza da exclusão, revelada pela indiferença de seus pares Explicação: O eu-lírico faz uma reflxão sobre o padrão corporal imposto e a necessidade de modificar essa visão. Para ele, o mais importante é autenticidade e a https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp força da expressão, sem se importar com o ponto de vista alheio. 3. (Univ. Católica de Pelotas) "Lutar com palavras é a luta mais vã. Entretanto lutamos Mal rompe a manhã. São muitas, eu pouco Algumas, tão fortes como um javali." (O Lutador) Uma das constantes na obra poética de Carlos Drummond de Andrade, como se verifica nos versos acima, é a louvação do poema social. o negativismo destrutivo. a denúncia social. o questionamento da própria poesia. o espiritualismo e o intimismo. Explicação: O fazer poético é tematizado frequentemente pelo eu lírico. Nesse poema, expressa-se a sensação de impotência do poeta diante da força das palavras. 4. (PUC) "Não faças versos sobre acontecimentos. ................................................... Não faças poesia com o corpo. https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp ................................................... Não cantes tua cidade, deixa-a em paz. ................................................... O canto não é a natureza nem os homens em sociedade. ................................................... Não recomponhas tua sepultada e merencória infância. ................................................... Penetra surdamente no reino das palavras. Lá estão os poemas que esperam ser escritos." Explicitando uma atitude que ele próprio assume como escritor, Carlos Drummond de Andrade sugere, nos versos acima, que o poeta: procure as palavras e a sintaxe adequadas ao ritmo da vida urbana moderna. faça do poema um meio de cantar atos humanos dignos de louvor. entenda como essência do texto poético o debruçar-se sobre o enigma da palavra. busque transmitir suas emoções pessoais mais íntimas e os desejos de seu corpo. recorra à linguagem coloquial como forma de fazer-se porta-voz dos anseios do povo. Explicação: As duas últimas estrofes do poema indicam o caminho que o poeta deve seguir: penetrar no universo das palavras e seus significados. Assim, deve afastar-se dos assuntos mundanos ou pessoais, que não devem servir de temas aos poemas. 5. É correto afirmar sobre a poesia da segunda fase modernista: tematizou sobre a questão agrária. preocupou-se somente com a forma. mostrou-se alheia às questões sociais. valorizou o soneto. tematizou sobre questões sociais e existenciais. https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp Explicação: "A poesia não mais apresenta a irreverência da primeira fase, há recusa do poema-piada e os poetas optam por temas e técnicas mais elaboradas, com sagacidade de pensamento. É uma poesia engajada, preocupada com o difícil momento de nosso país. Há tendência para os temas religiosos, sociais, metafísicos e espiritualistas" ( Livro proprietário, p.64) GabaritoComentado Gabarito Comentado 6. Assinale a alternativa que apresenta o nome de um poeta da segunda fase modernista. Rubem Fonseca. Álvares de Azevedo. Carlos Drummond de Andrade. Gonçalves Dias. Graciliano Ramos. Explicação: Carlos Drummond de Andrade foi um dos poetas mais destacados da Segunda fase do Modernismo. "O marco inicial dessa fase é a obra Alguma poesia, de Carlos Drummond de Andrade.Neste livro, Drummond apresenta não só o lirismo como ponto de destaque, mas também poemas sob o viés do sensualismo, além de apresentar uma avaliação arguta sobre amor e morte. O poeta revela também poemas dotados de humor, às vezes sob o tom meditativo, outras vezes irônico, tudo mediante a observação contemplativa dos fatos" ( Livro proprietário, p.66) Gabarito Comentado Gabarito Comentado 7. Leia o poema abaixo, de Cecília Meireles, e assinale a alternativa incorreta: Retrato Eu não tinha este rosto de hoje, assim calmo, assim triste, assim magro, nem estes olhos vazios, nem o lábio amargo. Eu não tinha esta estas mãos sem força, tão paradas e frias e mortas; https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp eu não tinha este coração que nem se mostra. Eu não dei por esta mudança, tão simples, tão certa, tão fácil: _Em que espelho ficou perdida a minha face? A expressão "mão sem força" conota o lado fragilizado do eu lírico diante de sua postura existencial. As palavras são sugestivas, daí a forte presença de impressões sensoriais. Não há impressões sensoriais no poema. O poema mostra um autorretrato. Há, no poema, questionamento existencial do eu lírico. Explicação: O poema é repleto de referências a sensações físicas, como o tato, a visão etc. Gabarito Comentado Gabarito Comentado 8. (F.C. CHAGAS) Na década de 30, despontaram escritores cuja obra poética aproveitou e aprofundou princípios estéticos e ideológicos do movimento modernista de 22. Entre os poetas dessa geração impõem-se os nomes de: Carlos Drummond de Andrade, Augusto dos Anjos e João Cabral de Melo Neto. Carlos Drummond de Andrade, Murilo Mendes e Jorge de Lima Manuel Bandeira, Vinícius de Moraes e Augusto dos Anjos. Jorge de Lima, Ferreira Goulart e Manuel Bandeira. Murilo Mendes, João Cabral de Melo Neto e Vinícius de Moraes. Explicação: São poetas da Segunda geração modernista Carlos Drummond de Andrade, Murilo Mendes e Jorge de Lima. Manuel Bandeira, embora tenha produzido poemas desde o Parnasianismo até o Concretismo, surgiu como poeta da Primeira Geração Modernista. Augusto dos Anjos é um poeta parnasiano. https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp 1. CPII -2018 O poeta João Cabral de Melo Neto está inserido, segundo a crítica literária tradicional, na terceira geração modernista. As principais características do projeto literário dessa geração são, na lírica, a consciência estética, o maior apuro do verso, com acentuada relevância à palavra e ao ritmo, o senso agudo de medida, a volta à rima e aos metros tradicionais.. na prosa, a notável narrativa de cunho regionalista que, em vez da realidade determinista, firmou-se em uma concepção que unia a psicologia e a crítica social na prosa, somente o destaque da obra de Guimarães Rosa, com seu regionalismo de caráter universalista e a reinvenção de uma linguagem mitopoética. na lírica, a ênfase na linguagem subjetiva e simbólica, de orientação romântica na lírica, a ruptura com o projeto da geração antecessora, configurando um movimento demolidor, que buscava a liberdade no uso do material linguístico e poético. Explicação: A estética da segunda geração do Modernismo se volta para a construção de um lirismo medido, de rigor e pesquisa. 2. Na obra O engenheiro, João Cabral de Melo Neto enfatiza o regionalismo e os problemas sociais o ambiente onírico e os dilemas existenciais a geometrização e a exatidão da linguagem. a emoção e o amor a linguagem simples e a vida no campo Explicação: Em 1945, Cabral publica seu terceiro livro, O engenheiro. Nesta obra, percebemos que o poeta se afasta das sugestões surrealistas de seu primeiro livro e apresenta uma nova tendência de composição literária: a geometrização e a exatidão da linguagem. https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp javascript:duvidas('3555439','7306','1','7100663','1'); javascript:duvidas('2957085','7306','2','7100663','2'); javascript:duvidas('130000','7306','3','7100663','3'); 3. A Geração de 45 ganha corpo na poesia que se opõe às conquistas modernistas de 1922. O único princípio que pertence a essa nova proposta é: uso da paródia e de ruptura de modelos tradicionais ênfase na ironia e na nacionalidade restabelecimento da forma artística e bela negação da liberdade formal e das brincadeiras utilização da sátira à linguagem formal Explicação: "A chamada ¿geração de 45¿ rejeitava o poema-piada, o verso-livre, a irreverência, buscando uma poesia formal, com vocabulário erudito e temas universais, com marcas do experimentalismo poético." ( Livro proprietário, p.86) Gabarito Comentado 4. "Entre a paisagem/ (fluía)/ de homens plantados na lama;/ de casas de lama/ plantadas em ilha/coaguladas na lama;/paisagem de anfíbio/ de lama e lama. / Como o rio,/ aqueles homens / são como cão sem plumas./ Um cão sem plumas/ é mais/ que um cão saqueado;/ é mais que um cão assassinado." A estrofe acima é exemplo de traço de ______ e de _______ que existe no poema de João Cabral de Melo Neto. melancolia, indiferença pelo mundo. ternura, paixão pela existência. rebeldia, ódio pela sociedade. saudade, medo do quotidiano. compaixão, solidariedade ao homem. Explicação: "Na segunda parte do poema "Cão sem plumas", esse rio que flui cortando a paisagem é o companheiro que aos seus vizinhos, coirmãos de sofrimento e expropriação, segue fraternalmente. A tristeza do rio cão é comparada à da arvore que sequer ressona ao vento, que tampouco abriga pássaros; ao contrário, anuncia o rio toda a expropriação que sofre. Por ela, o rio se irmana aos homens, espoliados, destituídos, e às merencórias vidas que às suas ribeiras vivem. Todavia também conheça o rio, as anchas ribeiras de amplos horizontes onde a gasolina é armazenada em portentosos tonéis, lembrança permanente do dourado fausto desse líquido." (http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/12.135/4694) https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp javascript:duvidas('702545','7306','4','7100663','4'); 5. Leia o trecho de GuimarãesRosa abaixo e reponda. Liga-se a este trecho a seguinte afirmação: "E desse modo ele se doeu no enxergão, muitos meses, porque os ossos tomavam tempo para se ajuntar, e a fratura exposta criara bicheira. Mas os pretos cuidavam muito dele, não arrefecendo na dedicação. - Se eu pudesse ao menos ter absolvição dos meus pecados!... Então eles trouxeram, uma noite, muito à escondida, o padre que o confessou e conversou com ele, muito tempo, dando-lhe conselhos que o faziam chorar. - Mas será que Deus vai ter pena de mim, com tamnta ruindade que fiz, e tendo nas costas tanto pecado mortal? - Tem, meu filho. Deus mede a espora pela rédea , e não tira o estribo do pé de arrependimento nenhum... E por aí fora foi, com um sermão comprido, que acabou depondo o doente num desvenecido torpor." É uma arte marcada pelo grotesco, pela deformação, que coloca em cenas tipos humanos refinadamente exóticos. Um universo rude e um plano místico se cruzam com frequência em sua obra, fundindo-se um no outro. É um exemplo de crise da fala narrativa, dissolvendo-se a história num estilo indagador e metafísico. O autor recolheu lenda de interesse folclórico, que sabe recontar de modo documental, isento e objetivo. A miséria arrasta as personagens para a desesperança, revelando-se ainda na pobreza de sua expressão verbal. Explicação: Embora se observem termos que denotam a rusticidade do ambiente, as reflexões são de ordem da existência, do metafísico Gabarito Comentado 6. (Unifesp 2005) Observe a figura a seguir: https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp javascript:duvidas('703049','7306','5','7100663','5'); javascript:duvidas('2956827','7306','6','7100663','6'); A tela de Portinari - A criança morta - tematiza aspecto marcante da vida no sertão nordestino, frequentemente castigado pelas secas, pela miséria e pela fome. Os escritores que se dedicaram também a esse tema foram: Guimarães Rosa e Cecília Meireles. Rachel de Queiroz e João Cabral de Melo Neto. Graciliano Ramos e José de Alencar. Hilda Hilst e Jorge Amado. José Lins do Rego e Carlos Drummond de Andrade. Explicação: Raquel de Queiroz ficou reconhecida com o seu romance "O quinze", que trata da seca de 1915. Já João Cabral de Melo Neto é autor do Auto Morte e vida severina, que trata da saga de um retirante. 7. Antiode Poesia, não será esse o sentido em que ainda te escrevo: flor! (Te escrevo: flor! Não uma flor, nem aquela flor-virtude ¿ em disfarçados urinóis). Flor é a palavra Flor; verso inscrito no verso, como as manhãs no tempo. Flor é o salto da ave para o voo: o salto fora do sono quando seu tecido se rompe; é uma explosão posta a funcionar, como uma máquina, https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp javascript:duvidas('3291200','7306','7','7100663','7'); uma jarra de flores. MELO NETO, J. C. Psicologia da composição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997 (fragmento). (ENEM 2016) A poesia é marcada pela recriação do objeto por meio da linguagem, sem necessariamente explicá-lo. Nesse fragmento de João Cabral de Melo Neto, poeta da geração de 1945, o sujeito lírico propõe a recriação poética de uma ave, que compõe, com seus movimentos, uma imagem historicamente ligada à palavra poética. um tecido, visto que sua composição depende de elementos intrínsecos ao eu lírico. um urinol, em referência às artes visuais ligadas às vanguardas do início do século XX. uma máquina, levando em consideração a relevância do discurso técnico-científico pós- Revolução Industrial. uma palavra, a partir de imagens com as quais ela pode ser comparada, a fim de assumir novos significados. Explicação: O eu-lírico dialoga com o poema, quando ela é um vocativo, (Poesia, não será esse¿ ¿ ¿poesia¿ é um vocativo, representa o interlocutor) sobre o significado denotativo da palavra "flor", e que ao longo do poema adquire significado conotativo ("salto" e "ave"). 8. "Sertão. Sabe o senhor: sertão é onde o pensamento da gente se forma mais forte do que o poder do lugar. Viver é muito perigoso." Pelo fragmento acima de Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, percebe-se que neste romance, como em outros regionalistas do autor: o sertão é um lugar perigoso, onde os habitantes sofrem agressões do meio hostil e adverso à sobrevivência humana. Há um conceito muito restrito de sertão, reduzido a palco de lutas entre bandos de jagunços. a periculosidade da vida das personagens está circunscrita ao meio físico e social em que vivem. não existe uma região a que geograficamente se possa chamar de sertão: ele é fruto da projeção do inconsciente dos personagens. o conflito entre o eu e o mundo se realiza pela interação entre as personagens e o sertão que acaba por ser mítico e metafísico. https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp javascript:duvidas('702549','7306','8','7100663','8'); Explicação: "No romance Grande sertão: veredas, o narrador Riobaldo afirma: ¿O sertão é o mundo¿. É a partir dessa fala que Guimarães Rosa envolve seus leitores, como se fossem todos sertanejos e jagunços. A narrativa apresenta temas profundos e universais, mas vivenciados por seus personagens ¿ homens rudes do sertão mineiro. Como exemplo, podemos citar questões que envolvem amor e traição, o bem e o mal, a violência e a vingança." ( Conteúdo online) 1. A segunda geração do modernismo é marcada: Pela ousadia formal. Pelo verso livre. Pelo drama trágico do homem. Pelos dramas sociais e a seca. Pela epifania. Explicação: "Na prosa: Os romances apresentam equilíbrio na linguagem, por se tratar de textos voltados para a pesquisa da realidade brasileira, marcando uma literatura social. Daí os vários tipos de romance: ¿ Regionalista: retrato e questionamento da realidade regional do país, com preocupação político-social; ¿ Urbano: destaque para as desigualdades sociais da vida urbana brasileira; ¿ Intimista: análise das desordens internas e da aflição do homemmoderno." ( Livro proprietário, p.66) Gabarito Comentado 2. Leia o fragmento abaixo transcrito da obra Vidas Secas e responda a questão a seguir: "Vivia longe dos homens, só se dava bem com animais. Os seus pés duros quebravam espinhos e não sentiam a quentura da terra. Montado confundia-se com o cavalo, grudava-se a ele. E falava uma linguagem cantada, monossilábica e gutural, que o companheiro entendia. A pé, não se agüentava bem. Pendia para um lado, para o outro lado, cambaio, torto e feio. Às vezes, utilizava nas relações com as pessoas a mesma língua com que se dirigia aos brutos ¿ exclamações, onomatopéias. Na verdade falava pouco. Admira as palavras compridas e difíceis da gente da cidade, tentava reproduzir algumas em vão, mas sabia que elas eram inúteis e talvez perigosas." (Graciliano Ramos) O texto, no seu conjunto, enfatiza: Nenhuma das opções acima. A pobreza física da personagem. A identificação da personagem com o mundo animal. https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp A miséria moral da personagem. A falta de escolaridade da personagem. Explicação: "Vivia longe dos homens, só se dava bem com animais. Os seus pés duros quebravam espinhos e não sentiam a quentura da terra. Montadoconfundia-se com o cavalo, grudava-se a ele. E falava uma linguagem cantada, monossilábica e gutural, que o companheiro entendia. A pé, não se agüentava bem. Pendia para um lado, para o outro lado, cambaio, torto e feio. Às vezes, utilizava nas relações com as pessoas a mesma língua com que se dirigia aos brutos - exclamações, onomatopéias. Na verdade falava pouco. Admira as palavras compridas e difíceis da gente da cidade, tentava reproduzir algumas em vão, mas sabia que elas eram inúteis e talvez perigosas." (Graciliano Ramos) O texto, no seu conjunto, enfatiza: a identificação do personagem com o mundo animal: " E falaca uma linguagem cantada, monossilábica e gutural, que o companheiro (o cavalo) entendia" Gabarito Comentado 3. FUVEST 2017 (...) procurei adivinhar o que se passa na alma duma cachorra. Será que há mesmo alma em cachorro? Não me importo. O meu bicho morre desejando acordar num mundo cheio de preás. Exatamente o que todos nós desejamos. A diferença é que eu quero que eles apareçam antes do sono, e padre Zé Leite pretende que eles nos venham em sonhos, mas no fundo todos somos como a minha cachorra Baleia e esperamos preás. (...) Carta de Graciliano Ramos a sua esposa. (...) Baleia queria dormir. Acordaria feliz, num mundo cheio de preás. E lamberia as mãos de Fabiano, um Fabiano enorme. As crianças se espojariam com ela, rolariam com ela num pátio enorme, num chiqueiro enorme. O mundo ficaria todo cheio de preás, gordos, enormes. Graciliano Ramos, Vidas secas. FUVEST - 1ª FASE - NOVEMBRO/2017 As declarações de Graciliano Ramos na Carta e o excerto do romance permitem afirmar que a personagem Baleia, em Vidas secas, representa a crença em uma vida sobrenatural os anseios comunitários de justiça social. o desdém por um mundo melhor https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp os desejos incompatíveis com os de Fabiano o conformismo dos sertanejos. Explicação: Ao recuperar, no trecho da carta que envia à esposa, a passagem do romance em que Baleia deseja acordar em um mundo repleto de preás e, na sequência da missiva, reiterar que é - exatamente o que todos nós desejamos -, parece clara a evidência do anseio pela justiça social, que permeia toda a concepção do romance Vidas Secas. Tal ideia ainda é corroborada pela afirmação de que ele, Graciliano Ramos, deseja que todos os preás (símbolo de tal justiça no excerto) apareçam ¿antes do sono¿, ou seja, de fato aconteça na vida, ao passo que o padre Zé Leite considera isso utopicamente 4. Escolha a opção que melhor caracterize as tendências do romance brasileiro de 1930: Destruição da sintaxe Mergulho psicológico Uso de neologismos Preocupação com a interioridade Valorização do regional Explicação: Poesia e Prosa Modernista em sua 2ª Fase: de 1930 a 1945(...) Na prosa: Os romances apresentam equilíbrio na linguagem, por se tratar de textos voltados para a pesquisa da realidade brasileira, marcando uma literatura social. Daí os vários tipos de romance: ¿ Regionalista: retrato e questionamento da realidade regional do país, com preocupação político-social; ¿ Urbano: destaque para as desigualdades sociais da vida urbana brasileira; ¿ Intimista: análise das desordens internas e da aflição do homemmoderno." ( Livro proprietário, p.66) 5. A cachorra Baleia estava para morrer. Tinha emagrecido, o pêlo caíra em vários pontos, as costelas avultavam num fundo róseo, onde manchas escuras supuravam e sangravam, cobertas de moscas. As chagas da boca e a inchação dos beiços dificultavam-lhe a comida e a bebida. (...) Então Fabiano resolveu matá-la. Foi buscar a espingarda de pederneira, lixou-a, limpou-a com o saca-trapo e fez tenção de carregá-la bem para a cachorra não sofrer muito. Sinhá Vitória fechou-se na camarinha, rebocando os meninos assustados, que adivinhavam desgraça e não se cansavam de repetir a mesma pergunta: Vão bulir com a Baleia? (...) Baleia queria dormir. Acordaria feliz, num mundo cheio de preás. E lamberia as mãos de Fabiano, um Fabiano enorme. (Vidas Secas de Graciliano Ramos) https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp A ligação entre o homem e o animal transparece neste fragmento. Escolha a opção desta assertiva: Acordaria feliz, num mundo cheio de preás. A cachorra Baleia estava para morrer. As chagas da boca e a inchação dos beiços dificultavam-lhe a comida e a bebida. (...) Vão bulir com a Baleia? (...) Então Fabiano resolveu matá-la. Explicação: No trecho "acordaria feliz num mundo cheio de preás", o narrador expressa uma possível gratidão da cachorra para com seu dono, pois o gesto de Fabiano aliviaria seu sofrimento. Gabarito Comentado 6. FUVEST -2017 Se pudesse mudarse, gritaria bem alto que o roubavam. Aparentemente resignado, sentia um ódio imenso a qualquer coisa que era ao mesmo tempo a campina seca, o patrão, os soldados e os agentes da prefeitura. Tudo na verdade era contra ele. Estava acostumado, tinha a casca muito grossa, mas às vezes se arreliava. Não havia paciência que suportasse tanta coisa. Um dia um homem faz besteira e se desgraça. Graciliano Ramos, Vidas secas. Tendo em vista as causas que a provocam, a revolta que vem à consciência de Fabiano, apresentada no texto como ainda contida e genérica, encontrará foco em uma expressão coletiva militante e organizada, em época posterior à publicação de Vidas secas, no movimento das Ligas Camponesas, sob a liderança de Francisco Julião. carismático de Juazeiro do Norte, orientado pelo Padre Cícero Romão Batista. da Coluna Prestes, encabeçado por Luís Carlos Prestes https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp do Cangaço, quando chefiado por Virgulino Ferreira da Silva (Lampião). messiânico de Canudos, conduzido por Antônio Conselheiro. Explicação: As Ligas Camponesas, sob a liderança de Francisco Julião, foram um movimento em ascensão no Nordeste brasileiro nos anos 1960, que tinha entre suas reivindicações a exigência da reforma agrária. O texto na questão explicita o descontentamento de Fabiano com as injustiças que o cercavam: ¿a campina seca, o patrão, os soldados e os agentes da prefeitura¿, em obra publicada em 1938. 7. José Lins do Rego, Rachel de Queirós e Graciliano Ramos fizeram parte do importante movimento que passou à história literária como sendo... Os continuadores do espírito libertário do modernismo de 22, tendo levado para o Nordeste o espírito de ruptura dos jovens poetas paulistas. Os continuadores de uma tradição de lutas sociais, tendo empregado a literatura como trincheira para a denúncia dos desmandos da política em nosso país desde o final do século XIX. A geração de ficcionistas que atualizou o regionalismo, absorvendo algumas das principais propostas estéticas do Modernismo, tendo criado obras de grande valor. Os iniciadores de uma tradição de ficção regionalista que viria a dar seus melhores frutos nas décadas seguintes. A primeira grande geração de romancistas regionalistas de nossa literatura. Explicação: Os autores mencionados inovaram a ficção regionalista por trazer a temática da denúncia social a partir da perspectiva do homem dessa região. Além disso, empregam técnicas próprias do Modernismo, como o registro das variações linguísticas dessas regiões. Gabarito Comentado 8.Analise as afirmativas a seguir, considerando o romance regionalista Vidas Secas: (I) "Será um romance? É antes uma série de quadros, de gravuras em madeira, talhadas com precisão e firmeza." (II) "Construído como uma longa narrativa oral, o romance tem como personagem-narrador Riobaldo, um velho fazendeiro, que já foi homem de letras e de armas e que vive às margens do rio São Francisco." (III) "Com a análise psicológica do universo mental das personagens, que expõe por meio do discurso indireto livre, o narrador nos vai decifrando a sua humanidade embotada, confundida com a paisagem áspera do sertão, neste romance que transcende o regionalismo e seu contexto específico." https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp (IV) "Emprestando dinheiro a juros, negociando de arma engatilhada no sertão, passando fome e sede, [o protagonista] consegue acumular algum capital e com ele volta para a sua terra, no município de Viçosa, Alagoas, onde ficava a propriedade." São corretas as afirmativas: I - III III -IV II - III I - II II - IV Explicação: "Graciliano Ramos nos deixou obras plenas de análise psicossocial, já que foco de Graciliano está na experiência humana, não como simples vivência, mas como atitude extremada diante do amor, da adversidade marcada pela falta de recursos financeiros, da falsidade e dissimulação que se encontram nas pessoas e da postura do homem diante de seus impulsos mais selvagens. Outro ponto de destaque na obra de Graciliano é o regionalismo, que aparece não só como pano de fundo de uma história qualquer, mas, sim, o regionalismo evidente no comportamento e no jeito de falar dos personagens. E, por falar em personagens, o autor igualmente dirige sua narrativa com vista a mostrar a desumanidade que permanece no ajuizamento das pessoas por causa de suas feições." ( Livro Proprietário, p.79) 1. ENADE - 2008 Não, não é fácil escrever. É duro como quebrar rochas. Mas voam faíscas e lascas como aços espalhados. Ah que medo de começar e ainda nem sequer sei o nome da moça. Sem falar que a história me desespera por ser simples demais. O que me proponho contar parece fácil e à mão de todos. Mas a sua elaboração é muito difícil. Pois tenho que tornar nítido o que está quase apagado e que mal vejo. Com mãos de dedos duros enlameados apalpar o invisível na própria lama. (Clarice Lispector. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984, p. 25.) No trecho do romance A hora da Estrela, de Clarice Lispector, apresenta-se uma concepção do fazer literário, segundo a qual a literatura é um dom do escritor, que, de forma espontânea e fácil, alcança o indizível e o mistério graças a sua genialidade. uma forma de resolver os problemas sociais abordados pelo escritor ao escrever suas histórias. o resultado do trabalho árduo do escritor, que transforma histórias complexas em textos simples e interessantes. um modo mágico de expressão, por meio do qual se de abandona a realidade histórica em favor da pura beleza estética graças à sensibilidade do escritor uma forma de, pelo trabalho do escritor, tornar sensível o que não está claramente disponível na realidade. https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp javascript:duvidas('130590','7306','1','7100663','1'); Explicação: No trecho: "Sem falar que a história me desespera por ser simples demais. O que me proponho contar parece fácil e à mão de todos. Mas a sua elaboração é muito difícil. Pois tenho que tornar nítido o que está quase apagado e que mal vejo", podemos perceber, com clareza, que o trabalho do escritor não é fácil, pois ele precisa extrair da matéria simples, cotidiana, o que há de passível de ser narrado, de tornar-se por meio de suas palavras literatura, ou seja, arte. Gabarito Comentado 2. Assinale a alternativa que contenha os aspectos pertinentes à obra clariceana: dialogismo e memorialismo epifania e registros históricos fluxo da consciência e técnica do desgaste fluxo da consciência e memorialismo técnica do desgaste e memorialismo Explicação: "Benedito Nunes, em seu texto ¿Linguagem e silêncio¿, publicado no livro O dorso do tigre, analisa as obras de Clarice Lispector levando em consideração a linguagem. Para o teórico, a linguagem envolve o próprio objeto da narrativa, abrangendo o problema da existência, como problema da expressão e da comunicação. Segundo Nunes, à medida que falamos de nós mesmos, procurando nos expressarmos, as palavras, dizendo de mais ou menos, formam uma casca verbal, que circunda com seus significados o âmago da personalidade, acabando por se converter numa imagem provisória, porém inevitável, do nosso próprio ser. Não conseguimos exprimir tudo o que somos e adquirimos um ser aparente mediante aquilo que conseguimos exprimir. Clarice Lispector, ao escrever, adota um estilo autoral. Faz uso de uma técnica de ¿desgaste¿, segundo Benedito Nunes. Como, se, em vez de escrever, Clarice descrevesse, conseguindo um efeito mágico de refluxo da linguagem, que deixa à mostra o inexpressado. Nunes compara o efeito dessa técnica de autora à sensação de estranheza quando repetimos várias vezes uma palavra qualquer." Além da linguagem, outro aspecto inovador da prosa de Clarice Lispector é o fluxo da consciência. Para alguns teóricos, é uma experiência muito mais radical do que a introspecção psicológica já utilizada pelos escritores realistas do século XIX. Vejamos a diferença entre introspecção psicológica e fluxo da consciência. ( Conteúdo online) Gabarito Comentado https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp javascript:duvidas('208202','7306','2','7100663','2'); javascript:duvidas('578667','7306','3','7100663','3'); 3. "É nessa hora que o bem e o mal não existem. É o perdão súbito, nós que nos alimentávamos com gosto secreto da punição. Agora é a indiferença de um perdão. Pois não há mais julgamento. Não é um perdão que tenha vindo depois de um julgamento. É a ausência de juiz e de condenado." http://christianesantiago.blogspot.com.br/2010/08/uma-aprendizagem-ou-o-livro-dos.html O texto apresentado é um fragmento do romance Uma Aprendizagem ou Livro dos Prazeres, de Clarice Lispector. A autora resgata, em sua obra, questões que movem a alma. O que podemos identificar neste fragmento? O ser humano está sempre fazendo um julgamento do outro. O ser humano vive em constante estado de auto-punição. O ser humano não valoriza o perdão. O ser humano tem dificuldade de abrir espaço para o perdão. O ser humano não é único. É movido por antíteses: bem/mal, perdão/punição, juiz/condenado. Explicação: "Clarice Lispector é a principal representante do intimismo. Ela busca verificar como o indivíduo se coloca no mundo, seus questionamentos, sua experiência existencial. Ao explorar o mundo psicológico, Lispector acaba por ressignificar os vocábulos, uma vez que busca investigar aquilo que não é dito, o que fica escondido nas entrelinhas da vida (e, assim, do seu próprio texto!)." ( Livro proprietário, p.90) Importante notar o emprego das palavras com sentidos opostos, as antíteses, como forma de marcar a dualidade e a dificuldade de definir o ser humano. Gabarito Comentado 4. Quando do lançamento do romance Perto do coração selvagem, de Clarice Lispector, Álvaro Linsreconheceu o talento da autora, mas reconheceu falhas na obra. Assinale a alternativa que NÃO apresenta uma justificativa para as "falhas" mencionadas: uso de metáforas e paradoxos. fusão de prosa e poesia. subversão da linearidade temporal quebra da sequência lógica da narrativa referência a fatos históricos. Explicação: https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp javascript:duvidas('2958637','7306','4','7100663','4'); "Essa impressão que Perto do coração selvagem causou no crítico literário se deve ao fato de a autora ter subvertido a linearidade temporal do romance. Clarice quebra a sequência lógica da narrativa ¿começo, meio e fim¿. Além disso, Clarice funde a prosa e poesia ao fazer uso de imagens, metáforas, antíteses e paradoxos." ( Contéudo on-line) 5. UERJ- 2018 Esta questão refere-se ao romance A hora da estrela, de Clarice Lispector. Um outro escritor, sim, mas teria que ser homem porque escritora mulher pode lacrimejar piegas. Considerando que o romance é de Clarice Lispector, pode-se inferir que a frase do narrador é irônica. Essa ironia está baseada na: alienação cultural relativização da opressão sofisticação da escrita crítica ao machismo inclinação ao universal Explicação: A ironia clariceana com relação ao narrador indica a crítica a um comportamento machista da crítica em considerar que alguns temas deveriam ser escritos por homens. Na esteira de Virgínia Woolf, Clarice constroi um narrador frágil, insuficiente e pouco preparado para narrar a história da protagonista. 6. UERJ- 2018 Esta questão refere-se ao romance A hora da estrela, de Clarice Lispector. Como a nordestina, há milhares de moças espalhadas por cortiços, vagas de cama num quarto, atrás de balcões https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp javascript:duvidas('3555965','7306','5','7100663','5'); javascript:duvidas('3555956','7306','6','7100663','6'); trabalhando até a estafa. Não notam sequer que são facilmente substituíveis e que tanto existiriam como não existiriam. O romance enfatiza que a personagem Macabéa vive a realidade de milhares de moças, como exemplifica o trecho citado. Essa ênfase critica o processo sofrido por todas elas de: rivalidade geracional empobrecimento moral humilhação intelectual valorização profissional alienação social Explicação: Macabea é uma personagem que evidencia a alienação sofrida pelos imigrantes nas metrópoles, onde para se incluirem, apagam sua identidade e memória. 7. Assinale a alternativa que indica o título de estreia de Clarice Lispector. A hora da estrela Perto do coração selvagem O lustre Laços de família Paixão segundo G.H. Explicação: O romance "Perto do coração selvagem" foi a obra de estreia de Clarice Lispector, publicado em 1944. 8. Leia com atenção o que segue: https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp javascript:duvidas('2958673','7306','7','7100663','7'); javascript:duvidas('130654','7306','8','7100663','8'); "Como a nordestina, há milhares de moças espalhadas por cortiços, vagas de cama num quarto, atrás de balcões trabalhando até a estafa. Não notam sequer que são facilmente substituíveis e que tanto existiriam como não existiriam. Poucas se queixam e ao que eu saiba nenhuma reclama por não saber a quem." (LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979. p. 18 ) Esse é um dos parágrafos iniciais de A hora da estrela. Assinale a alternativa correta no que diz respeito a esse romance de Clarice Lispector. Trata-se de romance inaugural da obra da autora. Com a história da nordestina migrante e pobre, a autora abandona a poética com a qual estreou nos anos 40. Com um narrador que coloca sua palavra a serviço da denúncia de uma realidade social opressiva e miserável, a autora recupera o projeto estético do romance nordestino dos anos 30. A tentativa de representação da vida miserável do nordestino é acompanhada pelo questionamento dos limites dessa representação. A hora da estrela constitui um exemplo de narrativa em primeira pessoa que assume a voz do oprimido, no caso, a nordestina Macabéa. Explicação: "Segundo o crítico Eduardo Portella, A hora da estrela poderia estar revelando uma nova Clarice, ¿exterior e explícita¿, para concluir que ¿a moça alagoana é um substantivo coletivo por personificar um drama em que ela deixa de ser o transeunte anônimo, solitário e inconsequente, para adquirir o sentido incômodo de uma provocação em aberto¿.( Conteúdo online) 1. (UFAC) Em Vestido de noiva, de Nelson Rodrigues, observa-se a instauração de 3 planos distintos de ações. Considerando essa afirmativa, marque a alternativa que se relaciona corretamente com a obra. Na plano da memória, a protagonista resgata aspectos de sua vida. No plano da realidade, os conflitos familiares da protagonista são expostos. Não há nenhuma relação evidente entre esses planos. No plano da realidade, a protagonista encontra as repostas que busca. https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp javascript:duvidas('3555969','7306','1','7100663','1'); No plano do delírio, a protagonista revela toda sua verdadeira natureza. Explicação: É no plano da memória que a protagonista relembra a sua vida. 2. Em 1948, Franco Zampari inaugurou o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). Segundo Zampari, a fórmula de sucesso garantido estaria nas seguintes regras, EXCETO: peças clássicas atores de talento atores estrangeiros peças consagradas estrangeiras diretores estrangeiros Explicação: "Em 1948, Franco Zampari (1898¿1966) inaugurou, em São Paulo, o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). Zampari acreditava que o sucesso estaria garantido se adotasse a seguinte regra: atores de talento, diretores estrangeiros e peças clássicas e consagradas estrangeiras. Em dez anos de existência, o TBC só encenou um dramaturgo brasileiro ¿ Abílio Pereira de Almeida." ( conteúdo on-line) 3. Ele revolucionou o teatro, alocando o subúrbio do Rio de Janeiros nos palcos, e não tinha reservas para escrever sobre adultério, crime, suicídio, morte e preconceito, usando de uma linguagem coloquial para registrar suas peças e crônicas. Pintava a realidade de forma intensa e sem rodeios. O erotismo é muito presente em seus textos. Além de ser dramaturgo, operou como jornalista nos principais jornais da capital fluminense. ( Fávero, Alessandra. Literatura brasileira III Rio de Janeiro: SESES, 2016.) A descrição acima se refere a Graciliano Ramos Machado de Assis Guimarães Rosa Ariano Suassuna Nélson Rodrigues https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp javascript:duvidas('2958706','7306','2','7100663','2'); javascript:duvidas('2956990','7306','3','7100663','3'); Explicação: "Geralmente, Nelson Rodrigues enfrentava problemas com a censura, como revela a leitura do parecer do censor A. Conde Scrosoppi que justificou a censura da peça Senhora dos afogados, escrita em 1947, por ser considerada: a) Imoral: cenas que se passam em um prostíbulo; assassinato de uma prostituta, conversações violentas em família; b) Violenta: cenas com assassinatos brutais, fratricídios, incestos e uxoricídio;c) Desagregadora: humilha os amores que se consideram sagrados, ofende a moral cristã, apresenta atmosfera de ódio familiar; d) Psiquiátrica: personagens são doentes mentais. Arquivo Miroel Silveira (AMS) da Biblioteca da ECA/USP" 4. Gianfrancesco Guarnieri estreou como dramaturdo, em 1958, com a peça: A falecida. Beijo no asfalto. Eles não usam black-tie. Vestido de noiva. O Rei da vela. Explicação: "Em 1958, Gianfrancesco Guarnieri estreia, no Teatro de Arena, com a peça Eles não usam black-tie." ( conteúdo online) Gabarito Comentado 5. " [...] enveredei por um caminho que pode me levar a qualquer destino, menos ao êxito" Essa afirmação de Nelson Rodrigues a respeito de sua obra se deve: ao conflito entre imigrantes e brasileiros no interior de São Paulo. à temática: incestos, suicídios, adultérios e loucura. às cenas que retratam a infância idealizada das grandes metrópoles. à monotonia dos diálogos, permeados de interditos e silêncios inesperados. à rusticidade dos temas, que giram em torno dos problemas relativos à posse de terras. Explicação: https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp javascript:duvidas('154185','7306','4','7100663','4'); javascript:duvidas('208207','7306','5','7100663','5'); O teatro de Nelson Rodrigues gira em torno dos mesmos temas: incestos, suicídios, adultérios e loucura, representando, quase sempre, uma realidade pequeno-burguesa da classe média brasileira das décadas de 1940/1950. Gabarito Comentado 6. A peça Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues, trouxe inovações importantes para a estrutura da apresentação das peças teatrais, pois traz à cena três planos simultâneos: o da realidade, o da memória e o da alucinação da personagem principal, Alaíde. A simultaneidade de planos é uma inovação porque: apesar de apresentar a cronologia tradicional, discute aspectos políticos contemporâneaos à peça. estabelece uma nova cronologia marcada por performances de dança. rompe com a tradicional cronologia linear e permite ao público experimentar, além da trama, o subconsciente de Alaíde. discute as relações entre passado e presente histórico nas relações entre operários e patrões. constitui uma inovação no desenvolvimento de musicais brasileiros. Explicação: "Essa simultaneidade de planos rompe com a tradicional cronologia linear e permite ao público experimentar, além da trama, o subconsciente de Alaíde." ( conteúdo online) Gabarito Comentado 7. (PUC-SP- 2005) Lúcia (estendendo o braço) ¿ O bouquet. (Crescendo da música funeral e festiva. Quando Lúcia pede o bouquet, Alaíde, como um fantasma, avança em direção da irmã, por uma das escadas laterais, numa atitude de quem vai entregar o bouquet. Clessi sobe a outra escada. Uma luz vertical acompanha Alaíde e Clessi. Todos imóveis em pleno gesto. Apaga-se, então, toda a cena, só ficando iluminado, sob uma luz lunar, o túmulo de Alaíde. Crescendo da Marcha Fúnebre. Trevas) Essa marcação da cena final da peça destaca o caráter extremamente sugestivo de Vestido de Noiva, qual seja, o da relação entre o: https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp javascript:duvidas('208203','7306','6','7100663','6'); javascript:duvidas('3555977','7306','7','7100663','7'); amor e morte ciúme e vingança crime e castigo sexo e desejo trágico e cômico Explicação: Vestido de noiva: peça escrita em 1943, tem o tema da morte, em que a personagem é atropelada e morre. Durante o processo de morte, a personagem sai em busca de uma prostituta famosa da época, elemento importante para a construção da personagem. O diálogo entre as duas permite a resolução dos capítulo 4 ¿ 99 conflitos pelos quais a protagonista passa. A peça é marcada por traição, morte, luxúria, hipocrisia burguesa etc.( Livro proprietário, p. 98) 8. A estreia de Vestido de noiva ocorreu em 28 de dezembro de 1943. Com esta encenação, Nelson Rodrigues recebeu várias críticas elogiosas. Pode-se afirmar que essa peça marcou a renovação do teatro modernista brasileiro. Após essa peça, vários grupos teatrais começaram a surgir. Dentre as peças encenadas, ficou famosa "Eles não usam black-tie", cuja autoria é de Gianfrancesco Guarnieri Chico Buarque Plínio Marcos Nélson Rodrigues Ariano Suassuna Explicação: Em 1958, Gianfrancesco Guarnieri estreia, no Teatro de Arena, com a peça Eles não usam black-tie. 1. A poesia concreta no Brasil caracteriza-se por: dar continuidade à corrente intimista e estetizante dos anos 40. https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp javascript:duvidas('2958688','7306','8','7100663','8'); javascript:duvidas('640786','7306','1','7100663','1'); rigidez no nível prosódico e pela impassibilidade diante dos problemas nacionais. visar a atingir e a explorar as camadas materiais do significante (som, letra impressa, linhas, superfície da folha). preocupação com a correção sintática, pela renovação dos temas relacionados com os estados psíquicos do poeta. descaso pelos aspectos formais do poema e preferências pela linguagem correta. Explicação: "A poesia concretista exprime, como toda linguagem, um modo de relacionar-se com as coisas e com os homens. O fato de recusar-se ao tema 9 não significa de modo algum que ela seja carente de conteúdo psíquico e ideológico, como sugerem às vezes, gratuitamente, os seus detratores. Não há processo linguístico desprovido de significação: o próprio uso do nonsense significa que o poeta não vê sentido no seu mundo. E na verdade, não é difícil reconhecer nos poemas concretos o universo referencial que a sua estrutura propõe comunicar: aspectos da sociedade contemporânea, assentada no regime capitalista e na burocracia, e saturada de objetos mercáveis, de imagens de propaganda, de erotismo e sentimentalismo comerciais, de lugares comuns díspares que entravam na linguagem enemizando-lhe o tônus crítico e criador. (1978, p. 535)" ( Livro proprietário, p.101) 2. O Concretismo foi um movimento de Vanguarda que correspondendo às necessidades de uma conunicação cada vez mais objetiva e veloz, caraterizou-se pela inovação formal. Escolha a opção que se refere aos princípios do Concretismo: constataçao da realidade e do cotidiano volta do soneto e da mitologia predomínio do elemento visual temas nobres e lírico-amorosos linguagem de símbolos e sugestiva Explicação: "O concretismo traz novas formas de expressão na poesia com: ¿ A valorização da forma e da comunicação visual, sobrepondo ao conteú- do. Desse modo, até o espaço do papel é elemento importante e significativo para a construção da poesia. ¿ A abolição de versos e a inclusão de figuras geométricas na composição poética, por isso os poemas concretos são denominados ¿poema-objeto¿. ¿ A desvalorização do lirismo e do tema, colocando o poema como se fosse um quadro, em que a forma concreta tem maior valor que o significado. ¿ A multiplicidade de leituras pela disposição gráfica das palavras."( Livro proprietário, p.100) Gabarito Comentadohttps://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp javascript:duvidas('130524','7306','2','7100663','2'); javascript:duvidas('154177','7306','3','7100663','3'); 3. Os poetas marginais, além de produzirem seus poemas, também eram responsáveis pela produção das edições. Dentre os recursos utilizados, podemos destacar: tinta para pintura em tecido. a impressora. o mimeógrafo. o papel carbono. a cartolina. Explicação: "A produção da poesia marginal era feita sem nenhum tipo de edição, totalmente livre dos modelos de produção ¿ muitas vezes ¿rodada¿ em mimeógrafos ¿ e com um número limitado de itens para a distribuição, devido à tiragem pequena." ( Livro proprietário, p. 110) Gabarito Comentado 4. O tropicalismo, movimento protagonizado por artistas e intelectuais brasileiros, propôs algumas inovações no campo das artes nos anos 60 e 70. Podemos destacar: a imitação dos padrões estéticos defendidos pela escola parnasiana. a mistura de manifestações tradicionais da cultura brasileira com as experiências estéticas radicais. a ruptura com as propostas estéticas dos primeiros modernistas. não há o que se destacar , pois o Tropicalismo foi um movimento inexpressivo. a valorização da forma clássica de composição poética: o soneto. Explicação: "Tropicália ou tropicalismo é o nome recebido pelo movimento musical dos anos finais da década de 1960, com a participação dos músicos Tom Zé, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Os Mutantes, dentre outros. O tropicalismo colaborou para que a literatura assumisse uma visão de bom emprego de qualquer estética literária, sem a interferência cheia de preconceitos, tendo como característica principal a mistura de ideias e estéticas que juntavam assuntos urbanos e modernos aos elementos folclóricos e populares. Pode-se dizer que o tropicalismo possibilitou o surgimento de certo anarquismo, sob o ponto de vista da sociedade burguesa. Desse modo, as produções ganham um tom de ironia e humor, consolidando-se como forma de paródia." ( Livro proprietário, p.108) Gabarito Comentado https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp javascript:duvidas('154174','7306','4','7100663','4'); javascript:duvidas('154176','7306','5','7100663','5'); 5. Chacal, Ana Cristina Cesar e Geraldo Carneiro fizeram parte da chamada: segunda geração romântica. geração marginália. geração coca cola. geração café com leite. geração mimeógrafo. Explicação: "A produção da poesia marginal era feita sem nenhum tipo de edição, totalmente livre dos modelos de produção ¿ muitas vezes ¿rodada¿ em mimeógrafos ¿ e com um número limitado de itens para a distribuição, devido à tiragem pequena." ( Livro proprietário, p.110) Gabarito Comentado Gabarito Comentado 6. de sol a sol soldado de sal a sal salgado de sova a sova sovado de suco a suco sugado de sono a sono sonado sangrado de sangue a sangue O poema concretista, acima indicado, apresenta as seguintes inovações no campo verbal e visual: ausência de sinais de pontuação; uso intensivo de certos fonemas; jogos sonoros e uso de justaposição. uso construtivo dos espaços brancos; neologismo; separação dos sufixos e dos prefixos; uso de versos alexandrinos. apresentação de trocadilhos; uso de termos plurilinguísticos; desintegração da palavra e emprego de símbolos gráficos. apresentação de um ideograma; uso de estrangeirismos, esfacelamento da linguagem. abolição do verso tradicional; desintegração do sistema em seus morfemas; a palavra dá lugar ao símbolo gráfico. Explicação: "O concretismo traz novas formas de expressão na poesia com: ¿ A valorização da forma e da comunicação visual, sobrepondo ao conteú- do. Desse modo, até o espaço do papel é elemento importante e significativo para a construção da poesia. ¿ A abolição de versos e a inclusão de figuras geométricas na composição poética, por isso os poemas concretos são denominados ¿poema-objeto¿. ¿ A desvalorização do lirismo e do tema, colocando o poema como se fosse um quadro, em que a forma https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp javascript:duvidas('640787','7306','6','7100663','6'); concreta tem maior valor que o significado. ¿ A multiplicidade de leituras pela disposição gráfica das palavras." ( Livro proprietário, p.101) 7. O Concretismo é um movimento de vanguarda na música erudita e nas artes plásticas que surge na Europa nos anos 50. Na literatura, a primeira manifestação oficial se dá no Brasil em 1956, em São Paulo, na Exposição Nacional de Arte Concreta. Assinale a única opção que não caracteriza o Concretismo: Defende a racionalidade. Rejeita o Expressionismo. Não distingue forma de conteúdo. Há intimismo nas obras. Cria uma nova linguagem. Explicação: "O concretismo traz novas formas de expressão na poesia com: ¿ A valorização da forma e da comunicação visual, sobrepondo ao conteú- do. Desse modo, até o espaço do papel é elemento importante e significativo para a construção da poesia. ¿ A abolição de versos e a inclusão de figuras geométricas na composição poética, por isso os poemas concretos são denominados ¿poema-objeto¿. ¿ A desvalorização do lirismo e do tema, colocando o poema como se fosse um quadro, em que a forma concreta tem maior valor que o significado. ¿ A multiplicidade de leituras pela disposição gráfica das palavras." ( Livro proprietário, p.101) 1. Leia os textos abaixo e responda: TEXTO 1 Quando nasci veio um anjo safado O chato dum querubim E decretou que eu tava predestinado A ser errado assim Já de saída a minha estrada entortou Mas vou até o fim. BUARQUE, Chico. Letra e música. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. TEXTO 2 Quando nasci um anjo esbelto Desses que tocam trombeta, anunciou: https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp javascript:duvidas('641096','7306','7','7100663','7'); Vai carregar bandeira. Carga muito pesada pra mulher Essa espécie ainda envergonhada. PRADO, Adélia. Bagagem. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986 Os poemas de Adélia Prado e de Chico Buarque estabelecem intertextualidade em relação ao poema de Carlos Drummond de Andrade por: negação dos versos. oposição de ideias. ausência de recursos. reiteração de imagens. falta de criatividade. Explicação: A reiteração das imagens, como a do anjo que prevê ou vaticina, no caso de Chico Buarque, o destino. 2. Leia o fragmento do poema VI retirado da obra Menino do Mato, de Manoel de Barros. Desde o começo do mundo água e chão se amam e se entram amorosamente e se fecundam [...]. Penso com humildade que fui convidado para o banquete dessas águas. Porque sou de bugre. Porque sou de brejo. Acho agora que estas águas que bem conhecem a inocência de seus pássaros e de suas árvores. Que elas pertencem também de nossas origens. (p. 455-6).
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