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Apol 4 Literatura brasileira

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Questão 1/10 - Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“O sucesso inicial de Alencar e a primazia literária que assumiu, primazia indisputável, a que Machado de Assis se refere em páginas nítidas, tem sido explicado de muitas maneiras. Há traços, entretanto, apontados por todos os críticos e historiógrafos que se ocuparam do problema. Eles constituem, pois, como que as características do romance alencariano, no consenso geral, as explicações de seu triunfo, os motivos de sua difusão. Em primeiro lugar está, certamente, o romantismo. [...]”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SODRÉ, Nelson W. Prefácio. In: ALENCAR, José de. Sonhos D’Ouro. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1953, p. 13. 
Considerando o fragmento acima e os conteúdos abordados no livro Literatura Brasileira sobre as características da obra de José de Alencar, leia as afirmativas a seguir: 
I – Apesar de grande prosador, o romance de José de Alencar emprega mal as técnicas da escrita romanesca e falta complexidade psicológica às suas personagens.
II – Desenvolveu o indianismo como forma de expressão literária ao trabalhar nos limites entre prosa e poesia em Iracema.
III – A maior contribuição de Alencar, entretanto, está no aprofundamento psicológico das personagens, como Paulo, em Lucíola, que oscila entre desejo e nojo por Lúcia.
IV – Em As minas de prata, Alencar praticou o romance histórico, no qual levou adiante seu programa de descoberta do Brasil.
V - A escrava Isaura (1875), seu romance mais conhecido, é um libelo contra a escravidão e traz uma série de lições morais para o leitor. 
Estão corretas apenas as afirmativas:
Nota: 10.0
	
	A
	I, II e III.
	
	B
	I, II e IV.
	
	C
	II, III e IV.
Você acertou!
As afirmativas II, III e IV estão corretas, porque Iracema é o romance em que Alencar melhor desenvolveu o que a crítica chamou de indianismo, praticado por meio de um estilo em que a prosa se aproxima da poesia; porque, como escreveu Antonio Candido, uma das características importantes do romance alencariano foi a capacidade de expressar os dilemas humanos por meio da complexificação psicológica das suas personagens, como Paulo (Lucíola), Aurélia (de Senhora), entre outras; porque o plano literário de Alencar era ambicioso, nada mais do que fazer o mapeamento da sociedade brasileira, o que ocorre em As minas de prata, romance histórico. As afirmativas I e V estão incorretas porque, como se viu, a complexidade das personagens é uma das marcas da obra do escritor cearense, que desenvolveu e elevou o emprego das técnicas narrativas no âmbito da literatura brasileira; e porque A escrava Isaura é de Bernardo Guimarães (Livro-base, p. 100 e 101).
	
	D
	III, IV e V.
	
	E
	II, IV e V.
Questão 2/10 - Literatura Brasileira
Leia o poema abaixo: 
“Este é o rio, a montanha é esta,
Estes os troncos, estes os rochedos;
São estes inda os mesmos arvoredos;
Esta é a mesma rústica floresta.
Tudo cheio de horror se manifesta,
Rio, montanha, troncos, e penedos;
Que de amor nos suavíssimos enredos
Foi cena alegre, e urna é já funesta.
Oh quão lembrado estou de haver subido
Aquele monte, e às vezes, que baixando
Deixei do pranto o vale umedecido!
Tudo me está a memória retratando;
Que da mesma saudade o infame ruído
Vem as mortas espécies despertando”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: COSTA, C. M. Poemas escolhidos. Rio de Janeiro: Ediouro, s.d. p. 32.
O poema acima é do árcade Cláudio Manoel da Costa, cujos versos marcam o início da escola arcadista no Brasil. Considerando o poema acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira sobre a estética árcade e a obra de Cláudio Manuel da Costa, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	na poesia árcade inicial é forte a presença dos problemas citadinos e políticos de Vila Rica.
	
	B
	poema acima evoca a tristeza do eu lírico diante de um cenário que no passado foi lugar de um idílio amoroso.
Você acertou!
A alternativa b está correta porque reflexão do eu lírico trata do desencontro dos sentimentos que eram atribuídos àquele cenário revisitado. No passado foi palco de um amor que não mais existe. As demais alternativas estão erradas porque a presença da natureza é um traço predominante na poesia inicial árcade, como se vê nas referências a florestas, rios, montanhas etc. Outra característica importante do arcadismo é a presença dos elementos locais, como a descrição da rústica floresta, que caracteriza melhor a paisagem brasileira em comparação com o ambiente bucólico dos poemas das escolas europeias Por fim, não há referência no poema à ideia de felicidade e reencontro amoroso, tampouco a elementos ligados ao pecado e afins (livro-base, p. 62-64).
	
	C
	o eu lírico canta a felicidade do reencontro amoroso e das possibilidades de um amor feliz.
	
	D
	as convenções árcades revelam elementos religiosos e contritos do pecador, como pode se observar na segunda estrofe do poema.
	
	E
	não há elementos locais no poema, característica do estilo arcadista, que adota as convenções europeias integralmente.
 
Questão 3/10 - Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir 
“De noite, no dia seguinte, em toda aquela semana pensei o menos que pude nos cinco contos, e até confesso que os deixei muito quietinhos na gaveta da secretária. Gostava de falar de todas as coisas, menos de dinheiro, e principalmente de dinheiro achado; todavia não era crime achar dinheiro, era uma felicidade, um bom acaso, era talvez um lance da Providência. Não podia ser outra coisa. Não se perdem cinco contos, como se perde um lenço de tabaco. Cinco contos levam-se com trinta mil sentidos, apalpam-se a miúdo, não se lhes tiram os olhos de cima, nem as mãos, nem o pensamento, e para se perderem assim totalmente, numa praia, é necessário que... Crime é que não podia ser o achado; nem crime, nem desonra, nem nada que embaciasse o caráter de um homem. Era um achado, um acerto feliz, como a sorte grande, como as apostas de cavalo, como os ganhos de um jogo honesto e até direi que a minha felicidade era merecida, porque eu não me sentia mau, nem indigno dos benefícios da Providência. Nesse mesmo dia levei-os ao Banco do Brasil. Lá me receberam com muitas e delicadas alusões ao caso da meia dobra, cuja notícia andava já espalhada entre as pessoas do meu conhecimento; respondi enfadado que a coisa não valia a pena de tamanho estrondo; louvaram-me então a modéstia, — e porque eu me encolerizasse, replicaram-me que era simplesmente grande”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em:<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000167.pdf>. Acesso em: 11 ago. 2017. 
O fragmento acima do romance Memórias Póstumas de Brás Cubas corresponde à noite posterior ao achado do embrulho contendo 5 mil réis. Brás Cubas encontra-o na praia e acaba ficando com ele, como se lê acima. Alguns capítulos atrás tinha acontecido algo semelhante: Cubas havia topado com uma moeda de ouro e a encaminhado ao delegado para que este a devolvesse ao dono. Mas os 5 mil réis, valor muito superior, ele não devolveu. No final do episódio fica com o dinheiro e com a fama de grande homem. Os fatos e a forma de contar esses episódios expressam a complexidade da narrativa machadiana. Essa passagem remete ao que Antonio Candido em “Esquema de Machado de Assis” diz da modernidade da obra machadiana. Considerando o fragmento acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira sobre o romance de Machado, entre as técnicas machadianas que revelam sua modernidade, segundo Candido, está...
Nota: 10.0
	
	A
	a capacidade de mostrar ao leitor sem contradições ou ironia a realidade das relações sociais do Rio de Janeiro do século XIX, distinguindo claramente o protagonista de seu antagonista.
	
	B
	a habilidade em detalhar os ambientes e os espaços romanescos de modo a expressar como num inventário todas as particularidades da sociedadede seu tempo.
	
	C
	a capacidade em expressar coisas espantosas da forma mais suave possível, fazendo uso da ironia, de forma a fazer com que algo excepcional pareça normal e vice-versa.
Você acertou!
Segundo Antonio Candido, mencionado no livro-base, a técnica de Machado de Assis “consiste essencialmente em sugerir as coisas mais tremendas da maneira mais cândida (como os ironistas do século XVIII); ou em estabelecer um contraste entre a normalidade social dos fatos e a sua anormalidade essencial; ou em sugerir, sob aparência do contrário, que o ato excepcional é normal, e anormal seria o ato corriqueiro. Aí está o motivo da sua modernidade, apesar de seu arcaísmo de superfície” (livro-base, p. 114) As demais alternativas estão erradas porque a ironia está no centro da “poética” machadiana; porque a ideia de escrever de modo realista à semelhança de um inventário é contrária ao estilo de Machado, que usou essa mesma imagem (do inventário) para criticar o realismo de Eça de Queiroz; porque as características psicológicas das personagens de Machado não são elaboradas pelas teorias darwinistas ou deterministas que influenciaram escritores como Aluísio Azevedo, entre outros; porque apesar da vontade de elaborar uma literatura nacional não estivesse fora dos horizontes de Machado, ele jamais empregou linguagem transparente ou grandiloquente, uma vez que empregou a ironia.
	
	D
	a habilidade em elaborar a psicologia e os caracteres das personagens de acordo com as determinações do espaço e da raça às quais elas pertencem.
	
	E
	a vontade de elaborar uma literatura nacional por meio da criação de personagens alegóricos, expressos em uma linguagem transparente e grandiloquente.
Questão 4/10 - Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir:
“A grande noite do poeta seria, porém, a de 7 de setembro de 1868, quando recitou, com voz vibrante e, mais do que nunca, arrebatado de emoção, ‘Tragédia no mar’, que depois tomaria o nome de ‘O navio negreiro’. [...] O poema foi escrito para ser recitado em voz alta. [...] E é em voz alta que esse poema em seis movimentos, cada um deles a pedir uma inflexão diferente, trabalha em nós e nos comove e nos revolta”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Alberto Costa e. Castro Alves. São Paulo: Cia. das Letras, 2006, p. 98 (Coleção Perfis Brasileiros).
E leia um fragmento de “O Navio Negreiro”: 
‘Stamos em pleno mar… Doudo no espaço
Brinca o luar – dourada borboleta;
E as vagas após ele correm… cansam
Como turba de infantes inquieta.
 
‘Stamos em pleno mar… Do firmamento
Os astros saltam como espumas de ouro…
O mar em troca acende as ardentias,
– Constelações do líquido tesouro…
 
..........................................................”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALVES, C. O navio negreiro. In: RAMOS, F. J. S. da. Grandes poetas românticos do Brasil. São Paulo: LEP, 1952, p. 795. 
Conhecido como poeta dos escravos, porque defendia a abolição da escravidão, Castro Alves difundiu seus versos em teatros, nas ruas e em salões literários ou íntimos. Suas apresentações provocavam forte impacto nos auditórios por que passava. Considerando os fragmentos de texto, o poema acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, sobre a poesia de Castro Alves é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	a obra de Castro Alves se desenvolveu por um grande período, e dividiu-se em três fases: amorosa, sacra e satírica.
	
	B
	o grande traço de sua poesia é o desalento, que transparece nos poemas em que critica a escravidão.
	
	C
	seus versos apresentam uma visão pessimista do futuro, o que explica a dureza e rigidez de seus versos.
	
	D
	a eloquência é o ponto forte de seu estilo, que expressa o entusiasmo com que via a experiência humana e a natureza.
Você acertou!
Esta alternativa está correta porque o “principal traço estilístico de sua obra (Castro Alves) é a eloquência verbal de sua poesia [que] deriva [...] do consórcio entre música e a poesia elaborada pelos poetas românticos anteriores e amplifica-se pelos problemas políticos do momento. [...] Castro Alves opunha à poesia do desalento, da geração de Álvares de Azevedo e Casimiro de Abreu, uma poesia nascida do ‘entusiasmo’ perante os dramas da vida humana e os espetáculos da natureza. É com sua obra [...] que essa poesia entusiasmada assume problemas sociais e políticos no calor da hora” (livro-base, p. 106, 108). As demais alternativas estão erradas porque Castro Alves morreu muito jovem, aos 24 anos, e sua poesia não foi classificada em fases; porque, como se viu, não havia traço de contenção ou melancolia em sua poesia, muito pelo contrário.
	
	E
	inconformado com a escravidão, Castro Alves escreveu uma obra melancólica, que o inseriu na segunda geração romântica.
 
 
Questão 5/10 - Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto abaixo: 
“O convés, tanto na coberta como na tolda, apresentava o aspecto de um acampamento nômade. A marinhagem, entorpecida pelo trabalho, caíra numa sonolência profunda, espalhada por ali ao relento, numa desordem geral de ciganos que não escolhem terreno para repousar. Pouco lhe importavam o chão úmido, as correntes de ar, as constipações, o beribéri. Embaixo era maior o atravancamento. Macas de lona suspensas em varais de ferro, umas sobre outras, encardidas como panos de cozinha, oscilavam à luz moribunda e macilenta das lanternas. Imagine-se o porão de um navio mercante carregado de miséria. No intervalo das peças, na meia escuridão dos recôncavos moviam-se os corpos seminus, indistintos. Respiravam um odor nauseabundo de cárcere, um cheiro acre de suor humano diluído em urina e alcatrão. Negros, de boca aberta, roncavam profundamente, contorcendo-se na inconsciência do sono. Viam-se torsos nus abraçando o convés, aspectos indecorosos que a luz evidenciava cruelmente”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CAMINHA, Adolfo. Bom crioulo. Domínio Público, p. 20. <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000052.pdf>. Acesso em: 28/07/2017. 
De acordo com os conteúdos abordados nas aulas e no livro-base Literatura Brasileira sobre o romance naturalista Bom crioulo (1898), de Adolfo Caminha (1867-1897), é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	Além da temática homossexual, o romance denuncia os maus-tratos dispensados aos marinheiros engajados nas Forças Armadas Brasileiras.
Você acertou!
Esta é a alternativa correta porque o tema central de Bom crioulo é a relação homossexual entre Aleixo e Amaro, protetor e protegido. Comprovando a tese naturalista de que o meio influencia na formação do caráter e dos comportamentos, Adolfo Caminha procura demonstrar que a forma com que os marinheiros se encontravam a bordo da corveta beneficiou os comportamentos de Aleixo e Amaro. Além disso, denuncia os castigos físicos sofridos pelos marinheiros, como as chibatadas. A maioria dos marinheiros era negra, escravos ou ex-escravos (Livro-base, p. 131). As demais alternativas referem-se a outros romances, como o Cortiço, ou mencionam temáticas, personagens ou espaços que não dizem respeito aos do romance de Adolfo Caminha, como a periferia de Recife, Maria das Hortaliças ou o cortiço.
	
	B
	o romance revela as condições precárias de certa parcela da população nordestina e o mundo violento, sem lei nem rei, do qual as personagens fazem parte.
	
	C
	o cortiço, onde se passa o romance, é apresentado de tal forma que surge diante dos olhos do leitor como mais uma personagem do romance.
	
	D
	o romance apresenta a mulher independente, caracterizada na figura de Maria das Hortaliças.
	
	E
	além da temática homossexual, o romance retrata os problemas da periferia do Recife e as viagens de trem pelo interior do país.
 
Questão 6/10 - Literatura Brasileira
Leia a citação a seguir:
“Policarpo, você precisa tomar juízo. Um homem de idade, com posição, respeitável, como você é, andar metido com esse seresteiro, um quase capadócio –não é bonito! O major descansou o chapéu-de-sol – um antigo chapéu-de-sol com a haste inteiramente de madeira, e um cabo de volta, incrustado de pequenos losangos de madrepérola – e respondeu: – Mas você está muito enganada, mana. É preconceito supor-se que todo o homem que toca violão é um desclassificado. A modinha é a mais genuína expressão da poesia nacional e o violão é o instrumento que ela pede. Nós é que temos abandonado o gênero, mas ele já esteve em honra, em Lisboa, no século passado, com o Padre Caldas que teve um auditório de fidalgas. Beckford, um inglês, muito o elogia. – Mas isso foi em outro tempo, agora...”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BARRETO, Lima. Triste Fim de Policarpo Quaresma. In: Domínio Público, p. 2. <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000013.pdf>.Acesso em: 13 ago. 2017.
Triste Fim de Policarpo Quaresma é talvez a obra mais conhecida de Lima Barreto (1881–1922), um dos escritores da chamada escola pré-modernista. O protagonista do romance, que se passa no Rio de Janeiro, é um nacionalista, cujo radicalismo serve para Barreto projetar sua visão crítica da sociedade da época. Tendo como referência as informações acima e a leitura do livro-base Literatura Brasileira, leia as afirmativas a seguir, assinalando V para as afirmativas verdadeiras e F paras as afirmativas falsas.
I. ( ) O estilo de Lima Barreto é marcado por uma linguagem mais simples, menos ornamentada, avessa ao tom bacharelesco.
II. ( ) Em Triste fim de Policarpo Quaresma, além de tratar da efusão ultranacionalista do personagem-título, Lima Barreto retrata as características da vida fluminense de seu tempo.
III. (  ) Triste fim de Policarpo Quaresma (1911), Recordações do escrivão Isaías Caminha (1909) e Clara dos Anjos (1948, póstumo) são romances de Lima Barreto.
IV. ( ) Lima Barreto, assim como Machado de Assis, excluiu de sua obra temas como o racismo e a dominação social, preferindo escrever crônicas de costumes. 
Agora, marque a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	V– F– V– V
	
	B
	F– V– V– V
	
	C
	V– V– V– F
Você acertou!
As afirmativas I, II e III são verdadeiras porque Barreto era avesso ao tom bacharelesco, o qual parodia em vários momentos no romance Triste fim de Policarpo Quaresma; porque os hábitos, a cultura e as relações sociais do Rio de Janeiro são retratados no romance, como pode se ver na menção que faz ao uso do violão no fragmento acima e à visão que se tinha daqueles que tocavam esse instrumento no começo do século XX; porque os romances mencionados são todos de autoria de Lima Barreto. A afirmativa IV é falsa, pois a questão do racismo e da dominação social estão presentes em sua obra. A obra de Barreto é “considerada ainda hoje como uma das mais singulares crônicas da vida fluminense. Aproxima-se da crônica, até mesmo no desapego a uma linguagem excessivamente adornada e de tom bacharelesco, típica de muitos escritores da época [...]” (livro-base, p. 168). Lima Barreto “destrincha a crueldade do racismo e da dominação social exercida pelos mais poderosos sobre os mais fracos” (livro-base, p. 169)
	
	D
	F– V– F– V
	
	E
	F– F– V– V
Questão 7/10 - Literatura Brasileira
Leia os fragmentos do poema abaixo: 
                       I 
“No meio das tabas de amenos verdores,
Cercadas de troncos – cobertos de flores,
Alteiam-se os tetos d’altiva nação;
São muitos seus filhos, nos ânimos fortes,
Temíveis na guerra, que em densas coortes
Assombram das matas a imensa extensão.”
...........................................................................
                       IV 
“Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi:
Sou filho das selvas,
Nas selvas cresci;
Guerreiros, descendo
Da tribo tupi.
Da tribo pujante,
Que agora anda errante
Por fado inconstante,
Guerreiros, nasci;”
....................................
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: DIAS, G. I-Juca Pirama. In: RAMOS, F. J. S. da. Grandes poetas românticos do Brasil. São Paulo: LEP, 1952. p. 130-131. 
Acima temos dois fragmentos do poema I-Juca Pirama, de Gonçalves Dias. Nele, o poeta maranhense usa um recurso que se convencionou chamar de harmonia imitativa. Considerando o poema acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, é correto afirmar que harmonia imitativa:
Nota: 10.0
	
	A
	é a correspondência entre o que se conta e o como se conta, forma de o ritmo mimetizar os episódios relatados no poema.
Você acertou!
Esta é a alternativa correta porque harmonia imitativa, que aparece no poema de Gonçalves Dias, é justamente essa técnica que busca conciliar a forma como se conta com o que se conta “Trata-se da técnica que se convencionou chamar de harmonia imitativa. O ritmo mimetiza os episódios do canto. Para cada parte há um tipo de metrificação diferente, mas sempre rigorosa e adequada ao conteúdo” (Livro-base, p. 86). As demais alternativas estão erradas porque não se trata de um efeito preso a uma forma poética ou gênero, ele pode ser obtido em qualquer formato. (p. 85)
	
	B
	é o efeito que ocorre em poemas compostos por estrofes de quatro a seis versos, com cinco ou sete sílabas.
	
	C
	é o tipo de assimilação vocálica, em que as vogais de uma palavra se tornam foneticamente semelhantes a outra vogal da mesma palavra.
	
	D
	é a correspondência harmônica que ocorre em poemas de 14 versos, formados por duas estrofes de quatro versos e duas de três.
	
	E
	é o efeito que se obtém em composições poéticas populares antigas, acompanhadas ou não de música.
Questão 8/10 - Literatura Brasileira
Leia a citação a seguir: 
“Enquanto nos textos de um Cláudio Manuel da Costa ou de um Gonzaga o nativismo, que aos coloridos exaltadores barrocos das grandezas do país sugeria descrições grandiloquentes para uso dos estrangeiros, torna-se pena sutil de consumo local. Nasce com os árcades, indubitavelmente sob influência das ideias da França e da América do Norte, mas como uma precisa referência aos problemas locais, aquela consciência pátria que com os românticos irá desaguar na vontade de independência”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: STEGAGNO-PICCHIO, Lucia História da literatura brasileira. 2. ed.  Rio de Janeiro: Nova Aguilar/Lacerda Editores, 2004, p. 127.   
Considerando a citação acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira sobre o Arcadismo, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	A estética árcade no Brasil Colônia descarta as tendências neoclássicas, de origem francesa, e opõe-se às ideias Iluministas.
	
	B
	O Arcadismo é uma releitura do barroco brasileiro, empregando sobretudo as formas cultistas.
	
	C
	Um dos principais traços da estética árcade é a adesão à razão e às teses do iluminismo.
Você acertou!
As alternativas a, b, d e e estão incorretas A alternativa c está correta porque a estética árcade é racionalista. “A estética árcade no Brasil Colônia combina as tendências neoclássicas, de origem francesa, e os ideias da Ilustração, difundidos pela Europa do século XVIII [   ]. Para os poetas árcades, a imaginação era o elemento a ser dominado pela razão. Cabia ao poeta elaborar a expressão adequada, mais a partir da lógica e do estudo do que da inspiração. Por isso não podiam ser cultistas, nem usar a alegoria como faziam os barrocos. Realismo e determinismo são correntes posteriores ao arcadismo, fortes no século XIX. (Livro-base, p. 56).
	
	D
	Entre as características da estética árcade, destacam-se o uso da imaginação e o emprego exagerado das alegorias.
	
	E
	Os poetas árcades eram realistas e extraíam do determinismo geográfico e biológico a base ideológica de seus versos.
 
Questão 9/10 - Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“A miséria e os miseráveis que haviam perdido suas habitações na derrubada violenta do cortiço [o Cabeça de Porco] tinham à disposição o morro contíguo – e as madeiras da demolição que a própria prefeitura lhes permitira recolher. Barracos de madeira já estavam disseminadosno morro de Santo Antônio, ponto privilegiado da cidade, e logo estariam presentes no da Providência, nos anos que se seguiram às picaretas de Barata Ribeiro. Na vizinhança do Cabeça de Porco, surgia a ‘Favela’, apelido que seria dado ao morro da Providência pelas tropas vindas de Canudos em 1897, as quais estacionaram ali e acabaram denominando o local [com esse] nome por associação a plantas com favas, comuns tanto no morro carioca quanto nas cercanias do arraial de Antônio Conselheiro, o Belo Monte”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GARCEZ, P. C. G. Habitação e vizinhança: limites da privacidade no surgimento das metrópoles brasileiras. In: SEVCENKO, Nicolau. História da Vida Privada no Brasil, v. 3. Organização Fernando A. Novais. São Paulo: Cia. Das Letras, 1998, p. 141. 
As mudanças ocorridas no final do século XIX e início do século XX na então capital do Brasil, o Rio de Janeiro, alçaram o país à modernização. Houve um verdadeiro “bota abaixo” dos casebres e cortiços da área central da cidade e, em seu lugar, foram construídas amplas avenidas, ou bulevares ao estilo parisiense. Os pobres foram empurrados para a periferia fazendo surgir as favelas cariocas. No interior do Brasil a miséria e a exploração rural, assim como o voto a cabresto, mostravam as mazelas de um país desigual. Esse cenário atravessou temas e estilos da literatura brasileira desse período entressecular. De acordo com os conteúdos abordados nas aulas e no livro-base Literatura Brasileira, a produção literária brasileira que antecipa o movimento modernista da década de 1920, marcada por uma produção de transição e consolidação do sistema literário brasileiro, ficou conhecida como:
Nota: 10.0
	
	A
	Arcadismo, marcado pela produção antibarroca de Tomás Antônio Gonzaga.
	
	B
	Romantismo, alicerçado na produção de José de Alencar.
	
	C
	Romantismo, marcado pela figuração e valorização do índio brasileiro.
	
	D
	Realismo pela transição de uma literatura influenciada pelos padrões europeus a uma literatura de caráter e convenções nacionais.
	
	E
	Pré-modernismo, marcado por autores como Euclides da Cunha, que supera uma visão inicial determinista dos fatos e passa a problematizar aspectos da realidade.
Você acertou!
O caso de Euclides da Cunha (1866-1909) representa um marco dessa mudança de perspectiva. Engenheiro de formação, é enviado como correspondente jornalístico a Canudos em 1897, a fim de fazer a cobertura da reação das forças republicanas ao grupo liderado por Antônio Conselheiro. Munido de uma perspectiva teórica formada no determinismo do século XIX, em que raça, meio e momento histórico seriam capazes de explicar a natureza humana, Euclides da Cunha, ao defrontar-se com a exposição dos acontecimentos ocorridos no sertão baiano, atinge, em Os sertões (1902), uma superação da perspectiva puramente determinista dos fatos. [...]. Supera largamente uma perspectiva sociológica de gabinete, ou mesmo o puro ensaísmo, a fim de construir uma representação literariamente relevante e problematizar o aspecto da realidade a que se dirige” (Livro-base, p. 167,168).
Questão 10/10 - Literatura Brasileira
Leia a passagem abaixo: 
“Pelo hábito de frequentar a igreja tomara conhecimento e travara estreita amizade com um pequeno sacristão que, digamos de passagem, era tão boa peça como ele; apenas se encontravam limitavam-se a trocar olhares significativos enquanto o amigo andava ocupado no serviço da igreja; assim porém que se acabavam as missas, e que saíam as verdadeiras beatas, reuniam-se os dois, e começavam a contar suas diabruras mais recentes, travando o plano de mil outras novas. Por complacência, ou antes por prova de decidida amizade, o companheiro confiava ao nosso gazeador um caniço, e faziam juntos o serviço e as maroteiras: a mais pequena que faziam era irem de altar em altar escorropichando todas as galhetas, o que lhes incendia mais o desejo de traquinar”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALMEIDA, Manuel A. de. Memórias de um sargento de milícias. Domínio Público, p. 32. < http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua000235.pdf>. Acesso em 07 de ago. 2017.
A passagem acima foi extraída do romance Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida. Romance de costumes, a obra trouxe para a ficção os ambientes mais populares do Rio de Janeiro e seus moradores, escolhendo como protagonistas os homens pobres, mas livres, do século XIX. Nesse romance é possível enxergar um modo de sociabilidade que Antonio Candido percebeu como estrutural daquela sociedade e da sociedade brasileira em geral. Considerando o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, Candido chamou esse tipo de sociabilidade de:
Nota: 10.0
	
	A
	malandragem.
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“A grande contribuição desse romance de costumes está na aposta de ficcionalizar o mundo popular do Rio de Janeiro. [...] Ao enquadrar essa população sem eira nem beira, Memórias de um sargento de milícias revela certo tipo de sociabilidade local até então não percebida por Teixeira e Sousa ou Macedo e que Antonio Candido, a certa altura, denominou de malandragem (livro-base, p. 100-101).
	
	B
	marginal.
	
	C
	aristocrática.
	
	D
	convencional.
	
	E
	civilizatória.
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