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VET 332 - Laparotomia, Esplenectomia, Cistotomia, Uretrotomia, Uretrostomia, Descorna e Orquiectomia

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Natália Barone Spachi
VET 332 - P1 - PARTE PROFª Fabiana
1. Laparotomi�:
a. Regiões abdominais:
● Localização dos órgãos na cavidade abdominal:
○ Bexiga: Região Hipogástrica Pré-púbica
○ Intestino grosso: Região Hipogástrica Inguinal esquerda
○ Rim esquerdo: Região Mesogástrica Lateral esquerda
○ Baço: Região Epigástrica Hipocôndria Esquerda
○ Fígado: Região Epigástrica
○ Estômago: Região Epigástrica Hipocôndria Esquerda
○ Rim direito: Região epigástrica Hipocôndria Direita
Natália Barone Spachi
Tipos de Laparotomia
Mediana - incisão em linha alba Paramediana - incisão no
músculo reto abdominal
(paralelo à linha alba)
Paracostal ou
Oblíqua (D ou
E)
Transversa Pelo Flanco Laparotomia
de Kehr
Indicação Incisões Indicação Incisões
-Mais comum
em pequenos
animais e em
equinos;
-Equinos: para
cirurgias de
cólicas,
cesárea,
compactação e
hérnia;
-Bovinos: para
cirurgias de
persistência do
úraco.
-Não há
extravasamento
de sangue.
Pré umbilical
(incisão realizada
entre cicatriz
umbilical e
processo xifóide -
região epigástrica
xifóide)
-Recomendada
para ruminantes
e cães machos
-Desvantagem
em relação à
técnica
mediana: a
paramediana
provoca
sangramento,
predispondo à
infecção.
Pré Umbilical
(incisão
realizada entre
base da última
costela e
cicatriz
umbilical -
regiões
epigástrica
hipocôndria D
ou E e
mesogástrica
lateral D ou E)
Várias
indicações:
-Para órgãos
localizados nas
regiões
epigástricas
hipocôndria D e
E (rins, fígado e
vesícula biliar);
-Pode ser
realizada em
associação com
a incisão
mediana.
Foge das linhas
de tensão da
musculatura, por
isso não é muito
indicada
Usada em
ruminantes, ou em
pequenos animais
para abordagem de
rins, glândulas
adrenais ou para
realização de OH.
Ruminantes:
- Incisão pelo flanco
esquerdo:
acesso à rúmen,
baço, em casos de
reticulopericardite
traumática, abomaso
e cesariana.
- Incisão pelo flanco
direito:
realização de
laparotomia
exploratória, acesso
à intestinos, ovários
e abomaso.
É a associação
da incisão
mediana com a
incisão
paracostal
(início no limite
caudal da
cartilagem
xifóide e
término na
metade da
distância da
cartilagem ao
umbigo, onde
desvia-se o
corte para a
direita ou para
a esquerda)
Retro umbilical
(incisão entre
cicatriz umbilical e
púbis - regiões
mesogástrica
umbilical e
hipogástrica
pré-púbica)
Retro
umbilical
(incisão entre
cicatriz
umbilical e
púbis - regiões
mesogástrica
lateral D ou E
e hipogástrica
inguinal D ou
E)
Pré retro
umbilical
(Incisão desde o
xifóide até o púbis -
regiões epigástrica
xifóide,
mesogástrica
umbilical e
hipogástrica pré
púbica)
Pré - Retro -
Umbilical
(Incisão desde
a base da
última costela
até o púbis -
regiões
epigástrica
hipocôndria D
ou E,
mesogástrica
lateral D ou El
e hipogástrica
inguinal D ou
E)
Pré púbica
(incisão na região
hipogástrica
pré-pubica)
Natália Barone Spachi
Pré - operatório:
1. Jejum sólido e hídrico;
2. Tricotomia Ampla - evitar fazer com lâmina de barbear;
3. Antibioticoterapia profilática em caso de cirurgias em órgãos ocos contaminados
como esôfago, estômago, intestinos, bexiga e útero → realizar meia hora antes do
procedimento;
4. Antissepsia:
a. Limpeza do campo cirúrgico que sofreu tricotomia com escova e água morna
para remover a sujeira e os materiais insolúveis em água.
b. Uso de pinça de curativo (Foerster) para pinçar um tampão de gaze, o qual
será embebido primeiramente em éter para realização do
desengorduramento da pele e posteriormente em solução antisséptica como
iodo ou clorexidina para realização da antissepsia do campo operatório.
c. O movimento de passagem da pinça com a gaze embebida pela área de
cirurgia deve ser em “escama de peixe” ou em círculos centrífugos, nunca
passando a gaze novamente em local na qual já foi aplicada.
5. Cães machos devem ser sondados,para impedir que a urina contamine o campo
cirúrgico, e deve-se esconder o prepúcio sob os panos de campo.
Técnica cirúrgica MEDIANA (pré-retro-umbilical):
1. Proteger o campo cirúrgico com panos de campo presos ao animal, em decúbito
dorsal, com pinças de Backhaus.
a. Machos: colocar uma compressa cirúrgica sobre o prepúcio e prendê-la de
um lado do corpo do animal
2. Com o uso do bisturi, incisar a pele desde a cartilagem xifóide até o púbis sobre a
linha média, em um corte único e preciso, evitando anfractuosidades.
a. Machos: incisão do processo xifóide até o prepúcio, curvar a incisão para
direita ou para a esquerda (lado oposto ao qual o prepúcio foi preso) do pênis
e do prepúcio e progredir até o púbis.
Natália Barone Spachi
3. Realizar a divulsão do tecido SC com o auxílio de uma tesoura de Metzembaum
inserida a 90º em relação à ferida cirúrgica (assim, preserva-se SC, diminuindo a
criação de espaço morto e diminuindo as chances de formação de seroma,
retardante da cicatrização);
4. Colocar um segundo pano de campo;
MACHOS
5. Após divulsionar o SC, incisar as fibras do músculo prepucial e localizar a fáscia do
músculo Reto abdominal;
6. Pinçar e ligar ramos da artéria e veia epigástrica superficial caudal e ramo femoral
da veia pudenda externa. A ligadura é realizada com 1 nó duplo (nó de cirurgião)
seguido de pelo menos 2 nós simples;
7. Retrair a pele e tecidos seccionados e localizar a linha alba (a linha alba é o
encontro das musculaturas, formando uma ligeira depressão que pode ser sentida à
palpação);
8. Suspender cada lado da fáscia externa do músculo reto abdominal com o auxílio de
2 pinças de Allis;
9. Realizar uma pequena incisão com o bisturi (lâmina voltada para cima) nas fáscias e
peritônio;
10. Prolongar a incisão com auxílio da tesoura de Mayo Romba Romba
11. Exploração da cavidade abdominal de acordo com a abordagem PARA REMOÇÃO
OU SOLUÇÃO DO PROBLEMA:
a. Diafragma, fígado e VB; Estômago, piloro, duodeno proximal e baço; Ramos
pancreáticos, veia porta, artérias hepáticas e veia cava caudal → Quadrante
CRANIAL abdominal.
b. Cólon descendente; Bexiga, uretra e próstata; Útero → Quadrante CAUDAL
abdominal .
12. Deslocar o omento cranialmente para liberar a exposição dos órgãos da cavidade;
13. Analisar intestinos, desde o duodeno até o cólon ascendente, observando
vascularização e linfonodos mesentéricos;
14. Retrair mesoduodeno para esquerda e cólon descendente para a direita, abrindo
espaço para palpação dos rins direito, glândulas adrenais, ureteres e ovários
(FÊMEAS).
15. O órgão a ser abordado deve ser exteriorizado e isolado com compressas estéreis
umedecidas com solução de cloreto de sódio morna, para prevenção de
contaminação, ressecamento e hipotermia.
a. No caso de abordagem de órgãos ocos ou contaminados, após a lavagem da
cavidade abdominal, deve-se trocar todo o material utilizado, trocar luvas e
panos de campo para o prosseguimento da operação
16. Pode ser feita a omentalização (aplicação do omento em cima do órgão explorado),
que auxilia evitando aderência no sítio operado e oferecendo suporte de células de
defesa e células sanguíneas para cicatrização tecidual
17. Laparorrafia:
a. Pelo menos 3 planos: linha alba, subcutâneo e pele
Planos de Sutura
1º plano (LINHA ALBA) 2º plano (SC) 3º plano (PELE)
Natália Barone Spachi
Notas Abranger as fáscias
musculares dos músculos
abdominal interno, abdominal
externo e reto, além do
peritônio, para conferir
sustentação à sutura.
Objetivo de aproximação do
tecido subcutâneo e redução
de espaço morto
Na pele a sutura deve
promover Evaginação ou
Aposição.
Opções de
pontos de
sutura
indicados
Devem ser usadas, suturas
de
APOSIÇÃO/APROXIMAÇÃO
- Sultan (em X): sutura
isquemiante e resistente que
confere sustentação.
- Simples separado
- Cushing (mais usada para
grandes animais);
- Intradérmica Zigue Zague
(mais resistente e estética.
Usada em pequenos animais)
→ Opção de realizar
ANCORAGEM do SC na
musculatura a cada ponto de
sutura para reduzir o espaço
morto.
Suturas possíveis -
APOSIÇÃO ou
EVAGINAÇÃO:
- Wolf (U deitado) →
EVAGINANTE
- Simples separada →
APOSIÇÃO
- Sultan (X) → APOSIÇÃO
→ obs.: não é totalmente
indicada pois a pele não temtanta vascularização e sultan
é isquemiante.
Fios indicados - Náilon (não absorv.)
- Ácido Poliglicólico (Dexon)
(absorv.)
→ obs.: é multifilamentar
- Poliglecaprona (Caprofyl).
(absorv.)
Para SC preconiza-se uso de
fio ABSORVÍVEL (ex.:
Polidioxanona), mas pode-se
usar o Náilon também.
- Náilon
- Poliglecaprona (mono
absorv.)
- Polipropileno (mono não
absorv.)
NÃO USAR
MULTIFILAMENTAR EM
PELE!
Calibre do fio Escolhido de acordo com o
porte do animal e com o
tecido a ser suturado.
→ EQ e BOV: 3 ou 4
→ Cão GRD: 1
→ Cão PQ: 00 ou 000
Pode ser reduzido no tecido
SC, pois nesse plano não
precisa de sustentação
A sutura não requer
sustentação, pois a
sustentação se dá no 1º
plano. O fio não precisa ter
calibre grosso.
Técnica cirúrgica FLANCO (incisão paracostal de flanco para abordagem dos rins):
1. Tricotomia do flanco direito ou esquerdo;
2. Antissepsia;
3. Colocação do 1º pano de campo;
4. Incisão de pele paracostal dentro do triângulo delimitado por Tuberosidade do coxal
(limite caudal), Vértebras Lombares (limite dorsal) e Gradil Costal (limite cranial) e
tendo como limite ventral a prega inguinal;
5. Divulsão do tecido SC;
6. Colocação do 2º pano de campo;
7. Incisão dos músculos oblíquos abdominais (interno e externo) e transverso do
abdômen
a. ocorre extravasamento de sangue → PINÇAR E LIGAR VASOS!
8. Localização dos rins:
Natália Barone Spachi
a. Direito mais cranial que o Esquerdo
b. Ambos em espaço retroperitoneal.
9. Laparorrafia:
a. Pelo menos 3 planos: musculatura, subcutâneo e pele
Planos de Sutura
1º plano (MUSC. 1) 2º plano (MUSC. 2) 3º plano (SC) 4º plano (PELE)
Notas Suturar peritônio e
músculo abdominal
transverso
Suturar músculos
abdominais externo e
interno
Sutura do subcutâneo
com ancoragem na
musculatura
Sutura de pele
Pontos de
sutura
indicados
Simples separado Simples contínua Simples contínua Simples separado ou
Simples contínuo
2. Esplenectomi�:
a. Anatomia do baço:
i. Geralmente localizado em região epigástrica hipocondria esquerda,
mas pode variar em função da quantidade de sangue presente em
seus capilares sinusóides e localização dos demais órgãos
abdominais;
ii. Fica aderido à curvatura maior do estômago pelo ligamento
gastroesplênico;
iii. Suprimento arterial do baço:
1. artéria esplênica:
a. ramo dorsal → acompanham o ligamento
gastroesplênico em direção à curvatura maior do
estômago formando as artérias gástricas
curtas/pequenas e a artéria gastroepiplóica esquerda
(supre a curvatura maior do estômago)
b. ramo ventral → segue para o pâncreas
iv. Drenagem do baço:
1. drenagem venosa ocorre através da veia esplênica para o
interior da veia gastroesplênica que desemboca na veia porta
v. A vascularização entre estômago e baço é compartilhada
Natália Barone Spachi
b. Indicações e contraindicações para Esplenectomia:
Esplenectomia
Indicações Contraindicações
● Neoplasias (Hemangiomas e
Hemangiossarcomas);
● Traumatismos (quedas,
atropelamentos, mordeduras,
chutes);
● Rupturas (Neoplasias, secundára à
traumatismos);
● Hematomas;
● Cistos/ Abscessos;
● Esplenomegalia secundária à
hipertensão portal ou a distúrbios
mieloproliferativos (Risco de
ruptura);
● Para avaliação de distúrbios
hematológicos (anemia hemolítica,
púrpura trombocitopênica);
● Volvo gástrico.
● Esplenose: Presença de pequenas
porções de tecido esplênico na
cavidade abdominal.
● Placas sideróticas: Incrustações
armazenadas no baço por acúmulo
de cálcio e ferro.
● Hiperplasia nodular: Chamada de
nódulo do cão senil. Nódulos de
tecido esplênico hipertrofiado.
● Esplenomegalias: transitórias,
secundárias à medicações.
Pré operatório:
1. Exames Laboratoriais
a. Hemograma;
b. Contagem de reticulócitos;
Natália Barone Spachi
c. Esfregaço de sangue periférico;
d. Bilirrubina plasmática;
e. Coagulograma;
f. Bioquímicos;
g. Eletrocardiograma;
h. Pesquisa de metástase - RX e US
2. Correção de desequilíbrios hidro eletrolíticos e/ou ácido básicos;
3. Jejum:
a. alimentar de 12 horas;
b. hídrico de 4 - 8 horas.
Técnica Cirúrgica - Esplenectomia:
1. Preparação do campo cirúrgico:
a. Tricotomia ampla de todo o abdômen;
b. Limpeza do campo cirúrgico que sofreu tricotomia com escova e água morna
para remover a sujeira e os materiais insolúveis em água.
c. Uso de pinça de curativo (Foerster) para pinçar um tampão de gaze, o qual
será embebido primeiramente em éter para realização do
desengorduramento da pele e posteriormente em solução antisséptica como
PVPI ou clorexidina para realização da antissepsia do campo operatório.
i. obs.: NÃO usar PVP-I em gatos
d. O movimento de passagem da pinça com a gaze embebida pela área de
cirurgia deve ser em “escama de peixe” ou em círculos centrífugos, nunca
passando a gaze novamente em local na qual já foi aplicada.
e. Colocar o pano de campo;
f. Laparotomia mediana pré-umbilical (processo xifóide até cicatriz umbilical):
i. Com o uso do bisturi, incisar a pele desde a cartilagem xifóide até a
cicatriz umbilical, em um corte único e preciso, evitando
anfractuosidades.
ii. Realizar a divulsão do tecido SC com o auxílio de uma tesoura de
Metzembaum inserida a 90º em relação à ferida cirúrgica (assim,
preserva-se SC, diminuindo a criação de espaço morto e diminuindo
as chances de formação de seroma, retardante da cicatrização);
iii. Colocar um segundo pano de campo;
iv. Pinçar e ligar ramos da artéria e veia epigástrica superficial caudal e
ramo femoral da veia pudenda externa. A ligadura é realizada com 1
nó duplo (nó de cirurgião) seguido de pelo menos 2 nós simples;
v. Retrair a pele e tecidos seccionados e localizar a linha alba (a linha
alba é o encontro das musculaturas, formando uma ligeira depressão
que pode ser sentida à palpação);
vi. Suspender cada lado da fáscia externa do músculo reto abdominal
com o auxílio de 2 pinças de Allis;
vii. Realizar uma pequena incisão com o bisturi (lâmina voltada para
cima) nas fáscias e peritônio;
viii. Prolongar a incisão com auxílio da tesoura de Mayo Romba Romba
g. Identificação do baço e exteriorização do mesmo
i. A partir daqui pode ser realizada:
Natália Barone Spachi
1. Esplenorrafia (em caso de rupturas ou lacerações não
profundas);
2. Esplenectomia parcial (para animais com lesões
traumáticas ou focais do baço para preservar a função
esplênica)
3. Esplenectomia total (indicada em casos de neoplasia
esplênica, torções de hilo do baço ou de estômago,
trauma grave com hemorragia de risco que não se
consegue interromper)
Técnica Cirúrgica - Esplenorrafia:
1. Sutura da cápsula do baço;
2. Uso de pontos SIMPLES SEPARADOS
3. Fio absorvível (Poliglecaprona)
Técnica Cirúrgica - Esplenectomia parcial:
1. Definir a área do baço que será removida;
2. Selecionar, pinçar e ligar duplamente os vasos hilares que suprem a área → realizar
as ligaduras o mais próximo possível do hilo esplênico para que não haja
comprometimento da vascularização pancreática e gástrica;
3. Incisar os vasos ligados;
4. Observar a extensão da isquemia provocada e aplicar pressão digital na margem da
porção isquêmica;
5. Dividir o baço entre dois clamps e incisar entre os mesmos para remoção da porção
desejada do órgão;
6. Suturar a cápsula esplênica
a. SUTURA SIMPLES CONTÍNUA
b. Fio Absorvível 000 agulhado (agulha atraumática)
7. Em caso de hemorragia intensa:
a. Uso de esponja hemostática;
b. Verificar se as ligaduras foram bem feitas;
c. Realizar pressão digital por 5 minutos;
d. Fazer a omentalização das bordas hemorrágicas (omentopexia).
Técnica Cirúrgica - Esplenectomia total:
1. Após o acesso abdominal oferecido pela realização da laparotomia, devemos
exteriorizar o baço e colocar esponjas úmidas sob ele;
2. Realizar a seleção e pinçamento dos vasos hilares esplênicos (ramos da artéria
esplênica devem ser mantidos íntegros);
3. Realizar a ligadura vaso por vaso bem próxima ao hilo esplênico
a. Fio para ligadura pode ser absorvível (poliglecaprona) ou inabsorvível
(náilon)
4. Após a ligadura, realiza-se a retirada do baço
5. Análise do abdômen em casos de neoplasia ou traumas;6. Lavar o leito esplênico com solução de cloreto morna e cobrir a região com omento
para auxílio da cicatrização;
7. Laparorrafia:
a. 3 planos (linha alba, SC e pele)
i. Linha alba: simples separado com Poliglecaprona
Natália Barone Spachi
ii. SC: intradérmica zigue-zague com Polidioxanona
iii. Pele: simples separada com Poliglecaprona
Pós operatório:
1. Corrigir distúrbios apresentados pelo animal;
a. equilíbrio hidro-eletrolítico
2. A antibioticoterapia pode ser indicada dependendo da lesão e do tempo cirúrgico;
3. Medicação antiinflamatória (meloxican, cetoprofeno, dipirona) e analgésica
(tramadol);
4. Transfusão sanguínea pode ser necessária por conta do baço ser um órgão muito
irrigado.
5. Controle das mucosas (coloração) aparentes e da temperatura corporal.
3. Cistotomi�:
a. Cistotomia é o procedimento da abertura (incisão cirúrgica) da parede da
bexiga (abrange todas as camadas da parede).
b. Cistorrafia → sutura da bexiga
c. Cistectomia → remoção da bexiga, pode ser parcial ou total. → realizada em
hérnias perineais ou em neoplasias.
d. Indicações para cistotomia:
i. Remoção de cálculos vesicais (urólitos e cistolitíases)
ii. Hemorragias e cálculos → cistotomia para exploração;
iii. Biópsias;
iv. Remoção de neoplasias vesicais;
v. Correção de anomalias congênitas como ureteres ectópicos;
vi. Cateterização do ureter quando há cálculo (obstruções ureterais)
e. Anatomia da bexiga:
i. A bexiga se situa no interior do canal pélvico quando vazia. Quando
repleta de urina, se desloca cranial e ventralmente.
ii. Camadas da parede da vesícula urinária (da mais externa para a
mais interna):
1. Serosa ou Adventícia;
2. Muscular (músculo detrusor da bexiga);
3. Submucosa
3.1. Lâmina própria
4. Mucosa (NÃO envolvida pela sutura, pois não confere
resistência à mesma)
→ em vermelho, as camadas que são englobadas na sutura pois conferem sustentação à
mesma.
Natália Barone Spachi
iii. O trígono vesical é o local onde ocorre afunilamento da bexiga e onde
se inserem os dois ureteres e a uretra.
f. Irrigação da bexiga:
i. A bexiga é irrigada pela artéria vesical cranial (ramo da artéria
umbilical) e pela artéria vesical caudal (ramo da artéria urogenital).
ii. Para a incisão na bexiga devemos escolher uma posição com menos
vascularização
g. Inervação da bexiga:
i. A bexiga possui inervação simpática e parassimpática, que controlam
a repleção e o esvaziamento da mesma (controle da micção),
RESPECTIVAMENTE.
ii. A inervação SIMPÁTICA é realizada pelo nervo HIPOGÁSTRICO →
partem de T10 a L2.
iii. A inervação PARASSIMPÁTICA é realizada pelo PÉLVICO → partem
de S2 a S4.
iv. O esfíncter uretral externo é inervado por um ramo do nervo
PUDENDO
h. INDICAÇÕES para Cistotomia:
i. A principal indicação é a presença de cálculos urinários.
1. alta frequência na veterinária;
2. mais em animais de 3 a 7 anos de idade;
3. a maioria dos cálculos é radiopaca, mas esse fator depende
da composição do cálculo;
4. Raças como Poodle e Dálmata possuem predisposição à
formação de cálculos urinários.
ii. Pólipos vesicais;
iii. Neoplasias vesicais;
iv. Ruptura de bexiga.
Pré operatório:
1. Exames:
a. físico
b. hemograma
c. bqi
d. urinálise
e. cultura e antibiograma
2. Correção de anormalidades fisiológicas (desequilíbrios)
Natália Barone Spachi
a. correção de desidratação, desequilíbrio hidroeletrolítico e desequilíbrios
ácido-básicos → combate de acidose metabólica e uremia pós renal, se
presentes
3. Administração de fármacos:
a. Antibioticoterapia profilática específica
b. Antiinflamatórios
c. Analgésicos
4. Jejum (se não houver urgência/emergência)
a. alimentar de 12h
b. hídrico de 4h
5. Colocar sonda/cateter uretral no animal para que não ocorra extravasamento
urinário no abdômen durante a cirurgia.
Técnica cirúrgica - CISTOTOMIA:
1. Preparação do campo cirúrgico:
a. Tricotomia ampla de todo o abdômen;
b. Limpeza do campo cirúrgico que sofreu tricotomia com escova e água morna
para remover a sujeira e os materiais insolúveis em água.
c. Uso de pinça de curativo (Foerster) para pinçar um tampão de gaze, o qual
será embebido primeiramente em éter para realização do
desengorduramento da pele e posteriormente em solução antisséptica como
PVPI ou clorexidina para realização da antissepsia do campo operatório.
i. obs.: NÃO usar PVP-I em gatos
d. O movimento de passagem da pinça com a gaze embebida pela área de
cirurgia deve ser em “escama de peixe” ou em círculos centrífugos, nunca
passando a gaze novamente em local na qual já foi aplicada.
e. Colocar o pano de campo;
2. Laparotomia mediana retro-umbilical (da cicatriz umbilical até o púbis)
a. Com o uso do bisturi, incisar a pele desde a cicatriz umbilical até o púbis,, em
um corte único e preciso, evitando anfractuosidades.
b. Realizar a divulsão do tecido SC com o auxílio de uma tesoura de
Metzembaum inserida a 90º em relação à ferida cirúrgica (assim, preserva-se
SC, diminuindo a criação de espaço morto e diminuindo as chances de
formação de seroma, retardante da cicatrização);
c. Colocar um segundo pano de campo;
d. Pinçar e ligar ramos da artéria e veia epigástrica superficial caudal e ramo
femoral da veia pudenda externa. A ligadura é realizada com 1 nó duplo (nó
de cirurgião) seguido de pelo menos 2 nós simples;
e. Retrair a pele e tecidos seccionados e localizar a linha alba (a linha alba é o
encontro das musculaturas, formando uma ligeira depressão que pode ser
sentida à palpação);
f. Suspender cada lado da fáscia externa do músculo reto abdominal com o
auxílio de 2 pinças de Allis;
g. Realizar uma pequena incisão com o bisturi (lâmina voltada para cima) nas
fáscias e peritônio;
h. Prolongar a incisão com auxílio da tesoura de Mayo Romba Romba
3. Localizar a vesícula urinária, expô-la e isolá-la com compressas úmidas;
4. Aplicar pontos de reparo na extremidade cranial e caudal do plano a ser incisado;
Natália Barone Spachi
5. Caso o animal não tenha sido sondado anteriormente por conta de presença de
obstrução uretral, deve-se realizar a cistocentese;
6. Incisão na parede da bexiga:
a. Pode ser dorsal ou ventral, pois a predisposição ao extravasamento é a
mesma para ambas as formas. O ideal é que se realize a incisão próximo ao
trígono, pois é uma região menos vascularizada, mas longe dos ureteres e
da uretra
b. Para a incisão da camada serosa da bexiga, faz-se uso do bisturi.
c. Para a secção das demais camadas utiliza-se a tesoura de Metzembaum.
7. Em presença de cálculos:
a. remover os cálculos com pinça;
b. examinar e lavar a mucosa da bexiga;
c. passar o cateter pela bexiga através da uretra e lavar até que todos os
cálculos sejam removidos
8. SUTURA ou CISTORRAFIA (ponto chave da cistotomia):
a. usar fio ABSORVÍVEL sintético e MONOFILAMENTAR (menor predisposição
à contaminação), com calibre 000 ou 0000;
b. Se optar pelo uso do Náilon, que é não absorvível, não pode deixar ponto
dentro da bexiga, pois predispõem a formação de cálculos;
c. Multifilamentar só pode ser usado em casos em que não haja bactéria na
urina;
d. Fazer sutura não perfurante total (evitar suturar a mucosa);
e. O ideal é realizar 1 ou 2 planos de sutura:
i. Apenas 1 plano de sutura → Pontos Simples Separados
ii. 2 planos com sutura INVAGINANTE
iii. 2 planos sendo 1 de APOSIÇÃO e 1 de INVAGINAÇÃO
Opções - planos de sutura - bexiga
1º PLANO (Serosa,
Muscular e Submucosa)
2º PLANO (Serosa e
Muscular)
Apenas 1 plano
(Feita quando a bexiga
está muito inflamada e por
isso com sua parede
muito espessada. Com
isso não se deve fazer
sutura INVAGINANTE para
que não corra risco de
ruptura da parede da
bexiga)
Sutura Simples Separada -
2 planos INVAGINANTES Sutura de Cushing Sutura de Cushing ou
Sutura de Lembert contínuo
(não usar em animais
pequenos)
2 planos, APOSIÇÃO +
INVAGINANTE
Sutura Simples Separada
ou Simples Contínua
Sutura de Cushing (oferece
VEDAÇÃO)
Natália Barone Spachi
(essa opção é a MELHOR,
pois diminui a
possibilidade de
extravasamento)
(oferece REFORÇO)
9. Após a sutura faz-se a omentalização (estímulodo envio de células de defesa para o
local da lesão cirúrgica);
10. Lavar a cavidade abdominal na região que foi manipulada;
11. Trocar as luvas e equipamentos;
12. Laparorrafia:
a. 3 planos (linha alba, SC e pele)
i. Linha alba: simples separado com Poliglecaprona
ii. SC: intradérmica zigue-zague com Polidioxanona
iii. Pele: simples separada com Poliglecaprona
13. Enviar tumores e cálculos retirados para análise em laboratório.
Pós operatório:
1. proteção da ferida
2. antibiótico
3. antiinflamatório
4. analgesia
5. cateterização uretral - para evitar repleção vesical e consequente distensão da
sutura
a. manter por 3 a 4 dias
6. retirar os pontos após 10 dias
7. Análise do cálculo + instituição de dieta preventiva
Anatomi� Uretra�:
● Machos:
○ A uretra estende-se da bexiga à abertura peniana (glande do pênis),
possuindo comprimento de 10 a 35 cm.
○ É dividida didaticamente em 4 porções:
■ Uretra proximal
■ Uretra prostática
■ Uretra pélvica
■ Uretra peniana
● Fêmeas:
○ A uretra estende-se da bexiga urinária à vagina, possuindo comprimento de 7
a 10 cm.
4. Uretrotomi�:
a. Uretrotomia é a incisão da uretra, manobra cirúrgica que permite acesso à
luz da uretra;
b. Indicações de uretrotomia:
i. Prolapso uretral;
Natália Barone Spachi
ii. Obstrução uretral/estenoses uretrais;
iii. Cálculos uretrais
1. Machos: sempre tentar retro propelir os cálculos para que eles
voltem para a bexiga, pois é preferível a cirurgia de cistotomia
do que a uretrotomia!
a. explicação: a uretrotomia faz uma ferida cirúrgica que
sofre naturalmente cicatrização. Toda cicatrização gera
uma retração que pode diminuir o lúmen (estenose
uretral), fazendo com que a uretra tenha que ser aberta
novamente.
2. RETROHIDROPROPULSÃO Método para voltar o cálculo da
uretra para bexiga ou expeli-lo - CÃES: Injeta o soro,
palpação retal, aperta a uretra prostática por palpação retal,
continua injetando soro distendendo a uretra pélvica peniana
cálculo anda na uretra e para na bexiga ou sai.
iv. Neoplasias;
v. Traumas.
Pré operatório:
1. Anamnese:
a. Frequência urinária
b. Traumas/brigas
c. Neoplasia
2. Avaliação clínica
a. Obstrução → distensão vesical, uremia pós-renal e hipercalemia
b. Ruptura de bexiga → uroabdômen
3. Exames complementares
a. Hemograma
b. Bioquímico: creatinina, ureia e potássio
c. Radiografias/ultrassonografia
4. Preparo do paciente
5. Antibioticoterapia profilática
a. Evitar os nefrotóxicos: aminoglicosídeos e tetraciclinas
6. Jejum
7. Sondar o animal, quando possível
Técnicas cirúrgicas para realização de URETROTOMIA:
1. PERINEAL
2. PRÉ ESCROTAL
3. ESCROTAL
TÉCNICAS - URETROTOMIA
PRÉ-ESCROTAL ESCROTAL PERINEAL
● Animal é posicionado em
decúbito dorsal;
● É feito o preparo da região
inguinal: Tricotomia ampla de
● Nessa técnica deve-se
realizar juntamente com a
uretrotomia, a
orquiectomia.
● Técnica utilizada em
obstruções de uretra
pélvica, e/ou em felinos.
Natália Barone Spachi
todo o abdômen; Limpeza do
campo cirúrgico que sofreu
tricotomia com escova e água
morna para remover a sujeira
e os materiais insolúveis em
água; Uso de pinça de
curativo (Foerster) para pinçar
um tampão de gaze, o qual
será embebido primeiramente
em éter para realização do
desengorduramento da pele e
posteriormente em solução
antisséptica como PVPI ou
clorexidina para realização da
antissepsia do campo
operatório.
○ obs.: NÃO usar PVP-I
em gatos
O movimento de passagem da
pinça com a gaze embebida
pela área de cirurgia deve ser
em “escama de peixe” ou em
círculos centrífugos, nunca
passando a gaze novamente
em local na qual já foi
aplicada; Colocar o pano de
campo.
● Cateterização do animal;
● Incisão Mediana, com bisturi,
imediatamente caudal ao osso
peniano até a porção cranial
do escroto.
● Dissecção do tecido
subcutâneo e isolamento da
uretra com auxílio de uma
● Essa técnica promove
menor sangramento do que
a técnica pré-escrotal e
também acesso a uma
porção mais calibrosa da
uretra;
● Animal é posicionado em
decúbito dorsal;
● É feito o preparo da região
inguinal: Tricotomia ampla
de todo o abdômen;
Limpeza do campo
cirúrgico que sofreu
tricotomia com escova e
água morna para remover a
sujeira e os materiais
insolúveis em água; Uso de
pinça de curativo (Foerster)
para pinçar um tampão de
gaze, o qual será embebido
primeiramente em éter para
realização do
desengorduramento da
pele e posteriormente em
solução antisséptica como
PVPI ou clorexidina para
realização da antissepsia
do campo operatório.
○ obs.: NÃO usar
PVP-I em gatos
O movimento de passagem
da pinça com a gaze
embebida pela área de
cirurgia deve ser em
“escama de peixe” ou em
círculos centrífugos, nunca
passando a gaze
novamente em local na
qual já foi aplicada; Colocar
o pano de campo.
● Incisão na base do escroto
e remoção total do mesmo.
● Rebatimento do músculo
retrator do pênis.
● Incisão da uretra;
● Uretrorrafia:
○ Fio monofilamentar
absorvível de
calibre 4-0 a 6-0
(Poliglecaprona,
Polidioxanona ou
● Realiza-se a cateterização
uretral do animal;
● Animal é posicionado em
decúbito esternal e
membros pendentes
(posição perineal);
● A cauda do animal é
amarrada sobre o dorso do
mesmo;
● Faz-se um sutura
temporária em bolsa de
fumo no ânus;
● Incisão com bisturi na linha
média do períneo (na
metade da distância entre
escroto e ânus;
● Dissecar o SC com uma
tesoura de Metzembaum
até expor o músculo retrator
do pênis;
● Músculo retrator é elevado
com auxílio de uma pinça
de Adson e recolhido
lateralmente para expor os
músculos bulboesponjosos;
● Os músculos são
separados em sua rafe para
expor o corpo esponjoso do
pênis;
● É feita a incisão com bisturi
no corpo esponjoso do
pênis sobre o cateter uretral
● Suturar a uretra
(uretrorrafia) e manter o
cateter por um período de
tempo para evitar estenose.
Natália Barone Spachi
tesoura de divulsão
(Metzembaum)
● Exposição do músculo retrator
do pênis;
● Rebater o músculo retrator do
pênis lateralmente e realizar
uma incisão no corpo
esponjoso do pênis na linha
média da luz uretral.
● Incisão na uretra evitando o
corpo cavernoso lateral a ela.
● Sutura da uretra:
○ Fio monofilamentar
absorvível de calibre
4-0 a 6-0
(Poliglecaprona,
Polidioxanona ou
Poligliconato)
■ Não usar
multifilamentar
pois é muito
abrasivo!
○ Sutura perfurante total;
○ Ponto Simples
Separado.
Poligliconato)
■ Não usar
multifilament
ar pois é
muito
abrasivo!
○ Sutura perfurante
total;
○ Ponto Simples
Separado.
5. Uretr�stomi�:
a. Uretrostomia é a confecção de um estoma entre uretra e o meio externo,
chamado de neo-óstio uretral permanente)
b. Na presença de obstruções uretrais, primeiramente faz-se a tentativa de
Hidro Retropulsão para que o cálculo volte para a bexiga, pois é preferível
realizar uma cistotomia do que uretrotomia, por conta das inúmeras
complicações geradas por esse procedimento. Não conseguindo realizar a
hidro-retropulsão, prioriza-se a realização da uretrostomia em relação à
uretrotomia.
c. Apesar disso, a uretrostomia predispõe a infecções ascendentes pois abre
comunicação do meio interno para o meio externo (estoma).
d. Indicações de Uretrostomia:
i. Recidiva de obstrução por cálculos uretrais;
Natália Barone Spachi
ii. Uretrostomia em felinos é feita apenas em cistite idiopática
recidivante;
iii. Estenose uretral decorrida de cicatrização de incisões de
ureterostomias ou por lesões traumáticas anteriores;
iv. Amputação de pênis e prepúcio.
e. Existem 4 técnicas de uretrostomia:
i. Pré-Escrotal
ii. Escrotal
iii. Perineal
iv. Pré-púbica
f. CONSIDERAÇÃO IMPORTANTE:
�. O estom� abe�t� n� uretr�stomi� dev� te� diâmetr� d� cinc� � oit�
veze� � diâmetr� d� lu� uretra�. Iss� � realizad�, pensand�-s� n�
retraçã� qu� ocorr� ap�� � cicatrizaçã�, prevenind� assi� futur�
esten�s�.
i�. Ess� proporçã� d� tamanh�� correspond� � um� incisã� d� 2,5 � 4c�
d� compriment�.
g. Sutura:
i. O estoma é a sutura da mucosa da uretra na pele.
ii. Para isso, podemos utilizar Pontos simples separados e fio
inabsorvível, como o Náilon, com calibre de 4-0, 5-0 ou 6-0.
iii.Inicia-se a sutura de mucosa e pele pela colocação de 4 pontos nas
extremidades da incisão em ângulo de 45º.
iv. A sutura deve ser feita sem tensão, por conta da delicadeza do
tecido.
Técnicas cirúrgicas - Uretrostomia:
TÉCNICA CARACTERÍSTICAS
Natália Barone Spachi
Pré-Escrotal ● Escolher essa técnica somente quando a orquiectomia não for
aceita pelos tutores, pois ela promove irritação cutânea no
escroto e além disso, a uretra possui maior largura na área
escrotal.
● Animal é posicionado em decúbito dorsal;
● É feito o preparo da região inguinal: Tricotomia ampla de todo o
abdômen; Limpeza do campo cirúrgico que sofreu tricotomia
com escova e água morna para remover a sujeira e os
materiais insolúveis em água; Uso de pinça de curativo
(Foerster) para pinçar um tampão de gaze, o qual será
embebido primeiramente em éter para realização do
desengorduramento da pele e posteriormente em solução
antisséptica como PVPI ou clorexidina para realização da
antissepsia do campo operatório.
○ obs.: NÃO usar PVP-I em gatos
O movimento de passagem da pinça com a gaze embebida
pela área de cirurgia deve ser em “escama de peixe” ou em
círculos centrífugos, nunca passando a gaze novamente em
local na qual já foi aplicada; Colocar o pano de campo.
● É feita a incisão de pele com o bisturi;
● Rebatimento do músculo retrator do pênis;
● Incisão da uretra
● Sutura da mucosa uretral na pele.
Escrotal ● A técnica escrotal é a melhor técnica para cães machos
(técnica de eleição para machos):
○ promove menor hemorragia pois não há presença de
corpo cavernoso, que é altamente irrigado;
○ nessa região a uretra é mais larga e expansível;
○ a urina extravasa para o meio externo sem causar
irritação na pele
○ se mais cálculos forem formados, podem ser retirados
facilmente por essa região.
● Animal é posicionado em decúbito dorsal;
● É feito o preparo da região inguinal: Tricotomia ampla de todo o
abdômen; Limpeza do campo cirúrgico que sofreu tricotomia
com escova e água morna para remover a sujeira e os
materiais insolúveis em água; Uso de pinça de curativo
(Foerster) para pinçar um tampão de gaze, o qual será
embebido primeiramente em éter para realização do
desengorduramento da pele e posteriormente em solução
antisséptica como PVPI ou clorexidina para realização da
antissepsia do campo operatório.
○ obs.: NÃO usar PVP-I em gatos
O movimento de passagem da pinça com a gaze embebida
pela área de cirurgia deve ser em “escama de peixe” ou em
círculos centrífugos, nunca passando a gaze novamente em
local na qual já foi aplicada; Colocar o pano de campo.
● Seccionar a base da bolsa escrotal de forma elíptica deixando
pele suficiente para realização da sutura;
Natália Barone Spachi
● Divulsão da gordura subcutânea com tesoura de Metzembaum,
até alcançar o septo escrotal;
● Seccionar a túnica vaginal e expor os testículos através da
incisão;
● Pinçar plexo pampiniforme, ducto deferente e túnica vaginal,
ligá-los com Categute 2-0 e seccioná-los;
● Dissecar o músculo retrator do pênis com a tesoura de
Metzembaum até a exposição da uretra
● Seccionar o corpo esponjoso da uretra com um bisturi e ampliar
a incisão com tesoura fina-fina;
● Suturar a mucosa da uretra na pele deixando uma borda de 1
mm para que a pele não invada a uretra na cicatrização
centrípeta.
Perineal ● É a técnica menos indicada para CÃES:
○ vazamento de urina e irritação do períneo e do escroto;
○ sutura na uretra por esse acesso é mais difícil de ser
realizada.
● Realiza-se a cateterização uretral do animal;
● Animal é posicionado em decúbito esternal e membros
pendentes (posição perineal);
● A cauda do animal é amarrada sobre o dorso do mesmo;
● Faz-se um sutura temporária em bolsa de fumo no ânus;
● Incisão com bisturi na linha média do períneo (na metade da
distância entre escroto e ânus;
● Dissecar o SC com uma tesoura de Metzembaum até expor o
músculo retrator do pênis;
● Músculo retrator é elevado com auxílio de uma pinça de Adson
e recolhido lateralmente para expor os músculos
bulboesponjosos;
● Os músculos são separados em sua rafe para expor o corpo
esponjoso do pênis;
● É feita a incisão com bisturi no corpo esponjoso do pênis sobre
o cateter uretral;
● Sutura da mucosa uretral na pele
● É a melhor técnica para FELINOS:
○ Realiza-se a cateterização uretral do animal;
○ Animal é posicionado em decúbito esternal e membros
pendentes (posição perineal);
○ A cauda do animal é amarrada sobre o dorso do
mesmo;
○ Faz-se um sutura temporária em bolsa de fumo no ânus;
○ Faz-se uma incisão em elipse abrangendo pênis e
escroto;
○ Divulsão do SC com tesoura de Metzembaum para
isolamento do pênis;
○ Romper o ligamento peniano ventral;
○ Seccionar os músculos isquiocavernosos e ísquio
uretrais em sua inserção no ísquio (preservando nervos
pudendos e minimizando hemorragias);
Natália Barone Spachi
○ Localizar glândulas bulbouretrais;
○ Remover o músculo retrator do pênis e incisar a uretra
longitudinalmente até as glândulas;
○ Suturar a mucosa uretral à pele usando polidioxanona
ou poligliconato de calibre 4-0 ou 5-0 em padrão simples
contínuo;
○ Seccionar o pênis e finalizar a sutura de pele
→ Pós operatório de felinos:
★ colar elizabethano
★ cateterização uretral por 3 dias
★ não realizar antibioticoterapia em felinos sondados! → perigo de
gerar piúria por cistite multirresistente
○ administração de ATBs apenas após a retirada da
sonda.
Pré-púbica ● É uma técnica cirúrgica de salvamento
○ ex.: casos de trauma em uretra prostática por fragmento
do púbis fraturado gerando estenose uretral
● Essa abordagem da uretra faz com que um pedaço muito
pequeno da mesma esteja disponível para realização da
neo-óstio (apenas a uretra proximal).
● O animal fica com o estoma no abdômen e geralmente fica
incontinente.
● Animal é posicionado em decúbito dorsal;
● É feito o preparo da região inguinal: Tricotomia ampla de todo o
abdômen; Limpeza do campo cirúrgico que sofreu tricotomia
com escova e água morna para remover a sujeira e os
materiais insolúveis em água; Uso de pinça de curativo
(Foerster) para pinçar um tampão de gaze, o qual será
embebido primeiramente em éter para realização do
desengorduramento da pele e posteriormente em solução
antisséptica como PVPI ou clorexidina para realização da
antissepsia do campo operatório.
○ obs.: NÃO usar PVP-I em gatos
O movimento de passagem da pinça com a gaze embebida
pela área de cirurgia deve ser em “escama de peixe” ou em
círculos centrífugos, nunca passando a gaze novamente em
local na qual já foi aplicada; Colocar o pano de campo.
● Realiza-se uma incisão mediana retro umbilical partindo da
cicatriz umbilical e progredindo até o púbis;
● Libera-se a uretra prostática do assoalho da pelve através de
dissecção simples com tesoura de Metzembaum;
● Preservar a artéria uretral e seus ramos;
● Incisão da uretra;
● Realização de uma incisão paramediana paralela à incisão
mediana inicial para onde será encaminhada a uretra que será
suturada à pele nessa posição.
→ Complicações:
★ Estenoses;
★ Extravasamento de urina para SC;
★ O estoma é muito próximo da bexiga, predispondo à cistites
★ Hemorragia de 3 a 5 dias
Natália Barone Spachi
★ Infecção por lambedura ou automutilação.
6. Descorn�:
a. Indicações para descorna:
i. Reduzir competição no cocho;
ii. Facilitar o manejo;
iii. Melhorar a qualidade de carcaça e pele;
iv. Melhorar estética;
v. Valorização comercial.
b. Anatomia do corno:
i. Chifre é o processo cornual do osso frontal, que no animal adulto é
pneumatizado.
ii. A localização do chifre nos taurinos facilita o processo de descorna,
pois o corno é totalmente protruído e não há tecido próximo dele que
dificulte manobras cirúrgicas;
iii. Nos zebuínos, a região caudal do chifre fica próxima ao osso
occipital e à crista temporal, dificultando a manobra cirúrgica nesta
região.
iv. Nos caprinos o campo operatório para a descorna é reduzido
1. Nessa espécie, a distância entre base do chifre e a órbita, a
distÂncia entre o chifre e a articulação temporomandibulare a
distância entre os chifres são muito pequenas → menor
margem de ressecção
v. A veia e a artéria cornual passam adjacentes à crista cornual. O
calibre desses vasos varia de animal para animal. Na descorna o que
se faz é pinçar esses vasos com pinça hemostática, mas não ligá-los
para que a cirurgia demore o menor tempo possível.
c. Considerações:
i. A sutura da ferida cirúrgica deve ter carga bem distribuída entre os
pontos para que não haja deiscência.
ii. As bordas da cirurgia de descorna devem ficar absolutamente
aposicionadas. Se ficar gap de 2,3 mm, após a desinflamação a ferida
fica a aberta (seio frontal fica aberto) → podendo predispor à sinusite
iii. Em animais jovens (até 2 semanas de idade) realiza-se a descorna
por cauterização térmica. Esse método provoca menos dor durante
manipulação e menor risco de danos, além de ser um método mais
rápido.
iv. Pode-se fazer o uso do Torquês de Barnes para seccionar o botão
cornual deixando menos tecido cornual para ser cauterizado, mas
esse procedimento deve ser realizado antes da pneumatização para
evitar sinusite.
v. Se após o uso do torques, o seio frontal estiver aberto, devemos
colocar uma gaze para que o ferimento feche por 2ª intenção
vi. Preferivelmente fazer bloqueio perineural quando fazer a descorna;
Natália Barone Spachi
vii. Anti-inflamatório → meloxicam ou flunixin após descorna é bom, pois
reduz memória traumática dos animais.
d. Descorna cirúrgica:
i. Deve haver simetria na descorna cirúrgica.
ii. Equipamentos necessários: Fio serra de Gigli, Serra de aço ou
serrote ortopédico, Agulha em S de qualidade
Técnica cirúrgica - Descorna:
e. Realizar incisão elíptica na base do corno em direção à crista nucal rostral e
caudal;
f. Divulsionar a pele adjacente;
g. Secção do corno com a serra de Gigli
i. Não seccionar muito próximo da base do corno. Secionar 5 a 8 mm
abaixo da base para a pele conseguir cobrir a ferida com mais
facilidade.
h. Remover fragmentos ósseos e retirar coágulos;
i. Suturar a pele:
i. Sutura simples contínua ou Festonada
ii. Fio de Nailon ou poliprolipropileno (monofilamentares e inabsorvíveis)
de calibre 2 ou 3.
→ Obs.: Bovino não tem muito problema de tensão exacerbada dos pontos. No caprino tem,
por isso faz-se pontos isolados, para distribuir a carga da sutura.
Pós operatório da descorna:
● Antibiótico: Oxitetraciclina, Florfenicol, Penicilina Benzatina (dose única)
● Analgésico ( fenilbutazona, flunixin meglumine, ketoprofeno)
● Curativo diário OU ivermectina para evitar miíase
● Retirar pontos com 15 dias
Complicações possíveis:
● Sinusite (mais frequente);
● Deiscência;
● Lesão do nervo radial por decúbito (compressão);
● Crescimento cornual deformado após mochação;
● Tétano (não ocorre se o veterinário seguir técnicas de higiene adequadas):
○ para bovinos não se faz profilaxia antitetânica, mas para pequenos
ruminantes faz.
7. Orquiectomi� e� equin��:
a. Indicações em equídeos:
i. Facilitar o manejo;
ii. Evitar prenhez indesejada;
iii. Tratamento de neoplasias testiculares e orquites;
iv. Hérnia inguino escrotal → remoção do testículo do lado acometido;
v. Torção do cordão espermático
b. Anatomia:
Natália Barone Spachi
i. A túnica vaginal que envolve o testiculo é um prolongamento do
peritônio (comunicação direta com a cavidade peritoneal)
ii. O funículo espermático, no caso dos equinos, tem próximo de 10 cm
externo à cavidade abdominal.
iii. Antissepsia rigorosa do prepúcio não é possível de ser feita, por isso
não se deve tocar no prepúcio durante a cirurgia
iv. Muares → tendência de formar hidrocele após cirurgia → para evitar
isso: removendo toda a túnica vaginal
c. Posicionamento do paciente para cirurgia - duas opções:
i. Apoio quadrupedal:
1. o cirurgião destro se posiciona no lado esquerdo do paciente e
inicia a cirurgia pelo testículo direito
2. Para este posicionamento o animal deve ser manso e deixar
manipular sem anestesia geral;
3. O animal é somente sedado.
ii. Decúbito lateral esquerdo:
1. Iniciar a cirurgia pelo testículo esquerdo (mais próximo do
chão)
2. Atentar para não ocorrer lesão do nervo radial por
compressão. Para prevenir, deve-se acolchoar o membro
torácico do animal;
3. Tomar cuidado também para não lesionar o ramo bucal do
nervo facial por compressão
Técnicas cirúrgicas - Orquiectomia:
Técnicas - Orquiectomia
Técnica Fechada Técnica Aberta Técnica Semifechada
● Não abre a túnica vagina;
● Realizada em animais com
funículo espermático
pequeno.
● Emascula-se o funículo
sob a túnica vaginal e
remove-se o testículo. A
pressão é menor por conta
da cobertura da estrutura
pela túnica, por isso só
pode ser utilizada em
animais com testículos
pequenos.
● Faz-se a abertura da túnica
vaginal e a mesma permanece
aberta após a remoção do
testículo.
● Abre-se a túnica vaginal
mas emascula a túnica
junto ao cordão
espermático (“testículo
descoberto e cordão
coberto”)
● Realiza-se a ligadura da
túnica vaginal e do
cordão espermático e
retirar o testículo.
● Após a retirada do
testículo a ligadura feita
no cordão espermático é
coberta e a túnica é
suturada
● Deve-se utilizar fio
calibroso para que a
ligadura vede bem a
estrutura evitando
extravasamento de
Natália Barone Spachi
sangue.
O fechamento da túnica vaginal minimiza a chance de evisceração e de funiculite.
Técnica cirúrgica - orquiectomia:
1. Sedação ou anestesia geral (dependendo do posicionamento do animal para
cirurgia);
a. Cirurgia em decúbito lateral:
i. MPA: alfa-2-ahgonista (Detomidina)
ii. Indução: Cetamina + Diazepam (benzodiazepínico)
iii. Manutenção: Triple Drip (EGG + Cetamina + Xilazina)
2. Anestesia local
a. bloqueio intratesticular + linha de incisão
b. bloqueio em cordão espermático + linha de incisão
3. Realiza-se uma incisão de 8 a 10 cm, com bisturi, paralela à rafe mediana e distante
2cm dela no testículo esquerdo (animal deitado)
4. A incisão continua pela túnica dartos e fáscia escrotal, deixan do a túnica vaginal
intacta.
5. Aplica-se uma pressão com os dedos fazendo com que o testículo (ainda
acomodado na túnica comum) seja expelido.
6. Divulsiona-se o tecido SC da túnica vaginal e faz uma incisão na mesma acima do
pólo cranial do testículo, liberando o testículo da túnica comum;
7. Realiza-se a ligadura da porção músculo fibrosa do cordão espermático e ligadura
da túnica vaginal (ligadura transfixante dupla com fio calibroso - categute cromado
nº4);
8. Emascular acima da ligadura (proximal) por 4 minutos
9. Corte para retirada do testículo.
10. Pode suturar ou não a túnica vaginal
11. Repetir com o outro testículo.
Pós operatório:
● Penicilina benzatina 30.000 UI/Kg, 48h, 3 aplicações
● Meloxican 0,6mg/kg, IV, IM, SID, 3 dias
● Soro antitetânico, 10000 UI, IM, dose única
● Curativo local;
● Repouso por 15 dias
8. Orquiectomi� e� ruminante�:
a. Indicações de orquiectomia em ruminantes:
i. Facilitar manejo;
ii. Docilidade;
iii. Acabamento de carcaça
b. Técnica com Burdizzo:
i. Leva a uma atrofia dos testículos por trombose isquêmica;
ii. A esterilidade ocorre 2 a 3 semanas após o procedimento
Natália Barone Spachi
iii. O esmagamento deve ser realizado no cordão espermático
(comprimir por 1 minuto);
iv. O emasculador deve ser posicionado perpendicular ao cordão
espermático;
v. É realizada com bloqueio local
c. Para bovinos, a técnica de castração fechada é mais utilizada
d. Em caso de hemorragia (complicação cirúrgica) → manobras de
contanção:
i. Pinçar o cordão espermático e emascular distalmente
ii. Aplicação de ácido aminocapróico (20 a 100mg IV) → ele impede a
fibrinólise, mantendo a formação do coágulo
iii. Formol 20 a 30 ml IV diluído em 1L de soro → acelera o período de
coagulação
iv. Laparotomia exploratória → abrir o flanco para ligar o vaso (última
medida de emergência)
9. Criptorquidectomi�:
a. Técnica por laparotomia:
i. Animal em decúbito dorsal → incisão parainguinal ou no anel inguinal
(problema é o fechamento dele, pois é musculo e por isso sede muito
à sutura, não oferecendo sustentação);
ii. Animal em estação → sóanimais mansos.
b. Pode ser feito por laparoscopia também (menor agressão cirúrgica)
c. Anatomia:
i. O testíuclo do criptorquídico geralmente está em anel inguinal,
próximo a bexiga ou caudal ao rim
ii. Devemos tomar cuidado com a vascularização e inervação que
passam pelo anel (veia e artéria pudenda externa, vasos linfáticos e
nervo genitofemoral)
d. Acesso cirúrgico:
i. Inguinal ou para-inguinal
ii. Decúbito dorsal → equino e suíno
iii. Decúbito lateral → bovino
e. Acesso Inguinal:
Natália Barone Spachi
i. Buscar prega da túnica vaginal dentro do anel inguinal
ii. Puxar o testículo com auxílio de uma pinça
iii. Orquiectomia de rotina
1. na ligadura, evitar lesar vasos do trígono femoral
f. Acesso Parainguinal:
i. Realizar incisão de pele, de SC, músculo oblíquo abdominal e
músculo transverso do abdômen (incisão de 7 a 9 cm);
ii. Exposição do testículo ectópico → orquiectomia de rotina
1. Ligadura com fio absorvível de calibre 3 a 4 (categute
cromado, poliglactina 910 n2) e agulha cilíndrica
iii. Sutura:
1. Miorrafia
a. Fechar a musculatura com ponto em X (Sultan)
b. Fio absorvível calibre 2 - 3
2. Redução do espaço morto
a. Fio absorvível 2-0 ou 3-0
3. Dermorrafia
a. Náilon ou polipropileno nº 0
b. Sutura Wolf ou Simples interrompida
iv. Cirurgia com animal em posição quadrupedal:
1. apenas para animais calmos
2. sedação em infusão de Detomidina
3. Localização do testiculo ectópico antes da cirurgia
4. Cirurgia:
a. por laparotomia - localização e exposição do testículo
intra abdominal (uso de bloqueio anestésico local
(lidocaína);
b. Orquiectomia
i. fechamento da parede abdominal em 3 planos
1. M. transverso com peritônio
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2. M. oblíquos juntos
3. Pele
Pós operatório:
1. Soro antitetânico - 5000 a 10000 UI, IM, ou SC
2. Flunixin Meglumine OU Meloxicam (AIs)
3. Penicilina benzatina
4. Ceftiofur
5. Curativo SID
6. Retirar pontos em 14 dias se necessário
Referências:
➔ VOORWALD, Fabiana Azevedo. Aulas referentes à disciplina de Técnica Operatória
Veterinária (VET332). Período letivo 2022/1; 2022; Universidade Federal de Viçosa,
Minas Gerais.
➔ FOSSUM, Theresa Welch. Cirurgia de Pequenos Animais. quarta. ed. [S. l.]: Elsevier
Editora Ltda., 2015. 5008 p. ISBN : 978-85-352-6991-8.
➔ SILVA, José Ricardo Barboza. Aulas referentes à disciplina de Técnica Operatória
Veterinária (VET332). Período letivo 2022/1; 2022; Universidade Federal de Viçosa,
Minas Gerais.
➔ TURNER, A. Simon; MCILWRAITH, C. Wayne. Técnicas Cirúrgicas em Animais de
Grande Porte. 1. ed. [S. l.]: Roca, 2002. 354 p. ISBN 9788572413817.

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