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Dermatopatias em Ruminantes

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1-DERMATOFILOSE - DEFINIÇÃO 
– Dermatite crostosa, não pruriginosa, causada
pelo Dermatophilus congolensis(Gram+) 
– Caracteriza por dermatite exsudativa, com
erupções crostosas e escamosas. 
– Também é conhecida por estreptotricose cutânea 
– Acomete bovinos, ovinos e caprinos
Dermatopatias em ruminantes
•FATORES PREDISPONENTES 
– Umidade, chuvas, altas temperaturas 
– Redução das barreiras naturais da pele,
Traumatismos 
– Presença de vetores mecânicos 
– Imunossupressão: 
• Carrapatos 
• Falha da transferência de imunidade passiva 
• Estresse 
• Doenças
•PATOGENIA
Dermatophilus congolensis -> Ambientes
úmidos + lesões cutâneas-> Germinação dos
zoosporos filamentos->Instalação da infecção 
inflamação e exsudação-> DERMATITE
EXSUDATIVA CROSTOSA
•MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
– Ausência de prurido 
alopecia, exsudação, escamas e crostas 
– Aglutinação de pêlos – semelhante pincel
molhado 
– Local- dorso, extremidades distais e
focinho 
disseminada 
- após a retirada da crosta: 
- Pus 
- Lesão úmida (nova)
•TRATAMENTO 
• Manter os animais em locais secos 
• Remoção das crostas 
– Banho: 
• sulfato de zinco (0,2 a 0,5%) 
• amônia quartenária (0,5 %) 
• Povidine 
• Solução de clorexidina – 7 d 
• Controle ectoparasitas 
• Lesões podais – pedilúvio 
– Sulfato de cobre – 5% 
– Soluções iodóforas
• Sistêmico 
• Oxitetraciclina LA – 20
mg/Kg PV SID IM 
• Tetraciclina – 5-10 mg/kg
PV – SID ou 
BID 
• Estreptomicina – 75 - 150
mg/kg + 
• Penicilina – 75.000 –
150.000 UI / Kg PV
•PREVENÇÃO E PROGNÓSTICO:BOM
– Administração do colostro 
– Controle de ectoparasitas 
– Desinfecção ambiental e de 
fômites 
– Ambiente secos
2-DERMATOFITOSE - DEFINIÇÃO 
– É uma dermatite localizada, de caráter crônico,
causada pela invasão da pele e 
pelos por fungos conhecidos como dermatófitos, que é
caracterizada por 
descamação e perda de pelos. 
– Trichophyton verrucosum, e menos comumente,
T.mentagrophytes. 
– É também conhecida pelo nome de tinha, ringworm,
dermatomicose, tricofitose, 
tricoficia ou tricofitia.
•FATORES PREDISPONENTES 
• Idade 
• Aglomerado de animais 
• Imunidade 
• Deficiências nutricionais 
• Tosquia em ovinos 
• Umidad
•FATORES DETERMINANTES 
• Bovinos 
– Trichophyton verrucosun 
• Ovinos 
– Trichophyton verrucosun 
– Trichopyton gypseum, 
– Trichopyton mentagrophytes 
– Microsporum canis
•Patogenia:
Fases: 
– Incubação 
– Maturação 
– Formação de crostas 
– Regressão
Em casos de quebra da barreira
protetor da pele, os Trichopyton sp
germinam e 
graças a ação de potentes queratinases,
invadem a queratina, penetrando pela
base 
do pelo, e na sequência invadem a
haste, tornando-a frágil, o que resulta
em 
rompimento da superfície da pele.
A forma circular característica das lesões é
explicada pelo fato do fungo ser 
estritamente aeróbio e a formação de
crostas levar à morte dele no centro 
da lesão, deixando-o ativo somente na
periferia; e, a atividade micótica 
queratofílica também explica o aspecto da
lesão, o agente não consegue se 
desenvolver onde não há queratina.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
– período de incubação de uma a quatro
semanas, 
– lesões principalmente na cabeça, no
pescoço e no 
períneo 
– lesões características são circulares,
circunscritas, 
medindo de 1 a 3 cm de diâmetro, podendo
estar 
desprovidas de pelos ou cobertas por
crosta de 
coloração acinzentada ou amarronzada,
que se 
projetam ligeiramente acima da pele.
DIAGNÓSTICO: 
– Padrão lesional 
– Identificação do agente 
• Exames laboratoriais 
– Exame microscópico -
Raspado de pele- KOH
20% 
– Cultura – ágar
Sabouraud (demorada) 
– Histopatológico
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
– Foliculites 
– Furunculoses 
• Staphylococcus aureus 
– Dermatofilose 
– Papilomatose 
– Carcinoma 
– Lesões focais de sarna
TRATAMENTO: 
Tópico 
• Remoção das crostas 
• Sol 
• Hipoclorito de sódio a 0, 5% ( “spray” ou aspersão, SID/5 dias) 
• Solução de Iodo 2% 
• Banho ou pulverização com formalina (0,4%) e NaOH (0,5%) 
• Pomada de Thiabendazole de 3 a 5 % 
• Miconazole ou Clotrinazole: Creme, SID ou BID 
Sistêmico
Sistêmico 
• Imuno-estimulantes (Levomizole: 2mg/kg, por 3dias e mais 3 
dias de descanso, por 3 vezes) 
• Iodeto de sódio 1g/14 kg de peso, 10% v.o. 
• Griseofulvina (60 mg/kg por dia, via oral, durante 10 dias)
• Vitamina A (20.000 UI/dia)
– PROGNÓSTICO E PREVENÇÃO: Isolamento e
tratamento imediato dos 
animais afetados 
– Desinfecção do local e dos utensílios 
utilizados no manejo destes animais com 
Hipoclorito de sódio 5% (1L /m2) 
– Uma dieta correta, com suplementação 
adequada, principalmente de vitamina A, 
para animais jovens em confinamento, 
pode ser considerada como uma medida 
auxiliar
Prognóstico – Bom 
Comum ter resolução 
espontânea
3-STEFANOFILARIOSE –
DEFINIÇÃO E ETIOLOGIA 
• Também chamada de
Estefanofilariose ou Úlcera da
lactação 
• Causada pela Stephanofilaria
stilesi (nematóide- 8 mm),
transmitida por 
uma mosca
STEFANOFILARIOSE – PATOGENIA,
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS,
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO 
• Lesão: erupção papular > úlcera >
exsudato sanguinolento > crosta > úlcera
>ressecada > alopecia 
• Local: abdomen ventral e glândula
mamária 
• Diagnóstico: histórico, local, lesão,
raspado cutâneo profundo, biopsia 
• Tratamento: tópico- organofosforado
4-ECTIMA CONTAGIOSO – DEFINIÇÃO 
• O ectima contagioso, também chamado de dermatite pustular
contagiosa, ferida de boca. 
• É uma doença comum em ovinos e caprinos e pode ser transmitida aos
homens. É de 
distribuição mundial 
• Lesões proliferativas crostosas em junções mucocutâneas 
• Transmissão: contato direto ou indireto, favorecido por alta lotação 
• Afeta mais jovens (lactentes ou após desmame) e fêmeas em aleitamento
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA 
• O estágio agudo da lesão é caracterizada por apresentar-se como um
nódulo vermelho e úmido. Em 
seguida, o nódulo se torna seco, com pequenas manchas negras em
uma delgada superfície amarela. 
Em seguida vem a fase papilomatosa, onde o nódulo está irregular
devido ao papiloma formado. 
• Quando está em estágio regressivo, a lesão diminui de tamanho a
ferida regride e diversas crostas 
podem cair.
DIAGNÓSTICO 
• Manifestação Clínica 
• Microscopia eletrônica 
• Identificação do vírus 
• Biópsia
• Crescimento em culturas celulares
Diagnóstico diferencial 
• Dermatofilose 
• Varíola ovina e caprina 
• Língua azul 
• Dermatose ulcerativa
TRATAMENTO E PREVENÇÃO 
• Auto-limitante
• Alimentação tubo gástrico 
• Infecções secundárias 
• Miíase 
• Mastite 
• Não remoção da crosta 
• Soluções anti-sépticas 
Prevenção 
– Humanos 
– Introdução de animais 
– Contactantes 
– Vacinação 
• Descamações secas
5-PSEUDOVARÍOLA BOVINA– DEFINIÇÃO 
• Também chamada de nódulo do
ordenhador
• Doença infecto-contagiosa. 
• Lesões vesículo-ulcerativas nos tetos e
úbere de vacas leiteiras e nas mãos dos 
ordenhadores. 
Importância Econômica e Social: 
• Diferencial com Febre Aftosa; 
• Queda na produção leiteira 
• Predispõe a mastite 
• Zoonose 
Doença vesicular = notificação obrigatória
Evolução: * Eritema pápulas
vesículas pústulas úlceras crostas 
• febre 
• sensibilidade local 
• Lesões semelhantes no muflo e
boca dos bezerros
6-PAPILOMATOSE – DEFINIÇÃO 
• Doença proliferativa das células basais
do epitélio 
• Causada por um vírus (papilomavirus -
VPB) que provoca lesões verrucosas que
podem se 
localizar em várias partes do organismo,
na dependência do sorotipo viral
envolvido. 
• Há lesões verrucosas, de forma,
tamanho, nº e localizações variados,
geralmente destacáveis 
• A maioria é benigna e auto-limitante 
• Persistência por longo tempo pode se
relacionar com imunidade 
• Complicações: miíase, mastite
DIAGNÓSTICO 
• Lesões 
• Histopatológico 
• Identificação viral
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
• Para ovinos e caprinos: ectima
contagioso, dermatose ulcerativa,
podridão dos cascos
TRATAMENTO 
• Pode-se proceder à remoção mecânica,
remoção cirúrgica ou crioterapia das verrugas, 
seguindo-se uma aplicação de tintura de iodo
no local, nos casos com poucas lesões. 
• Prevenir miíases secundárias, e mastite,
quando há papilomasno úbere e tetos. 
• Tentar a aplicação de hemoterapia ou
autovacina feita com alguns papilomas
retirados do 
mesmo animal e inativados pelo formol. 
• Existem no mercado alguns produtos que
possuem indicação para a terapia da 
papilomatose : 
• clorobutanol (Verrutrat) 50 mg/Kg, SC, 2
doses, 10 dias de intervalo 
• cultivo celular potencializado (Figueirina) 
SC 
• diminazene (Ganaseg, Beronal) 3-5 mg/Kg,
IM
TRATAMENTO – FÓRMULA DA AUTO-VACINA 
• limpar a parte queratinizada, desprezando-a 
• pegar 20 g de papilomas 
• lavar com SF 
• liquidificar 
• coar 
• adicionar 0,5 mL de formol (solução comercial =
40%) para cada 100 mL (20 g de 
papiloma + 80 mL SF) 
• adicionar 5.000.000 UI de penicilina 
• manter 24h em estufa a 37°C 
• Aliquotar em frascos de 5 mL 
• aplicar 5 mL SC, a cada 5 dias, no total de 5
aplicações
PROGNÓSTICO E PREVENÇÃO 
• Prognóstico 
– Reservado a mau 
• Prevenção 
– Isolamento 
– Esterilização de fômites 
– Manejo
7-FOTOSSENSIBILIZAÇÃO – DEFINIÇÃO 
Sensibilidade da pele à luz causada pela presença de agentes fotodinâmicos
Eritema nas
áreas não
pigmentadas
ETIOPATOGENIA: PLANTAS
HEPATOTÓXICAS
•Lantana sp (Chumbinho – L. 
camara.
•Crotalaria sp
•Stryphnodendron obovatum (Barbatimão) 
•Holocalix glaziovii ( alecrim – SP) e H. 
balansae (MT)
•Enterolobium gummiferum (Tamboril)
AGENTES QUÍMICOS
Tetracloreto de 
carbono 
- Fenantridíneo 
(usado para 
tratamento de 
tripanossomíases)
Lesão nas partes
não pigmentadas,
com 
necrose e
descolamento.
MEDICAMENTOS 
* Fenotiazina 
* Tetraciclinas 
* Sulfas 
CORANTES 
*Acridino (Rosa bengala)
Plantas que causam fotossensiblização por 
Saponinas litogênicas 
• Saponinas esteroidais associadas a
deposição de 
material cristaloide no sistema biliar,
colangite e 
fotossensibilização. 
– Brachiaria decumbens 
– Lemos et al. 1996a,b,c, 1997, 1998a, 2002, 
– B. humidicola 
– Driemeier et al. 1998, Tokarnia et al. 2000, 
– B. brizantha 
– Rozza et al. 2004, Barbosa et al. 2006 
– B. ruziziensis 
– Panicum dichotomiflorum
ETIOPATOGENIA 
– A causa mais frequente de lesões hepáticas é a intoxicação
pela esporodesmina, 
uma toxina produzida pelo fungo Pithomyces chartarum que
se desenvolve 
principalmente em pastagens de Brachiaria decumbens. 
• esporodesmina afeta sistema excretório biliar e fígado ocorre
acúmulo de filoeritrina 
(pigmento fotodinâmico produto da degradação de clorofila e
excretado pela bile) na 
circulação sanguínea e é ativada na pele sob ação da luz solar,
ocorre reação inflamatória na 
pele. 
• Ocorre também acúmulo de bilirrubina (produto da
degradação de hemoglobina no sangue) 
manifestada como icterícia. 
– Qualquer quadro de lesão hepática, tóxico ou não, pode
provocar a 
fotossensibilização secundária.
•Esporidesminotoxicose:
* Pithomyces chartarum (esporidesmina) 
- Pastagens de Brachiaria decumbens 
- Sintomas surgem 14 a 24 dias após a ingestão da toxina 
- Doses tóxicas: 
* 0,8 mg de esporidesmina/ kg PV 
* > 40.000 esporos do fungo/ g de pastagens 
Pericolangite + Colestase!!!
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
• Eritema das partes afetadas, usualmente as partes brancas (esta
localização é especialmente evidenciada 
em bovinos da raça holandesa preta e branca). 
• Com a evolução do processo há a morte do tecido cutâneo que
se torna ressecado e começa a se destacar; 
edema cutâneo, sensibilidade, prurido 
• Miíases secundárias. 
• Ovinos podem apresentar o quadro nas partes sem lã (cabeça e
períneo). Por isso, a fotossensibilização 
nesta espécie é também chamada de eczema facial.
• Diagnostico:Baseado nos achados clínicos, Padrão
lesional (suficiente) 
• Histórico de plantas/forragens hepatotóxicas 
- Disfunção hepática 
• As principais alterações incluem: 
- Elevada atividade sérica da enzima GGT 
- Hiperbilirrubinemia 
- Hipoalbuminemia 
• Histopatológico
TRATAMENTO 
1- Retirar o animal da exposição direta à luz solar 
2- Remover a causa 
3- Limpeza das feridas, debridar a pele descolada 
4- Pomadas anti-inflamatórias 
5- Pomadas anti-sépticas e cicatrizantes 
6- Prevenção de miíases 
7- Hepatodetoxificadores: glicose, ornitina, colina,
metionina, complexo B 
8- Compostos a base de Zinco: minimizam a
lipoperoxidação 
Óxido de Zn: 20 a 28 mg Zn/kg
PROGNÓSTICO E PREVENÇÃO:
Prevenção 
• Manutenção de sombras nas pastagens 
• Eliminação das plantas hepatotóxicas 
• Manejo da Brachiaria decumbens
Prognóstico
• Bom quando diagnóstico é precoce e o 
tratamento instituído
Causa- Relação-Exposição crônica ao sol de
áreas 
despigmentadas 
Papilomatose 
Fotossesibilização 
Patogênese 
Palcas irregulares papiloma Carcinoma 
Hiperplásicas
Carcinoma de células escamosas 
Lesões- massas irregulares proliferativas ou
ulceradas, nódulos únicos, 
metástase (linfonodo regional) 
Diagnóstico - Lesão 
Tratamento – Remoção cirurgica, enucleação

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