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METABOLISMO DA BILIRRUBINA

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Isabela V. Mion - UC3
METABOLISMO DA BILIRRUBINA
- a bilirrubina é um pigmento verde-amarelado
- produto final da degradação da hemoglobina
- instrumento extremamente valioso para diagnosticar doenças hemolíticas e diversos tipos de doenças hepáticas
- a bilirrubina é o antioxidante mais abundante nos tecidos dos mamíferos, sendo responsável pela maior parte da atividade
antioxidante no soro
➤ formação da bilirrubina
- quando as hemácias tiverem completado seu tempo de vida (em média, 120 dias), ficando muito frágeis para existirem no
sistema circulatório, suas membranas celulares se rompem (baço) e a hemoglobina liberada é fagocitada pelos macrófagos
teciduais (também denominado sistema reticuloendotelial) por todo o corpo
- a hemoglobina é primeiro cindida em globina e heme
- o grupo ferro-porfirina (heme) da hemoglobina é degradado, produzindo Fe+2 livre e, por fim, bilirrubina
- o 1° passo, nessa via de duas etapas, é catalisado pela hemeoxigenase, que converte heme em biliverdina, derivado
tetrapirrólico linear (aberto)
- a biliverdina é convertida em bilirrubina livre ou não-conjugada no segundo passo, catalisado pela biliverdina-redutase
- os demais produtos da reação são Fe+2 livre e CO
- o Fe+2 é tranasportado para o sangue e rapidamente ligado à ferritina
- o CO é um tóxico que se liga à hemoglobina, e a produção de CO pela hemeoxigenase assegura que, mesmo na ausência de
exposição ambiental, cerca de 1% do heme de uma pessoa esteja complexado ao CO
- quando você sofre um machucado que resulta em hematoma, a cor negra e/ou púrpura resulta da hemoglobina liberada
pelos eritrócitos danificados. Com o tempo, a cor muda para o verde da biliverdina e, após, para o amarelo da bilirrubina
⟶ toxicidade do CO
- o CO produzido pela hemeoxigenase é tóxico em altas concentrações; contudo, em concentrações muito baixas, como
aquelas resultantes da degradação do heme, esse composto parece ter algumas funções reguladoras e/ou de sinalização
- CO atua como vasodilatador, de modo semelhante ao óxido nítrico, embora com menor potência
- baixos níveis de CO também têm alguns efeitos reguladores sobre a neurotransmissão
➤ metabolismo da bilirrubina
- A bilirrubina livre é bastante insolúvel, sendo transportada na corrente sanguínea complexada com a albumina sérica ou
plasmática
- em questão de horas, a bilirrubina não conjugada é absorvida através das membranas celulares dos hepatócitos
- 10% da bilirrubina se unirão ao sulfato para formar sulfato de bilirrubina, 10% a outras substâncias
- no fígado, a bilirrubina é transformada no pigmento da bile, bilirrubina-diglicuronato - 80% - (se conjuga ao ácido
glicurônico) = bilirrubina conjugada
- esse produto é suficientemente hidrossolúvel para ser secretado, por transporte ativo, com outros componentes da bile
para o intestino delgado, onde enzimas microbianas (das bactérias) o convertem em diversos produtos,
predominantemente urobilinogênio
- algum urobilinogênio é absorvido e chega ao sangue, sendo transportado até os rins, onde é convertido em urobilina, o
componente que confere à urina sua coloração amarela
- o urobilinogênio que permanece no intestino é convertido (em outra reação dependente dos microrganismos da flora
intestinal) em estercobilina, que confere às fezes a cor marrom-avermelhada.
Isabela V. Mion - UC3
Isabela V. Mion - UC3
➤ icterícia
- Insuficiência da função hepática ou bloqueio da secreção de bile determina o extravasamento da bilirrubina do fígado para
o sangue, resultando em coloração amarela da pele e da esclera dos olhos
- causas comuns de icterícia: destruição aumentada de hemácias, com rápida liberação de bilirrubina no sangue - icterícia
hemolítica; obstrução dos ductos biliares ou lesão das células hepáticas, de modo que, mesmo as quantidades normais de
bilirrubina, não possam ser excretadas pelo trato gastrointestinal - icterícia obstrutiva
- em casos de icterícia, a determinação da concentração de bilirrubina no sangue pode ser útil para o diagnóstico da doença
hepática subjacente. Bebês recém-nascidos algumas vezes desenvolvem icterícia por ainda não produzirem quantidades
suficientes de glicuronil-bilirrubina-transferase para processar sua bilirrubina
- a toxicidade celular associada à icterícia pode ser devida ao fato de os níveis de bilirrubina excederem os níveis de albumina
sérica necessários para solubilizar esse composto.
Referências
VIEIRA, Joana Margarida Fernandes. Metabolismo do Etanol. 2012. Dissertação (Mestrado) - Ciências Farmacêuticas,
Universidade Fernando Pessoa.
Bioquímica Básica - 4 edição Marzzoco
Biologia Molecular da Célula - Alberts 6ª edição
Princípios de bioquímica de Lehninger - 6ª edição
Tratado de Fisiologia Médica - Guyton 13ª edição

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