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Resumo de Processo Penal

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Resumo de Processo Penal – Prova Final.
Lei processual penal no tempo: art. 2º CPP. Ainda que o crime tenha sido praticado anteriormente à nova lei e o processo iniciado também, essa valerá e terá seus efeitos ainda que para fatos anteriores. 
Inquérito Policial.
Procedimento administrativo, que comporta diligencias investigatórias realizadas pela autoridade policial, com o fim de apurar os indícios de autoria e materialidade delitiva.
O IP é dispensável, caso o titular da ação penal possuir provas suficientes e idôneas dos indícios da autoria e materialidade do crime, para oferecer a denúncia ou queixa. Importante salientar que todas as peças do IP devem ser digitadas ou escritas.
Por ser mero processo administrativo de cunho inquisitivo, não existe a aplicação do contraditório e da ampla defesa. 
O juiz pode dar o valor que entender as provas recolhidas e apresentada nos autos, porém deve sempre motivar suas decisões.
O momento inicial do IP se dá com a notitia criminis, ou seja, quando a autoridade policial em suas atividades rotineiras, notícia dada pelo pela vítima, membro do MP, der ciência da ocorrência de um crime (a autoridade não é obrigada a realizar as diligencias requeridas pelo indiciado, ofendido ou representante legal. Apenas quando solicitadas pelo juiz e MP).
Nos casos de ação pública incondicionada poderá ser iniciado: de ofício pelo delegado, requisição do MP, prisão em flagrante do delito, requerimento do ofendido ou seu representante.
Nos casos de ação pública condicionada poderá ser iniciado: requisição do Ministro da Justiça, representação do ofendido ou seu representante legal.
Quando se encerra o IP o delegado deverá fazer um relatório bem detalhado e após encaminhar ao juiz que abrirá vista para o MP. 
O arquivamento do IP é sempre determinado pelo MP, caso o juiz não concorde os autos serão encaminhados ao Procurador Geral que decidirá se será ou não arquivado.
Os vícios no IP não atingem a ação penal, apenas poderão ser invalidados ou ineficazes os atos viciados.
Ação Penal.
É o direto do Estado-acusação ou ofendido, de ingressar em juízo, solicitando uma prestação jurisdicional, representada pela aplicação na norma no caso concreto.
Como regra geral a ação penal é pública (art. 100 CP), apenas quando a lei dispuser ela será considerada privada.
A ação penal pode ser pública condicionada (a representação ou requisição do Ministro da Justiça) ou incondicionada (maioria).
São condições da ação penal: legitimidade de agir, possibilidade jurídica do pedido, interesse de agir, justa causa (mínimo de provas razoáveis para indiciar alguém e afirmar a materialidade do crime).
Denúncia é a petição inicial da ação penal, nela deverá conter: narração dos fatos com suas circunstancias; qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais possa identifica-lo; classificação do tipo penal; arrolamento as testemunhas de acusação. 
Caso a vítima queira atuar do lado do MP poderá requerer ao juiz a habilitação como assistente.
Ação penal pública condicionada: além dos requisitos da ação é necessário que atenda uma condição de procedibilidade para que seja oferecida a denúncia. São as condições de procedibilidade da ação penal pública condicionada: representação do ofendido ou requisição do Ministro da Justiça.
A representação consiste na autorização da vítima ao MP para que ele adquira legitimidade para oferecer sua denúncia. A representação é retratável até o oferecimento da denúncia. O prazo para representação do ofendido é de 6 meses decadenciais contados da ciência da autoria do crime.
Ação Penal Privada.
São características: a titularidade ser do ofendido (querelante), petição inicial chamada queixa-crime, o réu é querelado, é necessário que o MP atue como fiscal da lei.
Após o oferecimento da queixa o juiz abrirá vista ao MP que poderá decidir, no prazo de 3 dias, se adia ou não a queixa. 
São causas extintivas de punibilidade nessa modalidade: decadência (6m), renuncia, perdão e perempção.
Ação civil ex delito.
Essa ação consiste na possibilidade do ofendido no crime pleitear uma indenização justa em razão dos danos sofridos. O juiz da esfera civil poderá suspender a ação civil que requere indenização até o fim da ação penal (julgamento definitivo). O juiz ao proferir a sentença condenatória, deve fixar um valor mínimo a título de indenização. A sentença é executivo. Não caberá tal ação nos casos do art. 386, I e 65 CPP.
Prisão.
A prisão consiste na privação da liberdade, tolhendo-se o direito de ir e vi, através do recolhimento da pessoa humana ao cárcere.
Prisão temporária: finalidade de assegurar uma eficaz investigação policial, quando se tratar de apuração de infração penal de natureza grave. O prazo será de 5 dias prorrogáveis por mais 5. Quando se tratar de crimes hediondos e equiparados serão 30 dias prorrogáveis por mais 30.
Prisão em flagrante: é a modalidade de prisão cautelar, de natureza administrativa, realizada no instante em que se desenvolve ou termina de se concluir a infração penal. Autoriza-se essa modalidade sem expedição de mandado de prisão pela autoridade judiciaria, por ser de cárcere administrativo, porém o juiz poderá relaxar a prisão vislumbrando ilegalidade.
Prisão preventiva: constrição à liberdade do indiciado ou réu, por razoes de necessidade, respeitados os requisitos previstos em lei. Pode ser dar em qualquer fase do processo ou IP, pode ser requerido pelo MP, querelante ou assistente, ou representação de autoridade policial. São requisitos: garantia da ordem pública; garantia da ordem econômica; conveniência de instrução criminal; garantia da aplicação da lei penal.
Medidas cautelares alternativas à prisão.
Tais medidas podem ser requeridas pelas partes ou decretadas de oficio pelo juiz, durante a instrução; na fase investigatória, dependem de representação da autoridade policial ou requerimento do MP.
Deve ser respeitado o contraditório e a ampla defesa, precisando o juiz ouvir a parte contrária. Em casos de urgência ou perigo de ineficácia da medida, não se ouve o indiciado ou réu antes da decretação, podendo promover a oitiva depois.
No caso de descumprimento injustificado das obrigações impostas, pode o juiz impor mais uma em cumulação, ou decretar preventiva. A qualquer tempo o juiz poderá reaver a medida decretada.
Princípios.
- Dignidade da pessoa humana;
- Devido processo legal;
- Presunção de inocência;
- In dubio pro reo (prevalece o interesse do acusado, na dúvida);
- Imunidade à autoacusação (ninguém é obrigado a produzir provas contra si);
- Ampla defesa;
- Contraditório;
- Juiz natural e imparcial (todos tem direito de serem julgados por um juiz natural, de modo a eliminar possibilidade de haver tribunal de exceção);
- Iniciativa das partes;
- Publicidade;
- Vedação de provas ilícitas;
- Economia processual;
- Duplo grau de jurisdição;
- Promotor natural e imparcial;
- Intranscendência (não há acusação até o julgamento);
- Identidade física do juiz (magistrado colhe as provas e julga o caso);
- Impulso oficial (o juiz deve impulsionar o processo, jamais deixando paralisar sem motivo justificado).
O sistema processual adotado no BRASIL é o acusatório onde, existe três efetivos participantes do processo: MP, juiz e defesa. Ha separação entre os órgãos encarregados de realizar a acusação, defesa e julgamento. Há a proteção ao princípio da plenitude de defesa e tratamento isonômico às partes. Tendo em vista que a iniciativa da acusação é do órgão acusador, o defensor tem sempre o direito de se manifestar por último. A incumbência inicial da produção de provas pertence às partes (MP e defesa).

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