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1 UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA Eliza Palmeira do Prado Silva Trabalho de PCC Educação Inclusiva RIBEIRÃO PRETO - SP 2022 2 UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ Deficiência Visual Relatório apresentado na Disciplina de Projeto PCC Educação Inclusiva para o curso de Licenciatura em Pedagogia. Orientadora: Sandra Santos RIBEIRÃO PRETO - SP 2022 3 1. Introdução Este trabalho foi desenvolvido a partir de nossa vivência, convivência e experiência pessoal e profissional em sala de aula nas ações educativas, que estão sendo realizadas no atual cenário escolar com alunos do 8º ano do Ensino Fundamental da escola: Marista Champagnat, endereço: Alameda Paulo Resende De Oliveira, 355 - Saint Gérard, Ribeirão Preto – SP, segundo a professora em sala de aula relatou que o aluno sabe ler e escrever. A educação inclusiva, direito que possuí todas as crianças e adolescentes, segundo a Constituição Federal de 1988, Lei de Diretrizes e Bases da educação (LDB), que garante a inclusão na escola regular, e a importância na educação com a interação da família escola e professores. A inclusão no Brasil teve início no final de década de 1980 e começou na década de1990. Tendo registrado a luta de movimentos sociais pela inclusão de pessoas com deficiência nos sistemas regulares de ensino. O movimento foi impulsionado por diferentes documentos, como a Declaração de Salamanca (1994). Segundo o documento, “o princípio fundamental da escola inclusiva é o de que todas as crianças e adolescente deveriam aprender juntas, independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que possam ter. Na educação inclusiva é preciso entender que cada criança e adolescente é única e tem suas particularidades de aprendizado, reconhecendo que o desenvolvimento varia de indivíduo para indivíduo, por isso, há vários desafios que a rede de educação enfrenta para manter os estudantes próximos à escola em algum contexto de aprendizagem. Para a criança que se encontrava ativa na escola é necessário que o aprendizado continue sem interrupções, utilizando uma metodologia necessária para a realização das atividades construindo alicerces e condutas para interagir com a sociedade. No Brasil, a partir da década de 1950, as Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) começaram a se proliferar pelo país. A viabilização da criação dessas escolas se dá pelo pressuposto de que a pessoa com deficiência pode aprender; assim, ocorre um deslocamento do modelo médico para um modelo educacional, porém as escolas especiais funcionavam como serviço paralelo à 4 educação regular. Na década de 1980, os movimentos sociais se juntam para a elaboração de uma Constituição Federal que incorporasse os desejos que se desenvolviam em relação à educação para todos. Em 1990, nos artigos 53 e 54 do Estatuto da Criança e do Adolescente foi estabelecido todos os direitos educacionais para as crianças e adolescentes. Assim, os educadores especializados brasileiros passaram a fazer amplo uso do conceito de inclusão, sobretudo a partir da Declaração de Salamanca em 1994. Já em 1996, a educação como um direito de todos os cidadãos foi reafirmada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei nº 9.394/96. O início do presente século pode-se considerar um marco o estabelecimento desses objetivos quando se trata da escolarização das pessoas com deficiência. Em 2001, com a aprovação da Res. nº 02/2001 CNE-CEB, vê-se o avanço de dispositivos normativos que passam a prever que essa escolarização deva ocorrer necessariamente no ensino comum. No entanto, nessa mesma época, houve diversas iniciativas que visavam à efetivação de políticas de educação em uma perspectiva de ampliação dos sujeitos a serem escolarizados na escola regular. (BAPTISTA, 2011). Em 2008, a Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva contribuiu para o destaque da sala de recursos como prioridade no trabalho da educação inclusiva. Nesse documento, houve a indicação de que o atendimento educacional especializado não deveria substituir, mas complementar ou suplementar, o ensino em classes comuns. (BAPTISTA, 2011). O direito a uma educação inclusiva foi reafirmado em 2014, através da meta IV do Plano Nacional de Educação (PNE), no qual se vê a universalização da educação para a população de quatro a dezessete anos. Em 2015, foi sancionada a Lei Brasileira de Inclusão (LBI) garantindo todos os direitos às pessoas com deficiências. 5 Sumário 1.Introdução ............................................................................................................... 4 2. Desenvolvimento.................................................................................................... 7 2.1 Problema ............................................................................................................. 7 2.2 Objetivo ............................................................................................................... 7 3.2 Justificativa .......................................................................................................... 7 4. Metodologia e projeto Inclusão............................................................................... 9 5. Fundamentação Teoria ........................................................................................ 10 6. Consideração ...................................................................................................... 10 Referência: .............................................................................................................. 11 6 2. Desenvolvimento Embora os comportamentos da criança que irão aliciar a reação do adulto (chorar, sorrir e agarrar) não dependerem diretamente da visão, a formação do apego na criança com deficiência visual pode enfrentar dificuldades em função do comportamento do adulto na interação com ela, que podem não serem veiculados adequadamente pelos canais de comunicação perceptíveis para criança, como por exemplo, o auditivo ou táctico-cinestésico. No desenvolvimento socioafetivo da criança com deficiência visual é importante analisar o fenômeno do apego que a criança apresenta nos primeiros anos de vida e que dependerá da interação entre o adulto e o bebê. Segundo Batista e Enumo (2000), o comportamento de apego se traduz pelos comportamentos de responsividade emocional seletiva para determinadas pessoas, respostas positivas para um grupo restrito de pessoas (geralmente os pais e familiares mais próximos) e respostas negativas para as demais pessoas ("medo de estranhos"). Desde modo, os profissionais que atuam na reabilitação e educação de indivíduos com deficiência visual necessitam deter conhecimentos sobre as limitações desses indivíduos, bem como sobre o sistema de ensino e reabilitação vigentes. A escola e a reabilitação devem caminhar juntas, suprindo as reais dificuldades da criança, do adolescente e do adulto com deficiência visual (Montilha, 2006 2.1 Problema O objetivo do projeto da Inclusão é propor uma aula em espaço não formal, que traga para o cotidiano escolar uma forma de reflexão sobre nossas ações enquanto educadores e formadores, do quanto devemos respeitar as limitações de cada aluno, seja por uma deficiência física, psíquica ou moral e assim criar oportunidades iguais a todos. Assim,fazer com que as nossas ações melhorem a convivência de nossos alunos dentro e fora da sala de aula ensinando o respeito, o companheirismo, para que num futuro bem próximo não haja mais a descriminação social. A inspiração para o Projeto da Inclusão foi para dar motivação e oportunidade de aprendizado mesmo para aqueles que tenha qualquer tipo de deficiência, fazendo a sua inclusão junto a todos de forma simples objetiva. 7 2.2 Objetivo O grande problema é a falta de acessibilidade a educação a todos, que é um direito assegurado por lei. Com isso, tentamos trazer a proposta de acessibilidade de livre acesso a todos. É relevante registrar que o objetivo do trabalho da escola é incluir todos que por lá estão, é oferecer a formação do ser em que a socialização e a interação com seus pares sejam a principal fonte de EMPATIA. 3.1 Justificativa Após várias reuniões com a professora, resolvemos realizar nosso projeto com uma proposta pedagogia voltada para a abordagem de um tema que ainda precisa de muita atenção pela a nossa sociedade, que é a Inclusão social. Nas nossas pesquisas encontramos diversos trabalhos de artistas renomados. A partir daí resolvemos contar sua história em um espaço não formal que pudesse prender a atenção de nossos alunos e da sociedade como um todo. Haverá a apresentação de alguns trabalhos manuais que serão feitos em papel relevo e com texturas, juntamente com uma música de fundo para um melhor entretenimento por todos. 4. Metodologia A abordagem metodológica inicial do nosso projeto foi descritiva, também é possível classificar a presente pesquisa como exploratória. Pois os conhecimentos acerca dos temas da inclusão social originaram na realização de um projeto e uma contação de história baseado a partir de uma pesquisa documental. Também foi realizado um estudo de campo nas escolas. Nossa pesquisa teve início exploratória na primeira quinzena do projeto, nossa primeira reunião foi discutir etapas para a organização do projeto. 8 O mesmo foi dividido em várias etapas; reuniões, escolher tema, elaborar plano de ação, execução do projeto, reunir todas as pesquisas e a montagem do relatório. No que tange aos aspectos à inclusão social, cabe destacar que buscamos obter diferentes visões sobre o assunto coletando informações e opiniões de professores que atuam na área. Após a escolha do tema INCLUSÃO, demos início as pesquisas, e decidimos trabalhar com vários autores, além ter sido realizada uma entrevista com alguns professores, que nos acompanhou durante a pesquisa favorecendo o acesso às informações necessárias para que pudéssemos compreender como tem sido o processo de inclusão dentro da escola. Durante as visitas à escola observamos algumas das pinturas que estavam coladas nos murais da escola, e percebemos que são bem trabalhadas, assim resolvemos desenvolver esse tema para o projeto. A partir dessa observação demos início ao projeto e dividimos as tarefas entre várias partes. Eu como responsável em fazer a parte predeterminada e apresentar semanalmente seus relatórios em nossas reuniões e conversas as professoras, e a professora auxiliar do adolescente nesse projeto dando sugestões e discussões que contribuíram para o enriquecimento do nosso trabalho. Com o tema do projeto definido, juntamos todas as informações coletadas e demos início ao projeto. Fizemos algumas pinturas em relevo, e outras usando lápis de cor, capetinha, eva , tnt, cola , tesoura, e materiais reciclados para o alto relevo nas pinturas, e no painel foi usado a imagem todo de tnt bem colorido que será o fundo do cenário da contação de história. Para compor o cenário teremos exposto as chaminés feita de canudo de papelão e os operários feitos em eva sobre relevo, assim com o tato será fácil identificar. Para nossa contação de história será abordado a bibliografia de autor, contaremos um pouco sobre sua vida e obras, com pesquisas baseadas na internet. Ao refletir todo o processo verificamos que para planejar um projeto é necessário que tenhamos uma base teórica para concretizá-lo, principalmente, para compreender os caminhos que serão trilhados e ao final poder fazer uma avaliação do processo como um todo, com a finalidade de compreender se os objetivos foram alcançados e o que precisa ser revisto e melhorado. 9 O projeto: Inclusão Para trabalhar o projeto da Inclusão tivemos que aplicar disciplinas durante período de estudo: Didática, Espaço não Formal, História, Arte, Música, literatura, língua portuguesa, e teoria da aprendizagem para a melhor compreensão dos alunos, e também falar sobre a realidade da Inclusão e da desigualdade social até os dias atuais. 5. Fundamento Teórica: Para desenvolvimento da criança e do adolescente, a Inclusão Educação Especial tem um papel fundamental com as crianças e os adolescentes, com algum tipo de deficiência nesta fundamentação que apresentamos, pois sendo com meio de comunicação e expressão de sentimentos auxiliando na habilidade cognitiva e no desenvolvimento, sendo um papel fundamental para a inclusão dentro do contexto escolar dando acessibilidade em outros espaços não formais. Sabe-se que a inclusão é uma prática social na qual vai além dos muros da escola, pois ela se aplica ao trabalho, a cultura, a família, ao lazer, nas atitudes dos outros e também em suas próprias atitudes. Pois se torna prazerosa no ensino e aprendizagem do aluno, exercitando sua sensibilidade, percepção, imaginação e a partir desses processos, torna-se capaz de dar sentido as suas vivências particulares. Portanto a inclusão visa garantir uma educação para todos, envolvendo a totalidade do sistema educacional e mobilizando toda sociedade sendo transformadora, envolvendo a mente, o coração, os olhos, os ouvidos, as mãos; que pensa, recorda, sente, observa, escuta, fala, toca e experimenta como encontramos em Bossi (2001), as linguagens artísticas mudam a sociedade, abre espaços para a criatividade, o olhar e pensamentos críticos dando oportunidades para os educandos se desenvolverem, conhecendo novas formas de aprender. Por tudo isso que ela representa é extremamente importante o entendimento de que na educação e 10 inclusão é uma forma de conhecimento na qual se estabelecem relações sociais e afetivas significativas que promovem a construção de conhecimentos. 6. Considerações Finais Este trabalho foi desenvolvido a partir de nossa vivência, convivência e experiência pessoal e profissional. Procuramos explicitar ideais, conceitos, sugestões e princípios norteadores de uma ação educativa voltada para o respeito e a valorização das diferenças entre os que aprendem e os que ensinam. Partimos do princípio de que o desejo de ensinar e de aprender, a postura de observação, indagação e investigação constantes bem como a valorização e a aceitação das diferenças são fatores importantes que repercutem positivamente na elaboração do conhecimento e internalização do mundo exterior. Acreditamos que as expectativas e os investimentos dos educadores devem ser os mesmos em relação a todos os educandos. Os alunos cegos e com baixa visão têm as mesmas potencialidades que os outros, pois a deficiência visual não limita a capacidade de aprender. As estratégias de aprendizagem, os procedimentos, os meios de acesso ao conhecimento e à informação, bem como os instrumentos de avaliação, devem ser adequados às condições visuais destes educandos. Neste sentido, procuramos compartilhar nossos achados, indicar rumos, elucidar algumas questões, provocar novas indagações e acenar para algumas práticas possíveis em um contexto ao mesmo tempo real e idealizado. Assim, esperamos colaborar com aqueles que desejam contribuir para a concretização de uma escola para todos na perspectiva de uma sociedade justa e igualitária. REFERÊNCIASBRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LDB 9.394, 20 de dezembro de 2006. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na Perspetiva da Educação Inclusiva. Inclusão: 11 revista da educação especial, v. 4, n 1, janeiro/junho 2008. Brasília: MEC/SEESP, 2008. BATISTA, C. G. ENUMO, S. R. F., Desenvolvimento humano e impedimentos de origem orgânica: o caso da deficiência visual. In NOVO, H. A. MENANDRO, M. C. S. (Eds.), Olhares diversos: estudando o desenvolvimento humano. Vitória: UFES. Programa de Pós-Graduação em psicologia: CAPES, PROIN. 2000. BAPTISTA, Roberto Claúdio. Ação pedagógica e educação especial: a sala de recursos como prioridade na oferta de serviços especializados. Rev. Brás. Ed. Esp., BOSSI, Alfredo. Reflexões Sobre a Arte. São Paulo: Ática, 2001. 80 p MONTILHA, R. C. I. et al. Utilização de recursos ópticos e equipamentos por escolares com deficiência visual. Arq. Bras. Oftalmol., São Paulo, v. 69,n. 2, 2006. Salamanca- Espanha (1994). Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais. Recuperado de http://www.cee.pa.gov.br/sites/default/files/salamanca.pdf.
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